DIÁRIO ILLUSTRAIK) - Últimas obras disponibilizadas na...
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AHWI€i\%TlR* NA PROUXCIA
3 mezfs (paçamento adiantado).. 1 £400 réis
A correspondência sobre administração a LO- RENA QUKfoOZ, rua da Atalaya, 173.
AttMIG.VlTrn.l E.H I.INIIOA
1 mez 300 réis Annuncios, linha 20 réis
3mezes... 900 » Publicações no corpo do
Avulso 10 » jornal,por linha 60 réis He\(a-(eira. 9 dc Outubro de f 894
cipal do concelho de Povoa de La-
nhoso o subsidio de 590^000 réis
para a construccão do lanço da
estrada municipal de Fafe á Po-
voa do Lanhoso, comprehendido
entre Simães e Nossa Senhora de
Porto de Ave.
Devem terminar esta semana as
vindimas na Bairrada.
O edificio do seminário do Por-
to foi muito melhorado e acres-
centando.
No anno lectivo nue principia,
pode conter mais 24 alumnos do
que anteriormente.
Tomou hontem posse do logar
de director da liscalisação do ca-
minho de ferro do norte e leste, o
sr. Luiz Victor le Cocq.
Tiragem 10:700 exemplares
Terceiro Anno Numero 728
Chronica do dia
Sexta.—Os Anjos da Guarda.
Paramentos.—Cor branca.
Lausperenne, na egreja paro-
chial de Santos.
Aurora às 5 h. 33'. Nascimen-
to do sol ás o h. e 11'. Occaso às
-3 h. e 16'.
Primeiro preamar ás 4 h. e 6'
da t.; segundo preamar ás 10 h. e
48' da m.—Primeiro baixa-mar às
<10 h. e 48' da t.; segundo baixa-
mar ás i h. e 4' da m.
O sr. Luiz José Frade Almeida,
delegado do procurador régio de
•Cuba e o sr. Antonio Guerreiro
Falleiro, delegado ern Alcácer do
:Sal, foram mutuamente transferi-
dos.
São já quatro os concorrentes ao
logar de praticante, vago na ad-
ministração do correio de Beja.
Existe actualmente junto de Ber-
gen, na Noruega, uma egreja de
papel, que pode conter umas mil
pessoas. No interior é de forma
circular, e externamente octogo-
nal. Os relevos exteriores e as es-
tatuas que decoram o interior, a
abobada do edifício, a teia, os ca-
piteis corinthios, são de pasta de
papel, que se tornou impermeável,
mergulhando-a n uma solução de
cal viva, de soro de leite e clara
de ovo.
Foi exonerado de escrivão de
paz de Jou (Valle Passo?) o sr. Ze-
ferino Manuel Borges.
O patacho americano Harriet
trouxe de New-York 1:600 barris
de petroleo. ,
Alguns jornaes do Pará, Bahia
e Pernambuco chegados ultima-
mente transcrevem alguns artigos
da Tribuna, devidos á penna do
sr. dr. Faroi. •
Queixa-se-nos o nosso zeloso
correspondente cm Montemór-o-
Novo, o sr. José Maria Morteiro
Ferraz, de não ter recebido um
maço de cautellas com tres metros
de fita, que os srs. Pedro José Pe-
reira Campeão & C." lhe remette-
ram ha dias pelo correio, com o
sello de 5 rs.
Como o sello competente era de
20 rs., o maço devia ter ficado re-
tido no correio geral, e comtudo
parece que não existe ali.
Pedimos á repartição do correio
que trate de averiguar o caminho
que levaria.
Foi nomeado contador e distri-
buidor do juizo de direito de Fron-
teira o sr. Francisco Dias da Silva
Chanesco.
Foi concedido á camara muni -
FOLHETIM
BULHÃO PATO
BULHÃO PATO
N um esboço tocado de traços
fugitivos não cabe de certo a mi-
núcia demorada, mas indispensá-
vel no retrato para a similhança
perfeita das feições e das physio-
oomias. Por mais sobrio de diva-
gações que seja o escriptor,toma-
se-lhe muito difficil, senão impos-
sível, contrahir na tela acanhada
de um capitulo as ondulações ma-
jestosas de uma corrente de poe-
sia, quo ha vinte e quatro annos
despraia pelas margens da nossa
litteratura, depondo n ellas o natei-
ro fértil de suas creações.
Effectivamente, a indole primor-
dial e as evoluções subsequentes
do talento de qnalquer escriptor ou
de qualquer poeta podem compa-
rar-se ás nascentes de um rio. Co-
mo este, o talento também brota
modesto de suas origens, engros-
sa depois a sua corrente esforçado
com a confluência de outros rios,
já derivando sereno, já correndo
agitado, ora perdendo-se em vol-
tas caprichosas, ora alargando seu
leito e rolando desaffrontado até se
metter no oceano tempestuoso da
fama litteraria.
Porque é que aos 19 annos, o
nosso poeta apaixonado e terno co-
mo um trovador, com a bocca ain-
da quente do ultimo beijo, a men-
te escandecida por sonhos volu-
ptuosos, cantava os amores juve-
nis com os seus enleios e também
com as suas malícias?
Porque scismava Bulhão Pato
tão docemente, vendo os livros e
as boninas em que pousava o or-
valho das manhãs de abril? Por-
que aspirava com embriaguez o
aroma dos campos? Porque escu-
cutava, enlevado, os mil rumores
mysteriosos dos arvoredos? Por-
que se ficava esquecido a contem-
plar as nuvemsinhas do poente o
as sombras melancólicas do cre-
púsculo da tarde?
E porque é também que, pas-
sados vinte annos, agora, vemos o
mesmo poeta, outrora rescenden-
te das essencias mais fragantes do
lyrismo, despedir-se, pelo menos
momentaneamente, das canções
amorosas, arrancar as cordas ao
seu alaúde romântico, para pulsar
a Ivra fremente e vingadora de Ju-
venal, de Barbier, e de Victor Hu-
go?
Facilmente conciliaremos esta
contradicção apparente, ou antes
esta evolução natural do seu génio
poético, lembrando-nos de que Bu-
lhão Pato é um poeta essencial-
mente espontâneo, que a sua poe-
sia é o reflexo fiel da sua alma.
Suas canções, risonhas como uma
alvorada de maio, quando as doi-
rava o sol da primeira mocidade,
assumiram nas satyras já a triste-
za das paisagens severas, já o hor-
ror das catadupas que, no inver-
no, se despenham com estrepito
medonho, já o aspecto sinistro das
noites de procella apenas alu-
miadas a espaços pelo fulgor lívido
dos relampagos.
A doçura das illusões juvenis
cortou-lh'a o travo dos desenga-
nos; aos idylios descuidosos da ma-
nhã da vida seguiu-se, no poeta,
o drama agitado da existencia com
o seu cortejo de amarguras, de lu-
ctas, de represalias, de paixões
acerbas.
Foi este o pendor natural, por
onde o poeta foi levado das regiões
tranquillas da poesia individual e
Ivrica ás regiões tormentosas da
poesia social de satvra politica.
Poeta de verdade", liei ás vozes
interiores da consciência que o
chamam a combater por uma cau-
sa em que vé o triumpho da justi-
ça, ou a fulminar o que se lhe afi-
gura vicio, hypoerisia e crime,com
os seus terríveis alexandrinos, Bu-
lhão Pato é tão espontâneo e sin-
cero hoje na explosão das paixões,
que o abrasam, como era d antes
nos murmurios e nos cânticos do
seu adoravel lyrismo.
A sua musa, agora como sem-
pre, não se revaste de artifícios,
nem se estrella de lantejoulas para
nos deslumbrar.
E' essencialmente singela, des-
affectada, natural.
Serão a poesia social e a satyra
phrase derradeira e exclusiva do
seu talento poético, aflirmado por
tantos monumentos em que a sua
phantasiaao mesmotempo flexível
e vigorosa gravou as suas crea-
ções,como os esculptores mais afa-
mados gravaram as suas com
o cinzel no mármore antigo mais
puro? Não o acreditamos.
A natureza com os seus aspectos
e as suas vozes indefiníveis; o co-
ração humano com os seus enleios
e arrebatamentos; os mil dramas
commoventes da existencia; os se-
gredos e os mysterios psychologi-
es da alma; as tragedias moraes
da paixão e do amor, em que ge-
mem, e não raro succubem os af-
fectos mais vivazes e mais funda-
mente entranhados no coração; eis
a tella vasta e permanente em que
esperamos que hão de voltar a em
beber-se as tintas da palheta opu-
lenta e admiravel de Bulhão Pato.
Ainda bem, que as apostrophes,
as invectivas e os rancores parti-
dários são apenas na vida social, e
na litteratura também, umacciden-
te passageiro.
Especie de relampagos que atra-
vessam a atmosphera, sua clarida-
de é momentanea, como instantâ-
neo é também o ribombo do trovão
que os acompanha.
Afastados os negrumes da tro-
voada, o ceu recobra a sua trans-
Segnndo o ultimo relatorio ofli-
cial, a Turquia tinha no 1.° de ju-
lho de 1873, 1:244 kilometros de
via ferrea em exploração. A cons-
trucção dos caminhos naquelle
paiz progride com a maior activi-
dade. _____
O vapor inglez Vulture capturou
a sudoeste da costa do Madagascar
o navio negreiro Dhow.
A bordo do navio estavam mis-
turados, sem ar, sem luz e quasi
sem alimentação, 237 infelizes; 41
homens, 59 mulheres e 137 meno-
res, n'um estado de fraqueza in-
crivel c com os movimentos pre-
sos, em consequência dc se con-
servarem ha muito tempo na mes-
ma posição, por i:ão se poderem
mecher.
A muitos foi difllcil nos primei-
ros dias fazer uso das gernas
entorpecidas. No fim do porão ap-
pareceu uma negra, mettida na
agua que fazia o navio por algumas
juntas mal calafetadas.
Os proprietários do navio e do
carregamento eram trinta e cinco
arabes, armados e equipados, que
o commandante do vapor conduzia
para Zanzibar, onde foram julga-
dos summariamente.
O vapor fez rumo para os Say-
chelles, depois de ter deitado fogo
ao Dhoiv.
O apresamento d'este navio ne-
greiro é o mais importante que a
marinha ingleza effectuou nos úl-
timos tempos.
LONDRES, 30 — Diz o Morning
Post que é muito grande a quan-
tidade de armas e munições en-
viadas de Inglaterra aos carlistas.
Ag. liavas.
Agradou, e foi bastante applau-
dida no theatroda Trindade, a co-
media em 3 actos—A peior inimi-
ga.
Os debutantes — Augusto Rosa,
e Anna Luzia Horta foram lison-
jeiramente recebidos.
Ao primeiro coube uma parte
importantíssima, e n'ella se houve
com muita graça e propriedade. É
um actor que" em breve chegará
muito longe.
Rosa Damasceno e Carneiro,
elegantemente vestidos, distingui-
ram-se n'esta peça, e foram alvo
de demonstrações de apreço.
João Rosa deu mais uma prova
do muito que vale, e Ribeiro foi
em toda a peça aquelle conscien-
cioso actor, que deixou a sua re-
putação artística firmada desde o
desempenho do Avarento.
A comedia repete-se hoje acom-
panhada pelo Duende. É um ma-
gnifico espectáculo.
