Didatica Geral

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    DiDtica geral

    Nenhuma avaliao d resultados absolutos, mas informaes sobre O QUE E COMO o aluno aprendeu. E A FUNO DA AVALIAO diagnosticar o PROCESSO DE APRENDIZAGEM, no a capacidade do aluno.

    ...avalia de verdade quem pondera, quem examina o aluno e suas circunstncias, quem, pelos caminhos dos contedos, aprende significaes e transfere solues, quem descobre a distncia verdadeira entre o que se sabia e o que se aprendeu; quem, enfim, sabe descobrir a zona de desenvolvimento proximal do aluno e por ela medita sobre suas conquistas.

    Celso AntunesDisponvel em: . Acesso em: 16 out. 2010.

    .

    Para saber mais:

    PACHECO, Clecia. Aspectos tericos da avaliao no processo de ensino e aprendizagem. Disponvel em: Acesso em: 26 out. 2010.

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  • AULA 22

    Componentes do processo ensino-aprendizagem:

    avaliao diagnstica, formativa e somativa

    Objetivo

    Apresentar as funes e os objetivos da avaliao diagnstica, formativa e somativa .

    Ol!

    Conforme estudamos na Aula anterior, no processo de ensino e aprendizagem a avaliao tem como objetivo investigar o nvel de aprendizagem dos alunos e identificar se o conhecimento foi assimilado.

    Para que possamos aplicar uma avaliao importante que saibamos qual objetivo desejamos obter com aquela avaliao e qual a sua funo.

    Ento, hoje vamos conhecer as modalidades de avaliao no processo de ensino e aprendizagem, suas funes e modelos de suas aplicabilidades, que tm bases em estudos de Bloom, Hastings e Mandaus (1983), porm com as ponderaes realizadas por importantes educadores como Luckesi (2005).

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    DiDtica geral

    AVALIAO DIAGNSTICA

    realizada no incio da unidade de ensino

    Funo

    Verificar o conhecimento prvio

    objetivo

    Verificar se os alunos possuem os conhecimentos e habilidades para iniciarem novas aprendizagens e as possveis causas de dificuldades recorrentes da

    aprendizagem.

    AVALIAO FORMATIVA

    realizada durante todo o decorrer do perodo letivo

    Funo

    Reguladora ou controladora

    objetivo

    Verificar se os alunos esto atingindo os objetivos previstos e quais os resultados alcanados durante o desenvolvimento das atividades.

    Esta modalidade de avaliao no se traduz em nota. Tratase de um feedback para o aluno e para o professor, medida que tambm lhe permite identificar deficincias na sua forma de

    ensinar, possibilitandolhe aperfeioar suas prticas didticas.

    Contudo, Luckesi (2005, p. 82) pondera que a avaliao diagnstica no existe como uma forma solta isolada. condio de sua existncia e articulao com uma concepo pedaggica progressista.

    Goldberg (1978, p. 15) argumenta que a avaliao educacional o processo de coletar, analisar e interpretar evidncias relativas eficcia e eficincia de programas educacionais.

    Perrenoud (2002, p. 103) considera que a avaliao formativa toda avaliao que ajuda o aluno a aprender e a se desenvolver, ou melhor, que participa da regulao das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo".

    Usei meu computador topo de gama,uma impressora laser, papel de qualidade...e mesmo assim tive um 9 no meu trabalho.

    Disponvel em: . Acessado em: 29 out. 2010.

    Disponvel em: . Acesso em: 29 out. 2010.

    Cipriano Luckesi

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    aUla 22

    AVALIAO SOMATIVA

    geralmente realizada no final de um perodo letivo ou de uma unidade de ensino.

    Funo

    Classificatria

    objetivo

    Classificar os alunos de acordo com nveis de aproveitamento, tendo em vista sua promoo de uma srie para outra, ou de um grau para outro.

    Atualmente, com a adoo dos Parmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental PCNEF (1998), alm da prtica interdisciplinar, essa avaliao passa a ser realizada durante todo o perodo letivo, servindo como referncia para a avaliao formativa.

    Para contextualizar:

    Assista ao vdeo sobre o papel da avaliao na aprendizagem. Neste vdeo, h uma abordagem sobre por que e para que avaliamos, sobre o que e como avaliamos, assim como sobre a maneira de ensinar os alunos a se avaliar como uma das tarefas que mais podem enriquecer o trabalho educativo. Disponvel em: .

