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Dionísio Pestana eleito o mais empreendedor Prémio da Ernst & Young distinguiu o presidente do grupo Pestana, mas também os sócios da h 3 e o presidente da SetLinings International. Andrea Duarte e Madalena Queirós [email protected] Dionísio Pestana foi o grande vencedor do galardão da Ernst & Young, o "Empreendedor do Ano" de 2011. Visivelmente emocionado, evocou as origens do grupo Pestana e lembrou que a situação do país hoje pode ser tão grave como quando ele che- gou à Madeira em 1976, mas "se as condições não são as ideais para começar um projecto, é preciso arriscar". O vencedor do prémio nacio- nal vai agora participar no con- curso internacional, entre 50 em- preendedores de todo o mundo. Dionísio Pestana, cuja carreira começou quando salvou da falên- cia o hotel Sheraton da Madeira, que pertencia à família, é hoje dono de uma cadeia de nível mundial. No entanto, o sonho não pára aqui: quer ainda, até ao final de 2012, aumentar o número dos seus hotéis para os 100. "Vendo hoje a cadeia de hotéis do grupo Pestana, parece que este foi um percurso fácil" , diz Dioní- sio Pestana, mas a verdade é que a iniciativa do empresário foi fun- damental na construção de um grupo que conta com sete mil co- laboradores. O segredo para o sucesso, se- gundo Dionísio Pestana "é insis- tir, repetir, tentar de novo" e não desanimar com as contra- riedades. A "tradição familiar" foi outro factor que ajudou no percurso de Dionísio Pestana, com "o pai e os tios" envolvidos no negócio da hotelaria. Além disso, é preciso "fazer o trabalho de casa" , acrescenta o presiden- te do grupo Pestana. Para isso, Dionísio Pestana visitou hotéis e feiras pelo mun- do fora. Hoje, "com a Internet, os jovens percebem as oportuni- dades que as novas tecnologias podem trazer". Carreiras de sucesso Além de Dionísio Pestana, os vencedores da noite dos prémios "Empreendedor do Ano" foram José Ribeiro, presidente da Set li- nings International, e os três só- cios da h 3, António Carvalho Araújo, Albano Homem de Melo e Miguel van Uden. Vencedor do prémio "Interna- tional", José Ribeiro destacou a função que este prémio tem "de promover e entusiasmar outros empreendedores". O presidente- executivo da SetLinings Interna- tional começou como ajudante na montagem de fornos na refinaria de Sines, com 18 anos, mas, su- bindo a pulso, construiu a sua empresa quatro anos. "Este prémio vem dizer-nos: pelo me- nos mais 40 de sucesso", declarou ao Diário Económico. Nestes 40 anos, antecipa "emprego e felicidade para mui- ta gente", seguindo sempre o mote da sua empresa que é "tor- nar as pessoas felizes". José Ri- beiro confessou ainda que quer tornar a SetLinings a maior em- presa de refractários do mundo. 44 Vendo hoje a cadeia de hotéis do grupo Pestana, parece que este foi um percurso fácil. Dionísio Pestana Presidente do grupo Pestana "Compreendam que sozinhos não se consegue nada", aconse- lha José Ribeiro aos jovens em- preededores. O prémio "Ernerging" foi "um sinal que as pessoas estão atentas ao que fazemos e conhecem o nosso trabalho", congratulou- se António Carvalho Araújo, sócio da h3. A cadeia de hambúrgueres que é hoje um sucesso mundial, começou por ser um restaurante na Avenida da Li- berdade, em Lis-

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Dionísio Pestanaeleito o maisempreendedorPrémio da Ernst & Young distinguiu o presidente do grupo Pestana,

mas também os sócios da h 3e o

presidente da SetLinings International.Andrea Duartee Madalena Queirós

[email protected]

Dionísio Pestana foi o grandevencedor do galardão da Ernst &Young, o "Empreendedor doAno" de 2011. Visivelmenteemocionado, evocou as origensdo grupo Pestana e lembrou quea situação do país hoje pode sertão grave como quando ele che-gou à Madeira em 1976, mas "seas condições não são as ideaispara começar um projecto, é

preciso arriscar".O vencedor do prémio nacio-

nal vai agora participar no con-curso internacional, entre 50 em-preendedores de todo o mundo.