A importancia das multas im-
postas pela policia civil desta cida-
de nomez de setembra ultimo foi
de 894S620 rs.
parencia azul como a da superfí-
cie de um lago immenso que ne-
nhuma aragem encrespa.
Quaes são as feições salientes
da physionomia poética de Bulhão
Pato? a imaginação, a sensibilida-
de, a perfeição inimitável da forma
e o gosto sem egual.
Em todo o poeta, que o é deve-
ras, ha forçosamente a coexistên-
cia da imaginação, que cria as fic-
ções, as scenas, os personagens,
com a sensibilidade que o domina»
antes de nos commovor, e com a
melodia e pureza do rythmo, cuja
cadencia, sonoridade e energia for-
mam a linguagem sublime da
poesia.
A este conjuncto feliz de quali-
dades devem presidir as leis so-
beranas do gosto, que lhes dão si-
multaneamente graça e harmonia,
relevo e vigor.
Bulhão Pato canta suavemente,
ternamente, quero enlevem as sce-
nas da natureza, quer o commo-
vam as dores profundas ou as mi-
sérias dilacerantes dos supremo*
infortúnios.
Nas cordas da sua lyra, resoara-
lhe espontâneos os cânticos, como.
DIÁRIO ILLUSTRAIK)
BOLETIM DO DIA
EÍTectuou-se ante-hontcm o exer-
cício da divisão de Lisboa.
O publico esperava com grande
impaciência o dia em que podesse
ver este exame pratico dos corpos
da capital.
Felizmente os mais difllceis de
contentar, os inais exigentes e os
mais entendidos ficaram plenamen-
te satisfeitos.
A boa ordem, a disciplina, o gar-
Jjo, o aceio e a força em que se
apresentaram os corpos, o irre-
prehensivel do armamento e cqui-
pação, o bem combinado de todas
as manobras, o bem sustentado do
fogo, excederam a expectativa dos
que contavam com os melhores
resultados daquelJa acção simula-
da.
Folgamos que assim aconteces-
se, porque esse êxito comprova o
quo temos dito com relação aos
trabalhos do sr. ministro da guer-
ra o aos seus esforços e decidido
empenho em dotar o exercito com
uma organisação de que muito ca
recia.
Até ha apenas três annos per
çuntava-se, e com sobejo funda-
mento. em que se consumia a ele
vada verba votada no orçamento
do ministério da guerra para a
sustentação do exercito.
Os corpos tinham, quando muito,
300 praças. O armamento era ve-
lho e condemnado. Os soldados nào
tinham exercícios. Se alguma vez
se reunia uma brigada era para
prestar as honras fúnebres em al-
gum cemiterio.
Estava assim o nosso exercito.
O actual governo comprehcndeu,
e bem, que era necessário dar o
máximo desenvolvimento a este
ramo importantíssimo do serviço
publico, que era necessário tornar
productiva a elevada despeza vota-
da para os encargos do ministério
da guerra, que era preciso, em
lim, ter exercito em condições de
satisfazer ás modernas exigencias
da arte da guerra.
A opinião applaude os melhora-
mentos já alcançados, folga por
saber que o ministério continua
n este elevado proposito, e não es-
quece que o governo regenerador,
em todas as épocas em que tem
estado ã frente dos negocios públi-
cos, tem tratado da organisação
do exercito, como tem dado o im-
pulso a todos os melhoramentos
materiaes e tem satisfeito todas as
necessidades moraes do paiz.
HIGH-LIFE
—Faz hoje annos a sr.® marnueza
de Ficalho.
—Chegou a Lisboa vindo de Bor-
déus, o sr. barão de Japurá, minis-
tro do Brazil n'esta corte.
—Faz hoje annos o sr. Manuel de •Sá Paes do Amaral, íilho mais veltw
da sr.4 condessa (la Anadia.
Os nossos parabéns.
—Está em Lisboa o sr. Gago da
Camara, da illta da Madeira.
—Faz hoje annos a ex."4 sr.* D.
Maria José de Mello (Murça.)
—Faz hoje annos a ex.»4 sr.4 D.
Emilia Vital de Ascenção.1
—Partiu de Conde ixa para a Torrei-
ra o sr. Joaquim José da Motta, juiz
de direito de Vizeu.
—Faz hoje annos o sr. Luiz Candi-
do Tessoa de Amorim (Várzea da
Ordem)
—Regressou das Caldas de S. Jor-
je á cidade de Aveiro o sr. governa-
dor civil do districto de Aveiro, Ma-
nuel José Mendes Leite.
—Faz hoje annos a ex.»* sr.4 D.
Maria da Purificação José de Mello.
—Recolheu a Lisboa o sr. Jeronymo
de Moraes Sarmento.
Sua família continua ainda a ba-
nhos na Costa Nova do Trado.
—Faz hoje annos a ex.®» sr.* D.
Maria da Graça Groot de Faria Za-
galio.
—Chegou a Castello de Yideaex.®4
o vento na harpa eólia, desferindo
por si mesma as notas e as estro-
phes.
A tristeza e o amor divagam-lhe
pelas cordas do alaúde, como o
luar deumanoitedeoutomno diva-
ga pelas campinas, avelludando-as
com a sua doce e palida clari-
dade.
O seu ideal poético nem é o na-
turalismo exaltado de Goethe nem
a ironia desesperada de Byron.
Tios seus poemas respira-se o per-
fume do lyrismo de Garrett e de
Lamartine, interrompido a espa-
ços pela toada doidejante de Mus-
sel, mas sempre illuminado e aque-
cido pelo sol peninsular.
Na harpa uo poeta abundam as
notas sentidas da elegia, e alguns
dos seus poemetos, entre elles a
Jiosa do Monte e os Noivos são de-
liciosos pelo interesse dramatice
que os anima, pela paixão intensa
•que respiram, e pela perfeição dos
moldes poéticos em que estão va-
sados. Em ambas estas composi-
ções, admiraveis de forma, o poeta
âltingiu á mais alta sensibilidade,
orvalhando-as de lagrimas, e com-
movendo-nos.
sr.4 D. Candida Hosa Isla Pacheco,
viuva do sr. João Antonio áos Santos
e Silva.
—Faz hoje annos o sr. D. Luiz da
Cunha Menezes.
—Faz hoje annos a ex.»4 sr.4 D.
Marianna de Sequeira.
—Ja se acha melhor o sr. duque
de Loulé.
—Faz hoje annos o sr. D. Antonio
de Mello.
—Está um pouco melhor a sr.*
baroneza de Mendonça, que tem pas-
sado bastante incommodada.
—Faz hoje annos o sr. visconde
de Midões.
—Regressaram a Coimbra da sua
digressão á província do Miiiho os srs. dr. Joaquim Augusto Simões de
Castro, e Augusto Mendes Simões de
Castro.
—Faz hoje annos o sr. João Ber-
nardo da Silva Cesar Lopes Mon-
teiro.
—Regressou ante-hontem da Italia
vindo por Bordéus, o sr. Carlos F.
Figari.
—Está em Lisboa o distincto es-
criptor o sr. Alexandre Herculano.
—Chegou do Porto o sr. Julio Fer-
reira Girão, estudante do curso supe-
rior de lettras.
—Faz hoje annos a ex.»4 sr.4 D.
Izabel de Souza Botelho.
—Regressou de Bellas á sua casa em Lisboa o sr. José Tavares de Ma-
cedo.
—No dia 23 realisou-se na praia da
Figueira um pic-nic promovido pelo
sr. Miguel Osorio Caoral.
O programma comprehendia uma
visita ás minas de carvão de Buar-
cos, á fabrica de vidros e ao sitio de Buarcos. A's 2 horas da tarde parti-
ram os convivas em numero de oi-
tenta, a maior pai te a cavallo em
burros; regressaram ás 7 e reuni-
ram-sc n'ura opinaro jantar dado no
excellentc hotel Foz do Mondego c
d'ahi partiram a acabar a festa na
Assemblca junta ao mesmo hotel on-
de se dançou animadamente até á
meia noite.
As pessoas cujos nomes nos occor-
rem são: As ex.»» sr." D. Maria, I).
Carolina de Almeida e filha, I). Ma-
rianna de Almeida e suas filhas, I).
Maria Amalia Freire e filha, barone-
za de Salgueiro, condessa de Farro-
bo (Saldanha.) D. Carlota da Cunha e
Menezes, D. Camilla de Faria, 1). Ilip-
polyta de Sousa, D. Maria Rita Gor-
ião, D. Maria de Vasconcellos e Sá,
I). Maria Julia Q íeiroz, I). Julia de
Macedo e cunhada. I). Maria do Ceu
Mendes. I). Maria das Dores de Al-
meida, D. Maria Francisca de Almei-
da.
—Partiu para a Figueira da Foz o sr. dr. Troni, e sua família.
—Regressou hontem de Bellas, on- de esteve a ares, o sr. David Corazzi.
—Retirou da praia de Santa Cruz
para Bellas o sr. Fructuoso Caetano
de Oliveira Perestrello, e sua famí-
lia.
O povo de Castello do Vide fes-
tejou na terça feira o primeiro an-
niversario da inauguração do mo-
numento, que levantou á memoria
do chorado rei o sr. D. Pedro V.
De tarde houve uma corrida de
touros, c depois a philarmonica,
acompanhada de uma grande mul-
tidão foi tocar em frente da esta-
tua, dando-se repetidos vivas a el-
rei o sr. D. Luiz, e á carta cons-
titucional.
Á noite todas as casas das prin-
cipaes da vilL appareceratn illumi-
nadas
E assim deram os castello vi-
denses uma solemne demonstração
do seu affécto á actual dynas-
nia.
MADRID, 30.— A Gaceta publi-
ca decretos, prorogando a auctori-
sação para que a junta emitta di-
rectamente os títulos reduzidos de
divida publica ao portador até 3i
de dezembro e nomeando um di-
rector para o thesouro.
Appareceu regulamento limitan-
do a liberdade de ensino.
O Jornal El Gobicrno publica
uma carta da Alemanha, na qual
ao referir-se á recepção de Iladz-
feld diz que um filho da Prussia
não é inimigo da liberdade, nem
entende que faltar em princípios
Que sobriedade de traços na pin-
tura da aldeia, nos Noivos, e que
sympathia tão tocante nela vida
aspera dos pobres pescadores 1
Com que saudade porém nos
apartamos das praias silenciosas
ou das campinas alegres, por onde
vagam, ora os folgares ora as tris-
tezas da sua musa; com que pena
diremos adeus aos lagos transpa-
rentes em que o vemos espanejar
suas azas brancas de cysne, para
seguirmos o poeta ás regiões tem-
Kestuosas da satyra onde os jam-
os de Archilocho fusilam como
raios por entre as nuvens negras,
e os alexandrinos esplendidos de
Bulhão Pato ullulam, encapellan-
do-se como vagas enfurecidas e
possessas do demonio da tormen-
ta! Entre outras, a composição,que
tem por titulo Dalila, reúne, a meu
ver, quantos predicados se exigem
da satyra para que ella nem na
grandeza, nem na magestade, nem
na indignação, nem na ironia,
desça das alturas em que deve
pairar, sob pena de deixar de ser
a musa terrivei e transformar-se
na collareja desbragada e plebea
dos mercados.
conservadores, seja ligando-lhe o
sentido do exploradores.
A bandeira da ordem e da paz,
quo são synonimos em politica de
trabalho e legalidade, está desfral-
dada pela Inglaterra, Estados Uni-
dos, Bélgica e AUemanha.
