DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

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DINHEIRO EM XEQUECirurgião X

Cirurgião

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PRATICIDADE E QUALIDADE PARA TODA SUA FAMÍLIA

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O grande sábio Rabi Yis-

rael Meir Haco-

hen (1838–1933), o Chafets Chayim, alcançou

grande renome graças às suas obras haláchicas

e, principalmente, por seus livros que tratam

da grave transgressão da maledicência (lashon

hará). Seu nome tornou-se conhecido como um

dos maiores tsadikim de sua geração e de todos

os tempos.

Certa vez, quando voltava de carruagem de

uma viagem, o Chafets Chayim fez o cocheiro pa-

rar para um judeu que caminhava pela estrada

e ofereceu-lhe carona.

Depois de agradecer e entrar na carruagem,

o homem começou a conversar com o sábio.

Contou-lhe que estava a caminho de Radin para

conhecer e receber a bênção do grande tsadic,

o Chafets Chayim.

“Não sei por que você está fazendo todo este

esforço”, disse o sábio com humildade. “Não há

nada de especial para ver neste homem. Ele é

igual a qualquer outra pessoa.”

“Como você ousa dizer isso de um dos maio-

res sábios de nossa geração?!”, gritou o sujeito

indignado. De tanta raiva, ainda deu um tapa

na face do Chafets Chayim e saiu furioso da car-

ruagem.

Mais tarde, quando o homem conseguiu fi-

nalmente chegar a Radin e conhecer o grande

sábio, reconheceu o rabi como o homem no qual

ele havia batido. Chorando desesperadamente,

o homem caiu aos pés do Chafets Chayim em

prantos, pedindo perdão.

“Perdão?”, respondeu calmamente o rabi.

“Não há por que pedir perdão! Afinal, você es-

tava apenas defendendo a minha honra. Pelo

contrário; eu devo lhe agradecer por me ensinar

uma grande lição. Até hoje eu sempre soube do

imenso pecado que é menosprezar e falar lashon

hará dos outros. Hoje eu aprendi que também é

errado menosprezar a si mesmo.”

Mais que uma lição sobre lashon hará, esta

pequena história sobre o Chafets Chayim é uma

lição de autoestima.

A autoestima saudável é um fator essencial

para o bem-estar do ser humano. É também

um dos mais importantes fatores para que se

sirva a D’us satisfatoriamente. Existe, no entan-

to, o grande erro de confundir humildade, que

é uma das virtudes mais solicitadas pela Torá,

com baixa autoestima. A elevada autoestima e a

humildade, ao contrário do que muitos pensam,

não são excludentes, mas sim complementares.

A autoestima está relacionada com a capaci-

dade de nos conhecermos plenamente, identifi-

car as virtudes e corrigir nossos vícios. Somente

assim podemos usar nossas qualidades de forma

positiva.

Um indivíduo inteligente, que possui baixa

autoestima e acredita ser tolo, não está sendo

humilde, mas sim se enganando. Esta pessoa

dificilmente poderá usar sua inteligência de ma-

neira construtiva, para estudar a Torá e crescer

espiritualmente. Ao contrário; justificará seus

erros afirmando a si mesma que são frutos de

sua falta de capacidade.

A humildade, por outro lado, implica no co-

nhecimento de que as qualidades que o indiví-

duo possui são uma dádiva Divina. Além disso,

saber que, por mais que nos aperfeiçoemos ou

façamos, estaremos sempre em débito com toda

a Bondade que Ele nos faz.

O maior exemplo de humildade e amor-pró-

prio complementares é o de Moshê Rabênu. A

Torá diz que não houve homem humilde como

Moshê. Ainda assim, Moshê estava ciente de sua

capacidade, pois de que outra forma poderia

liderar o povo por mais de quarenta anos?

O amor-próprio baseia-se no reconhecimen-

to da própria capacidade, do que se pode fazer.

Já o orgulho e a vaidade são os sentimentos de

que se deve ser admirado e exaltado pelo que

se fez.

O Chafets Chayim escreveu grandes obras

porque sabia que era capaz de fazê -lo. Isso

indica uma autoestima saudável. Porém, ao

terminar tais obras, não acreditou que merecia

reconhecimento ou glórias por elas. Julgou que

estava apenas tentando cumprir com sua obri-

gação. Isto sim reflete humildade.

Editorial

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6 Shevat / Adar I 5776

Nesta EdiçãoNº 142

Capa:

Essas Crianças Maravilhosas...

Pensando Bem I, pág. 13.

A revista Nascente é um órgão bimestral de divulgação da

Congregação Mekor Haim.

Rua São Vicente de Paulo, 276 CEP 01229-010 - São Paulo - SP Tel.: 11 3822-1416 / 3660-0400

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supervisão: Rabino Isaac Dichi

diretor de redação: Saul Menaged

colaboraram nesta edição: Ivo e Geni Koschland

e Silvia Boklis

projeto gráfico e editoração: Equipe Nascente

editora: Maguen Avraham

tiragem: 10.500 exemplares

O conteúdo dos anúncios e os conceitos emitidos nos artigos

assinados são de inteira responsa bilidade de seus autores, não representando,

necessariamente, a opinião da diretoria da Congregação Mekor Haim ou

de seus associados.

Os produtos e estabelecimentos casher anunciados não são de responsabilidade da Revista Nascente. Cabe aos leitores indagar

sobre a supervisão rabínica.

a Nascente contém termos sagrados. Por favor, trate-a com respeito.

Expediente

4744Aconteceu “Shevat / Adar I”.

54Infantil “Rabi Yehudá Hanassi e Antonino Pio César”.

Datas & DadosDatas e horários judaicos, parashiyot e haftarot para os meses de Shevat e Adar.

24Leis e Costumes “Leis de Bircat Cohanim”.Rabino I. Dichi

19Variedades IV“Maravilhoso Mundo Animal”.

17Variedades III“Pelo Brooklyn Battery”.Rabino Pessach J. Krohn

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Nossa GenteAcontecimentos que foram destaques na comunidade.

30

39Dinheiro em Xeque “Cirurgião x Cirurgião”.A lei judaica sobre casos monetários polêmicos do dia a dia.

8Variedades I“Eli Cohen e seu Irmão Maurice”.

12Mussar “Humildade”.Rabino Zvi Miller

42Passatempos “Palavras Cruzadas e Ilusão de Ótica”.

13Pensando Bem I“Essas Crianças Maravilhosas...”.Rabino Avraham Dayan

38Pensando Bem II“Pensametos”.

15Variedades II“Interrogado Pela Cheka”.Rabino Pessach J.

Krohn

40VisãoJudaica“A Presença Divina”.Rabino I. Dichi

51De Criança para Criança“O Franco Atirador”. Chayim Walder

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8 Shevat / Adar I 5776

Eli Cohen e seu Irmão MauriceEm 18 de maio de 1965, o governo da Síria executou Eliyáhu ben Shaul Cohen, apesar dos protestos de Israel e de vários líderes mundiais. Não lhe foi permitida uma defesa justa em seu julgamento.Eli Cohen foi brutalmente torturado durante os interrogatórios sírios, desafiando todo tipo de direito internacional humanitário. Seu corpo nunca foi devolvido à sua família.Nascido no Egito, Eli Cohen representou uma das tentativas mais memoráveis e ousadas de infiltração israelense na inteligência síria que, na época, controlava as Colinas de Golã e frequentemente bombardeava os colonos israelenses próximos da fronteira.

Variedades I

Eli Cohen

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Eliyáhu ben Shaul Co-

hen trabalhou

como agente do Mossad em Damasco,

Síria, sob o pseudônimo de Kamal Amin

Taabet de 1962 até 1965. Cohen foi ca-

paz de fornecer detalhes consideráveis

sobre questões políticas e militares síri-

as graças a laços estreitos que formou

com as empresas, militares, líderes do

Partido Baath e com o próprio presiden-

te sírio, Amin el Hafiz.

Eli estava a par de segredos da

elite síria, incluindo os de segurança

nacional, e foi considerado a ser no-

meado como vice-ministro da defesa

da Síria. Ele foi o único civil a receber

autorizações a visitas às instalações mi-

litares sírias.

Como resultado de sua influência,

Eli enviou relatórios altamente infor-

mativos para Israel, detalhando o pro-

jeto de desvio de água síria e todos os

postos avançados no Golan, incluindo

armadilhas de tanques destinados a

impedir ataques israelenses.

A influência de Eli sobre funcionári-

os sírios ajudou Israel sobremaneira.

Eli sugeriu que os sírios plantassem ár-

vores no Golan perto de cada uma de

suas bases. Assim, apenas observando

os eucaliptos, Israel sabia exatamente

onde havia fortificações sírias.

Os sírios e seus assessores russos

ficaram alarmados com a inteligência

que estava vazando para fora do país.

Os especialistas em segurança da Rús-

sia altamente vigilante, equipados com

dispositivos de coleta de inteligência

técnica muito sensível, identificaram

a origem das transmissões na capital

síria – a casa de Eli. Um dia, em janeiro

de 1965, membros da inteligência síria

invadiram sua casa no meio de uma

transmissão. A figura líder no arrom-

bamento era o chefe da inteligência

síria, o coronel Ahmed Sudani. Eli foi

pego em flagrante e não havia nada que

pudesse fazer.

Dois anos após sua morte, em ju-

nho de 1967, fazendo uso das informa-

ções fornecidas por Eli Cohen, Israel

capturou as Colinas do Golã em dois

dias como parte da vitória na Guerra

dos Seis Dias.

Variedades I

Maurice Cohen

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10 Shevat / Adar I 5776

A História do Irmão, por Maurice

Cohen

Maurice Cohen, trabalhou para o

Mossad em um projeto especial na dé-

cada de 1960. No início, Maurice não

sabia quem estava enviando as mensa-

gens que ele decodificava. Com o pas-

sar do tempo, Maurice começou a sus-

peitar que elas estavam sendo enviados

por seu próprio irmão Eli. Eis a seguir

a incrível história de Maurice Cohen.

Enquanto Eli estava na Síria, eu

servi na unidade de inteligência res-

ponsável por suas atividades. Eu codi-

ficava as transmissões enviadas a ele

e decodificava as que recebíamos de

volta.

No início eu não sabia para quem

eram enviadas as mensagens. Mais

tarde descobri que o destino era Da-

masco, e que nosso agente era meu

próprio irmão, conhecido pelo codino-

me de Kamel Amin Tabet.

Como parte do meu trabalho, eu

tinha todos os códigos secretos usados

na comunicação com ele. Ele e seus

chefes israelenses por vezes enviavam

uma mensagem pessoal no final das

transmissões.

Certo dia, recebi a seguinte men-

sagem no final de uma transmissão:

“Será que Nádia recebeu a máquina

de costura que enviei?”. Não consegui

encontrar os códigos “Nádia” ou “má-

quina de costura” em meus manuais.

Assim, perguntei aos meus coman-

dantes qual era o significado daquelas

palavras. Sua resposta foi que era um

“código ultrassecreto, para o qual eu

não tinha habilitação de segurança”.

Por curiosidade, visitei minha cunha-

da Nádia naquele dia e percebi que ela

de fato tinha recebido uma máquina

de costura enviada por Eli.

Em outra mensagem enviada para

Eli, as últimas palavras foram: “Made-

moiselle Fifi a Commence a Marche”

– Senhorita Fifi começa a andar. Desta

vez, claro, não perguntei nada a meus

comandantes. Mas fui direto para a

casa de minha cunhada, e constatei

que minha sobrinha gordinha Sophie,

filha de meu irmão Eli, estava dando

seus primeiros passos, após tardar

um pouco mais do que a maioria dos

bebês. Isso estava preocupando Eli,

e a mensagem foi enviada a ele para

tranquilizá-lo.

Nesta ocasião, tive certeza de que

o homem por trás das linhas não era

outro senão meu irmão Eli.

Eli entraria em férias para visitar

Israel. Durante estes tempos, mensa-

gens falsas seriam enviadas para o

mesmo destino de sempre, a fim de

enganar o inimigo.

Um dos presentes que Eli trouxe

para sua filha era um par de chinelos.

Eram chinelos de veludo, com borda-

dos dourados, feito na Síria. O tama-

nho dos chinelos estava impresso nas

solas em algarismos arábicos. Fiquei

muito animado e perguntei a Eli onde

ele comprara aqueles lindos chinelos.

Eli respondeu sem hesitar: “Na Galeria

Lafayette em Paris”. Tornei as coisas

um pouco difíceis para Eli e continuei

perguntando se o tamanho dos calça-

dos são escritos em árabe na França.

Ele ficou um pouco inquieto e per-

guntou-me sarcasticamente: “O que é

isso? Um interrogatório? Eu disse que

comprei na França. Talvez sejam im-

portados de algum país árabe!”.

Eli se sentiu desconfortável e ten-

tou mudar de assunto. Ele me per-

guntou se eu tinha comprado uma

linha de telefone para o meu novo

apartamento. Eu tinha me mudado

recentemente e era difícil conseguir

uma linha telefônica naquela época.

“Você trabalha para o serviço postal,

por isso deve ser mais fácil para você

obter uma linha”, ele disse brincan-

do. Ele não sabia que eu estava tra-

balhando secretamente para a inteli-

Rua Baronesa de Itú, 336 Cj. 131 Higienópolis - São Paulo

(11) 3826-0933(Estacionamento com manobrista gratuito)

Variedades I

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gência do exército. Eu respondi que já

conseguira uma linha telefônica e que

lhe daria o número. Mas, em vez dis-

so, dei-lhe o número da linha telefôni-

ca de seu apartamento em Damasco.

Ele tinha enviado aquele número para

seus chefes muito pouco tempo antes

de sua viagem a Israel.