Dionísio Pestana, cuja carreiracomeçou quando salvou da falên-cia o hotel Sheraton da Madeira,que pertencia à família, é hojedono de uma cadeia de nívelmundial. No entanto, o sonho não

pára aqui: quer ainda, até ao finalde 2012, aumentar o número dosseus hotéis para os 100.

"Vendo hoje a cadeia de hotéisdo grupo Pestana, parece que estefoi um percurso fácil" , diz Dioní-sio Pestana, mas a verdade é que ainiciativa do empresário foi fun-damental na construção de umgrupo que conta com sete mil co-laboradores.

O segredo para o sucesso, se-gundo Dionísio Pestana "é insis-

tir, repetir, tentar de novo" enão desanimar com as contra-riedades. A "tradição familiar"foi outro factor que ajudou nopercurso de Dionísio Pestana,com "o pai e os tios" envolvidosno negócio da hotelaria. Alémdisso, é preciso "fazer o trabalhode casa" , acrescenta o presiden-te do grupo Pestana.

Para isso, Dionísio Pestanavisitou hotéis e feiras pelo mun-do fora. Hoje, "com a Internet,os jovens percebem as oportuni-dades que as novas tecnologiaspodem trazer".

Carreiras de sucessoAlém de Dionísio Pestana, os

vencedores da noite dos prémios"Empreendedor do Ano" foramJosé Ribeiro, presidente da Set li-nings International, e os três só-cios da h3, António CarvalhoAraújo, Albano Homem de Melo eMiguel van Uden.

Vencedor do prémio "Interna-tional", José Ribeiro destacou afunção que este prémio tem "depromover e entusiasmar outrosempreendedores". O presidente-executivo da SetLinings Interna-tional começou como ajudante namontagem de fornos na refinariade Sines, com 18 anos, mas, su-bindo a pulso, construiu a suaempresa há quatro anos. "Esteprémio vem dizer-nos: pelo me-

nos mais 40 de sucesso", declarouao Diário Económico.

Nestes 40 anos, antecipa"emprego e felicidade para mui-ta gente", seguindo sempre omote da sua empresa que é "tor-nar as pessoas felizes". José Ri-beiro confessou ainda que quertornar a SetLinings a maior em-presa de refractários do mundo.

44Vendo hoje a cadeiade hotéis do grupoPestana, pareceque este foi umpercurso fácil.

Dionísio PestanaPresidente do grupo Pestana

"Compreendam que sozinhosnão se consegue nada", aconse-lha José Ribeiro aos jovens em-preededores.

O prémio "Ernerging" foi "umsinal que as pessoas estão atentasao que fazemos e conhecem o

nosso trabalho", congratulou- se

António Carvalho Araújo, sócioda h3. A cadeia de hambúrgueresque é hoje um sucessomundial, começou porser um restaurantena Avenida da Li-berdade, em Lis-

boa, como um pro-jecto dos três ami-gos de longa data.

"Fazer as coisasde modo sustentado,concertado, bem reflec-tido e assumir os erros que va-mos cometendo, que vão servir

para aprendermos e fazer me-lhor a seguir", é o objectivo deAntónio Araújo.

Depois do prémio, a ideia écontinuarem a expandir o ne-gócio, agora para o Brasil. "No

Brasil, já fomos a uma reunião17 vezes com fornecedores eainda não vendemos um", dizAlbanodeMelo.

