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EURO2008 – Portugueses na Suíça preparam-se para mais uma grande demonstração da paixão lusitana. O s cerca de 200 mil portugueses resi- dentes na Suíça estão já a fervilhar e prepa- ram-se para viver grandes momentos de emoção em torno da selecção portugue- sa de futebol. A comunidade garante que vai apoiar a selecção das quinas por todo o lado e irá encher as principais ruas e praças helvéticas com as cores vivas e coloridas de Portugal. Pág. 10-11 Abstenção marcou a elei- ção para o CCP. Pág. 9 PUBLICIDADE Portugal Suíça Votações Federais Dia 1 de Junho os suíços vão decidir sobre a naturalização dos estrangeiros e as políticas de saúde e informação do governo... Pág. 9 Apoio no estrangeiro A Secretaria de Estado das Comunidades quer saber quantos portugueses estão em viagem no estrangeiro e quais os países para os po- der contactar em caso de catástrofes naturais ou crises políticas… Pág. 13 Comunidades 6 Solothurn Cerca de 1 milhar de portu- gueses residem no cantão de Solothurn, cuja capital é a mais bela cidade barroca da Suíça. Desporto 17 Olimpíadas Com a aproximação dos Jo- gos Olímpicos de «Pequim 2008», conheça a simbologia da Tocha Olímpica, que já chegou à China. Ano 2 - N° 7 - Maio 2008 Distribuição gratuita Jornal de grande informação para os portugueses na Suíça Director: António Veloso — Direcção: Postfach 108 - 6083 Hasliberg Hohfluh - T. 079 622 80 57 - Email: [email protected] A festa vai começar...

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EURO2008 – Portugueses na Suíça preparam-se para mais uma grande demonstração da paixão lusitana.

Os cerca de 200 mil portugueses resi-dentes na Suíça

estão já a fervilhar e prepa-ram-se para viver grandes

momentos de emoção em torno da selecção portugue-sa de futebol.A comunidade garante que vai apoiar a selecção das

quinas por todo o lado e irá encher as principais ruas e praças helvéticas com as cores vivas e coloridas de Portugal. Pág. 10-11

Abstenção marcou a elei-ção para o CCP.

Pág. 9

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Portugal

Suíça

Votações FederaisDia 1 de Junho os suíços vão decidir sobre a naturalização dos estrangeiros e as políticas de saúde e informação do governo...

Pág. 9

Apoio no estrangeiroA Secretaria de Estado das Comunidades quer saber quantos portugueses estão em viagem no estrangeiro e quais os países para os po-der contactar em caso de catástrofes naturais ou crises políticas… Pág. 13

Comunidades 6SolothurnCerca de 1 milhar de portu-gueses residem no cantão de Solothurn, cuja capital é a mais bela cidade barroca da Suíça.

Desporto 17OlimpíadasCom a aproximação dos Jo-gos Olímpicos de «Pequim 2008», conheça a simbologia da Tocha Olímpica, que já chegou à China.

Ano 2 - N° 7 - Maio 2008 Distribuição gratuita

Jornal de grande informação para os portugueses na Suíça

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A festa vai começar...

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PUBLICIDADE SuíçaN° 7 - Maio 2008 - Ano 2

O Portuga 3

O Euro2008 está aí...Ecom ele a emoção já vibra nos corações lusitanos.

A Suíça e a Áustria são os países anfitriões desta grande festa do futebol e um dos pontos altos será certamente o encontro da primeira fase do campeonato, entre Portugal e a Suíça.

O espírito de apoio à selecção nacional por parte dos portugueses a residir em terras helvéticas vai ser enorme e repleto de emoções, pelo que apelo aos nossos leitores para que respeitem as indicações das autoridades, pois esta vai ser uma oportunidade única de convívio com outras comunidades e uma forma de mostrarmos a nossa paixão pelo futebol, fomentando os princí-pios básicos do desportivismo, da tolerância e do fair-play.