Haverá hoje um juntar em Far-
nos, a que assistem os ministros.
Ag. Americana.
O sr. José Marques de Carvalho,
com casa de cambio na rua das
Portas de Santo Antão n.4 31, re-
quereu policia correcional contra
o auctor doartigopublicado no n.°
2 do jornal intitulado O seringador
intimando o editor do.jornal para
apresentar em 24 horas o autho-
grapho.
O sr. Carvalho andou bem, não
porque o seu credito soffresse com
qualquer artigo d'aquella ordem
mas para corrigir diíTamadores.
O processo está alíecto ao 2.°
districto criminal.
COPE N HAG U E, 29.—Prepa ra -se
um grande meeting em Frederies-
tadt para protestar contra as repe-
tidas expulsões de dinamarquezes
de Sçhleswig.
Ag. Americana.
Segundo o relatorio da direcção
da companhia das Lezírias do Te-
jo e Sado, enviado ultimamente ao
Soverno, a cobrança total da ren-
a, no anno proximo lindo, foi a
segninte :
Trigo 245.409,49 decalitros : ce-
vada 22.o02,72 docalitros; milho
1.450,08 decalitros; dinheiro réis
126:4624037.
A venda de generos foi : trigo
ribeiro 184.039,75 decalitros; tri-
go rijo 00.407,05decalitros; ceva-
da 17.572,91 decalitros; e milho
1.982,79 decalitros.
As marinhas produziram deca-
litros de sal, 117.741.0, importan-
do o seu custeio 9913485 rs.
Desr/endeu-se em obras réis
23:0083170. alem das despezas
feitas com as obras do juncal no-
vo.
O rendimento das mattas, pi-
nhais, e charnecas ^oi de réis
14.3805805 o dividendo proposto
foi de 253000 rs. por acção.
BERLIM, 29.—Prepara-se a for-
mação de um novo exercito do re-
serva, no qual serão incluídos os
indivíduos não couiprehendidosno
exercito activo.
Ag. Americana.
Houve, na quarta feira, reunião
da assemblea geral do theatro do
Gymnasio.
Estiveram presentes cincoenta
accionistas.
Presidiu o sr. conselheiro Rodri-
gues Sette, servindo de secretario
o sr. Castilho.
Orou, brilhantemente, entre ou-
tros o sr. director dr. Andrade e
Silva.
Deve entrar brevemente em en-
saios no theatro de Variedades um
drama militar, de grande appara-
to, em 5 actos e 7 quadros rela-
tivo a um dos factos mais impor-
tantes da historia da nossa na-
ção.
Falleceu na Figueira da Foz a
sr." viscondessa de Santo Varão.
Era tia do sr. dr. Troni.
LONDRES, 30—Consolidado in-
glez 92 i 1110. Hespanhíl exterior
18|18. Portuguez 40 7|8.
Ag. liavas.
Questionavam na calçada de Car-
ríche sobre qual dos corpos me-
lhor havia manobrado no simula-
cro de defeza, os srs. José Miguel,
soldado de caçadores 5; Antonio
Ferreira Biffe, José Bozio, e Eugé-
nio José Monteiro, de infanteria 5,
e Antonio Maria Gomes, guarda
da alfandega. Passando a vias de
facto, ficou ferido na cara o ulti-
Como sabem os leitores, é pre-
ciso que a satyra não perca nunca
a elevação da idéa, a finura da
analyse, os cambiantes felizes e
inesperados; que não se lhe embo-
tem nunca os golpes incisivos e
»apidos da ironia, e que a cólera,
que a domina, não chegue em caso
algum a afundil-a no charco das
obscenidades grosseiras nem a re-
baixal-a ás indecencias avinhadas
de uma bacchante meio despida.
A moralidade que respira a com-
posição citada, o caracter impes-
soal com que fecham os seus ver-
sos esplendidos, irreprehensiveis,
oude, além do artista que inventa,
ha o lapidario paciente que pule
os prismas do diamante, o* Benve-
nuto Cellini que lavra com buril
privilegiado os primores da phan-
tasia, tornam admiravel a satyra
Dalila e provam a elevação artís-
tica a que pôde attingir, nas mãos
de um poeta eminente e sabedor
da arte, um genero alias tão peri-
goso e cercado de precipícios.
Quando nos lembra que Barbier,
o notável e fogoso poeta, que em
plena monarchia de julho, deixou
relanpejar cm todo o seu fulgor os
mo dos soldados, que foi apanha-
do por uma pedra, que dizem fora
arremessada pelo guarda da alfan-
dega.
Foram todos remettidos a juizo,
com excepção do ferido, que foi
para o corpo para dar entrada no
hospital.
MADRID, 30. —Int. 11,67. Ext.
falta. Bilhet. hypot. 99,00. Bonds do
thes. 43,80. Cambio sobre Londres
48,00. Id. sobre Paris o,05.
Ag. Americana.
Aos indivíduos do Porto que to-
marem passagem no vapor Julio
Diniz, que dove sair no dia 22 de
outubro, e prefiram embarcar em
Lisboa, a empreza respectiva abo-
na as passagens pelo caminho de
ferro.
FRANCFORT,~29. — Tomam-sr
precauções relativamente aos 40
princi p'aes membros da união dos
trabalhadores. Foram apprehendi-
dos papeis importantes.
Ag. Americana.
Foram capturados em Friélas, a
requisição do commissario geral
de policia, Antonio Canejo e João
Pechincha, almocreve.
PORTO, 1;—Rendimento da al-
fandega 13:681 £500. Bolsa do Por-
to, hespanhoes 11,11, a praso.
Obrigações prediaes ao portador
923000. Acções do banco do Por-
to 30^000; Douro 413500.
Bolsa da tarde, inscripções 40,
31; hespanhoes 11,06, dinheiro.
Acções do banco do Porto 30*5700;
Douro 41.3500; Coimbra 43500;
Caminho de ferro de Bougado 23
a 23500. Ag. Americana.
Breve se construirá em Villa
Nova de Portimão a nova casa pa-
ra a alfandega,com melhores aconi-
modações;aproveitando-se a antiga
casa incendiada e expropriando-se
as casas contíguas dos srs. José da
Silva Ribeiro e lynez Bolaxa.
Consta-nos que a planta é ex-
cellente.
RIO DE JANEIRO, 1.—A revo-
lução argentina estendeu-sc a to-
das as províncias de Buenos Ay-
res, aonde se repetem os conflictos
do povo com a tropa.
O general Mitre fugiu, para ir
tomar o cominando dos revoltosos,
que se dirigem sobre a capital.
A esquadra sublevou-se.
Ag. Americana.
Foi creado um posto fiscal na
villa de Monchique, guarnecido de
10 guardas flscaes, sendo 5 a ca-
vallo.
Em Villa Nova de Portimão re-
gulou o vinho novo nos lagares en-
tre 223000 a 23.3000 rs. a pipa de
25 almudes.
AMSTERDAM, 29. — Portuguez
45 5|8. Ag. liavas.
A sociedade do grémio de Villa
Nova de Portimão festejou no dia
1.° de outubro o seu anniversario
dando um bailo aos socios.
Já chegou a Portimão o prelo
para a redaccão do novo jorn-il .4
Uberdade, e breve chegará o lypo
da imprensa nacional.
O jornal sairá á luz dentro de
pouco tempo.
ANTUÉRPIA, 29.—Portuguez 45
3|4. Ag. liavas.
Houve ha dias em Ovar uma
grande caçada.
Foram mortos 42 coelhos, uma
lebre e 4 rolas.
É esperado em Villa Nova de
Portimão o hábil photographo o sr.
Henrique Goes, que terá o seu ate-
lier na rua Direita, n.° 45, nas ca-
sas do sr. Jeronymo Gloria.
Já começaram os estudos defi-
nitivos da estrada real de Barcel-
los a Ponte do Lima.
raios da satyra antiga, descrevia
a liberdade como uma mulher ro-
busta
Qui ne prend ses amants que dans
la populace
Qui ne préte ses larges flanes
Qua des gens forts comme elle; et
qui veut qu'on rembrasse,
Avec des mains rouges de sang,
e se extasiava com o fanatismo
servil de um liberto de Cláudio,
diante das escorias sociaes a que
elle chama
«La grande populace et la sainte
canaille-
é fácil ver a quantas aberrações
pôde arrastar esta forma litterãria.
Neila effecti vãmente, se por um la-
do respiram as paixões nobres e
viris, por outro fermentam, não
raro, os sentimentos baixos, os
odios mesquinhos, e a licença des-
honesta das maximas torpezas.
A satyra de Bulhão Pato é sem-
pre elevada. Sente-se até admira-
Sãoespontanea, irresistível, e bem-
iz-se o jambo de Archilocho e o
látego de Juvenal, quando n'elles
troa a eloquencia vingadora de Vi-
A producção do vinho este anno
em Villa Real anda pela terça par-
te da dos outros annos.
Em geral a qualidade é boa.
Os preços regulam entre 243000
e 273000 rs. a pipa de vinho tinto,
e 403000 rs. a do vinho branco.
As praias de Alfubeira (no Al-
garve) teem estado concorridas de
banhistas de Loulé e do Alemtejo.
Já retiraram algumas famílias.
MADRID, 30.—Lay ar d, repro-
sentante de Inglaterra, deve che-
gar átnanhã a Madrid. Ass m que
chegou a Santander, cumprimen-
tou telegraphicamente Serrano.
Apparecem symptomas de dis-
sensão entre os carlistas do norte.
Alguns chefes teem reconhecido
as auctoridades liberaes. Outros
tem sido fusilados á ordem de D.
Carlos, por haverem pedido a paz.
Ag. liavas.
Solteirões, é a comedia que hoje
vae no theatro de D. Maria II, em
que Antonio Pedro é inexcedivel.
Quem deixará de ir hoje a este
espectáculo?
PARIS, 29»—Cambio sobre Lon-
dres 25,14 1 [2. Ag. liavas.
PARIS, 28.—O candidato repu-
blicano Maillé ficou eleito deputa-
do do Maine-e-Loire, por 400 vo-
tos de maioria sobre o candidato
septenalisia Bruas.
O duque de Tetuan, ministro
de Hespanha em Bruxellas, é es-
perado depois de amanhã em Pa-
ris. Vem combinar corn Armijo
diversas questões.
O príncipe das Astúrias voltará
a Londres no dia 5 do proximo
outubro, para concluir os seus es-
tudos militares.
E' calculado em 00:000 francos
o producto do beneficio que se fez
ha poucos dias em Paris a favor
da inimitável actriz Dejazet que se
acha velha, e pobre.
Foi concedido á junta de paro-
chia de Santo Eustaqnio e Alpiar-
ça o subsidio de 5753890 rs. para
as obras de reedificação da sua
egreja. ______
Na semana finda em 19 do se-
tembro ultimo rendeu o caminho
de ferro do sueste 8:5853480 rs.
isto é, menos 1:3373445 rs.doque
em egual período do anno do 1873.
O engenheiro Tairly na memo-
ria que acaba de publicar ácerca
das vantagens de adoptar a via es-
treita para os caminhos de ferro,
diz qno naquclla via pode alcan-
çar-se com toda a segurança uma
velocidade de 00 a 75 kilometros
por hora.