    Rabelo (1998, p. 72) diz que: A avaliao somativa normalmente uma avaliao pontual, j que, habitualmente, acontece no final de uma unidade de ensino, de curso, um ciclo ou um bimestre etc. sempre tratando de determinar o grau de domnio de alguns objetivos previamente estabelecidos.

    Para voc refletir:

    Fazse necessrio rever nossas prticas pedaggicas e, consequentemente, as concepes e prticas de avaliao?

    A avaliao continua sendo utilizada como ferramenta de punio e submisso?

    Voc, como aprendiz, tem produzido durante o seu cotidiano escolar diversos conhecimentos que o levaro a uma avaliao posteriormente. Desta maneira, voc acredita que a avaliao continua sendo utilizada como ferramenta de punio e submisso? .

    .

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  • AULA 23

    Componentes do processo ensino-aprendizagem:

    planejamento do processo de ensino

    Objetivo

    Definir as intenes educativas que presidem o Planejamento de Ensino .

    Ol!

    Nesta Aula, tomaremos como referncia as anlises de Libneo (1992) e Vasconcellos (1995), sobre o assunto Planejamento, caro, porque essencial, ao trabalho docente.

    Voc sabia que o PLANEJAMENTO DE ENSINO consiste em traduzir, em termos mais concretos e operacionais, o que o professor far em sala de aula, para conduzir os alunos a alcanar os objetivos propostos?

    .

    .

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    DiDtica geral

    O QUE PLANEJAMENTO ESCOLAR

    O Planejamento uma antecipao mental de uma ao que ser realizada. fazer o plano (planejar). Buscar fazer algo por meio de um trabalho de preparao, articulando mtodos, atravs de um processo de reflexo, para uma tomada de deciso, direcionada para a finalidade pensada. De acordo com Libneo (1992, p. 222), uma tarefa docente que inclui tanto a previso das atividades didticas em termos da sua organizao e coordenao em face dos objetivos propostos, quanto a sua reviso e adequao no decorrer do processo de ensino.

    O real passa a ser comandado pelo ideal. O Planejamento um meio de programar as aes docentes, mas tambm promove uma abertura para a pesquisa e a reflexo conectada avaliao. Traz, como condio, que haja um conhecimento sobre os processos da dinmica interna de ensinoaprendizagem, e tambm externa, no que se refere s determinaes para a sua realizao.

    A IMPORTNCIA DO PLANEJAMENTO

    O Planejamento Escolar exerce vrias funes. De acordo com Libneo (1992, p. 223) so elas:

    Explicitar princpios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente;

    Expressar os vnculos entre o posicionamento filosfico, polticopedaggico e profissional e as aes efetivas que o professor ir realizar na sala de aula;

    Assegurar a racionalizao, organizao e coordenao do trabalho docente;

    Prever objetivos, contedos e mtodos, a partir da considerao das exigncias postas pela realidade social, no mbito de preparo e das condies socioculturais e individuais dos alunos;

    Assegurar a unidade e coerncia do trabalho docente;

    Atualizar o contedo do plano sempre que revisto;

    Facilitar a preparao das aulas.

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    DIMENSES E CARACTERSTICAS DO PLANEJAMENTO

    TIPOS DE PLANEJAMENTO (Vasconcellos, 1995)

    O Planejamento envolve trs dimenses: ao, finalidade e realidade. uma mediao tericometodolgica para a ao consciente. De acordo com Vasconcellos (1995), o Planejamento tem como finalidade fazer acontecer e estabelece condies de espao e tempo, materiais e disposio.

    As relaes entre as dimenses devem ser dialticas, vinculadas prxis (articulao da reflexo com a ao, da teoria com a prtica). As significaes e a problematizao tambm devem estar presentes em toda ao, pois so requisitos bsicos para a prtica docente.

