Dinâmicas de Espiritualidade e Fé

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DINÂMICAS DE ESPIRITUALIDADE E FÉ 1 - CAMINHANDO ENTRE OBSTÁCULOS Tema: Deus "não permitirá que sejais tentados além das vossas forças". Tempo: 15min. Material: garrafas, latas, cadeiras ou qualquer outro objeto que sirva de obstáculo, e lenços que sirvam como vendas para os olhos. Desenvolvimento: Os obstáculos devem ser distribuídos pela sala. As pessoas devem caminhar lentamente entre os obstáculos sem a venda, com a finalidade de gravar o local em que eles se encontram. As pessoas deverão colocar as vendas nos olhos de forma que não consigam ver e permanecer paradas até que lhes seja dado um sinal para iniciar a caminhada. O coordenador, com auxilio de uma ou duas pessoas, imediatamente e sem barulho, tira todos os obstáculos da sala. O coordenador insistirá em que o grupo tenha bastante cuidado, em seguida pedirá para que caminhem mais rápido. Após um tempo o coordenador pedirá para que todos tirem as vendas, observando que não existem mais obstáculos. Discutir as dificuldades e obstáculos que encontramos no mundo, ressaltando porém que não devemos temer, pois quem está com Cristo tem auxílio para vencer. Iluminação Bíblica: I Coríntios 10:12- 13. 2 - BRASA NO BRASEIRO Tema: comunhão e participação Tempo: 10min. Participantes: mínimo 5 pessoas. Material: braseiro com várias brasas acesas (pode ser uma churrasqueira pequena e carvão); 1 caixa de areia; 1 pinça. Desenvolvimento: Ao início de uma reunião, o coordenador retira uma brasa do braseiro e coloca na caixa de areia, informando aos presentes que ao final voltará àquela brasa. Segue-se uma atividade ou brincadeira. Ao final chama-se a atenção para a brasa que foi isolada na caixa de areia. Ela está quase apagada, podendo até ser tocada com a mão, enquanto as demais, que se mantiveram juntas, trocaram entre si e mantiveram o calor. O coordenador promove um debate ressaltando o paralelo entre as brasas no braseiro e os cristãos na Igreja, mantendo aceso o "Fogo da Fé". 3 - CREDO APOSTÓLICO Tema: Confissão de fé; descrevendo em quem você acredita. Tempo: 30 min. Participantes: mínimo 6 pessoas. Material: papel e canetas, folhas de perguntas, cópia do Credo Apostólico. Desenvolvimento: Forme um círculo e proponha um rápido exercício: Peça a uma pessoa que descreva sua mãe; outra que descreva seu irmão, etc.. Estas pessoas, em voz alta e rapidamente, devem dar algumas informações sobre as pessoas indicadas. Ressalte as formas de fazer uma descrição: detalhes físicos, 106

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DINÂMICAS DE ESPIRITUALIDADE E FÉ

1 - CAMINHANDO ENTRE OBSTÁCULOS

Tema: Deus "não permitirá que sejais tentados além das vossas forças".

Tempo: 15min.

Material: garrafas, latas, cadeiras ou qualquer outro objeto que sirva de obstáculo, e lenços que sirvam como vendas para os olhos.

Desenvolvimento:

Os obstáculos devem ser distribuídos pela sala. As pessoas devem caminhar lentamente entre os obstáculos sem a venda, com a finalidade de gravar o local em que eles se encontram.

As pessoas deverão colocar as vendas nos olhos de forma que não consigam ver e permanecer paradas até que lhes seja dado um sinal para iniciar a caminhada. O coordenador, com auxilio de uma ou duas pessoas, imediatamente e sem barulho, tira todos os obstáculos da sala.

O coordenador insistirá em que o grupo tenha bastante cuidado, em seguida pedirá para que caminhem mais rápido. Após um tempo o coordenador pedirá para que todos tirem as vendas, observando que não existem mais obstáculos.

Discutir as dificuldades e obstáculos que encontramos no mundo, ressaltando porém que não devemos temer, pois quem está com Cristo tem auxílio para vencer.

Iluminação Bíblica: I Coríntios 10:12-13.

2 - BRASA NO BRASEIRO

Tema: comunhão e participação

Tempo: 10min.

Participantes: mínimo 5 pessoas.Material: braseiro com várias brasas acesas (pode ser uma churrasqueira pequena e carvão); 1 caixa de areia; 1 pinça.

Desenvolvimento:

Ao início de uma reunião, o coordenador retira uma brasa do braseiro e coloca na caixa de areia, informando aos presentes que ao final voltará àquela brasa.

Segue-se uma atividade ou brincadeira. Ao final chama-se a atenção para a brasa

que foi isolada na caixa de areia. Ela está quase apagada, podendo até ser tocada com a mão, enquanto as demais, que se mantiveram juntas, trocaram entre si e mantiveram o calor.

O coordenador promove um debate ressaltando o paralelo entre as brasas no braseiro e os cristãos na Igreja, mantendo aceso o "Fogo da Fé".

3 - CREDO APOSTÓLICO

Tema: Confissão de fé; descrevendo em quem você acredita.

Tempo: 30 min.

Participantes: mínimo 6 pessoas.

Material: papel e canetas, folhas de perguntas, cópia do Credo Apostólico.

Desenvolvimento:

Forme um círculo e proponha um rápido exercício:

Peça a uma pessoa que descreva sua mãe; outra que descreva seu irmão, etc.. Estas pessoas, em voz alta e rapidamente, devem dar algumas informações sobre as pessoas indicadas.

Ressalte as formas de fazer uma descrição: detalhes físicos, características emocionais, gostos, etc...

Depois deste rápido exercício, divida a turma em 3 grupos.

Cada grupo vai receber um papel com um nome escrito - 1. Deus; 2. Jesus; 3. Espírito Santo - e deverá compor uma descrição da pessoa indicada no seu papel. Para ajudá-las na descrição você pode acrescentar algumas perguntas: Como esta pessoa agia no passado? E hoje? O que esta pessoa fez e/ou faz por você? Qual sua relação e sentimentos para com esta pessoa?

Deixe cerca de 10 minutos. Distribua então uma folha de perguntas para debate ainda nos pequenos grupos:

"Creio em Deus Pai, todo poderoso, Criador do Céu e da Terra"

No que a sua descrição de Deus se parece e/ou difere desta linha do Credo Apostólico?

Para que serve o Credo Apostólico? Porque e quando o dizemos?

"Creio em Jesus Cristo, seu filho unigênito, nosso Senhor e Salvador..."

No que a sua descrição de Deus se parece e/ou difere desta linha do Credo Apostólico?

Para que serve o Credo Apostólico? Porque e quando o dizemos?

"Creio no Espírito Santo..."

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No que a sua descrição de Deus se parece e/ou difere desta linha do Credo Apostólico?

Para que serve o Credo Apostólico? Porque e quando o dizemos?

Acrescente ainda quaisquer outras perguntas que você queira, de acordo com tempo, grupo e linha de discussão.

Deixe mais um tempo para que cada grupo comente as perguntas. Forme novamente um círculo com todos e peça comentários e/ou as respostas a cada pergunta.

Encerre com a leitura de um novo Credo: Leia a primeira parte do Credo Apostólico,

em seguida o grupo 1 lê a sua descrição de Deus; Leia a segunda parte do Credo, e o grupo 2. Lê a sua descrição de Jesus; Leia a terceira parte do Credo Apostólico e o grupo 3. Encerra com sua descrição do Espírito Santo.

Sugestão: pode-se ler esta composição, resultado do trabalho do grupo, com toda a comunidade num culto, substituindo o Credo Apostólico. Leve cópias para distribuir à comunidade ou copie o texto em lâminas para retroprojetor para que todos possam acompanhar.

Considerações: em geral o comportamento das pessoas ao recitar o Credo nos cultos é cabisbaixo e fechado. Pode-se fazer uma analogia ao torcedor de um time, que veste camisa, tem bandeiras e flâmulas em casa, canta o hino, se mostra como torcedor. O Credo Apostólico é nossa "bandeira" como cristãos. Ele resume aquilo em que nós cremos, por isso, deveria ser falado em todas as circunstâncias em que somos questionados a respeito de nossa fé e ao recitarmos em nossos cultos, deveria ser dito com a cabeça erguida, quem sabe até, olhando nos olhos de outra pessoa.

4 - DE QUEM SERÁ O PRESENTE?

Tema: Auto-estima; dons e serviço.

Tempo: 20 min.

Participantes: mínimo 5 pessoas.