Não é fácil estar no ramo dos

hambúrgueres. No entanto, "se

o empreendedor não tiver a pa-ciência para respeitar todos os

procedimentos para chegar aobom hambúrguer nunca vai ser

l bom empreendedor",afirma Miguel van

Uden. Durante a ce-rimónia, Jorge Alves,presidente da Ernst

& Young sublinhouque foi escolhido o

"empreendedor quefaz a diferença". Na

sua intervenção referiuainda que está é a 4* edi-

ção em Portugal, de um prémioque já existe desde a década deoitenta nos EUA.

António Costa, director do-Diário Económico referiu na en-trega dos prémios que

" o iníciodo fim da crise começa com estes

prémios".»

Governo apoia"confiança"O secretário de Estado das ObrasPúblicas, Transportese Comunicações, Sérgio Monteiro,declarou durante a entrega dos

prémios que o Governo apoiaa "confiança" necessária à

promoção do empreendedorismo."Este processo de austeridadeé incontornável", afirnou SérgioMonteiro, mas o Governo quertambém "mudar as práticas"de quem se encontra "ancoradoa anos de subsidiarização",apostando no capital deinvetimento e no investimentoestrangeiro. "Estamos a promovero ambiente para promoverum Estado menos accionista",acrescentou o secretáriode Estado. A intenção é que"Portugal seja um país amigodo empreendedorismo".

Saber respondera desafios

O facto de ter começado"o seu negócio em respostaa um desafio" desde cedo num

país desconhecido, foi um dos

factores que pesou na escolha

de Dionísio Pestana comovencedor do Entrepeneur of theYear diz Mário Trinca, directordo prémio. Características comoa"perseverança, paixão poraquilo que faz e saber ultrapassaras situações adversas" foram

alguns dos factores quecontribuíram para a sua vitória,diz Mário Trinca. Outro dos

factores que pesou na escolha

foi o facto de ter "uma posiçãosólida em termos internacionaise uma estratégia de

aprofundamentoda internacionalização".

ENTREVISTA DIONÍSIO PESTANA Presidente do Grupo Pestana.

"Vontadede aprendere de questionaré fundamental"Pedro Quedas, Andrea Duartee Madalena Queirós

[email protected]

Aponta como razão para o seusucesso a paixão que aplica aoseu trabalho todos os dias. O

"Empreendedor do Ano" daErnst & Young quer que as no-vas gerações não tenham medode arriscar.

Ficou surpreendido por con-quistar o prémio de "Empreen-dedor do Ano?Fiquei, não estava à espera. Umacoisa é pensar em teoria, outracoisa é na prática receber o pré-mio. Sinto-me orgulhoso pelaobra de tanta gente que traba-lhou comigo neste projecto, al-guns desde o princípio. Vamoscontinuar a crescer e manter estadinâmica. Isto é uma paixão.Nota muitas diferenças entre as

condições para se trabalhar emPortugal hoje quando compara-das como eram quando come-

çou a sua carreira?E igual. Estes momentos fazemparte de ciclos económicos.Quando cheguei cá as condi-ções eram péssimas, mas haviaum sonho, havia um desejo,uma vontade. É esta a mensa-gem que eu vou começar a pas-sar para a nova geração. Arris-car mais, aprender e fazer coi-sas. Não ter medo.Junta-se agora a uma redemundial de empreendedores.Que importância pode ter estefacto para o crescimento conti-nuado do grupo?A importância que pode ter? Vou

aprender, conhecer novas pes-soas, trocar ideias e experiên-

cias. Se de cada vez que nos jun-tarmos eu trouxer uma boa ideiae a comunique, vale a pena.Mantém o sonho de abrir 100hotéis até 2012?É isso, trabalhar para isso. Masno fim de 2012, para ter maistempo.

