Dip teatro 02 monologos

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Criados e cedidos por Tatiana Santos Correspondente Regional da Portas Abertas Brasil - Nordeste Os monólogos abaixo devem ser decorados e testemunhados. As pessoas devem representar os personagens abaixo, e devem estar caracterizados de acordo com as vestes típicas do país. A sugestão é que os testemunhos sejam utilizados no decorrer do culto, intercalando com outras partes da programação. Namrata Nayak - Índia OBS: Caso o texto seja muito extenso para uma criança de dez anos, pode-se adaptar e/ou resumir. Uma opção seria excluir o 4º parágrafo. Meu nome é Namrata Nayak, tenho 10 anos e moro na Índia. Eu e minha família somos servos do Senhor Jesus e por este motivo muitos cristãos como nós sofrem algum tipo de violência por parte de extremistas religiosos. Minha família foi vítima de um ataque terrível. Extremistas hindus arrombaram nossa casa e a incendiaram. Tentamos fugir, mas meus irmãos e eu não conseguimos, então nos escondemos em um pequeno banheiro. Antes de saírem de nossa casa, os hindus deixaram uma bomba em uma cômoda, mas eu não sabia de nada. Enquanto eu avaliava o que tinha sido destruído, a bomba explodiu e queimou meu rosto, além de alojar estilhaços em minhas mãos e costas, ferindo 40% do meu corpo. A minha mãe tinha conseguido fugir para a floresta e de longe viu tudo queimando. Ela veio correndo, temendo que alguém tivesse morrido nas chamas. Mesmo que eu tenha ficado gravemente ferida, graças a Deus, todos estávamos vivos. Fui levada ao hospital inconsciente e muito ferida, mas Jesus cuidou de mim. Ele me salvou do fogo e salvou o meu rosto, que estava ferido e desfigurado. O que aconteceu não abalou minha fé nem minha gratidão a Deus. Hoje estou alegre e agradecida a Deus por ter me curado. Tenho medo de que meu povo ainda seja atacado. Os hindus ofereceram dinheiro, comida e álcool para quem assassinar cristãos e destruir suas casas, especialmente os pastores. Milhares de casas e igrejas foram destruídas e os cristãos foram forçados a fugir da violência. Muitos foram encharcados com querosene e incendiados, após se recusarem a renunciar à sua fé em Cristo. Mas esta é a nossa vida. Se Deus me salvou, ele também pode salvar outros cristãos. Minha família e eu perdoamos os radicais hindus que nos atacaram e incendiaram nossa casa. Eles não conhecem o amor de Jesus, por isso fazem coisas assim. Quando eu crescer, quero estudar para poder dizer a todos o quanto Jesus nos ama. Este é o meu futuro. O plano da minha vida é compartilhar a mensagem do amor de Deus. O mundo viu meu rosto destruído pelo fogo. Agora, deve conhecer o meu sorriso cheio de amor e paz. Quero dedicar minha vida a levar o evangelho de Jesus àqueles que não O conhecem. Não se esqueçam de orar pelos cristãos indianos.

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Teatro para o Domingo da Igreja Perseguida - DIP - Portas Abertas Brasil - Monólogos

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Page 1: Dip teatro 02 monologos

Criados e cedidos por Tatiana Santos

Correspondente Regional da Portas Abertas Brasil - Nordeste

Os monólogos abaixo devem ser decorados e testemunhados. As pessoas devem representar os

personagens abaixo, e devem estar caracterizados de acordo com as vestes típicas do país. A sugestão é

que os testemunhos sejam utilizados no decorrer do culto, intercalando com outras partes da

programação.

Namrata Nayak - Índia

OBS: Caso o texto seja muito extenso para uma criança de dez anos, pode-se adaptar e/ou resumir. Uma

opção seria excluir o 4º parágrafo.

Meu nome é Namrata Nayak, tenho 10 anos e moro na Índia. Eu e minha família somos servos do

Senhor Jesus e por este motivo muitos cristãos como nós sofrem algum tipo de violência por parte de

extremistas religiosos.

Minha família foi vítima de um ataque terrível. Extremistas hindus arrombaram nossa casa e a

incendiaram. Tentamos fugir, mas meus irmãos e eu não conseguimos, então nos escondemos em um

pequeno banheiro. Antes de saírem de nossa casa, os hindus deixaram uma bomba em uma cômoda,

mas eu não sabia de nada. Enquanto eu avaliava o que tinha sido destruído, a bomba explodiu e

queimou meu rosto, além de alojar estilhaços em minhas mãos e costas, ferindo 40% do meu corpo. A

minha mãe tinha conseguido fugir para a floresta e de longe viu tudo queimando. Ela veio correndo,

temendo que alguém tivesse morrido nas chamas. Mesmo que eu tenha ficado gravemente ferida,

graças a Deus, todos estávamos vivos.

