Dicionario de etica crista cari f. h. henry

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y DICIONÁRIO /má O R G A N i Z A D O R CARL HENRY

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  • 1. y DICIONRIO/mO R G A N i Z A D O RCARL HENRY

2. Dicionrio de cica Crist 2007, Editora Cultura Crist. Copyright 1973, Baker BookHouse Company. Originalmente publicado em ingls com o ttulo Bakers Diccionary ofChristian Ethics pela Baker Books, uma diviso da Baker Book House Company, GrandRapids, Michigan, 49516, USA. Todos os direitos so reservados.Ia edio - 20073.000 exemplaresTraduoElizabeth GomesAtualizadorWadislau Martins GomesRevisoWadislau Martins GomesWendell Lessa Vilela XavierEditoraoOM DesignCapaMagno PaganelliConselho EditorialCludio Marra (Presindent), Ageu Cirilo de Magalhes Jr., Alex Barbosa Vieira,Andr Luiz Ramos, Fernando Hamilton Costa, Francisco Baptista de Mello,Francisco Solano Portela Neto, Mauro Fernando Meister e Valdeci da Silva SantosDados Internacionais de Catalogao na Publicao (C1P)_____________________________ (Cmara Brasileira do Livro. SP, Brasil)_____________________________Henry, Cari F. H. (Ferdinand Howard) 1913-2003H 521d Dicionrio de tica crist / Cari F. H. Henry (org.); [traduo e atualizaoWadislau Martins Gomes] - So Paulo: Cultura Crist, 2007.608p. ; 16x23 cm.Traduo de Bakers Dictionary of Christian EthicsISBN 85-7622-072-51. tica Crist - Dicionrio. 2. tica Social - Dicionrio. I.Henry, C.F.H. II. Ttulo.CD D 21 ed. - 241.03G 6DITORR CULTURA CRISTRRua Migue! Teles Jr., 394 - CEP 01540-040 - So Paulo - SPCaixa Postal 15.136 - CEP 01599-970 - So Paulo - SPFone: (11) 3207-7099 - Fax: (11) 3209-1255Ligue grtis: 0800-0141963 - www.cep.org.br - [email protected]: Haveraldo Ferreira VargasEditot: Cludio Antnio Batista Marra 3. A presentaoO vagante moral contemporneo tender a considerar a tica como uma rea de prefernciasparticulares. Para este, um dicionrio de tica crist ser, talvez, uma introduo ordenada a umpassado obsoleto. Contudo, essa viso moderna flexvel no oferece base slida para normasticas. Sobretudo, ela, inevitavelmente, conduzir ao niilismo, perda de valor e de significado daexistncia humana.Como em nenhuma outra era, o chamado bblico para se ouvir a Palavra e os Mandamentos doSenhor permanece como o caminho promissor para o homem encontrar um futuro de esperana.Na verdade, a exausto filosfica de nossa era e o abuso constante da tecnocracia sobre valoresdistintamente humanos leva muitas pessoas a reexaminar a herana da tica revelada e a indagarsobre a implicao de criao, de pecado e de graa na situao atual do homem.Este manual de tica oferece mais que esclarecimentos sobre o estilo de vida cristo. Deixa a nuos prprios fundamentos da tica bblica, expressa seu contedo, indica seu impacto sobre o homeme sobre a sociedade no passado, expe sua relevncia quanto aos problemas que enfrentamos emnossa prpria poca e debate alguns dos dilemas morais de fronteira do futuro que surge.Certamente um dicionrio no o mesmo que uma enciclopdia; o propsito do dicionrio oferecer uma declarao sucinta de coisas essenciais. O leitor ver frequentes referncias a artigosrelacionados e as bibliografias sugerem ajuda adicional.Conquanto este dicionrio se proponha a ser autenticamente evanglico, no impe sobre oleitor uma viso partidria que obscurea todas as diferenas entre, por exemplo, a tradio Calvinis-tae a Arminiana, ou pacifista e no pacifista. Em alguns casos, como, por exemplo, quanto aarmamento e desarmamento, os contribuintes foram propositadamente escolhidos por suas perspectivasdivergentes. Este volume tambm no paroquialmente evanglico; muitos dos contribuintesso piedosos estudiosos cristos ativos em ambientes acadmicos seculares, incluindo grandesuniversidades, onde se trava feroz batalha entre a nova moralidade e qualquer compromisso comvalores ticos fixos, especialmente uma moral revelada. Estudiosos de renome mundial, os quais tmlutado com ousadia na defesa de posies crists em diversas fronteiras da vida, escreveram ensaiosessenciais, tais como os de Civilizao, Transformao Social e Naes Unidas.Os crticos sociais em quase todo lugar reconhecem a falta de razes do homem contemporneo;ele jogado por todo lado, intelectual e moralmente, por ventos de mudanas. Pretendendooferecer escape do vazio e da falta de significado na vida moderna, a cultura das drogas buscaoutras entidades e um mundo diferente, com valores mais satisfatrios. A maconha uma fugaaceitvel para milhes de pessoas e, pior ainda, muitas de nossas grandes cidades esto doentesat a morte com a praga da cocana. O desleixo moral caracteriza grande parte do cenrio social.O alcoolismo uma praga que domina milhes ao redor do mundo; dirigir embriagado causa demorte de mais de cem mil vidas por ano, quase o dobro do que morrem em decorrncia de ataquecriminoso. O crime em geral est escalonando numa proporo de onze por cento ao ano. Doisteros da populao mundial vai dormir com fome a cada noite. Em algum lugar do nosso planetaalgum entregue morte a cada 2.6 segundos. A populao mundial aumenta a razo de 178pessoas por minuto; de acordo com esse ndice, a raa humana teria dobrado para 7 bilhes depessoas at o ano 2000, se a taxa de crescimento tivesse permanecido uniforme. Isso no ocorreu 4. PREFCIO 4porque houve modificao da cultura mundial quanto ao planejamento familiar. No entanto, ascondies atuais sociais e econmicas continuam srias. Segundo dados do World DevelopmentIndicators 2001 (a atualizao do Banco Mundial) a populao mundial aumentou de 2,5 bilhesem 1950 para 6,1 bilhes em 2000 e dever crescer 1,1% nesta dcada, ou seja, umacrscimo de 70 milhes de habitantes por ano. Da populao de 6 bilhes de habitantes, 1,2vivem com menos de 1 dlar por dia (na Amrica latina, 70 milhes de pobres viviam nessacondio em 1990,61 milhes em 1998, com uma projeo de 58 milhes em 2015). Cerca de 10milhes de crianas com menos de cinco anos morreram em 1999, a maioria de doenas quepoderiam ter sido previnidas. Cerca de meio milho de mulheres morrem a cada ano durante agravidez ou o parto, de complicaes que poderiam ter sido evitadas ou tratadas. (Informaesdo relatrio do Banco Mundial de 29 de abril de 2001). Os Estados Unidos compem apenas 4,5por cento da populao global embora consuma mais de 40 por cento dos recursos naturais daterra. Os Estados Unidos produzem alimento suficiente para suprir as necessidades calricasdirias de todos os americanos como tambm dos australianos, brasileiros, cambojanos, dinamarqueses,etopes, franceses, gregos, hngaros, irlandeses, japoneses, coreanos, mexicanos emuitos mais; contudo, dez milhes de habitantes na Amrica do Norte passam fome todos osdias. Ao mesmo tempo, nenhuma nao na Histria tem sido to benevolente, em termos deajuda externa, quanto os Estados Unidos, e parece que sua recompensa tem sido a da diminuio,a cada dia, da demonstrao de boa vontade para com eles. Os Estados Unidos tambm produzemcerca de 30 por cento da poluio do mundo: imensas fbricas despejam anualmentecentenas de milhes de toneladas de fumaa e vapores nocivos e alguns milhes de toneladas delixo slido no ambiente; americanos jogam fora, ainda, milhes de toneladas de carros a cada anoe garrafas, latas e lixo suficientes para construir uma rodovia elevada que atravesse o pas. Paracomparao, no Brasil, o setor eltrico emitiu, para a atmosfera, em 2002, 60 milhes de toneladasde gaz carbnico, e as queimadas, outros 100 milhes.Alguns observadores acham que o problema da poluio j passou do ponto de retorno; aespcie humana, eles acham, s pode, hoje, atrasar, mas no reverter o final trgico da existnciado nico planeta conhecido como sendo capaz de sustentar a vida humana. Outros consideramesses dados demasiadamente pessimistas quer em vista das possibilidades tecnolgicas quer dapossibilidade de reforma do ser humano ou da providncia divina.A desiluso cobre grande parte da empreitada cientfica como tambm da arena poltica.Algum disse que os cientistas de fronteira choraram quando criaram, com a bomba atmica, ummonstro que no se pode controlar e que, desde ento, elas tm clamado por socorro; em breve.estaro criando algo que no podem entender. Nos Estados Unidos, o escndalo de Watergate,pior que a Redoma da Chaleira, trouxe a nao mais poderosa do mundo a uma crise poltica. Odesempenho negativo de muitas democracias modernas, as esperanas frustradas daqueles quedependiam de revoluo e o desencanto crescente de grandes organizaes polticas mundiais -primeiro a Liga das Naes, agora as Naes Unidas - tm envolvido toda a empreitada culturalnuma brunia de pessimismo. Numerosos estudiosos responsveis consideram hoje as NaesUnidas como senil e sem fora; tendo sua deteriorao filosfica, ainda mais que a fiscal, minadoa confiana daqueles que testemunharam sua incapacidade de resolver um conflito aps outro.Ser que suprimir uma definio clara do interesse nacional uma expectativa razovel quando aalternativa uma enlameada aldeia global? Ser que as naes que enfrentam extino causadapelas superpotncias totalitrias concordaro que uma fora global deva substituir todo e qualquerrecurso resposta militar, uma vez que tais elementos ameaam sua prpria existncia? Poroutro lado, se os interesses nacionais permanecerem sem limites, que terrvel calamidade acabareclodindo inevitavelmente sobre a histria moderna? No segredo que o curso presente, se nofor impedido, poder resultar em mais um conflito mundial de ampla escala.As diversas manifestaes desses conflitos internacionais e suas formas de guerra vm semodificando deste as guerras de guerrilha das revolues ideolgicas exportadas do leste europeue da experincia de combate da guerra do Vietn. Sua ltima forma, o terrorismo, crescente nasltimas dcadas do sculo 20, mostrou sua pior face no ataque criminoso ao World Trade Center 5. 