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Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas Departamento de Administração Dilson Gamarra Rodrigues Mensurar Riscos em Projetos Complexos da Aviação do Exército Brasília DF 2019

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Universidade de Brasília

Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas

Departamento de Administração

Dilson Gamarra Rodrigues

Mensurar Riscos em Projetos Complexos da Aviação do Exército

Brasília – DF

2019

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DILSON GAMARRA RODRIGUES

MENSURAÇÃO DE RISCOS EM PROJETOS COMPLEXOS DA AVIAÇÃO

DO EXÉRCITO

Monografia apresentada ao Departamento de

Administração como requisito parcial à obtenção do

título de Especialista em Gestão de Projetos.

Professor Orientador: Dr Herbert Kimura

Brasília – DF

2019

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DILSON GAMARRA RODRIGUES

MENSURAÇÃO DE RISCOS EM PROJETOS COMPLEXOS DA AVIAÇÃO

DO EXÉRCITO

A Comissão Examinadora, abaixo identificada, aprova o Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização

em Gestão de Projetos da Universidade de Brasília do aluno

Dilson Gamarra Rodrigues

Prof Dr Herbert Kimura

Professor-Orientador

Prof Dr João Carlos Neves de Paiva Mestre Alexander Machado da Silva

Professor-Examinador Professor-Examinadorr

Brasília, 10 de setembro de 2019.

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AGRADECIMENTOS

A Minha esposa Ana Helena e ao meu filho Miguel que

souberam entender e apoiar minha ausência no decorrer

do curso.

Ao professor Kimura e ao Cel Alexander pela

orientação, consideração e paciência.

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RESUMO

O estudo tem como objetivo analisar a dificuldade de mensuração de riscos, notadamente em

projetos complexos e nos quais tomadores de decisão não dispõe de dados históricos estruturados ou de

relatórios de lições apreendidas. Considerando um projeto da Aviação do Exército, com o objetivo de embasar

este estudo, foram aplicados dois questionários para militares que trabalham em gestão de projetos, versando

sobre a mensuração de riscos no Contrato de Modernização dos Helicópteros AS365K do Exército Brasileiro.

O Projeto de modernização, iniciado em 2009 e ainda em curso, envolve um protótipo de alta tecnologia, uma

vez que foram realizadas modificações no helicóptero que resultariam em um modelo ainda não testado. Os

dados coletados na documentação de gestão do contrato e a verificação do resultado dos questionários

aplicados possibilitaram identificar que as estimativas de intervalos numéricos de probabilidade e de impacto

de fatores risco possuem uma elevada variabilidade. Por exemplo, o impacto de um dos fatores de risco teve

um intervalo de avaliação, pelos respondentes dos questionários, de 1,5 milhões de reais a 375,5 milhões de

reais. Identificou-se ainda a alta discrepância na avaliação dos respondentes, mesmo utilizando-se a escala do

PMBOK. Um mesmo fator de risco foi avaliado por diferentes respondentes como de Muito Alta

probabilidade e de Muito Baixa probabilidade. O estudo mostra, portanto, a dificuldade de se estimar riscos e

apresenta ainda recomendações para serem utilizadas em outros processos de análise de riscos de projetos

complexos.

Palavras-chave: Mensuração de riscos. Modernização de aeronaves. Projetos complexos.

Gestão de projetos, Impacto, Probabilidade.

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ABSTRACTS

The study aims to analyze the difficulty of measuring risks, especially in complex projects, in which

decision-makers do not have structured historical data nor learned-lessons reports. Considering a

Brazil Army Aviation project, in order to support this study, two questionnaires were applied to

military personnel working in project management. Those questionnaires deal with risk measurement

in the Brazil Army AS365K Helicopter Modernization Contract. The modernization project, started

in 2009 and still underway, constitutes a high-tech prototype, since the helicopters have been

submitted to modifications that would result in a model not yet tested. The data collected in the

contract management documentation and the verification of the results of the applied questionnaires

made it possible to identify that the estimates of probability of numerical intervals and impact of risk

factors have both high variabilities. For instance, in one of the questionnaires, the impact of the risk

factors had a range from R$ 1.5 million to R$ 375.5 million. Moreover, a high discrepancy in the

answers of the respondents was noticed, even with the PMBOK scale. A same risk factor was rated

by different respondents as Very High probability and Very Low probability. Therefore, the study

shows the difficulty of estimating risks and presents recommendations to be considered in other risk

analysis processes of complex projects.

Keywords: Risk measurement, Aircraft modernization, Complex Projects, Project Management,

Impact, Probability.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................7

2. REVISÃO TEÓRICA..........................................................................................................9

3. METODOLOGIA DA PESQUISA....................................................................................11

3.1 Descrição do caso.............................................................................................................................11

3.2 Procedimentos Metodológicos.........................................................................................................12

4. RESULTADO E DISCUSSÃO..........................................................................................14

4.1 Análise dos riscos........................................................................................................14

4.2 Discrepâncias .............................................................................................................39

4.3 Análise dos questionário.............................................................................................40

5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES............................................................................44

REFERÊNCIA.......................................................................................................................................48

Apêndice A - Questionário 1

Apêndice B - Questionário 2

Anexo A - Escritório de Projetos do Exército

Anexo B - Mensuração de riscos no EPEx

Anexo C - Exemplo de discrepâncias

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1. INTRODUÇÃO

A globalização de mercados e o avanço tecnológico iniciados no fim do século

passado têm aumentado a velocidade de transformações. Ao mesmo tempo em que o mundo se torna

mais dinâmico, eventos de risco podem ter suas consequências exacerbadas, dadas as interligações e

complexidades dos mercados. Neste contexto, o gerenciamento de riscos torna-se essencial para que

objetivos de projetos sejam alcançados, diminuindo-se a variabilidade de resultados, em termos de

prazo, escopo, qualidade, custo, etc.

Em particular, projetos complexos e de longa duração enfrentam grandes desafios de

avaliação de probabilidade de ocorrência de eventos de risco e de potenciais impactos sobre os

objetivos. Desta forma, a possibilidade de ocorrência de eventos de risco bem como seus impactos

devem ser avaliados, para que resultados negativos sejam evitados ou que benefícios sejam

potencializados.

Este trabalho busca mostrar a dificuldade de mensurar riscos em projetos complexos,

principalmente quando não se dispõe de base de dados históricos e de lições aprendidas sobre riscos

ocorridos em projetos semelhantes. Mais especificamente, a partir do estudo de um contrato de

modernização dos helicópteros AS365K do Exército Brasileiro.

É importante destacar que o projeto analisado envolve um protótipo de alta tecnologia,

uma vez que foram realizadas modificações no helicóptero que resultariam em um modelo ainda não

testado. A modernização dos helicópteros AS365K, ainda em curso, está inserida no Programa

Estratégico do Exército “Aviação do Exército”. Atualmente, o Escritório de Projetos do Exército

(sediado no Quartel-General do Exército/Brasília/DF) é o órgão responsável pela gestão dos

Programas inseridos no seu Portfólio Estratégico.

Os helicópteros da Aviação do Exército têm importante papel nas missões de apoio

logístico e humanitárias. Por exemplo, apoio às atividades de Segurança Pública durante a

intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, ou às atividades de resgate em Mariana e

Brumadinho, fizeram parte do escopo de missões da Aviação do Exército. Este programa busca

ampliar capacidades já existentes e a obtenção de novas capacidades para a Aviação do Exército,

dando suporte à mobilidade da Força Terrestre. Neste contexto, o programa permite aumentar a

projeção nacional, melhorar a capacidade de monitoramento e atuação do Exército Brasileiro nas

diversas regiões do país.

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Assim, o objetivo geral da pesquisa é avaliar a mensuração dos riscos em projetos

complexos, utilizando como base o Projeto de Modernização dos Helicópteros AS365K do Exército

Brasileiro. Os objetivos específicos são identificar os principais riscos financeiros do Contrato de

Modernização dos Helicópteros AS365K e realizar uma pesquisa por questionário sobre a

probabilidade de ocorrência de riscos e os impactos sobre os objetivos do Contrato de Modernização

dos Helicópteros AS365K.

Com relação ao primeiro objetivo específico, o estudo identifica riscos reais que

alteraram o valor financeiro do projeto, considerando-se dados adicionais referentes ao histórico e

evolução do projeto de modernização dos helicópteros. Desta forma, por meio de análise documental,

verificou-se que a materialização de eventos de risco implicou em um aumento do custo do projeto,

evidenciando a dificuldade de identificação e mensuração a priori de riscos associados a projetos

complexos.

Com relação ao segundo objetivo específico, utilizando um contexto semelhante ao

projeto de modernização de helicópteros, o trabalho busca identificar estimativas de probabilidade e

de impacto de eventos de riscos, realizadas por profissionais com experiência em gestão de projetos

complexos. Por meio de questionários, são propostas situações que ilustram riscos associados à

modernização de helicópteros. Os respondentes são inquiridos para avaliarem qualitativa e

quantitativamente a probabilidade de ocorrência e o impacto de um evento de risco.

A análise documental indica que riscos associados ao projeto de modernização de

aeronave se concretizaram, com implicações financeiras relevantes. Além disso, o estudo das

respostas ao questionário indicou uma grande variabilidade de estimativas de riscos. Desta forma, os

resultados do estudo sugerem a dificuldade em se avaliar riscos, considerando o impacto medido

efetivamente no projeto de modernização de helicópteros e considerando também estimativas

qualitativas e quantitativas de análise de probabilidade e impacto.