Fui levada ao hospital inconsciente e muito ferida, mas Jesus cuidou de mim. Ele me salvou do fogo e

salvou o meu rosto, que estava ferido e desfigurado. O que aconteceu não abalou minha fé nem minha

gratidão a Deus. Hoje estou alegre e agradecida a Deus por ter me curado. Tenho medo de que meu

povo ainda seja atacado.

Os hindus ofereceram dinheiro, comida e álcool para quem assassinar cristãos e destruir suas casas,

especialmente os pastores. Milhares de casas e igrejas foram destruídas e os cristãos foram forçados a

fugir da violência. Muitos foram encharcados com querosene e incendiados, após se recusarem a

renunciar à sua fé em Cristo. Mas esta é a nossa vida. Se Deus me salvou, ele também pode salvar

outros cristãos.

Minha família e eu perdoamos os radicais hindus que nos atacaram e incendiaram nossa casa. Eles não

conhecem o amor de Jesus, por isso fazem coisas assim. Quando eu crescer, quero estudar para poder

dizer a todos o quanto Jesus nos ama. Este é o meu futuro. O plano da minha vida é compartilhar a

mensagem do amor de Deus. O mundo viu meu rosto destruído pelo fogo. Agora, deve conhecer o meu

sorriso cheio de amor e paz. Quero dedicar minha vida a levar o evangelho de Jesus àqueles que não O

conhecem. Não se esqueçam de orar pelos cristãos indianos.

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Ayub Masih - Paquistão

Meu nome é Ayub Masih e sou do Paquistão. Fiquei preso por quase seis anos, acusado de blasfemar

contra o profeta Maomé e o islamismo. Fui condenado à morte por enforcamento e sofri maus tratos e

agressões na prisão.

Sofri muito com o aprisionamento, pois, além de espancado, tive problemas de saúde, mas as autoridades da prisão não autorizavam meu tratamento médico. Eu precisava de uma cirurgia e só pude fazê-la depois que fiquei livre. Alguns prisioneiros eram contra mim, mas havia outros que me tratavam como se eu fosse amigo deles. Certa vez, numa data próxima a um festival muçulmano, eles me atacaram e tentaram me matar. Cheguei a ficar numa ala de segurança máxima, incomunicável. Deus, o Pai, me protegeu e poupou minha vida.

A Portas Abertas me ajudou muito. Quando estava preso, eles me visitaram e levaram várias cartas de irmãos de diversas partes do mundo, que me encorajaram e me fortaleceram para manter a minha fé em Jesus. Depois me levaram em segurança a um país ocidental, onde pretendo me preparar e estudar para a pregação do evangelho.

A maior lição que aprendi quando estava preso foi aceitar as difíceis circunstâncias, continuar a ser grato a Deus e pedir continuamente a misericórdia dEle. Sei que a minha libertação foi resultado das orações do Corpo de Cristo e da graça e compaixão de Deus, nosso Pai.

Quero agradecer a todos os meus irmãos em Cristo que se preocuparam, escreveram e oraram por mim. Também sou grato a Deus, o Pai, e a todos os que trabalharam muito pela minha libertação. Sou grato ao Irmão André, que se esforçou muito para que eu fosse solto e levantou grande clamor para me sustentar. E eu rogo a vocês por outros prisioneiros que sofrem como eu sofri, acusados de blasfêmia ou condenados por ter se convertido ao evangelho de Cristo; eles esperam a morte a qualquer momento. Por favor, orem por eles e ajudem, para que sejam libertos também. Orem pelo Paquistão e lembrem-se daqueles que têm sofrido por amor a Cristo naquele país.

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Soon Ok Lee – Coreia do Norte

Meu nome é Soon Ok Lee e sou da Coreia do Norte. Vivi num campo de reeducação e sou uma das seis

pessoas que saíram de um desses campos com vida. Fui ensinada durante toda minha vida e também na

escola que religião é como uma droga que inibe a criatividade e a lógica humana. Fui bem treinada para

nunca pensar na existência de Deus. A fé dos cristãos na Coreia do Norte é impressionante. Eles se

recusam a adorar o falecido presidente e seu filho como deuses e por isso a opressão contra eles é

particularmente severa. As pessoas que não negam a fé são mandadas para campos de concentração e

para prisões e dificilmente saem de lá com vida – a menos que neguem a fé. Alguns são executados.

Vi muitas coisas terríveis acontecendo aos cristãos quando estava na prisão. Às mulheres que chegavam

lá grávidas era oferecida uma bebida abortiva: ela podia decidir se matava o filho daquela maneira ou

preferia esperar o nascimento, para que ele fosse morto. Muitas viram a morte de seus filhos recém-

nascidos. Vi também prisioneiros cristãos serem obrigados a derramar ferro derretido em outros

cristãos que estavam deitados no chão; algumas vezes outros eram forçados a andar sobre o corpo

falecido de um cristão. Todos os que estávamos lá éramos obrigados a assistir àquela cena terrível.