No passado dia 20 Abril 2008, os portugueses a residir na Suíça foram chamados a votar, por sufrágio directo, nas eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas. A participação foi fraquinha, tendo votado apenas 557 eleitores. Deixo aqui o apelo aos nossos leitores para a importância de analisarem estes resultados e tirarem as respectivas conclusões.

Um dos assuntos que continua a merecer atenção por parte dos nossos leitores é o do elevado número de alunos portugueses nas designadas «classes especiais». Há já alguns meses que os responsáveis portugueses apresentaram um leque de medidas para combater esse fenómeno, dentre as quais se destaca a criação de grupos de trabalho mistos por área consular, formados por elementos portugueses e pelos delegados de pedagogia intercultural suíços. Passado todo esse tempo, ainda ninguém viu o rosto desses grupos de trabalho e a comunidade continua sem qualquer informação sobre a evolução do processo.Exige-se, portanto, aos responsáveis maior seriedade e transparência, de forma a não perder-mos a confiança nos mesmos.

António VelosoDirector

EDITORIAL

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Governo acaba com obriga-toriedade de escriturasImóveis - Comprar, vender, hipotecar ou doar imóveis vai ser mais fácil com o fim da obrigatoriedade das escrituras públicas.

OGoverno português aprovou um decreto-Lei que adopta me-

didas de simplificação quanto aos procedimentos do registo predial, ou seja, deixa de ser obrigatória a realização de escrituras públicas para actos respeitantes a imóveis. Quer isto dizer que estes passam a ser feitos por um documento particular autenticado e peran-te um único interlocutor.

Em causa estão actos tão fre-quentes como a compra e ven-da de imóveis, com ou sem financiamento bancário, hipo-

tecas sobre imóveis ou doa-ções de imóveis, diz o Conse-lho de Ministros (CM). Viabiliza-se, desta forma, a prestação de novos serviços em regime de «balcão único» relativamente a actos sobre imóveis, «com mais simpli-cidade e redução de custos directos e indirectos para ci-dadãos e empresas», diz o do-cumento.

«Trata-se de abrir para um universo mais vasto a possi-bilidade de servir com mais rapidez, eficiência e menos burocracia as pretensões dos

cidadãos, tornando-se obri-gatória a realização imediata do registo correspondente», acrescentam.

O mesmo comunicado do Con-selho de Ministros sublinha que o novo sistema permitirá a «advogados, câmaras do co-mércio, notários e solicitado-res prestarem em concorrên-cia serviços relacionados com transacções de bens imóveis em regime de balcão único». O objectivo do Governo é eli-minar o duplo controlo que se exerce sobre os actos dos ci-dadãos. n

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O Portuga

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Director: António VelosoColaboradores: Cristina Gameiro – Manuel de Melo David Margarido – Armando Miranda Rogério Sampaio – Álvaro Oliveira Benjamim Ferreira Manuel Vasconcelos - José martinhoPublicidade: António Veloso Tel. 079 622 80 57Fotografia: Álvaro Oliveira – António VelosoPaginação: Ricardo MichelImpressão: Tipografia CorazeContactos: O Portuga Dir. António Veloso Postfach 108 6083 HasliBerg Hohfluh Telefone: 079 622 80 57 Fax: 033 971 08 31 Email: [email protected] www.jornaloportuga.comTiragem: 10.000 exemplares Todos os artigos assinados e opiniões avulso expressas em reportagem são da inteira responsabilidade dos seus autores, quer o seu conteúdo esteja ou não de harmonia com a linha de orientação deste jornal.O PORTUGA pretende ser uma tribuna plural de opinião e com direito a um diálogo constante dos mais diversos quadrantes da sociedade.O conteúdo das publicações são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

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Ano 2 - N° 7 - Maio 2008

O Portuga4 SuíçaN° 7 - Maio 2008 - Ano 2

O Portuga 5

Apoio a jorge resendeQuero manifestar aqui todo o meu apoio ao senhor Jorge Resende, na sua luta pela sua reintegração na Rádio Suisse Romande.

Estou muito chocada com aquilo que lhe está a acontecer e que é uma grande injustiça dos responsáveis da Rádio, para quem teve a coragem de denunciar uma situação que é uma vergonha enorme para um país como a Suíça.