Que conselhos daria a um jovemempreendedor?O risco é sempre grande. Vendo

hoje a carteira de hotéis do

Grupo Pestana, parece fácil,mas olhando para trás vê -seque não foi assim. Portugal eraum país muito fechado, nosanos 60. Foi a minha juventudeque me fez arriscar. Depois, é

preciso insistir, repetir, tentarde novo. Eu tinha também a

vantagem de ter alguma tradi-ção familiar no sector, com omeu pai e os meus tios. É precisocoragem e fazer o trabalho decasa. Eu visitei hotéis pelo mun-do fora, fui a feiras. Hoje a gera-ção mais nova, com a Internet,os jovens percebem as oportuni-dades que as novas tecnologiaspodem trazer. Há sectores quepodem trazer 'know-how' ao

país, é preciso estar atento. Essa

vontade de aprender e de ques-tionar é fundamental. Mas os

grandes empreendedores são

um caso em 100. ¦PERFIL

Da Madeirapara o mundo

Nasceu na África do Sul, onde

passou toda a sua infância eadolescência, e em 1976, recém-formado em 'Business Economics'

pela Universidade de Natal, foiconvidado pelo pai a ir para a

Madeira para gerir o Hotel

Sheraton, que estava à beira dafalência. Apesar de ter passadotoda a sua vida sem quase nuncafalar português, aceitou. Tinha24 anos. Quatro anos depois,em 1980, o Sheraton estava

recuperado. Hoje, DionísioPestana é o presidente de um

grupo com 99 unidades hoteleirasem todo o mundo, que vão desde

Portugal a Inglaterra, Alemanha,Brasil, Argentina, Venezuela,África do Sul, S. Tomé e Príncipe,Cabo Verde, e Moçambique. Tendo

começado a sua carreira como relativamente pequeno sonhode reabilitar um hotel na Madeira,Dionísio Pestana assume comogrande objectivo diário nuncadeixar de sonhar com metase vitórias cada vez maiores.

OBJECTIVOS

100Dionísio Pestana assume como

grande objectivo a curto prazoexpandir o seu grupo a 100unidades hoteleiras até ao finalde 2012.

PONTOS-CHAVE £% Dionfsio Pestana,presidente do Grupo

Pestana vai representarPortugal no concursointernacional Ernst & YoungEntrepeneur of the Year

O António Carvalho Araújo,Albano Homem de Melo

e Miguel Van Uden da cadeiah 3venceram o prémiona categoria "Emerging".

O José Ribeiro,o presidente-executivo

da SetLinings Internationalvenceu na categorial"Internacional".

ENTREVISTA ANTÓNIO ARAÚJO Sócio da h

3

"Ser inovador tem ciência,como fazer hambúrgueres"Internacionalização é o passoque estão a dar no presente.

Andrea [email protected]

Fazer um hambúrguer ou serempreendedor é uma ciênciaque os três fundadores da h 3co-meçaram a dominar quandoabriram o Café 3, na Avenida daLiberdade.

Como se sentem por ter ganhoeste prémio?Dá- nos mais força para conti-nuar a fazer a mesma coisa quetemos feito até agora. Não voudizer que vá acrescer muito emvontade, iniciativa, ambição.Acho que vai ser do mesmomodo que tem sido até hoje.Fazer as coisas de modo sus-tentado, concertado, bem re-flectido, os erros que vamoscometendo vão servir paraaprendermos e fazer melhor aseguir. Temos ainda muito ca-minho para andar.

Acha que este prémio pode seruma porta de entrada para fazercrescer mais a h 3em termos in-

Um projecto quecomeçou no Café 3Os três amigos - Albano Homemde Melo (publicitário), Miguel vanUden {mediador imobiliário) eAntónio Carvalho Araújo(advogado)- eram proprietáriosdo Café 3, na Avenida da

Liberdade. Uma das

especialidades da casa eram os

hambúrgueres e foi assim quesurgiu a ideia: aproveitar o 'knowhow' do restaurante e lançar umamarca de hambúrgueres.Apostaram na inovação e criaramo conceito de hambúrguer'gourmef. Ao fim de quatro anos,a h 3tem 37 lojas em Portugal e jáchegou a Espanha e à Polónia.