Eli começou a escrever o número,

mas parou no meio. Seu rosto ficou

vermelho. Sua inquietude ficou evi-

dente por um lapso mínimo de tempo.

Mas ele se acalmou imediatamente e

disse-me que precisava correr ao su-

permercado para comprar alguma coi-

sa antes de fechar.

Eli chamou seus comandantes na

base central e contou-lhes sobre o que

tinha acontecido com grande preocu-

pação. Disseram-lhe que não havia

nada para se preocupar, que deveria

ser uma coincidência. Antes mesmo

de Eli voltar para casa, fui convocado

para a minha base e avisado para não

discutir mais o assunto com Eli e não

revelar aquele segredo para ninguém.

Eu guardei esse segredo no fundo

do meu coração, impossibilitado de

compartilhá-lo com qualquer pessoa,

especialmente minha família. Eu sa-

bia que era uma assunto de segurança

máxima nacional.

Compreendi a postura corajosa

que meu irmão Eli tomou para defen-

der seu povo, colocando-se em peri-

go mortal. Este conhecimento rasgou

meu coração e colocou-me em um di-

lema terrível. Eu sabia perfeitamente

que Eli corria um risco enorme de ser

descoberto pelos sírios. Será que eu

deveria fazer com que a missão de Eli

fosse interrompida para salvar sua

vida e fazer com que voltasse para

sua família? Se fizesse isso, eu salva-

ria meu irmão, mas seria considerado

um traidor por meu povo. Ou eu deve-

ria desconsiderar as informações que

conhecia, outorgar a segurança de Eli

às mãos de D’us, e deixá-lo completar

sua missão para salvar a nossa terra

sagrada da destruição por um inimi-

go corrupto e enlouquecido? Não tive

escolha. Depois de uma longa ponde-

ração, eu sabia que deveria tomar a

segunda opção, a mais dolorosa.

O resultado da minha escolha é

bem conhecido – Eli foi finalmente

capturado e preso em Damasco. Foi

torturado com uma crueldade bár-

bara, muito angustiante de descre-

ver, antes de acontecer o pior. No

entanto, as informações recolhidas

por Eli ajudaram Israel a vencer a

Guerra dos Seis Dias e salvar-se da

destruição.

Eli dirigiu-se para sua morte

como um judeu orgulhoso, com a mi-

lenar oração “Shemá Yisrael” em seus

lábios. Ele pediu perdão a sua família,

e pediu que nos reuníssemos para re-

citar o Cadish para ele e para seu pai

de abençoada memória.

Variedades I

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12 Shevat / Adar I 5776

O Talmud (Shabat 86) re-

lata que após

D’us ter dado a Torá a Moshê no Monte Sinai,

o Satan (o representante das forças negativas)

perguntou ao Todo-Poderoso: “Onde está a

Torá?” Ele respondeu: “A Torá está na Terra”.

O Satan desceu e procurou-a na terra e no mar,

mas não conseguiu encontrá-la. Ele voltou aos

Céus novamente e disse ao Todo-Poderoso que

não conseguira encontrar a Torá na Terra.

O Criador lhe disse: “Moshê tem a Torá”.

Ele desceu novamente e perguntou a

Moshê: “Você tem a Torá?” Moshê respondeu:

“Quem sou eu para o Todo-Poderoso me dar

a Torá?”

Depois disso, D’us perguntou a Moshê:

“Por que você está negando a verdade?” Moshê

respondeu: “Todo-Poderoso, o Senhor se deli-

cia com a Torá todos os dias! Como eu poderia

dizer que tenho a Torá?”

D’us, em seguida, declarou: “Já que você

é tão humilde, a Torá será chamada pelo seu

nome”. E, assim, a Torá é chamada de “Torat

Moshê” – a Torá de Moshê – até hoje.

No entanto, essa passagem precisa de

maiores esclarecimentos: se o Todo-Poderoso

deu a Torá a Moshê, como Moshê poderia afir-

mar ao Satan que não a tinha?

Moshê foi o mais humilde homem sobre a

face da Terra. Quando o Satan lhe perguntou

onde estava a Torá, não ocorreu a Moshê de-

clarar que a Torá estava em sua posse. Ele sa-

bia que seu conhecimento da Torá era apenas

uma gota no oceano comparado com o conhe-

cimento infinito e absoluto de D’us. Portanto,

ele respondeu: “Eu não tenho a Torá” – ou seja:

em comparação com o Criador, “eu tenho uma

compreensão meramente superficial da Torá”.

Moshê foi o maior dos nossos profetas, re-

cebendo a Torá diretamente de D’us no Monte

Sinai. Foi o ser humano que melhor entendeu

os ensinamentos contidos na Torá. Ainda as-

sim, não se considerava um mestre da Torá!

Foi por esta humildade que ele teve o mérito de

recebê-la, bem como a razão pela qual o Todo-

-Poderoso a chama de “Torat Moshê”.

A transmissão da Torá não depende de in-

teligência, mas sim de humildade!

Que possamos seguir o caminho humilde

de Moshê, para merecermos a nossa parte na

sagrada Torá!

Baseado no livro Siftê Chayim, escrito pelo Rabino Chayim Shmulevits (Polônia e Israel, 1902–1978)

HumildadeSeu crescimento pessoal depende dos maravilhosos ensinamentos do mussar

Mussar

Rabino Zvi Miller

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Ouvi esta história emocionante de um ex-soldado do exército israelense. Não me lembro exatamente o nome do jovem que me relatou os fatos, mas sua história é inesquecível. Dela constatamos que ações aparentemente pequenas podem resultar em consequências gigantescas e duradouras.

Aquele soldado da Tsavá não

conhecia bem o judaís-

mo nem se preocupava em cumprir qualquer

mitsvá. Contudo, quando teve a oportunidade

de conhecer um pouco sobre a Torá e suas re-

comendações, demonstrou grande interesse.

Aos poucos, o jovem passou a praticar al-

gumas mitsvot. O tempo foi passando, ele foi se

aprofundando nos assuntos judaicos e acabou

se tornando um observante fiel das leis da Torá.

Naquela época, o rapaz tinha a intenção

de casar-se com uma jovem que conhecera

na Tsavá. Entretanto, devido ao seu novo es-

tilo de vida, percebeu que já seria impossível

casar-se com aquela moça. Então, ele a chamou

para uma conversa franca e explicou que seria

melhor para os dois que se separassem e pro-

curassem outros companheiros com os quais

pudessem ser felizes.

A moça, entretanto, não se satisfez com as

explicações do rapaz.

– Isso não é justo! – disse ela. – Você

mudou completamente e eu não tive qualquer

chance de entender o porquê dessa sua decisão!

– Você tem razão. – Respondeu o rapaz. –

Por que você não procura conhecer um pouco

do judaísmo? Quem sabe ainda haja uma chan-

ce de nos casarmos e sermos felizes juntos. Há

uma pessoa muito especial em Benê Berac que

poderá ajudar-nos neste sentido. Ela se chama

Rabanit Batsheva Esther Kanievsky. Você po-

deria procurá-la e ouvir o que ela tem a dizer...

Como a jovem não tinha nada a perder,

resolveu aceitar a sugestão. Para não ir sozinha,

ela pediu para uma amiga acompanhá-la até a

casa daquela senhora.

Certa manhã, as duas jovens viajaram para

Benê Berac, em busca da Rabanit Kanievsky.

Chegando na cidade, elas tomaram um

ônibus que passaria em frente à casa do famoso

Essas Crianças Maravilhosas...

Pensando Bem I

Rabino Avraham Dayan

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14 Shevat / Adar I 5776

Rabino Chayim Kanievsky Shelita e de

sua esposa.

Depois de alguns minutos no

ônibus, elas resolveram perguntar

para alguém em qual parada deve-

riam descer. Próximo delas havia um

garotinho de kipá e peot e elas lhe

perguntaram se ele conhecia a casa

do Rav Kanievsky.

– Claro que conheço! – exclamou

o menino prontamente. – Vocês podem

descer na próxima parada.

Poucos segundos depois, o ôni-

bus parou e as duas jovens desceram.

Então elas perguntaram novamente

a uma senhora que estava passando

na rua onde era a casa da Rabanit

Kanievsky.

– A Rabanit Kanievsky?! Não é

aqui! Vocês precisam tomar um ônibus

para chegar lá!

As amigas ficaram chateadas com

a situação mas, apesar disso, decidiram

pegar novamente o ônibus. Esperaram

outro ônibus e, com as informações

corretas daquela senhora, finalmente

chegaram na casa da rabanit.

Na porta da humilde casa havia

uma fila de pessoas que esperavam

para ser atendidas. As duas moças

também entraram na fila e ficaram

esperando sua vez.

Pouco depois, apareceu um me-

nino ofegante, procurando por duas jo-

vens da Tsavá entre as demais presen-

tes. Era o mesmo garoto que as amigas

tinham encontrado no primeiro ônibus.

– Puxa! Ainda bem que vocês en-

contraram a casa da rabanit! – disse

o menino para as duas moças. – Logo

depois que eu dei aquela informação,

percebi meu equívoco! Não sei como

eu pude me enganar daquela forma!

– Não tem problema!... Não foi

nada! Agora nós já encontramos o lu-

gar – disse uma das jovens, perceben-

do a preocupação do menino.

– Oh não! Eu causei um grande

transtorno para vocês! Eu vim até aqui

para pedir desculpas por todo o incon-

veniente. Por favor, não levem a mal.

Foi involuntário.

– Tudo bem, tudo bem, garoti-

nho! Nós não estamos zangadas! É

claro que nós o desculpamos – disse-

ram as moças surpresas e até meio

sem jeito.

– Muito obrigado – disse então

o menino. – Mas, apesar disso, eu sei

que também causei um prejuízo mone-

tário, já que vocês tiveram que pegar

o ônibus novamente. Eu ganho uma

mesada dos meus pais e posso repa-

rar este prejuízo. Por favor – disse o

menino esticando a mão com algumas

moedas – queiram aceitar o valor das

passagens do ônibus.

As jovens pegaram as moedas, o

menino pediu desculpas novamente e

saiu apressado.

As moças passaram alguns se-

gundos entreolhando-se e, finalmente,

a companheira daquela que esperava

os conselhos da rabanit disse:

– Eu não sei o que você está pen-

sando sobre tudo isso! Mas eu nunca

tinha presenciado uma situação tão

pura e bonita como essa em toda a

minha vida! Eu vim aqui apenas para

fazer um favor a você. Agora, depois

de ouvir as palavras desse garotinho,

tenho certeza de uma coisa: se é o

judaísmo que faz alguém agir desta

forma, eu quero conhecê-lo melhor!

Pouco depois, as duas moças en-

traram para conversar com a Rabanit

Kanievsky. A partir daquele dia, elas

passaram a se interessar mais e mais

pelo judaísmo autêntico, e tornaram-se

observantes das mitsvot da Torá.

Graças àquele garotinho de Benê

Berac, o rapaz que me contou essa his-

tória pôde se casar e ser feliz ao lado

daquela moça.

Hoje, eles também têm filhos

maravilhosos.

Pensando Bem I

Mauricio Dayan

TEL: 99933-8828/ 3666-0438

AULAS DE BAR-MITZVAH

Dê preferência a quem

colabora com a divulgação dos valores

judaicos

PRESTIGIEDê preferência

a quem colabora com a divulgação dos valores

judaicos

OS ANUNCIANTES DA

LEILÃO DE IMÓVEIS

Sami Raicher|LEILOEIRO OFICIAL JUCESP 930

e-mail: [email protected]

www.raicherleiloes.com.br

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Shevat / Adar I 5776 15

Interrogado Pela ChekaEis uma história impressionante contada pelo Rabino Shemuel Dishon, diretor da Yeshivá de Karlin Stolin.Os acontecimentos sucederam-se durante os primeiros anos após a revolução russa e a tomada do poder pelos sanguinários bolcheviques.

No ano de 1917, os comunistas tomaram

o poder na Rússia e começaram sua

tirânica campanha para erradicar o judaísmo

do país.

Naquela época morava na cidade de Minsk

um rabino chamado Shie. Ele jurou que, custasse

o que custasse, continuaria cumprindo as leis da

Torá e ajudando outras pessoas a manterem a

prática do judaísmo.

Após tranquilos quatro anos, o rabino foi

“convidado” a comparecer à Cheka, a polícia

secreta russa criada em dezembro de 1917 por

um decreto de Vladimir Lenin.

O rabino colocou seus negócios em ordem,

despediu-se da família e preparou-se para o pior...

Ao chegar no quartel-general, foi introduzi-

do numa sala onde já o esperava um oficial da

polícia secreta.

Seu interrogador cumprimentou-o cordial-

mente em yídish e estendeu a mão espalmada

em direção a uma cadeira:

– Rabino Shie! Gostaria de sentar-se?

“Não era assim que esse tipo de interrogató-

rio era descrito pelas pessoas que tinham conse-

guido sobreviver a ele!”, pensou o rabino sozinho.

Vendo que o rabino estava gelado pela inde-

cisão, o interrogador disse-lhe:

– Por favor, sente-se rabino – e logo depois

O emblema ao lado é do ano de 1922, da polícia secreta russa “Cheka”, escudo e espada de Lenin, dirigida por “Felix de Ferro”, o ca-marada Felix Dzerzhinsky.

A primeira polícia secreta soviética – Comissão Extraordinária de Combate à Contra-Revolução e Sabotagem – fazia uso de terrorismo, tortura, assassinato e espionagem. Tinha sua própria unidade especial de elite militar e campos de concentração. Era totalmente separada da polícia criminal (MVD) e da inteligência militar (GRU). Espionava a todos e respondia apenas ao líder do Partido Bolchevique.

Em 1921, as Tropas Para a Defesa Interna da República (um ramo da Cheka) somavam 200.000 integrantes.

