Dicas - O que o tênis tem a ver com a escrita? - objetivo.br · Do amarrar um tênis, ou tentar...

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7 F oi com essa pergunta que a Educa- ção Infanl e o 1º ano do Ensino Fundamental abriram as avida- des, em reunião com os pais, no primeiro semestre. Além de serem discudos pontos funda- mentais para o desenvolvimento e a aprendi- zagem para a faixa etária, a apresentação, feita por coordenadoras e professoras, deu ênfase à parceria da família com a escola, à importância do momento da rona inicial das avidades e do processo de autonomia e independência, como é descrito a seguir. Na etapa da Educação Infanl, princi- palmente, o contato e a colaboração entre a família e a escola são fundamentais para que ambas estejam atentas às diferentes necessidades que as crianças expressam e manifestam. Família e escola, juntas, fazem parte da formação integral e harmônica da criança. Para ela é importante perceber que está dentro de dois contextos que não são es- tranhos entre si. Se garanrmos que a família e a escola sejam duas fontes de intervenção, com re- ferências coerentes, atuando em uma mes- ma direção, haverá a estabilidade e o equi- líbrio, fatores indispensáveis para uma adequada formação, com ações conjuntas e coordenadas. Muito se fala de “rona escolar”, que nada mais é que a apresentação à criança de contextos habituais e rituais, ou seja, constância e regularidade. São esses contextos que permitem à criança lidar mentalmente com relações de tempo essenciais: o antes e o depois, o per- manente e o esporádico. A escola define es- Sandra Regina Carulli, coordenadora geral da Educação Infanl e do 1º ano do Ensino Fundamental ses contextos e concede ao aluno a segu- rança de saber o que fazer em cada momento e de conhecer os costumes do grupo social. A rona ou contextos habituais são avidades que vão do “eu” ao “outro”, ao “grupo”, em um aprendizado cres- cente de organização, de auxílio e “com- binados”. Mas, o que o tênis tem a ver com a escrita? Isso pode ser respondido por meio da seguinte frase: “Ajuda-me a fa- zer por mim mesmo”, o que significa en- trar em um processo de autonomia e independência. Essa ajuda deve ser dada pelo adulto a distância, por meio da observação e da parcipação, mas sem invadir o espaço da criança. O desenvolvimento de uma criança, seja ele motor, cognivo, afevo etc., necessita do auxílio do adulto, abrindo espaço para que ela seja capaz de racioci - nar, agir e descobrir o resultado de sua ação. Do amarrar um tênis, ou tentar amar- rá-lo, à escrita é um processo que pode ser tranquilo e prazeroso para quem o vivencia. Filho na escola significa família pre- parada para acolher, como efeito do processo de crescimento, sua progressi- va autonomia. E o educador? Sim, ele deve se fa- zer presente com conhecimentos teó- ricos, didática, equilíbrio, segurança e entusiasmo. BOLETIM INFORMATIVO DO COLÉGIO OBJETIVO O que o tênis tem a ver com a escrita?

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Foi com essa pergunta que a Educa-ção Infantil e o 1º ano do Ensino Fundamental abriram as ativida-des, em reunião com os pais, no

primeiro semestre. Além de serem discutidos pontos funda-

mentais para o desenvolvimento e a aprendi-zagem para a faixa etária, a apresentação, feita por coordenadoras e professoras, deu ênfase à parceria da família com a escola, à importância do momento da rotina inicial das atividades e do processo de autonomia e independência, como é descrito a seguir.

Na etapa da Educação Infantil, princi-palmente, o contato e a colaboração entre a família e a escola são fundamentais para que ambas estejam atentas às diferentes necessidades que as crianças expressam e manifestam.

Família e escola, juntas, fazem parte da formação integral e harmônica da criança. Para ela é importante perceber que está dentro de dois contextos que não são es-tranhos entre si.

Se garantirmos que a família e a escola sejam duas fontes de intervenção, com re-ferências coerentes, atuando em uma mes-ma direção, haverá a estabilidade e o equi-líbrio, fatores indispensáveis para uma adequada formação, com ações conjuntas e coordenadas.

Muito se fala de “rotina escolar”, que nada mais é que a apresentação à criança de contextos habituais e rituais, ou seja, constância e regularidade.

São esses contextos que permitem à criança lidar mentalmente com relações de tempo essenciais: o antes e o depois, o per-manente e o esporádico. A escola define es-

Sandra Regina Carulli,coordenadora geral da Educação Infantil

e do 1º ano do Ensino Fundamental

ses contextos e concede ao aluno a segu-rança de saber o que fazer em cada momento e de conhecer os costumes do grupo social.

A rotina ou contextos habituais são atividades que vão do “eu” ao “outro”, ao “grupo”, em um aprendizado cres-cente de organização, de auxílio e “com-binados”.

Mas, o que o tênis tem a ver com a escrita? Isso pode ser respondido por meio da seguinte frase: “Ajuda-me a fa-zer por mim mesmo”, o que significa en-trar em um processo de autonomia e independência.

Essa ajuda deve ser dada pelo adulto a distância, por meio da observação e da participação, mas sem invadir o espaço da criança.

O desenvolvimento de uma criança, seja ele motor, cognitivo, afetivo etc., necessita do auxílio do adulto, abrindo espaço para que ela seja capaz de racioci-nar, agir e descobrir o resultado de sua ação. Do amarrar um tênis, ou tentar amar-rá-lo, à escrita é um processo que pode ser tranquilo e prazeroso para quem o vivencia.

Filho na escola significa família pre-parada para acolher, como efeito do processo de crescimento, sua progressi-va autonomia.

E o educador? Sim, ele deve se fa-zer presente com conhecimentos teó-ricos, didática, equilíbrio, segurança e entusi as mo.

BOLETIM INFORMATIVO DO COLÉGIO OBJETIVO

O que o tênis tem a ver com a escrita?