O general Tripier acaba de apre-
sentar ao governo francez um pro-
jecto no qual propõe aconstrucção
de um novo porto do mar, perto
do actual porto de Boulogne, po-
dendo acommodar os vapores de
maiores dimensões, e sendo acces-
sivel a qualquer hora.
Proximo da ermida de Nossa Se-
nhora de Ayres, perto de Beja, na
nojte de 24 do inez passado, o sr.
João Espada, disparando-se-Ihe
inesperadamente uma espingarda
Suo tinha entre mãos, perdeu to-
os os dedos da mão esquerda.
A diligencia de Torres Vedras,
era que vinha a família do sr. mar-
quez do Penalva na segunda feira,
foi apedrejada ao chegar a Freixo-
feira.
A exm.4 sr.4 D. Maria Francisca
Brandão nora dó sr. marquez foi
ferida nas costas por uma pedra,
e teve de estar dois dias do cama.
Regressa ámanhã a Montemór-o
Novo, indo de Lisboa, onde veiu
acompanhar ao collegio Europeu do
largo do Conde de Barão, dois manos
■ ■ ■ f ctor Hugo no Calvario e da Velhi-
ce do século. Então a arto revés-
te-se, deslumbrando-nos, de todos
os esplendores das auroras bo-
reaes.
Quando a musa sobe tão alto na
indignação e na eloquencia, o dos
seus píncaros de luz e de cham-
mas, ao mesmo tempo magestosa
e terrível, dardeja rSios ardentes,
que alumiam e abrasam quanto
tocam, a grandeza solenine da see-
na assoberba o espectador e subju-
ga-lhe por tal forma as faculdades
da analyse e da critica, que estas
como que se paralysa n, para só
viverem as do enthusiasmo e as da
admiração.
as invectivas de Bulhão Pato
teem a magestade classica. Assu-
mem proporções épicas os sacrifí-
cios, as hecatombes em que sup-
plicia as suas victimas. É o exter-
mínio dos charlatães, o açoite dos
Viales. No meio porém das suas
execuções e dos seus flagícios,
inspiram-o sem nunca o des-
ampararem, sentimentos nobres,
propositos generosos, amor arden-
te da justiça, da liberdade, do
progresso humano e social.
o um primo, o sr. Francisco Ma-
nuel da Costa Campos.
MILÃO, 27.—O rei recebeu Ran-
cés, ministro de Hespanha, ás 11
horas c meia em presença do prín-
cipe Humberto, de Minghetti e ou-
tros personagens.
Disse que era feliz em ver a
Hespanha representada cm Italia
por uma pessoa tão digna e esti-
mada pelos serviços prestados ao
seu paiz.
Venosta foi em seguida visitar
Rances ao palacio da legação.
Ag. liai'as.
No proximo domingo é de espe-
rar nova concorrência ao theatro
do Principe Real.
Sobe ali á scena o drama Um
Martyr da Victoria que tanto en-
thusiasmo causou no theatro da
Trindade do Porto.
Os fatos e seenario para esta
peça são novos e de deslumbrante
efTeito,e os papeis foram confiados
aos pnncipacs actores d'este thea-
tro.^
Com todos estes predicados ó
do crcrqtic a empreza veja coroa-
dos os esforços que faz para pòr
em scena as peças com bastanto
luzimento.
A estrada da Regoa a Amaran-
te foi desfeita, pela trovoada do
dia 20, na extensão de 80 kilome-
tros, em Padrões da Teixeira.
O presidente do peder executivo
da republica hesparihola agraciou
com a cruz de 1.' classe do mérito
militar, os ofliciaes do batalhão de
caçadores 7, Joaquim Maria Pe-
cheira, capitão; José Maria Pereira
Vianna, tenente; João Baptista do
Cruzeiro Seixas, alferes; como dis-
tincçao por elles haverem efllcaz-
mente contribuído para a perse-
guição dás partidas carlistas, pren-
dendo uma guerrilha de dez ho-
mens que intentava entrar na Gal-
liza.
Está aberta no governo civil d«>
Porto a subscripção para o levan-
tamento da 5.a serie do emprésti-
mo para a construccão das estra-
das districtaes n.°» 9 o 12, na im-
portância de 20:0003000 rs.
As acções são de 1003000 rs. o
o juro de 0 p. c.
De dois irmãos, um de 5 e ou-
tro de 2 annos de edade, que brin-
cavam junto de um poço, na Tor-
reira, caiu á agua o mais novo. O
mais velho atirou-se ao poço, er-
gueu o irmão nos braços, e'gritou
por soccorro. A agua dava-lhe pe-
lo peito.
Caiu no sabbado em Villa Real
uma grande trovoada, que em pou-
cos momentos transformou os cam-
pos em lagos e os regatos em tor-
rentes caudalosas.
O Corgo, que pouco antes não
tinha uma gota de agua, conver-
teu-se de repente cm grande rio.
Realisou-se hontem a abertura
solemne das aulas da academia po-
lytechnica do Porto.
Recitou a oração de sapiência o
sr. dr. Adriano de Abreu Cardoso
Machado.
O imposto do lazareto rendeu na
quinzena finda 4593150 réis.
Parece que por doença do ca-
pellão do regimento de infanteria.
17 não poude o mesmo regimento
no dia 24 do mez passado ouvir,
na egreja da misericórdia, missa
por alma do sr. D. Pedro IV.
Caiu do uma meda de pinho
Fernando Pedro, morador na tra-
vessa dos Brunos, e deslocou um
braço. Teve de ir curar-se ap hos-
pital de S. José.
De Vizeu dizem que a colheita
dc vinhos este anno é inferior em
um terço á do anno passado, mas
que a qualidade é excelente.
Troveje Bulhão Pato muito em-
bora na satyra e folgue de nos ap-
parecer por entre os clarões da
tempestade, c atravez do graniso
abrasado dos coriscos fulminantes
dos seus alexandrinos; mas, por
Deus llfo pedimos, não se despe-
ça dos vergeis encantadores do
seu lyrismo. Não diga adeus para
sempre á musa travessa e deva-
neadora da Paqtuta, poema que
lhe conquistou os foros de poeta
eminente, que é um monumento
indestructivel da sua gloria e da
nossa poesia moderna, como é já
também o tormento dos seus de-
tractores.
Detractores, sim, que já agora
não riscamos a palavra.
E também quem ha ahi de algu-
ma valia que os não tenha? Des-
graçadamente a coroa da gloria
litteraria é cravada, por dentro,
dos espinhos de inveja, que, por
baixo das folhas de louro, estão
continuadamente ensanguentando
a fronte dos infelizes que a cin-
gem.
(Phantnsias o escriptores
contemporâneos.)
Visconde de BekàlcAíNFob.
DIÁRIO ILLUSTRAIA,
GAZETILHA
Exterior
Em Hong-Kong, uma cidade
Da bahia de Cantão,
Uma tromba assoladora
Poz tudo a laranja e pão.
Kão é caso para festas
Com foguetes e com bombas;
E* caso para exclamarmos:
—Deus livre a todos de trombas!
Interior
Da cidade de Lisboa
A divisão militar
Figurou acção terrível
Para alem do Lumiar;
E os soldados, aguerridos
Alcançaram tanta gloria Que até os proprios vencidos
1'oderam cantar victoria.
0 certo é que, regressando
A quartéis, flndo o serviço,
Yiam-se todos rilhando
O seu uaco de chouriço.
LocacN
O producto das marinhas Encareceu. Inda mal!
Porque d aqui por diante
E' mais difiicil ter sal.
Em quanto, na quarta-feira, Cheios de brio os soldados
Andavam azafamados
A atacar e a def< nder,
Os paizanos sobre a relva
Davam-sc alburn desafogo:
Cangirão á bocca.... fogo!...
Isso é que era de tremer!
AnhtancEoM
Aos feridos na batalha
De que acima vem men<;ão
ila quem venda o curativo:
O pello do mesmo cão.
Then tr oh
Abre amanhã o Gymnasio,
Que deve ter uma enchente. O peior é que em Lisboa
Se nota falta de gente.
terios do Templo, 05 Voluntários
de 1814, os Filhos de Çarlos V, o
Marquez cabo de esquadra, os Fi-
lhos da loba, a Virgem das Rosas.
Elias de Beaumont é celebre so-
bretudo pela sua magnifica carta
geologica da França.
O Economista francez publica
um trabalho do sr. de Lapeyrouse,
consul da França em Edemburgo,
donde extrahioos seguintes dados:
O duque de Sutherland possue
470:630 hectares de terreno, que
lhe rendem 55:145 libras esterli-
nas (248.152.500), o conde de Brea-
dalbane possue 183:344 hectares,
que lhe rendem por anno réis
259:614.000; o duque deBuceleugh
possue 172.740 hectares com ren-
dimento annual de 828:639á000
rs.; o conde de Seaficld 122:360
hectares rendendo por anno réis
323.478âOOO: oduque de Richmond
107.707 hectares com rendimento
de 271.701^000 rs.; o conde de Ti
fc 101:126 hectares 325:404.3000
rs.: o duque de Hamilton 59:176
hectares 413:3285500.
Não é menos rico talvez na Rus-
sia o príncipe de Menschikoff, que
n'uma noite de natal enfeitou a ar-
vore tradicional coui diamantes 110
valor de um milhão, e deu-os to-
dos do presente ás senhoras que
convidava.
REVISTA ESTRANGEIRA
Nova associação de trabalhadores —
Ima brochura do barão Stoflel —
Morte de Victor Léjour e de Elias
de Beaumont— Kiquezas de vários
lidalgos escocezcs — Hasgo de ge-
nerosidade do príncipe Metischi-
kolí.
Paris, 25 de setembro.
A Internacional manifesta nos
seus últimos congressos um gran-
de desalento. Depois de fulminar
num manifesto que publicou ago-
ra a revolução burgueza de 4 de
setembro, e obstinaçao das cidades
francezas em não quererem com-
prehender a revolução da coinmu-
11a, diz melancliolicamente o se-
guinte:
«Tendo cada paiz uma organisa-
ção dilíereDte os trabalhadores pro-
cederão segundo as suas convicções
e adoptarão todos os meios para a
organisação social e para a guer-
ra â burguezia.
Daqui se vô que a Internacio-
nal renunciou a qualquer empre-
za solidaria. Demais a mais agora
em Genebra está-se fundando ou-
tra associação que ameaça a inter-
nacional com uma concorrência
tanto mais seria quanto as idéas
que cila defende são sensatas e ra-
soáveis.
«Até hoje, companheiros, diz o
jornal União (los Trabalhadores que
é o orgão d'essa associação, trata-
va-se não da emancipação da clas-
se dos trabalhadores no seio da so-
ciedade moderna, mas da destrui-
ção d essa sociedade e da sua subs-
tituição por uma nova organisação
politica e economica dos povos.
Âhi ê que está o erro.
E acrescenta:
«O grande numero dos reforma-
dores, as contradições que existem
entre as suas ideas são também
razões suflicientes para não tratar
como cegos da realisação de theo-
rias que ainda nenhum facto veiu
co' firmar».
Deus queira que esta nova so-
ciedade operaria, que parece ani-
mada de tão bom espirito, não ve-
nha a descair nas utopias que per-
deram a internacional.
O barão Stoffel, que fez tão má
figura no processo Bazaine, vae
publicar uma brochura amarga e
insolente, de que o Figaro, já pu-
blicou alguns extractos, para se
defender, atacando ao mesmo tem-
po Mac-Mahon e o duque de Au-
male. Conta por exemplo que Mac-
Mahon fugiu com o exercito que
organisavaem Chalons diante de
um regimento de cavallaria prus-
siano.