Material: 1 Presente (pode ser bombons com mensagens, ou outra lembrancinha, mas que tenha uma para cada pessoa. Deve estar em uma caixa bonita de presente, que desperte a curiosidade de todos.)

Desenvolvimento:

Embrulhe o presente da seguinte maneira: primeiro uma camada de papel de presente, a mensagem número 14. Papel de presente, a mensagem número 13; papel de presente, mensagem número 12, e assim sucessivamente até usar todas as mensagens. Termine com uma camada de papel de presente.

Explique que uma pessoa no grupo irá receber o presente, mas que ela tem que ser a pessoa certa. Sorteie quem irá começar a brincadeira. A

pessoa sorteada abre o primeiro papel de presente e acha o bilhete e age de acordo, passando o presente a próxima pessoa. Assim até que todos os papéis tenham sido abertos. Incentive as pessoas a procurarem alguém que ainda não tenha participado a cada nova instrução.

Parabéns!! Você tem muita sorte, foi sorteado com este presente. Ele simboliza a compreensão, a confraternização e a amizade que temos e ampliaremos. Mas o presente não será seu. Observe os amigos e aquele que considera mais organizado será o ganhador dele.

A organização é algo de grande valor e você é possuidor desta virtude, irá levantar-se para entregar este presente ao amigo que você achar mais feliz.

Você é feliz, construa sempre a sua felicidade em bases sólidas. A felicidade não depende dos outros, mas de todos nós mesmos, mas o presente ainda não será seu. O entregue para uma pessoa que na sua opinião é muito meiga.

A meiguice é algo muito raro, e você a possui, parabéns. Mas o presente ainda não será seu. E você com jeito amigo não vai fazer questão de entregá-lo a quem você acha mais extrovertida.

Por ter este jeito tão extrovertido é que você está sendo escolhido para receber este presente, mas infelizmente ele é seu, passe-o para quem você considera muito corajoso.

Você foi contemplada com este presente, e agora demonstrando a virtude da coragem pela qual você foi escolhida para recebê-lo, entregue-o para quem você acha mais inteligente.

A inteligência nos foi dada por Deus, parabéns por ter encontrado espaço para demonstrar este talento, pois muitos de nossos irmãos são inteligentes, mas a sociedade muitas vezes os impede que desenvolvam sua inteligência. Agora passe o presente para quem você acha mais simpático.

Para comemorar a escolha distribua largos sorrisos aos amigos, o mundo está tão amargo e para melhorar um pouco necessitamos de pessoas simpáticas como você. Parabéns pela simpatia, não fique triste, o presente não será seu, passe-o a quem você acha mais dinâmica.

Dinamismo é a fortaleza, coragem, compromisso e energia. Seja sempre agente multiplicador de boas idéias e boas ações em seu meio. Precisamos de pessoas como você, parabéns, mas passe o presente a quem você acha mais solidário.

Solidariedade é a coisa rara no mundo em que vivemos, de pessoas egocêntricas. Você está de parabéns por ser solidário com seus colegas, mas o presente não será seu, passe-o a quem você acha mais alegre.

Alegria!!! Você nessa reunião poderá fazer renascer em muitos corações a alegria de viver, pessoas alegres como você transmitem otimismo e alto astral. Com sua alegria passe o presente a quem você acha mais elegante.

Parabéns a elegância completa a citação humana e sua presença se torna mais marcante,

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mas o presente não será seu, passe-o para aquele amigo que você acha mais bonito.

Que bom!!! Você foi escolhido o amigo mais bonito entre o grupo, por isso mostre desfilando para todos observarem o quanto você é bonito. Mas o presente não será seu, passe-o para quem lhe transmite paz.

O mundo inteiro clama por paz e você gratuitamente transmite esta tão riqueza, parabéns!!! Você está fazendo falta as grandes potências do mundo, responsáveis por tantos conflitos entre a humanidade. O presente é seu!!! Pode abri-lo. Com muita paz, abra o presente e passe-o a todos os seus amigos e deseje-lhes em nome de todos nós, muita paz.

Se quiser encerre com uma conversa: Quão difícil foi escolher uma pessoa com a qualidade descrita? Há mais pessoas no grupo com as mesmas qualidades? Há desvantagens em ter determinadas qualidades ou de que forma as pessoas podem interpretar sua qualidade como algo negativo (ex.: elegância pode ser confundida com esnobismo; ou alegria pode ser confundida com falta de realismo)? Quais qualidades são as mais importantes? Quais são necessárias ao trabalho da igreja, e como?

5 - O 13O DISCÍPULO

Tema: Discipulado; seguir a Jesus

Tempo: 20 min.

Participantes: mínimo 5 pessoas.

Material: Cartolinas, espelhos ou papel espelhado, canetas.

Desenvolvimento:

Faça um cartão para cada criança, dobrando um pedaço de cartolina e colando dentro o espelho. Do lado de fora escreva: Quem o 13o discípulo?

Mostre um cartão, sem abrir, e diga às crianças que terão - 15 minutos, uma semana, etc - para tentar responder à pergunta e que somente após este tempo receberão o cartão com a resposta.

Prepare e distribua uma lista de tarefas a fazer que poderão ajudá-las a encontrar a resposta:

1. Procurar na Bíblia;2. Memorizar o nome dos 12 discípulos de

Jesus;3. Conversar e entrevistar adultos, pastores,

etc..

Após o tempo determinado, ouça os relatos da pesquisa e entregue os cartões. Depois que as crianças o abrirem converse sobre as reações ao verem sua imagem refletida, como e porque cada um é o 13o discípulo, etc..

Escrever o texto de João 15.14 nos cartões.

As crianças podem então preparar um outro cartão para presentear ou preparar convites ou mensagens para distribuir a amigos.

6 - ENFRENTANDO DESAFIOS COM FÉ

Tema: A Fé supera desafios, testemunho.

Tempo: 15 min.

Participantes: mínimo 5 pessoas.

Material: Bola pequena, 10 vasilhames de refrigerante descartáveis, transparentes e com tampa; tinta guache (diversas cores) e onze etiquetas adesivas

Desenvolvimento:

Encha as garrafas com água. Para dar um colorido a cada uma das garrafas misture um pouco de guache na água.

Escreva nas etiquetas 10 obstáculos que dificultam a missão de evangelizar e que nos afastam de Deus, como por exemplo: egoísmo, inveja, etc. Peça sugestões as crianças do grupo. Cole uma etiqueta em cada garrafa e peça às crianças que as arrumem num extremo da sala, como se fossem um jogo de boliche.

Converse com as crianças sobre o que seria capaz de derrubar estes desafios. Afixe na bola, uma etiqueta com a palavra FÉ.

Começa o jogo, todos deverão mirar os obstáculos e jogar a bola para tentar derrubá-los. Ganha quem conseguir derrubar todos os obstáculos.

Termine fazendo uma reflexão, mostrando que aqueles que crêem em Deus são capazes de superar esses obstáculos e realizar grandes obras em Seu nome.

7 - GARRAFA DOS ELOGIOS

Tema: "a boa palavra o alegra" Pv 12.24b.

Tempo: 10min.

Participantes: no mínimo 5 pessoas.

Material: Uma garrafa vazia (pode ser de refrigerante).

Desenvolvimento:

O grupo deve sentar, formando um círculo. O coordenador coloca a garrafa deitada no

chão no centro da sala e a faz girar rapidamente, quando ela parar estará apontando o gargalo para alguém. O coordenador dirá uma palavra de encorajamento, estímulo ou elogio a essa pessoa.

A pessoa indicada pela garrafa terá então a tarefa de girá-la e falar palavras de

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encorajamento para quem ela apontar e assim sucessivamente.

Iluminação Bíblica: 1 Pe 4:10,11; Ef 4:29,30; Pv 12:25.

8 - O JOIO E O TRIGO

Tema: Parábola do Joio e do Trigo; preconceitos.

Tempo: 10min cada sugestão.

Participantes: mínimo 5 pessoas.

Material: de acordo com a sugestão.

Desenvolvimento:

Nesta página estão algumas idéias sobre a Parábola do Joio e do Trigo. Você pode escolher uma ou outra idéia para utilizar junto com a história ou para iniciar ou encerrar o tema.

Separando grãos: Para ver quão difícil é separar coisas

semelhantes, traga um pacote de grãos misturados e peça as crianças para separarem em pilhas de acordo com o tamanho ou o tipo (você pode misturar: lentilha, ervilha, feijão, milho...).

Outra alternativa é trazer um pacote de chá matte (a granel) e perguntar às crianças se vêem alguma diferença. Depois, usando peneiras de vários tamanhos, ir peneirando o chá e perceber que há tamanhos diferentes no chá: de pedaços maiores a farelo fininho.