Este trabalho contribui para melhor identificar desafios na mensuração dos riscos em

projetos complexos, principalmente quando não se dispõe de base de dados históricos e de lições

aprendidas sobre riscos ocorridos em projetos semelhantes. As lições aprendidas fundamentam o

estabelecimento de recomendações que poderão ser utilizadas na gestão de riscos em projetos

semelhantes.

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2. REVISÃO TEÓRICA

Keeling (2005) afirma que risco está presente em todos os projetos. A gestão de riscos

é uma prática usual e amplamente adotada em projetos, sendo demandada por regulação, imposta por

padrões da indústria ou exigidas por diretrizes internas às organizações (Willumsen, Oehmen, Stingl

e Geraldi, 2019) e sendo crucial para a gestão de projetos (Teller e Kock, 2013).

De acordo com Bannerman (2008), a gestão de riscos associada a projetos tem gerado

interesse tanto no meio acadêmico quanto entre praticantes, conforme descrito em métodos e padrões

da indústria como, por exemplo, CMMI, PRINCE2, PMBOK, AS/NZS 4360:2004.

Tendo em vista que projetos enfrentam influências de fatores internos e externos,

existe uma incerteza com relação à execução e ao cumprimento dos objetivos (NEGAPEB, 2013),

com desdobramentos substanciais nos resultados. Por exemplo, Larson (2016) sugere que, o risco

pode ter consequências sobre custo, cronograma e qualidade de um projeto.

Assim, o risco tem ligação com insucesso, estando associado com situações potenciais

em que possam ocorrer prejuízo ou fatalidade (Smith, 2001). De fato, Ward e Chapman (2003)

indicam que o termo risco comumente é associado a adversidades. No entanto, é importante ressaltar

que o risco não envolve necessariamente apenas aspectos negativos. Mais especificamente na área

de gerenciamento de projetos, associa-se risco tanto com consequências negativas quanto com

consequências positivas.

Segundo as Normas para Elaboração, Gerenciamento e Acompanhamento de

Projetos no Exército Brasileiro, corroborando o PMBOK (2017), risco representa o efeito da

incerteza sobre os objetivos de um projeto, com consequências positivas ou negativas, diretas ou

indiretas (NEGAPEB, 2013).

Para a ISO 31000, a gestão de riscos permite criar e proteger valor (ISO 31000, 2018).

Hillson (2009), sugere que o objetivo do gerenciamento de riscos seria reduzir incerteza e promover

a diminuição da possibilidade de ocorrência de problemas e o aumento do aproveitamento de

oportunidades que surgem. Desta forma, deve-se não somente atuar para diminuir problemas

potenciais, mas também adotar uma postura que permita identificar e explorar situações favoráveis.

Para consecução desses objetivos, de acordo com Kerzner (2006), deve-se identificar

os prováveis riscos que poderão influenciar os objetivos de um projeto, documentando-se suas

características, bem como atribuindo-se estimativas de sua probabilidade de ocorrência e de seu

impacto em métricas do projeto.

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Para Pritchard (2001), riscos têm uma relação com a complexidade e tamanho do

projeto. Além disso, uma vez que riscos dependem do ciclo de vida de um projeto, sua gestão deve

ser dinâmica. Desta forma, os riscos devem monitorados e gerenciados, ao longo do projeto (Keeling,

2005). De acordo com Pritchard (2001), o acompanhamento dos riscos permite identificar ameaças

ou oportunidades que podem se materializar e ajustar o planejamento do projeto à nova situação.

Além disso, a gestão de riscos deve incluir um procedimento para identificação de novos riscos e

para desconsideração de riscos que não são mais possíveis ou que não são mais críticos (Pritchard,

2001).

Mais especificamente para a área de Defesa, estudos sobre gerenciamento de projetos

são escassos (Kwak e Smith, 2009). Características como a complexidade e o dinamismo de projetos

da área de Defesa, envolvendo diversos tipos de riscos como, por exemplo, técnicos, legais e

políticos, fazem com que os stakeholders tenham que definir uma estratégia de atuação sobre

processos, procedimentos e políticas de gestão de riscos, desde os estágios iniciais do projeto (Kwak

e Smith, 2009).

Frinsdorf, Zuo e Xia (2014) analisam a eficiência de projetos de defesa utilizando

técnicas Delphi e identificam que gestão de riscos é um fator crítico de sucesso pouco citado pelos

participantes da pesquisa. Assim, é interessante notar que, embora riscos possam influenciar

resultados, gestores de projeto fazem uma ligação ainda tênue sobre a importância de gestão de riscos

para obtenção de eficiência.

Os riscos em projetos de defesa têm impacto real. Por exemplo, Meier (2008) analisa

aquisições governamentais na área de defesa e identifica aumento significativo de custos e prazos

nos projetos. Desta forma, fatores críticos, prévios ao início do projeto, envolvem a necessidade de

estudos jurídicos mais detalhados, a avaliação de tecnologia disponível e do custo do ciclo de vida,

o entendimento de detalhes de planejamento, etc (Meier, 2008). Além disso, processos de licitação

governamental, notadamente e projetos de defesa, também implicam riscos. Uma vez que preços

mais baixos aumentam probabilidade de vencer licitações, concorrentes podem ficar motivados a não

incorporar custo referente a contingências do projeto. Dessa forma, o vencedor do contrato possui

margens baixas, necessitando a assinatura de aditivos para que o projeto seja adequadamente

realizado (Kwak e Smith, 2009).

Assim, a fase de pré contratação deve ser rigorosa, para evitar problemas após o início

do projeto que tenham impacto substancial em custos e prazos (Meier, 2008).

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Outro risco relevante em projetos é citado por Aritua et al. (2011) que sugerem que

mudanças de políticas governamentais e de interesses de stakeholders podem também influenciar

decisões de contratação de projetos, impondo riscos substanciais. No caso de projetos de defesa que

podem depender de estratégias ou políticas de governo, orçamentos podem sofrer alterações trazendo

desafios para os gestores.

Finalmente, para Larrère (2004), lições aprendidas e gestão de riscos apresentam uma

forte interligação: o registro de fatores de riscos e eventuais ocorrências de eventos de riscos podem

alimentar um procedimento de lições aprendidas, viabilizando a transferência do conhecimento

gerado em um projeto para outras situações.

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3. METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1. Descrição do caso

Em 2009, estava próximo de ser encerrado o ciclo de vida dos 34 (trinta e quatro) helicópteros

AS365K adquiridos pelo Exército Brasileiro (EB) na década de 1980. Em face da conjuntura

nacional, que restringia grandes investimentos, ao invés de aquisição de novos helicópteros. o

Comando do Exército decidiu modernizar as aeronaves existentes. A modernização de cada

Helicóptero foi estimada em R$ 8.150.815,43, enquanto um helicóptero novo similar custava cerca

de R$ 32.000.000,00. Assim, o custo da modernização correspondia a 25% do valor de aquisição de

helicópteros novos.

O contrato de modernização foi firmado com a Helibras, com um objetivo específico de

reconstrução e modernização de 2 (dois) helicópteros, e de modernização de 32 helicópteros

AS365K, totalizando 34 aeronaves. O contrato previa o teste e a aprovação de um protótipo como

condição para prosseguir na modernização das outras aeronaves. No cronograma inicial do contrato,

estava prevista a entrega de 34 lotes, sendo cada lote correspondente a um helicóptero, no período

entre 2010 e 2021. Em 26/08/2014, após ter recebido, testado e aprovado o protótipo, o Exército

Brasileiro decidiu prosseguir com a modernização dos Helicópteros.

Em 08/05/2017, o contrato foi reestruturado com o objetivo de garantir que as peças novas a

serem inseridas durante a modernização dos helicópteros fossem adquiridas e entregues com

antecedência, evitando atrasos no prazo previsto para o início da modernização. Cada lote foi

dividido em duas partes, a partir do lote 9. Por exemplo, o Lote 9 foi dividido em Lote 9a (kit de

modernização) e Lote 9b (modernização). Devido a cortes orçamentários, pelo Governo Federal, o

encerramento do contrato foi estendido de 2021 para 2024.

Uma particularidade relevante do projeto envolveu os aspectos financeiros. O reajuste anual

do valor do Contrato é realizado, no mês de dezembro, conforme prescrito na cláusula 6ª do Contrato

220/2009 - COLOG/DMAvEx:

“- Os preços dos materiais e componentes são reajustados em euros, anualmente, no percentual da

variação anual média dos preços de 25 (vinte e cinco) componentes escolhidos de comum acordo

entre as partes, limitado a 5% (cinco por cento) ao ano.

- A atualização cambial, realizada a cada emissão de fatura, é feita sobre o preço do material

reajustado, com base na cotação de fechamento da taxa de venda da moeda EURO/COM.

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EUROPEIA, do primeiro dia útil anterior à data do faturamento, com 5 (cinco) dígitos após a vírgula,

conforme cotação do Banco Central do Brasil, no endereço eletrônico http://www5.bcb.gov.br/ ou,

na sua extinção, outro a ser adotado pela entidade e acordado entre as partes.

- Os preços dos serviços necessários ao cumprimento do Contrato são reajustados, anualmente, no

percentual da variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).”