Morreram o dramaturgo Victor
Séjour e o geologo Elias de Beau-
mont. Séjour, escriptor dramatico
fecundo e applaudido, escreveu
Diéganas, a Queda de Séjan, Ri-
cardo III, o Dinheiro do diabo, as
Bodas venezianas, o Filho da noi-
te, André Gerard, o Marty rio do
coração, os Grandes vassallos, o
Paletot côr de castanha, a mulher
que deita cartas, Compadre Guille-
ry, as Matanças da Syria, os Mys-
Antonio José Mendes, que foi
durante 25 annos actor do theatro
do Gymnasio, perdeu a falia em
consequência de um insulto apo
pletico no dia 6 de janeiro de 1869.
Desde então até Inje tem soflri-
do as maiores privações elle, sua
mulher e seus filhos, em conse-
quência da desgraça que lhes rou-
bou o pão de cada'dia.
Se aquelles que nos lerem, qui-
zerem acudir a tão lastimosa allli-
ção, ser-lhes-ha agradecida com
lagrimas de reconhecimento a es-
mola na casa destes infelizes.
Moram na rua da fabrica das
Sedas n.° 43 4.°.
I.I.SI50A IVA RUA.
É uma publicação interessante,
escripta com desenfado e de utili-
dade para quem a lé. Abunda
nella a boa critica dos nossos cos-
tumes, os quaes — diga-se em fa-
mília—carecem de mais radical
reforma para os harmonisar com
o progresso e com a civilisação.
O livro a que nos referimos não
é d'aquelles que os edictores ati-
ram para o mercado e que vão fa-
zer ruma nas lojas, aguardando
raro freguez. Também não é dos
que se compram para encher a
estante, cetno esses que Rousseau
aconselha que se não leiam—ren-
dons-les courts en ne les lisant
point — afim de os tornar menos
massadores.
Querem a prova?—Eil-a:
« Dois patuscos graves, dois pan-
crácios tristes, encontram se ca-
sualmente :
— Adeus, ó Mamede, como vae
essa bizarria ? Ainda agora repa-
ro, tu estás de luto ?
— 0 mais que estou é tudo.
Morreu-me a minha serva de
Deus!
— È a primeira vez que tal oi-
ço. Dá-me cá esse abraço : Dei-
xaste-me agora sem pinga de san-
gue!
— Mas tu a modo que também
tens escomilha no botão?
— Succedeu-me a mesma des-
graça.
— Oh! coitado! Separar-se um
homem da sua metade!
— A quem o dizes! E então
aquella minha mulher que era
uma prenda! Estou inconsolável.
Onde ias tu agora ?
— Estava a girar por ahi como
um cadaver. Queres tu ir á Perna
de Pau, que me dizem que abriu
hoje um casco riquíssimo?
— Eu ia em diligencia de me
distrair mais perto, aqui d Cova
Futula, por baixo do hotel Gibral-
tar...
— Pois vamos lá a esse, que,
pelos modos, está palhete, mas
saiu bom. Urna pessoa não tem la-
grimas para os desgostos que apa-
nha !
EHtram na Cova Funda.
— Ó aquelle, traga-nos você um
petisquinho, e dê-nos do tinto.
— Um íabito de tainha... Ella
coitadinha, aquella santa que Deus
tem, gostava de tainha que se pel-
lava!
— Uma conserva de cenouras
talvez fosse bom, hein?
— Está a calhar. Traga conser-
va, ó amigo l Tomara-me eu no
tempo em que nós éramos pandi-
gos, lembras-te?
— Ora! que linda pinga! Pro-
va-o que está rigoroso!
— Lstá-me isto a fazer umas
saudades! Com a bréca, este vinho
é real...
— Toca a repetir.
— Encha outra vez os copos, ó
amigo! Tu conheceste-a; era mui-
to prendada!
— Muito. E a minha para o ar-
ranjo d'uma casa, não tinha se-
gunda. Olha como elle espuma!
Isto em lhe caindo uns frios está
um vinhão de quebrar nin ho-
mem! •
Este recordar da esposa delei-
tando-se com o summo da cepa,
faz lembrar Gavarni e Moliére—a
caricatura e a comedia!
Vende-se pois, o livro do humo-
rístico escriptor, como se fosse ca-
nella, consoante o dizer dos que
recebem o importe de cada volu-
me. E ainda bem que assim é, pa-
ra que as palavras de Montaigne
— «o melhor e o mais agradavel
travesseiro para descançar uma
cabeça bem feita é a ignorancia e
a falta de curiosidade» — deixem
de ir ter applicação á sociedade
portugueza. Apesar dos seus abas-
direitas e das suas plangentes gui-
tarras vae tomando gosto pela lei-
tura.
Diga-se em abono da verdade;
no Chiado já se pergunta: «leste o
livro do Julio?
Olha, • \6 se o conheces. Estou
aqui, estou com elle a contas; ha
de do principio ao íiin, e sem uma
piadinha!
J. VlANNA.
Estão quasi concluídas as obras
no theatro da rua dos Condes, que
fica completamente remoçado. A
companhia foi reforçada com o in
telligente actor Salazar e outros
artistas a fim de subir á scena com
o máximo esplendor na noite de
10 do corrente a apparatosa peça
marítima do sr. Aristides Abran-
ches, O filho das ondas. Os traba-
lhos do mise-en scene teem sido ha-
bilmente dirigidos pelo sr. Apolli-
nario de Azevedo.
Espera-sc que a canhoneira Dou-
ro esteja prempta dentro de dois
mezes para servir em coranris-
sões. ———i—■ 1
Está doente em Montemór-o-
Novo o sr. Justino Coelho Palhi-
nha.
Desejamos-lhe as melhoras.
E' insignificante no dis:ricto de
Coimbra a amostra do azeite.
cuia esquerda, e feriu-se grave-
mente na cabeça.
Encontramos na Patrie o se-
guinte artigo:
«Informações recebidas de Lis-
boa aconselhain-nos que estejamos
de sobre aviso acerca de certos boa-
tos que se tem procurado espalhar
nestes últimos tempos na impren-
sa euro^ea, dando a velha utopia
conhecida na lingua diplomatica
pelo nome de união ibérica, como
estando a ponto de reanimar-se e
Nada, de adquirir novo vigor:
observa-nos o nosso corresponden-
te, é mais vasio de senso e geito; ^ ^ ^ ^ ^
gosamos em Portugal d I vigor; mas desde ja podemos di-
noriiifino níKíslliniOSllIllA v J «i.4. •
questão, é porque também somos
o alvo onde se dirigem certeiros
todos os tiros, e todas as queixas.
Já estavamos fatigados de ser in-
terpellados a todo o instante, e
instados para sermos juiz n'uma
causa, em que não podíamos ser
parte. O que desejamos, pois, é boa
administração; e ainda que se nos
diga que algum dia a direcção foi
connivente na emenda dos estatu-
tos que este anno se teem espa-
lhado, nós diremos que, emquanto
os estatutos approvados pelo go-
verno de sua magestade nãj forem
revogados pela nu sina instancia,
são só aquelles os que estào em
peridade crescente, possui mos unia ze® £ dj prJes^ente ienora
('U«r0l°^ar; a existência d'essas emendas, que tidos respeitam temos en lim o jmp0rtóm0pe,jjrem-seguantiasnão
beneficio das instituições ma s, h- au^ori5ad^ por ,ei. 0 que é pre-
beraes, d um regime econstitiiuo cjs0 pois, é que a direcção ad-
nal» fundado nas mais largas. ta- moesle os empregados intoleran- seí, e praticado com egual since c p0ue0 (,em educados para
ridade pela naçao e pela coroa, qualquer sócio re'clamante não
que poderíamos ganhar em nosd^ajre Tfimos em nosso
fundirmos comaHespanha?Adn. - d um documento ou carta de
tindo mesmo que todas as tradi-1 „„„„ „„„
ções da nossa historia se não le- vantassem contra esta união com I convcrsação acerca da causa que
uma violência de sentimento que m0tjV0U 0 ter pedido a demissão
nao podem comprehend». os que dc facu|tativo do monte-pio. Ali se
por s. mesmos nao apreciaram a demon9tra que nr,0 é faUo 0 que
energia separatista e autónoma do* a||egamos ^ emquanto não pos-
portuguezes; admittindo, o que re- sam60s indicar 0 'nome do cava.
pulamos impossível, que uma com- |hpiro é aucIor da (.arta (
bmaçaode alta politica empiric.! nSu lhe'termos pcdido a con^cs.
julgasse poder vencer este mel - f5o da pt,b|I(.a-a^ nao temos du.
dre apaixonado da nawo pot tu- vj(ja e|)| pUt»|jcar um dos trechos,
gueza, hao de convir todavia que Djz e|je.1
o espectáculo da Hespanha actual 0s mfílivns mf ,emram „
da sua ruma, da sua anaiichia v 0 p(isf0 (\a demissão foram o
bastante salvaguarda con tia qual- n~0 gU^rer soffrcr por mais tempo
(,uer idea d unlao Ainda (juea in- nuindito despotismo do soberano
«•nmnnfihihnAnA n índole nao fosse , ^ •1 , • . ....
juntando a tudo isto uma pesst
ma educarão que não se pode tole-
rar.
Não se indica, por emquanto, o
nome do honrado collega que as-
sim escreve, porque somos cava-
Mora na rua do Valle, n.° 26,
2.° andar, lado esquerdo, uma po-
bre mulher completainennte alei-
jada, sem meios alguns de subsis-
tência. Implora a caridade dos nos-
sos philantropicos leitores e leito-
ras.
Arribou hontem ao Tejo o vapor
hespanhol Manuel Perez, com ava-
ria na machina, que lhe succedeu
na altura do Cabo de Espichel.
Procede de Cadiz, e traz a bor-
do 30 passageiros.
Reabre amanhã o theatro do
Gymnasio.
E' de esperar que tenha uma
enchente real.
Desejamos a prosperidade da
nova empreza.
As capellas em que houve roubo
no cemiterio da Conchada, em
Coimbra, pertencem aos srs. Ade-
lino Simões de Carvalho, Antonio
Rodrigues Lucas, Guilhermina Lu-
cas e José Antonio da Costa Braga
Junior.
O valor dos objectos roubados é
de 180$00Q rs.
A galera Nova Maria da Gloria,
brazileira, foi comprada pelo sr.
José Antonio do Cabo Carvalho por
10:000^000 rs.; pagou ante-hontem
1:100^000 rs. ue direitos de em-
bandeiramento.
E' mais um navio mercante por-
tuguez que a nossa praça tem.
Acha-se em Vizeu com um ex-
eellente cosmorama a sr.* D. Chris-
tina Fonda Ferrer dc Ia Neva.
Números que obtiveram maior
premio na loteria da Santa Casa
da Misericórdia em 29 do passa-
do.
364 5:Ooq3000
225 8 1:0005000
2981 3005000
3614 2005000
95 1005000
609 1005000
619 1005000
715 1005000
884 1005000
1478 1005000
1579 1005000
225 9 1005000
2373 1005000
252 9 1005000
253 0 1005000
2594 1005000
3365. 535000
Saem hoje do Lazareto, pelas 11
horas, os 116 passageiros que vie-
ram dos portos do Brazil no vapor
Illimani.