Quebra-cabeça:Pegue duas folhas de papel e escreva duas frases diferentes em cada uma; ou imprima um mesmo desenho (colorido diferentemente). Corte as folhas ao mesmo tempo, como um quebra-cabeça. Misture as peças dos dois desenhos e dê às crianças para que montem. No final as peças devem encaixar sem problemas, mas a imagem ou frase não irá fazer sentido.

Sugira às crianças que troquem peças entre os dois jogos para formar a imagem/frase certa.

Você pode usar este jogo para demonstrar a dificuldade dos agricultores ao tentar separar o joio do trigo, afinal eles são muito parecidos quando plantas novas, mas ao crescerem a diferença fica mais visível - assim como as crianças montaram uma imagem similar mas desencontrada e depois conseguiram separar as peças certas.

Paladar:Traga espigas de trigo maduras para mostrar; permita às crianças comerem grãos frescos de trigo.

Faça um pão usando trigo apenas, e outro misturando alguma erva amarga à massa (de preferência que não faça diferença visível) ou use trigo integral (escuro) em ambos para esconder a erva amarga, assim

eles só saberão a diferença se experimentarem. Ofereça os pães às crianças e veja qual elas gostam mais.

Tome cuidado com a escolha da erva - que não seja tóxica, diurética ou medicinal; pergunte a um profissional (médico, nutricionista, homeopata). Também verifique se as crianças não tem alergia a gluten ou outro componente da receita.

Plantas e sementes: Plante grãos de feijão num copo de vidro ou

plástico. Coloque algodão ou papel toalha dentro de um pote de vidro ou plástico. Coloque o grão de feijão sobre o algodão e mantenha úmido. Observe a planta crescendo ao longo das semanas. Você pode plantar diferentes grãos e observar as diferenças.

Você pode decidir fazer um mês de histórias sobre plantas e sementes para acompanhar o crescimento da plantinha, por exemplo, a Parábola do Semeador e a do Grão de Mostarda ou histórias de Gênesis.

Preconceito racial:

A boa semente que Deus planta nos nossos corações não é visível através de cor, idade, sexo, etc... Para demonstrar isso você pode pedir às crianças que formem grupos:

1. De acordo com cor do cabelo;2. De acordo com idade;3. Meninas de um lado, meninos do outro;4. E para encerrar: quem acredita em Deus /

participa da igreja.

Assim elas podem ver que Deus não faz distinções físicas, mas observa as características especiais que cada um tem dentro de si.

9 - LEVAR AS CARGAS UNS DOS OUTROS

Tema: Serviço, Gálatas 6.2.

Tempo: 15min.

Participantes: mínimo 6 pessoas.

Material: papel e lápis

Desenvolvimento:

Cada um recebe um papel e deve escrever uma dificuldade que sente no relacionamento, um medo, problema, etc.. que não gostaria de expor oralmente.

A papeleta deve ser dobrada e colocada num saco.

Depois de bem misturadas às papeletas, cada pessoa pega uma qualquer dentro do saco e assume o problema que está na papeleta como se fosse seu, esforçando-se por compreendê-lo.

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Cada pessoa, por sua vez, lerá em voz alta o problema que estiver na papeleta e usando a 1ª pessoa "eu", fazendo as adaptações necessárias, dirá sua solução para o problema apresentado.

Após este exercício ainda compartilhar e conversar sobre a importância de levarmos a cargas uns dos outros, de ajudarmos o nosso próximo, e de percebermos que, embora conselhos nem sempre sejam bons, ouvir as sugestões e visões de outros sobre o nosso problema, pode nos ajudar a encontrar uma outra saída.

10 - LUZ VENCE O MEDO

Tema: fé, Mateus 5. 14-16

Tempo: 20min.

Participantes: mínimo 6 pessoas.

Material: uma vela para cada participante, fósforo ou isqueiro e 2 bexigas (bola inflável)

Desenvolvimento:

Encha as duas bexigas e deixe escondidas; você vai precisar de um ajudante para estourá-las no momento combinado, sem que os outros saibam.

A sala precisa estar completamente escura. Conduza os participantes a fazerem silêncio e diminuírem a agitação. Quando a sala estiver quieta, o ajudante estoura a bexiga.

Acenda uma vela, mostre a causa do barulho e pergunte quem se assustou e por que.

Direcione a conversa para o valor da luz, pois quando estamos nas trevas até mesmo uma coisa simples como uma bexiga estourando nos assusta. Compare com Jesus ser a luz da nossa vida.

Chame a atenção dos participantes para a iluminação; quem está em destaque, quem está no escuro, se todos podem ver uns aos outros bem. Converse se no mundo é assim; como as pessoas vêem a presença de cada um dos participantes; como o falar sobre Jesus e a salvação é como ter uma vela acessa. Comece a falar sobre a importância de haver mais luzes acesas (Jesus).

Dê a cada um uma vela e a acenda com a sua; fale de como espalhar o evangelho.

Assim que a sala estiver toda iluminada, estoure a outra bexiga. Converse sobre a diferença no susto - maior ou menor que enquanto estava escuro, e o quanto a luz de Jesus nos afasta e nos ajuda a lidar com medo e sustos da vida.

Encerre com uma música relacionada ao tema.

Considerações: Cuidado com cabelos, mantenha as velas distantes do rosto e dos cabelos. Para evitar que cera derretida pingue, fure um copo de cafezinho (ou outro

recipiente plástico) e prenda a vela neste. Se preferir substitua as velas por lanternas; peça a cada criança que traga uma de casa, com pilhas.

Algumas crianças têm medo exagerado de bexigas; se for o caso, substitua estourar a bexiga por derrubar um pandeiro ou panela.

11 - VIVER A PALAVRA DE DEUS

Tema: fé e testemunho.

Tempo: 15min.

Participantes: Adolescentes, mínimo 3 pessoas.

Material: uma tigela ou copo com água, um giz, uma pedra e uma esponja.

Desenvolvimento:

Coloque a tigela de água em local visível e vá mergulhando um a um os objetos e promovendo debate, sobre a reação de cada peça à água e comparando com a forma das pessoas vivenciarem a Palavra de Deus.

Também pode tomar algum texto Bíblico que fale sobre evangelização, entrega e mudança de vida; não vou citar nenhum porque a dinâmica vem ao encontro da realidade que o dirigente e de cada grupo.

1. Água: fonte que restaura e purificação e que gera vida. Simboliza aqui a Palavra e o agir de Deus na sua vida.

2. Giz: feito de cal e que absorve para si toda água. Simboliza pessoas que recebem a Palavra de Deus mas ficam só pra si, deixando de anunciar e testemunhá-la;

3. Pedra: material rústico que não deixa que nada penetre dentro de si. Pessoas que se fecham e não deixam que a Palavra de Deus as transforme e molde suas vidas como vaso nas mãos do oleiro;

4. Esponja: depois de molhada absolve uma certa quantidade de água, assim que apertá-la ela transmite o que tem de mais precioso dentro de si que é a água que purifica e restaura. É a pessoa que absorve, escuta a Palavra de Deus, e deixa que transforme e modifique sua vida; tornando também testemunha fiel do Reino de Deus.

12 - LUZ DO MUNDO

Duração: aprox. 20 min.

Material: uma vela para cada participante, ambiente escuro (ideal se for feito a noite ou em sala que possa ter as janelas fechadas), fósforo ou isqueiro, pedaços de papel, lápis ou caneta, durex ou barbante.

Desenvolvimento:

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Sentados em circulo, sugerir que fechem os olhos e façam uma oração silenciosa, por alguns minutos; enquanto isso apague as luzes do ambiente. Comentar sobre a escuridão do ambiente, se é confortável ficar assim sentado no escuro, o que eles fazem quando acaba a luz. O coordenador acende uma vela e lê o texto de Mateus 5. 14-16.

Perguntas: O que quer dizer este texto? Adianta eu acender esta vela e colocá-la atrás de mim? (coloque a vela acesa atrás de você) Melhora se eu colocar a vela a minha frente e mais para o alto? (mostre a vela) E se cada um de nós tivesse uma vela, ficaria mais claro? O coordenador levanta e dá a cada participante uma vela, mas não acende.