O senhor Jorge Resende não se pode calar e deve continuar a lutar para que a verdade seja reposta e justiça lhe seja feita.Sei que ele se prepara para permanecer em frente da rádio em sinal de protesto, durante o tempo que for necessário.

Para isso é preciso ter muita coragem e temos que lhe dar to-dos o nosso apoio, para que a pedofilia não consiga ser mais forte do que a nossa obrigação em denunciá-la.Força, caro compatriota, eu estou consigo de alma e coração e vou apoiá-lo em tudo o que necessitar.

Margarida Pinto - Lausanne (VD)

A crise na UbSAquilo que se está a passar com a União de Bancos Suíços é muito bem feito, pois o banco só está a colher aquilo que semeou.

A UBS sempre se esteve a ‘burrifar’ para os pequeninos. Sei de muita gente que viu recusada pela UBS o empréstimo de pequenas quantias para desenvolver os seus negócios, pois o banco não queria perder tempo com os pequenos comer-ciantes. Os únicos que davam alguma atenção aos pequenos investidores e comerciantes eram as bancas cantonais, como a Banca Vaudoise ou o Banco Raifeisen.

Agora que estão a viver uma crise sem precedentes é que os senhores da UBS se lembram dos pequenos investidores e comerciantes.Espero que as pessoas não tenham a memória curta.

Miguel Esteves - Nyon(VD)

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OPINIÃO

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O Memorando

Recebi o Memorando com novos sentimentos e depois de me ter encontrado com Deus no Aeroporto fui mostrá-lo a Nossa Se-nhora. Como ainda não é oficial só lhe pude dar a ler o último

parágrafo sobre Judas Iscariotes. Ficou apreensiva e vai concerteza contar a São José… Vai falar-lhe pelo telemóvel ou escrever uma carta electró-nica, por vezes um recado mobilizador de novos sentimentos. Talvez seja

melhor reunirmo-nos na segunda-feira para falarmos olhos nos olhos sobre confiança. Preci-samos sentir confiança para vivermos em Paz. Só nós os três vamos avaliar as nossas capaci-dades sem julgar os outros, mesmo no caso de Judas, devemos dar-lhe mais uma oportunidade para se redimir. Entretanto vamos pedir à Maria Madalena para nos dar um treino, um curso de formação sobre este caso prático e formar-nos também como poderemos lidar melhor com as nossas fraquezas. Somos muito flexíveis e adaptáveis a novas circunstâncias, lidamos muito bem com situações novas desde que sintamos confiança.A confiança transmite-se com verdade e liberdade de iniciativa que deveremos conceder a Judas para ele poder mostrar o que vale junto dos seus amigos com quem queremos colaborar. O Memorando fala de reformas que são sempre alterações na forma como fazemos as coisas. Inovar ao fim ao cabo é fazermos as mesmas coisas que sempre fizemos desde há dez mil anos a esta parte, mas de uma forma que pode ser sempre melhor e mais universal! Como organizar o nosso sustento e refúgio, amar e dar conforto ao nosso semelhante, criar obras de arte, go-vernar-nos, transportar-nos, usufruir do nosso planeta, sonhar com o nosso progresso… Tudo o que fazemos desde que temos História é susceptível de ser inovado, de ser reformado, de ser feito de uma forma melhor!Ainda não sabemos se Judas vai aceitar fazer pesquisa na Internet sobre a nossa sociedade, novas oportunidades de negócio e o nível de desempenho dos nossos concorrentes, sabemos sim que o nosso chefe, o nosso Monarca, não se resigna e o seu exemplo está a formar muitos dos quase 16 milhões de portugueses que acreditam que também só com a sua humilde não resignação se faz o querer de um Povo voltar a ser o melhor do Mundo! n A.M.

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Avaliação dos professoresO artigo do senhor Benjamim Ferreira sobre o processo de avaliação dos professores portugueses, põe o dedo na ferida numa questão que é da maior importância para aqueles que têm filhos na escola portuguesa.