5 PREFCIOem 11 de setembro de 2001, perpetrado pelos terroristas sob o mando de Bin Laden. A confusoaumenta mais ainda quando se considera as notcias das associaes da poltica com o narcotrficoe com o terrorismo.A conexo entre o desencanto atual na poltica, nas cincias e at mesmo na tecnocracia, e osexo, deve estar clara. O embotamento teolgico de nossa gerao se torna evidente no seu desejode um milnio instantneo e em seu desprezo realidade do pecado original e perversidade dascontnuas transgresses humanas. Essa expectativa extravagante vem de adultos que, efetiva-mente,se furtaram a uma vida espiritual compensadora e a um envolvimento piedoso, e cujasexpectativas crescentes so muitas vezes projetadas para compensar essa perda. O resultantedesapontamento tem conduzido, muitas vezes, paixo em relao a novidades revolucionriasou entrega ao desespero.O cristo reconhece essas tentaes e, felizmente, muitos as evitam. Mas seu problemapoder ser a falta de compaixo ou a falta de amor para com aqueles que esto imersos em outrosestilos de vida. S porque o crente j venceu os terrores do inferno e viu de longe o pior doaspecto demonaco por meio de sua unio redentora com o Salvador vicrio e agora conhece oesplendor de Deus, ele no pode subestimar a agonia e o sofrimento da humanidade no-regenerada,as aspiraes pessoais de seus colegas de humanidade, nem desvalorizar os maisnobres patamares da civilizao e da cultura. Torna-se fcil demais para o cristo, que conhecea bno da redeno pessoal, concentrar-se em questes evangelistas e eternas, e esquecer-se deoutras preocupaes que o ligam a todos os homens numa s humanidade. Reinhold Niebuhrqueixou-se, com razo, que os evangelistas tendem a valorizar demais a converso como potencialprodutor de milnio. Apesar de seu mandado evangelstico, o evanglico no foi chamado aignorar os intentos de Deus atravs do governo como instrumento de justia e ordem numasociedade cada; exatamente no mundo que o cristo deve ser sal e luz. Contudo, a expectativaunilateral de Niebuhr, de justia social proveniente das estruturas pblicas, foi um erro declculo no menos srio. O inferno a nica sociedade possvel agora onde todas as estruturasso fixas e todos os cidados so no-convertidos; mas o requisito para uma sociedade idealsobre a terra duplo: a religio pessoal e a justia social.Desde a queda do imprio romano, no houve decadncia social nem inquietao poltica quefossem to amplamente difundidas como h hoje. Quando caiu o clssico imprio, os cristos queestavam espalhados em todo o mundo levaram consigo para o futuro a fortuna moral do mundoocidental. Este dicionrio de tica crist, um esforo conjunto de evanglicos de muitas tradiese tendncias, props delinear mais uma vez a palavra moralmente crtica do Senhor do Universoe das Naes. Assim como, nas narrativas de criao, a desolao e o caos primrio se tornam numcosmos ordenado por meio da Palavra do Senhor, e assim como os hebreus escravizados no Egitoforam levantados da servido para se tornar a mais poderosa fora moral da histria antiga pormeio da obedincia Palavra Divina, hoje, tambm, a alternativa ao suicdio espiritual da humanidadee estagnao tica de nossas naes e cidades se encontram numa ateno renovada aoMandamento e Vontade de Deus.CARL F. H. HENRYArlington, VirginiaSetembro, 1973 6. L ista d e C olaboradoresAlexander, John W., B.A., M.A. Ph.D. Presidente,InterVarsity Christian Fellowship,U.S.A. Madison, WisconsinCoabitao, Entendimento; JuventudeAlexander, Ralph H., .B., Th.M., Th.D.Professor Assistente de Bblia, Wheaton Col-lege(Illinois)Abstinncia, Desejo; Impulso; Mentira; DAnderson, J.N.D., O.B.E., LL.D., F.B.A.Professor de Direito Oriental e Diretor, Insti-tuteof Advanced Legal Studies, University ofLondres, EnglandDireito IslmicoAnderson, John B., A.B., J.D., LL.M.House of Representatives, Congress of theUnited States of AmericaDesobedincia Civil; Direitos Civis; DemonstraesPblicas; Direitos das Minorias;Protesto; Rebelio; ResistnciaAnderson, V. Elving, A.B., Ph.D.Professor de Gentica e Biologia Celular, DiretorAssistente, Dwight Institute for HumanGenetics, University of MinnesotaPoluio Ambiental; Ambiente e Hereditariedade;GenticaArcher, Gleason L., B.A., LL.B. B.D. A. M.,Ph.D.Chefe da Diviso de Antigo Testamento, Tri-nityEvangelical Divinity SchoolBlasfmia; Falso Testemunho; Falsos Deuses;Osias; Isaas; JerusalmAthyal, Saphir Philip, B.A., B.D., M.A.,M.Th., Th.D.Diretor e Professor de Antigo Testamento,Union Biblical Seminary, Yeotmal, Maha-rashtra,ndiatica Budista; SantidadeAugsberger, Myron S., B.A., Th.B., B.D.,Th.M., Th.D.Presidente e Professor de Teologia, EasternMennonite CollegeObjeo Consciente; DesarmamentoAulie, Richard P., B.S., M.S., Ph.D.Editor da seo de Histria da Cincia, En-cyclopaediaBritannica, ChicagoDarwin e tica DarwinianaBabbage, Stuart B., A.B., M.A., Ph.D., Th.D.Mestre de New College, University of NewSouth Wales, Austrlia e x-Vice-Presidente eDeo, Gordon-Conwell Theological SeminaryAdoo; Bigamia; Desero; Simpatia;Gratido; Filantropia; Remorso; SoberaniaDivina; VotosBalrd, Robert D., B.A., B.D., S.T.M., Ph.D.Professor Associado de Histria da Religio,University of Iowatica HinduBanks, Robert, B.A., B.D., M.Th., Ph.D.Unidade de Histria das Idias, Research Schoolof Social Sciences, Australian National UniversityInimigo; Prximo; PazBarnette, Henlee H., B.A., Th.M., Th.D.Professor de tica Crist, Southern BaptistTheological SeminaryAlcoolismo; Jogo de Azar; Segurana nasEstradasBenjamim, Paul, A.B., B.D., Th.M., Th.D.Departamento de Crescimento da Igreja, LincolnChristian Seminary (Illinois)Inveja; Cimes; TentaoBeiy amin, Robert P., B.S.B. A., M.B.A., C.P.A.Professor Assistente de Comrcio, CatawbaCollegeEmprego, Truste; Desemprego 7. 7 COLABORADORESBeyerhaus, Peter, B.D., M.Th., D.Th.Professor de Teologia e Diretor de Missiologiae Teologia Ecumnica, Tiibingen University,Esprito Santo; AlegriaBird, Lewis P., B.A., B.S., B.D., S.T.M., Ph.D.Diretor Oriental Regional, Christian MedicaiSocietytica Mdica; Doentes, Cuidado dos; Esterilizao;Taolsmo e ticaBorchert, Gerald L., B.A., LL.B., B.D.,Th.M., Th.D.Deo e Professor de Novo Testamento, NorthAmerican Baptist SeminaryDivertimentos; Atletismo; Castigo Fsico;PrazerBrobeck, John R., B.S., M.S., Ph.D., M.D.Professor de Cincias Mdicas Herbert C,Rorer e anteriormente Diretor do Departamentode Fisiologia, Medicai School, Universityof PennsylvaniaDrogasBroger, John C., LL.D.Diretor de Informaes para as Foras Armadas,Departamento de Defesa dos EstadosUnidos da AmricaArmamento; Objeo ConscienteBromiley, Geoffrey W., M.A., Ph.D., D.Litt.Professor de Histria Eclesistica e TeologiaHistrica, Fuller Theological SeminaryBarth, Karl; Direito Cannico; Casusmo;Celibato; Censura; Concesses; Confisso;Continncia; Disciplina; Dispensao; Virgindade;Virtude; VirtudesBrown, Colin, B.A., B.D., M.A., Ph.D.Deo de Estudos, Tyndale Hall, Bristol, EnglandBuber, Martin; Bultman, RudolphBrown, Harold OJ.,A.B., S.TJB., Th.M., PhD.Editor Associado, Christianity TodayResponsabilidade Corporativa; Previdnciae Bem-EstarBrubaker, Kenton K., B.S., M. Sc., Ph.D.Professor de Biologia, Mennonite Eastem CollegeDesflorestamento; FomeBruce, Frederick F., M.A., D.D.Professor de Crtica e Exegese Bblica, Universityof Manchester, EnglandJesus, Ensinos ticosBuehler, William W., B.S., B.D, D.Th.Professor Associado de Estudos Bblicos, Bar-ringtonCollegePaz e GuerraBurtness, James H., B.A., B.Th., Th.D.Departamento de Teologia Sistemtica, LutherTheological SeminaryBonnhoeffer, Dietrich; OrgulhoButler, Roy W., A.B., M.A., M. Ed. Ph.D.Professor de Filosofia, Western KentuckyUniversityAto, Ao, Ator; Camell Edward John; Clark,Gordon Haddon; Henry, Cari F.H.; Intrnseco;Bem Instrumental; Ramsey, PaulChang, Lit-Sen, B.S., M.A., B.D., Lett.DFundador Presidente da Universidade Kiang-Nan (China) e Palestrante Especial em ReligiesMundiais e Misses, Gordon-ConwellTheological SeminaryZenClaghorn, George S., B.A., B.D., Ph.D.Ctedra, Departamento de Filosofia, WestChester (Pennsylvania) State CollegeLiberalismo tico; Marx e tica Marxista.Fenomenologia; ProgressoClark, Gordon H., A.B., Ph.D.Ctedra, Departamento de Filosofia, ButlerUniversityAtivismo; Altrusmo; Anarquismo; Anttese;Aquino; Atesmo; Agostinho; Com-portamentismo;tica Calvinista; Pena deMorte; Cinismo; Determinismo; Dewey,John; Egosmo; tica, Histria da; F; Fatalidade;tica Grega; Felicidade; Hedonismo;Humanismo; tica Idealista; Imagemde Deus; Intuio; Irracionalidade; James,William; Kant; Legalismo; Juramentos;Pragmatismo; Responsabilidade; tica Si-tuacional;Ceticismo; Utilitarismo; ValoresCleath, Robert L., B. A., M. A., M. Di v., Ph.D.Professor Associado de Oratria, CalifrniaPolytechnic State UniversityLavagem Cerebral; Prisioneiros de Guerra;Propaganda; Opinio PblicaClouse, Robert G., B.A., M.A., Ph.D.Professor Associado de Histria, Indiana StateUniversityLivre Arbtrio; Vontade. 8. COLABORADORES 8Daane, James, B.A., Th.B., Th.D.Professor de Teologia Prtica e Diretor de Programade Doutorado Pastoral, Fuller TheologicalSeminaryIrmandade; Casamento inter-racial; RacismoDarling, Harold W., A.B., M.S., Ph.D.Ctedra, Diviso de Cincias Sociais e Professorde Psicologia, Spring Arbor College (Michigan)Mecanismos de Defesa; Complexo de di-po;PsicologiaDavis, Richard, B.A., B.D., M.A., Ph.D.Professor Assistente de Religio, Earlham CollegeSermo do Monte; Falar a VerdadeDaytoi, Donald W., B.A., B.D., M.S.Professor Assistente de Bibliografia e Pesquisa,Asbury Theological SeminaryEbionitas; Avareza; PromessaDeKoster, Lester R., A.M., A.M.L.S., Ph.D.Editor, The BannerComunismoDenlinger, Paul B., B.D., Ph.D.Assistente Especial para o Deo de DesenvolvimentoCurricular, Asbury College, e anteriormenteProfessor de Ingls, Tunghai University (Taiwan)tica de ConfcioDe Vos, Peter A., A.B., A.M.Professor Associado de Filosofia, Calvin CollegeJustiaDouglas, James D., B.A., M.A., S.T.M., Ph.D.Editor Geral, An Encyclopedic Dictionary ofthe Christran ChurchChartismo; Cavalheirismo; Direito Divinodos Reis; Embuste; Honra; Neo-Nefalitis-mo;No-Conformismo; PacifismoDoll, Ronald C., B.A., M.A., Lit. D.Professor de Pedagogia, Richmond College,City University of Nova YorkDesenvolvimento; Motivos e MotivaoDully, A. J. Franklyn, M.A.St. Johns College, Bramcote, EnglandCulpaDunn, James D.G., M.A., B.D., Ph.D.Professor Convidado de Novo Testamento,University of Nottingham, EnglandCullman, Oscar; Orao do Senhor; ArrependimentoDymale, Herbert R., B.D., Th.M., Ph.D.Professor Associado de Religio, Malone CollegeEsperana; TotalitarismoEenigenburg, Elton M., A.B., B.D., Th.M.,Ph.D.Deo Acadmico e Professor de tica Crist eFilosofia da Religio, Western Theological SeminaryAqui no e tica Catlica Romana; tica CatlicaRomanaEllis, E. Earle, B.S., M.A., Ph.D.Professor de Estudos Bblicos, New BrunswickTheological SeminaryAdultrio; Criana, Ser comoEllul, Jacques, B.A., M. Lit., M. Droit. D.Droit, LL.D.Professor de Direito e Governo, Universidadede Bordeaux, FranaTransformaes SociaisErickson, Millard J., B.A., B.D., M.A., Ph.D.Professor de Teologia, Bethel Theological SeminaryAbsolutos Morais; tica de Atos; Fletcher,Joseph; Normas; Princpios; tica de RegrasEverett, Glenn D., B.A., M.A.Correspondente de jornal de Washington e autor;Diretor da antiga Comisso da Igreja sobreDecncia nas Publicaes, 1957-1965Obscenidade; Pornografia; Material MoralmenteOfensivoFarnell, Robert E. II, B.A., J.D.Juiz Associado do Peoples Court, DorchesterCounty(Maryland)Acidente; Homicdio; InsurreioFeinberg, Charles L., A.B., Th.B., Th.M.,Th.D., M.A, Ph.D.Deo e Professor de Lnguas Semticas e de AntigoTestamento, Talbot Theological Seminarytica JudaicaFeinberg, Paul D., B.A., M.A., B.D., Th.M.,Th.D.Professor Assistente de Filosofia, Trinity College,Deerfield, IllinoisHamack, Adolph; Ritschl e tica Protestante;Troeltsch, Ernst; Tiranicdio; TiraniaFitch, William, B.D., M.A., Ph.D.Pastor, Knox Presbyterian Church, Toronto,CanadaAfluncia; Prosperidade; Vivos 9. 