    Distino entre Planejamento e Plano

    O Planejamento o processo de reflexo para se tomar uma deciso; ele permanente. J o Plano produto, aquilo que pode ser explicitado em forma de registro, que provisrio. O Plano um guia de orientao, deve ter uma ordem sequencial, progressiva, para que alcance seus objetivos, ou seja, ele deve ter objetividade e flexibilidade, bem como possuir coerncia. (Vasconcellos, 1995)

    Planejamento na escola

    O Planejamento na escola diferenciado, de acordo com o contexto sciopolticoeconmicocultural da escola. O Plano da escola um documento global que expressa orientaes gerais, que sinteticamente abrange as ligaes da escola com o sistema escolar mais amplo e as ligaes que o projeto pedaggico da escola estabelece com os planos de ensino.

    Planejamento como principio prtico

    Este tipo de planejamento est ligado com a tendncia tradicional de Educao. Ele feito sem muita preocupao em formalizar e visa a tarefa a ser feita em sala. O Plano simples, feito em folha, ficha ou caderno. Muitas vezes reaproveitado por anos. Alguns manuais didticos sugeriam duas categorias de organizao para o plano: objetivos e tarefas. A preocupao fica centrada na tarefa.

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    Planejamento Instrumental / Normativo

    Traz uma tendncia tecnicista de Educao. Possui carter cartesiano e positivista; nele, o Planejamento uma soluo para a falta de produtividade escolar. Pretende ser neutro, normativo e universal. A lgica centrada em quem ensina e no em quem aprende. O trabalho do professor preencher planilhas. Prtica de ensino como transmisso, ou instruo programada. Exige uma tcnica para a elaborao do Plano. S que com isso, ocorre uma centralizao nos especialistas, e a educao se esvazia como fora de conscientizao, num processo de alienao controle exterior.

    Planejamento Participativo

    Neste tipo de planejamento, a conscincia, intencionalidade e participao so os fundamentos mais marcantes (Vasconcellos, 1995 apud Ott, 1984). Nele, os grupos de educadores se recusam a fazer a reproduo do sistema. Passase a ter alternativas de educao e planos. Ocorre uma descentralizao do saber, valorizao da construo, participao, dilogo, poder coletivo, conscincia critica e reflexo sobre como fazer mudanas.

    importante que haja uma transformao, das relaes de poder, autoritrias e verticais, em relaes igualitrias e horizontais, de carter dialgico e democrtico (Vasconcellos, 1995 apud Pinto, 1995). O Planejamento visto como instrumento de interveno na realidade, para transformla em uma sociedade mais justa e solidria.

    O PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

    O Plano de EnsinoAprendizagem possibilita um trabalho mais significativo e transformador. Sua finalidade criar e organizar o trabalho. A elaborao do Plano um processo de construo de conhecimento para os sujeitos que participam da tarefa. O plano de ensinoaprendizagem possui trs dimenses: a anlise da realidade (localizar as contradies para transformar a realidade o ponto de partida para se elaborar o plano); a projeo de finalidades (determina a direo, para os fins propostos, tornase um processo de desalienao); e as formas de mediao (processo de elaborao do encaminhamento da interveno na realidade).

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    Nele, o conhecimento no deve ser algo esttico, pronto e inacabado. Esse Plano pode ser dividido em: Plano de Aula e Plano de Curso ou Plano de Ensino.

    O Plano de Aula

    De acordo com Libneo (1992), o Plano de Aula uma previso do desenvolvimento do contedo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um carter bastante especfico. Ele detalha o Plano de Ensino e o que se pode fazer de concreto. Os tpicos que foram previstos em linhas gerais so especificados e sistematizados, para uma melhor ao didtica em sala. Como a aula um perodo de tempo varivel, devese planejar no uma aula, mas um conjunto delas.

    Para cada tpico o professor deve redigir, atravs de avaliao, um objetivo especfico e prever formas de verificao do rendimento dos alunos.

    Plano de Curso ou Plano de Ensino

    O Plano de Ensino a previso das tarefas e objetivos do trabalho docente para um ano ou semestre. Ele deve ser bem elaborado, dividido por unidades sequenciais, em que devem aparecer objetivos especficos, contedos e desenvolvimento metodolgico.