Ficou mais claro? Não, por quê? O que falta? Cristo disse que ele era a luz do mundo, de que luz ele está falando? Ele quer iluminar os cantos escuros do mundo, como? Através de sua Palavra, de seu amor, de sua morte na cruz. O coordenador sugere que cada um acenda a vela do seu vizinho dizendo algo sobre Cristo e ele começa colocando a chama de sua vela na do vizinho do lado (atenção com os cabelos e com pingar cera derretida sobre as pernas), dizendo algo como: ”Cristo te ama” ou “Jesus quer que você seja Luz do Mundo”, cada participante deve fazer o mesmo, com o vizinho ao lado, falando uma frase diferente. Agora ficou mais claro o nosso ambiente, claro com a luz de Cristo. E o que Cristo diz desta luz, ela deve ficar escondida? O que nós devemos fazer com esta luz? Deixar um momento de reflexão e oração; acender as luzes da sala e apagar as velas. Pedir que falem sobre o que pensaram e sugerir uma atividade para levar a luz de Cristo para outros: Escrever num pedaço de papel o versículo e a frase que lhe foi dita ao acender a vela. atar o papel a vela, com durex ou barbante (de forma que possa ler o escrito); presentear esta vela aos pais ou a um amigo.

13 - A PALAVRA QUE TRANSFORMA

Objetivo: Fazer o grupo refletir de que forma assimilamos a PALAVRA DE DEUS em nossas vidas.

Material: Uma bolinha de isopor, um giz, um vidrinho de remédio vazio, uma esponja e uma vasilha com água.

Desenvolvimento:

1. Explicar que a água é a Palavra de Deus e os objetos somos nós.

2. Dê um objeto para cada pessoa. 3. Colocar 1º a bolinha de isopor na água.

Refletir:

1. O isopor não afunda e nem absorve a água. Como nós absorvemos a Palavra de Deus? Somos também impermeáveis?

2. Mergulhar o giz na água.

3. Refletir: o giz retém a água só para si, sem repartir. E nós?

4. Encher de água o vidrinho de remédio. Despejar toda a água que ele se encheu.

5. Refletir: o vidrinho tinha água só para passar para os outros, mas sem guardar nada para si mesmo. E nós?

6. Mergulhar a esponja e espremer a água. 7. Refletir: a esponja absorve bem a água e

mesmo espremendo ela continua molhada.

Iluminação Bíblica: Is 40,8; Mt 7,24; 2Tm 3,16

14 - SOMOS CRIAÇÃO DE DEUS

Objetivo: Na adolescência somos facilmente influenciados por nossos amigos. Nesta dinâmica, queremos mostrar que Deus deve ser a principal influência em nossa vida, e que nem sempre agir como o grupo age ou exige é saudável para cada um.

Participantes: Indefinido.

Tempo Estimado: 30 minutos.

Material: Caneta e papel para todos os participantes

Desenvolvimento:

Sentados em círculo, cada um recebe uma folha e uma caneta; escreve o nome e faz um desenho que represente a si mesmo (pode ser um boneco de “palitinhos” ou com detalhes), deixar uns 2 a 3 minutos, incentivar os preguiçosos e os tímidos. Observar o desenho: ele está pronto, mais ou menos, o que você gostaria de fazer?

Agora cada um passa o desenho para o colega do lado direito, pedir que ele acrescente uma coisa ao desenho, passar novamente para a direita, repetir o processo umas duas ou três vezes. Devolver o desenho ao dono.

Observar o que foi acrescentado. Conversar sobre Deus ter nos criado (e repetir essa pergunta: o desenho está pronto, mais ou menos, o que você gostaria de fazer?). O que Deus quer de nós? E as pessoas com quem convivemos, nos influenciam? (O que elas nos dizem pode nos influenciar, o que fazem professores, amigos, acrescentam algo a nós?)

Perguntar sobre a característica que nos diferencia das outras pessoas: que temos Cristo como Salvador; desenhar um coração e uma cruz dentro dele na nossa figura. Será que estamos prontos aos olhos de Deus, o que mais falta em nós? (Deixar um minuto de oração silenciosa onde cada um deve pedir que Deus termine de “desenhá-los”)

15 - SER IGREJA 1

Participantes: Indefinido.

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Tempo Estimado: 10 a 15 minutos.

Material: Algumas bexigas (mais de 3 bexigas)

Desenvolvimento:

Entregar as bexigas aos participantes e pedir que eles fiquem brincando com as bexigas um passando para o outro sem deixá-las cair no chão.

Ir aos poucos retirando cada pessoa do círculo, uma a uma e perceber como aumenta a dificuldade dos últimos para deixar tantas bexigas no ar.

Depois de terminada a dinâmica, incentivar o debate e explicar aos adolescentes que a Igreja está dentro de cada um, e que todos devem participar, pois cada um tem um lugar especial na Igreja. A Igreja, assim como as bexigas não podem se sustentar no ar, isto é, sozinha ou com poucas pessoas, ela precisa de todos nós.

16 - SER IGREJA 2

Participantes: Indefinido.

Tempo Estimado: 10 a 15 minutos.

Material: Uma folha em branco para cada um.

Desenvolvimento:

Entregar uma folha de papel ofício para os participantes.

Pedir para todos ao mesmo tempo, movimentar as folhas e observar; todos unidos formarão uma sintonia alegre, onde essa sintonia significa nossa caminhada na catequese, e quando iniciam alguma atividade estaremos alegres e com isso teremos coragem de enfrentar tudo, quando catequizar é nossa salvação.

Mas no decorrer do tempo, as dificuldades aumentaram, ficamos desmotivados por causa das fofocas, reclamações, atritos etc. Com isso surgem às dificuldades, os descontentamentos.

Juntos vamos amassar a nossa folha para que não rasque, e voltaremos a movimentar a folha movimente todos juntos, verificando que não existe a sintonia alegre, agora só resta silêncio.

Pegaremos essa folha, colocando-a no centro da mão e fechando a mão, torcendo o centro da folha, formará uma flor.

Essa flor será nossa motivação, nossa alegria daqui pra frente dentro da catequese.

Comentário: É um convite para uma esperança, para que assumamos a responsabilidade de realizar a vida. Todos nós apenas uma parcela pessoal e social, nessa construção de uma humanidade nova? Cheia de esperança e realizações. (leitura Mc 3, 31 - 35).

17 - SENTINDO O ESPÍRITO SANTO

Participantes: indefinido.

Tempo: 15 minutos.

Material: Uvas ou balas .

Desenvolvimento:

O coordenador deve falar um pouco do Espírito Santo para o grupo. Depois o coordenador da dinâmica deve mostrar o cacho de uva e perguntar a cada um como ele acha que esta o sabor destas uvas.

Obviamente alguns irão discordar a respeito do sabor destas uvas, como: acho que esta doce, que esta azeda, que esta suculenta etc.

Após todos terem respondido o coordenador entrega uma uva para cada um comer. Então o coordenador deve repetir a pergunta (como esta o sabor desta uva?).

Mensagem: Só saberemos o sabor do Espírito Santo se provarmos e deixarmos agir em nos.

18 - PALAVRA ILUMINADA

Participantes: 7 a 15 pessoas

Tempo: Indefinido

Material: Uma vela e trechos selecionados da Bíblia que tratem do assunto a ser debatido.

Observação: Para grupos cujos integrantes já se conhecem, a parte relativa à apresentação pode ser eliminada da dinâmica.

Desenvolvimento: A iluminação do ambiente deve ser serena de modo a predominar a luz da vela, que simboliza Cristo iluminando os nossos gestos e palavras. Os participantes devem estar sentados em círculo de modo que todos possam ver a todos. O coordenador deve ler o trecho bíblico inicial e comentá-lo, sendo que a pessoa a sua esquerda deve segurar a vela. Após o comentário do trecho, a pessoa que estava segurando a vela passa a mesma para o vizinho da esquerda e se apresenta ao grupo. Em seguida esta pessoa realiza a leitura de outro trecho da bíblia indicado pelo coordenador e faz seus comentários sobre o trecho. Este processo se realiza sucessivamente até que o coordenador venha a segurar a vela e se apresentar ao grupo. Então, o coordenador lê uma última passagem bíblica que resuma todo o conteúdo abordado nas passagens anteriores. Após a leitura desta passagem, os integrantes do grupo devem buscar a opinião do grupo como um todo, baseado nos depoimentos individuais, sobre o tema abordado. Quando o consenso é alcançado apaga-se à vela. Por último pode-se comentar a importância da Luz (Cristo) em todos os atos de nossas vidas.

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Page 8: Dinâmicas de Espiritualidade e Fé

19 - PALAVRA QUE TRANSFORMA

Material: uma bolinha de isopor, um giz, um vidrinho de remédio vazio, uma esponja e uma vasilha com água.

Desenvolvimento: Primeiro se explica que a água é a palavra de Deus e que o objeto somos nós, depois se coloca a água na vasilha, e alguém mergulha o isopor, após ver o que ocorre com o isopor, mergulhar o giz, depois o vidro de remédio e por último a esponja.