A Terrível Cheka

Variedades II

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16 Shevat / Adar I 5776

Almoço executivotodos os dias!

Almoço executivotodos os dias!

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:DOMINGO A QUINTA 12h às 22h

SEXTA-FEIRA 12h ÀS 15h

Sob rigorosa supervisão doRabino Y. D. Horowitz Shlita

Alameda Barros, 782Tel: 3668.5424/3315.9400

A Esquina Israelenseem Higienópolis

perguntou: – Rabino Shie, quem sabe o

senhor e sua família gostariam de emi-

grar para Israel?

O rabino ficou indeciso por um ins-

tante. Mas se dissesse “sim” poderia

ser considerado um cidadão “desleal”.

– Não! – respondeu.

Percebendo que assim não chega-

ria a lugar algum, o interrogador foi

até um arquivo, puxou uma pasta com

quase vinte centímetros de espessura e

colocou-a em frente ao rabino.

– Rabino Shie, esta é a sua ficha –

disse o homem. – Nela tudo está deta-

lhado: cada mitsvá, cada criança que o

senhor ensinou, cada Berit Milá que o

senhor realizou...

O rabino olhou para o arquivo e

tremeu.

– Rabino Shie – continuou o inter-

rogador – nos últimos quatro anos, fe-

lizmente, eu fui designado a cuidar do

seu caso. Fui eu quem protegi e cuidei

do senhor. Agora eu estou sendo pro-

movido e, tenho certeza, não haverá

forma alguma de que as coisas conti-

nuem boas para o seu lado com uma

ficha como esta. O melhor que posso

fazer pelo senhor é ajudá-lo, e à sua

família, a emigrar para Israel.

O rabino não conseguia entender a

situação. Poderia até ser uma cilada do

governo para comprometê-lo.

– Vejo que o senhor não está me

reconhecendo – disse o interrogador,

revelando seu nome em seguida.

Imediatamente o rabino ficou cho-

cado. Aquele homem era, nada mais

nada menos que o filho de um grande

rabino que morrera muito jovem.

– Quero que saiba por que venho

protegendo o senhor todo este tempo

– continuou o interrogador. – Depois

que meu pai morreu, tudo ficou muito

difícil para minha família. Uma certa

sexta-feira, antes de começar o Sha-

bat, minha mãe foi correndo para sua

casa comigo no colo. Ela lhe implorou:

“Rabino Shie, que faremos? Não temos

nada em nossa casa para comer!” O

senhor estava vestido com seu longo

casaco preto de Shabat, usava um belo

relógio de ouro e uma corrente, tam-

bém de ouro. Sem hesitar por um ins-

tante sequer, o senhor esticou o braço,

pegou o relógio, deu-o a minha mãe

e disse: “Pegue isto!” Durante muitos

meses vivemos com o dinheiro que con-

seguimos com a venda daquele relógio.

Eu nunca me esqueci disso!”

* * *

Depois de contar essa história, o

Rabino Dishon concluiu: “Não pense

que quando você auxilia alguém, está

apenas ajudando tal pessoa. Na reali-

dade, está ajudando a si mesmo!”

Meor Hashabat Semanal

A Família SterenfeldA Família Sterenfeld

Deseja muito sucesso,paz e alegrias

a todos os amigos da Kehilat

Mekor Haim

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Variedades II

Page 17: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 17

Pelo Brooklyn BatteryMuitas vezes, todos os judeus são julgados pelas ações de um único judeu. Portanto, quando um judeu faz um kidush Hashem – santifica o nome de D’us – isso reflete sobre todo o povo. Analogamente se, tragicamente, faz um chilul Hashem – profana o nome de D’us – isso reflete miseravelmente sobre toda a congregação de Israel. Portanto, ser judeu não é apenas um privilégio, mas uma responsabilidade.

Um dos colegas de Reuven dirigiu-se a

ele e disse que o rabino supervisor

da yeshivá, o “mashguíach”, pediu-lhe que o

convidasse para uma conversa em seu escritório.

Ele empalideceu um pouco.

Há alguns anos atrás, a senhora Chaya

Kleinbart, moradora de Boro Park, NY, estava

grávida, esperando seu sexto filho. Quando o

trabalho de parto começou numa certa manhã,

ela disse ao seu marido, Yidel, que tinham de

correr para o hospital Monte Sinai, em Manhat-

tan, para ter o nenê.

“Agora é a hora de maior tráfego! Como che-

garemos a tempo?”, Yidel perguntou ansioso.

“Não se preocupe, chegaremos lá!”, sua esposa

assegurou-lhe, um pouco nervosa.

Dirigir pelas ruas de Boro Park foi tranquilo,

mas a avenida para Manhattan estava aterro-

rizante: as ruas estavam entupidas de tantos

carros. A cada minuto que passava, aumentava

o medo de Yidel de que não chegariam ao hos-

pital a tempo.

O caminho mais rápido para Manhattan era

através do túnel Brooklyn Battery, mas as filas de

carros que se espremiam em direção ao túnel pa-

reciam não ter fim. Desesperado, Yidel entrou na

Variedades III

Page 18: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

18 Shevat / Adar I 5776

www.fivebras.com.br Tel.: 11 3207-9444Saiba mais,acesse o site

faixa reservada aos ônibus e táxis e di-

rigiu rapidamente – um carro solitário

em meio a todos os táxis amarelos e

ônibus. Quando chegou na cabine do

pedágio, Yidel passou reto sem pagar

a tarifa.

Logo que saiu do outro lado do

túnel, um policial, notificado sobre o

“crime” de Yidel pelas autoridades lo-

cais, abordou o carro.

– O que está acontecendo aqui? –

perguntou o oficial.

– Minha esposa está em trabalho

de parto! Nós estamos correndo para

o hospital para ter o bebê! – exclamou

Yidel afobado.

– Por que você não nos chamou?!

– gritou o policial. – Nós os teríamos

escoltado até lá. Vá logo! Prossiga!

Yidel retomou sua corrida e eles

conseguiram chegar ao hospital Monte

Sinai a tempo. O nenê nasceu pouco

depois.

Naquela noite, Yidel voltou para

Boro Park, de Manhattan, pelo túnel

Brooklyn Battery. Quando chegou na

cabine do pedágio, entregou dois bilhe-

tes para o funcionário.

– Por que dois bilhetes? – pergun-

tou o coletor.

– Eu passei aqui de manhã e estava

correndo...

Antes que Yidel pudesse terminar

a frase, o funcionário do pedágio falou

excitadamente:

– Oh! O que sua esposa teve? Meni-

no ou menina?

Yidel ficou impressionado.

– Como você sabe? – perguntou sur-

preso ao coletor.

– Nossos colegas nos disseram que

um rapaz como você certamente volta-

ria para pagar o pedágio! – respondeu

o funcionário.

Os encarregados da cabine de

pedágio e o guarda viram Yidel ape-

nas por alguns momentos. Mesmo as-

sim, estavam confiantes em fazer uma

análise deste tipo. A volta de Yidel para

pagar o pedágio foi um notável kidush

Hashem!

Entretanto, existem heróis des-

conhecidos e que não foram mencio-

nados nesta história: os maravilhosos

judeus que, em ocasiões anteriores,

agiram nobremente para causar tão

boa impressão dos judeus cumpri-

dores da Torá e das mitsvot aos en-

carregados do pedágio e do trânsito.

A admirável atitude do Sr. Yidel Kle-

inbart meramente reforçou aquilo que

os funcionários já acreditavam: que os

judeus que cumprem a Torá podem ser

apontados como pessoas honradas e

confiáveis.

do livro “Echoes of the Maggid” do Rabino Pessach J. Krohn. Publicado com permissão da

Mesorah Publications.

Jacob Freilich e Famíliadesejam paz

e prosperidade para todaa kehilá!

Edmond Khafif e família

Congratulam-se com a kehilá

pela passagem da festa de

Shavuot desejam muita

paz e saúde

para todo

Am Yisrael!

Variedades III

Albert Chouekee família

Parabenizam a

Congregação Mekor Haim

pelo belíssimo trabalho de

divulgação da nossa

sagrada Torá

Sra. Rina Hamoui deseja paz, saúde

e muitas alegrias

para toda a

comunidade

Page 19: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Variedades IV

MUNDOANIMAL

A intervenção diretA de um Autor do universo pode ser constAtAdA nA imensidão dAs gAláxiAs, nA perfeição do corpo humAno, nA mArAvilhosA

diversidAde dA botânicA e nA observAção do extrAordinário e impressionAnte

estranho... Macaco Narigudo! Esse

é o nome (aliás bastante sugestivo) do estranho “modelo” ao lado.Estranho e raro, ele vive na Ásia e seu grande nariz pode atingir até 7cm – e quanto maior, melhor! Os machos emitem sons através deste “instrumento” um tanto quanto inusitado para chamar a atenção.

Page 20: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

forte A formiga Saúva

tem mandíbulas poderosíssimas, capazes de cortar e transportar folhas até 50 vezes mais pesadas que seu próprio corpo. Apenas para fins comparativos, seria o mesmo que um homem levantar um caminhão!Isso faz dela um dos insetos mais fortes do mundo.

carona Na imagem ao lado,

uma cena rara e surpeendente. Através da lente do fotográfo Phoo Chan é possível vermos o momento em que o corajoso corvo se aproxima e pousa tranquilamente em cima de uma águia-real. O mais supreendepente é que a ave de rapina não pareceu se incomodar nem um pouco em dar “carona” ao corvo.

Page 21: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Coraj

oso! Este pequeno prodígio é

um dos poucos animais capazes de enfrentar uma cobra-rei. Além de sua imensa habilidade para escapar dos botes da serpente, o “mangusto” ainda conta com mais uma arma a seu favor: é imune ao veneno da maioria das cobras.Tantas vantagens faz dele um verdadeiro exterminador de serpentes!

Page 22: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

22

sorte A sequência de fotos traz um fato

no mínimo curioso. Depois de devorar sua presa, a leoa percebe a presença de um filhote de babuino tentando escapar da morte iminente. Inutilmente, ele tentava escalar uma árvore. Cuidadosamente, a leoa pega o babuíno sem que ele se machuque. Ela então o carrega pela boca e, num gesto de proteção, coloca-o entre suas patas. Depois de algum tempo, com a distração da leoa, o líder do grupo dos babuínos consegue recuperar o pequeno sobrevivente.

Page 23: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

SURPRES

A! Essa veio direto da

Austrália! Angus James estava no meio de uma pescaria quando fisgou o peixe da foto. Na hora de libertá-lo, um susto: havia um sapo dentro de sua boca!O pequeno anfíbio, provavelmente muito grato, conseguiu fugir do que parecia a morte certa.

GULO

SO, eu?! A foto ao lado é o

registro da gulodice de um cormorão, também conhecido como corvo-marinho ou biguá.Pertencente à mesma ordem dos pelicanos, o cormorão já foi utilizado inclusive como ferramenta para a pesca artesanal no Japão e na China, assim como os falcões eram treinados a caçar pelos europeus.Mas e quanto ao nosso amigo, será que conseguiu dar conta desse peixão?

Page 24: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

24 Shevat / Adar I 5776

Rabino Isaac Dichi

Leis de Bircat Cohanim

O “Sêfer Hachinuch” explica

que um dos funda-

mentos da mitsvá de Bircat Cohanim é que o

Todo-Poderoso quis abençoar Seu povo por meio

de Seus servidores (os cohanim) que estão sem-

pre presentes na casa de D’us, o Bêt Hamicdash.

Com o preceito de abençoar o Povo de Israel,

os cohanim cumprem três mitsvot “assê” (faça),

e assim D’us os abençoa igualmente, conforme

consta (Bamidbar 6:27): “Vaani avarechem – e

Eu os abençoarei”.

Quão errados estão os cohanim que saem da

sinagoga no momento de Bircat Cohanim e com

isto perdem a mitsvá e a bênção de D’us!

A berachá

Yevarechechá Ad-nay - Que teus bens sejam

abençoados [Rashi].

Veyishmerecha - E protegidos dos ladrões –

que não levem teus bens. Um ser humano que

presenteia seu próximo não tem condições de

preservar o presente dado para que não seja

roubado, porém D’us dá e protege [Rashi].

Yaer Ad-nay panav elecha - Que te mostre o

Criador Sua face sorridente [Rashi].

Que descubra teus olhos com a luz de Sua

Face para que possas olhar as maravilhas de

Sua Torá e de Seus atos e conseguir as tuas ne-

cessidades com Sua bênção [Seforno].

Vichuneca - Dê para ti simpatia [Rashi].

Vemos o quanto é importante cair em graça

aos olhos de D’us e dos homens.

Yissá Ad-nay panav elecha - Conterá Seu

nervosismo de ti [Rashi].

Para o mundo vindouro, como consta: “Tsa-

dikim yoshevim venehenim miziv Hashechiná

– Os justos estarão no Mundo Vindouro apro-

veitando do esplendor da Divindade” [Seforno].

Veyassem lechá shalom - E te colocará a paz

– o descanso do “shalom” para o Mundo Vindou-

ro, que é a eternidade sem punição, merecido

por cada indivíduo íntegro [Seforno].

Quando fazer Bircat Cohanim

Conforme o costume dos sefaradim, os coha-

nim fazem Bircat Cohanim na tefilá de Shachrit

diariamente, mesmo na diáspora. Nos dias que

há Tefilat Mussaf, os cohanim voltam a fazer

Bircat Cohanim em Mussaf.

Os ashkenazim, na diáspora, só fazem Bircat

Cohanim na oração de Mussaf dos yamim tovim

e do Yom Kipur. Em relação a Simchat Torá, há

quem a faz em Mussaf (e neste caso devem cui-

dar em não ingerir bebidas alcoólicas) e outros

costumam fazer em Shachrit.