Assim, o contrato estabelece cláusulas de correção pela variação do valor das peças, do valor da taxa

de câmbio Euro contra Reais e do índice de inflação medido pelo INPC.

3.2. Procedimentos metodológicos

Neste estudo, o problema prático consiste em verificar a dificuldade de mensurar

riscos em projetos complexos, tratando particularmente de um caso específico, associado a um

contrato de modernização de helicópteros no Exército Brasileiro, descrito anteriormente. Foram

coletadas evidências documentais no Contrato de Modernização dos Helicópteros AS365K do

Exército Brasileiro, bem como em toda a documentação referente a gestão do contrato (termos

aditivos, apostilamentos, atas de reunião, relatórios, entre outros).

Foram realizados diversos contatos pessoais com o Gerente do Contrato e com a sua

equipe, na Diretoria de Material de Aviação do Exército, onde foram esclarecidas dúvidas ocorridas

durante a pesquisa na documentação de gestão contratual. Com o objetivo de embasar o estudo, foram

aplicados dois questionários versando sobre a mensuração de riscos no contrato de modernização dos

helicópteros AS365K do Exército Brasileiro.

O público-alvo selecionado para responder os questionários foram militares do

Exército Brasileiro que integram as equipes de planejamento de projetos estratégicos, no Escritório

de Projetos do Exército, e militares que estão concluindo o MBA em Gestão de Projetos na

Universidade de Brasília (UnB). Os militares que responderam os questionários possuem os

seguintes postos e graduações: General de Brigada, Coronel, Tenente Coronel, Major, Tenente e

Subtenente.

Nos questionários, foram elencados 10 (dez) riscos versando sobre a probabilidade de

ocorrência dos riscos e seus impactos sobre os objetivos do Contrato, conforme indicado no Quadro

1.

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Quadro 1: Principais riscos do projeto de modernização de aeronaves

Risco Descrição

1

Devido à complexidade da modernização do helicóptero poderá ocorrer

descumprimento do prazo de entrega do protótipo, resultando em atraso no

cronograma.

2

O atraso no pagamento da empresa contratada poderá resultar no

descumprimento de prazo de entrega do protótipo, resultando em atraso no

cronograma do contrato.

3

A falta de capacidade técnica da empresa contratada poderá produzir um

protótipo que não atenda aos requisitos operacionais resultando em

cancelamento do projeto.

4

A falta de capacidade da empresa contratada se estruturar adequadamente para

realizar a modernização das aeronaves poderá resultar em cancelamento do

contrato.

5

O atraso no pagamento da empresa contratada poderá gerar o descumprimento

dos prazos de entrega das aeronaves modernizadas, resultando em atraso no

cronograma do contrato.

6

O corte ou contingenciamento de recursos pelo governo federal poderá

comprometer a capacidade de a empresa contratada realizar as entregas no prazo

previsto, resultando em atraso no cronograma.

7

O corte ou contingenciamento de recursos pelo governo federal poderá levar a

empresa contratada à falência e, consequentemente, o encerramento do contrato.

8

O atraso no pagamento da empresa contratada poderá resultar em multas

contratuais para o Exército Brasileiro, gerando aumento nos custos do contrato.

9

O constante atraso nos pagamentos da empresa contratada poderá gerar uma

solicitação de reequilíbrio contratual por parte da empresa, resultando em

aumento nos custos do contrato.

10

Os cenários econômicos nacional e internacional poderão impor variações

cambiais (EURO) e correções elevadas no INPC, acima do valor estimado no

contrato, resultando em aumento de custos.

No questionário 1 (Apêndice 1), buscou-se uma avaliação qualitativa, solicitando-se

a indicação da probabilidade de ocorrência de cada risco, conforme a escala de Muito baixa (1),

Baixa (2), Média (3), Alta (4) e Muito alta (5), e o impacto sobre os objetivos do projeto conforme a

escala Muito baixo (1), Baixo (2), Médio (3), Alto (4) e Muito alto (5).

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9

No questionário 2 (Apêndice 2), buscando uma avaliação quantitativa, foi solicitada

a indicação da probabilidade de ocorrência de cada risco em um percentual entre 0% e 100% e o

impacto de cada risco em milhões de reais.

Antes de serem aplicados no público-alvo da pesquisa, os questionários foram

testados em cinco militares para validar a sua clareza e objetividade. No total, foram validadas 39

respostas do questionário 1 e 33 respostas do questionário 2.

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4. RESULTADO E DISCUSSÃO

4.1 Análise dos riscos.

4.1.1 Risco 1 – Devido à complexidade da modernização do helicóptero poderá ocorrer

descumprimento do prazo de entrega do protótipo, resultando em atraso no cronograma do contrato.

Devido à complexidade tecnológica, a montagem do protótipo (helicóptero EB 2010) teve que ser

realizada na França (Empresa EUROCOPTER) sendo o mesmo entregue ao Exército Brasileiro em

Dez 2013. A entrega do protótipo, por ocasião da assinatura do Contrato, estava prevista para o ano

de 2012. Assim, o evento de risco implicou um atraso no cronograma.

O questionário n° 01 apresentou o seguinte resultado para o risco 01:

Probabilidade de ocorrência entre 1 e 5 (1- muito baixa / 2 - baixa / 3 - média / 4 - alta

/ 5 - muito alta)

A média das respostas dos militares foi 3,33 (probabilidade de ocorrência média) e o

desvio padrão foi 0,78.

Impacto sobre os custos do Contrato entre 1 e 5 (1- muito baixo / 2 - baixo / 3 - médio

/ 4 - alto / 5 - muito alto)

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- A média das respostas dos militares foi 3,40 (impacto médio sobre os custos do

contrato) e o desvio padrão foi 0,90.

O questionário n° 02 apresentou o seguinte resultado para o risco 01:

Probabilidade de ocorrência entre e 0 e 100%:

A média das respostas dos militares foi 50,61 (probabilidade de ocorrência de 50,61%)

e o desvio padrão foi 22,97.

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Impacto sobre os custos do contrato em milhões de reais:

A média das respostas dos militares foi 63,09 (impacto de 63 milhões de reais sobre

os custos do contrato) e o desvio padrão foi 85,50.

4.1.2 Risco 2 – O atraso no pagamento da empresa contratada poderá resultar no

descumprimento do prazo de entrega do protótipo, resultando em atraso no cronograma do contrato.

Foram realizados dois pré-pagamentos, um de R$ 20.715.900,00 em 2009 e outro de

R$ 35.659.658,75 em 2010, para a Empresa HELIBRAS se estruturar e produzir o Protótipo. Assim,

o atraso na entrega do protótipo não foi devido ao atraso de pagamentos, mas por dificuldades

tecnológicas.

O questionário n° 01 apresentou o seguinte resultado para o risco 02:

Probabilidade de ocorrência entre 1 e 5 (1- muito baixa / 2 - baixa / 3 - média / 4 - alta / 5 - muito

alta)

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A média das respostas dos militares foi 3,38 (probabilidade de ocorrência média) e o

desvio padrão foi 0,90.

Impacto sobre os custos do Contrato entre 1 e 5 (1- muito baixo / 2 - baixo / 3 - médio

/ 4 - alto / 5 - muito alto

A média das respostas dos militares foi 3,67 (impacto médio sobre os custos do

Contrato) e o desvio padrão foi 0,92.

O questionário n° 02 apresentou o seguinte resultado para o risco 02:

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14

Probabilidade de ocorrência entre 0% e 100%:

A média das respostas dos militares foi 44,61 (probabilidade de ocorrência de

44,61 %) e o desvio padrão foi 25,10.

Impacto sobre os custos do contrato em milhões de reais:

A média das respostas dos militares foi 67,71 (impacto de 67 milhões de reais sobre

os custos do contrato) e o desvio padrão foi 99,27.

4.1.2 Risco 3 – A falta de capacidade técnica da empresa contratada poderá produzir

um protótipo que não atenda aos requisitos operacionais resultando no cancelamento do contrato.

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15

A empresa nacional (HELIBRAS) tinha o respaldo da empresa francesa

(EUROCOPTER), fabricante da Aeronave, o que permitiu a produção de um protótipo que cumprisse

os requisitos operacionais.

No ano de 2014, foram realizados voos de testes com o protótipo em todo o território

brasileiro: na Amazônia, na Caatinga, na região de Montanha, no Pantanal, entre outras, e o protótipo

atendeu os requisitos operacionais previstos.

Em 26 Ago de 2014, o Exército Brasileiro decidiu prosseguir com a modernização

das aeronaves.

O questionário n° 01 apresentou o seguinte resultado para o risco 03:

Probabilidade de ocorrência entre 1 e 5 (1- muito baixa / 2 - baixa / 3 - média / 4 -

alta / 5 - muito alta)

A média das respostas dos militares foi 2,24 (probabilidade de ocorrência baixa) e o

desvio padrão foi 0,92.

Impacto sobre os custos do Contrato entre 1 e 5 (1- muito baixo / 2 - baixo / 3 - médio

/ 4 - alto / 5 - muito alto)

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16

A média das respostas dos militares foi 4,10 (impacto alto sobre os custos do Contrato)

e o desvio padrão foi 0,88.

O questionário n° 02 apresentou o seguinte resultado para o risco 03:

Probabilidade de ocorrência entre 0% e 100%.