9 COLABORADORESForrester, James, B.A., M.A., Ph.D., D.D.,LL.D.Professor Adjunto de Psicologia, ChristopherNewport College da William and Mary College,e Diretor, Contact Peninsula, Inc. NewportNews, VirgniaClero, Problemas ticos do; Aconselhamento,Problemas ticos do; ConvocaoMilitar; OrientaoFoulkes, Richard T., B.S., B.D., Th.M., D.Rei. Sc.Professor de Novo Testamento, Seminrio BblicoLatino-americano, San Jos, Costa RicaDever; MalciaFrame, John M., A.B., B.D., A.M., M.Ph.Professor Assistente de Teologia Sistemtica,Westminster Theological Seminarytica Reformada; Schleiermacher e ticaProtestanteFromer, Paul, B.A., B.D.Antigo Editor, Revista HisLazer; Cinema; TeatroGaebelein, Frank E., A.B., A.M., Litt.D.,D.D., LL.D.Diretor Emrito, Stony Brook SchoolBblia; tica Dispensacional; PaixoGarnet, Paul, B.A., M.A. Ph.D.Professor Assistente, Loyola College, Montreal,CanadaComunidade dos EssniosGasque, W. Ward, B.A., B.D., M.Th., Ph.DProfessor Assistente, Estudos no Novo Testamento,Regent College, Vancouver, CanadaEsmolas, Dar; Jejum; Glutonaria; PrticaGeisler, Norman L., B.A., M.A., Th.B., Ph.D.Catedrtico, Departamento de Filosofia daReligio, Trinity Evangelical Divinity SchoolPessimismo; Romantismo e tica; Superhomem;UtopiaGenco, Peter, B.A., M.A., Ph.D.Professor Associado de Filosofia, Eastern Bap-tistSeminarytica Deontolgica; Emotividade; FalciaNaturalista; Objetivismo; PositivismoGerstner, John F., B.A., B.D., B. Th., Ph.D.Professor de Histria da Igreja, Pittsburg TheologicalSeminaryApostasia; Dvida; Edwards, Jonathan;FundamentalismoGish, Delbert R., A.B., M.A., Ph.D.Professor de Filosofia da Religio e tica Crist,Nazarene Theological SeminaryDescritivismo; Conceito de Regra Geral;Melhorismo; Prescritivismo; Probabilismo;Rigorismo; EscrupulosidadeGoppelt, Leonhard, B. A., D.Theol.Professor de Novo Testamento, ProtestantFaculty of Theology, University of Munich(Alemanha)GraaGorman, Walter P. III, B.A., Ph.D.Professor Associado de Marketing e Economia,Escola de Administrao de Empresas,University of TennesseeCrdito; Dvida; Dinheiro; SalrioGovig, StewartD., B.A., B. Th., M.Th. Ph.D.Professor Associado e Catedrtico do Departamentode Religio, Pacific Lutheran UniversityAuto-negao; Auto-exame; EgosmoGroseclose, Elgin, A.B., M.A., Ph.D.Consultor Financeiro e Escritor, Washington, D.C.Inflao; Naes SubdesenvolvidasGrounds, Vernon C., B.A., B.D., Ph. D.Presidente, Conservative Baptist TheologicalSeminaryGenocdio; Assassinato; tica Naturalista;Probabilismo; Satans; SuicdioGuelich, Robert A., B.A., M.A., S.T.B.,D.Theol.Professor Associado de Novo Testamento,Bethel Theological SeminaryJesus e a Lei; FariseusGuthrie, Donald, B.D, Th.M., Ph.D.Professor de Novo Testamento, London BibleCollege (England)Salvao; Schweitzer, AlbertHall, Burt H., M.D. Th.D.Professor de Filosofia, Azusa-Pacific CollegeArmnio e tica Arminiana; Crianas; PerfeccionismoHamilton, Kenneth M., B.A., M.A., Th. M.,Th. D.Professor, Departamento de Estudos Religiosos,University of Winnepeg, CanadaNiebuhr, Reinhold; Secularismo e Secula-rizao;Mundanismo 10. COLABORADORES 10Harris, Murray J., M.A., Ph.D.Professor Assistente de Novo Testamento,Trinity Evangelical Divinity SchoolHbito; Motivos Mistos; IncredulidadeHarris, B. Laird, B.S., Th.B., Th.M., MA., Ph.D.Professor de Antigo Testamento, CovenantTheological SeminaryAsilo; Convico (de Pecado); Perdo;Omisso, Pecados deHarrison, Everett F., B.A., M.A., Th.B.,Th.D., Ph.D.Professor Catedrtico de Novo Testamento,Fuller Theological SeminaryAntinomianismo; Disciplina; Contentamento;Tolerncia; Longanimidade; Mansido;Deus; Humildade; Bondade; Pacincia;Auto-Controle; Temperana; TranquilidadeHarrison, R. K., B. A., B.D., M.Th., Ph.D., D.D.Professor de Antigo Testamento, WycliffeCollege, University of Toronto, CanadaAquiescncia; Agresso; Flagelamento; Pobres;TeocraciaHarrison, William K. Jr., LL.D., Lit. D.Tenente Geral (Refprmado), U. S. ArmyColonialismo; Colonizao; Diplomacia;Isolacionismo; PlanetizaoHatfield, Charles, A.B., A.M., Ph.D.Professor, Departamento de Matemtica, Universityof Missouri-RollaTecnocracia e TecnologiaHenry, Cari F. H., B.A., M.A., M.A. in Th.,B.D., Th.D., Ph.D.Presidente dos Diretores, Instituto de EstudosCristos Avanados e Professor Convidado,Eastern Baptist Theological SeminaryConselho Americano de Igrejas Crists;Educao Crist; Ecumenismo e tica; Metafsicae tica; Rearmamento Moral; ticado Novo Testamento; Teologia Poltica;Preconceito; Reforma Carcerria; Estupro;Vingana; Calnia; Terrorismo; Watergate;Conclio Mundial de IgrejasHenry, Paul B., B.A., M.A., Ph.D.Professor Assistente Visitante de CinciasPolticas, Calvin CollegeConservadorismo Poltico; Liberalismo Poltico;Lei NaturalHermann, Robert L., B.S., Ph.D.Professor Associado de Bioqumica, Faculdadede Medicina, Boston UniversityTerceira IdadeHesselgrave, David J., B.A., M.A.; Ph.D.Diretor e Professor, Escola de Misses Mundiais,Trinity Evangelical Divinity SchoolPoligamia; UniversalismoHoffmann, Oswald C.J., M.A., B.D., D.D.,LL.D.Orador, Lutheran HourLaicismo; PregaoHolmer, Paul L., B.A., M.A., Ph.D.Professor de Teologia, Divity School, YaleUniversityAbenoados; Kierkegaard e tica; PrazerHolmes, Arthur F., A.B., M.A., Ph.D.Ctedra, Departamento de Filosofia, WheatonCollege (Illinois)Critrios de Guerra Justa; Marcuse, HerbertHook, H. Phillip, A.B., Th.D.Professor Assistente de Teologia Sistemtica,Dallas Theological SeminaryPunioHouston, James M., B. Sc., M.A., D. Phil.Diretor, Regent College, Vancouver, CanadaPercepo Ambiental; SoberaniaNacional;TratadosHoy, W. Ivan, B.A., B.D., S.T.M., Ph.D.Ctedra, Departamento de Religio e Professorde Religio, Miami UniversityAcaso; Educao e Moralidade; SensualidadeHunnex, Milton D., A.A., A.B., M.A. Ph.D.Ctedra, Departamento de Filosofia, Williamet-teUniversityConheci mento e ticaHunt, Leslie, B.A., B.D., M.Th., D.D.Diretor e professor de Novo Testamento e Liturgias,Wycliffe College, University of Toronto,CanadaBom Vizinho; Boas Obras; Hospitalidade;IndiferenaInch, Morris A., A.B., B.D., Ph.D.Professor de Bblia e Apologtica, WheatonCollege (Illinois)Afinidade; Beneficncia; Benevolncia; Casamento,Lei Civil; Concubinato; Sonhos;Endogamia; NulidadeJacobsen, Herbert K., B.A., M.A., Ph.D.Professor de Religio, Wheaton College (Illinois)Aspirao; Niebuhr, H. Richard; Escndalo;Seduo; Sodomia 11. COLABORADORESJames, Gilbert M., A.B., M.A., Ph.D.Professor de Igreja na Sociedade, Asbury TheologicalSeminaryRelaes raciaisJeeves, Malcolm A., M.A., Ph.D., F.B.Ps.S.,F.A.P.S.Professor e Chefe de Departamento de Psicologia,University of St. Andrews (Scotland)Emoo; Inibio; Delinquncia JuvenilJekel, James F., A.B., M.A., M.P.H.Professor Associado de Sade Pblica, MedicaiSchool, Yale UniversityLeis de SadeJellema, Dirk W., A.B., M.A., Ph.D.Professor de Histria, Calvin CollegeConformismo; Costumes; Etos; Formalismo;NeglignciaJewett, Paul K., B.A., Th.B., Th.M., Ph.D.Professor de Tteologia Sistemtica, Fuller TheologicalSeminaryBrunner, Emil; Quedam a vidamonstica: pobreza, castidade e obedincia. Oraciocnio bblico citado mais vezes para os conselhos a recomendao de Jesus ao jovem ricode ir, vender todos os bens e dar aos pobres (Mt19.31), geralmente reconhecido como no sendouma incumbncia para todo crente.A relevncia contempornea para o termose encontra especialmente na tica social, ondeos meios e os fins so muitas vezes difceis dedistinguir. Muitos cristos hoje se sentem impelidosa tomar alguma posio construtiva comrespeito s grandes questes pblicas mas (1)so incapazes de encontrar base bblica suficientepara cursos especficos de ao e (2) reconhecema grande dificuldade para determinarquais os rumos que daro os resultados desejadosdentro de uma sociedade no regenerada.Dada essa ambiguidade, o cristo parece obrigadoa depender de sua prpria conscinciaenquanto respeita a conscincia dos outros.Uma sria consequncia desse ponto de vista que parece diminiiir a possibilidade de absolutosna tica social. Em contraste, os lobbies de 133. CONSENTIMENTO 134igrejas hoje, geralmente aliados ao movimentoecumnico, do a impresso de que esto promovendopreceitos em vez de conselhos. Hnisso alguma ironia, pois muitos lobistas religiosostendem a ser situacionistas ticos (cf.tica situacional) e o situacionismo d poucoou nenhum espao para preceitos.DAVID KUCHARSKYCONSENTIMENTO. O consentimento a concordncia voluntria ou a aquiescncia comaquilo que proposto ou desejado, ou a cumplicidadecom um curso de ao. Como o consentimentopode no necessariamente implicar concordnciacompleta, poder incluir certa hesitaoou relutncia em concordar com o pensamentoou a ao proposta. Podem estar envolvidasas aparncias, como tambm atos claros.A responsabilidade varia com a natureza eo grau do consentimento. A mera permisso ,sem dvida, uma espcie de volio, mas geralmentetem responsabilidade diferente da queenvolve participao ativa ou plena cooperao.Muitas vezes, pode ser difcil determinaro grau de responsabilidade envolvido.Viver em relaes sociais com indivduos egrupos, inevitavelmente, envolve a tomada dedecises sobre propostas feitas por outros,incluindo as exigncias de diversas autoridadese a cooperao com atividades que no conhecemosbem ou para as quais no estejamos favoravelmentedispostos. Pode ser que peamnosso consentimento sem que possamos julgaro mrito ou a falta, o certo ou o errado decada a situao. O mximo que podemos fazer examinar as Escrituras, buscar a vontade deDeus, entregar o caminho ao Senhor, e entoconsentir ou discordar com boa conscincia.Muitas vezes, isso envolve a dependncia noentendimento de outros, em especial outroscristos maduros e sbios.Como o consentimento envolve a concordnciavoluntria, no se poder dizer que umapessoa deu seu consentimento se ela tiver sidoforada a tomar determinada deciso ou a cedera determinado curso de ao. Isso no constituiconsentimento, pois a pessoa no deu suaaquiescncia de livre vontade (q.v.). importante a questo de consentimentoem diversas reas da tica, como, por exemplo,casamento, divrcio, servio militar e governocivil. Uma considerao pertinente o dilemade muitos pastores que discordam dos pronunciamentosde sua denominao quanto aquestes teolgicas ou determinados programasde ao social, quando estes so feitos emnome de toda a denominao. Deixar de protestarnessas situaes, quando existe discordncia,poder parecer consentimento.No direito, o consentimento real ou implcito elemento necessrio de todo contrato ouacordo. Idades diferentes so determinadas pelodireito (idade do consentimento) a fim de estabelecerperodos determinados da vida quandoas pessoas so presas por suas palavras e seusatos a determinadas categorias da atividadehumana, como o consentimento no casamento,escolha de um guardio, estabelecimento decontratos, e assim por diante.RALPH E. POWELLCONSERVADORISMO TICO. Vertambm Conformidade; Moralidade Convencional;Revoluo; Mudanas Sociais. Entendidocomo o ponto de vista de que os padrescomportamentais devam mudar devagar, quandodevem mudar, o conservadorismo tico nuncafoi compatvel com o Cristianismo. A igrejaprimitiva claramente denunciava as idias domundo romano quanto a questes como relaessexuais, o no reconhecimento da pessoa-lidadede escravos e de mulheres, e embriaguez.Uma tica radicalmente distinta, baseadano Antigo Testamento e nos ensinos de Jesus,foi proclamada pelos apstolos e foi feita umatentativa sincera de pratic-la.Em quase todo lugar, tem persistido umabismo entre os padres bblicos e os convencionais.Em alguns lugares, ainda que no necessariamenteseu cumprimento, muitos padrescristos foram incorporados lei civil es convenes sociais. Quando os outros procurammudar esses padres, os cristos superficialmenteaparentam ser colocados na posiode conservadores ticos. Contudo, seu verdadeirocompromisso a compreenso da ticabblica, a ser alcanado quando no presente,a ser conservado quando atingido. O Cristianismonada tem em comum com os pensadorese as sociedades tradicionais, argumentamem favor do conservadorismo simplesmenteporque as mudanas so desconcertantes. Vistohistrica e globalmente, o Cristianismo no distinguido pelo conservadorismo, mas por 134. 