Os próximos quatro parágrafos referem-se

apenas aos sefaradim:

Nos dias de jejum, como Tsom Guedalyá (3

de tishri), Assará Betevet, Taanit Ester e 17 de

Tamuz, os cohanim fazem Bircat Cohanim na

tefilá de Shachrit e na tefilá de Minchá, quando

esta for realizada próxima do pôr do sol.

No Yom Kipur os cohanim fazem Bircat Co-

hanim nas orações de Shachrit, Mussaf e Neilá.

Nos casos de taanit (jejum), que Bircat Co-

hanim é realizada em Minchá, próximo ao pôr

Leis e Costumes

Page 25: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 25

do sol, e na oração de Neilá em Yom

Kipur, a bênção deverá ser feita antes

do pôr do sol. Portanto, deve-se marcar

o início destas orações com antecedên-

cia, a fim de que haja tempo hábil para

os cohanim recitarem a berachá antes

do pôr do sol.

Em Tish’á Beav faz-se Bircat Co-

hanim somente na oração de Minchá,

e não como nos outros jejuns – quando

se faz também em Shachrit.

Procedimento

Os cohanim deverão fazer netilat

yadáyim sem berachá antes de Bircat

Cohanim, mesmo que já a fizeram ao

acordar. Um levi deve despejar a água

da netilá.

Durante a Chazará (a repetição da

Amidá), quando o chazan chegar ao

trecho de Retsê (ou antes), os cohanim

deverão deslocar-se de seu lugar em

direção ao duchan (local da bênção,

geralmente em frente ao hechal) já de

mãos lavadas para Bircat Cohanim.

Caso não tenham se deslocado logo

quando o chazan começou a dizer Ret-

sê, poderão ainda fazê-lo antes que o

chazan recite a palavra “modim”, para

chegarem ao duchan antes de o chazan

concluir a berachá de Hatov Shimchá

Ulchá Naê Lehodot e se posicionarem

de frente ao aron hacôdesh para a be-

rachá.

Se por acaso não se deslocaram do

lugar no início de Retsê, ou pelo menos

antes de o chazan pronunciar a palavra

modim, não poderão mais fazer Bircat

Cohanim nesta oração. Neste caso, o

cohen deve sair do recinto da sinagoga

antes que o chazan chame “cohanim”.

Antes de posicionarem-se em fren-

te ao aron hacôdesh, deverão tirar os

sapatos, tênis ou sandálias, com ou sem

cadarço, e nem mesmo deverão calçar

chinelos. Devem, porém, manter as

meias, pois não deverão fazer Bircat

Cohanim com os pés nus.

Devem cuidar em não deixar os sa-

patos à vista em respeito à sinagoga.

Se, para tirar os sapatos, necessi-

tam usar as mãos, devem tirá-los antes

da netilat yadáyim, pois toda vez que

se toca nos sapatos é necessário lavar

as mãos sem berachá.

Quando o chazan estiver recitando

a Chazará, ao chegar em Modim, todos

devem levantar-se e curvar-se para re-

citar o trecho Modim Derabanan com-

pleto (conforme consta nos sidurim ao

lado ou abaixo do trecho de Modim na

Amidá).

Quando os cohanim terminarem de

recitar o Modim Derabanan, devem di-

zer: “Yehi ratson milefanecha Ad-nay

El-hênu, shetehê berachá zu shetsivi-

tánu levarech et amechá Yisrael, be-

rachá shelemá velô yihyê báh michshol

veavon meatá vead olam [Sidur Tefilat

Yesharim pág. 101, Sidur Tefilat Yaacov

pág. 102] – Que seja Tua vontade, óh

Todo-Poderoso, nosso D’us, que esta

berachá que nos ordenaste em aben-

çoar Teu povo, o Povo de Israel, seja

uma berachá íntegra, que não haja nela

nenhum obstáculo e nenhum pecado de

agora e para sempre.”

Os cohanim devem procurar con-

cluí-la ao mesmo tempo que o chazan

concluir Hatov Shimchá, para que o

“amen” do público refira-se também

para o Yehi Ratson deles. Evidentemen-

te, os cohanim também devem respon-

der amen sobre a berachá de Hatov

Shimchá do chazan.

Os cohanim devem se colocar de

frente ao hechal e de costas para o pú-

blico, e esperar até que o chazan termi-

ne a berachá de Hatov Shimchá Ulcha

Naê Lehodot. Então o chazan deve di-

zer a palavra “cohanim”, conclamando

os cohanim para que comecem a recitar

a berachá.

Se for apenas um cohen que estiver

fazendo Bircat Cohanim, o chazan não

deve dizer “cohanim”, e o cohen deve

Leis e Costumes

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Page 26: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

26 Shevat / Adar I 5776

iniciar a bênção por si só.

Depois de ouvirem a palavra co-

hanim, pronunciada pelo chazan, os

cohanim recitam a seguinte berachá:

“Baruch Atá Ad-nay El-hênu Mêlech

haolam asher kideshánu bicdusha-

tô shel Aharon vetsivánu levarech et

amô Yisrael beahavá – A Fonte das

bênçãos és Tu, Eterno nosso D’us, Rei

do Universo, que nos santificaste com

a santidade de Aharon e nos ordenaste

abençoar o Povo de Israel com amor.”

Ao se aproximarem do fim da berachá

(antes da palavra beahavá), devem se

virar para o público pela direita, fican-

do de frente para eles.

Quando o público ouvir o nome de

D’us na berachá, deve responder “ba-

ruch Hu uvaruch Shemô”, e assim que

os cohanim concluírem a berachá, o

público deve responder amen.

Depois do término da berachá, o

chazan começa a ditar aos cohanim

palavra por palavra desde “yevareche-

chá” até “shalom”. Os cohanim deverão

proferir em voz alta e clara a bênção e

os versículos ditados pelo chazan.

Ao ouvirem a última palavra de

cada versículo – veyishmerecha, vichu-

neca e shalom – pronunciada pelos co-

hanim, o público deve responder amen.

Quando os cohanim terminarem de

recitar o nome de Hashem (as três ve-

zes), o público deve responder baruch

Hu uvaruch Shemô. O chazan, entre-

tanto, não deve responder baruch Hu

uvaruch Shemô nem amen após a reci-

tação dos cohanim.

O chazan não poderá conclamar os

cohanim dizendo “cohanim” enquanto

o público não tiver terminado de res-

ponder amen pela berachá de Hatov

Shimchá Ulchá Naê Lehodot. Por sua

vez, os cohanim não podem dar início

à berachá de Levarech et Amô Israel

Beahavá enquanto o chazan não ter-

minar de dizer cohanim. Igualmente, o

chazan não poderá começar a ditar o

texto aos cohanim enquanto o público

não terminar de responder amen após

a berachá de Levarech et Amô Israel

Beahavá.

Sempre deverá haver uma pausa

entre o que o chazan diz e o que os

cohanim repetem, e entre o amen ou

baruch Hu uvaruch Shemô do público

para o que o chazan for recitar, respei-

tando-se a fala de cada um.

Os cohanim deverão fazer Bir-

cat Cohanim com as mãos erguidas

na altura dos ombros. A mão direita

deverá estar um pouco mais elevada

que a esquerda. As mãos devem estar

espalmadas com o dorso para cima e

os dedos devem formar cinco espaços.

Conforme a Cabalá, as mãos devem

estar erguidas acima dos ombros, e a

direita um pouco mais elevada que a

esquerda.

Assim que o chazan começar a

recitar Sim Shalom (depois de Bircat

Cohanim), os cohanim devem voltar a

virar pela direita, ainda com os bra-

ços erguidos, até que fiquem de frente

para o hechal. Podem então abaixar

as mãos e devem recitar o trecho: “Ri-

bon Haolamim, assínu má shegazarta

alênu. Assê Atá má shehivtachtánu.

Hashkifa mimeon kodshechá min

hashamáyim uvarech et amechá et

Yisrael – Óh, Dono do Universo! Fize-

mos conforme nos ordenaste. Faze Tu

o que nos prometeste. Olha dos Céus

e abençoa o Povo de Israel.” Este tre-

cho deve ser prolongado para coincidir

com o chazan terminando a berachá

de Hamevarech et Amô Yisrael Basha-

lom, a fim de que todos respondam

amen pelas duas recitações ao mesmo

tempo. Evidentemente, os cohanim

também devem responder amen so-

bre a berachá de Hamevarech et Amô

Yisrael Bashalom.

Os cohanim não podem se deslocar

para voltar aos seus assentos até que

o público termine de responder amen

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Page 27: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 27

sobre a berachá de Hamevarech et Amô

Israel Bashalom.

Posicionamento do público

Quando os cohanim estiverem pro-

ferindo Bircat Cohanim, o público deve-

rá estar atento, ficar de pé e virado de

frente para os cohanim, mas não olhar

para eles. Não se deve ficar de costas

para os cohanim ou conversar no de-

correr da bênção.

As pessoas não devem se posicionar

atrás dos cohanim, mesmo que lateral-

mente, pois neste local não estarão in-

cluídas na bênção. Porém, os que estive-

rem na mesma linha (180°) ou para fren-

te, em qualquer lugar, ficam incluídos.

Casos especiais

No caso de um cohen que chegar

na sinagoga atrasado e ainda não tiver

rezado, se o público já estiver avançado

na tefilá, poderá assim mesmo fazer

Bircat Cohanim.

Todo cohen que proferir Bircat

Cohanim estará cumprindo uma mits-

vat assê da Torá (um dos 248 precei-

tos “faça”) como consta em Bamidbar

(6:23): “Cô tevarechu et Benê Yisrael –

Assim abençoareis aos filhos de Israel.”

Se um cohen já proferiu uma vez

Bircat Cohanim no dia, mesmo que o

chamem outra vez, não estará transgre-

dindo a mitsvá caso não vá. Mas se qui-

ser fazê-la outra vez, nada o impede, e

estará cumprindo novamente a mitsvá.

Caso o cohen estiver na sinagoga

quando o chazan chamar cohanim, ou

mesmo se lhe disseram algo como “vá

lavar as mãos”, e este, não tendo outros

impedimentos (no caso de qualquer

impedimento deverá sair da sinagoga

nesta hora), não subir para efetuar a

berachá dos cohanim, estará transgre-

dindo uma mitsvá da Torá.

Se por motivo de força maior, como

fraqueza, o cohen não puder fazer Bir-

cat Cohanim, deverá estar fora do recin-

to da sinagoga antes do chazan chegar

em Retsê para que ninguém o aponte

como inapto para fazer Bircat Cohanim.

Ao sair, deverá permanecer fora até o

término da bênção dos cohanim.

Quando o chazan for um cohen

Quando houver outros cohanim na

sinagoga e o chazan também for cohen,

a priori, não deverá fazer Bircat Coha-

nim. O público não deverá dizer a ele

que faça a berachá ou lave as mãos, e se

disserem deverá fazer Bircat Cohanim.

Quando o chazan for um cohen,

um membro yisrael deve ditar para os

cohanim.

Se ele for o único cohen presente,

para que a congregação não fique sem

Bircat Cohanim, deverá proceder da

seguinte maneira:

Quando chegar em Retsê deverá se

deslocar um pouco do seu lugar (para o

lado se for fazer lá mesmo Bircat Coha-

nim ou em direção ao duchan se for até

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Page 28: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

28 Shevat / Adar I 5776

lá para fazer Bircat Cohanim) e seguir

no texto até hatov shimchá Ulchá naê

lehodot.

Se todo o público estiver posiciona-

do atrás dele, deve fazer Bircat Coha-

nim daquele lugar mesmo. Se há muitas

pessoas na sinagoga e ficarão atrás dele

quando virar-se para o público, deve

subir ao duchan e de lá fazer Bircat

Cohanim.

Já que é o único cohen, deve come-

çar sozinho a berachá sem ser concla-

mado com a palavra cohen.

Um membro yisrael deve ditar

para ele. Depois de recitar tudo, deve

voltar ao seu lugar de chazan e concluir

a Chazará (sim shalom...).

Cohen menor de idade

O cohen com idade inferior ao bar

mitsvá pode fazer Bircat Cohanim para

aprender a mitsvá, desde que saiba o

procedimento correto, o que acontece

a partir dos 9 anos aproximadamente.

Para tanto, é necessário que na sina-

goga haja outro cohen que já tenha bar

mitsvá fazendo Bircat Cohanim.

Quando completar 13 anos, um jo-

vem cohen pode fazer Bircat Cohanim

mesmo sozinho, apesar de ainda não

estar casado.

Cohen casado em proibição

O cohen que estiver casado com

uma mulher com as quais é proibido

ao cohen casar-se:

Guerushá – divorciada (mesmo

com guet),

chalutsá – uma viúva que fez cha-

litsá para não precisar fazer ibun (ca-

sar com o cunhado quando o marido

faleceu sem deixar filhos),

chalalá (filha de um cohen casado

com uma mulher divorciada ou chalutsá),

não judia,

ou outras mulheres proibidas pela

Torá ao cohen, não poderá fazer Bircat

Cohanim. Esta proibição mantém-se

até que se separe dela e faça uma pro-

messa pública que não mais se casará

com mulheres que lhe são proibidas.

O filho de um casamento de um

cohen com uma das mulheres que lhe

são proibidas, como guerushá, chalalá,

zoná, chalutsá, denomina-se “chalal” e

não tem nenhum relacionamento com a

kehuná (sacerdócio), portanto não pode

fazer Bircat Cohanim.

O cohen que se impurificou propo-

sitadamente com um morto que não é

um dos sete parentes descritos na Torá,

deverá comparecer perante um tribu-

nal rabínico e receber sobre si que não

mais se impurificará. Não poderá fazer

Bircat Cohanim enquanto não fizer isto.