A média das respostas dos militares foi 27,64 (probabilidade de ocorrência de

27,64 %) e o desvio padrão foi 21,58.

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17

Impacto sobre os custos do contrato em milhões de reais:

A média das respostas dos militares foi 91,32 (impacto de 91 milhões de reais sobre

os custos do contrato) e o desvio padrão foi 105,78.

4.1.2 Risco 4 – A falta de capacidade da empresa se estruturar adequadamente para

realizar a modernização dos helicópteros poderá resultar em cancelamento do contrato.

Tendo em vista os pré-pagamentos realizados e o apoio da empresa francesa

EUROCOPTER, fabricante dos helicópteros, a empresa conseguiu se estruturar para realizar a

modernização dos helicópteros.

O questionário n° 01 apresentou o seguinte resultado para o risco 04:

Probabilidade de ocorrência entre 1 e 5 (1- muito baixa / 2 - baixa / 3 - média / 4 - alta

/ 5 - muito alta)

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18

A média das respostas dos militares foi 2,29 (probabilidade de ocorrência baixa) e o

desvio padrão foi 1,03.

Impacto sobre os custos do Contrato entre 1 e 5 (1- muito baixo / 2 - baixo / 3 - médio

/ 4 - alto / 5 - muito alto)

A média das respostas dos militares foi 3,88 (impacto médio sobre os custos do

contrato) e o desvio padrão foi 1,05.

O questionário n° 02 apresentou o seguinte resultado para o risco 04:

Probabilidade de ocorrência entre 0% e 100%:

A média das respostas dos militares foi 28,88 (probabilidade de ocorrência de

28,88 %) e o desvio padrão foi 21,13.

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19

Impacto sobre os custos em milhões de reais.

A média das respostas dos militares foi 100,77 (impacto de 100,77 milhões de reais

sobre os custos do contrato) e o desvio padrão foi 113,43.

4.1.2 Risco 5 – O atraso no pagamento da empresa contratada poderá gerar o

descumprimento dos prazos de entrega das aeronaves modernizadas, resultando em atraso no

cronograma do contrato.

Ocorreram diversos contingenciamentos de recursos, pelo Governo Federal, que

resultaram em atrasos de pagamentos e atraso nas entregas do projeto.

O questionário n° 01 apresentou o seguinte resultado para o risco 05:

Probabilidade de ocorrência entre 1 e 5 (1- muito baixa / 2 - baixa / 3 - média / 4 - alta

/ 5 - muito alta)

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20

A média das respostas dos militares foi 3,38 (probabilidade de ocorrência média) e o

desvio padrão foi 0,90.

Impacto sobre os custos do Contrato entre 1 e 5 (1- muito baixo / 2 - baixo / 3 - médio

/ 4 - alto / 5 - muito alto)

A média das respostas dos militares foi 3,50 (impacto médio sobre os custos do

contrato) e o desvio padrão foi 0,94.

O questionário n° 02 apresentou o seguinte resultado para o risco 05:

Probabilidade de ocorrência entre 0% e 100%:

A média das respostas dos militares foi 24,90 (probabilidade de ocorrência de

24,90 %) e o desvio padrão foi 0,25.

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21

Impacto sobre os custos do contrato em milhões de reais:

A média das respostas dos militares foi 99,75 (impacto de 99,75 milhões de reais

sobre os custos do contrato) e o desvio padrão foi 1,00.

4.1.2 Risco 6 – O corte ou contingenciamento de recursos pelo Governo Federal

poderá comprometer a capacidade da empresa contratada realizar as entregas no prazo previsto,

resultando em atraso no cronograma do contrato.

Em 2015, o Governo Federal cortou os recursos do contrato e foi necessário realizar

uma renegociação com a empresa e aumentar em três anos o prazo final do Cronograma de Entregas

do Projeto, que passou de 2021 para 2024.

Em Mai/2017, o aditivo nº 4 prorrogou o contrato por mais 3 anos e redistribuiu as

datas de entrega dos Helicópteros modernizados.

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22

QUADRO 2 – Previsão de entrega dos helicópteros modernizados.

ANO

PREVISÃO

INICIAL

Dez /2009

ADITIVO NR 4 Mai/2017

SITUAÇÃO EM Dez / 2018

2012 2 0 0

2013 3 0 0

2014 4 0 0

2015 4 1 1

2016 4 3 3

2017 4 3 3

2018 4 3 3

2019 4 4 -

2020 4 4 -

2021 1 4 -

2022 - 4 -

2023 - 4 -

2024 - 4 -

TOTAL 34 34 10

Fonte: Diretoria de Material de aviação do Exército

O questionário n° 01 apresentou o seguinte resultado para o risco 06:

Probabilidade de ocorrência entre 1 e 5 (1- muito baixa / 2 - baixa / 3 - média / 4 - alta

/ 5 - muito alta)

A média das respostas dos militares foi 3,36 (probabilidade de ocorrência média) e o

desvio padrão foi 0,75.

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23

Impacto sobre os custos do Contrato entre 1 e 5 (1- muito baixo / 2 - baixo / 3 - médio

/ 4 - alto / 5 - muito alto)

A média das respostas dos militares foi 3,79 (impacto médio sobre os custos do

contrato) e o desvio padrão foi 0,95.

O questionário n° 02 apresentou o seguinte resultado para o risco 06:

Probabilidade de ocorrência entre 0% e 100%:

A média das respostas dos militares foi 57,18 (probabilidade de ocorrência de

57,18 %) e o desvio padrão foi 24,22.

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24

Impacto sobre os custos do contrato em milhões de reais:

A média das respostas dos militares foi 75,73 (impacto de 75,73 milhões de reais sobre

os custos do contrato) e o desvio padrão foi 79,12.

4.1.2 Risco 7 – O corte ou contingenciamento de recursos poderá levar a empresa

contratada a falência e, consequentemente, o encerramento do contrato.

Ocorreram diversos contingenciamentos, que resultaram em alterações no

cronograma financeiro do contrato, porém não resultou em falência da Empresa contratada.

O Programa Estratégico Aviação do Exército, onde está incluída a modernização dos

helicópteros AS365K, foi inserido no Portfólio Estratégico do Exército em 2017.

Para mostrar a dificuldade de mensurar a probabilidade de ocorrer contingenciamento

de recursos, o quadro abaixo apresenta os valores previstos no Programa Aviação do Exército e o

que realmente vem sendo disponibilizado.

QUADRO 3 – Previsão Orçamentária do Programa Aviação do Exército

2017 2018 2019 2020

Recursos

previstos 140 milhões 146,3 milhões 152,8 milhões 159,7 milhões

Recursos

disponibilizados 128,5 milhões 84,5 milhões 71 milhões 61 milhões

previsão

Fonte: Escritório de Projetos do Exército

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25

O questionário n° 01 apresentou o seguinte resultado para o risco 07:

Probabilidade de ocorrência entre 1 e 5 (1- muito baixa / 2 - baixa / 3 - média / 4 - alta

/ 5 - muito alta)

A média das respostas dos militares foi 2,57 (probabilidade de ocorrência baixa) e o

desvio padrão foi 1,24.

Impacto sobre os custos do Contrato entre 1 e 5 (1- muito baixo / 2 - baixo / 3 - médio

/ 4 - alto / 5 - muito alto)

A média das respostas dos militares foi 4,12 (impacto alto sobre os custos do contrato)

e o desvio padrão foi 1,05.

O questionário n° 02 apresentou o seguinte resultado para o risco 07:

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26

Probabilidade de ocorrência entre 0% e 100%:

A média das respostas dos militares foi 32,82 (probabilidade de ocorrência de

32,82 %) e o desvio padrão foi 21,99.

Impacto sobre os custos do contrato em milhões de reais:

A média das respostas dos militares foi 91,92 (impacto de 91,92 milhões de reais sobre

os custos do contrato) e o desvio padrão foi 115,96.

4.1.2 Risco 8 – O atraso no pagamento da empresa contratada poderá resultar em

multas contratuais para o Exército Brasileiro, gerando aumento nos custos do contrato.

As faturas das aeronaves modernizadas entregues ao Exército Brasileiro pela empresa

foram pagas dentro do prazo previsto não gerando multas.

O questionário n° 01 apresentou o seguinte resultado para o risco 08:

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27

Probabilidade de ocorrência entre 1 e 5 (1- muito baixa / 2 - baixa / 3 - média / 4 - alta

/ 5 - muito alta)

A média das respostas dos militares foi 3,00 (probabilidade de ocorrência média) e o

desvio padrão foi 0,98.

Impacto sobre os custos do Contrato entre 1 e 5 (1- muito baixo / 2 - baixo / 3 - médio

/ 4 - alto / 5 - muito alto)

A média das respostas dos militares foi 3,40 (impacto médio sobre os custos do

contrato) e o desvio padrão foi 0,96.

O questionário n° 02 apresentou o seguinte resultado para o risco 08:

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28

Probabilidade de ocorrência entre 0% e 100%:

A média das respostas dos militares foi 40,76 (probabilidade de ocorrência de

40,76 %) e o desvio padrão foi 22,67.

Impacto sobre os custos do contrato em milhões de reais:

A média das respostas dos militares foi 58,88 (impacto de 58,88 milhões de reais sobre

os custos do contrato) e o desvio padrão foi 76,22.

4.1.2 Risco 9 – O constante atraso nos pagamentos da empresa contratada poderá

gerar uma solicitação de reequilíbrio contratual por parte da empresa, resultando em aumento nos

custos do projeto.