135 CONSERVADORISMO POLTICOsuas drsticas inovaes ticas, Na verdade, svezes, a inovao religiosa (por exemplo, abstinnciado casamento) vai alm das diretrizesexplcitas da Bblia.DONALD TINDERCONSERVADORISMO POLTICO.Ver tambm Liberalismo Poltico. O conservadorismopoltico uma tradio de pensamentopoltico tendo sua origem na reao contra oideal libertrio e o individualismo da RevoluoFrancesa de 1789. Seu primeiro porta-voz foiEdmund Burke (1729-1797) que, em seu livroReflections on the Revolution (Reflexes sobre aRevoluo), atacou as idias tericas e abstratasde liberdade que estavam sendo anunciadas pelosrevolucionrios franceses. Burke dizia queuma declarao a priori sobre os direitos dohomem no tinha valor a no ser quando oferecidasas aplicaes substanciais dentro do contextode uma dada sociedade. Governar uma sociedadeera questo de sabedoria prtica vinda dasexperincias histricas de um dado povo, diziaele. Da, a reforma da vida poltica no poderiaser alcanada simplesmente por meio de declaraesabstratas baseadas em argumentao apriori. Assim, Burke enfatizou a importncia dahistria e da tradio como base para mudanaspolticas e sociais, argumentando que uma sociedade parceria no s dos vivos como tambmdos mortos e dos que ainda viro a nascer. Oconservadorismo de Burke no era simplesmentebaseado em oposio a todas as mudanas, masna crena de que as mudanas sempre devam serincrementais e evolucionrias, geradas pela autoconscinciae pelas tradies de uma determinadasociedade.O conservadorismo poltico do sculo vintefoi caracterizado por diversos temas repetidos.Primeiro, os conservadores polticos geralmentereconheciam alguma espcie de ordemmoral universal. Assim, quando falavamde questes polticas tais como liberdade, podere direito, estavam igualmente preocupadoscom as circunscries morais que pertenciam aesses assuntos. Segundo, os conservadorespolticos reconheciam as incoerncias e imperfeiesda natureza humana. Assim, eram cautelososem suas tentativas de reforma social,reconhecendo que o progresso nos afazereshumanos nunca poderia ser visto como certoou automtico. Terceiro, os conservadores polticosgeralmente concordavam que algumasdesigualdades dentro da sociedade seriam naturaise benficas. Conquanto houvesse discordnciaquanto a quais deveriam ser as basespara a diferenciao social (ou seja, propriedade,sangue, cultura), havia um consenso de queas ordens e classes sociais ofereciam valiosassalvaguardas contra os impulsos majoritriosdentro das sociedades. Cada posio na sociedadelevava consigo sua prpria responsabilidademoral de servio para com a sociedadenum todo. Quarto, os conservadores polticosenfatizavam que o homem teria de ser vistocomo mais que simplesmente um ser racional;smbolos, tradies e sentimentos so importantespara os homens e assim, para o governoda sociedade. O conhecimento poltico teria,portanto, de transcender o conhecimento tericosobre a sociedade e ser informado peloconhecimento prtico obtido mediante a experincianos afazeres humanos.Os princpios do conservadorismo polticoproduzem atitudes crticas contra as tentativasde mudanas e inovaes sociais e polticas.Assim, os que mais se beneficiam das situaesscio-polticas vigentes dentro de uma sociedademuitas vezes usam princpios conservadorespara facilitar sua defesa do status quo.Na Europa, onde se pode dizer que existe fortee vivel tradio de conservadorismo poltico,o conservadorismo poltico muitas vezes estassociado com o apoio de igrejas nacionais estabelecidas,os direitos de propriedade e da aristocracia,e apoio geral para interesses imperialistas.Em sua forma mais extrema, tem sidoassociado ao nacionalismo, monarquia e aoimperialismo. Muitos conservadores polticoseuropeus se encontraram simpatizando comas crticas fascistas do vazio moral da civilizaoocidental nos anos 1920 e 1930, mas muitopoucos deram apoio aberto s prticas totalitriasdos regimes fascistas.Existe discusso quanto existncia deautntica tradio de conservadorismo polticonos Estados Unidos. O conservadorismopoltico norte-americano tem sido fortementeinfluenciado pelo capitalismo do deixe estardos economistas de Manchester e da filosofiasocial dos Darwinistas Sociais (ver Darwinis-moSocial), que tem forte semelhana com oliberalismo poltico clssico a que o prprioBurke se opunha. 135. CONSTITUCIONALISMO 136Da perspectiva da teologia crist, existemdeterminados pontos claros de afinidade entreo conservadorismo poltico e o Cristianismo.O conceito cristo de pecado corresponde viso conservadora da falibilidade humanae, conseqiientemente, sua relutncia em envolvimentocom esforos utpicos de reformada ordem social. O conceito cristo de estadocomo sendo ordenado por Deus corresponde insistncia do conservador de que oestado seja uma ordem moral e, assim, nopode ser visto como simplesmente produtode um contrato social. A rejeio crist de umconceito puramente racionalista da naturezahumana se relaciona com a reao conservadoracontra o nacionalismo de muito da filosofiamoderna. Por outro lado, a preocupaodo conservador em manter ordem e autoridadedentro da sociedade, muitas vezes, ofuscasua sensibilidade necessidade de transformaosocial ou dos direitos dos indivduoscomo objetos especiais da criao de Deus. Oconceito cristo de escatologia e as implicaesradicais do Sermo da Montanha soigualmente difceis de reconciliar com o temperamentoum tanto historicista do conservadorismopoltico.O F.J.C. Hearnshaw, Conservatism in England, Londres,Macmillanm 1933; Russell Kirk, The Conserva-tiveMind, 2". ed., Chicago, Regency, 1954; ClintonRossiter, Conservatism in America, 2". ed., Nova York,Knopf, 1962; Peter Viereck, Conservatism from JohnAdams to Churchill, Princeton, N.J., Van Noslrand,1956; Reginald White, org. The Conservative Traditi-on,Londres, N. Kaye, 1950.PAUL B. HENRYCONSTITUCIONALISMO. O constitucionalismo a doutrina de que a ordem e ajustia podem ser mantidas na comunidade polticasomente atravs do regime da lei. baseadana observao de que os governos humanostendem a ser despticos e demonacos emseu uso do poder. Os princpios morais, baseadosnum corpo de leis popularmente aprovadoque os governem, so invocados com o fimde se contrapor a essa tendncia amoral. Algunscrem que essa lei seja divinamente reveladana Bblia. Outros acham que ela pode serdiscernida racionalmente por todos os homensatravs da razo. Outros, ainda, contendem queseja discernvel luz da experincia humana.Em cada caso, espera-se tanto do dominadorquanto dos dominados, que vivam de acordocom alei.Os defensores do constitucionalismo tmempregado o modelo platnico do homem justo,o modelo aristotlico do homem temperan-te,o modelo ciceroniano do homem racional eo modelo bblico do homem, aliancista comobase para a sua anlise terica. Modelos institucionaisforam criados da polis grega, da comunidadehebraica e da corporao romana.Filsofos especulativos e telogos cristosdesenvolveram conceitos de leis naturais, direitosnaturais, soberania limitada e igualdadehumana a fim de implementar suas teorias deconstitucionalismo.Esses conceitos foram aplicados primeiropor estados europeus do sculo dezesseis, ondeminorias religiosas receberam direitos de tolernciae cidades ou companhias mercantis foramautorizadas a governarem a si mesmas debaixodos termos das cartas. Em cada instante,a carta definia os direitos e privilgios do grupo,colocando limites sobre os poderes do soberanonacional. A Revoluo Puritana na Inglaterrado sculo dezessete aumentou a exignciade incluir determinados direitos paratodos os povos. Essa revoluo culminou naRevoluo de 1688 e o Tratado de Direitos(1689) colocou os fundamentos para o constitucionalismotanto na Inglaterra quanto nos(ento futuros) Estados Unidos (cf. Declaraode Direitos).O constitucionalismo est intimamente ligado demanda de constituies escritas comolimitao do poder governamental. Certos fatoresaparecem na maioria desses instrumentos:uma declarao de direitos; uma descriodas principais instituies de governo com listagemde suas respectivas reas de jurisdio;qualificaes gerais exigidas para que se participedo governo; e provises para a alteraodo documento original.Opinies judiciais recentes indicam que oconstitucionalismo positivamente conceituadocomo doutrina a ser invocada na extensode direitos sociais e econmicos iguais paratodos, como tambm forma de restringir os atosarbitrrios do governo que violem os direitoscivis e polticos j estabelecidos.SAMUEL R. KAMM 136. 137 CONTINNCIACONTEMPLAO. Ver tambm Misticismo,Adorao. Contemplao uma espciede conhecimento experimental, intuitivo eno discursivo, que envolve a admirao de seuobjeto. Aristteles considerava a contemplaoa forma mais alta de atividade humana, pois a nica atividade de Deus (tica Nicomaque-ana).Plato via a contemplao filosfica comorelembrar a verdadeira beleza da existncia pr-nataldo homem (Fedro). O pensamento neo-platnicoinfluenciou o Cristianismo patrsti-cocom um misticismo contemplativo que envolviaa renncia do mundo em busca de umaunio exttica com o nico.A vida contemplativa, caracterizada pelasolitude e pela orao, tem sido praticada desdeo incio do perodo cristo e importante nomonasticismo catlico romano. Os telogoscatlicos expem trs nveis de contemplaoteolgica: primeiro, o conhecimento natural deDeus adquirido pela razo (estudiosos catlicosmodernos, como Karl Rahner, questionama validade de tal conhecimento de Deus); segundo,contemplao sobrenatural adquiridabaseada no conhecimento de Deus atravs daf e do amor; e, terceiro, a contemplao misti-camenteinfundida que envolve uma experinciaintuitiva de unio com Deus. Isso experimentadoem graus de orao contemplativa,desde oraes de simples unio, e finalmentede unio transformadora, ou total submisso aDeus e transformao em Deus.A nfase protestante sobre a justificaopela f principalmente oposta ao ideal dasubida do homem at Deus por meio da escadamstica do processo contemplativo. Nygren,em Agape and Eros, considera essa espcie demisticismo uma intruso do egocntrico princpiode Eros como oposto ao descendenteamor-gape de Deus concedido livremente sobreo pecador. Porm, alguns protestantes enfatizama habitao do Esprito e elaboram issonum princpio de luz interior, como o fazemos pietistas alemes e os Quakers ingleses.MORTON H. SMITHCONTENTAMENTO. Ver tambm Tran-qiiilidade.Contentamento uma palavra raranas Escrituras, mas a idia comum para osdois Testamentos. Disse Davi: O Senhor meu pastor; nada me faltar (SI 23.1), O contentamento baseado na confiana em Deus, eisso em dois aspectos: a segurana de que elefaz bem todas as coisas e o reconhecimento deque o conhecimento pessoal dele e a comunhocom ele constituem o supremo bem, superiorem muito a todas as demais bnos sobre ascriaturas. O ensino de Jesus, especialmentesuas lembranas do amor e cuidado do Pai pelosseus filhos, faz a ansiedade desnecessria epecaminosa (Mt 6.25-34). O conceito aindailuminado pelo apstolo Paulo que asseveraque aprendeu a viver contente em toda situao,no meio de qualquer condio terrena, querde necessidade ou de abundncia (Fp 4.11,12).A palavra que ele usa para contente (autarquia])significa auto-suficiente, mas em um sentidoque a distingue do ideal estico de independnciade circunstncias por causa de umesprito indomvel. Pelo contrrio, Paulo auto-suficiente porque o ser redimido est emCristo, o qual