    De acordo com Vasconcellos (1995, p. 94), a sistematizao da proposta geral de trabalho do professor numa determinada disciplina ou rea de estudo. A postura do professor diante do plano deve ser aberta e flexvel. Segundo o mesmo autor, necessrio esboar o plano como um todo. O livro didtico deve ser utilizado como recurso para complementar o trabalho do professor.

    importante ressaltar alguns requisitos bsicos para um bom planejamento

    Deve ter objetivos especficos;

    Exigir condies prvias para a aprendizagem, bem como transmisso e assimilao ativa;

    Deve ter uma justificativa da disciplina, delimitao de contedos, desenvolvimento metodolgico e introduo, preparao e aplicao.

    A questo do currculo tambm deve ser considerada.

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    DIFICULDADES (PROBLEMAS E DESAFIOS) DO PLANEJAMENTO (Vasconcellos, 1995)

    A falta de sentido do Planejamento

    Existe um desejo de que a escola cumpra um papel social de humanizao e emancipao, mas para que isso ocorra necessrio o Planejamento, pois ele um bom caminho para se alcanar esse objetivo. O problema que muitas vezes os planos so engavetados nas escolas. Eles podem at mudar a direo ou governo, mas continuam apenas como arquivo. Ou quando se utilizam, so conservados como modelo esttico e antigo, que com o passar dos anos nunca so modificados. Ou seja, no trabalha com a realidade dos sujeitos e da instituio, o que acaba por atrapalhar os processos de transformao da mesma.

    A alienao

    De acordo com Vasconcellos (1995, p. 21), alienao o estado em que as pessoas tornamse estranhas a si mesmas e ao mundo que as rodeia, no podendo interferir na sua organizao, nem sabendo justificar os motivos ltimos de suas aes, pensamentos e emoes. Sua raiz se encontra na sociedade capitalista e seu modo de vida. A superao da alienao pode ocorrer atravs da transformao revolucionria do modo de produo da existncia.

    A alienao pode ocorrer com o educador, quando o mesmo no tem compreenso e domnio dos vrios aspectos da tarefa educativa. Passa a faltar ao educador clareza em relao realidade em que vive, ou seja, faltalhe ao e finalidade do que fazer em sala de aula. O professor fica merc de modelos impostos, o que impede um trabalho significativo e transformador.

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    Ncleo do problema do Planejamento (Vasconcellos, 1995)

    So trs os nveis de problema do Planejamento:

    O idealismo (valorizao das ideias em detrimento da prtica; o Planejamento visto como senhor do futuro);

    Formalismo (h uma distoro na elaborao acrescida de comprometimento da execuo, o que resulta em desvalorizao do Planejamento, visto como escola de papel);

    No participao (deciso restrita somada de interferncia de instncias superiores; o Planejamento visto como professor executante).

    EXEMPLOS DE PLANEJAMENTO

    Plano de Ensino

    (Continua)

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    Fonte: LIBNEO (1992, p. 232 e 240).

    (Concluso)

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  • 121

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    Plano de Aula

    (Continua)

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  • 122

    DiDtica geral

    Fonte: LIBNEO (1992, p. 244, 245).

    .

    (Concluso)

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    Plano de Curso e Aula

    Dimenso Elementos

    Anlise da Realidade Identificao

    Caracterizao da realidade

    Sujeitos

    Objetivo

    Contexto

    Projeo de finalidades Objetivos da escola

    Objetivos gerais da disciplina

    Formas de Medio Quadro geral de contedos

    Proposta geral metodolgica

    Proposta de avaliao

    Bibliografia

    Integrao com atividades extraclasse

    Normas estabelecidas

    Observao

    Dimenso Elementos

    Anlise da realidade Assunto

    Necessidade

    Projeo de finalidades Objetivos

    Formas de medio Contedo

    Metodologia

    Tempo

    Recursos

    Avaliao

    TarefaFonte: VASCONCELOS (1995, p. 120, 124).

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  • AULA 24

    Componentes do processo ensino-aprendizagem:

    Plano de Ensino

    Objetivo

    Definir os objetivos, as prioridades e as estratgias para a elaborao de um Plano de Ensino .

    Ol!

    Nesta aula iremos explicar como se d o processo de elaborao de um Plano de Ensino

    Voc se recorda que na aula anterior abordamos o

    PLANEJAMENTO DE ENSINO?

    Na opinio de Sant'Anna et al. (1995, p. 19), esse nvel de planejamento trata do processo de tomada de decises bem informadas que visem racionalizao das atividades do professor e do aluno, na situao de ensinoaprendizagem.