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29

Devido aos contingenciamentos de recursos, pelo Governo Federal, e a redução de

helicópteros a serem entregues, a empresa teve que mobilizar e desmobilizar funcionários, gerando

custos extras (demissão, multa por rescisão contratual, entre outros).

Houve períodos em que a Helibras possuía cerca de 1000 (hum mil) funcionários e

devido a redução do número de helicópteros a serem modernizados, a empresa teve que reduzir seus

colaboradores para 300 (trezentos). Assim, foi solicitado pela empresa reequilíbrio contratual para o

ressarcimento destes custos extras.

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30

O questionário n° 01 apresentou o seguinte resultado para o risco 09:

Probabilidade de ocorrência entre 1 e 5 (1- muito baixa / 2 - baixa / 3 - média / 4 - alta

/ 5 - muito alta)

A média das respostas dos militares foi 3,57 (probabilidade de ocorrência média) e o

desvio padrão foi 0,84.

Impacto sobre os custos do Contrato entre 1 e 5 (1-muito baixo/ 2- baixo/ 3- médio /4

– alto/ 5 – muito alto)

A média das respostas dos militares foi 3,38 (impacto médio sobre os custos do

contrato) e o desvio padrão foi 0,88.

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O questionário n° 02 apresentou o seguinte resultado para o risco 09:

Probabilidade de ocorrência entre 0% e 100%:

A média das respostas dos militares foi 49,70 (probabilidade de ocorrência de

49,70 %) e o desvio padrão foi 25,52.

Impacto sobre os custos do contrato em milhões de reais:

A média das respostas dos militares foi

74,51 (impacto de 74,51 milhões de reais sobre os custos do contrato) e o desvio padrão foi 93,96.

4.1.2 Risco 10 – Os cenários econômicos, nacional e internacional, poderão impor

variações cambiais (EURO) e correções elevadas no INPC, acima do valor estimado no contrato,

resultando em aumento de custos.

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32

O reajuste anual, previsto no Contrato, vem sendo realizado nas seguintes condições:

- Os preços dos materiais e componentes são reajustados em euros, anualmente, no

percentual da variação anual média dos preços de 25 (vinte e cinco) componentes escolhidos de

comum acordo entre as partes, limitado a 5% (cinco por cento) ao ano.

- A variação do preço das peças e componentes pode ocorrer por evolução do PN (Part

Number), por mudança de fornecedor e por variação no preço da matéria prima.

- A atualização cambial, realizada a cada emissão de fatura, é sobre o preço do material

reajustado, com base na cotação de fechamento da taxa de venda da moeda EURO/COM.

EUROPEIA, do primeiro dia útil anterior à data do faturamento, com 5 (cinco) dígitos após a vírgula,

conforme cotação do Banco Central do Brasil, no endereço eletrônico http://www5.bcb.gov.br/ ou,

na sua extinção, outro a ser adotado pela entidade e acordado entre as partes.

- Os preços dos serviços necessários ao cumprimento do Contrato serão reajustados,

anualmente, no percentual da variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)

nessa data.

QUADRO 4 – Correções monetárias aplicadas no contrato no período entre Dez/2009

e Dez/2018.

ANO PEÇAS % SERVIÇOS %

2009 - -

2010 5,0000 6,4652

2011 3,2000 6,0799

2012 3,3858 6,1978

2013 4,5112 5,5627

2014 3,8018 6,2283

2015 1,4243 11,2762

2016 0,2300 6,5800

2017 2,1100 2,0700

2018 5,0000 3,4340

Total

acumulado 32,46 68,40

Fonte: Diretoria de Material de Aviação do Exército

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QUADRO 5 – Atualização dos valores contratuais

Mês Valor do Contrato

R$

Valor do Euro

R$

Valor da Modernização

de um helicóptero R$

Dez 2009 375.803.725 ,00 2,55 8.195.815,43

Dez 2018 704.388.63,67 4,22 19.096.166,66

Fonte: Diretoria de Material de Aviação do Exército

- O questionário n° 01 apresentou o seguinte resultado para o risco 10:

Probabilidade de ocorrência entre 1 e 5 (1- muito baixa / 2 - baixa / 3 - média / 4 - alta

/ 5 - muito alta)

A média das respostas dos militares foi 3,52 (probabilidade de ocorrência média) e o

desvio padrão foi 0,91.

Impacto sobre os custos do Contrato entre 1 e 5 (1- muito baixo / 2 - baixo / 3 - médio

/ 4 - alto / 5 - muito alto)

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A média das respostas dos militares foi 3,43 (impacto médio sobre os custos do

contrato) e o desvio padrão foi 0,84.

O questionário n° 02 apresentou o seguinte resultado para o risco 10:

Probabilidade de ocorrência entre 0% e 100%:

A média das respostas dos militares foi 52,97 (probabilidade de ocorrência de

52,97 %) e o desvio padrão foi 89,01.

Impacto sobre os custos do contrato em milhões de reais:

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35

A média das respostas dos militares foi 69,47 (impacto de 69,47 milhões de reais sobre

os custos do contrato) e o desvio padrão foi 89,01.

4.2 Discrepâncias

Como o Exército Brasileiro ainda não havia realizado modernização de helicópteros, não

possuía dados históricos e nem lições apreendidas para serem utilizadas na mensuração de riscos.

Por ocasião da modernização, o helicóptero é desmontado e totalmente revisado. Nesta

situação surge a necessidade de realizar diversos reparos (trincas e rachaduras) e a troca de peças e

componentes que não estão previstos na modernização, o que gera custos.

No Contrato inicial não constava o pagamento das discrepâncias, porém, à medida que as

aeronaves foram sendo desmontadas para a modernização surgiu a necessidade de trocar diversas

peças e componentes com custos bastante elevados.

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36

QUADRO 6 – Valor das discrepâncias

RECEBIMENTO

DO HELCP HELCP

PEÇAS

R$

SERVIÇOS

R$

TOTAL

R$

Dez 2015 EE -2006 1.045.134,57 360.790,71 1.405.925,28

Jul 2016 EB - 2011 1.243.983,78 301.088,85 1.545.072,63

Set 2016 EB - 2009 1.458.607,90 370.703,18 1.829.311,08

Dez 2016 EB - 2021 1.224.833,31 1.015.020,24 2.239.853,55

Ago 2017 EB - 2032 1.045.126,72 1.147.165,23 2.192.291,95

Nov 2017 EB - 2005 2.556.424,08 535.445,11 3.091.89,19

Dez 2017 EB - 2031 1.886.544,21 1.051.932,73 2.938.476,94

Out 2018 EB - 2029 2.420.407,46 1.349.333,45 3.769.740,91

Nov 2018 EB - 2024 2.93.024,30 1.178.313,94 3.871.338,24

Dez 2018 EB - 2027 1.926.660,68 1.167.001,97 3.093.662,65

TOTAL DAS 10 ANV 22.885.673,23

Fonte: Diretoria de Material de Aviação do Exército

4.3 Análise dos questionários.

Os resultados consolidados da pesquisa por questionários são apresentados a seguir. As

estatísticas descritivas referentes às respostas ao Questionário 1 são apresentadas na Tabela 1,

consolidando-se as avaliações individuais que seguiram as escalas do PMBOK, para Probabilidade

(P) e Impacto (I) de cada um dos 10 riscos. São também apresentados na Tabela 1, os resultados de

Criticidade (C), que representam as estatísticas referentes ao produto entre Probabilidade e Impacto

levantadas, consolidando-se todos os respondentes.

Considerando-se o objetivo da pesquisa, de investigar dificuldades na análise de riscos de

projetos, o foco da análise não envolve os tipos de riscos em si, mas os valores atribuídos pelos

respondentes. Em particular, busca-se identificar consistências ou discrepâncias entre as avaliações

dos respondentes para um mesmo tipo de risco.

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37

TABELA 1- Estatísticas descritivas para os dados do Questionário 1

As médias das respostas, para cada risco, indicam valores no intervalo entre Baixo

(2,4) e Alto (4,0) para a Probabilidade e também entre Baixo (3,6) e Alto (4,3), com Criticidade entre

10,0 e 16,0. Assim, a avaliação qualitativa não indica nenhum risco que seja extremamente crítico.

Esse resultado reflete-se também na Matriz Probabilidade e Impacto, apresentada na Figura 1,

utilizando-se as médias dos valores atribuídos à cada escala, considerando todos os respondentes.

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38

Figura 1: Matriz Probabilidade e Impacto

Os valores mínimos e máximos indicados na Tabela 1 sugerem que respondentes

diferentes avaliaram um mesmo elemento de risco, seja Probabilidade ou Impacto, tanto como Muito

Baixo quanto como Muito Alto, com impactos substanciais também nas percepções sobre

Criticidade. Por exemplo, para o Risco 3, um mesmo respondente atribuiu notas 1 (Muito Baixo)

tanto para a Probabilidade quanto o Impacto refletindo uma Criticidade de 1, enquanto um outro

respondente atribuiu notas 5 (Muito Alto) para os dois elementos de risco, conduzindo a uma

Criticidade de 25. Ou seja, para um mesmo risco, diferentes respondentes atribuíram notas nos

espectros opostos da escala.