teroacioiiais?Nós temos uma ideia muito pre-cisa do que é o nosso negocio doponto de vista do franchising ede crescer sem ser com umacompanhamento muito próxi-mo. Este não é um negócio emque dizemos: hoje fabricamos100 mil peças de vestuário e va-mos passar a fabricar um mi-lhão. Mete-se num contentor efaz-se uma loja igual à que exis-te aqui e vamos para lá. Não é.Estamos a falar de comida, são

produtos perecíveis, que exigemum acompanhamento muitopróximo, desde o início ;até aofim, quem são os fornecedores,quais são os produtos, como é

que eles se mantêm, como é quese vão armazenar, como sãoservidos aa cliente, a que tem-peraturas, não é de todo um ne-gócio muito simples. Esse pro-cesso tem de ser analisado commuito cuidado.

O que é que tem mais clincia, élazer um hambúrguer ou serempreendedor?As duas coisas. Vêm ligadas umaà outra para fazer a fórmula desucesso. ¦

ENTREVISTA JOSÉ RIBEIRO SetLinings International

"Sem medo tudose consegue"

Aos 18 anos, José Ribeiro tra-balhava como ajudante namontagem de fornos na refi-naria de Sines. Aos 50, fun-dou a sua própria empresa e a

SetLinings Internationalcresceu em quatro anos parauma multinacional com 12 fi-liais espalhadas pelo mundo.Tudo porque José Ribeiro"não teve medo". Começan-do como operário, aprendeutudo sobre refractários .O seumote é "tornar as pessoas fe-lizes".

Próximos 40 anos seriode sucesso, antecipao empresário.

Como se sente por ter ganhoeste prémio?Sinto-me com uma responsabi-lidade acrescida, porque esteprémio tem a função de promo-ver e entusiasmar outros em-preendedores. Temos um per-curso apenas de quatro anos.Pelo menos mais 40 anos de su-cesso é o que este prémio paramim quer dizer.

O que é que antecipa nesses 40anos de sucesso?

Antecipo emprego para muitagente. Felicidade para muitagente. A cultura da nossa em-presa é que as pessoas e sin-tam felizes no seu dia-a-dia eno seu trabalho para que aempresa também cresça. Oque prevejo são 40 anos de fe-licidade.

O que significa para si ser em-preendedor?Ser empreendedor é ser audaz, énão ter medo de arriscar, me-dindo as consequências, avan-çar com muita auto-confiança.E ser líder também. Para moti-var a equipa, fazer com que a

equipa adira à ideia, adira aoprojecto.

Que mensagem gostaria de dei-xar aos jovens empreendedoresde hoje?Dizer que não tenham medonem receio. Quando tenhamideias, ponham-nas em práti-ca. Arranjem estratégias paradepois atingir os objectivos .

Compreendam que sozinhosnão se consegue nada. Arran-jem uma boa equipa de traba-lho. Sem medo tudo se conse-gue.. ¦JLD^

12 filiaisem quatro anosAo fim de 28 anos a trabalhar na

mesma empresa, onde começoucomo ajudante na construçãode fornos nas refinaria de Sines

e chegou a presidente-executivo,José Ribeiro sentiu que estavana altura de lançar-se na sua

própria aventura empresarial.Aos 47 anos, pensou em criar uma

empresa no mesmo negócio:a construção e montagemde material para revestimentode fornos industriais (refractários).Quatro anos depois, tem 12 filiaisem todo o mundo, 1.500empregados e já realizou maisde 500 contratos em 50 países.

SETLININGS

Uorge Alves,presidente daErnst & Young.

2 Paulo Coelho da Pecolfoi um dos finalistas.

3 A cantora Áureaactuou durante a gala.

4 António Costa,director do DiárioEconómico e JoséRibeiro da SetLinings,vencedor na categoria"Internacional.

5 António Araújo,Albano Homem de Meloe Miguel Van Udenda h 3foram vencedoresdo prémio "Emerglng".

6 Jorge Alves,presidente da Ernst6 Young e EsmeraldaDourado, membrodo júri.

7 José Gonzaga Rosa,Partner da Ernst& Young e Paulo Pereirada Silva, presidenteda Renova.

Hotelaria,restauraçãoe indústriapremiadas

Fátima Barros explica oscritérios de selecção do júri.