    E O QUE PLANO DE ENSINO?

    Sant'Anna et al. (1995, p. 49) ressaltam que o plano de disciplinas, de unidades e experincias propostas pela escola, professores, alunos ou pela comunidade. Situase no nvel bem mais especfico e concreto em relao aos outros planos, pois define e operacionaliza toda a ao escolar existente no plano curricular da escola.

    Para elaborarmos um Plano de Ensino, precisamos definir os objetivos que conduzem uma

    aula ou um conjunto de aulas.

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    DiDtica geral

    QUAL O OBJETIVO DE UM PLANO DE ENSINO?

    O objetivo a realizao das atividades planejadas pelo professor com base no desenvolvimento de conhecimentos, competncias, habilidades e atitudes demonstradas pelos alunos.

    O PLANEJAMENTO DAS UNIDADES

    Deve ser a descrio maior do plano de curso e deve indicar trs momentos:

    apresentao: busca identificar e estimular os interesses dos alunos pelos temas abordados na unidade, explicandose a evoluo das atividades.

    Desenvolvimento: realizase atravs das tarefas que os alunos podero desenvolver para atingir os objetivos propostos e a compreenso dos temas da unidade.

    concluso: os alunos so convidados a fazer uma sntese dos temas abordados na unidade.

    O PLANEJAMENTO DA AULA

    a sucesso das atividades que sero desenvolvidas durante uma aula, sendo importante seguir as etapas:

    Definir o tema central da aula.

    Estabelecer objetivos da aula.

    Indicar o contedo a ser abordado.

    Prever a avaliao da aprendizagem.

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    aUla 24

    Bem,comojobtivemosinformaesquenosajudaramacompreender como se desenvolve um Planejamento de Ensino, vamos agora descrever o passo a passo de um Plano de Ensino:

    PLANO DE AULA. Matemtica da reciclagem. Disponvel em: . Acesso em: 27 out. 2010. (com adaptaes)

    O PLANO DE AULA DEVE SER COMPOSTO PELOS SEGUINTES

    ELEMENTOS:

    1. Dados de identificao

    Identificar o nome da escola, professor, segmento e ano, turno, data, aula.

    CENTRO DE EDUCAO DE MATEMTICA

    Nome do professor: Antonio Jos Lopes Bigode

    Segmento: Ensino Fundamental 6 ano

    Turno: tarde Data: 20/10/2010 Aula 1

    2. Tema

    Apresentar o assunto a ser trabalhado.

    TeMa Da auLa:

    Matemtica da reciclagem

    3. objetivos

    Definir o que o aluno deve ser capaz de fazer como consequncia da aula realizada.

    4. contedos

    Descrever o conjunto de temas ou assuntos que sero estudados durante a etapa escolar. Selecionlos e organizlos a partir da definio dos objetivos. Os contedos podem se classificados em:

    Conceituais = saber

    Ex.: adquirir novos conhecimentos

    Procedimentais = saber fazer

    Ex.: realizar uma tarefa

    Atitudinais = ser

    Ex.: mudanas de comportamento

    OBJETIVOS:

    Analisar, por meio de ferramentas matemticas, a reciclagem de lixo.

    coNTeDos:

    Grandezas e medidas

    1. Operaes bsicas.

    2. Proporo.

    3. Regra de trs.

    4. Porcentagem.

    5. Equaes.

    6. Construo de grficos e tabelas.

    Classificao do contedo:

    Procedimental

    (Continua)

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    DiDtica geral

    5. Metodologia

    Indicar as estratgias didticopedaggicas que sero desenvolvidas nas atividades. As estratgias de ensino so vistas como um dos segredos do sucesso da aprendizagem.

    6. Recursos

    Utilizar materiais que otimizem as aulas e operacionalizem as estratgias. importante que os recursos tornem a aula mais motivadora e, consequentemente, a aprendizagem mais significativa.

    7. avaliao

    Decidir o processo de avaliao que se coloca como elemento integrador e motivador. A avaliao abrange o desempenho do aluno, do professor e a adequao ao programa. feita de formas diversas, com instrumentos variados, ficando a critrio do professor selecionar aquela que se adque aos seus objetivos.