Então refletimos: Como a Palavra de Deus age na minha vida?

Eu estou agindo como o isopor que não absorve nada e também não afunda ou aprofunda?

Ou estou agindo como o giz que guarda a água para si sem partilhar com ninguém?

Ou ainda agimos como o vidrinho que tinha água só para passar para os outros, mas sem guardar nada para si mesmo?

Ou agimos como a esponja absorvendo bem a água e mesmo espremendo continuamos com água?

Iluminação Bíblica: Is 40,8; Mt 7,24; 2Tm 3,16.

20 - CRISTO NO IRMÃO

Participantes: Indefinido.

Tempo Estimado: 20 minutos.

Material: Uma cruz com o Cristo em destaque, em um tamanho onde de para definir claramente as partes do corpo do Cristo.

Desenvolvimento:

O animador pede para que o pessoal forme uma fila ou circulo, onde cada um fique do lado do outro.

O animador motiva as pessoas dizendo: Agora vocês vão beijar no Cristo à parte que

vocês acham que ele mais fala com você, à parte que ele mais demonstrou seu amor para com você.

Não se pode repetir o local onde o outro já beijou.

O animador passa o Cristo de um em um, até que todos o tenha beijado.

Após todos terem beijado o animador pergunta: qual o principal mandamento que Jesus nos deixou? (Amar a Deus sobre todas as coisas e ao irmão com a ti mesmo).

O animador faz o desfecho da história dizendo: Então à parte que vocês beijaram no Cristo, vocês irão beijar no irmão do lado.

Caso alguém não queria beijar, mostre a ele quem está de frente com ele é Jesus Cristo.

Mensagem: Cristo na pessoa do meu irmão.

21 - MEDO DE DESAFIOS

Objetivos:  O objetivo desta brincadeira é mostrar como somos covardes diante de situações que possam representar perigo ou vergonha. Devemos aprender que em Deus podemos superar todos os desafios que são colocados a nossa frente, por mais que pareça tudo tão desesperador, o final pode ser uma feliz notícia.

Material: caixa, chocolate e aparelho de som (rádio ou CD).

Desenvolvimento:

Encha a caixa com jornal para que não se perceba o que tem dentro. Coloque no fundo o chocolate e um bilhete: COMA O CHOCOLATE! Pede-se a turma que faça um círculo. O coordenador segura a caixa e explica o seguinte pra turma: _Estão vendo esta caixa? Dentro dela existe uma ordem a ser cumprida, vamos brincar de batata quente com ela, e aquele que ficar com a caixa terá que cumprir a tarefa sem reclamar. Independente do que seja... ninguém vai poder ajudar, o desafio deve ser cumprido apenas por quem ficar com a caixa (é importante assustar a turma para que eles sintam medo da caixa, dizendo que pode ser uma tarefa extremamente difícil ou vergonhosa).

Começa a brincadeira, com a música ligada, devem ir passando a caixa de um para o outro. Quando a música for interrompida (o coordenador deve estar de costas para o grupo para não ver com quem está a caixa) aquele que ficou com a caixa terá que cumprir a tarefa...é importante que o coordenador faça comentários do tipo: Você está preparado? Se não tiver coragem... Depois de muito suspense quando finalmente o jovem abre a caixa encontra a gostosa surpresa. (O jovem não pode repartir o presente com ninguém).

22 - JESUS TE AMA!

Objetivo: Amor a Jesus e ao próximo.

Material: Espaço e cadeiras para fazer uma roda.

Desenvolvimento:

Faz-se uma roda com todos os participantes sentados exceto um, que ficará de pé no meio da roda.

Esta pessoa deverá escolher uma pessoa na roda e dizer a ela: "Jesus te ama!"

O participante escolhido pergunta: "Por quê?"

Então o que está de pé diz, por exemplo: "Porque você está de blusa verde!"

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Page 9: Dinâmicas de Espiritualidade e Fé

Então, todos os participantes que estão de blusa verde, trocam de lugar entre si. Os outros permanecem sentados.

A pessoa que estava em pé, deve tentar sentar em algum lugar durante a troca, de forma que outro participante fique sobrando em pé.

Proceder dessa forma até cansar!!!

Observações:

a. Logicamente não é permitido falar "porque está de blusa verde!" se a pessoa estiver de blusa azul!

b. Se o "motivo" escolhido só estiver presente em uma pessoa (Ex: só existir na roda uma pessoa de blusa verde), não é necessário que a pessoa saia do lugar, mas, se na afobação, a pessoa sair do lugar sem ver se outra pessoa possui a mesma característica, então o que está de pé pode tentar tomar seu lugar.

Conclusão: Jesus não procura motivo para nos amar, assim devemos ser com nossos irmãos, amar sem pedir nada em troca, sem motivo aparente. Amar só por amar.

Sugestão:

a. Na primeira rodada, sugerimos que o coordenador da dinâmica fique em pé no meio do círculo.

b. Deverá então escolher algo bem comum na roda, provavelmente muita gente estará de tênis, por exemplo. Assim já começa com quase todas as pessoas trocando de lugar!

23 - AMAR AO PRÓXIMO

Material: Papel, lápis.

Desenvolvimento:

Divida a turma em grupos ou times opostos. Sugira preparar uma gincana ou concurso,

em que cada grupo vai pensar em 5 perguntas e 1 tarefa para o outro grupo executar.

Deixe cerca de 15 minutos, para que cada grupo prepare as perguntas e tarefas para o outro grupo.

Após este tempo, veja se todos terminaram e diga que na verdade, as tarefas e perguntas serão executadas pelo mesmo grupo que as preparou.

Observe as reações. Peça que formem um círculo e proponha que

conversem sobre:

a) - Se você soubesse que o seu próprio grupo responderia às perguntas, as teria feito mais fáceis?

b) - E a tarefa? Vocês dedicaram tempo a escolher a mais difícil de realizar?

c) - Como isso se parece ou difere do mandamento de Jesus? "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo".

d) - Como nos comportamos no nosso dia a dia? Queremos que os outros executem as tarefas difíceis ou procuramos ajudá-los?

Encerre com uma oração. Se houver tempo, cumpram as tarefas

sugeridas, não numa forma competitiva, mas todos os grupos se ajudando.

24 - A CEIA DO SENHOR:PRESENTE DE CRISTO

Material: Caixa de sapatos, papel colorido, caneta, folha com perguntas.

Desenvolvimento:

Preparar com Antecedência:

1. 1 caixa de sapatos, embrulhada como se fosse um presente, bem vistoso.

2. Dentro dela coloque pequenos presentinhos, em cores diferentes (tantas cores quantas forem os pequenos grupos que irão ser formados para discussão).

3. Estes presentinhos, podem ser simplesmente um retângulo de papel dobrado ao meio, com a frase "Eu te dou a Minha Vida!" escrita no lado interno

4. carta, com o seguinte texto sugerido:

"Queridos irmãos da (nome do grupo),Este é o meu presente para vocês, e é com

muito amor que o dou.Há um pequeno pedaço dele para cada um de

vocês, peguem o seu na caixa, mas não o abram ainda!

Qual a sensação de ganhar um presente? Assim de surpresa? É bom, ruim? O que passa na sua cabeça?

E na véspera de seu aniversário? Você sabe que no dia seguinte vai ter festa, amigos, parentes... E com certeza alguns presentes. O que será que você vai ganhar? Aquilo que tinha pedido, ou vão te surpreender com algo inesperado? Como você se sente?

E este pequeno presente, o que será?"

Inicie a dinâmica dizendo que o grupo recebeu um presente, acompanhado de uma carta que você gostaria de ler.

Pegue a caixa e mostre ao grupo; leia a carta, e deixe que cada um tire o seu presentinho de dentro dela.

Depois, peça que se dividam em pequenos grupos, de acordo com a cor do presente tirado da caixa, e que só então o abram.

Distribua as folhas de perguntas entre os grupos e deixe tempo suficiente para conversarem sobre cada questão.

Sugestões de perguntas:

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Page 10: Dinâmicas de Espiritualidade e Fé

1. Qual a sua reação ao abrir este pequeno presente?

2. Leia: Mateus 26, 26-30 e I Coríntios 11, 23-29 Quem deu a sua vida? Para quê? De que forma?

3. Quando vamos a igreja, participar da Santa Ceia, como nos comportamos, o que sentimos, como agimos?

4. No que a Santa Ceia é igual a ganhar um presente? No que é diferente?

5. Precisamos fazer alguma coisa especial para ganhar este presente de Cristo?

Conclusão: Depois deste momento, reúna todo o grupo e converse novamente sobre cada uma das questões, enfatizando as diferenças entre a alegria do perdão e o peso/tristeza de nossos pecados. A possibilidade de confessar a Deus, se arrepender e receber, gratuitamente o grande presente da vida de Cristo.