habita nele e lhe d foras. Omesmo apstolo, aps denunciar aqueles quebuscam lucro financeiro com a religio, passa adizer que a piedade, acompanhada de contentamento, grande lucro (lTm 6.6). Noutraspalavras, a piedade vive numa atmosfera nomaculada pelo desejo de enriquecimento prprio.O restante do captulo transmite a verdadede que o contentamento estimulado pelaesperana, como tambm pela f, porque Deusproveu no apenas para esta vida como tambmpara a vida vindoura.EVERETT F. HARRISONCONTINNCIA. Ver tambm Abstinncia;Temperana. Basicamente, continncia significarestrio ou temperana em relao aosapetites. Mas uma restrio dupla modifica osentido original. A continncia toma a cor daabstinncia e se aplica especificamente s relaessexuais. Da o uso costumeiro de restriessexuais para a prtica da abstinncia.Isso ensinado nas Escrituras, embora nona forma de uma lei proibitiva imposta sobredeterminados grupos. Fornicao um pecado,e a continncia fora do casamento ordenada.A continncia temporria foi colocada sobreos israelitas casados no Sinai. Jesus faloudaqueles que se tornaram eunucos por causado Reino; isso parece sugerir continncia voluntriapor um perodo ou para o resto davida. Paulo ensinava de modo semelhante. Conquantoo casamento seja bom, poder haver 137. CONTRABANDO 138perodos de continncia concorde dentro docasamento, e alguns cristos aceitam o celibatoem lugar do casamento (ou novo casamento)com o propsito especfico de servir.Em conexo com isso, deve-se notar que(1) a continncia no recomendada como onico jeito certo ou que a relao sexual sejaerrada e (2) a continncia no necessariamenteuma virtude maior, pois cada pessoa temseu prprio dom de Deus nesse mister e (3)no h questo de obrigao externa, somentede um compromisso interno.Na histria crist, porm, a continnciaveio, rapidamente, a ser considerada como virtudemais alta do que o uso certo do sexo dentrodo casamento, e ficou tambm sob controleda lei. No movimento monstico, a continnciafoi elemento integrante desde o princpio, ecom ela, a institucionalizao do voto de celibatopor toda a vida logo foi imposta, e quebraresse voto tornou-se pecado no menosodioso que o adultrio. Logo tentativas foramfeitas de impor obrigao semelhante sobre oclero. Isso poderia ser feito de diversas maneiras,mandando que nenhum padre se case depoisde ordenado, mandando os padres casadosse separarem das esposas ou viverem comelas apenas como irmos e, finalmente, s aceitandopadres no casados.O resultado dessa continncia legislada foium triste captulo da histria crist. Talvez, aconsequncia mais infeliz tenha sido a perdado verdadeiro entendimento da continncia ede seu valor. A continncia, na verdade, temseu lugar, sendo um mandamento absoluto aser seguido fora do casamento. Dentro do casamento, uma disciplina til que poder serpraticada voluntariamente, por perodos mutuamentedeterminados - e a incontinncia sexualcertamente deve ser evitada. Algumas pessoastm, temporria ou permanentemente, odom e a vocao divina para o celibato, o qualelas devero exercitar, humildemente, no serviode Deus e para a sua glria. Porm, a imposioda continncia por meio de regulamentaoeclesistica no tem base bblica ou tica ano ser para evitar a fornicao.GEOFFREY W. BROMILEYCONTRABANDO. O contrabando otransporte de qualquer objeto proibido por lei,trazido para dentro ou fora de um pas. Um usoantigo da palavra refere-se a bens que uma naopode apreender a fim de cortar o comrcioexterior de um inimigo. Existe contrabando depessoas, como prisioneiros polticos ou criminosos.Configuram contrabando os itens escondidosa fim de se evitar pagamento de alfndega,sujeitos apreenso e cobrana de penalidades,alm de priso e multa para o turista.Armas militares so freqiientemente contrabandeadaspara foras guerrilheiras ou naes beligerantes.Drogas ilegais, especialmente herona,tm sido os mais lucrativos e comuns itensde contrabando. Esse trfego, embora seja umaameaa internacional, tem envolvido figuras dosubmundo e, no raras vezes, pessoas em cargospblicos e autoridades.PAUL D. SIMMONSCONTRACEPO. Ver tambm Aborto,Controle de Natalidade. A contracepopode ser definida como evitar a concepo ou agravidez por meio de vrias tcnicas ou aparelhosartificiais. Em linguagem comum, essa definiocobre todos os aparelhos geralmentedenominados contraceptivos, exceto os DIUs,que na verdade no evitam a fertilizao e simevitam a implantao do vulo j fertilizado.No existe consenso completo sobre o modode funcionamento do D1U. Sabe-se que a pe-ristalsetubria aumenta e passa rapidamente ovulo das trompas para o tero. O DIU mantmas paredes do tero separadas e pode interferirna implantao normal do vulo. Nofoi defnonstrado que vulos fertilizados tivessemsido abortados do tero, contudo, a ovulaoocorre, os espermatozides no so impedidosde entrar na trompa de falpio e as trompasno so bloqueadas aos vulos - e a implantaono ocorre.Assume-se que a contracepo aqui discutida a que ocorre dentro do casamento. AsEscrituras no oferecem texto de prova sobre oassunto de contracepo. Porm, a viso bblicade Deus do homem, do casamento e da famlia,nos leva a uma premissa escriturstica. Deuscriou o homem e a mulher e cada um com desejosexual e capacidade de relao sexual, tantofsica como emocionalmente. Ao exercerem odireito de unio sexual, os homens e as mulhereso fazem dentro da lei moral estabelecidapor Deus. Fica claro no relato de Gnesis que amulher no foi feita unicamente para a propa 138. 139 CONTRATOSgao da raa, mas para o companheirismo darelao social em amor com o homem. O NovoTestamento explica o amor do casamento e ocompara com a relao de Cristo com sua igreja.Toma claro tambm que a funo sexual docasamento ordenada por Deus.A Bblia ensina, claramente, que a uniosexual tem propsitos outros alm da procriao.Paulo deixa implcito que as relaes sexuaisfrequentes dentro do casamento so naturaise desejveis. Certamente, no h na Bbliaa idia de que unio para satisfao dodesejo sexual seja errada. No existe justificativabblica para a idia de que a relao sexualno seja um bem independente parte da procriaoe criao de filhos.Se a relao sexual tem finalidades alm daprocriao, os parceiros do casamento tm odireito de controlar a natalidade. Isso verdadeiropara a famlia em particular, e tambmpara toda a sociedade, por uma variedade derazes, tendo em vista a evidncia de que, semcontrole populacional, em pouco tempo esteplaneta estaria com populao excessiva, almda sua capacidade de sustento e alimentao dahumanidade.Os diversos aparelhos usados por homense mulheres a fim de se evitar a fertilizao,assim como, tambm, as diversas medicaes,espumas e duchas usadas pelas mulheres comoagentes espermicidas, so passveis de falhaem graus diversos. Nos pases desenvolvidos eem desenvolvimento, a plula a forma maisusada de contraceptivo, tendo, provavelmente,mais que qualquer outro avano cientficonesse campo, alterado os padres morais. Quero hormnio em questo seja estrognio ou pro-gesteronaquer uma combinao dos dois, aplula evita a ovulao - a extruso do vulo doovrio - e assim, mantm vulos e espermato-zidessem possibilidade de produzir a fertilizao.O alto grau de sucesso desse mtodo,junto com a facilidade de aquisio e administrao,tem feito com que seja aceitvel pelasconsumidoras, apesar de algumas contra-indi-caesmdicas quanto a seu uso.A plula da manh seguinte (controle denatalidade ps-coito), como o DIU, no temcomo objetivo o isolamento do espermatozidee do vulo, mas procura alterar, por meio douso de hormnios, a parede do tero para tornarimpossvel a implantao do vulo. Aquiento se aplicam as mesmas consideraes ticasque foram mencionadas para o dispositivointra-uterino.A plula contraceptiva, embora bastanteaceitvel nas sociedades afluentes e cultas, menos aceitvel num ambiente subdesenvolvidoe sem recursos por causa de seu custo eda necessidade de tempo exato de tomar durantevinte e oito dias consecutivos antes dealguns dias de descanso. O DIU, por sua vez, barato, geralmente s precisa de medio umavez, e est disponvel para as massas femininas.Essa vantagem apresenta um dilema cristopara os que vem seu valor como contraceptivopara as multides, contudo crem quedestri o produto da concepo com todo seupotencial de formao de um ser humano dirigidopara Deus.Q3 Waller O. Spitzer e Carlyle L. Saylor, org.. BirthCantrol and the Christian: A Protestant Symposiumon lhe Control of Human Reproduction, Wheaton,Tyndale, 1969.C. EVERETT KOOPCONTRATOS. Ver tambm tica Empresarial.A relao contratual antiga como ahistria humana. Os contratos (como tambmtratados, pactos, alianas e hipotecas) so mencionadosem muitos lugares nas Escrituras (Gn21.27; 24.31; 26.28,29; 31.50; ISm 11.1,2; Ne9.38; ] 0.1; Ez 17.12-20; Lc 6.34 entre outros).A quebra de contratos um dos pecados especificamentenomeados da lei mosaica (Nm30.2,4,12). Os exemplos maiores da tradiocontratual so a concordncia entre os parceirosno casamento humano (cujos detalhes soescritos pelos judeus ortodoxos no ketubat, umdocumento formal) e as alianas de Deus comIsrael e com os redimidos em Cristo.Legalmente, um contrato um acordo, feitasas consideraes valiosas suficientes, entredois ou mais lados, para realizar ou deixar derealizar um ato. As provises do contrato podemser especificadas por escrito ou podemser derivadas, sem documento escrito, de algumarelao j existente. O contrato ideal umacordo feito com a presena dos principaisparticipantes de uma transao. Basicamente,o contrato obriga cada lado a fazer o que fornecessrio e certo dentro da transao. Contudo,o contrato mais realista aquele que no 139. CONTRIO 140deixa nada ao acaso ou para a essencial boa fdos lados envolvidos. Ele detalha cuidadosamentecada possvel obrigao das partes dentroda transao. O conceito cristo da relaocontratual, seguindo as Escrituras, vai um passoalm dos detalhados compromissos contratuaispara um compromisso implcito de lealdadepessoal das partes do contrato, ainda queambas ou uma das pessoas no sejam crists.Dois enganos subvertem a confiana desejadaentre as partes contratantes: a falsa representaodos termos contratuais e a evasovoluntria de responsabilidades contratuais. Umaumento contnuo dessas formas de engano temabarrotado os tribunais, causando sria deterioraona qualidade da justia civil e uma crescentesuspeita geral dos motivos dos indivduose das organizaes empresariais (ver Fraudede Consumidor). bvio que o cristo dever cumprir integralmenteseus compromissos contratuais (lTs4.12). Contudo, surge um dilema quando a outraparte se recusa a cumprir as obrigaes docontrato. primeira vista, parece que a respostaest na pacincia exemplificada em Mateus5.39,40, mas isso difcil de se manterquando dessa falta resulta a perda de renda oude prestgio.BELDEN MENKUSCONTRIO. Ver Arrependimento.CONTROLE DE NATALIDADE. Vertambm Aborto, Contraceptivos, Esterilizao.No sentido mais amplo, o controle de natalidadeinclui qualquer ato ou aparelho que mantenhaseparadas duas pessoas de sexo opostoque tenham o potencial de procriar, qualquerato ou aparelho que torne a pessoa, o machoou fmea, incapaz de realizar a totalidade dafuno sexual, qualquer ato ou aparelho quemantenha separados os espermatozides e osvulos durante ou aps a relao sexual, e qualquerato ou aparelho que destrua o produto daconcepo (o zigoto formado pelos gametasmasculino