Também saem 9 passageiros que
vieram dos mesmos portos no pa-
quete Rio, e 10 que Yieram na bar-
ca Josephina.
No sabbado passado o sr. Anto-
nio Gomes Tinoco, fiscal dos poli-
cias municipaes em Coimbra, caiu
de um dos carros do caminho de
ferro americano, quebrou a clavi-
ria mediocrcmente tentador; trar
nos-hia o desconcerto, mil emba-
raços, a guerra civil, e nós per-
deríamos a nossa prosperidade e
a nossa paz».
«Podem estar certos, an'r(^-1 iheiros, e não o devemos fazer sem
centa o nosso correspondente,de rmissão de„e Mas ist0 é verda.
que tod as as vezes (1uG surçe de qual- Veja o publico como as cousas
quer lado essa pretenciosa ton" se nassam(
teria chamada a untão Wrrica sc Repetimos, é forçoso que para
trata d alguma tentativa de mes- dj» do m'0pte.p>0 hajJ cordura
qu.nha.ntrigaemanadadepersona- L adminislra ruJ e bJoa educa.
genssem congruência e sem alcan- 5o Djssémog ^on[ein que u,njuiz
co. Aqui a causa caiu em tal ndi- *-0 du ser r[ (1ivelnos di.
cuio que o mundo politico nem 7(T a'gora pm' aho^() da vcrdade
attençao lhe da, quando por aca.o e |10 m0nte.pj0 de Nossa Senho-
algum periodicoscmciedito como f'a da Rocha 0gr recebedor geral,
a Democracia, se lembra de fallar ^ ô fornecedor, faz par-
n isso, ninguém pensa emi cp i- t'c da direcção. Em todas as asso-
ear-lhe e 6 cora sincero espanto ej õ lei estabelece a incompa-
que vemos depois no estrange, o lihijidade entre a miss5o do func.
algumas pessoas tomarem a serio cjonarjo e qualquer cargo electi-
semelhantes frivolidades.» y0; e ludo js(0 t(Un a sua rasa0 (le
Na quarta feira, antes de retira- ser. Qual é a rasão par que um fat
rem as tropas do exercício, che- cultativo não pode nem deve ser
gou-se a um grupo de indivíduos ao mesmo tempo funccionario do
que estava na calçada de Carriche monte-pio, e membro da direcção?
um saloio, e deu unia paulada na A rasão é clara/É porque podem
nuca a um d'elles. levantar-se questões em que elle
O espancado ficou muito maltra- tenha de ser juiz e parte. Pois a
tado. mesma argumentação serve para
O malfeitor foi preso e queixou- moralisar a posição do sr. recebe-
se de que o ferido lhe havia rou- dor geral,
bado um pausico. Appareça desassombradamente
.— . . quem pretenda boquejar no credi-
Foi nomeado escrivão do juízo (jos facultativos, que ahi teem
de paz da Sé, julgado da Guarda, pertencido,.e que não teem queri-
o sr. Joaquim Nunes da Assuin- jq tolerar prepoteucias d'aquelle
pçáo. senhor, porque nós com a coragem
x' i- w»~ de que somos dotados, assestare- No dia mí do mez passado, um mQS a n(jssa arti|heria que, apesar
individuo desconhecido «'epositou ^ ^ ^ ((o svsU.raa ^ ^ ha
na loja de sapateiro, na rua Nova de p,.oduzir hons resu|Iados.
do Car\.ilho, n. J8, uma trouxa ouvimos dizer que alguém quer
com roupa branca, dizendo que f d gra||la; qUe appareça vis-
ni3lc ,na hu*Ml-a 1 to que a falta de resistencia não
anima.
Ora se assim é, se não oneremos
de nenhum modo estar tutelados por
outrem, porque nos sabemos gover-
nar, não deve parecer estranho, que
os catliolicos do bispado de Elvas,
lia tres séculos doutrinados por um
bispo seu,reajam contra a idea de sup-
primir a sua cadeira episcopal, oqne
segundo é fama só está dependente
do placet da curia romana, em obter
o qual se trabalha activamente.
1'or muitas vezes tem este povo
dirigido a el-rel, ou requerimentos
para oue seja provida a sua egreja,
vaga desde 1852, ou representações
contra a sua suppressão.
Movido, ao que parece, das razões
allegadas, o governo suspende as
negociações, e resigna-se a esperar
que os povos estejam preçarauos a
receber a nova circumscripção dio-
cesana.
Depois as representações caem no
limbo das secretarias, "c só íica de
pé, inexorável, o projecto de reduc-
ção das dioceses, que, por um con-
traste notável dc princípios nasceu
ao mesmo tempo em que, por se
julgar insufíicinte; se alargava o nu- mero das províncias do reino.
Tratando-se novaircnte agora de
activar as negociações para se pôr
em execução a allúdida reforma, re-
presenta a camara d'esla cidade ain-
da uma vez contra dia; c se já o fa-
zia com rasão em 34 e em 59, quan-
do a diocese era annexada á de Évo-
ra, por só dever íicar uma em cada
povincia, fal-o com muita mais ra-
são ao presente, como cm 55 e W),
sabendo-sc, como se sabe. que ha
intenção de conservar o bispado de
Portalegre, e annexar-lhe este.
Digo que com muita mais rasão,
porque na verdade nada ha que
justilique esta preferencia que se pre
tende dar a Portalegre.
Cidade inferior a Klvas a todos os
respeitos, tem imbuído de tal forma
os nossos homens da governação
que, deixando-sc levar pelo canto mentido da sereia, tem-Ihe dispensa-
do todos os favores, ao passo que
Elvas é tratada como enteada, ou
bastarda, Wc 34 para cã.
Ale então deram sempre a Elvas
o logar que lhe competia a par das cidades mais consideradas; depois...
parece (pie uma certa animosidade
tem havido cm dcgradal-a á mesma
plana das aldeias.
As causas adivinhe-asquem poder.
Nôs não, que apenas conhecemos
os efleitos. por nosso mal.
Decretada a reforma administrati-
va, depois do restabelecimento do
çoverno liberal, Portalegre foi eleva-
da a cabeça dcdistricto, e Elvas, mais
populosa c rica, e até ali obedecida,
viu-se sujeita ao governo d'aquella
cidade.
Em ncuhuma das reformas poste-
•iorcs se emendou o grande erro jommettido na preferencia, e conse-
guintemente, rainha d'esta parte do
Alto Alcmtcjo, Portalegre tem obtido
alciu de outras vantagens, um Ivceu
que, por mais rogativas que Elvas
tenha feito para a seu exemplo se
lhe dar outro, é ainda hoje único no
districto.
YO-sc transluzir em tudo isto um
certo predomínio das influencias lo-
caes, em prejuízo da importancia
das terras, o que está mui longe do
ser justo e rasoavel, porque ninguém
pode contestar á face dc dados esta-
dísticos irrecusáveis, que Portalegre,
repito, está muitos Furos abaixo de
Elvas em importancia social e poli-
tica, deixando de parte a militar, que
não vem maiormente para o caso.
Continua. La Dame.
mais tarde iria buscal-a.
Como não tornou a apparecer.o
dono da loja, foi entregar a trouxa
a# commissariado de policia.
Foi nomeado o sr. Antonio José
da Silva escrivão do juizo de paz
do districto de Chorense, julgado
de Terras de Bouro.
Confiamos no digno presidente,
e no resto da direceão.
Lisboa-1 de outubro de 1874.
Joaquim Namorado.
Mora na rua do Barão, n.° l A
loja, ura pobre chefe de família,
luctando com a doença e miséria. O transporte portuguez «índia»
chegou no dia 27 do mez passado I Se alguma alma beinfazeja poder
a Port-Said, sem novidade. | valer-lhe, praticaj-á uma obra de
F7»i nnmpido esmvío e tabelião misericórdia. SoíTre de tubérculos
de^tJoosr!• esta gravemente hoirn dnn Santos docpte, como attcsta o sr. dr. Bcr- beuodosSantos^ nardino AugustQ da Silva Heitor.
0 SS5 KSÍSA A EXT1SCÇÃ0 DO BISPADO DE ELVAS uA nuuilA I Quando se diz que as potencias
estrangeiras sonham com formar A linguagem que temos empre- gran(ies naoienalidades, annexando
gado na imprensa, á primeira vis- os pequenos estados aosmaiores,nós
ta parece violenta, e repassada de os portuguezes, que presamos mui-
paixão. Observando mais pausada- to a nossa independencia, que é pa-
monfp ic -íl loira POPS não resta du- ra toclos como Ponto de religião, in-
vida.de que o movei de 'udo é o
desejo de que caminhe bem uma tUgaj serja apenas uma província da
associação, <jue, pela sua antigui- ibéria, d'essa maçã de oiro uue um
dade, merecia estar livre de abu- novo Paris daria hão é fácil ae pre-
sos inveterados, que a desacredi- ver a quem. tam Queremos ser independentes, di-
A resposta que desejamos, é um zem9s <°dos; edizemol-o com a con-
compj. d« rnodídas serias, e „n- ™
ducentes ao^bem geral. foros de povo livre, e passando de
A direcção do monte-pio abre senhores a ser escravos, fallando
uma gloriosa pagina na sua geren- uma lingua estrangeira que baniria
cia, cortando pela base todos os a nossa litteratura, e sacrificando á
erros passados, attendendo a to- amizade nova as mais deslumbrantes
das as reclamações, dando publi- pa^/s ■da nossa historia militar, í\nAn o tr,A^c rvc cone íinfoc n P01S desde o.m o mento em que se abra-
cidade a todos os seus dotes, e çassem ampiexo de intermina-
ínaugurando uma no\a época. os uois povos peninsu-
É o povo que o reclama; e se lares,deviam esquecer-se asofTensas
somos advogado energico n'esta | reciprocas para todo o sempre.
Publicou-se o n.° 5 do jornal
hespanhol Europa, que é impresso
em Lisboa.
Segue para a America pelo va-
por Cotopaxi.
ADAGIOS DE OUTUBRO
Outubro, novembro e dezembro,
não busques o pão 110 inar, mas
torna a teu celleiro, e ibre o teu
mealheiro.
Em outubro treme o vinheiro.
Vindima em outubro que S. Mar-
tinho t'o dirá.
Com a vinha do outornno, come
a cabra, engorda o boi, e ganha o
dono.
Por S. Francisco (4) semeia teu
trigo, e a velha que o dizia semea-
do o tinha.
Por S. Lucas (18) sabem as uvas.
Por Santa Iria (20) toma o boi,
e semeia. S. Simão (28), fava na
mão.
S. Simão e Judas, colhidas são
as uvas.
Rendimento da Alfandega de
Lisboa
Em 1 de outubro 26:333£o78
Entraram hontem no Tejo as se*
guintes embarcações:
Vapores: Fitz James, Maukcl
Perez, Jean Bart.
Hi ate : Adonis 2.°.
Palhabote : Duque de Loulé..
Barca : Villa da Praia.
Escunas : Paul, e Giane.?r.n
Cahique: 2.a Conceição!
Fragata : D. Fernanda 'da Tra-
faria para a amarração.^1'
Sairam: 'DfipJ í
Vapores : GrealhariJiatt?lffiçn\.
Kong Oscar, Anglia^
Brigues : Gei'tr\u\e^Re^uíÍ, Eu-
gene Mathtilde. .oiíx w
Patachos: 5
fíoans. * ,'rTí
Hiates: Romfim, I)omingues í..\
Escuna : AnWWffiistme.