Cohen em luto

Durante os sete dias de luto o cohen

não deve fazer Bircat Cohanim, e antes

de o chazan chegar a Retsê deverá sair

do recinto. O cohen ashkenazi deverá,

após os sete dias de luto, perguntar a

seu rabino como é o costume do lugar

que frequenta em relação a um cohen

enlutado após os sete dias.

Ausência de cohen

Nas orações que se faz Bircat Co-

hanim, se não houver um cohen pre-

sente na sinagoga, o chazan dirá o tex-

to: El-hênu Vel-hê avotênu barechênu

baberachá... como consta nos sidurim.

Nesta oportunidade, quando o chazan

pronunciar as palavras que terminam

os versículos (veyishmerecha, vichune-

ca e shalom) o público deve responder

“ken yehi ratson”.

Sonhos

Quem sonhou algo que possa ser

ruim, quando os cohanim estiverem

proferindo as palavras yevareche-

chá, etc. deve dizer o texto: Ribonô

Shel Olam ani Shelchá vechalomotay

Shelchá... conforme consta nos sidu-

rim (“Tefilat Yaacov” pág. 103, “Benê

Tsiyon” pág. 72, “Shaarê Tsiyon” pág.

73, “Chazon Ovadyá” pág. 120) e deve

procurar concluir este texto junto com

os cohanim, de maneira que quando

todos responderem amen (inclusive ele)

após Bircat Cohanim, coincida com o

término do seu pedido.

Do livro “Vaani Tefilá”

Leis e Costumes

Parabeniza a Congregação pela divulgação dos valores

judaicos!

Page 29: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 29

Aqui você encontra as últimas edições da sua revista Nascente e muito mais:

Fotos e vídeos dos eventos da comunidade judaica

Áudios e vídeos com ensinamentos do Rabino Isaac Dichi

Aulas de Daf Hayomi com o Rabino Daniel Faour

E muito mais!www.revistanascente.com.br

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Page 30: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776

Nossa GenteNascimentos

No Berit Milá do filho de Moshe Kacowicz

No Berit Milá dos gêmeos do R. Meir Koschland

Fotos: Shlomo G

oldfarb

Veja 5 fotos no Nossa Gente do Portal

Veja 12 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br

• Mazal tov pelo berit milá para as famílias: R. Avraham Nowosiolski, Arie Kahn, Avraham Michanie, Henry Hefetz, Isaac Dayan, Marcel Fain-tuch, Marcelo Sussyn, Mordechai Matityahu Sobel, Meir Koschland, Moshe Kacowicz, Raymond Aboulafia e Rony Chalom.• Mazal tov pelo nascimento da filhinha para as famílias: Alexander Friedman, Claudio Ejzenbaum, Dan Harari, David Dichi, Jairo Shnaider, Mauricio Grabarz e Uri Baroukh.

Page 31: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 31

Nossa Gente

No Berit Milá do filho de Raymond Aboulafia

Veja 15 fotos e 2 vídeos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br

Page 32: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

32 Shevat / Adar I 5776

Nossa Gente

No Berit Milá dos filhos de Rony Chalom

Veja 18 fotos e 3 vídeos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br

Page 33: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 33

Nossa Gente

No Pidyon Haben do filho de Raymond Aboulafia

Veja 12 fotos e 1 vídeo no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br

Page 34: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

34 Shevat / Adar I 5776

Nossa Gente

No Berit Milá do filho do R. Avraham Nowosiolski

No Pidyon Haben do filho de Moshe Kacowicz Fotos: Shlomo G

oldfarb

Veja 11 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br

Veja 7 fotos no Nossa Gente do Portal

Page 35: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Nossa Gente

Bar Mitsvá

No bar mitsvá de Yossef Michanie

Veja 17 fotos e 3 vídeos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br

• Mazal tov aos jovens benê mitsvá: Gabriel Guindi, Ishai Michanie, Isaac S. Hazan, Issochor Dov Golovaty, Itzchak Aharon Granatowicz, Natan Kriger, Sony Jamous e Yossef Michanie.

Page 36: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

36 Shevat / Adar I 5776

Nossa Gente

No bar mitsvá de Gabriel Guindi

Veja 14 fotos e 1 vídeo no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br

Page 37: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 37

• Mazal tov pelos noivados para as famílias: Michaan e Hazan (Rafael e Alessandra), Avi e Nathali (Freilich e Grynszpan), Dabaah e Szajnbok (Eliel e Yentel).• Mazal tov pelos casamentos para as famílias: Rosenbaum e Beer (Moishe e Chaye), Athias e Cohen (Mendy e Lea), Pluznik, Linker e Wajchenberg (Richard e Amanda), Hakim e Soued (Alberto e Nathalie), Levin e Laskowsky (Shlomo e Sara Beila), Horn e Korich (Ovadia e Daniella), Battat e Kattan (Reuven e Mazal), Candi, Chammah e Hamoui (Mauricio e Lara), Arazi e Kachani (Mike e Gabriela), Aben Athar e Bentes (Salomão e Esther), Saal e Tawil (David Uriel e Tsipora), Gandelman, Aker e Mandelbaum (Ariel e Liora), Beinisch e Sarue (Mayer e Adriana), Nigri, Marx e Triginelli (Bruno e Marina), Labkowsky e Begun (Zalmy e Etty), Pasternak e Dyekman (Levi e Esty), Spiro e Rosen-berg (Avraham Yeshayáhu Menachem e Chana Shayndel), Bergel, Lustig e Sancovschi (Michel e Rosane), Hamadani e Megrich (Jacques e Tathiana), Marcos e Szymonowicz (Freddy e Luana), Waissmann e Rosemberg (André e Karen), Morsel e Stern (Moishe e Dina), Rubinsztajn e Shaul (Moishe Aron e Nechama Bracha), Waitzberg e Landsman (Chaim Yehuda e Yocheved Shifra), Berkowitz e Grunberger (Moishe Arya e Brocha Faiga), Nigri, Marx e Triginelli (Bruno e Marina), Kramer e Sobel (Avi e Reizy), Adler e Mintz (Binyamin Beinish e Gila Chava).

Nossa Gente

No noivado de Chaim Yehuda Waitzberg com Yocheved Landasman em Israel

No noivado de Eliel Dabaah e Yentel Szajnbok

Siyum Massêchet Sotáh do grupo que estuda o Daf Yomi

Fotos: Shlomo G

oldfarb

Veja 9 fotos no Nossa Gente do Portal

Veja 17 fotos e 2 vídeo no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br

Casamentos

Page 38: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

38 Shevat / Adar I 5776

PensamentosChame de verdadeiro lutador

somente quem sabe lutar consigo mesmo.

Não perca as pequenas alegrias aguardando uma grande felicidade.

Aprendendo a perder aprendemos a ganhar.

A única forma de vencer uma discussão é evitá-la.

Quem vence a si mesmo é o maior vitorioso.

Quem sabe perder ganha sempre.

A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.

Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam.

Se você acreditar que uma coisa é impossível, você a tornará impossível.

Pensando Bem II

Page 39: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 39

Dinheiro em Xeque

Aconteceu

com Efráyim, que tinha um problema

cardíaco e precisava realizar uma de-

licada operação de coração.

Seu médico lhe disse que ali mes-

mo, no país em que residiam, havia óti-

mos médicos especialistas neste tipo de

cirurgia. Apesar de não realizarem este

tipo de operação com frequência, estes

médicos teriam uma margem de 95%

de sucesso no procedimento. O médi-

co de Efráyim explicou também que,

no exterior, havia um especialista que

realizava este tipo de operação prati-

camente todos os dias, com a mesma

margem de 95% de sucesso.

O médico concluiu explicando a

Efráyim que, caso ele optasse por re-

alizar a cirurgia no exterior, a viagem

não lhe seria prejudicial.

Efráyim foi perguntar ao seu rabi-

no se valia a pena viajar ao exterior

para realizar a operação com o grande

especialista do exterior, apesar de as

chances de sucesso serem parecidas

com a dos médicos de seu país.

O veredicto

Esta pergunta foi feita ao grande

possec da geração, Rav Yossef Shalom

Elyashiv zt”l – sogro do Rabino Yitschac

Zilberstein shelita. O sábio respondeu

que, obviamente, deveria-se dar pre-

ferência ao médico do exterior, já que

ele estava mais acostumado a realizar

aquele tipo de cirurgia.

Este mesmo conceito é citado pela

Guemará em relação aos chazanim. A

Guemará (Taanit 15a) explica que deve-

mos colocar diante do “amud” – o local

onde o chazan reza na sinagoga – uma

pessoa idosa e acostumada. Sobre isso,

Rashi explica que deve ser uma pessoa

acostumada a rezar, que tenha as ora-

ções “na ponta da língua” e que, por

isso, não cometerá erros.

Aprendemos desta passagem, por-

tanto, o conceito de que alguém acos-

tumado com uma situação tem menor

probabilidade de errar.

Além disso, também consta nos co-

mentários dos Tossafot (San’hedrin 5a)

que não suspeitamos de que quem está

acostumado com as leis errará numa lei.

Portanto, no caso da cirurgia de co-

ração de Efráyim, seria melhor ele dar

preferência ao médico do exterior, com

maior experiência no assunto.

Do semanário “Guefilte-mail” ([email protected]).

Traduzido de aula ministrada pelo Rav Hagaon Yitschac Zilberstein Shelita

Os esclarecimentos dos casos estudados no Shulchan Aruch Chôshen Mishpat são facil-

mente mal-entendidos. Qualquer detalhe omitido ou acrescentado pode alterar a

sentença para o outro extremo. Estas respostas não devem ser utilizadas na

prática sem o parecer de um rabino com grande experiência no assunto.

Cirurgião X

CirurgiãoTodas as dúvidas e divergências monetárias de nossos dias podem ser encontradas em nossos livros sagrados!

Page 40: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

40 Shevat / Adar I 5776

O Mishcan – o Tabernáculo – foi santuário

construído pelo Povo de Israel no deserto.

Esse foi o lugar escolhido por D’us para concen-

trar Sua Presença – a Shechiná. Futuramente,

em Êrets Yisrael, o Rei Shelomô construiu outro

santuário no lugar deste, que foi chamado de

Bêt Hamicdash.

Conforme ordena a Torá, o Tabernáculo de-

veria ser construído no deserto com oferendas

voluntárias do Povo de Israel.

A Parashat Terumá inicia com a seguinte

passagem sobre as oferendas para a construção

do Tabernáculo: “Daber el Benê Yisrael veyikchu

Li terumá – Fala aos Filhos de Israel e separem

para Mim uma oferenda”. O midrash relata que

este versículo está associado a outro versículo

do livro de Mishlê (4:2): “Ki lêcach tov natáti

lachem Torati al taazôvu – Que um presente bom

Eu lhes dei, a Minha Torá não abandonem”. Ou

seja: o midrash associa a mitsvá de donativos

para o Mishcan, o Tabernáculo, com a impor-

tância de estudar e cumprir os mandamentos

da Torá.

O midrash traz uma parábola para explicar

essa associação – entre a construção do Mishcan

e o estudo da Torá – e o fato de que o Povo de

Israel, a Torá e D’us são inseparáveis:

“Havia um rei que possuía uma filha única.

Como a uma princesa é apropriado um nobre

marido, um outro rei se ofereceu para casar-se

com ela. Após o casamento, seu pai se dirigiu

ao genro, dizendo: ‘Você acaba de casar-se com

a minha única filha, mas eu não posso aceitar

separar-me dela. Por outro lado, também não

posso negar que você a leve consigo. Portan-

to, peço que, em cada lugar que vocês estejam,

reservem para mim um aposento para que Eu

possa estar junto a ela.’”

Da mesma forma que o rei não podia se

separar da sua filha, assim também, D’us não

pode se separar da Torá, pois ela é “chochmat

Elokim”, parte da sabedoria Divina. Sendo as-

sim, D’us pediu ao Povo de Israel que construísse

um “aposento” para Ele na Terra – o Mishcan.

Essa é, portanto, a relação entre os dois ver-

sículos citados, entre a construção do Mishcan e o

estudo da Torá. D’us entregou a Torá para o Povo

de Israel, para que a estudassem, e pediu para

eles construírem um lugar onde a Presença Divina

pudesse estar concentrada – próximo da Torá.

A Presença DivinaNossos sábios ensinam que, desde o dia em que foi destruído o Bêt Hamicdash, o Todo-Poderoso só possui “quatro amot de halachá”. Ou seja, o único local que D’us escolhe para centralizar a Sua Presença é o lugar onde se estuda a Torá. Entre todos os locais do mundo, a Shechiná – a Presença Divina – escolhe os centros de estudo de Torá.

Visão Judaica

Rabino I. Dichi

Page 41: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 41

O Ramban (Nachmânides) também

explica a relação entre o estudo da Torá

e a Presença Divina. Além disso, ele

relaciona esses conceitos com o nível

espiritual do Povo de Israel e com a sua

redenção.

No seu prefácio do “Sêfer She-

mot”, o Ramban escreve que mesmo

depois de terem saído do Egito, os

Filhos de Israel ainda não estavam

livres. A galut – o exílio – deles só

terminaria na oportunidade que esti-

vessem em seu devido lugar, quando

alcançassem o nível espiritual de seus

antepassados.

Quando os Filhos de Israel saíram

do Egito, apesar de terem sido fisica-

mente libertos, ainda estavam no exí-

lio e ainda não tinham alcançado uma

elevação espiritual. Ao chegarem no

Monte Sinai e construírem o Mishcan, o

Tabernáculo, a Presença Divina pairou

sobre o povo. Só então eles atingiram

o nível espiritual dos seus ancestrais e

puderam ser denominados “gueulim”

– redimidos.

A gueulá (redenção) é alcançada,

portanto, quando o nível espiritual do

povo é elevado. Isso acontece com o es-

tudo da Torá. Quanto maior a presença

da Shechiná, a Presença Divina, mais

completa a redenção.

