Dioscórides
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Dioscórides
nasceu em Anazarbo, próximo de Tarsos, na actual Turquia. Terá estudado Medicina em Tarsos e em Alexandria, acompanhou as legiões romanas, provavelmente como médico, na Ásia Menor, em Itália, Grécia, Gália e Península Ibérica, no tempo do imperador Nero. Escreveu em grego aDe materia medica, nome pelo qual a sua obra ficou conhecida na tradução latina.
Pedáneo Dioscórides (fl. 50-70). Autor greco-romano, considerado o fundador da Farmacognosiaatravés da sua obra De materia medica, a principal fonte de informação sobre drogas medicinais desde o Século I até ao Século XVIII.
A De materia medica encontra-se dividida em cinco livros. Nela se descrevem cerca de 600
plantas, 35 fármacos de origem animal e 90 de origem mineral, dos quais só cerca de 130 já
apareciam no Corpus hippocraticum e 100 ainda são considerados como tendo actividade
farmacológica. A sua influência foi enorme até ao século XVIII, existindo inúmeras traduções do
grego para um grande número de línguas.
A obra de Dioscórides é essencialmente de carácter empírico, não seguindo nenhum sistema
médico em particular. Apesar disso, ele procurou desenvolver um método para observar e
classificar os fármacos, testando-os clinicamente. A historiografia estabeleceu que Plínio e
Dioscórides desconheciam os trabalhos um do outro, sendo algumas semelhanças entre as
obras dos dois autores originadas pelo facto de terem utilizado uma mesma fonte, a De materia
medica de Sextius Niger.
Durante o Renascimento, a obra de Dioscórides foi objecto de um renovado interesse e de
estudos por vários autores. A versão latina da De materia medica foi impressa em 1478 e em
1512. A primeira edição em grego foi impressa em 1499. A partir de 1516, este autor foi objecto
de um grande número de edições, traduções e comentários, de Ermolao Barbaro (1454-
1493), Jean de Ruelle (1474-1537), Pier Andrea Mattioli (1501-1577) e Amato Lusitano (1511-
1568). A principal edição ibérica de Dioscórides foi a de Andrés Laguna (1511-1559), feita a
partir da de Jean de Ruelle, intitulada Pedacio Dioscorides... Materia medicinal (Antuérpia,
1555).
Entre as publicações relativamente recentes da obra de Dioscorides destaca-se o trabalho do
botânico, e farmacêutico Pius Font i Quer (1888 - 1964) Plantas medicinais, o Dioscórides
renovado uma das mais completas obras do gênero (constantemente re-editada) identificando
as espécies utilizadas.
Pedanius Dioscórides(Médico e cirurgião militar grego )40 - 90
Médico e cirurgião militar grego nascido em Caesarea ad Anazarbus, a 70 km da capital e rival Tarsus, província da Cilícia, na Anatolia, hoje Agaçli-Çeçenanavarza, centro-sul da Turquia, considerado o fundador da Farmacognosia através da sua obra De materia medica, nome pelo qual ficou conhecida a sua tradução latina. Estudou medicina em Tarso e em Alexandria e passou a exercer a medicina em Roma, mas não seguiu nenhuma escola ou sistema médico em particular. Acompanhou as legiões romanas, provavelmente como médico, na Ásia Menor, em Itália, Grécia, Gália e Espanha, no tempo de Nero. Trabalhando em Roma, tornou-se cirurgião militar (54-58) das tropas de Nero, estudou plantas e suas propriedades medicinais e notabilizado-se por ter escrito um
famoso e pioneiro texto sobre botânica e farmacologia, De materia medica (77), utilizado largamente durante os 16 séculos seguintes, e tornando-se no predecessor da terminologia botânica moderna. Este clássico da farmacopéia foi dividido em 15 volumes, onde se descreviam cerca de 600 plantas, pesquisadas e testandas especialmente as que finham poder cicratizante sobre os ferimentos, 35 fármacos de origem animal e 90 de origem mineral, dos quais só cerca de 130 já apareciam no Corpus hippocraticum e 100 ainda são considerados como tendo efeito farmacológico. Descreveu muitas drogas e sua utilização, entre elas sulfato de cobre, água de cal, cânhamo, cicuta, hortelã e anestésicos a base de ópio e mandrágora. A sua obra era essencialmente de carácter empírico e manteve-se afastada das controvérsias médicas do seu tempo, tendo enorme influência até ao século XVIII, existindo inúmeras traduções do grego para um grande número de línguas. Curiosamente ele procurou desenvolver um método para observar e classificar os fármacos testando-os clinicamente, patente na sua forma de organizar e dispor os fármacos pelas suas afinidades, observadas através da ação no corpo humano. Esse método foi inteiramente esquecido nos séculos seguintes pelos editores e comentadores da sua obra, que a reorganizaram, colocando os fármacos por ordem alfabética. Sabe-se que viajou várias vezes pelo império, especialmente durante o reinado de Nero, mas não é preciso o lugar onde morreu.