Quem conhece o sistema de ensino português na Suíça sente na pele as consequências nefastas da falta de qualidade do mesmo, em que a responsabilidade não pode ser atribuída apenas ao governo mas é sobretudo dos próprios professores que, na sua larga maioria, não quer saber dos alunos para nada e muito menos sobre a qualidade e eficácia do seu tra-balho.

Houvesse um quadro de avalição dos professores rigoroso e exigente, e maior controlo sobre aquilo que os mesmos fazem ou não fazem, e certamente as coisas não estariam como estão.

Nós nas empresas também somos avaliados e isso reflecte-se na produção e qualidade do serviço que prestamos.

Paulo da Silva - Genebra (GE)

OPINIÃO

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A justiça que não temos...

Ocaso dos ficheiros de pedofilia na «Radio Suisse Romande» (RSR) denunciados pelo nosso compatriota Jorge Resende, que acabou por ser despedido da instituição, não nos pode deixar

insensíveis e envoltos numa penumbra de cobardia e indiferença.A situação que está a viver o Jorge Resende e a sua família, poderia acontecer a qualquer cidadão que paute a sua actuação pelos valores e

princípios da legalidade, da justiça e da transparência.

O Jorge Resende é um bravo que teve a coragem de não vergar a cervical perante um grupo de gente sem escrúpulos, que não olha a meios para atingir os fins e que está disposta a esmagar quem se atravesse à frente do seu caminho, criando o maior número de obstáculos possível para confundir a investigação das autoridades judiciárias e assim, evitar que se dê luz a um caso que já atingiu proporções irrealistas, num país que se diz moderno e defensor dos valores da justiça e da verdade.

O que não se compreende é a lentidão da justiça, que tinha a obrigação de avançar com maior celeridade o processo de investigação que está a levar a cabo e tomar uma decisão rápida, por forma a não provocar mais danos daqueles que já se podem contabilizar, e que são muitos.

Para quem julgava que a Suíça tinha um sistema de justiça adaptado aos legítimos direitos e interesses dos cidadãos, o exemplo que vem de Lausana é aterrador e mostra-nos um quadro preocupante do poder judiciário helvético, que já não consegue disfarçar as suas inúmeras debilidades e fazer a diferença pela positiva, assemelhando-se ao que de pior vamos vendo por esse mundo afora.

Enquanto cidadãos dignos e empenhados, resta-nos aguardar a decisão da Justiça, mas não com a indiferença dos fracos. Por isso, vamos todos apoiar o Jorge Resende, que se prepara para montar um «Sit-In» em frente à RSR, em Lausana. n M.M.

por Armando de Miranda,Engenheiro

por Manuel de Melo,Consultor

desaconselho este Conselho

A20 de Abril, algumas cidadãs e cidadãos portugueses, mais exactamente 557, deixaram o sossego da casa ou a companhia dos amigos e dirigiram-se a uma

das 5 mesas de voto espalhadas pelo território suíço. Foram, obviamente, votar.

Votar para quê? Votar em quem?

Para obtermos uma resposta satisfatória e rápida, recuemos no tempo. A 4 de Setembro do ano de graça de 1966, o Governo de então produziu e fez aprovar um documento importante conhecido sob a designação de Lei 48/96 de 4 de Setembro. Tratava-se da Lei sobre o Conselho das Comunidades Por-tuguesas (CCP). Essa Lei, hoje ainda em vigor com alterações introduzidas em 2002 e 2007, define as atribuições, a composição, o modo de eleição, as formas de organização, as competências do conselho permanente e, ainda, algumas outras coisas, consideradas de interesse. Foi ao abrigo dessa Lei que as cidadãs e os cidadãos portugueses se deslocaram às mesas de voto, no dia 20 de Abril, para votarem em 3 listas, devidamente identificadas.Ou seja, algumas centenas (cerca de 5) dos mais de 170.000 eleitores inscritos nos consulados portu-gueses, na Suíça, foram votar para elegerem as 4 senhoras ou senhores Conselheiros do Conselho das Comunidades Portuguesas. Está, assim, dada resposta à primeira pergunta.

Vejamos a segunda pergunta: Votar em quem?