Rabi Chayim de Volodjin também

comenta a relação entre o estudo da

Torá e a Presença Divina. Em seu li-

vro “Nêfesh Hachayim” ele escreve

que aprendemos da passagem da Torá

(Shemot 25:8) que trata do Micdash,

o Santuário (o Tabernáculo também é

chamado de “Micdash”) que o homem

tem a possibilidade de se transformar

em um santuário, um “minimicdash”.

Com isso, ele pode receber a Presença

Divina.

Nesse versículo citado, consta: “Ve-

assu Li micdash veshachanti betocham

– E Me farão um santuário e morarei

neles”. Para explicar que D’us estaria

no Santuário, deveria constar na Torá

“e morarei nele”. O fato de constar

“e morarei neles” é uma referência a

cada judeu. A intenção da Torá é que

os yehudim devem fazer um Santuário

para D’us e Ele estará presente “neles”

– em todos os yehudim.

Quando o judeu se autopurifica es-

tudando a Torá e cumprindo as mits-

vot, torna-se um recipiente que contém

a Presença Divina. Assim, cada ato bom

que o yehudi realiza é como um tijolo

acrescentado em seu “santuário” in-

terior.

D’us escolheu o Povo de Israel para

outorgar a Torá e, portanto, cabe a nós

– da mesma forma que àquele genro

do rei – “reservar um lugar” para que

o Rei dos reis sempre esteja conosco.

Isto somente é possível através do es-

tudo da Torá.

Visão Judaica

Page 42: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

42 Shevat / Adar I 5776

Passatempos

PersuadiuAdam

Casou-seCom Milcá

Capitalda Turquia

Sigla doestado deRondônia

14ª letra doalfabeto

Moeda corrente

na Indonésia

Um dosmeses do

ano

Ministro deEstado, na

China

A 24ª partedo dia

Símbolo donúmero 1

em romano

Um dosfilhos

De Yaacov

Símbolo dehora

Partedo

avião

Come-se noSêder dePêssach

Peça usadapara tapar

gargalode garrafas

e outrosfrascos

Capital da Letônia

Montamosem Sucot

Sufixodiminutivo

Símboloquímico

de carbono

Sobremesadoce

Símboloquímicode iodo

Aquilo quese exprime

por palavras

Símbolo de segundo

Sobrinho deAvraham

Recita-seem Purim

a “Meguilat”(?)

Um dosfilhos

de Yaacov

Cheias de(sufixo)

Rabi Meirde Lublin

1558-1616

Símb. químicode Nitrogênio

Capital doPeru

Um doslivros

da Torá

Símbolo químicode tório

Sigla doestado

do Ceará

Recita-seem

Shavuota

“Meguilat(?)”

Uma dasparashiyot

da Torá

Segmento dereta orientado

Rabi Yaacov ben Rabi Meir (1100-1171).Sábio com memória fenomenal e mente

brilhante. Tornou-se o líder da comunidadejudaica francesa após o falecimento de seu avôRashi. Suas palestras na yeshivá formaram a base dos comentários do Talmud conhecidos

como “Tossafot”. Muitos dos “tossafistas” foramseus alunos. Homem muito rico, trabalhou no

ramo de vinhos, diamantes e das finanças:

P A RRC U Z DA VL A S

SA A

Page 43: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 43

PersuadiuA

dam

Casou-se

Com

Milcá

Capital

da Turquia

Sigla do

estado deR

ondônia

14ª letra doalfabeto

Moeda

correntena Indonésia

Um

dosm

eses doano

Ministro de

Estado, naC

hina

A 24ª partedo dia

Sím

bolo donúm

ero 1em

romano

Um

dosfilhos

De Yaacov

Sím

bolo dehora

Partedo

avião

Com

e-se noS

êder deP

êssach

Peça usada

para tapargargalo

de garrafase outrosfrascos

Capital da Letônia

Montam

osem

Sucot

Sufixo

diminutivo

Sím

boloquím

icode carbono

Sobrem

esadoce

Sím

boloquím

icode iodo

Aquilo que

se exprime

por palavras

Sím

bolo de segundo

Sobrinho deA

vraham

Recita-se

em P

urima “M

eguilat”(?)

Um

dosfilhos

de Yaacov

Cheias de(sufixo)

Rabi M

eirde Lublin

1558-1616

Sím

b. químico

de Nitrogênio

Capital doP

eru

Um

doslivros

da Torá

Sím

bolo quím

icode tório

Sigla do

estado do C

eará

Recita-se

em

Shavuot

a“M

eguilat(?)”

Um

a dasparashiyot

da Torá

Segm

ento dereta orientado

Rabi Yaacov ben R

abi Meir (1100-1171).

Sábio com m

emória fenom

enal e mente

brilhante. Tornou-se o líder da comunidade

judaica francesa após o falecimento de seu avô

Rashi. Suas palestras na yeshivá form

aram a

base dos comentários do Talm

ud conhecidoscom

o “Tossafot”

. Muitos dos “

tossafistas” foram

seus alunos. Hom

em m

uito rico, trabalhou noram

o de vinhos, diamantes e das finanças:

CH

AV

ARO

NANCARA

CH

ORUPIAAFICOMAN

AV

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HC

PUDIM

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VECTOR

RABENUTAM

TOMEHS

SMS U

T

GI

R

REE

ETSE

N

AH

A

Ilusão de ÓticaIlusão de ÓticaIlusão de ÓticaQuantos pontos pretos há no quadro abaixo?

ILUSÃO DE ÓTICAILUSÃO DE ÓTICAILUSÃO DE ÓTICA

Passatempos

Page 44: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

44 Shevat / Adar I 5776

Aconteceu

ShevatDia 29Yortsait do Rav Natan Tsvi Finkel, o Saba de Slabodka (5687/1927).

Dia 25Yortsait do Rav Yisrael Lipkin de Salant, mais conhecido como Rav Yirael Salanter, fundador do movimento Mussar (5643/1883).

Dia 4Yortsait do Rav Yisrael Abuchatsira, o Baba Sali (5744/1984).

Dia 1 .................................• Após serem advertidos por

Moshê Rabênu, os egípcios foram atingidos pela pra-ga de arbê – gafanhotos (2449/1312 a.e.c.).

• Hashem permitiu que Moshê Rabênu visse a Terra de Israel do alto de uma monta-nha (2489/1272 a.e.c.).

• De acordo com uma opi-nião, neste dia faleceram Shaul Hamêlech e seus filhos duzrante uma guerra em Guilboa (2883/878 a.e.c.).

• Yortsait do Maharam Sheik (5639/1878).

Dia 2 .................................• Yortsait de Asher, filho de

Yaacov Avínu, conforme algu-mas fontes (2320/1441 a.e.c.).

• Yortsait do Rav Meshu-lam Zussia de Anipoli (5560/1800).

Dia 3 .................................• Jerônimo José Ramos, um

mercador português, foi o último judeu conhecido a ser queimado vivo por praticar o judaísmo às escondidas (5515/1755).

• Yortsait de Rabi Yos-sef, admor de Amshinov (5639/1878).

Dia 5 .................................• Yortsait do Sefat Emet,

Rav Yehudá Aryê Leib de Gür(5665/1905).

• O exército russo liberou os 2.819 sobreviventes de Aus-chwitz (5705/1945).

Dia 9 .................................• Yortsait do Ran, Rabênu

Nissim (5136/1376).

• Yortsait do Rav Netan’el Chabuba de Damasco, autor do livro Corban Netan’el (5677/1917).

Dia 10 ...............................• Yortsait do Maharam Padua,

Rabi Meir ben Yitschac (5325/1565).

• Yortsait do Rav Shalom Mizrahi Didya Sharabi, o Rashash (5537/1777).

• Yortsait do Rav Yitschac Aizik Sher, rosh yeshivá de Slobodka (5711/1952).

Dia 15 ...............................• Tu Bishvat, Rosh Hashaná

Lailanot.

• Yortsait do Rav Chayim Mordechay Marguliot, autor do livro Shaarê Teshuvá (5583/1823).

Dia 16 ...............................• Yortsait do Rav Yoná Navon,

Rav do Chidá, autor do livro Nechpá Bakêssef (5497/1737).

Dia 17 ...............................• Purim de Saragossa. Para

instigar a ira do rei contra os judeus, um apóstata disse

a ele que, quando os judeus retiram os Sifrê Torá em honra do rei, os rolos da Torá não estão de fato dentro das caixas. Naquela noite, Eli-yáhu Hanavi apareceu para o shamash e instruiu-o a reco-locar os rolos da Torá dentro das caixas. No dia seguinte, quando o rei percebeu que a informação era falsa, ele ordenou que matassem o apóstata (5180/1420).

• Yortsait do Rav Chayim Fala-gi, autor de 72 livros sagra-dos (5628/1868).

Dia 19 ...............................• Os residentes de Basel,

Suíça, construíram uma casa de madeira, forçaram todos os judeus da cidade a entrar nela e queimaram-nos vivos (5109/1349).

• Yortsait do Rav Shemuel

de Slonim, o Divrê Shemuel (5676/1916).

Dia 21 ...............................• Yortsait do Rav Moshê

Galanti, o Rishon Letsiyon (5449/1689).

Dia 22 ...............................• Yortsait do Rebe de Kotsk

(5619/1859).

• Yortsait do Rav Yehuda Ariyê Leib Eiger de Lublin, o Torat Emet (5648/1888).

Dia 23 ...............................• Taanit tsadikim em memória

dos 40.000 binyaminitas mortos no incidente de Pilêguesh Baguiv’á.

• Os nazistas enviaram o primeiro transporte de judeus poloneses para campos de concentração (5701/1941).

Dia 26 ...............................• Yortsait do Rav David Halevi,

autor do livro Turê Zahav (5427/1667).

Dia 30 ...............................• Rosh chôdesh adar. Misheni-

chnás adar marbim bes-simchá – quando entra adar, acrescenta-se em alegrias.

Page 45: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 4545

Dia 13Yortsait do Rav Eliyáhu Eliêzer Des-ler, autor da obra Michtav Meeliyáhu (5714/1953).

AdarDia 13Yortsait do Rav Moshê Feinstein (adar II), autor da obra Igrot Moshê (5746/1986).

Dia 17Yortsait do Rav Shim’on Sofer, o Michtav Sofer, filho do Chatam Sofer (5643/1883).

Dia 1 .................................• Na época do Bêt Hamicdash,

neste dia começava-se a anunciar sobre a mitsvá de pagar machatsit hashêkel (vide início de Massêchet Shecalim).

• Yortsait do Rav Avraham Ibn Ezra (4924/1164 outros: 1194).

• Yortsait do Shach, Rav Shabe-tay Katz Hacohen, autor do comentário Siftê Cohen no Shulchan Aruch (5422/1662).

• Neste dia um padre, que discutira com um muleteiro turco alguns dias antes, desa-pareceu na Síria. A comuni-dade judaica de Damasco foi responsabilizada, ocasionan-do a prisão do Rabino da ci-dade, Rav Yaacov Antebi, dos sete anciãos da comunidade, e de mais cinco correligioná-rios. Quatro dos prisioneiros faleceram devido às torturas. Quinze mil judeus norte-ame-ricamos protestaram em seis cidades americanas. Final-mente, Sir Moses Montefiore intercedeu e os prisioneiros foram libertados (5601/1840).

Dia 2 .................................• Yortsait do Rav Yisrael Alter,

Admor de Gür (5737/1977).

• Yortsait do Rav Moshê (ben Yehuda) Schwab, autor da obra Maarchê Lev (5739/1979).

• Yortsait do Rav Yossef Dov (Berel) Soloveitchik de Brisk, Rosh Yeshivat Brisk em

Yerushaláyim, filho do Griz – Rav Yitschak Zev Soloveitchik (5741/1981).

Dia 3 .................................• A construção do Segundo Bêt

Hamicdash foi completada, conforme Ezrá 6:15 (3413/348 a.e.c.).

• Yortsait do Rav Mordechay Yafe, o Levush (5372/1612).

Dia 4 .................................• Yortsait do amorá Rav Achay

bar Rav Huna (4266/506).

• O corpo de Rabi Meir de Ro-tenburgo foi liberado para ser enterrado 14 anos após seu falecimento (5067/1307).

Dia 6 .................................• Yortsait do Rav Avraham An-

tebi, rosh rabanê Aram Tsobá em Yerushaláyim (5727/1967).

Dia 7 .................................• Nascimento e Yortsait de

Moshê Rabênu (2488/1273 a.e.c.).

• O man parou de cair no de-serto (2488/1273 a.e.c.).

• Primeiro auto da fé na Espa-nha, em Sevilha (5241/1481).

• A Inquisição queimou 1.000 judeus na fogueira, Hy”d (5246/1486).

Dia 8 .................................• Yortsait do Rav Yossef

Hachassid ben Rav Chayim, conhecido como o Chassid Yaabets (5253/1493).

Dia 9 .................................• Taanit Tsadikim (Meguilat

Taanit; Orach Chaim 480: 2), marcando a primeira con-trovérsia entre as academias talmúdicas de Bêt Shamai e Bêt Hilel.

• Yortsait do Rabênu Yehudá Hechassid (ou dia 12), autor do Sêfer Chassidim e de sua famosa tsavaá que recomen-da, entre muitas outras orien-tações, não cortar o cabelo em Rosh Chôdesh (4977/1217).

Dia 11 ...............................• Yortsait do Chidá, Rav

Chayim Yossef David Azulai (5566/1806).

• Yortsait do Rav Avraham Bor-nstein de Sochotsov, autor de Avnê Nêzer (5670/1910).