25 - TESTEMUNHO DE FÉ

Objetivos: Mostrar que a fé (e o crescimento nela) é profundamente social.

Material: Uma bíblia para cada grupo.

Desenvolvimento:

O animador orienta os participantes : Na nossa vida cotidiana, nos encontramos constantemente com pessoas que exercem uma influência grande sobre a nossa vida. Esta influência tanto pode ser positiva como negativa. o que se deve fazer diante da consciência desse fato?

Depois disso, cada um, em particular, identifica entre seus amigos, vizinhos, parentes:

a) Quantos realmente crêem? b) Quantos são católicos não

praticantes?c) Quantos mudaram de religião nos

últimos tempos? d) Quantos vivem a fé, apenas

seguindo os mandamentos ao pé da letra?

Ainda em particular, cada um coloca por escrito os testemunhos de fé que encontrou em sua vida.

A respeito de cada testemunho de fé que encontrou, analisar as repercussões que tiveram, dentro de si, mesmo.

Em grupo de 4 pessoas, compartilhar as reflexões pessoais. Trata-se de identificar os elementos comuns. em seguida, lêem os textos : Jo 3,21 - Mt 7,21 - Tg 1,22 - Jo 9,1-38 - Lc 5,5 - Mt 15,21-28.

Aprofundar a relação entre os testemunhos escutados e os textos estudados. Tiram suas conclusões para levar à plenária.

26 - A CRUZ

“Então, Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: - Eu vi o Senhor e contou o que ele lhe tinha dito.” (Jo

20,18)

Objetivo: Trabalhar a mística e a espiritualidade, de acordo com os questionamentos da cruz.

Materiais: Papel sulfite ou de rascunho e caneta.

Desenvolvimento:

O orientador distribui uma folha de sulfite ou rascunho para cada integrante do grupo. Fazer com essa folha um aviãozinho, conforme as instruções do orientador: dobrar a folha um pouco acima do seu meio, para marcar.

Com a folha aberta, levar as duas extremidades da parte menor da folha até a marca feita anteriormente, de modo que formem dois triângulos.

Dobrar a folha ao meio, deixando os triângulos na parte de fora.

Em seguida, deverá ser feita uma dobradura segundo a instrução do orientador. Ele pedirá aos integrantes que cortem as partes menores, depois as outras abas, restando a parte maior que deverá ser guardada (o corpo do avião).

Com as quatro partes menores (que foram cortadas), os participantes deverão formar a palavra lixo. Após montada a palavra, cada participante é motivado a dizer tudo o que gostaria de jogar no lixo, enquanto amassa e joga o papel no lixo.

Depois disso, os integrantes devem pegar o outro pedaço de papel que foi guardado e verificar o que formou. Perceberão que formou uma cruz.

O orientador convida-os a partilhar o que sentiram e escrever na cruz sinais de esperança e seus sentimentos segundo a dinâmica.

Depois de apresentarem a sua cruz e a partilharem com os colegas, os participantes devem levar consigo uma cruz que não seja a sua.

Obs: Existem várias maneiras de se trabalhar essa dinâmica. Por exemplo, com os pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) nas pontas da cruz, pois são os orientadores do nosso caminho. Podemos ainda trabalhar os quatro elementos da natureza (terra, água, fogo e ar), essenciais à nossa vida.

27 - O GOSTO DE DEUS

“Oh! como é bom, como é agradável os irmãos morarem juntos.” (Sl 133,1)

Objetivo: Possibilitar aos jovens descobrir pelo paladar o sabor da vida e a sua importância.

Material: Balas de diversos sabores.

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Page 11: Dinâmicas de Espiritualidade e Fé

Desenvolvimento:

O orientador deve iniciar a dinâmica fazendo uma pergunta aos participantes. Por exemplo: “Quem é Deus?”. Deve deixar que cada um fale, dispondo uma pessoa para anotar.

Dar uma bala de sabores diferentes para três ou quatro pessoas e pedir que a chupem.

Perguntar a um jovem que não ganhou a bala qual o sabor da bala do colega, que gosto tem. Este talvez poderá responder: “Não sei”. Caso responda que é de algum sabor, como morango, por exemplo, o orientador perguntará se ele experimentou a bala do outro. Essas perguntas deverão ser feitas a duas ou três pessoas.

O orientador concluirá a dinâmica dizendo que para alguém saber qual o sabor da bala do outro, deverá primeiro experimentá-la, O mesmo raciocínio usará para dizer se os participantes conhecem a Deus, devendo experimentá-lo em suas vidas, ou seja, fazendo a experiência de Deus na vida de cada um.

Obs: Poderá ser feita a variação da bala por uma fruta ou outro produto alimenticio, conforme a realidade.

28 - A VIDA DEVE SER FLORIDA

“Um broto vai surgir do tronco de Jessé, das velhas raízes, um rampo brotará” (Is 11,1)

Objetivo: Esta dinâmica fará o jovem perceber o valor da vida e o mistério que a envolve.

Material: Papel de seda de várias cores.

Desenvolvimento:

O orientador deve cortar o papel de seda para que fique do tamanho de um papel sulfite cortado ao meio.

Deve distribuir um pedaço para cada participante, procurando diversificar as cores entre os participantes.

Motivar todos, dizendo que a folha que eles têm na mão é a vida de cada um deles. Pedir para que notem que um lado da folha é liso e o outro, um pouco mais áspero. Isso também ocorre em nossa vida: em alguns momentos é mais tranqüila, em Outros, mais áspera. Mas, apesar de tudo, nossa vida vibra.

O orientador deve pedir aos participantes que segurem as folhas numa das pontas, fazendo-as balançar para ouvir o barulho (a vibração). Deve explicar que nem sempre tudo é tão bom, nem sempre a nossa vida vibra tanto. Todos passam por maus momentos.

O orientador deve perguntar o que “mata” a nossa vida, o que faz com ela vibre menos, e exemplificar: desemprego, inveja, ciúme, violência... Deve solicitar a ajuda dos participantes para que citem outros exemplos, e cada palavra “morte” enunciada, pedir que amassem o papel, até ficar uma bolinha.

Com a bolinha na mão, o orientador pergunta ao grupo: “O que devemos fazer com esta bolinha agora?”. Talvez alguns digam parajogá-la fora. Nesse momento, o orientador deve questionar: “Como vamos jogar fora a nossa vida? O que podemos fazer?”. Alguém poderá dizer para reconstruí-la. “Mas como?” O orientador, então, deve motivar o grupo a falar palavras de vida (emprego, amor, amizade, justiça...), e a cada palavra vai-se abrindo novamente o papel.

Com o papel todo aberto, o orientador deve questionar: “Mas e agora? Está cheio de rugas? São as rugas do tempo; assim é a nossa vida, O que fazer? Vamos ver se a vida ainda vibra?”. Nesse momento, pede ao grupo para balançar a folha. Agora a vibração é bem menor.

O orientador, então, pede aos participantes para dobrarem as folhas ao meio e recortá-las em duas partes. Juntando essas duas partes, pede para recortá-las novamente, ficando agora com quatro partes.

O orientador instrui os participantes a trocar os pedacinhos com os colegas, de maneira que cada pessoa fique com quatro pedacinhos de cores diferentes.

Agora pede para colocarem os pedacinhos de maneira que fiquem um na horizontal e outro na vertical, formando duas cruzes.

O orientador pede aos participantes que coloquem o dedo indicador no centro das “cruzes” e modelem uma flor. E acrescenta que a vida, por mais dolorida e cheia de rugas, ainda pode florescer. Às vezes, perde a vibração, mas nunca é tarde para florescer.

29 - A MISERICÓRDIA DE DEUS

“Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava

perdido efoi encontrado.” (Lc 15,32)

Objetivo: Vivenciar o amor misericordioso de Deus, a partir do líquido derramado.

Materiais: Uma xícara (que possa ser quebrada), líquidos, como chá ou água.

Desenvolvimento:

O orientador convida um integrante do grupo para segurar a xícara e outra pessoa para colocar o líquido, dizendo que a xícara é a nossa vida e o líquido é a experiência que fazemos de Deus na vida.

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Page 12: Dinâmicas de Espiritualidade e Fé

Em seguida, pede a outra pessoa que segure a xícara com o líquido e depois jogue-a ao chão para quebrá-la.