    MeToDoLoGIa:

    Apresentar o problema a ser estudado, debatendo a importncia da reciclagem.

    Pedir que os alunos coletem reportagens sobre o tema e propor um trabalho prtico sobre os nmeros da reciclagem.

    Dividir a classe em grupos para pesquisar insumo reciclvel.

    Interpretar os dados pesquisados, aplicando contedos matemticos, e obter novos dados.

    Debater como os nmeros obtidos podem ser apresentados de forma simples.

    AVALIAO:

    Apresentao dos resultados na forma depsteres ou seminrios.

    Verificarousodefontesconfiveis.

    Aavaliaodosresultados.

    Aprecisonosclculos.

    Aaplicaoadequadadeferramentasmatemticas.

    Para voc refletir:

    As estratgias didticas apresentados nesta aula so receitas ou um conjunto de tcnicas para ensinar?

    Em sua opinio, por que o Planejamento de Ensino importante para se obter um resultado satisfatrio do contedo trabalhado em sala de aula?

    De que forma ele pode contribuir para o ensino?

    (Concluso)

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  • REFERNCIAS

    ANTUNES, Celso. Um avaliador de aprendizagens. Disponvel em: . Acesso em: 10 out. 2010.

    APRENDER A APRENDER. Vdeo. Disponvel em: . Acesso em: 26 out. 2010.

    AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. Capitalismo; liberalismo; marxismo. In: DICIONRIO DE NOMES, TERMOS E CONCEITOS HISTRICOS. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. p. 80, 81, 256, 274.

    ARAUJO, Jos Carlos. O significado poltico das tcnicas de ensino. In: VEIGA, Ilma Passos. Tcnicas de ensino. Por que no? Campinas: Papirus, 1991.

    BLOOM, B. S.; HASTINGS, J. T.; MANDAUS, J. F. Manual de avaliao formativa e somativa do aprendizado escolar. So Paulo, Livraria Pioneira Editora, 1983.

    BOUDON, Raymond; BOURRICAUD, Franois. Capitalismo; liberalismo. In: DICIONRIO CRTICO DE SOCIOLOGIA. So Paulo: tica, 1993. p. 42, 46, 47, 313.

    BREVE EXPOSIO DA HISTRIA DA DIDTICA. Vdeo. Disponvel em: . Acesso em: 26 out. 2010.

    CANDAU, Vera Maria. Rumo a uma nova Didtica. Petrpolis: Vozes, 1988.

    CANDAU, Vera Maria. A Didtica em questo. Petrpolis: Vozes, 1996.

    CANIATO, R. Ato de f ou conquista do conhecimento? Educao e Socie-dade, 7 (21):8391, 1985.

    CASTRO, Maria Amlia. A trajetria histrica da Didtica. So Paulo: FDE, 1991. p. 1525. (Srie Ideias, n. 11.)

    COMNIO: o pai da Didtica moderna. Disponvel em: . Acesso em: 10 ago. 2010.

    COMENIUS, Iohannis Amos. Didtica Magna. Disponvel em: . Acesso em: 25 out. 2010.

    CUNHA, Maria Izabel de. O professor e sua prtica. 20. ed. Campinas: Papirus, 1989.

    DALBEN, ngela. L.F.F. Avaliao e conselhos de classes. Campinas: Papirus, 1996.

    DESAFIOS do futuro. Vdeo. Disponvel em: . Acesso em: 20 out. 2010.

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  • 130

    DiDtica geral

    FERRARI, Mrcio. Comnio o pai da Didtica moderna. Revista Nova Escola. Ed. especial. So Paulo: Abril. out. 2008. Disponvel em: Acesso em: 8 set. 2010.

    FRANCO, Maria Amlia Santoro. Pedagogia como cincia da educao. Campinas: Papirus, 2003.

    FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessrios prtica educativa. So Paulo: Paz e Terra, 1996.

    GADOTTI, Moacir. Paulo Freire: uma bibliografia. So Paulo: Cortez: 1996.