Dia 12 ...............................• Dia mencionado como yom

tov em Meguilat Taanit. Loleinus e Papus, dois irmãos justos, foram assassinados al kidush Hashem pelo impera-dor romano Tureinus (Taanit 18b). Imediatamente após este incidente o imperador foi morto por uma legião do exército romano. Assim, as comunidades judaicas foram salvas, o que levou à declara-ção de um yom tov, poste-riormente cancelado quando outros dois irmãos, Shemayá e Achiyá, que eram grandes homens, foram mortos neste dia.

• Final da renovação do Se-gundo Templo Sagrado por

Herodes (3751/11 a.e.c.). Yortsait do Rav Moshê Pardo, fundador e diretor da insti-tuição Or Hachayim em Benê Berak (5756/1996).

• Com a ajuda da inteligên-cia iraniana, o Hezbolá bombardeou a embaixada israelense em Buenos Aires, matando 29 e ferindo mais de 200 pessoas, Hy”d (adar II 5752/1992).

Dia 13 ...............................• Taanit Ester.

• Os filhos de Haman são en-forcados.

• Yortsait do Rav Yisrael ben Rav Yossef Isserles, pai do Remá (5628/1868).

Dia 14 ...............................• Purim.

Dia 15 ...............................• Shushan Purim.

Dia 16 ...............................• Côresh, rei da Pérsia, deu

permissão para a construção do Segundo Bêt Hamicdash (3390/371 a.e.c.).

Aconteceu

Page 46: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

46 Shevat / Adar I 5776

Dia 17 ...............................• Yortsait do Pachad Yitschac

de Boyan (5677/1917).

Dia 18 ...............................• Yortsait do Rav Yechezkel Le-

vinstein, mashguíach de Ye-shivat Ponevitch (5734/1974).

• Yortsait do Rav Yossef Chayim Sonnenfeld, rabino chefe da comunidade ash-kenazi de Yerushaláyim, autor da obra Salmat Chayim (5692/1932).

Dia 20 ...............................• A oração de Choni Hamea-

guel por chuva é atendida. Os judeus de Frankfurt celebram Purim por causa da execução do arquean-tisemita Vicent Fettmilch (5376/1616).

• Yortsait do Rav Meir ben Yaacov, o Maharam Shif (5393/1633).

• Yortsait do Bach, Rav Yoel Sirkish (5401/1641).

• Yortsait do Rav Shelomô Zalman Auerbach, Rosh Ye-shivá de Col Torá, Jerusalém (5755/1995).

Dia 21 ...............................

• Morte de Nevuchatnetsar, o perverso imperador babilô-nico que destruiu o Primeiro Templo Sagrado.

• Purim de Narbonne, o mais antigo Purim particular que se tem registro, comemoran-do a salvação da comunidade de uma horda antisemita (4996/1236).

• Yortsait do Rav Elimêlech Lipman de Lizansk, autor de Nôam Elimêlech (5566/1806).

• Yortsait do Rav Shelomô Yossef Zevin, autor da Enciclopédia Talmúdica (5738/1978).

Dia 22 ...............................• Yortsait do Rav Yechiel Michel

Epstein, autor do Aruch Hashulchan (5668/1908).

Dia 23 ...............................• Yortsait do Rav Yitschac Meir

Alter, o Chidushê Harim de Gür (5626/1866).

Dia 25 ...............................• O rei da França ordena a

detenção para resgate de todos os judeus em Paris que comparecerem a ser-viços religiosos no Shabat (4941/1181).

• Yortsait do Rav Yitschac Abu-chatsira, Baba Chaki (adar II 5730/1970).

Dia 27 ...............................• O Rei Yehoyakim é retirado

da prisão, conforme Mela-chim II 25:27.

• O Rei Chizkiyáhu, último rei de Yehudá, faleceu em cati-veiro na Babilônia (3365/396 a.e.c.).

• Yortsait do Rav Yossef Shaul Natansohn, rav de Lvov e autor de Teshuvot Shoel Umeshiv (5635/1875).

• Yortsait do Rav Ezrá Eli Hacohen Tawil, av bêt din em Alepo, autor do livro Et Sofer (5690/1930).

Dia 28 ...............................• Judeus do Cairo escapam de

um massacre e comemoram com uma celebração de Purim (5284/1524).

Dia 29 ...............................• Napoleão captura a cidade de

Yafo (5559/1799).

• Yortsait do Rav Yaacov Ka-minetski, rosh Yeshivat Torá Vadáat (5746/1986).

• Yortsait Admor de Ratzfert, Rav Yoel ben Yaacov Shlomo Beer, que faleceu na cidade de São Paulo.

Aconteceu

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Page 47: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 47

Shevat 11 de Janeiro de 2016 a 09 de Fevereiro de 2016

5776

ROSH CHÔDESHSegunda-feira, 11 de janeiro.Não se fala Tachanun no dia eem Minchá da véspera.Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.Acrescenta-se Halel Bedilug em Shachrit. Acrescenta-se a oração de Mussaf.

TU BISHVATAno novo das árvores.

Segunda-feira, 25 de janeiro.Não se recita Tachanun no dia e em

Minchá da véspera.No dia quinze do mês de shevat

comemora-se ano novo agrícola. Costuma-se fazer uma

refeição com diversos tipos de frutas neste dia.

BIRCAT HALEVANÁ PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUAInício (conforme costume sefaradi): Sábado, 16 de janeiro, às 20h39m (em São Paulo, no horário de verão).Final: Manhã de domingo, 24 de janeiro, até as 6h39m (em São Paulo, no horário de verão).

Datas & Dados

Page 48: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

48 Shevat / Adar I 5776

Adar I 10 de fevereiro de 2016 a 10 de Março de 2016

5776

ROSH CHÔDESHTerça e quarta-feira, dias 9 e 10 de fevereiro.Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera.Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.Acrescenta-se o Halel Bedilug em Shachrit.Acrescenta-se a oração de Mussaf.

BIRCAT HALEVANÁ PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUA

Início (conforme costume sefaradi): segunda-feira, dia 15 de fevereiro,

a partir das 4h47m (em São Paulo).Final: noite de segunda-feira, 22 de fevereiro,

até as 22h09m (em São Paulo). PURIM CATANSHUSHAN PURIM CATANTerça e quarta-feira, 23 e 24 de fevereiro.Não se recita Tachanun no dia e em Minchá da véspera.

Daf HayomiAcompanhe as aulas

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Datas & Dados

Page 49: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

Shevat / Adar I 5776 49

HORÁRIO DE ACENDER AS VELAS DE SHABAT EM SÃO PAULO

Já considerando o horário de verão

15 de janeiro - 19h39m22 de janeiro - 19h38m29 de janeiro - 19h36m05 de fevereiro - 19h33m12 de fevereiro - 19h29m

19 de fevereiro - 19h24m26 de fevereiro - 18h18m04 de março - 18h13m11 de março - 18h07m18 de março - 18h00m

PARASHAT HASHAVUA 16 de janeiro - Parashat: Bô Haftará: Hadavar Asher Diber Hashem23 de janeiro - Parashat: Beshalach Haftará: Vatáshar Devorá (sefaradim)30 de janeiro - Parashat: Yitrô Haftará: Bishnat Mot Hamêlech06 de fevereiro - Parashat: Mishpatim Haftará: Hadavar Asher Hayá El Yirmeyáhu13 de fevereiro - Parashat: Terumá Haftará:Vashem Natan Chochmá Lishlomô20 de fevereiro - Parashat: Tetsavê Haftará: Atá Ven Adam27 de fevereiro - Parashat: Ki Tissá Haftará: Vayishlach Ach´av (sefaradim)05 de março - Parashat: Vayakhel (Shecalim) Haftará: Vayichrot Yehoyadá (sefaradim)12 de março - Parashat: Pecudê Haftará: Vayáas Chirom19 de março - Parashat: Vayicrá (Zachor) Haftará: Vayômer Shemuel El Shaul

HORÁRIO DAS TEFILOT Shachrit - De segunda a sexta-feira-20 min. antes do nascer do Sol (vatikim), 06h20m (Midrash Shelomô Khafif), 06h50m (Zechut Avot) e 07h15m (Ôhel Moshê).Aos sábados - 08h15m (principal), 08h20m (Zechut Avot), 08h40m (infanto-juvenil) e 08h45m (ashkenazim).Aos domingos e feriados - 20 min. antes do nascer do Sol, 07h30m e 08h30m.Minchá - De domingo a quinta - 18h35m e 19h00m durante o horário de verão. Ou 15min. antes do pôr do sol no horário normalArvit - De domingo a quinta - 19h15m (durante o horário de verão), 10min. após o pôr do sol (durante o horário normal) e 20h00m.

Próximas Comemorações Judaicas

Jejum Taanit Ester (11/adar/5777) 09/mar/17 Quinta

10/fev/17Tu Bishvat (15/shevat/5777) Sexta

Purim (14/adar II /5776)

Shushan Purim (15/adar II /5776)

24/mar/16

25/mar/16

22/abr/16

23/abr/16

29/abr/16

30/abr/16

1ª noite de Pêssach (15/nissan/5776)

2ª noite de Pêssach (16/nissan/5776)

7º dia de Pêssach (21/nissan/5776)

8º dia de Pêssach (22/nissan/5776)

Quinta

Sexta

Sexta

Sábado

Sexta

Sábado

12/jun/16

13/jun/16

24/jul/16

1º dia de Shavuot (6/sivan/5776)

2º dia de Shavuot (7/sivan/5776)

Jejum 17 de Tamuz (18/tamuz/5776)

Domingo

Segunda

Domingo

14/ago/16Jejum Tish’á Beav (10/av/5776) Domingo

Segunda

Segunda

Segunda

Terça

Terça

Terça

Domingo

Domingo

Domingo

Quarta

Quarta

1º dia de Rosh Hashaná (1/tishri/5777)

2º dia de Rosh Hashaná (2/tishri/5777)

Jejum Tsom Guedalyá (3/tishri/5777)

Yom Kipur (10/tishri/5777)

1º dia de Sucot (15/tishri/5777)

2º dia de Sucot (16/tishri/5777)

Hoshaná Rabá (21/tishri/5777)

Shemini Atsêret (22/tishri/5777)

Simchat Torá (23/tishri/5777)

3/out/16

4/out/16

5/out/16

17/out/16

12/out/16

18/out/16

23/out/16

24/out/16

25/out/16

25/dez/16

8/jan/17

1º dia de Chanucá (25/kislev/5777)

Jejum Assará Betevet (10/tevet/5777)

MINCHÁ DE ÊREV SHABATJá considerado o horário de verão

Shir Hashirim será recitado 15 minutos antes de Minchá durante o horário de verão

MINCHÁ DE SHABATJá considerado o horário de verão

16 de janeiro - 19h10m23 de janeiro - 19h10m30 de janeiro - 19h10m06 de fevereiro - 19h05m13 de fevereiro - 19h00m20 de fevereiro - 18h55m27 de fevereiro - 17h50m05 de março - 17h45m12 de março - 17h40m19 de março - 17h35m

15 de janeiro - 19h35m22 de janeiro - 19h35m29 de janeiro - 19h35m05 de fevereiro - 19h35m12 de fevereiro - 19h29m19 de fevereiro - 19h24m26 de fevereiro - 18h18m04 de março - 18h13m11 de março - 18h07m18 de março - 18h00m

Datas & Dados

Page 50: DINHEIRO EM XEQUE Cirurgião X Cirurgião

50 Shevat / Adar I 5776

TABELA DE HORÁRIOS SHEVAT / ADAR I 5776ACRESCENTAR UMA HORA DURANTE O HORÁRIO DE VERÃO

Datas & Dados

São Paulo

Dia Zeman Tefilin

Nets Hachamá (nasc. Sol)

Alot Hashá-

charChatsot

Sof Zeman Keriat Shemá Sof Zeman Amidá Sof Zem. Mussaf Pêleg Haminchá Shekiá (pôr-

do-sol)

Minchá Guedolá de alot

a tsetdo nets à shekiá

de alot a tset

do nets à shekiá

de alot a tset (72m)

de alot a tset

do nets à shekiá

do nets à shekiá

de alot a tset

Jan

eiro

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“O Franco Atirador”Chayim Walder

Meu nome é Ruvi.Eu estudo na quinta série.Eu me considero um menino como todos os outros. Não sou especialmente

aplicado, mas as minhas notas são razoavelmente boas.Eu não tinha a chance de ser conhecido por toda a escola, mas graças aos

“gogos”, agora todos me conhecem.Para quem ainda não sabe, um “gogo” é um caroço de damasco, com o qual as

crianças brincam aqui em Israel. Em Jerusalém chamam os gogos de “adjuim”, e em Chaifa – eu não sei.

Já na segunda série, quando eu vi a tumultuada feira de gogos no pátio da escola, onde cada aluno segurava uma caixa com buracos e gritava: “Quem quer atirar?”, quis conhecer as regras do jogo.

De Criança Para Criança

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52 Shevat / Adar I 5776

Um menino, que tinha uma bela caixa, me explicou: “Se você acertar o buraco grande, você ganha quatro gogos. Se você acertar o buraco um pouco menor, ganha dez!...”.

“E esse?”, perguntei, apontando para um pequeno buraco, do tamanho de um gogo. “Esse aí você nunca conseguirá acertar!”, disse o menino com desdém. “É um buraco para campeões! Acertando um gogo dentro desse buraco, ganha--se cem gogos!”

Pedi a ele que me emprestasse um gogo para eu tentar. Ele concordou gentilmente, mas sugeriu que eu mirasse com muito cuidado no buraco maior, porque eu era um iniciante.

Afastei-me um pouco da caixa, mirei no buraco pequeno e... Zap! O gogo entrou justinho para dentro da caixa!