DIÁRIO ILUSTRADO
CHARADAS NOVÍSSIMAS
Ao meu irmio JOSÉ PEREIRA DA COSTA
Yé-se este pezo na botica e na escola -2-2.
Acolá no Tejo está uma povoarão—
Vè-se no mar e na Povoa es!a terra —2—1.
Na pergunla o que falia é ave—1—1.
Anda a governar na nora este sujeito -1—1-1.
Animal que n3o vé serve para jogar o O
Ha ein todas as cidades um pronome com este anpellido—3—t.
Está á porta do quartel de inverno para nos abris
Porto.
irigar—3—2.
Costa.
EXPLICAÇÕES DO Nl'MERO
ANTECEDENTE
Decapitações: — PecetrO—Lopes—Cabrito —Espera — Campeão — Retrato-Thereza— Elvas-Telles—Roque—Vianna—Ferir—Ca- neta— Estoque—Cerveja — Balbino—Filha— Gama—Camélia.
Enigma:—5 reis.
ESPECTÁCULOS
Hoje THE AT HO DE D. MARIA II.—As 8 boras
e 1 quarto. O* MOltdrÔCN.
THEATR0 DA TRINDADE.—Ás 8 horas. A pelor Inimiga. O <ltien<le.
THEATR0 DE VARIEDADES.—Ás 8 horas. O cofre don encanto*.
THEATRO DE VARIEDADES EM BELEM.— Espectáculos variadas às 4 horas e 1/2
da tarde.
T11* O fàll Al* 111 A DO DIÁRIO ILI.IMTRADO
Riui da Atalaya, n.® 173
AN1IG-Á A&E1JCIA
DE
ANNUNCIOS DO
lUustrado
6S. travessa de S.u Justa. 2."
Proprlefarl«—Alfredo Valadln DECEBE annuncios, commonlcados, cor- 11 respondencias e assinaturas para o
/ornai da Noite, Revolução de Setetnbro, etc., e também para a Gazela do Algarve, Lagos; Noticioso, Valença; Jornal de No- ticias, Ponta Delgada» e para todos os jor- nais do Porto.
E a agencia exclusiva doiornal A Tribuna e da Guia Oficial de lot Ferro-Carriles de Espana, Francia y Portugal, publicação mensal única.
0 escriptorio está aberto todos os dias nSo santiticados desde as 9 horas da manbi até âs 7 da tarde. 1
Venda em hasta publica
De uma propriedade situada
na rua de Sanlo Antonio
du Convénio do Coracíto
de Jesus, 40. \i, e \\
modernos e 46, 46 A e 47
antigos
\0 dia 3 de outubro proximo futuro, na 1* casa da praça do Commercio, e com in- tervenção ne A. G. Lamarão, syndico da ca- mara dos corretores, procederão os testa- menteiros do sr. Jose de Brito Junior, á ven- da do prédio acima men-cionado, o qual se compõe de lojas, com seu pateo, 1.° an- das; e quintal.
E íbreiro em 3£4t-i réis, com laudemio de quarentena, á ex.®* sr.* I). Maria Au- gusta de Abreu Barros e Vasconcellos.
Os títulos serão facultados a exame no cartono do tabelliao sr. Cornellier, na rua Áurea, n.° 50. 2
Conselho ^administra-
ção de marinha.
0 CONSELHO fa/ publico que no dia 8 de outubro proximo pelas 12 horas
abre praça nara contratar o fornecimento de 3:000 kifos de cairo em lio, e 10 bar- cadas de pedra de alvenaria.
As condições estão patentes. Conselho d'admmistracSo de marinha,
de 187A. 29 de setembro 0 secretario
J. M. C. Ferraz.
Quinta-feira 1 outubro 187-4. •1 horas da tarde.
Minha querida filhinha: Ou hoje ou... ha... lembras-te quantos
dias?!.. Então como nós fomos feliz—s (pelo
menos eu!) Era quanto que hoje, em quanto que...
até... não sei quando, apenas por este meio tu saberás que eu existo!...
A estas horas encaminhava-me eu para... dVntão para cá—o que a minha vida tem sido!... etu... tu terás soilride muito?
Não sei porque, mas desconfio que o estado do teu espirito a meu respeito... será agora como n'aquella noite em que me recusavas receber uma car tu... lem- braste?
0 que motiva os meus receios? não sei... Entretanto teme... ai minha lllha... terás tu ao menos saudades de me ver?
Adeus! perdóa-me as minhas continua- das desconfianças e crê-me sempre
o teu... Adeus! adeusl adeus! Sempre... eternamente
|0 costune!!
Conselho gerente da
padaria militar de
Lisboa.
IVO dia 4 do corrente ao meio dia no edifício da dita padaria, serão vendi-
das em hasta publica 4 muares e um Cavallo.
Secretaria do conselho gerente da pa- daria militar de Lisboa, 1 de outubro de 1S74.
0 secretario Eduardo Annibal Botto.
LUSO-BRASILEIRO
POR
EUGENIO DE CASTILHO
Revisto, augmcnlado, precedido de um prologo, e de um compendio de metrificação
PELO
VISCONDE DE CASTILHO
jk CABA de sair do prelo esta obra, já vantajosamente conhecida pelos artigos de alguns jornaes e que
ix vem preencher uma lacuna muito sentida pelos poetas em Portugal.
Nào seremos nós que encareçamos os merecimentos da publicação, porque nos não ficaria bem como
editores d'eila; entretanto apresentaremos succintamente alguns dos pontos a que o seu auctor, o sr. Eu-
génio de Castilho, tratou de satisfazer.
Este Diccionario é infinitamente mais abundante em termos do que o seu antecessor, o anarchico e po-
bríssimo Diccionario de Consoantes de Couto Guerreiro; isto se pôde aflirmar também, sem temer um
desmentido, com relação ao Novíssimo Diccionario de la rima de D. Juan Landa (1867), os quaes foram
examinados para vôr se davam alguma coisa com que se melhorasse ainda a economia e o methodo do
nosso.
Revisto, palavra a palavra, pelo príncipe dos poetas contemporâneos, e inimitável metrificador, o sr.
visconde de Castilho, acha-se hoje no caso de auctorisar a vernaculidade e pureza das expressões que
encerra, e a perfeição e correcção das rimas que nos dá.
A orthographia acha-se uniformisada com aquella que mais geralmente é seguida e em muitos pontos
simplificada até ao que pareceu racional.
Vem acompanhado, além de todas estas qualidades, por um Resumo, muito habilmente compendiado,
do Tractado de metrificarão do me*mo sr. visconde, obra que vae entrar na sua 4/ edição.
Emfirn, quanto á disposição typographica, conseguiu-se tornal-a elegante, sem que de modo nenhum
deixasse de ser claríssima.
Acha-se desde já á venda na livraria dos editores C. S. AFRA «5c C.*, ma do Ouro, 180 e 182.
Preço moo kéi*. até 31 de outubro.
Depois «Testa data o preço será elevado a 1 #000 réis
Doctor in Absentia
«professor em artes, lettras e sciencias, membros do clero e magistrados ; todo
o medico, cirurgião, dentista e artista, mie desejem obter o titulo e diploma de doutor, ou bacharel honorário, podem di- rieir-se a Medicus, rua do Hei, 46, em Jersev (Inglaterra). 7
CARIDADE
\\ rua Nova da Alegria, 4'2, agua-far- l" tada, mora uma pobre viuva, Maria Carolina Bizarro, edosa e doente, tendo em sna companhia uma lilha, e care- cendo de tooo o necessário para sub- sistir.
Imploramos da caridade publica um oboto para estas duas ínfeliies a quem a sorte condemna ás mais dolorosas pri- vações. 8
Para o DIÁRIO ILLIMTRADO
e todos os jornaes da capital
Bastos e Gonçalves
159—Rua dos Retrozriros— 2.9
TAMBÉM recebe annuncios para o l>la- ■ rio do* Açore*, na ilha de S. Mi-
em Fomos euel : tuzctn da lie Ira, de Algodres; fnmpeào Hhm l»ro- vlncíiiM. em Aveiro, e Gazeta Mu-
xlcul. E a única agencia que recebe annuncios para as ArtCM e I.etrua, nara boa, ublicada á saida
9
a Correwpondenela de LIm- revista mensal publica *
os paquetes para os Açores.
L ILLUSTRATION
de la mode
Rue de Verneuille, 22, Paris
O melhor e o mui* barato de todoM on jornaes de modas
Preço para Portugal: por anno. 18 fran- cos óu 3ÔG00 reis, cora ura lindíssimo brinde, que consiste era uma caixa de toucador de setim, contendo um frasco de agua de toilette, um frasco de essen- tia para os lenços, um boião de poma- da e um sabonete fino.
Sae uma vez por mez e compile-se de dez a quinze toilettes, de um magnifico figurino colorido, moldes de confecções, roupas, penteados, bordados, trabalhos de senhoras, etc.; uma folha de debuxos, chronica de modas, theatres, bellas artes, noticias, correspondência com os assignan- tes e charadas.
Manda-se gratuitamente um exemplar a quem o pedir por carta franca de porte.
Para assignatura ou qualquer informa- rão dirigir-se ao deposito de livros de madame M. F. Lallemant, onde se pôde vôr o brinde, rua do Thesouro Velho, 20.
RAMALHETE
no
CIÍRISTÃ0
CEMANARIO religioso dedicado «* fa- ^ mil las ealholleas—director o rev. padre pregador F. da S- Figueira, prior da freguezia da Ajuda.
Publicou-se o n.° 39 do 3.° vol. con- tendo os seguintes artigos:—Convento do Bussace (com gravura).—Da educação da mulher e sua importancia.—As trés es- tatuas (continuação).—Sublime exemplo de amor fraternal (continuação).—0 ju- deu errante (continuação).—Junto ao mar (poesia).—Noticiário.
O Ramalhete do ChrlntAo è uma encyclopedia religiosa util a todas as fa- mílias catholicas, e muito própria para dar de premio nas escolas.—Vende-se unicamente no escriptorio da erapreza —rua da Atalaya, 65.—Prceo t»000 réis cada volume.
0 1.* e 2.° vol. teem tOi bellas «ra- vuras. cópias de quadros dos melho- res auctores e perto de 800 artigos re- ligiosos e moraes, romances, poesias, etc.
Reraette-se, FRANCO DE PORTE, a quem enviar a importancia em vales du correio, e na absoluta impossibilidade d'estes, em estampilhas.—Recebem-se assignaturas pa-
ra o 3.® vol. sem dependencia do l.°ou 2.°—Cada 3 mezes ou 13 números 500 réis. Correspondência ao director do jor- nal, rua da Atalaya, 65. 11
REAL THEATRO DI S. CARLOS
EMPREZA LYRICÂ
Elenco das companhias de canto e baile que devem 1'unccionar
neste theatro na época theatral de 1874 a 1873
Companhia, do canto
PRIMEIRAS damas absolutas—Maria Sass, M. Leon Duval, e outra em ajuste. Primeira dama meio soprano e contralto—Henriqueta Bernardoni.