Todo tipo de tortura era possível. Choques elétricos, socos e pontapés, fome, sede, frio, calor,

afogamentos. Tudo faz parte de uma rotina que os carcereiros chamam de “reeducação”. Se um guarda

da prisão descobre um jeito de convencer uma pessoa a negar sua fé, ele será promovido. Assim, eles

tentam de todo jeito conseguir isso. Não é permitido a um cristão levantar os olhos ao céu, pois cremos

que lá é a habitação do nosso Deus e por isso todos os cristãos são impedidos de olhar para cima.

Os maus tratos que os cristãos recebiam eram maiores do que os que eram dados a outros prisioneiros.

Os cristãos recebiam menos alimento e roupa e ficavam isolados dos outros prisioneiros. Havia

momentos em que, enquanto alguns cristãos eram espancados, outros ficavam longe e começavam a

cantar hinos e a dizer: "Amém". Os guardas pensavam que eles estavam loucos e os levavam de volta

para a sala de tortura com choques elétricos. Nunca vi algo parecido antes. Eu também pensava que

eles estivessem loucos, mas eram pessoas que não se tornavam amargas depois das torturas e

chegavam até mesmo a morrer em lugar de outros. Eu ficava impressionada com tais atitudes!

Esse comportamento dos cristãos me fez querer conhecer esse Deus, pois não conseguia compreender

como eles podiam crer e sofrer por um Deus invisível. Um dia tive a oportunidade de olhar para o céu e

perguntei: "Por que você está fazendo isso comigo?" Vi muitos prisioneiros morrerem nos anos em que

estive na prisão. Contudo eles nunca negaram o Deus que está no céu. Eu não compreendia o que os

fazia não temer a morte. Sua inacreditável fé despertou uma grande pergunta em meu coração: "O que

eles viram e o que estou perdendo?”

No momento em que foi feito o anúncio da minha libertação, todos levantaram os olhos para mim. Seus

olhos tinham um brilho celestial. Eu sabia que eles estavam me dizendo: "Quando você sair da prisão,

seja uma testemunha por nós. Você não está saindo apenas para ter uma vida melhor, mas para falar

sobre o que passamos aqui”. Eles estavam me pedindo para falar sobre a fé e o testemunho deles.

Nunca vou poder esquecer a visão daqueles olhos suplicantes. Hoje eu conheço o verdadeiro Deus, o

Senhor dos senhores e Rei sobre todos, graças a tantos testemunhos marcantes que vi de perto. Agora

vivo na Coreia do Sul e ajudo no preparo e apoio a cristãos norte-coreanos refugiados que desejam um

dia voltar ao país. O meu povo precisa de suas orações. Não se esqueçam de nós.

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Layla – Oriente Médio

Meu nome é Layla e sou de um país do Oriente Médio. Desde a minha infância frequentava a igreja com

meus pais e irmãos, todos cristãos, mas isso não omite o fato de que seguir a Jesus seja algo fácil.

Quando eu tinha 15 anos, estava mais envolvida na igreja e me dedicava muito à leitura da Bíblia. Eu

estava participando de uma jornada bíblica para adolescentes em minha igreja. Tínhamos que ler todo o

Novo Testamento e fazíamos encontros regulares para aprender e discutir várias questões. Nesse

período comecei a ser seguida por alguns rapazes muçulmanos. Eles iam até mesmo para a frente da

igreja e ficavam gritando de longe que eu era muito bonita e tinha que me casar com um bom

muçulmano. Aquilo tudo me assustava e meus pais também temiam por minha segurança. Uma vez

esses rapazes me cercaram quando eu estava no mercado e me empurraram de um lado para outro.

Alguns dias se passaram e tudo estava mais sossegado. Mas certo dia, quando eu voltava da escola, vi

de longe um rapaz falando ao celular e, de repente, um carro parou à minha frente e eu fui jogada lá

dentro. Eu fui sequestrada. Eles me fizeram escrava, me ofereceram como esposa a um homem e me

forçaram a tornar-me muçulmana. Foram dias terríveis e eu tinha certeza que minha família estava

apavorada. Havia um primo distante meu envolvido no sequestro.