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  • GLOSSRIO

    capitalismo De acordo com Azevedo (1997), capitalismo o termo empregado para caracterizar uma forma de atividade socioeconmica baseada na propriedade privada dos meios de produo e na utilizao da fora de trabalho do assalariado. O seu conceito bem complexo e parte do princpio de sua evoluo, o que o torna um processo no estacionrio. O ponto principal que movimenta o capitalismo advm dos novos bens de consumo, produo e transporte, que so criados pelo prprio capitalismo. Ainda de acordo com o autor, o capitalismo um processo circular, ou seja, o capital (bens mveis ou imveis) gera o capitalismo, que por sua vez transformase em capital para novo capitalismo. Ele pode ser comercial, industrial, financeiro ou estatal. O capitalismo estatal tem como caracterstica principal a participao direta do Estado na gesto da economia. Foi atravs das conquistas tecnolgicas e do domnio espacial do capital financeiro que o capitalismo moderno surgiu. Nas economias capitalistas, o objetivo bsico da produo o lucro, que se divide quase sempre entre o Estado e os detentores dos meios de produo. De acordo com a historiografia marxista, a luta de classes entre o proletariado e a burguesia onde se situa o motivo de desenvolvimento do capitalismo. Podemos dizer que o capitalismo a variante que originou o processo de industrializao. O capitalismo um sistema, e como tal, produz relaes complexas.

    Liberalismo De acordo com Azevedo (1997), liberalismo um termo pertinente doutrina que defende a liberdade individual no campo econmico e poltico. Adam Smith, um escocs do sculo XVIII, foi a principal figura na formulao dos princpios liberais na economia, e considerado por muitos o fundador da cincia econmica. De acordo com os pensamentos de Adam Smith, h uma identificao entre o interesse pessoal e da sociedade. E com isso h uma ordem natural, que estabelecida espontaneamente no domnio poltico, como forma de o indivduo descobrir as leis, tanto econmicas como fsicas, que levem ao equilbrio da economia. O homem o agente econmico que deve ter ampla liberdade de ao. Os postulados essenciais do liberalismo econmico so a no interveno do Estado ou de grupos particulares e a livreconcorrncia. No campo da poltica, o liberalismo tambm se aplica, tendo Jonh Locke (16321704) como principal terico. De acordo com seu pensamento, o liberalismo representado pela separao dos poderes, sistema que foi consagrado por Montesquieu, atravs da chamada Revoluo Gloriosa, na Inglaterra, que o liberalismo adquiriu novas perspectivas. O liberalismo , portanto, uma ideologia que avalia a qualidade da sociedade, pelo grau de autonomia que ela confere aos sujeitos dessa sociedade.

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    DiDtica geral

    Marxismo De acordo com Azevedo (1997), marxismo um termo derivado do nome de Karl Marx (18181883), historiador e filsofo alemo, aplicado doutrina social, filosfica, poltica e econmica, que foi por ele elaborada, junto com seu amigo Friedrich Engels e tambm por vrios outros intrpretes e seguidores. O ponto principal da explicao marxista da dinmica social se encontra no modo de produo (escravista, feudal, capitalista) da sociedade. No pensamento marxista a histria da sociedade se resume na luta de classes. No capitalismo essa luta travada entre a burguesia (detentora dos meios de produo) e o proletariado, que vende sua fora de trabalho para produzir. De acordo com o marxismo, a soluo desse conflito s se resolve atravs de uma revoluo proletria, que poder inaugurar uma nova Era de Liberdade e igualdade, atravs da formao de uma sociedade sem classes na qual no h Estado. O marxismo foi introduzido na Amrica Latina por imigrantes europeus no final do sculo XIX, mas foi com a Revoluo Cubana, de 1959, que houve uma formulao de novos pontos de vista, baseados na sociedade latinoamericana.

    Psicologia profunda de origem freudiana A psicologia profunda, de acordo com alguns estudiosos, surgiu em 1896, ano que foi marcado pelo estudo e a organizao classificatria das neuroses por Sigmund Freud, com a publicao de um artigo do mesmo, intulado Sobre a etiologia da histeria. Nesse artigo Freud chega concluso de que muito difcil distinguir, na esfera do inconsciente, fantasia de lembrana. De acordo com Carl Gustav Jung, um dos discpulos de Freud, houve uma introduo da interpretao de sonhos como instrumento da psicoterapia, o que causou uma reviravolta nos estudos psicanalticos e provocou tambm uma mudana essencial nos atendimentos clnicos. De acordo com Jung (1948), Psicologia profunda um termo derivado da psicologia mdica, cunhado por Eugen Bleuler, para denotar aquele ramo da cincia psicolgica relacionado com o fenmeno do inconsciente. Hoje a expresso psicologia profunda raramente utilizada, sempre com o sentido de estudar e compreender os eventos que ocorrem no inconsciente. Aliada a terapias corporais, ela tambm pode ajudar a instituir uma interao entre as esferas da conscincia e da inconscincia. (Disponvel em: . Acesso em: 3 nov. 10).