Comprimaria—Marghexita Sètragni. Segunda dama—Henriqueta Castagnoli. Primeiros tenores absolutos—Lorenzo Abrugnedo, Achille Corsi. Tenor comprimano—Giuseppe Marelli. Primeiros barítonos absolutos—Luigi Merly, Giuseppe Villani. Primeiro barítono e buffo—P. G. Pacini. Primeiro baixo absoluto—Gisacchino Becerra. Segundos baixos—Francisco Reduzzi, Francisco Bibiano Pereira Lisboa. Maestros ensaiadores—Guglielmo Cossoul, Eusébio Dalman, Luigi Kynterland. Mestre ensaiador de coros—Jorge Augusto Cesar dos Santos. Ponto—Tito Pagani. 60 coristas de ambos os sexos. A orchestra 6 composta de 66 professores e a banda marcial de 29.
Compfiiiliiii do t>nilo
Primeira bailarina de genre francei—Emilia Pinchiara. Primeira bailarina—Guiseppina Pinchiara. Primeiro bailarino e compositor—Alessandro Rossi Brighenti. 0 corpo de baile é composto de 22 bailarinas. Pintores scenographos—Rambois 4 Cinatti.
das até
A empreza convida as pessoas que quizerem assignar camarotes. ou logares plateas, a comparecerem no escriptorio do theatro desde o dia 1 de outubro a«» dia 8 do mesmo mez, das onze da manhã ás três da tarde.
A responsabilidade da assignatura duve entender-se por 81 recitas, paga em três prestações, sendo a l.4 no acto da assignatura, a 2.» da recita 22 a 24, e a 3.a
da recita 50 a 52. Os srs. assignantes da época finda são preferidos; depois do dia 8 de outubro a
empreza poderá dispôr dos camarotes. A assignatura das plateas é pessoal, não se acceitando assignatura depois da l.a recita sem so receber a importam ia completa da l.a serie da recita n.® 1 a 27.
Em conformidade com a portaria do ministério do remo é expressamente pro- hibida a entra Ja no palco scenico.
Preços
Toda a época Avulso
486^000 6(5000 526(5500 • 6Õ500 3245000 4£000 2020500 2(5500 129(5000 1(3600 64(5000 1(5200 405500 «5700
<5320
Frizas 1.* ordem 2.4 ordem 3.a ordem Torrinhas Platea superior Plataa geral Galerias. 25(5920. Varandas 0200
O gerente
Paccinl.
CASA DI SAIDE L1SB0MSI
177, Rua de Entre-Muros, 177
Director e medico residente-—M. I'. de MIRA FRANCO
Facultativos assistentes : — A. B. Ribeiro Vianna,
J. Theotonio da Silva, J. A. Marques, e M. N. Bettencourt Pitta
RECEBE doentes ou convalescentes de ambos os sexos, e offerece-
lhes as melhores condições de tratamento. São admittidas pes-
soas de família ou creados proprios dos doentes. O director presta
quaesquer esclarecimentos. • 13
Companhia real dos
caminhos de ferro
portiigiiezcs.
Aviso ao publico
\'A estação principal d'esta companhia no Caes dos Soldados, existe para ven-
der uma porrâo de pedras de amolar. As pessoas que as pretenderem |>ode-
rão dirigir-se á repartirão do trafego da companhia no mesmo edilicio, das 10 ho- ras da manhã ás 3 da tarde a fim de poderem cxaminal-as e tratar da com- pra.
tmwm
POESIA POR
M. PINHEIRO CHAGAS
RECITADA NO TIIEATRO DE D. MARIA II
Pela aclriz a sr." Emilia Adelaide na noite do seu beneficio
Um folheto nitidamente impresso
PREÇO 100 RÉIS
VENDE-SE, em Lisboa, nas prlncipaes livrarias e no escriptorio da administração ' do Uiario illuMtrAdo; no Porto, na livraria Chardron, Clérigos, 96, 98.
Os srs. Correspondentes do lHarlo llluNtrudo podem dirigir as suas requi- sições a Lorena Queiroz.
■' ' — - • — _ — ^ Ã a na a a ^ mm m A h A "FaIif»C A O t\f\'!M>0 4 O C*/\n
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
P0RTUGUEZA, para auxiliar o ensino da mesma lingua. — Preço 80 réis
A venda na typographia de Sousa Neves, rua da Atalaya, 65.
SOBRE AS DIVERSAS FOR- MAS COMPARATIVAS E SU- PERLATIVAS DA LINGUA
15
Lisboa, 2 de setembro de 1871. 0 director da companhia
Manuel Affonso d 'Es pregue ira.
€1OBiipauhia real dos
eaminhos de ferro
|M>r<8flg8iezes.
Feira annual e corridas de toiros
em Villa Franca—Comboyos es-
peei a es de ida e volta com bilhe-
tes a preços reduzidos—Domin-
go 4 e segunda-feira 5 de outu-
bro de 1874.
IDA:—Lisboa, partida: 2 b. da tarde, Poco do Rispo 2 h. .e II m.. Olivaes 2 h. e 20 ra., Sacavém 2 h. e29 m., Po- voa 2 li. e 41 m., Alverca 2 h. e i>4 m., Alhandra 3 h. e 7 ra., Villa Franca, che- gada, 3 h. e 15 m.
VOLTA:—Villa Franca, partida, 8 h. e 5 ra. da tarde, Alhandra, chegada, 8 h. e 13 m., Alverca 8 h. e 27 m.. Povoa 8 h. e 37 ra., Sacavém 8 h. e 50 ra., Olivaes 9 h. e 7 m.. Poço do Bispo 9 b. e 18 m., Lisboa 9 h. e 32 m.
PREÇOS DE IDA E VOLTA, 2.» e 3.» classes:
Lisboa, 500, 360; Poço do Rispo, 410, 300; Olivaes, 380, 240; Sacavém. 300, 200; Povoa, 200, 160; Alverca, 160, 120; Alhan- dra, 120, X0 réis.
Na segunda-foira 5 far-se-ha o mesmo serviço.
ObNprvarftrN
I Os bilhetes vendidos no dia -1 só ião validos para o com boy o especial de ida e volta d'aquelle dia, e os vendidos no dia 5 só teem egualraente validade para o coraboyo especial do dia 5.
II NÍO" se concedera meios bilhetes, nem se acceitam bagagens para trans- porte gratuito.^
III iodo o bilhete encontrado em outra data, estação on combovo, que não se- jam os mencionados será considerado de nenhum valor.
N. K.—Os camarotes e bilhetes de trin- cheira estão desde já á venda na rua do Ouro, 64, c em Villa Franca em casa do sr. Joaquim José da Silva.
Preço»
Camarotes grandes 35000 réis. ditos pequenos 20000, logares de sombra 320, ditos de sol 160, ditos de galeria 200, Monte 60.
Lisboa, 28 de setembro de 1874.
0 director da companhia
Manuel Affonso d'Espregueira.
Companhia real dos
camiaihos tie ferro
porlugiaezes
Temporada de banhos
AVISO AO P1BLIC O
OS passageiros munidos de b\-K
lhetes de ida e volta validos
para a temporada de banhos e com
destino á estação de Coimbra, po-
derão, se o preferirem, apeiar-se
á ida na estação de Formoselha
ou effectuarem por ella o seu re-
gresso. Lisboa, 19 de setembo de 1874.
0 director da companhia
Manuel Affonso d'Espregueira.
Para MONTEVIDEU
e BUENOS-AYRES,
EM DIKKITi ni
CAIRÁ depois da indis- ^ pensavel demora n'es- te porto o paquete in- glez Cybcle, que se
espera de Glasgow no dia 4 a 5 dê outubro.
Tem excel lentes acommodações para passageiros de 1.* e 3.» camaras.
Parii carga ou passagens trata-se na travessa dos Romulares, JM» 1.°, com o •gente Joseph Medlicott.
Para Liverpool dire-
ctamente
CAIRÁ depois de nouca o demora era Lisboa o o paquete inglez Ty- clio llruhe, que se
espera do Brazil de 1 a 3 de outtihro.
Para carga ou passagens t.rata-se na rua do Alecrim, n.° 10.
Os agentes Garland l.aidley & C.4
Bahia, Rio de Janeiro,
Montevideu e Buenos-
Ayres
Hcceliendo lambem carga o pas- MiiffelroN para o Btlo Cirande da Mui
PARA os portos acima sairá, depois de pou-
ca demora era Lisboa, o paquete inglez — I,ei-
? ballz, (pie se espera de Liverpool era 7 de outubro.
Para carga ou passagens trata-se na rua do Alecrim, 10.
Os agentes
Garland l.nldley & C.a
Rio de Janeiro, Mon-
tevideu e Buenos-
ARA os portos aci- ma sairá depois de
ca demora era isboa o paquete in-
glez — Archlme- dea — que se es-
pera do Havre em 7 de outuoro. Para carga ou passagens trata-se ua rua
do Alecrim. 10.
Os agentes — Garland l.aidley * 22_
Pará, Maranhão
e Ceará
pARA os portos acima 1 sairá depois de pou- ca demora em Lisboa o paquete inglez im-
_ bro*e, de 1:100 to- neladas, commandante J. Jackson, <pie se espera do Havre de 8 a 9 de outu- bro.
Tem muito boas accommodaç5es para passageiros de 1.* e 3.* camaras.
Para car«a ou passagens trata-se na rua do Alecrim, 10.
Os agentes
Garland Laldley X €.•
Pernambuco (descarre-
gando dentro do por-
to) Ba hia, Rio de
Janeiro, e Santos.
ESPERADO em Lisboa no dia 5 ou 6 de ou-
tubro o vapor paquete francez Vllle de Rio
de Janeiro, de 1500 toneladas, capitão Fleury, que saíra para os portos acima depois da indispensável de- mora n'este porto.
Recebe carga e passageiros para os quaes tem ezcellentes acconwnodaçoes.
Fornece vinho aos passageiros de 3.* classe.
Dáo-se todos os esclarecimentos no escri- ptorio dos agentes
Pereiras & La Roeqne
120, rua dos Capellistas, 2.*
Carreira d'Africa
0 vapor portuguez — y.alre—sairá no aia
5 de outubro ás 3 horas ua tarde para a Madei-
S. Vicente, S. Thiago, Principe, S. Tliomé, Ambriz, Loan- da, Benguella e Mossaraedes.
Para carga e passagens trata-se no es- criptorio oe Bailey & Lectiiam proprie- tários da empreza Luzitaua. rua do Fer- regial de Cima, 4. 25
Para Londres
O vapor Cadiz
CAIRÁ sabbado 3 do ° corrente.
Para carga e pas- sagens trata-se no caes do Sodré, Gt.
Agentes
K. Pinto Ba.Hto A €.»
Para Marselha
0 vapor francez
ALSACE LORRAINE
riIEGOU li a f» dr
!*•
e saliirá de 5 a 6 do corrente. Para carga trata-se
no Caes do Sodré, 01- Agentes
Finto IBaNto ék C.'
THE PACIFIC STEAM NAVIGATION COMPANY
Para o Rio de Janeiro, Montevideu,
Buenos Ayres, Valparaizo, Arica, Islay e Callao
SAIRÃO OS PAQUETES
Potogft 14 de outubro. j Britannia 12 de novembro.
. IIIimani 28 de outubro. I
O paquete illinian! fará escala por Pernambuco e Bahia para
só recebe malas e passageiros.
Para carga e passagens trata-se Caes do Sodré 64.
AGENTES NO PORTO AGENTES EM USBOA
Vasco Ferreira Pinto Basto E. Pinto Basto & C.*