Após o susto, o orientador deve explicar que a xícara jamais será a mesma, ainda que se recolham todos os caquinhos e os colem novamente. Mas o chá ou a água nunca deixarão de ser o que são, mesmo no chão.

Assim é a experiência que fazemos do amor de Deus: podemos errar, desagradar a Deus e ao outro, mas o amor de Deus por nós é como o chá ou a água, jamais se modificará. A sua misericórdia é infinita.

30 - O POÇO

“Vós sois a luz do mundo. Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as

vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus.” (Mt

5,14a.16)

Objetivo: Proporcionar, por meio de um momento de oração, que o grupo mergulhe no infinito.

Materiais: Um “poço” (construído com tijolos ou um cesto de lixo bem grande), que deve estar tampado; um círio pascal ou uma vela grande bonita; papel sulfite ou de rascunho; uma vela para cada participante; caneta; pincel atômico; “presente” (caixa de bombom, balas); Bíblia; flores; placas de papelão; uma palavra, por exemplo, JESUS (grande), ou uma mensagem especial.

Orientação: Deverá ser colocado, com antecedência, ao lado do poço, o círio pascal ou a vela grande acesa, e dentro do poço os seguintes símbolos, necessariamente nesta ordem: Bíblia, velas, a palavra (recortada cada letra), o presente, intercalados com papelão.

Desenvolvimento:

O orientador distribui uma folha sulfite para cada participante e os convida a desenhar um dos pés.

Após terem desenhado os pés, deverão escrever o seu nome em qualquer parte.

Cada participante deverá apresentar-se e formar um caminho próximo ao poço.

O último a colocar o pezinho, concluindo o caminho, será convidado a percorrê-lo em direção ao poço e abri-lo.

Ao abri-lo, o jovem encontrará o presente que deverá conter uma mensagem especial, pois este presente deverá ser compartilhado.

O último a receber a partilha do presente será convidado a ir até o poço e tirar de dentro dele o próximo símbolo, que serão as letras recortadas.

Este participante convidará uma ou duas pessoas para ajudá-lo a formar a palavra com as letras e colocá-la em frente ao poço (se o orientador perceber que eles não conseguem formar a palavra, deverá ajudá-los com algumas pistas; por exemplo, se a

palavra for JESUS, perguntar quem é o Filho de Maria).

Os participantes que ajudaram a formar a palavra deverão ir até o poço e retirar o próximo símbolo, que são as velas; depois devem distribuí-las a cada participante e acendê-las no Círio; um acende e partilha a luz com o outro, até que as velas de todos estejam acesas. Enquanto acendem as velas, cantar um mantra, por exemplo: “Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser e permanece em nós”.

Nesse momento, cada pessoa deverá escolher uma letra da palavra que foi montada e fixar a sua vela na letra que escolher.

A seguir, o orientador instrui o grupo a fazer uma reflexão: “Jesus deverá estar sempre iluminando a nossa vida. Crer por crer é em vão. Se, porém, cremos que ele é a luz, o caminho, a verdade e a vida, tudo será diferente”.

Depois da reflexão, quem estiver inspirado vai até o poço e retira o último símbolo, que é a Palavra de Deus, e proclama uma leitura (como sugestão: Mt 5,13-16).

Obs.: Esta dinâmica poderá ser modificada de acordo com o grupo e com o tema. Por exemplo, se for aprofundado o texto da samaritana (Jo 4), deverá conter elementos do Evangelho (água).

31 - O OLEIRO E A ARGILA

“Acaso não pode o oleiro, da mesma massa, fazer um vaso de luxo e outro vulgar?” (Rm 9, 21)

Objetivo: Refletir sobre a obra de Deus, a pessoa humana, o respeito e o carinho com o semelhante, e o amor com que o oleiro divino nos modelou.

Materiais: Tapete ou coichonete; sala ampla.

Desenvolvimento:

O orientador propõe ao grupo que uns sejam oleiros e outros, argila.

Os oleiros devem ir modelando sua argila e, pouco a pouco, torná-la uma obra-prima.

O orientador esclarece ao grupo que este deve sentir-se livre para trabalhar com a “argila” da maneira que achar melhor (deitados, sentados, em pé), por isso a necessidade de um local adequado (tapete ou colchonete).

Quando cada oleiro completar sua obra, todos os oleiros são convidados a observar as obras um do outro.

Cada oleiro deve voltar-se à sua obra-prima e dar vida a ela com um beijo em cada olho. Assim que receber os beijos, a argila modelada receberá a vida, e oleiro e a argila são convidados a se abraçarem.

Agora, os papéis devem ser invertidos. Em seguida, partilhar a experiência com todo o grupo.

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32 - O CEGO E O SURDO

“O povo que andava na escuridão viu uma grande luz, para os que habitavam as sombras da morte

uma luz resplandeceu.” (Is 9,1)

Objetivo: Levar o grupo ao autoconhecimento, usando outras qualidades, além das visíveis, para vencer os obstáculos.

Materiais: Faixas para vendar os olhos; barbante; Bíblia; vela, flores; pedras.

Desenvolvimento:

Preparar o ambiente com a Bíblia, vela, flores e pedir ao grupo que forme duplas. Distribuir uma faixa e um pedaço de barbante, e dizer aos participantes que um será o “cego” e o outro, o “surdo” (conseqüentemente mudo, porque não ouve, então não aprendeu a falar). A dupla deverá decidir.

Com a faixa, vendar os olhos do “cego”, e este terá a sua mão direita amarrada à mão esquerda do “surdo”.

Solicitar às duplas que tragam um símbolo único, que seja um presente para o Senhor. Lembrando que o “cego” não vê e o “surdo” não fala, portanto, não ouve. As duplas deverão estabelecer um processo de comunicação, devem ser fiéis.

Após alguns minutos (preestabelecidos), o orientador deverá, por meio de música, solicitar às duplas que retornem ao ambiente inicial e cada dupla apresentará o seu presente, previamente preparado, que será colocado no “altar” (pode ser feito no chão com tapete ou uma bela toalha).

As duplas deverão partilhar com o grupo a experiência de serem cegas e surdas e como se estabeleceu a comunicação: quando se enxerga, mas não fala nem ouve, e quando se ouve e fala, mas não enxerga.

Terminada a partilha, o orientador deve concluir e lembrar que a diferença existe e está aí. É preciso acolhê-la e não ter preconceito nem excluí-la. Todos são especiais, não há um melhor do que o outro, não se deve discriminar ninguém.

Em cfrculo, ao redor do “altar”, todos são convidados a dar as mãos e juntar os pés e rezar o pai-nosso, especialmente se voltando para as que mais necessitam.

33 - APRESENTAÇÃO DAS OFERTAS

“Só em Deus repousa a niinha alma, dele vem a minha salvação.” (Sl 62,2)

Objetivo: Refletir sobre a nossa vida, a partir do símbolo que trazemos conosco.

Materiais: Bíblia; vela; flores; um tapete ou pano colorido, bem bonito.

Desenvolvimento:

Colocar uma música de fundo e preparar um ambiente que convide à oração.

Pedir aos jovens que fechem os olhos e pensem o que eles têm, consigo mesmos, aquilo que cada um trouxe de mais precioso, que possa ser tocado (corrente, Bíblia, anel, aliança...), e então colocado no “altar da vida”.

Pedir que olhem o “altar” e o ambiente. Todos são convidados a pegar um símbolo,

que não seja o seu, e entregá-lo ao seu dono, dar-lhe um abraço e dizer o quanto ele é importante; ficar ao lado da pessoa e formar o grande círculo.

Alguém proclama uma leitura bíblica (como sugestão: Rm 10).

Para reflexão, pedir que cada pessoa partilhe os sentimentos experimentados, ou repita algo sobre o texto bíblico. Todos se abraçam.

34 - COLCHA DE RETALHOS

“Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou,

porque estava construída sobre a rocha.” (Mt 7,25)

Objetivo: Descobrir que os jovens, mesmo sendo “diferentes” em idade, etnia, estrutura física, podem estar unidos e em sintonia com Deus, que nos fala

Materiais: Retalhos coloridos de diversos tamanhos (para ser doado, não precisa ser novo, poderá ser até mesmo retalho de uma roupa ou algo que tenha uma história); tesoura; linha; agulha; Bíblia.

Desenvolvimento:

Motivados pelo orientador, cada participante apresenta o seu retalho.

Se o retalho tem algum significado especial ou alguma história, isso poderá ser partilhado com o grupo.

Cada pessoa vai juntar o seu retalho ao do outro, até formar uma colcha.