    Rousseau (JeanJacques Rousseau 17121778) Um dos mais importantes pensadores europeus do sculo XVIII. Sua obra inspirou reformas polticas e educacionais, sendo dois de seus pressupostos bsicos em educao a crena na bondade natural do homem e a atribuio da responsabilidade civilizao pela origem do mal.

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    glossrio

    Pestalozzi (Johann Heinrich Pestalozzi 17461827) Nasceu na cidade de Zurique, na Sua, em 1746. Procurou aprimorar suas teorias a partir da prtica e pregou a democratizao da Educao; para ele, a renovao da Educao seria a verdadeira questo social. Fundamentou a Educao no desenvolvimento orgnico, alm da transmisso de ideias.

    comnio (Jan Amos Komensk 15921670) Filsofo tcheco que combateu o sistema medieval e defendeu o ensino de tudo para todos. Foi o primeiro terico a respeitar os sentimentos e a inteligncia da criana. Didtica Magna, a obra mais importante de Comnio, marca o incio da sistematizao da Pedagogia e da Didtica no Ocidente.

    Herbart (Johann Friedrich Herbart 17761841) Filsofo alemo do sculo XIX que inaugurou a anlise sistemtica da Educao e mostrou a importncia da Psicologia na teorizao do ensino. Para ele, a mente funciona com base nas representaes, que podem ser ideias, imagens ou qualquer tipo de manifestao psquica isolada.

    Paulo Freire (19211997) Foi um filsofo e educador brasileiro. Procurou desenvolver seu trabalho em prol da educao popular, sempre voltado para a escolarizao e com a formao da conscincia. Ele queria denunciar no apenas a existncia de uma educao neutra como tambm fazer uma distino clara entre a pedagogia das classes dominantes e a pedagogia das classes oprimidas. O mtodo Paulo Freire obedece s normas metodolgicas e lingusticas. A eficcia e validade do mtodo consistem em partir da realidade do alfabetizando, do que ele j conhece, do valor pragmtico das coisas e fatos de sua vida cotidiana, de suas situaes existenciais. Respeitando o senso comum e dele partindo, Freire propes a sua superao (Gadotti, 1996, p. 39). Suas principais obras so: Pedagogia do oprimido, Educao e atualidade brasileira, Ao cultural para a liberdade, dentre muitas outras.

    empirismo Chamase "emprico", em geral, o que resulta ou deriva de uma verificao experimental direta; nesse sentido neutro, podemos dizer que uma tese tem uma base emprica quando baseada em fatos, ou que uma hiptese acha uma confirmao emprica; mas o termo pode tambm adquirir um significado redutor e exclusivo para formas posteriores do saber, e ento o seu valor pode tornarse parcialmente negativo. Na filosofia, o empirismo tem designado uma corrente de pensamento caracterizada por uma soluo do problema gnoseolgico, segundo a qual o saber humano deriva totalmente da experincia, com total excluso de origens inatas ou da inspirao (Laeng, 1973, p. 146).

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  • SOBRE A AUTORA

    Rosilene Horta Tavares doutora em Filosofia, Tecnologia e Sociedade, pela Universidade Complutense de Madri, Espanha. Atuou como docente na educao escolar, em seus variados nveis. Professora de Didtica e Tecnologias da Informao e Comunicao na Faculdade de Educao/UFMG e integrante do Ncleo Pr@xis/FaEUFMG/CNPq de Pesquisa, Ensino e Extenso em Educao e Tecnologias da Informao e Comunicao.

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  • A presente edio foi composta pela Editora UFMG, em caracteres Chaparral Pro e Optima Std, e impressa pela Imprensa Universitria da UFMG, em sistema off set 90g (miolo) e carto supremo 250g (capa), em 2011.

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