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39

TABELA 2 - Estatísticas descritivas para os dados do Questionário 2

Esse amplo intervalo de avaliação tanto para as escalas de Probabilidade e Impacto quanto para a

Criticidade é um importante resultado desta pesquisa, evidenciando que, mesmo profissionais com

expertise em gestão de projetos, têm percepções bem distintas quando avaliam risco por meio das

escalas sugeridas pelo PMBOK.

Discrepâncias semelhantes ocorrem nas avaliações numéricas de Probabilidade e

Impacto obtidas a partir do Questionário B, conforme mostra a Tabela 2. Por exemplo, a

Probabilidade de o evento de Risco 6 acontecer é avaliado em 5% por um respondente e por 100%

por outro, como pode ser evidenciado pelas estatísticas mínimas e máximas. Para esse mesmo risco,

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40

um outro respondente estima o impacto em 3 milhões reais e outro em 300 milhões de reais, um

número 100 vezes maior.

Tendo em vista que o valor inicial do projeto, de acordo com o caso hipotético

apresentado no questionário, é 375 milhões de reais, as estimativas de prejuízo relativo em função

do Risco 6 flutuam, portanto, de 0,8% a 80% do valor inicial orçado. Os valores esperados,

calculados como produto da Probabilidade e do Impacto do Risco 6, considerando os respondentes

que atribuíram o menor e o maior para essa métrica, são respectivamente 1 e 240 milhões de reais.

Esses resultados discrepantes estendem-se pelos outros tipos de riscos, tornando ainda

mais evidentes as diferenças nas estimativas realizadas pelos respondentes individualmente. Por

exemplo, o intervalo entre as estimativas mínimas e máximas de valor esperado para o Risco 3 está

entre 0,4 e 375 milhões de reais.

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41

5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

Considerando o primeiro objetivo específico, de avaliação de riscos do Contrato de

Modernização dos Helicópteros AS365K, identificou-se que as discrepâncias decorrentes da

necessidade de troca de peças e que a flutuação de variáveis de taxas de câmbio e nível de inflação

constituem importantes fatores de riscos do projeto.

Durante a fase de planejamento do contrato em 2009, a equipe da Diretoria de Material

de Aviação do Exército teve grande dificuldade para mensurar os riscos devido a inexistência de

banco de dados históricos e de lições aprendidas em projetos semelhantes. O contrato foi o primeiro

projeto de modernização de helicópteros realizado pelo Exército Brasileiro.

A ausência de dados históricos e a falta de metodologia de risco adotada pelo Exército

à época pode ter contribuído para a falta de previsão de recursos para atender os custos relativos às

discrepâncias técnicas e às variações de indicadores que corrigem financeiramente o contrato. Em

particular, as discrepâncias técnicas surgem por ocasião da desmontagem total do helicóptero para a

modernização e dependem do estado de conservação de cada helicóptero e da eventual extrapolação

de limites técnicos durante o seu emprego.

Apesar de o contrato inicial não constar o pagamento das discrepâncias, à medida que

os helicópteros foram sendo desmontadas para a modernização, surgiu a necessidade de realizar

reparos e trocar peças e componentes com custos bastante elevados. Considerando somente os 10

(dez) helicópteros modernizados até dezembro de 2018, o custo total das discrepâncias foi de BRL

22.885.673,23.

Outro risco não avaliado adequadamente foi a correção monetária e a variação cambial

aplicadas sobre o contrato. Esses ajustes dependem das conjunturas econômicas nacional e

internacional e podem impactar consideravelmente os resultados financeiros. Por exemplo, no

período contratual estudado, a cotação do Euro passou de BRL 2,55, em dezembro de 2009, para

BRL 4,22 por ocasião do pagamento da modernização do helicóptero EB 2027, entregue em

dezembro de 2018.

Além disso, a correção aplicada ao valor das peças e componentes utilizadas na

modernização dos helicópteros foi de 32,46 % e a correção aplicada aos serviços de manutenção

realizados durante a modernização dos helicópteros foi de 68,40 %, no período de dezembro de 2009

a dezembro de 2018.

Como exemplo do impacto das correções monetárias sobre o contrato, somado ao

custo das discrepâncias, no período de dezembro de 2009 a dezembro de 2018, verificou-se um

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aumento de 133%, comparando-se o custo da modernização de um helicóptero por ocasião da

assinatura do contrato definido em BRL 8.195.815,43 e o valor da unidade entregue modernizada de

BRL 19.096.166,66. A despeito do maior valor, o custo da modernização ainda é menor que o de um

helicóptero novo similar (Helicóptero EC 155 na versão militar), cujo preço atual é de cerca de BRL

40.000.000,00.

Outro ponto de atenção envolve o contingenciamento de recursos pelo Governo

Federal. Este risco é substancial, principalmente quando se analisa contratos públicos e de longo

prazo. A troca de presidente a cada quatro anos implica em uma grande imprevisibilidade na

distribuição dos recursos financeiros entre os diversos órgãos. A título de ilustração, para o ano de

2020, estavam previstos cerca de BRL 159 milhões para o Programa Aviação do Exército, no entanto,

a previsão orçamentária para o ano é de apenas BRL 61 milhões.

Considerando o segundo objetivo específico do trabalho, buscou-se avaliar a

consistência de opiniões de profissionais em gestão de projetos complexos, a partir da atribuição de

valores de probabilidade e impacto para riscos associados a um projeto de manutenção de

helicópteros, semelhante ao discutido anteriormente. Por ocasião da aplicação dos questionários, foi

simulada a situação ocorrida em 2009, quando não existiam dados históricos e nem lições

apreendidas em contratos anteriores.

Podemos constatar que nas respostas ao questionário A, que demandava uma

avaliação qualitativa de probabilidade de ocorrência e de impacto sobre os objetivos do contrato,

conforme as escalas de 1 a 5 (Muito baixo, Baixo, Médio, Alto, Muito alto), ocorreram distorções

substanciais como, pode ser observado nas estatísticas descritivas da Tabela 1. Por exemplo, há

situações em que um dos respondentes indicou uma estimativa de impacto Muito baixo e outro

respondente Muito alto, para um mesmo risco. A definição de uma escala entre 1 a 5 limita a

dispersão de avaliações dos respondentes, conforme pode ser visto na Tabela 1, porém é importante

evidenciar que respondentes podem ter avaliações bem dispersas.

A dispersão de estimativas torna-se mais evidente nas respostas do questionário B,

que exigia uma avaliação quantitativa (probabilidade de ocorrência do risco em percentual e impacto

sobre o contrato em milhões de reais). Como exemplo, foi constatado que nas respostas relativas ao

risco n° 3, quanto ao impacto sobre os custos do contrato ocorreu uma variação de estimativas entre

BRL 1 milhão e BRL 375 milhões. Da mesma forma, nas respostas relativas ao risco nº 10, versando

sobre a probabilidade de ocorrência do risco, a variação das estimativas ficou entre 5% e 100%.

O elevado desvio padrão e a grande dispersão nas respostas podem ter sido motivados

pela falta de especialistas em gestão de riscos entre os respondentes do questionário. Apesar de os

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respondentes terem experiência em gestão de projetos complexos, a análise de risco impõe desafios

para a análise, pois envolvem acontecimentos futuros incertos, implicando em avaliações simples

tanto de probabilidade quanto de impacto.

Com o objetivo de contribuir com o planejamento de riscos em novos projetos de

modernização de aeronaves da Aviação Exército Brasileiro, recomenda-se a previsão de uma reserva

de contingência para fazer face a discrepâncias, as correções monetárias e a prováveis

contingenciamentos de recursos pelo Governo Federal. A reserva de contingência poderá ser

fundamentada com os dados apurados neste estudo, relativos a projetos de modernização de

helicópteros.

Assim, como sugestão, este trabalho pode contribuir para a criação de uma base inicial

de dados históricos referentes a projetos de modernização de helicópteros. Considerando os nove

anos (2009-2018) de vigência do Contrato e tomando como base o valor final da modernização do

helicóptero EB-2027 (concluída em dezembro de 2018), verificou-se que as discrepâncias

aumentaram cerca de 16% o valor final do helicóptero modernizado.

Já a correção monetária (INPC), a variação cambial e a atualização anual no valor das

peças e componentes resultaram em um acréscimo de 95% no valor final do helicóptero

modernizado. Assim, os custos das discrepâncias somados com as atualizações financeiras anuais no

valor do contrato resultaram em um acréscimo de 133% no valor final do helicóptero modernizado.

Para subsidiar a base de dados históricos referente ao cronograma de entregas, foi

constatado que a complexidade do protótipo resultou em um atraso de 18 meses na entrega do mesmo

e nos testes para a sua validação. Somente em agosto de 2014, o protótipo foi validado e o Exército

Brasileiro decidiu prosseguir com a modernização dos helicópteros. No cronograma inicial estava

prevista a entrega de 11 (onze) helicópteros modernizados até agosto de 2014.

O atraso na validação do protótipo e os diversos contingenciamentos de recursos

resultaram em várias mudanças no cronograma de entrega. Como exemplo, verificou-se que até

dezembro de 2018, foram entregues 10 helicópteros modernizados enquanto o cronograma inicial

previa a entrega de 25.

Para que as lições aprendidas possam ser compartilhadas e não fiquem restritas aos

integrantes do projeto, recomenda-se a inserção das mesmas no banco de dados históricos e de lições

aprendidas do EPEx.

