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Diário Económico
1/6
S/PB
885
20102
Nacional
Economia/Negócios
Diário
Página (s):Imagem:
Dimensão:
Temática:Periodicidade:
Classe:
Âmbito:Tiragem:06042011
Economia
BanqueirospedemFMIjá É fundamental unidade políticano apoio a um empréstimo
Opresidente do BES defende que é urgentíssimo um pedido de ajudaimediato de Portugal e apela a um Governo de unidade nacionalMaria Ana Barroso
Empréstimo intercalar já Foiesta a mensagem passada ontempelo presidente do Banco Espírito Santo BES em entrevista àTVI que subscreveu assim o pedido feito na véspera pelo líderdoBCP
É urgente pedi lo já e é grave se não for feito sublinhouRicardo Salgado lembrando queé preciso neutralizar a subidados juros da dívida pública etranquilizar os mercados Obanqueiro pediu por isso unidade política no apoio ao Governo para o empréstimo intercalar cujo montante acreditapoderá chegar aos 15 mil milhões de euros
Questionado sobre o facto deo Executivo de José Sócrates
continuar a defender a ajuda externa só deve ser pedida em último recurso Salgado disse acreditar no bom senso da classe
política irá pôr de acordo o Governo e os outros partidos noapoio a este pedido de ajuda externa Isto porque sublinhou oempréstimo intercalar é imperioso não existindo alternativa tendo em conta o actual enquadramento
Subentendido nas palavras deRicardo Salgado ficou mesmo umrecado de que a capacidade de financiamento dos bancos não éilimitada O Estado tem outrosmeios e outros recursos mas os
bancos portugueses estão limitados na sua concessão e por issoparece me imperioso esse empréstimo assegurou
Já a propósito da escalada dosjuros da dívida portuguesa nosúltimos dias que a cinco anosjá ultrapassou a barreira dos 10o presidente do BES lamentou
a penalização dos mercados queclassificou de injusta Não podemos continuar a aceitar estas
taxas de juro que estão a ser praticadas Portugal não merece estas taxas de juro defendeuIgualmente em sintonia com
Carlos Santos Ferreira presidente do BCP ver caixa Salgado disse acreditar igualmenteque depois do empréstimo in
tercalar seguir se á o recursoao Fundo Europeu de Estabilização Financeira FEEF Uma ajuda externa a pedir depois daeleição a 5 de Junho do novogoverno Atendendo à precipitação dos acontecimentos acredito que nesta altura não haverá outra forma admitiu o banqueiro Salgado disse tambémesperar que o tipo de apoio nãoseja idêntico ao que foi prestado a outros países Espero queseja melhor pediu
O presidente do BES defendeu igualmente ser importanteque neste quadro as eleições deJunho dêem origem a umamaioria ampla e a um governo de unidade nacional
Discurso alinhado com Ulrich e Santos Ferreira
Concertado ou não a verdade éque o discurso de boa parte dosmaiores banqueiros do país vai nomesmo sentido Nas actuais cir
cunstâncias Portugal não tem alternativa senão requerer o auxíliointernacional Mais quanto maistarde o fizer pior O pontapé desaída desta posição do sectorbancário que durante meses combateu a hipótese de recurso à ajuda externa foi dado na sexta fei
ra por Fernando Ulrich numa conferência do banco Com a infor
mação de que se dispõe hoje a minha pergunta é porque é que Portugal não recorreu há mais tempoà ajuda externa questionou o
presidente do BPI Na segunda feira foi a vez de Carlos Santos Ferreira presidente do BCP que foiainda mais claro e taxativo É indispensável que Portugal peça umapoio intercalar à Comissão Europeia afirmou o banqueiro acrescentando que esse apoio deve serpedido já Os motivos são osmesmos Não é apenas a República que enfrenta dificuldades de financiamento Esse fenómeno
ameaça também asfixiar os próprios bancos que não conseguemrecursos no mercado obrigacionista internacional Mais ao con
trário do que sucedeu na Irlandaem que os bancos arrastaram o
Estado em Portugal está a acontecer o contrário com as sucessivas descidas do rating soberanoa penalizar os bancos Há o riscode a República ter dificuldadesem se financiar de o sector público empresarial não conseguircumprir os seus compromissosde o rating da República descere como resultado o rating dabanca descer afirmou SantosFerreira em entrevista à TVIO
presidente do BCP lembrou aindaque estamos perante um problema de anos e que as pessoasvão viver pior Aliás na melhordas hipóteses no mínimo vão viver diferente defendeu T F
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