Os cidadãos portugueses deslocaram-se às mesas de voto para votarem numa das 3 listas que se apre-sentaram a sufrágio, devidamente identificadas por letras e às quais, eu próprio, atribuo um nome de fantasia:n Lista dos “Portugueses de Coração” (A) – lista das mulheres.n Lista dos “Dar Voz aos Portugueses (B) – lista dos professores.n Lista dos “Em Defesa dos Emigrantes (C) – lista dos sindicalistas.

Uma vista de olhos atenta às propostas das listas A e C diz-nos que as duas se parecem como irmãos de sangue. As propostas apresentadas pela Lista B tomaram outros rumos que não nos compete discutir, neste espaço de opinião. Para que conste e para que seja registado pela história das votações para o Conselho das Comunidades Portuguesas a lista C foi a vencedora, com nítido avanço sobre as outras duas. Eis os resultados

n Lista dos “Portugueses de Coração” (A): 111 votos (lista das mulheres).n Lista dos “Dar Voz aos Portugueses (B): 82 votos (lista dos professores).n Lista dos “Em Defesa dos Emigrantes (C): 359 votos (lista dos sindicalistas).

Cerca de 600 cidadãos portugueses votaram, pois, em 3 listas, dando continuidade a um órgão que está profundamente doente na sua representatividade e seriamente abalado na sua legitimidade e operacio-nalidade.Poderíamos discutir a organização das mesas de votos dizendo que a localização não corresponde a um tipo de votação que se desejaria mais participada e responsável. Para ajudar a reflexão dos nossos lei-tores, a existência de apenas 5 mesas leva-nos a afirmar que houve uma média de 36.000 eleitores, por mesa: muito mais do que a população de muitas cidades portuguesas ou de vários municípios do país.Poderíamos insinuar que não existe um esforço de cidadania capaz de levar as pessoas a um maior investimento pessoal, na defesa dos seus direitos. Poderíamos, ainda, atirar para a discussão, que as atribuições do Conselho são excessivas, que a linguagem usada pelos candidatos não foi a mais adequa-da e que a “campanha eleitoral” foi frouxa e desinteressada. Poderíamos enumerar, ainda, vinte razões contra a existência do Conselho e outras tantas a seu favor.Mas que dizer do visível esforço de organização das entidades consulares (cadernos de voto, preparação das mesas de voto, investimento em recursos humanos e financeiros, milhares de folhas impressas, etc.) para tão magro, parco, magríssimo resultado de votantes? Que representatividade tem um órgão, eleito por cerca de 600 pessoas, de entre os mais de 179.000 mil inscritos, nos cadernos eleitorais? Sentem-se, os Conselheiros, os “legítimos” representantes de uma comunidade emigrante, ou são os resgatados do “desastre” da abstenção?

Suponho que esta situação não deve proporcionar estados de “boa consciência” aos governantes lisboe-tas. Ou será que, manter a situação tal como ela se apresenta, acalma certos espíritos mais contestatários e permite uma maior visibilidade a personalidades com legítimas ambições políticas? Será que este bocado do país derramado, como diria um poeta, por ruas e Estados do mundo, ainda merece duas horas de atenção, um dia de discussão e 5 minutos de votação, na Assembleia da República?

Desaconselho este Conselho, certamente. E desaconselho qualquer outro Conselho que seja eleito desta forma e com este tipo de participação . Desaconselho este Conselho, a não ser que este Conselho, eleito por um punhado de gente decida, ou acabar com a brincadeira do sistema de votação existente ou, o que seria mais importante, dar uma séria volta à Lei para que a mesma, daqui a 4 anos, seja mais democrática na representatividade e mais eficaz na legitimidade saída do voto. n B.F.

por benjamim Ferreira,Consultor

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Ano 2 - N° 7 - Maio 2008

Suíça6 SuíçaN° 7 - Maio 2008 - Ano 2

Suíça 7

O “respirar das Flores”no “Terraço” das PalavrasPoesia – Leonilda Cavaco Alfarrobinha (poetisa), Maria Costa (poetisa) e Luísa Albino (fotógrafa) animaram uma noite de “Poesia e Palavras” no Café Literário Pessoa, em Genebra, no dia 26 de Abril.