Carla [email protected]

Hotéis, hambúrgueres e revesti-mento para fornos industriais.Foi esta a combinação que re-sultou da atribuição dos Pré-mios Empreendedor do Ano2011. Uma empresa de hotelaria,uma de restauração e outra daindústria. Três empresas pre-miadas e três sectores represen-tados. Fátima Barros, directorada Católica- Lisbon BusinessSchool of Economics e membrodo júri que escolheu os vence-dores do Prémio Empreendedordo Ano 2011, não esconde quehouve na escolha a preocupaçãode ter empresas "de váriasáreas, que representem o mer-cado português".

Fátima Barros admite mes-mo: "Quisemos privilegiar a in-dústria. Não podemos ser umpaís só de serviços", justifican-do, assim, o prémio da Set Li-nings International. Esta esco-lha reflecte, aliás, a representa-ção deste sector nas candidatu-ras ao prémio, com uma largafatia de 47%.

Quanto aos critérios que pre-sidiram à escolha, a directora daCatólica- Lisbon SBE resume:Dionísio Pestana pelo sucesso,os sócios dos hambúrgueres h

3

pela originalidade e José Ribeiroda Set Linings Internationalvenceu na categoria da interna-cionalização porque mais de90% das suas vendas seguempara o estrangeiro.

Mário Trinca, 'partner' daErsnst&Young e director doPrémio Empreendedor do Ano

em Portugal, deixa claras as li-nhas que presidem, todos osanos, à escolha dos vencedores:espírito empreendedor, perfor-mance financeira, estratégia,impacto global, inovação, inte-gridade pessoal e influência.

O grande sucesso dentro efora de Portugal e crescimentosustentado dos seus hotéis justi-ficam, segundo Fátima Barros, aatribuição do principal prémio aDionísio Pestana. "É uma em-presa que hoje é uma bandeirade Portugal nos vários paísesonde está", frisa.

No caso dos hambúrgueres, adirectora da Católica-LisbonSBE destaca, além da inovação,o facto de ter nascido de umprojecto que falhou, o café h3,que os três sócios lançaram an-tes dos hambúrgueres. "Elesnão desistiram e à segunda ten-tativa tiveram sucesso. Foi pre-ciso uma grande coragem. Con-seguiram inovar num negóciobanal. Quem é que diria que se-ria possível enfrentar os ham-búrgueres do McDonald's?",justifica ainda Fátima Barros so-bre a decisão do júri.Uma geração de novosempreendedoresQuanto à Set Linings Interna-tional, salienta que foi uma em-presa que "viu que o mercado

europeu já estava muito maduroe virou-se para o Médio Orien-te. Foi preciso visão estratégicae capacidade de adaptação às

condições do mercado" .

Fátima Barros acredita que este

prémio pode servir como in-centivo para haver mais em-preendedorismo em Portugal eacredita que está a nascer uma

nova geração de empreendedo-res em Portugal. "Os portugue-ses tornam-se empreendedoresem situações difíceis. Esse espí-rito pode ter-se perdido, masexiste nos portugueses e vai res-surgir. Antes procurava-se umemprego para a vida. Noto nosalunos de hoje que já não é as-sim. Muitos já procuram o seu

próprio negócio". ¦SER EMPREENDEDOR

Fátima BarrosDirectora da Católica-LisbonSBE e membro do júri

"Os portugueses tornam-seempreendedores em situaçõesdifíceis."

Mário Trinca'Partner' da Ernst&Younge director do prémio

0 prémio destaca o "espíritoempreendedor, performancefinanceira, estratégia, impactoglobal, inovação, integridadepessoal e influência".