e feminino), no obstante a idade doproduto de concepo.O contiole de natalidade deve se distinguirdo controle populacional (q.v.) em que o ltimopoderia se preocupar com a destruio deindivduos selecionados aps o nascimento eantes da morte natural.O cristo deve estar consciente da necessidadedo controle da reproduo humana nasfamlias, individualmente, assim como, tambm,em reas geogrficas, naes ou grupostnicos, luz da economia, da preveno desofrimento e da viso, em longo prazo, de suprimentoadequado de alimentao.A gravidez isolada, tambm, pode no serdesejada por indivduos, famlias, povos ou sociedadeem geral, por uma variedade de razes,que incluem desejo, economia, convenincia,gravidez resultante de estupro ou incesto, defeitogentico no feto, conhecido ou presumido, ourisco mdico para a gestante, real ou presumido.E coisa bsica nessa discusso a convicode que a relao sexual permitida somente dentrodo casamento. A tica crist de controle denatalidade baseada na viso bblica da santidadedo casamento e sua resultante vida familiar,na santidade da vida humana e na obrigao depreserv-la e, at certo ponto, na nossa compreensoda soberania de Deus. Como seres humanos,somos limitados pela lei moral de Deus,mas temos de reconhecer que ns vemos a leimoral por meio de olhos de homens pecadoresque precisam constantemente da direo do Esprito,enquanto tentamos compreender a Palavrade Deus na Escritura naquilo sobre o queno foi dado mandamento explcito.Para o cristo, h um dilema sempre queuma deciso tica tentada apenas com basena situao, quando os relacionamentos conjugaisesto em risco, quando o bem-estar de umagestante est em jogo, quando o produto concebido indesejado devido a estupro ou incesto,ou por defeitos congnitos fsicos ou mentaispresumidos. Para o no-cristo, o dilemapode no ser to grande, dependendo da sensibilidadede sua conscincia. Se a motivao decontracepo for certa (ou seja, em vista daresponsabilidade do homem diante de Deus), atcnica tambm correta.No se pode dizer o mesmo com respeitoao controle de natalidade, porque preciso quese leve em conta - pelo menos teoricamente - avida do produto da concepo. Os espermatozidese vulos no podem reproduzir a si mesmos;cada um tem metade do nmero total decromossomos das clulas do corpo que os produzem.Uma vez que esses dois gametas, espermatozidee vulo, tiverem se unido, formaroum zigoto com o complemento total de cromos 140. 141 CONTROLE POPULACIONALsomos. A no ser que algo destrua esse zigoto,ele se desenvolver em um ser humano; tem opotencial para a conscincia de Deus e para areproduo, e merece ser tratado de acordo como respeito cristo pela santidade da vida.O tamanho e o peso do feto que ir sobreviverso possveis de serem provados. O tempoem que o produto da concepo se toma emalma est aberto a conjecturas filosficas e no sujeito prova emprica.A abstinncia de relaes sexuais, a prticada tabelinha (ou seja, relaes somente naquelesdias em que no h probabilidade de umvulo a ser fertilizado) e o coito interrompido(retirada antes da ejaculao) so meios de controlede natalidade com riscos variados de falha,com o poder potencial de produzir discrdia nocasamento e de expor um ou ambos os parceiross tentaes de fora do casamento comosuprimento daquilo que no est sendo achadono casamento. A esterilizao como mtodoanticoncepcional est sujeita aos mesmos princpiosmorais que qualquer outra forma de contracepo.A vasectomia para homem quase nooferece risco, enquanto que a ligao de trompaspara a mulher um procedimento commaiores riscos e complicaes. Toda a esterilizaotem de ser vista como irrevogvel, umavez que existe essa possibilidade.Dos diversos chamados aparelhos e tcnicascontraceptivos, sejam barreiras mecnicas,lavagens qumicas ou hormonais, todas, a noser o dispositivo intra-uterino (DIU), evitamque o vulo e o espermatozide se unam. ODIU, porm, geralmente, impede a implantaode um vulo j fertilizado na parede uterina, e ,portanto, um ataque sobre o produto concebidoe no uma barreira contra a fertilizao. luz da tese j desenvolvida, o aborto adestruio da vida humana em potencial. Fazerum aborto a fim de preservar a vida da me(no, apenas, uma indicao psiquitrica in-conseqiiente)no uma contraveno. Em outrasocasies, a compaixo crist pode at trazer mente de algumas pessoas a possibilidadedo aborto, mas ataque criminoso santidadeda vida humana.Se soubermos amar como Jesus Cristo quisque amssemos, seriam desnecessrias as leispelas quais lutamos para estabelecer como di-retrizes.O cristo conhece a lei de Deus e procuraamar com o amor de Cristo.Numa poca em que a liberdade se tornalicenciosidade, o cristo deve tomar cuidadocom todas as suas decises, especialmente comrespeito inteno e boa conscincia.CQ Waller Spilzer e Carlyle L. Saylor, org., BirthControl and the Christian: a Protestant Symposiumon the Control of Human Reproduction, Wheaton,Tyndale, 1916.C. EVERETT KOOPCONTROLE POPULACIONAL. Vertambm Controle de Nascimento; Contracepo.A rpida expanso da populao mundialtem dado motivo para preocupao crescente.Em 1830, seu nmero montava em um bilhode pessoas; em 1930, eram dois bilhes; em1930, trs bilhes; em 1975, quatro bilhes eem 2002, seis bilhes.Junto superpopulao vem um aumentodos males sociais. As tcnicas necessrias desuprimento para as necessidades do homemno tm acompanhado a expanso da populao.Falta de alimentos, moradia, educao eassistncia mdica se tornam problemas pujantes.A superpopulao, a insuficincia demoradias, a falta de recursos sanitrios bsicoslevam difuso de doenas. A possibilidade dese vencer esses problemas dentro de um futuroprevisvel no muito otimista.A quantidade de alimentos deveria ser consideradaem relao qualidade dos alimentos.A desnutrio problema muito disseminado.Em alguns pases, at pessoas que recebemcalorias dirias suficientes esto doentes oumorrendo devido falta de protenas, vitaminase minerais. Crianas desnutridas sofrempermanente retardamento fsico e mental.Na segunda metade do sculo XX, quasemetade da populao adulta mundial era analfabeta.Algum progresso tem sido feito na erradicaodo analfabetismo, particularmente,no leste da sia e na Amrica Latina. Em muitospases, entretanto, cresce o analfabetismo.Embora tenha havido progresso em alguns pasesem desenvolvimento, um grande nmerodas crianas em idade escolar no est matriculadonas escolas.Ponto bsico em relao responsabilidadedo homem na criao de Deus a declaraobblica: Sede fecundos, multiplicai-vos, encheia terra e sujeitai-a (Gn 1.28). A histria 141. CONVERSO 142revela que o homem tem obtido maior sucessona multiplicao do que no domnio da terra.Ambos deveriam ser aceitos como parte significativado mandado da criao.Sujeitar a terra significa, pelo menos, que ohomem responsvel por mant-la sob controle.Juntando isso com a admoestao bblica deajudar as pessoas a viverem dignamente, pareceser necessria alguma forma de controle populacional.Alm disso, a magnitude do problemasugere que a responsabilidade do cristo vai almda ateno ao indivduo, ao suporte de gruposorganizacionais, incluindo programas nacionaise internacionais. No entanto, a pesada demandade bens essenciais, cada vez mais insuficientes,empobrece a vida e poder levar regulao docomportamento da sociedade. Assim, outrosdireitos inalienveis considerados necessriospara se compartilhar o evangelho e ter umavida plena podero ser perdidos.LLOYDA. KALLANDCONVERSO. No seu sentido mais geral,a converso significa tornar de um uso paraoutro, de uma f para outra forma de crena. Nosentido bblico, deriva do conceito de voltar atrs(hebraico: shub, gr.v. anastrepho, n. anastro-phe),usado geralmente em relao ao estadoespiritual e moral. O substantivo aparece somenteuma vez no NT com referncia conversodos gentios (At 15.3), mas o verbo em diversasocasies empregado para descrever amudana inicial de atitude e vontade que leva oshomens para uma relao com Deus. A descriomais completa ocorre nas palavras ditas aSaulo de Tarso em sua prpria converso: Paraabrir os seus olhos, para que tomem das trevaspara a luz e do poder de Satans para Deus, afim de que eles recebam a remisso dos pecadose uma herana entre aqueles que em mim sosantificados pela f (At 26.18). Uma declaraosemelhante aparece nas epstolas paulinas:vos convertestes dos dolos ao Deus vivo, paraservir um Deus vivo e verdadeiro, e aguardar avinda do Filho dos cus (lTs 1.9,10). A conversoenvolve uma renncia dos maus atos edo falso culto, uma entrada num novo relacionamentocom Deus, o perdo dos pecados, e aperspectiva de um lugar entre o povo de Deus.Aliados ntimos do conceito de converso,esto o arrependimento (q.v.) e a f (q.v.), asatitudes ntgatvas e positivas implcitas namudana do relacionamento. A converso envolveprofunda insatisfao moral com o statuse as crenas existentes da pessoa que motivauma reviravolta para outra posio, comotambm confiana de que a nova posio quese toma ser mais racional e mais satisfatria.A converso no mera troca superficial de umconjunto de crenas por outro, ou de um modelode comportamento por outro; mas, no maisprofundo sentido cristo, tem de ser uma voltade todo o corao para Deus.O aspecto interior da converso definidopelo novo nascimento (Jo 3.3-8), uma transformaoto radical de mente, emoes e vontadeque s pode ser descrita pela figura donascimento para uma nova vida. Como o bebentra no mundo fsico com uma existncia totalmentenova e cresce numa nova experincia,assim tambm a converso, neste sentido, um novo comeo em relao a Deus. A regenerao o ato divino que inicia e ocorre juntamentecom a converso.O evento da converso pode ser diferentede um indivduo para outro. Saulo de Tarsoteve uma converso repentina e radical; a conversode Ldia (At 16.14,15) parece ter sidofcil e voluntria. Em todos os exemplos bblicos,porm, a converso foi marcada por umcompromisso definitivo com os mandamentose o programa de Deus, e por clara transformaode atitude e direo de vida.MERRIL C. TENNEYCONVICO (de pecado). O CatecismoMenor de Westminster afirma que a convicodo pecado obra do Esprito Santo e oprimeiro passo para a salvao (P. 30). Com aconscincia despertada, o cristo experimentarepetidas vezes a convico de pecados cometidosaps sua converso.O AT oferece muitos exemplos de convicode pecado, sendo o mais conhecido o arrependimentode Davi aps o dedo acusador deNat. Os salmos penitenciais de Davi, especialmenteo 32 e o 51, atestam a profundidade desua convico.No ritual do Antigo Testamento, as ofertaspelos pecados e pelas transgresses foram ordenadasespecialmente para expressar a confissopessoal (q.v.) do pecado. No dia anual de expiao,o sumo sacerdote, representando todaIsrael, fazia uma confisso geral dos pecados da 142. 