Sob a orientação de Rosa Correia, Professora de Literatura, foram apre-

sentados os livros de cada uma das autoras: para Leo-nilda Cavaco Alfarrobinha, “O Respirar das Flores” com pinturas de Takae Nitahara e “Terraços”, para Maria Costa, com fotografias de Luísa Al-bino. Durante o serão foram lidos poemas das duas autoras e servidas palavras em traves-sas de emoções.Em o “O Respirar das Flores” Leonilda Alfarrobinha pre-

parou a mesa do “pequeno-almoço das palavras” com o cuidado de um asceta n i p ó n i c o : curta a fra-se, simples a roupagem e longa a me-ditação que se segue. Se eu a quises-se comparar a uma flor, esco-lheria a “Margarida”, devido à simplicidade da cor, à pou-pança do discurso e à recatada

ambição experimental.Quanto a Maria Costa no seu

“Terraços”, a agitação é ou-tra: não houve “pequeno-a l -moço de pala-vras” mas sim, cocktail e chá das cinco, jan-tar de gala e noite de fumo e

fogo. É uma poesia do quoti-diano “ritmado pelo pulsar da vida”, cito, sem “marcar passo nos lamentos porque o tempo

é de construção”. Ou, diria mais, é uma poesia em tempo de agitação, tempo de interrogação e tempo de pe-regrinação interior. “Terraços” não seria a “Margarida” singe-la de o “O Respirar das Flo-res”, mas a complexa estrutura de um “Gladíolo”, comprido, colorido, respirando ambição e encontros desiguais. Se a primeira poesia tem a transparência de um sabre oriental, a segunda, colorida e minhota, passeia-se em pro-cissões de anjos e põe as mãos

em terras verdes. Dois textos e duas experiências poéticas bem diferentes: se uma asso-cia a espartana filosofia orien-tal ao texto vestido de simpli-cidade a outra mistura dor e paraíso, raiva e desejo, desas-sossego e sonho duro. Ambas as obras podem ser adquiridas na Livraria Camões, em Gene-bra. n B. F.

Livraria CamõesBd. James-Fazy 181201 GenèveTel. 022 738 85 88E-mail: [email protected]

«Cidade dos tectos de ouro» acolhecerca de um milhar de portuguesesSolothurn – O cantão de Solothurn, cuja capital com o mesmo nome é a mais bela cidade barroca da Suíça, com as suas lindas fontes, torres e igrejas de estilo barroco, foi o “paraíso” escolhido por cerca de um milhar de portugueses, que se juntam em torno das duas associações lusas existentes, mantendo viva a língua e cultura portuguesas naquelas paragens.

Soleure/Solothurn, uma cidade viva em tradi-ções é capital do can-

tão com o mesmo nome e nas margens do rio “Aare”, tem como número fétiche o 11. Na verdade, Soleure entrou para a Confederação Helvética como décimo primeiro cantão, nela podemos visitar onze Igrejas e capelas, onze fontes e onze torres, além de na Catedral de “Saint Ours”, reconhecida a nível europeu, tocarem onze sinos. Uma das mais antigas cidades do norte dos Alpes, Soleure é um exemplo do estilo barroco e foi já chamada “cidade dos tectos de ouro” ou “cidade dos embaixadores”. A parte velha da cidade é das mais belas da Suíça.

Mas em Soloturn há bem mais do que edifícios antigos a visi-tar, plena de vida e dinamismo, e apesar de ter apenas 16.000 habitantes, a oferta cultural e desportiva é vasta, tornando-se um local ideal para viver e desfrutar da vida.