Fez-se silêncio.O menino ficou parado, atônito.Então eu lhe disse: “O gogo era seu! Eu não mereço nada.” O menino respi-

rou aliviado.Logo na minha estreia, fiquei famoso. Passaram a me chamar de “o fran-

co-atirador”.De fato, parece que eu tenho olhos especiais para mirar e arremessar.

Graças aos meus tiros certeiros, consegui ajuntar a cada ano uma quantida-de grande de gogos. Mas depois de um tempo, percebi que os gogos não são importantes. “Isso não passa de uma brincadeira de criança”, pensei. Porém, mesmo assim continuei a brincar.

Vocês sabem por quê? Porque por meio deste jogo dá para analisar o ca-ráter das crianças que estão jogando.

Se eu acerto na caixa de um menino que se irrita e joga os gogos para mim com raiva, eu passo a saber que aquele menino é aborrecido e tem um caráter que não é agradável.

Se um menino sorri e diz: “Você está me deixando pobre, franco-atirador”, eu sei que ele sabe perder honradamente – mesmo que lhe doa perder.

Sei também quem são os meninos que falam a verdade, quando eles con-fessam: “A caixa se mexeu um pouco na hora que você atirou, portanto você merece o gogo de volta.” Normalmente eu deixo o gogo com eles e ainda lhes dou mais um por sua honestidade.

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Por outro lado, há meninos que não são sinceros e culpam o atirador, di-zendo: “Você se aproximou demais”, e inventam toda sorte de desculpas, só para não terem que pagar o que devem. Certa vez eu disse a um desses me-ninos: “Se você não mudar seu caráter, quando crescer as pessoas não vão ter confiança em você, porque os gogos para nós são o mesmo que o dinheiro para os adultos. Se um menino não é justo no ‘comércio’ de gogos, ele também não será honesto quando crescer.”

Até hoje eu costumo brincar de gogos. Os meninos sabem que eu nunca minto e que eles podem confiar na minha palavra. Às vezes eu sirvo de juiz.

Para terminar, contarei a vocês um caso que me aconteceu esta semana.Eu estava passando pelo corredor da escola, quando de repente vi dois meninos

– um da sétima série e outro da terceira. Os dois tinham uma caixa, porém todos preferiam atirar na caixa do menino da sétima série, que era forte e “berrador”. Ele tinha um grande monte de gogos, enquanto o menino pequeno estava sentado num canto, dirigindo olhares suplicantes para que viessem atirar na sua caixa. Eu tinha um saquinho com uns cem gogos. Aproximei-me do delicado menino da terceira série e comecei a atirar na direção da caixa. Fingi estar mirando, mas na verdade eu nem olhava, porque eu queria que o menino lucrasse o máximo de gogos.

Eu joguei uns cinquenta gogos. Enquanto isso, todos os meninos da escola se juntaram para ver pelo menos uma vez o franco-atirador perder. Eu não me importei. Continuei a jogar os gogos na caixa do feliz menino. No final, sobrou só um gogo na minha mão.

Aí me dirigi para a caixa do outro menino, onde todos atiravam e ninguém acertava.

Mirei bem no buraco pequeno, com meu último gogo. Todos prenderam a respiração. Fez-se silêncio. Mirei mais um pouco e, adivinhem! Acertei exata-mente no buraco pequeno de cem!

No final eu devolvi todos os gogos para ele. Porque para mim os gogos são apenas um jogo. Eu só queria que todos aprendessem a considerar outros meninos. Além disso, que soubessem que podemos ceder mesmo a quem não merece. Esse foi meu verdadeiro prazer!

Tradução de Guila Koschland WajnrytPermissões exclusivas para a Nascente

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54 Shevat / Adar I 5776

Rabi Yehudá Hanassi e Antonino Pio CésarUma das épocas mais terríveis para o Povo de Israel foi a dos anos que se seguiram à destruição do Segundo Templo. O malvado imperador romano, Adriano César, dominou Israel com braço de ferro, perseguindo os sábios da Torá e expedindo terríveis decretos contra o povo judeu.

Infantil

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Shevat / Adar I 5776 55

Um dos decretos romanos

desta época era a proi-

bição de que qualquer judeu fizesse

berit milá em seus filhos. Os judeus,

no entanto, como em tantas outras

oportunidades, preferiam enfrentar

a ira romana a transgredir o manda-

mento da Torá de fazer o berit milá.

Entre estes, estava Raban Shimon

ben Gamliel.

No mesmo dia em que Rabi Akivá,

um dos maiores mestres do povo de

Israel, era cruelmente assassinado por

ensinar Torá e morria santificando o

nome de D’us, nascia o filho de Raban

Shimon ben Gamliel.

Raban Shimon ben Gamliel era

nessa época o nassi – o príncipe – de

Israel. Raban Gamliel, seu pai, também

havia sido nassi, assim como o pai dele

e seu avô. A ascendência de Raban

Shimon ben Gamliel podia ser descrita

até o rei David.

Quando seu filho nasceu, Raban

Shimon ben Gamliel não hesitou em

fazer nele o berit milá, mesmo saben-

do que estaria colocando sua própria

vida em risco. Apesar do perigo, a

cerimônia do berit milá foi realizada

com grande alegria. O pequeno menino

recebeu o nome de Yehudá.

Os romanos, porém, tinham seus

espiões espalhados por toda parte.

Assim, a notícia de que Raban Shimon

ben Gamliel, um dos maiores sábios de

Israel, tinha desrespeitado o decreto

do imperador romano, logo chegou

aos ouvidos do governador romano

em Israel.

O governador romano mandou que

Raban Shimon ben Gamliel fosse leva-

do imediatamente ao seu palácio, junto

com seu filho. Lá, verificou com seus

próprios olhos que o pequeno bebê ha-

via sido circuncidado. Ao comprovar o

crime, sua fúria não teve limites.

A princípio, pensou em mandar

matar o sábio judeu com seu filho

em praça pública, para que todos os

outros judeus soubessem o que acon-

teceria com quem ousasse desafiar

as leis romanas. Depois, porém, teve

uma ideia melhor. Levaria a família

de Raban Shimon ben Gamliel pesso-

almente para Roma, onde o próprio

César os julgaria e determinaria seu

castigo.

Assim, Raban Shimon ben Gamliel

viu-se obrigado a fazer a longa viagem

de Israel a Roma junto com sua mulher

e o pequeno bebê. O governador da ci-

dade também fez a longa viagem para

ter a oportunidade de, ele mesmo, pre-

senciar a condenação do sábio judeu.

Os judeus conheciam muito bem

a perversidade do César Adriano e

temiam pela vida de Raban Shimon

ben Gamliel e de sua família. Assim, os

judeus em Israel reuniram-se em pre-

ces para que o Todo-Poderoso salvasse

o nassi.

Quando Raban Shimon ben Gamliel

chegou a Roma era noite. Como sua

audiência com o imperador só acon-

teceria no dia seguinte pela manhã,

Raban Shimon ben Gamliel resolveu

procurar um antigo conhecido seu ro-

mano, chamado Asverus, para passar

a noite em sua casa.

Asverus fazia parte de uma das fa-

mílias mais importantes de Roma. Ele

não era judeu, mas respeitava e admi-

rava os sábios de Israel, ajudando-os

quando possível.

O romano recebeu Raban Shimon

ben Gamliel em sua casa com alegria e

satisfação. Quando o sábio judeu, po-

rém, contou o motivo que o trouxera

a Roma com sua esposa e o pequeno

bebê, o coração de Asverus se encheu

de pesar e preocupação pelo futuro

do amigo. Mesmo com toda sua in-

fluência e poder nos altos círculos de

Roma, Asverus sabia que ninguém se-

ria capaz de proteger o sábio da fúria

de Adriano.

Infantil

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56 Shevat / Adar I 5776

Infantil

Os dois passaram a noite tentando

encontrar uma forma de salvar o bebê

das garras do César, mas as possibi-

lidades eram pequenas, senão nulas.

Finalmente, a esposa de Asverus, que

era uma mulher piedosa e amiga da

esposa de Raban Shimon ben Gamliel,

sugeriu um plano um tanto arriscado,

mas simples. Com a ajuda de D’us, ele

poderia dar certo.

Asverus também havia ganha-

do um filho no mesmo dia em que

nascera o pequeno Yehudá, filho de

Raban Shimon ben Gamliel. A mulher

do romano resolveu trocar os bebês:

seu pequeno filho, Antonino Pio, pelo

bebê judeu. Por terem poucos dias de

vida, os dois bebês eram parecidos, e

também tinham aproximadamente o

mesmo tamanho. A diferença, porém,

era que o bebê romano não fora cir-

cuncidado.

Assim, no meio da noite, sem que

ninguém percebesse, as mães troca-

ram os bebês. Pela manhã, quando

Raban Shimon ben Gamliel despediu-

-se de Asverus, sua esposa carregava

nos braços o pequeno Antonino, filho

de Asverus

Naquele dia, Raban Shimon ben

Gamliel, sua esposa e a pequena

criança foram levados à presença do

Imperador Romano. Quando entra-

ram na sala do trono, encontraram o

governador de Israel, que havia feito

a acusação, esperando-os ao lado do

poderoso César. Além destes, havia na

sala também muitas outras pessoas:

ministros, senadores e notáveis de

Roma, que faziam parte da corte do

imperador e estavam curiosos para

saber qual seria o destino do sábio

judeu.

– Poderoso César! – começou a

falar o governador, dirigindo-se a

Adriano. – Este judeu, um príncipe

de seu povo, ousou desafiar as leis de

Roma. Apesar de conhecer o decreto

do imperador de não fazer a circun-

cisão, preferiu rebelar-se e continuar

apegado a seus antiquados costumes!

– Como ousa! – gritou o Imperador

Adriano furioso, dirigindo-se a Raban

Shimon ben Gamliel. – É você que é

considerado o maior sábio de Israel?

Pois não passa de um tolo! Arriscar a

própria vida e a de toda sua família,

simplesmente para cumprir um cos-

tume ultrapassado... Tragam o bebê!

Deixem que eu comprove com meus

próprios olhos este crime.

Enquanto o imperador vociferava,

Raban Shimon ben Gamliel conti-

nuava impassível. Apenas seus lá-

bios mexiam-se, imperceptivelmente,

numa prece silenciosa ao Criador. Sua

esposa esticou os braços para o solda-

do romano, que agarrou o menino e

tirou suas roupas, erguendo-o frente

ao imperador.

No momento em que todos os pre-

sentes puderam ver a criança, uma

exclamação de espanto emanou de

suas bocas. Era óbvio para todos que

aquele menino não havia sido circun-

cidado. Indignado, Adriano levantou-

-se de seu trono e dirigiu um olhar

feroz para o governador que havia

feito a acusação:

– Como você ousa fazer-me perder

tempo com falsas acusações! – gritou

para o espantado governador. – Você

achou que conseguiria enganar a

mim e aos mais importantes homens

de Roma com algo que pode ser tão

simplesmente comprovado?! Você por

acaso imaginou que eu nem investiga-

ria sua acusação?!

– Ma... mas isto é impossível! – ga-

guejou o governador, branco de medo

pela fúria do César. – Eu vi com meus

próprios olhos o menino circuncidado!

Isso só pode ser obra do D’us dos ju-

deus, que lhes faz milagres a toda hora.

O decreto de Adriano, no entanto,

foi imediato:

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– Pois saiba que você será se-

veramente castigado por levantar

falsas acusações contra este judeu e

envergonhar o imperador romano em

público. Não somente isso! Como com-

pensação pelo sofrimento que você

causou ao sábio judeu, eu revogo, a

partir de agora, o decreto proibindo

os judeus de fazerem a circuncisão

em seus filhos. A partir de hoje, cada

judeu está liberado para realizar seus

rituais se essa for sua vontade!

A notícia da salvação de Raban

Shimon ben Gamliel e o novo decreto

liberando o Berit Milá foram recebi-

dos com alegria e júbilo pelos judeus

de Israel. Quando chegaram à Terra

Santa, recebidos com festa, o meni-

no carregado pela esposa de Raban

Shimon ben Gamliel já era novamente

o pequeno Yehudá, destrocado com

Antonino pouco antes que a família do

sábio saísse de Roma.

Vários anos se passaram e as

duas crianças, o judeu e o roma-

no, cresceram. O pequeno Yehudá

tornou-se um dos maiores sábios

de Israel de todos os tempos: Rabi

Yehudá Hanassi, também chamado

de “Rebi”, o compilador da Mishná.

Antonino, por sua vez, foi adotado

por Adriano como seu protegido e

transformou-se em Antonino Pio Cé-

sar, imperador de Roma por 23 anos

– de 138 a 161 e.c.

Ao contrário de seus antecessores,

Antonino era extremamente tolerante.

Foi considerado um imperador bom e

justo não somente pelos judeus, mas

também por todos os povos governa-

dos pelo Império Romano, entrando

para a história como um dos mais

sábios e justos imperadores romanos.

Segundo os historiadores, Antonino

Pio mereceu este título “pelo seu res-

peito para com todos”. Foi também

chamado de “imperador perfeito”,

pela sua doçura, serenidade e no

desprezo pela glória vã. Ele gostava

dos judeus e respeitava-os. Durante

os anos de seu reinado, Israel conhe-

ceu uma época de paz e prosperidade

espiritual.

Nossos sábios contam que Antoni-

no e Rabi Yehudá Hanassi tornaram-

-se amigos, o que fez com que o amor

pela sabedoria da Torá crescesse no

coração do imperador. Conta-se, ain-

da, que Antonino chegou a construir

um túnel por baixo de seu palácio, por

onde saía e estudava Torá com Rebi

num local secreto, conhecido somente

pelos dois.

Segundo algumas opiniões, o lei-

te que Antonino mamou no seio da

mãe de Rebi purificou sua alma e fez

com que, no fim da vida, ele mesmo

fizesse o berit milá e se convertesse

ao judaísmo.

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