Com a colcha pronta, o orientador deverá, com o grupo, contemplá-la, dizendo que a colcha é o trabalho de todos; e que, como esses retalhos estão unidos e em sintonia, assim também nós deveremos estar para o êxito de nosso encontro. Observar que existem retalhos menores, maiores, bonitos, feios, e que assim também somos nós. Cada um tem dentro de sua diversidade uma importância, um valor.

Iluminação Bíblica: Mt 7,24-27. Tal qual a colcha de retalhos, todos nós somos importantes.

35 - CONSTRUÇÃO DO SONHO

“E, chegando em casa, reúne os amigos e vizinhos,

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e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei minha ovelha que estava perdida’.” (Lc 15,6)

Objetivo: Todos temos um sonho e este precisa ser exteriorizado.

Materiais: Usar música calma e outra bem agitada (pode ser um rock); papel de seda (tamanho de sulfite); Bíblia; vela.

Desenvolvimento:

De preferência, todos os participantes devem estar sentados no chão. Ao som da música agitada, o orientador pede que cada um pense nos momentos ruins da vida, ou naquilo de que não gosta na sociedade ou no momento atual que está vivendo.

Em seguida, o orientador pede que cada jovem pique o papel com toda a raiva, ao som da música agitada em volume elevado.

Após os participantes picarem os papéis, o orientador deve colocar uma música calma, que leve o jovem a rezar, pedindo-lhes para juntar todos os pedacinhos.

Agora, pensando em coisas boas e no futuro, pedir que construam com os pedacinhos de papel aquilo que sonham, aquilo que os realiza, pensando no futuro (alguns construirão pombas, Bíblia...).

O orientador pede que os participantes façam um passeio diante “do sonho” dos colegas e reflitam sobre o que viram.

E conta a seguinte história: “Havia um cientista que estava terminando uma descoberta muito importante. Seu filho de 6 anos chega e pede que ele venha brincar, O cientista diz ao filho que não tem tempo, pois está terminando algo muito importante para a humanidade, O menino insiste. O pai vai até o seu escritório, pega um cartaz em que estão desenhadas algumas fórmulas, recorta-o e dá ao menino dizendo-lhe para montar o “quebra-cabeça”. Passados apenas 20 minutos, o menino volta ao pai e lhe diz que já tinha montado o “quebra-cabeça”. O pai fica boquiaberto e pergunta-lhe como conseguira tal façanha. O garoto responde que no verso do papel com as fórmulas estava o desenho do corpo humano”.

O orientador conclui para o grupo que é mais fácil construir algo a partir daquilo que você conhece (o garoto construiu a partir do corpo humano). E nós construímos a partir do nosso interior, a partir dos nossos sonhos. O nosso sonho é o sonho de Deus, e o sonho dele é o nosso sonho.

Iluminação Bíblica: Mt 1,18-25.

36 - SALMO DA VIDA

Participantes: 10 a 20 pessoas

Tempo Estimado: 45 minutos

Material: Lápis e papel para os integrantes.

Desenvolvimento: Cada integrante deve escrever a história de sua vida, destacando os acontecimentos marcantes. O coordenador deve alertar o grupo de que experiências de dor e sofrimento podem ser vistas como formas de crescimento e não simples acontecimentos negativos. Em seguida, os integrantes devem se perguntar qual foi à experiência de Deus que fizeram a partir dos acontecimentos descritos ou no decorrer de suas vidas. Depois devem escrever o salmo da vida, da sua vida, uma oração de louvor, agradecimento, pedido de perdão e/ou clamor. O desenvolvimento dos salmos deve-se realizar em um ambiente de paz e reflexão. Então, os integrantes devem ser divididos em subgrupos de três ou quatro pessoas onde cada integrante deve partilhar sua oração. Depois o grupo é reunido e quem quiser pode apresentar sua oração ao grupo. Por último é realizado um debate sobre os objetivos da dinâmica e a experiência que a mesma trouxe para os integrantes. Algumas questões que podem ser abordadas: Como se sentiu recordando o passado? O que mais chamou a atenção? Qual foi a reação para com acontecimentos tristes? Como tem sido a experiência com Deus? Qual a importância Dele em nossas vidas? Pode-se ainda comparar os salmos redigidos com os salmos bíblicos.

37 - A VELA E O BARBANTE

Participantes: 7 a 15 pessoas

Tempo Estimado: 20 minutos

Material: uma Bíblia, barbante, velas para todos os integrantes e mais uma para ser colocada no centro do grupo.

Desenvolvimento: Todos deverem estar na forma de um círculo, e no centro do círculo, numa mesa, coloca-se a Bíblia, junto com uma vela acesa. A Bíblia deve estar amarrada com o barbante, e este, deve ter sobra suficiente para amarrar as velas de todos. Cada pessoa, com uma vela vai ao centro do círculo, passa o barbante em volta de sua vela, acendendo-a, e em seguida, entrega à ponta do barbante para outra pessoa, que circulará sua vela, também acendendo-a, e assim sucessivamente. Quando todos estiverem enlaçados pelo barbante, lê-se a passagem do Evangelho de João, capítulo 8, versículo 12 - “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas possuirá a luz da vida”. Ao final, todos partilham o sentido da dinâmica, tentando relacioná-la com o texto bíblico proposto.

38 - O BARCO

Participantes: Indefinido.

Tempo Estimado: 10 a 15 minutos.

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Page 15: Dinâmicas de Espiritualidade e Fé

Material: Uma folha em branco para cada um.

Desenvolvimento:

Somos chamados por Deus à vida, e esta nossa vida nós podemos representar como um barco que navega em alto mar. (fazer o barco de papel).

1. Quem não conseguiu fazer o barco?2. Quem pediu ajuda?3. Que se dispôs a ajudar?

Ninguém é uma ilha. Nascemos para vivermos em comunidade, em fraternidade, onde somos chamados para a mutua ajuda, pois nem sempre conseguimos fazer tudo sozinho. Outras vezes somos convocados para ajudar outros a construir o seu barco, a sua vida.

Há momentos da nossa vida que este mar se mostra calmo, mas em muitos momentos nós navegamos por entre tempestades que quase nos leva a naufragar. Para não corrermos o risco de naufragar precisamos equilibrar bem o peso de nosso barco, e para isso vejamos o que pode estar pesando dentro desse barco.

O barco pesa do lado direito. São as influências do mundo. Ex: Ambição, drogas, televisão, inveja, etc...

Vamos tirar de dentro do nosso barco tudo isso para que ele se equilibre novamente. (Cortar a ponta do lado direito do barco)

Navegamos mais um pouco e de repente percebemos que o outro agora é que está pesado, precisamos tirar mais alguma coisa deste barco. Deste lado do barco está pesando: Egoísmo, infidelidade, impaciência, desamor, falta de oração, etc. (Cortar a ponta do lado esquerdo do barco)

Percebemos agora que existe uma parte do barco que aponta para cima, é a nossa fé em Jesus que nós queremos ter sempre dentro do nosso barco, esta nossa fé nós vamos guardar e cuidar com carinho para nos sustentar na nossa jornada. (Cortar a ponta de cima do barco e colocar em algum lugar visível)

Vamos abrir este nosso barco e ver como ficou (Abrindo parece uma camisa)

Está é a camisa do Cristão, somos atletas de Cristo, e como bom atleta que somos temos que usar muito essa camisa para que nosso time sempre vença (colocar alguma coisa sobre o nosso dever de ser cristão)

Depois de suarmos esta camisa, nós podemos ter certeza disto (Abrir a camisa e mostrar a cruz sinal da certeza da nossa Salvação)

Só conseguiremos esta salvação se assumirmos a proposta de Cristo (Olhando

através da cruz podemos ver nosso próximo e entender suas necessidades)

Como vamos nos manter firmes nesta caminhada de cristão não deixando que nosso barco afunde.

Pegar a pontinha do barco que representa a nossa fé e perguntar: Com o que se parece? (Com o manto de Nossa Senhora Aparecida. Ela caminha, também, conosco, levando os nossos pedidos até o seu Filho).

Após, abrir o manto. Aparecerá uma hóstia. Esta é o alimento de todo Cristã.

Temos que nos alimentar, e aqui está o único e verdadeiro alimento para nossa alma, que nos faz fortes e perseverantes (Esta pontinha do barco que guardamos - mostrar e perguntar o que é, resposta: eucaristia - está é a certeza que Jesus estará sempre dentro do nosso barco para enfrentar conosco qualquer tempestade).

Obs: Os quatro pedaços de papel que retiramos da ponta do barco são os remos. Nós usamos dois remos e os outros dois remos são de Jesus que está sempre em toda nossa caminhada nos ajudando.

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