PONTOS DE ENCONTRO - COLECTIVIDADES LUSAS

Os primeiros registos da emi-gração portuguesa no cantão datam do ínicio da década de 60 e actualmente são cerca de 1100 os portugueses a viver e trabalhar em Solotthurn.Desde 1990, a Associação Re-creativa Portuguesa de Solo-thurn (ARPS) funciona como ponto de encontro e de conví-vio, levando a cabo várias ini-

ciativas que vão desde o Cam-peonato de Pesca à Festa da Sardinha, passando pelos fes-tejos do Carnaval, com grande tradição no cantão. Paralela-mente, a associação realiza diversos torneios de cartas, de matraquilhos e de bilhar, sem-pre pretextos para reunir os sócios (actualmente são 110) e a comunidade em geral.

Fundado em Janeiro de 1996, o Centro Recreativo Português de Balstahl (CRPB), conta ac-tualmente com 105 sócios e mantém o mesmo espírito e objectivo de servir de base de reencontro e de troca de expe-riências entre os membros da comunidade portuguesa resi-dentes no cantão. O excelente relacionamento

entre estas duas colectividades é digno de notoriedade e a pro-ximidade, cooperação e parti-lha de vivências entre ambas é motivo de orgulho para qual-quer português. Além de todas as iniciativas que promovem, estas duas associações ofe-recem ainda um serviço de restaurante com cozinha tra-dicional portuguesa da qual se destaca o leitão à Bairrada.

OBERBUCHSITEN - A FAMÍ-LIA PORTUGUESA

Foi a Oberbuchsiten, peque-na aldeia com pouco mais de 1800 habitantes que chegou, em 1989, Horácio do Aido. Um português que como tan-tos outros espalhados pela Suí-ça, veio à descoberta de outra cultura e à procura de melho-res condições de vida. Nada de extraordinário, não fosse o facto que aos poucos a famí-lia do Sr. Horácio se juntou a ele, à esposa e filhos. Assim, actualmente em Oberbuchsi-ten vivem cerca de 25 portu-gueses e a particularidade que os une é o apelido “Do Aido”. Pais, irmãos, tios, primos uma família inteira que faz, prova-velmente, desta aldeia a mais portuguesa de toda a Suíça. E se todos deixaram o seu país, não parecem ter esquecido as raízes e a língua materna, por-que foi graças ao empenho e à força de vontade dos membros deste clã, que chegou a Ober-buchsiten uma escola de lín-gua portuguesa. Assim, é com orgulho que o professor Paulo Fernandes nos diz «que é de louvar o empenho e o interesse que a família “Do Aido” mos-tra na aprendizagem da nossa língua aos seus filhos, o que

é sempre motivador também para quem lecciona». De referir ainda que em Solo-thurn existem cerca de 50 alu-nos a frequentar os cursos de Língua e Cultura Portuguesas, sendo os mesmo assegurados pelos professores Paulo Fer-nandes e Cristina Vaz. Surpreendente é o facto de ver-mos a alegria e a magia que a união de uma família em torno da sua pátria e da sua língua, podem trazer a uma pequena aldeia do seu país de adopção. Um bom exemplo de família portuguesa integrada e empe-nhada. n A.V.

www.soleure.ch TODA A INFORMAÇÃO RESPEITANTE à CIDADE DE SOLOTHURNPODE SER CONSULTADA NO SÍTIO INTERNET:

Orgulho da comu-nidade lusaLucilia Mendes von Däniken é uma luso descendente, de 33 anos, filha de pai alentejano, de Vila Nova de Mil Fontes e de mãe suíça.Desde 2003 que trabalha na secção cultural do jornal So-lothurner Zeitung. Depois de ter tido uma experiência no sector bancário e de ter pas-sado pela televisão, ao servi-ço da regional Intro-TV, tem feito um excelente percurso profissional na área do jorna-lismo escrito, tendo desen-volvido, por altura do euro 2004, uma reportagem sobre a equipa portuguesa e sobre o nosso país.De facto é com bastante or-gulho que toda a comuni-dade portuguesa no cantão de Solothurn acompanha o trabalho desta jornalista que ouve “Xutos e Pontapés” e Mariza e que sente saudades das nossas praias e da carne de porco à alentejana. n

A paixão de VerenaTeatro – «Ir ao teatro deveria ser um hábito na vida das pessoas. É uma arte viva, que se recria constantemente».