Ademais, os resultados de alta dispersão entre estimativas sobre probabilidade e

impacto de riscos sugerem a necessidade de maior capacitação e entendimento sobre riscos. Em

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especial, com a construção de uma base de dados de eventuais perdas e ganhos advindos de fatores

de riscos, modelagem matemática poderá ser estabelecida para geração de ferramenta de suporte à

análise.

Finalmente, tendo em vista a classificação sigilosa “confidencial” do Contrato de

Modernização dos Helicópteros AS365K do Exército Brasileiro, solicita-se que o presente trabalho

seja divulgado somente no âmbito do Escritório de Projetos do Exército.

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REFERÊNCIA

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Apêndice A – Questionário nº 1

QUESTIONÁRIO Nº 1

Este questionário visa subsidiar o Trabalho de Conclusão de Curso do MBA em Gestão de Projetos da Universidade de Brasília/2019 e versa

sobre o tema Gestão de Riscos em Projetos.

Em 2009, estava sendo encerrado o ciclo de vida dos helicópteros AS365K adquiridos pelo Exército Brasileiro (EB) na década de 1980. Em

face da conjuntura nacional, que restringia grandes investimentos, o Comando do Exército decidiu modernizar os helicópteros por um valor correspon-

dente a 25% do custo de aquisição de helicópteros novos.

O contrato de modernização foi firmado com a HELIBRAS e tem como objeto a reconstrução e modernização de 2 (dois) helicópteros, e a

modernização de 34 helicópteros AS365K.

A HELIBRAS, sediada em Itajubá/MG, é a empresa responsável pela produção, venda e pós-venda no Brasil de aeronaves da Airbus Helicop-

ters, maior fornecedora mundial do Setor, controlada pelo Airbus Group.

O Contrato prevê o teste e a aprovação de um protótipo como condição para prosseguir na modernização das outras aeronaves.

O valor total do Contrato, por ocasião da sua assinatura em Dez/2009, foi de R$ 375.803.725 ,00

O reajuste anual, previsto no Contrato, vem sendo realizado nas seguintes condições:

- Os preços dos materiais e componentes serão reajustados em euros, anualmente, com o primeiro ocorrendo 12 (doze) meses após a

assinatura do Contrato, no percentual da variação anual média dos preços de 25 (vinte e cinco) componentes escolhidos de comum acordo entre as

partes, limitado a 5% (cinco por cento) ao ano.

- A atualização cambial, realizada a cada emissão de fatura, será feita sobre o preço do material reajustado, com base na cotação de

fechamento da taxa de venda da moeda EURO/COM. EUROPEIA, do primeiro dia útil anterior à data do faturamento, com 5 (cinco) dígitos após a

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vírgula, conforme cotação do Banco Central do Brasil, no endereço eletrônico http://www5.bcb.gov.br/ ou, na sua extinção, outro a ser adotado pela

entidade e acordado entre as partes.

- Os preços dos serviços necessários ao cumprimento do Contrato serão reajustados, anualmente, 12 (doze) meses após a data da assinatura

do Contrato, no percentual da variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nessa data.

O objetivo desta pesquisa é coletar os resultados de uma avaliação qualitativa referente à probabilidade de ocorrência e ao impacto dos riscos

no Contrato.

Para colaborar com a pesquisa o Sr deverá atribuir uma menção entre 1 e 5 para a probabilidade de o risco ocorrer e uma menção de 1 a 5 para

a gravidade do impacto sobre o contrato.

Probabilidade de ocorrência do risco Impacto sobre os objetivos do contrato

descritor nível

Muito alta 5

Alta 4

Media 3

Baixa 2

Muito baixa 1

descritor nível

Muito alto 5

Alto 4

Médio 3

Baixo 2

Muito baixo 1

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RISCO PROBABILIDADE IMPACTO

1. Devido à complexidade da modernização da aeronave poderá ocorrer descumprimento do prazo

de entrega do protótipo, resultando em atraso no cronograma do contrato.

2. O atraso no pagamento da empresa contratada poderá resultar no descumprimento de prazo de

entrega do protótipo, resultando em atraso no cronograma do contrato.

3. A falta de capacidade técnica da empresa contratada poderá produzir um protótipo que não atenda

aos requisitos operacionais resultando no cancelamento do projeto.

4. A falta de capacidade da empresa contratada se estruturar adequadamente para realizar a moder-

nização das aeronaves poderá resultar em cancelamento do contrato.

5. O atraso no pagamento da empresa contratada poderá gerar o descumprimento dos prazos de

entrega das aeronaves modernizadas, resultando em atraso no cronograma do contrato.

6. O corte ou contingenciamento de recursos pelo governo federal poderá comprometer a capacidade

da empresa contratada realizar as entregas no prazo previsto, resultado em atraso no cronograma.

7. O corte ou contingenciamento de recursos pelo governo federal poderá levar a empresa contratada

à falência e, consequentemente, o encerramento do contrato.

8. O atraso no pagamento da empresa contratada poderá resultar em multas contratuais para o Exér-

cito Brasileiro, gerando aumento nos custos do contrato.

9. O constante atraso nos pagamentos da empresa contratada poderá gerar uma solicitação de ree-

quilíbrio contratual por parte da empresa, resultando em aumento nos custos do contrato.

10. Os cenários econômicos nacional e internacional poderão impor variações cambiais (EURO) e

correções elevadas no INPC, acima do valor estimado no contrato, resultando em aumento de custos.

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Apêndice B – Questionário nº 2

QUESTIONÁRIO 2

Este questionário visa subsidiar o Trabalho de Conclusão de Curso do MBA em Gestão de Projetos da Universidade de Brasília/2019 e versa

sobre o tema Gestão de Riscos em Projetos.

Em 2009, estava sendo encerrado o ciclo de vida dos helicópteros AS365K adquiridos pelo Exército Brasileiro (EB) na década de 1980. Em

face da conjuntura nacional, que restringia grandes investimentos, o Comando do Exército decidiu modernizar os helicópteros por um valor correspon-

dente a 25% do custo de aquisição de helicópteros novos.

O contrato de modernização foi firmado com a HELIBRAS e tem como objeto a reconstrução e modernização de 2 (dois) helicópteros, e a

modernização de 34 helicópteros AS365K.

A HELIBRAS, sediada em Itajubá/MG, é a empresa responsável pela produção, venda e pós-venda no Brasil de aeronaves da Airbus Helicop-

ters, maior fornecedora mundial do Setor, controlada pelo Airbus Group.

O Contrato prevê o teste e a aprovação de um protótipo como condição para prosseguir na modernização das outras aeronaves.

O valor total do Contrato, por ocasião da sua assinatura em Dez/2009, foi de R$ 375.803.725 ,00

O reajuste anual, previsto no Contrato, vem sendo realizado nas seguintes condições:

- Os preços dos materiais e componentes serão reajustados em euros, anualmente, com o primeiro ocorrendo 12 (doze) meses após a

assinatura do Contrato, no percentual da variação anual média dos preços de 25 (vinte e cinco) componentes escolhidos de comum acordo entre as

partes, limitado a 5% (cinco por cento) ao ano.

- A atualização cambial, realizada a cada emissão de fatura, será feita sobre o preço do material reajustado, com base na cotação de

fechamento da taxa de venda da moeda EURO/COM. EUROPEIA, do primeiro dia útil anterior à data do faturamento, com 5 (cinco) dígitos após a

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vírgula, conforme cotação do Banco Central do Brasil, no endereço eletrônico http://www5.bcb.gov.br/ ou, na sua extinção, outro a ser adotado pela

entidade e acordado entre as partes.

- Os preços dos serviços necessários ao cumprimento do Contrato serão reajustados, anualmente, 12 (doze) meses após a data da assinatura

do Contrato, no percentual da variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nessa data.

O objetivo desta pesquisa é coletar os resultados de uma avaliação qualitativa referente à probabilidade de ocorrência e ao impacto dos riscos

nos custos Contrato.

Para colaborar com a pesquisa o Sr deverá atribuir um valor para a probabilidade de ocorrência do risco, entre 0% e 100% (exemplo: 30% /

80%) e um valor do impacto monetário mais provável, caso o risco se concretize. Este valor deverá ser estimado em milhões de reais. (exemplo: 5

milhões / 80 milhões).

Observação: o valor inicial do contrato, em Dez/2009, era cerca de 375 milhões de reais.

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RISCO PROBABILIDADE IMPACTO

1. Devido à complexidade da modernização da aeronave poderá ocorrer descumprimento do prazo de

entrega do protótipo, resultando em atraso no cronograma do contrato.

2. O atraso no pagamento da empresa contratada poderá resultar no descumprimento de prazo de en-

trega do protótipo, resultando em atraso no cronograma do contrato.

3. A falta de capacidade técnica da empresa contratada poderá produzir um protótipo que não atenda

aos requisitos operacionais resultando no cancelamento do projeto.

4. A falta de capacidade da empresa contratada se estruturar adequadamente para realizar a moderni-

zação das aeronaves poderá resultar em cancelamento do contrato.

5. O atraso no pagamento da empresa contratada poderá gerar o descumprimento dos prazos de en-

trega das aeronaves modernizadas, resultando em atraso no cronograma do contrato.

6. O corte ou contingenciamento de recursos pelo governo federal poderá comprometer a capacidade

da empresa contratada realizar as entregas no prazo previsto, resultado em atraso no cronograma.