143 COOPERAO ECLESISTICAnao sobre a cabea do bode expiatrio que ento,simbolicamente, os levava embora (Lv 16.21 -22). A carta aos Hebreus, claramente, aponta paraCristo como aquele que foi simbolizado pelosbodes da oferta pelo pecado (Hb 13.11-13).Cristo conduziu a mulher samaritana convicodo pecado e, por meio disso, a ele mesmo(Jo 4.17,29). Seu ensino inclua, regularmente,a repreenso do pecado, deveria produzirconvico em seus ouvintes (Jo 8.24, 44;Mt 21.33-45). Em Pentecostes, a multido reunidafoi tocada no corao por seu pecadocontra Cristo e muitos se arrependeram para asalvao (At 2.37).Existe um remorso (q.v.). pelo pecado que,embora semelhante convico, no leva aoarrependimento e f. Caim e Judas ficaramtristes pelo que fizeram. Flix tremeu com apregao de Paulo (At 24.25), mas no teveconvico suficientemente profunda para faz-lobuscar o Cristo de Paulo.Muitos esforos tm sido feitos para descartarda teologia a convico do pecado. Aidia de Bushnell sobre a educao crist minimizavasua necessidade: que a criana adequadamenteeducada cresceria normalmente na experinciacrist. Edward S. Ames, em seu livroPsychology of Religious Experience (Boston,Houghton & Mifflin, 1910, ps.258ss.), equi-paravaa convico do pecado s experinciaspsicolgicas de perplexidade e tenso subjeti-va.Tais autores pensam na convico do pecadocomo produto de fatores internos e no causadopelo Esprito Santo nem necessrio parauma vida emocional saudvel. Alguns chegama considerar nociva a idia de pecado. verdade, claro, que a convico no deixade ser um estado psicolgico assim como o a fsincera, Mas a Bblia fundamenta a convico dopecado como experincia bsica na qual o pecadorest profundamente cnscio de que transgrediua lei de Deus e, por isso, culpado. Depoisque se experimenta o perdo de Deus emCristo, uma atitude de convico, confisso econfiana continua atravs de toda a vida crist.R. LAIRD HARRISCOOPERAO ECLESISTICA. Vertambm Separao Eclesistica. A cooperaoentre cristos individuais nas congregaes, agnciase comunidades especializadas, e a cooperaoentre esses mesmos grupos so, em princpio,amplamente divulgadas mas, na prtica, grande a discordncia quanto a formas, a limitese a mtodos. Mesmo onde h concordncia, suaimplementao incompleta.A Bblia ensina que h somente uma igreja,o corpo de Cristo, na qual todos os cristosforam inseridos por Deus (Ef 1.22,23; 2.15,16;4.4-6). A Bblia v todos os verdadeiros cristosem cada lugar e cooperando globalmentecomo partes de um corpo, com funes e estilosdistintos (ICo 12.12-26). Quando os membrosdo corpo funcionarem sem a devida cooperao,esse corpo estar doente, deficiente oumorto. Uma grande falha tica dos cristos suademonstrao inadequada da cooperao comocorpo, pela qual Jesus orou para que o mundocreia que ele foi enviado do Pai (Jo 17.21).Reconhecendo sua importncia, a maioriados cristos apostlicos buscou cooperar atravsda liderana de bispos, um para cada local.As resolues de disputas episcopais foramtentadas por conclios ou pelo papa. Mas oresultado foi a criao de bispados e papasrivais. O episcopado nunca atingiu um grau decooperao verdadeira e, at mesmo, a temimpedido por meio de associaes polticas.Alm disso, os evanglicos crem que muitosbispos que reivindicam a doutrina da sucessoapostlica, como tambm muitos atuantes nomovimento ecumnico, no tm se conformadocom a doutrina dos apstolos e, portanto,no so autnticos lderes eclesisticos. O episcopado,pelo menos, procurou demonstrar umacooperao visvel aos no-cristos. Com o desenvolvimentodo protestantismo, at mesmoessa tentativa foi abandonada.Durante dezesseis sculos, a maioria doscristos acreditava que poderia haver somenteuma expresso organizada da igreja em cadalugar. O conceito de denominacionalismo surgiuquando diversos grupos, embora organizadosindependentemente em toda a Inglaterra,reconheceram um ao outro como irmos.Cada denominao dizia que tinha a tradiomais bblica, mas jamais que fosse a nicaexpresso da igreja (ao contrrio do que fazemas seitas). Como condies para seus membros,as denominaes colocavam padres ticos edoutrinrios mais restritos do que sua prpriadefinio de igreja. Isso foi um impedimento cooperao de todos os cristos, em suas devidasfunes, como partes de um s corpo. 143. CORAGEM 144As denominaes tm facilitado a cooperaoentre congregaes distantes, mas tm fugido plena cooperao entre as congregaesvizinhas. A inevitabilidade da existncia de denominaespode ser explicada histrica, sociolgicae psicologicamente, mas sua existnciano pode ser justificada biblicamente. A discrdiana igreja de Corinto foi severamente censurada(1 Co 1.10-13). Paulo enfatizou, gravemente,que todas as raas e classes so espiritualmenteunidas em Cristo (Cl 3.11). O argumentode que as denominaes so como divises dentrodo exrcito s se aplicaria se os esquadreslutassem de modo interagente, conquanto atendessema comandantes no coordenados.Quanto for possvel, as pessoas e os gruposcristos devem receber em pensamento,palavra e atos todos os demais a quem denominamde irmos, e no apenas aqueles que partilhamexatamente do mesmo ponto de vista especfico,at mesmo no assunto de cooperao.A resposta dos corntios s faces de Pauloe de Apoio no foi de Cristo, mas a atitudesomos todos um em Cristo. As doutrinas eprticas fundamentais que consideramos separadorasde cristos e no-cristos devem ser claramentedistintas das doutrinas secundrias emque os cristos no concordam. A cooperaodever comear sempre que se encontrar algumaconcordncia, no esperando que haja concordnciacompleta em tudo. Especialmente emtempos de avivamento e de perseguio, e nosministrios no denominacionais especializados,prevalecem tais atitudes. A cooperaopoderia ser mais permanente e generalizada seos cristos estivessem realmente se esforandopara manter a unidade, tendo pacincia unscom os outros em amor (Ef 4.3,2). Enquantoisso, Deus trabalha pacientemente nas ocorrnciasde expresses inadequadas de cooperao,enquanto nos conclama, por sua Palavra, a umaobedincia mais plena.DONALD TINDERCORAGEM. Juntamente com sabedoria,justia e temperana, a coragem (andreia) faziaparte das quatro virtudes cardeais dos gregos(Sabedoria 8.7). Definindo a coragem comocapacidade de agir racionalmente em face domedo, os filsofos gregos procuravam indicaras coisas dignas de ser temidas. Enquanto acoragem do soldado era o exemplo mais destacadode coragem, a fim de que tenha valor tico,a coragem ter de se originar da escolhadaquilo que nobre e no apenas por meio dafora fsica ou pela ignorncia da realidade doperigo. O exemplo dado por Scrates ao escolhera morte desafiou o mundo grego a aceitartambm o conceito da coragem de sabedoria.Enquanto valorizavam e louvavam o guerreiro,os hebreus valorizavam a coragem moralgerada por confiana em Deus: Esperai no Senhore sede fortes (SI 27.14). O mrtir preferiaa morte a ser infiel sua f (I Macabeus 2.21,22).Ainda que a palavra andreia no ocorra noNovo Testamento e o verbo correspondenteandrizomai seja usado apenas uma vez (ICo16.13), tharsos traduzido como coragem (At28.15) e o cristo conclamado a ficar firme. Acovardia est entre os pecados mortais (Ap21.8). O cristo poder ter bom nimo (coragem)por meio da f no Deus que soberanosobre o mundo e em Jesus, o qual, ao vencer amorte, venceu o maior dos medos humanos.No somente a coragem do mrtir, o qual fielat morte (Ap 7.14), dever ser idealizada,mas, tambm, a coragem moral daquele que estseguindo ao Senhor (Hb 12.2) sem desanimarcom as tribulaes, suportando voluntariamentea dor e a tentao.JACK P. LEWISCORPO. Ver tambm Asceticismo, Besti-alismo,Jejum, Glutonaria, Ressurreio. Ocorpo do homem uma maravilhosa criao deDeus, dotado pelo Criador de incontveis donse por ele elevado acima de todas as demais criaturas.Em seu estado original, o homem eramuito bom, livre de pecado e de suas consequncias,capaz de viver na presena do Deussanto, possuidor de imortalidade. Como consequnciada Queda, porm, o pecado permeou ecorrompeu todas as reas da natureza humana.O corpo humano ficou sujeito ao sofrimento,s fraquezas de vrias espcies e, finalmente, morte. O ser fsico do homem, porm, no intrinsecamente mau nem inseparavelmente ligadoao pecado. Conquanto o termo carne(basar, sarx) em ambos os Testamentos possadenotar o homem em sua fragilidade, em distinoda essncia divina, em nenhum lugar as Escriturassugerem que o corpo do homem em simesmo seja mau, aprisionando a alma e rebaixando-a ao pecado. Quando Paulo descreve a 144. 145 COSTUMEcarne como sendo totalmente corrupta e continuamenteem guerra contra o esprito (G15.17ss.), no est se referindo ao ser fsico humanoe sim sua natureza humana cada.A Bblia fala do homem como uma totalidadee como tendo uma natureza dicotomista,um ser composto de corpo e alma que operamem harmonia to prxima que so concebidascomo um s. John Gerhard diz:Na vida eles (corpo e alma) esto ligadosum ao outro pelo ser mais ntimo de onde osafetos e sofrimentos da alma transbordam parao corpo; a alma nada faz fora do corpo, nem ocorpo faz qualquer coisa independente da alma.(JLoci Theologici xvii, 149).Contudo, ao descrever morte e ressurreio,a Bblia sugere a dicotomia do homem.Chama a morte de partida da alma (Gn 35.18),um despir do corpo (1 Pe 1.14), perecer do corpomas no da alma (Mt 10.28), uma volta doesprito para Deus (Ec 12.7; Lc 23.46), umacondio na qual o corpo est separado do esprito(Tg 2.26; 2 Co 5.8). As Escrituras geralmentedescrevem a ressurreio como o levantardo corpo (Is 26.10; F1 3.21; ICo 15.44).Hermam Dooyeweerd, numa apostila nopublicada (The theory of man in the Philoso-phyof the Law Idea), argumenta que o homem um ser uno, nem dicotmico nem tricotmico,e que o corpo a expresso temporal da alma. Ofato de que corpo e alma se separam na morteprova que h essa unidade, sem a qual impera amorte. (Dados atualizados por W.M.G).Embora o corpo ressurreto seja de naturezaespiritual (ICo 15.44), isso no implica, necessariamente,uma existncia no-material e no-fsica.O corpo de Cristo aps sua ressurreiotinha carne e ossos que podiam ser reconhecidose tocados (Lc 24.39) e em sua segunda vinda,Cristo transformar nossos corpos corruptveispara que sejam como o seu corpo incorruptvele glorioso (F1 3.21). Os mortos serorestaurados vida, mas com novos atributos:imortalidade, glria, liberdade das fraquezas fsicas,da tristeza e das limitaes terrenas (Lc20.36; Dn 12.3; ICo 15.41 e seguintes).CO Alexander Heidel, The Gilgame.ih Epic and the OldTestament Parallels, Chicago, University of Chicago,1946; J.A. Schep, The Nature o f the RessurrectionBody, Grand Rapids, Eerdmans, 104.HOWARD W. TEPKERCORTESIA. A cortesia tem a ver com asamabilidades e o decoro que acompanham osbons modos na sociedade. A cortesia, conformea conhecemos na sociedade ocidental, vem demodelos de gentileza incorporados corte deProvenal no sculo onze pelas poucas mulheresali, que marcavam o tom do que era adequadocomo hbito de companheirismo decente paraa multido de homens que havia ao seu redor.Uma antiga tradio pag considerava sagradauma hospitalidade bsica e o respeito pelo visitanteestrangeiro. O costume oriental no-cris-tomantinha, de modo bem detalhado, as cortesiassociais (como o servio de ch, as amenidadesda conversao). Mas somente na sociedadefeudal imitativa das cortes, onde existiuum grmen de cavalheirismo (q.v.) protetor doshomens em relao s mulheres, foi que a etiquetase diferenciou, pela primeira vez, comocdigo ou norma especfica para as relaessociais. A cortesia primeiramente questo decostume social - o uso no formalizado, difusoe integrador que determinada comunidade assumepara a interao pessoal - e no um item dedimenses estritamente ticas. (A moral - ouseja, decises ticas - no sero consideradasnormas por muito tempo, enquanto os costumes- as prticas sociais - forem vistos apenascomo convenes arbitrrias e no como normasfeitas por homens para uma atividade humanadiferente, mas complementar). A cortesiae a tecedura do civismo do ocidente