Uma vez consegui ligar para meu pai e disse-lhe que estava viva. Não podia falar mais nada, pois se eu

fosse pega seria espancada. Minha família conseguiu uma maneira de entrar em contato com meus

sequestradores e disseram que queriam me ver, só para ter certeza de que eu estava bem. O encontro

aconteceu, mas eu fui instruída a dizer que estava muito bem e que agora era muçulmana, que havia

encontrado o caminho certo; se eu não dissesse isso eles matariam meus pais e também a mim. Um

homem tinha uma faca nas minhas costas, de modo discreto para que meu pai não percebesse,

enquanto eu dizia aquelas palavras que me ordenaram. Minha vontade era correr para os braços dos

meus pais, mas eu não podia fazer nada.

Depois de um bom tempo, aquele homem cansou-se de mim e me ofereceu a um amigo. Meus

sofrimentos foram multiplicados e tudo o que eu tinha eram trechos da Palavra de Deus na minha

mente, e nisso eu me apegava. Nesse novo lugar eu também era escrava. Começava a trabalhar quando

ainda estava amanhecendo e não podia dormir antes da meia-noite. Eu dormia num quarto que era

trancado por fora e sentia nojo quando aquele homem se aproximava de mim. Mesmo ao saber que eu

estava grávida ele não aliviou minha jornada de trabalho. Quando meu filho nasceu, eu contava as

histórias da Bíblia pra ele, apesar de não me lembrar de muitas.

Um dia esqueceram a porta do meu quarto aberta e eu aproveitei a madrugada para fugir. Eu

caminhava com o bebê durante a noite e durante o dia me escondia. Foi muito difícil, mas eu estava

disposta a tudo para me livrar daquela vida. Depois de uns dias cheguei à casa do líder da igreja onde

cresci; ele e sua esposa me receberam com muito carinho. A reaproximação da minha família também

não foi fácil, pois ter um filho sem estar casada representa uma grande desonra para todos.

Deus foi o meu sustento nas horas de tribulação. Assim como eu, muitas jovens cristãs têm sido

sequestradas, feitas escravas, casadas à força e forçadas a se converter ao Islamismo. Talvez nem todas

tenham o final que eu tive, por isso precisamos de seu apoio e orações.

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Femi Oluwasesin - Nigéria

Meu nome é Femi e sou um cristão da Nigéria. Minha esposa, Christianah, era professora de uma escola secundária no norte do país. Ela era conhecida por sua fidelidade a Deus e por proclamar o evangelho a despeito de todas as dificuldades e discriminação religiosa. Em março de 2007, Christianah supervisionava os alunos durante um exame de Noções de Religião Islâmica.

De acordo com os procedimentos da escola, ela passou recolhendo materiais e bolsas antes da prova, deixando tudo na parte da frente da classe para que os alunos os pegassem depois. Uma das meninas começou a chorar e falar em alta voz que dentro de sua bolsa havia uma cópia do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, mas que Christianah o tinha profanado, por ter tocado a bolsa, sendo cristã. Os estudantes começaram a cantar em harmonia: “Allahu Akbar“, que em árabe quer dizer “Alá é Grande”, e repetiam cada vez mais forte e mais alto este refrão, de maneira que alunos de outras classes juntaram-se ao coro, chamando a atenção até mesmo de quem passava na rua. Essas pessoas agrediram a minha esposa com porretes e pedras, espancando-a até a morte. Logo em seguida seu corpo foi arrastado para fora da escola e incendiado. Eu recebi diversas ameaças de morte e, além disso, enfrentei intrigas familiares após este terrível acontecimento.

Eu e meus filhos recebemos visitas dos irmãos da Portas Abertas, que nos entregaram cartas de encorajamento e solidariedade de cristãos de vários países, o que tocou muito meu coração. Fui profundamente encorajado pelas palavras de amor, vindas de pessoas que nunca havia visto em minha vida, de corações cheios de preocupação pelos cristãos perseguidos e de rostos entristecidos pelo que temos passado. Às vezes, me pego pensando em como será quando nos reunirmos no céu diante do Deus Todo-Poderoso. Eu perdi minha amada esposa por causa de questões religiosas; sei que nunca mais poderei vê-la neste mundo decaído, mas as cartas maravilhosas, escritas de maneira tão cuidadosa, me ensinaram a não deixar de olhar para Jesus. Fui tremendamente encorajado. Aprendi a confiar mais em Deus. Creio que Deus nunca me abandonará. Ele abençoará a mim, aos meus dois filhos e a todos que partilharam desse momento de amor.

Que este exemplo de fé encontrado em Christianah, que não negou ao Senhor nem mesmo na

hora da morte, possa encorajar tanto os cristãos nigerianos quanto outros cristãos em diversas partes

do mundo, além de nos fazer lembrar de milhares que sofrem por amor a Cristo.

SUGESTÃO: Ao final do culto, após a pregação, pedir que os irmãos que representaram os monólogos

venham à frente para a oração final em prol dos cristãos perseguidos em todo o mundo. Eles devem

permanecer com as roupas típicas.