7. O corte ou contingenciamento de recursos pelo governo federal poderá levar a empresa contratada

à falência e, consequentemente, o encerramento do contrato.

8. O atraso no pagamento da empresa contratada poderá resultar em multas contratuais para o Exér-

cito Brasileiro, gerando aumento nos custos do contrato.

9. O constante atraso nos pagamentos da empresa contratada poderá gerar uma solicitação de reequilí-

brio contratual por parte da empresa, resultando em aumento nos custos do contrato.

10. Os cenários econômicos nacional e internacional poderão impor variações cambiais (EURO) e

correções elevadas no INPC, acima do valor estimado no contrato, resultando em aumento de custos.

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ANEXO A - Escritório de Projetos do Exército (EPEx)

O Escritório de Projetos do Exército (EPEx) foi criado em 10 de setembro de 2012.

Conforme exposto no site: http://www.epex.eb.mil.br, o EPEx tem as seguintes competências:

- Atuar como órgão de coordenação executiva do Estado Maior do Exército (EME)

para fins de governança do Portfólio Estratégico do Exército, constituindo-se no escritório de

projetos de mais alto nível da Força.

- Planejar e coordenar as ações de relações institucionais de interesse do Portfólio

Estratégico do Exército (Ptf EE), dos Programas Estratégicos do Exército (Prg EE) e dos Projetos

Estratégicos do Exército (PEE).

- Propor e manter atualizadas as normas para governança e gestão do Portfólio

Estratégico, dos programas e dos projetos estratégicos do Exército Brasileiro.

- Estabelecer ligação com equipes de programas, projetos e com os Escritórios

Setoriais de Projetos dos Órgãos de Direção Setorial (ODS), do Órgão de Direção Operacional

(ODOp) e dos Comandos Militares de Área (C Mil A) para tratar de assuntos relativos à gerência de

programas e projetos estratégicos.

- Atuar como multiplicador do conhecimento em projetos, programas e portfólio.

- Realizar a gestão de projetos de Parceria Público-Privada (PPP).

- Atuar como Secretaria Executiva do Comitê Gestor de PPP do Comando do

Exército.

Os programas, reunidos no Portfólio Estratégico do Exército, foram agrupados em

três subportfólios: Defesa da Sociedade, Geração de Força e Dimensão Humana.

O Subportfólio Defesa da Sociedade aglutina o conjunto de programas provedores de

novas capacidades ao Exército, que resultarão em benefícios diretos ao Estado e à Sociedade, em

termos de bens e serviços de defesa destinados à proteção contra ameaças externas, promovendo a

segurança e a paz social.

No portfólio Defesa da Sociedade está inserido o Programa Aviação do Exército cuja

finalidade é manter a Aviação do Exército atualizada, face aos modernos meios e formas de combate

hoje existentes.

Para exercer as suas funções o EPEX possui a seguinte estrutura, conforme o organograma

abaixo:

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FIGURA 2 – Organograma do EPEx.

Fonte: http://www.epex.eb.mil.br/index.php/organograma, acesso em 28 jul 2019

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FIGURA 3 - Portfólio Estratégico do Exército.

Fonte: http://www.epex.eb.mil.br/index.php/texto-explicativo

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ANEXO B - Mensuração de Riscos no Escritório de Projetos do Exército

A metodologia utilizada para mensurar riscos em projetos no Escritório de Projetos do Exército está

prescrita nas suas Normas para Elaboração, Gerenciamento e Acompanhamento de Projetos no

Exército Brasileiro - 2ª Edição/2013 (NEGAPEB), na Seção IX.

Neste estudo, serão abordadas apenas as análises qualitativa e quantitativa dos riscos. Segundo a

NEGAPEB (2013), existem os seguintes métodos de análise:

I - Qualificação

II - Quantificação

No primeiro método, os riscos identificados são analisados de acordo com os critérios de

probabilidade de ocorrência e de seu potencial de impacto (gravidade). A medida do risco

(criticidade) é avaliada cruzando-se esses dois dados na Matriz de Riscos.

QUADRO 1 – Matriz de Riscos

Fonte: NEGAPEB (2013, P51)

A probabilidade é estabelecida com base em tendências históricas ou, na ausência desta, os

percentuais são estabelecidos pela equipe do projeto:

I - Baixa: quando a probabilidade de ocorrência do evento for estimada em menos de 30%;

II - Média: quando a probabilidade for razoável, ou seja, entre 30 e 70%;

III - Alta: quando o risco for iminente e maior que 70%.

Quanto ao impacto nos fatores custo, tempo, escopo e qualidade, os riscos são classificados como:

I – Baixo: irrelevante;

II – Médio: relevante para o projeto, necessitando de gerenciamento preciso, sob pena de prejudicar

os resultados almejados; e

III – Alto: o impacto do evento de risco é elevado. Caso não haja uma ação oportuna e eficaz por

parte da equipe de projeto, os resultados serão seriamente prejudicados.

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Quanto à criticidade, os riscos são classificados em:

I – Baixo: o risco não compromete seriamente o projeto;

II – Médio: o risco compromete alguns resultados do projeto, principalmente em termos de custos,

prazo e qualidade; e

III – Alto: o risco compromete o projeto como um todo, inviabilizando sua continuidade e os

resultados globais.

É o gerente que vai atribuir um grau de criticidade ao risco, após cruzar a probabilidade com os

impactos, que vai servir para priorizar os riscos.

A figura 1 é apenas um exemplo de classificação. Havendo dúvida na medida, o gerente deve

considerar a pior hipótese. (Ex: probabilidade média e impacto alto = criticidade alta).

Deve-se fazer uma Matriz de Riscos para cada risco. Se desejar mais controle, o gerente pode, para

cada risco, fazer uma matriz por resultado (custo, prazo, qualidade e escopo). Pode, ainda, criar mais

faixas de probabilidade e impacto (o exemplo da Figura 1 apresenta apenas 3 faixas para cada fator),

facilitando na hora de priorizar os riscos.

A quantificação consiste na estimativa numérica da probabilidade, na determinação numérica do

impacto e na priorização de riscos.

No método quantitativo, os parâmetros de probabilidade e impacto são expressos por meio de valores

numéricos, estimados por especialistas ou por consenso no âmbito da equipe do projeto. O risco será

sempre um percentual, que significará a chance de ocorrer.

Fornece assim informações mais precisas para uma análise mais adequada do projeto. Neste método

(quantitativo), a estimativa do impacto será, na maioria das vezes, um valor que se relaciona

diretamente com o valor total do projeto.

Os métodos qualitativo e quantitativo podem ser usados individualmente ou em conjunto.

De uma maneira prática, utiliza-se a qualificação para fazer uma pré-seleção dos riscos, para depois

se quantificar apenas os riscos selecionados.

A Avaliação dos Riscos, estabelecida por meio da utilização somente do método qualitativo ou de

ambos, auxilia a determinar se o risco é aceitável ou tolerável, na tomada de decisão sobre quais

riscos necessitam de tratamento e no estabelecimento de prioridades.

Page 65: Dilson Gamarra Rodrigues - Exército Brasileiro - TCC Dil… · Dilson Gamarra Rodrigues Prof Dr Herbert Kimura Professor-Orientador ... Brasília, 10 de setembro de 2019. AGRADECIMENTOS

ANEXO C - O Programa Estratégico Aviação do Exército (Prg EE Av Ex).

O Prg EE Av Ex está incluído no Portfólio Estratégico do Exército e visa readequar o Sistema

Aviação do Exército para atender demandas atuais e futuras identificadas pela Estratégia Nacional

de Defesa. O Programa possui duas ações complementares e cinco projetos (Fonte: Escritorio de

Projetos do Exército):

“a. Ação Complementar de Infraestrutura.

Tem por objetivo completar a infraestrutura, construindo, ampliando, reformando e adequando as

instalações das organizações militares da Aviação do Exército.

b. Ação Complementar de Modernização das Aeronaves Esquilo/Fennec e Pantera.

Tem como objetivo completar o processo de modernização dos helicópteros, estender a vida útil das

aeronaves e manter as capacidades de reconhecimento, instrução e emprego geral.

c. Projeto Sistema de Armamento Axial e Imageamento para Helicópteros.

Tem como objetivo incrementar a capacidade de reconhecimento armado, vigilância e aquisição de

alvos e emprego armado com foguetes e metralhadoras.

d. Projeto Simulador de Voo.

Tem como objetivo o desenvolvimento de software e hardware de um “full flight simulator” do

helicóptero AS365K2 “Super Pantera” no Centro de Instrução de Aviação do Exército, sediado em

Taubaté/SP.

e. Projeto Manutenção da Capacidade Operativa das Aeronaves de Manobra.

Tem por objetivo dotar o Exército Brasileiro de novas aeronaves de médio porte, reduzir o

desequilíbrio entre as frotas de diferentes origens e ampliar as opções logísticas que atendem o

Sistema Aviação do Exército.

f. Projeto Ampliação da Capacidade de Transporte Logístico.

Tem por objetivo a aquisição de aeronaves de asa fixa para o cumprimento de missões de pronta

resposta estratégica, comando e controle e sustentação logística.

g. Projeto Ampliação da Capacidade de Ataque.

Tem por objetivo adquirir novas aeronaves de ataque para apoiar as forças de superfície e atuar sobre

alvos compensadores com precisão e letalidade.”