cristianizado,hoje, esto se desmoronando porque se tornaramrotinas falsas que tentam substituir oslaos ticos, sem que tenham o nimo cristo(uma alma crist) original. Se a cortesia de hojeem dia no for fundamentada numa ampla renovaode modos bblicos perspicazes, a prticalibertadora de se elogiar com autenticidade e dese amar o prximo, que observamos na histria,tomar-se- parecida com os hbitos de um clou com o protocolo de presso social determinadopela vontade tirana da maioria.CALVIN G. SEERVELDCOSTUME. Ver tambm Conformidade;Moralidade Convencional; Tradio. Geralmente,este termo se refere aos modelos de hbitosou usos habituais de um indivduo ou de umgrupo social. Os costumes do indivduo ou dogrupo social refletem, de modo geral, os valoresque eles tm, e so um poderoso meio de incul 145. CRDITO 146car, pelo menos, o respeito externo por essesmesmos valores. Assim, o jovem Jesus, comoera de costume, foi sinagoga no dia de sbado(Lc 4.16). O costume de observncia religiosaregular tende a fortalecer os valores. O desviodos costumes de um grupo social poder resultarem presses sociais e, em casos extremos,em ostracismo social. Sendo instituies sociais,as igrejas geram costumes de diversos tipos.Por exemplo, o costume de se realizar dois cultosaos domingos, de o pastor usar toga (ou nousar toga), ou de os homens usarem temo e gravatanos cultos, etc. Os costumes podem serconsiderados moralmente bons ou maus. O NTreconhece isso ao lidar com os costumes (cf. Lc1.9; Jo 18.39; At 16.21; ICo 11.16). O padrocristo para avaliao do costume a revelaode Deus. Mas o reconhecimento desse padromximo nem sempre produz concordncia entreos cristos. Ser que o costume de lavar osps deveria ser seguido hoje?Nas sociedades pr-modemas, os costumesdo grupo eram, muitas vezes, vistos como divinamentesancionados; desse modo, violar umcostume da tribo seria incorrer na ira dos deuses.O costume era tambm visto, nas sociedadescrists pr-modemas, como sendo uma leino escrita. Os cdigos legais das tribos germnicaseram, basicamente, de costumes codificados.Nos tempos medievais, a lei feudal costumeiraera altamente respeitada. A lei inglesa(e, portanto, a norte-americana) essencialmentebaseada na lei comum ou consuetudinrio,a qual, por longo tempo, no foi escrita. Existe,portanto, importante tradio de leis como essencialmentebaseadas no costume em vez debaseadas nos atos legislativos (cf. os conflitosdo final da Idade Mdia e do comeo da eramoderna entre o direito consuetudinrio germnicoe o direito prescritivo romano).O costume pode ser visto como a melhorfonte da lei, pois representa os padres de aodesejados pela comunidade. Essa atitude temparalelo na histria religiosa; assim, por exemplo,a nfase judaica dos rabinos sobre os costumesreligiosos como sendo leis no escritas; osantigos crentes russos cismticos e sua insistnciasobre a sano divina para os costumes religiosostradicionais em detrimento das reformasimpostas pela igreja; o respeito do catolicismoromano pelos costumes religiosos como sendo,em certo sentido, dados por Deus. A lei cannicacatlica ainda considera os costumes religiososlocais como obrigatrios sob certas condies(basicamente, o costume dever ser compatvelcom a lei cannica e seguido h muitotempo pela comunidade), e v o Esprito Santoformando e operando por meio dos costumes,tradies e usos da igreja romana. Os reformadosobjetaram nfase do catolicismo medievalna validade dos costumes e insistiram que todosos costumes e tradies deveriam ser testadospela Palavra de Deus (a qual deixa algumas questessem soluo, por exemplo: um costumeno mencionado na Bblia deveria ser seguido ouno?) (cf. Adiforo).DIRK JELLEMACRDITO. Ver tambm Dvida; Usura.Na relao de crdito, o credor obtm algumcontrole sobre o devedor. O uso errado do podersobre outro sempre um srio erro moral.Nos tempos do Antigo Testamento, os emprstimosno eram de cunho comercial, mas tinhama inteno de aliviar a pobreza. O credordeveria suspender a exigncia de pagamento todoano sabtico (Dt 15.2). No poderia, sob circunstncianenhuma, exercer usura em relaoao pobre (x 22.25). Alm do mais, o credorpodia ser moralmente obrigado a emprestar emcircunstncias de necessidade. A posio cristpreferida, claro, dar, e no emprestar, quelesque esto em apuros financeiros.As atitudes pessoais quanto a dvidas foramliberalizadas pelo conceito que prometealtos nveis de demanda por meio do crditoexpandido que contribui para a prosperidadeeconmica, a inveno de novos instrumentosde crdito e o exemplo do governo em relao agastos deficitrios. Muitos consumidores, hoje,financiam sem reservas morais suas viagensinternacionais e outros gastos no essenciaismediante contratos de dvidas. Processos porno pagamento se multiplicam nos tribunais.Cartes de crdito internacional, convenientepara muitas pessoas, tm se tornado causa defalncia. (Seria possvel para um governo totalitrioutilizar um carto de crdito nacional emlugar de dinheiro para controlar seus cidados).O crdito do consumidor tem feito abaixar opreo de alguns bens, permitindo economiasde produo em massa; tem possibilitado quefamlias jovens gozem, antecipadamente, debens durveis; e tem redirecionado os ganhos 146. 147 CREMAOda famlia, em alguns casos, para bens no desejadospor meio de uma economia foradapelas prestaes mensais. Muitas famlias, escolase igrejas, assim, tm hipotecado sua rendafutura e reduzido o presente poder de comprapor causa dos altos juros cobrados.O crdito toma-se a base de uma economiacapitalista porque permite a compra e a distribuioantes que os compradores ltimos paguempelos bens adquiridos. O capital de crditopermite crescimento e inovao econmica.Permite aos governos exercerem controle limitadosobre o desemprego e a inflao, controlandoo suprimento do dinheiro. Fornecendo inje-esde capital, as economias avanadas podemcriar efeitos de expanso mltipla nas naesmais pobres, onde existe sobra, pouco acima dasubsistncia bsica. Sempre que se goza de umaposio favorvel e se tomam evidentes as necessidadesdos menos favorecidos, h uma oportunidadepara a assistncia crist.WALTER P. GORMAN IIICREDULIDADE. A credulidade ou crenafcil , muitas vezes, atribuda a pessoaspobres e ou a trabalhadores do campo, semformao. Aqueles que passaram algum tempoem universidades modernas esto bem conscientesde que a geografia e o poder aquisitivono so os fatores determinantes, ainda queinfluentes. Em todo lugar, em todo ajuntamentomvel de seres humanos, poder ser encontradoo orgulho da dvida ou do cepticismo.Na verdade, os acadmicos contemporneos,em seus novos jogo-de-palavras, apenas revivemum cepticismo prevalecente em 4 e 5a.C. Alguns metafsicos, filsofos, etlogos elinguistas atuais se assemelham aos no-cogni-tivistase relativistas, como Grgias, que dizia:Nada existe; se existisse, no poderamos conhec-lo; se pudssemos conhec-lo, no opoderamos comunicar.Eric Hoffer observa que o homem comumdiscerne, com surpreendente percepo, os exagerose as falcias do crdulo mundo acadmico.O homem comum no pode aceitar a velhaf de nossos pais, mas acredita que algumaespcie de teologia religiosa humanamentemais satisfatria do que a teologia donaturalista(Gustav Weigel, The Modern God,Nova York, Macmillan, 1959, p. 34). Pais sofisticados(palavra derivada dos sofistas pr-socrticos),influenciados pela descrena modernano sobrenatural, s vezes, acham crdulasas crenas bblicas de seus filhos, enquantomuitos filhos acham ingnuo o cepticismo fcilusado como marca de maturidade por esses pais.Muitos crdulos modernos simplesmenteaceitam a idia de que possa haver uma sociedadesem normas. Esse ponto de vista, aparentementeincuo, est na raiz da maioria das tensesticas em todos os termos do pensamentoatual. atraente porque a filosofia de HughHefner (diretor da revista Playboy) verbalizadaem contextos diversos. Enquanto no seja novo(cf. Gn 3.6; Pv 14.15), uma expresso atual dasurpreendente credulidade do homem.WALTER H. JOHNSONCREMAO. Ver tambm Sepultamen-to.Esta uma de trs maneiras pelas quais ohomem dispe de seus mortos, sendo as outraso enterro e a exposio s aves de rapina.Na tradio bblica, a cremao somente eraconhecida como um mtodo excepcional, ocasionadopor circunstncias raras (por exemplo,1 Samuel 31.12, onde os homens de Jabes-Gileade queimaram os corpos de Saul e seusfilhos para evitar a profanao nas mos dosfilisteus) ou por condies severas, como naexecuo criminosa (Gn 38.24; Lv 20.14; 21.9;Js 7.15,25). Vemos em Ams 2.1 o horror comque a cremao era, normalmente, vista, quandoa queima dos ossos do rei de Edom foi tratadacomo um ultraje porque seus inimigosmoabitas pareciam continuar sua vingana atao mundo dos mortos.A cremao, como mtodo de disposiodos mortos, no mencionada no Novo Testamento,sendo a nica exceo uma leitura variantedo texto de 1 Corntios 13.3. Mas, mesmoaqui, refere-se morte por meio do martrio eno por meio da cremao. Os pais da igrejapreferiam o antigo e melhor costume de enterrarna terra (Minucius Felix, Octavius, 34,escrito no comeo do terceiro sculo) cremaopraticada no mundo romano. A crena cristna ressurreio do corpo era forte impedimentopara a adoo desse mtodo. Tambm, aassociao com o fogo era muito prxima dalembrana de que os mpios sero punidos pelofogo do infemo. O desgosto pela cremao prevaleceuna Europa atravs da Idade Mdia atao sculo dezenove. 147. CRIANAS 148Em 1874, foi conclamado um congressoem Milo, na Itlia, para discutir as implicaeslegais, higinicas e religiosas da cremao.No mesmo ano, na Inglaterra, foi formada umasociedade que defendia esse mtodo de disposiofunerria, mas que enfrentou oposio.Nos Estados Unidos, o primeiro crematriofoi construdo em 1876. No sculo vinte, a prticaganhou aceitao popular por causa, principalmente,de mtodos mais avanados (comoo uso de gs e eletricidade), por causa do ambientemais digno dos crematrios e por causa dofator econmico relacionado escassez de terrenospara enterrar nos populosos pases europeus.Do ponto de vista cristo, a esperanada ressurreio no exige uma identidade literalentre o corpo do morto e seu corpo espiritual(ICo 15.42-45). Isso tornou mais aceitvela cremao entre os cristos.No budismo, como tambm entre os hindus,a cremao uma forma normal de se dispordos mortos, e em terras predominantementebudistas (no Sudeste Asitico, por exemplo), o mtodo ainda mais usual. As condies climticase as crenas religiosas contribuem parasua aceitao.03 A Dictionary of Comparative Religion, S. G. F.Brandon, org. Nova York, Scribner, 1970.RALPH P. MARTINCRIANAS. Ver tambm Adoo; Famlia;Casamento; rfos; Procriao. A ticacrist prossegue considerando o alto valor dascrianas demonstrado no Antigo Testamento emque, desde Gnesis 4 e atravs de toda a histriahebraica, a famlia com filhos era a principalunidade da sociedade. Os filhos so herana doSenhor... feliz o homem que enche deles suaaljava (SI 127.3,5). O autor de Provrbios comentasobre a criao de filhos: Ensina a crianano caminho em que deve andar, e quando forvelho, no se desviar dele (22.6). O AntigoTestamento conferia grande importncia ao bem-estare educao da criana. Os pais eram conclamadosa ensinar diligentemente a vossos filhosos mandamentos do Senhor (Dt 6.7). Osfilhos eram exortados no mandamento: Honraa teu pai e a tua me(x 20.12).O Novo Testamento tambm estima as crianascomo presente de Deus. Jesus reforouas atitudes do