Tem 20 anos, o pai é português, a mãe é de origem espanho-

la. Verena nasceu na Suíça mas acha que ter vindo de um meio latino a aproxima das pessoas. Participou em muitas peças de teatro como «História de vida, história de papéis», «Barba Azul», «Ro-bin dos Bosques» e «Sagrada Primavera». Entretanto faz uma formação numa compa-nhia profissional de teatro...

O Portuga— Fala-nos um

pouco do teu percurso escolar...Verena— Estudei em Onex (GE) e foi aí que tirei a «maturité» em «Artes Plásticas» no «Collège de Saussu-re»...E porquê esse gosto pe-las artes?Faço dança desde os 4

anos de idade, dança contem-porânea na Escola «Evelyne Castellino» e ainda hoje con-tinuo... 16 anos de dança... além disso, fora dos estudos sempre gostei de desenho, pintura, escultura...Então, depois de acabares a «maturité»...?Todos me falavam em ir para a Universidade... Mas depois da «maturité» fiz dois espec-táculos de teatro com a com-panhia «100% Acrylique». O mundo dos cenários atrai-me

muito e por isso quis continu-ar a mergulhar no mundo ar-tístico. Em Outubro de 2007 entrei na escola de teatro pro-fissional «Serge Martin», em Thonex. São 5 horas de traba-lho por dia mas na prática são muitas mais pois temos muito trabalho no exterior da esco-la. É uma formação de 3 anos e no final do primeiro ano há uma selecção e então na es-cola só ficam os melhores, os que têm mais potencial. Vou lutar para continuar...E neste primeiro ano de es-cola o que fazes?Temos cursos técnicos de acrobacia, de voz (som), mo-vimento, improvisação, dra-matologia aos quais se jun-tam 2 horas de jogo teatral. Cada 2 ou 3 semanas temos «ateliers» com mini-repre-sentações sobre diferentes te-mas, seguidas de reuniões de

balanço. A escola engrande-ce-me e abre-me muito para a vida.E o teu futuro profissional vai ser a actividade teatral?Não sei ainda. Embora goste muito do mundo teatral e o da arte em geral, também sinto sensibilidade para o trabalho social e não ponho de parte uma formação nessa área... e como os meus pais trabalham no social... Sentes-te portuguesa?Vir de um meio latino apro-xima-me das pessoas. Somos mais abertos e mais quentes. Como há muitos portugueses em Genève também há mui-tos preconceitos, que são «pe-ludos», que são «operários», etc. Mas, por acaso, muitos dos meus amigos são italia-nos e espanhóis que, como eu, nasceram na Suíça.Se pudesses mudar ideias

nas pessoas, que mudarias?As pessoas têm preconceitos em relação ao teatro, pensam que é coisa para ricos. Isso é uma ideia ultrapassada. Ir ao teatro deveria ser um há-bito na vida das pessoas. É uma arte viva, que se recria constantemente. E depois é complicado ser artista. As subvenções são muito com-plicadas e a importância da cultura é minimizada. Dese-java que isso mudasse...Como te imaginas daqui a 10 anos?No mundo artístico como actora e em paralelo a traba-lhar a 50% no social. Como animadora numa «maison de quartier», por exemplo. Gos-taria de dar cursos de teatro e dança às crianças e até a adultos. Sobretudo ser activa, amando o que faço e ganhar o suficiente para viver. n M. V.

Verena na representação da peça «rei cansado procura reino para férias».

Entrevista

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Ano 2 - N° 7 - Maio 2008

Suíça8 SuíçaN° 7 - Maio 2008 - Ano 2

Suíça 9

Construção civil tem nova Convenção ColectivaAo fim de onze meses de conflito, com algumas greves pelo meio, Patrões e Sindicatos chegaram a acordo para uma nova Convenção Colectiva de Tra-balho, no sector da construção civil.

Depois de um braço-de-ferro que durou cerca de 11 meses, os sindicatos suíços UNIA e SYNA, bem como a Sociedade Suíça de Empreteiros (SSE), assinaram um acordo para uma nova Con-venção Colectiva de Trabalho (CCT), para o sector da construção civil. O acordo concluído no final de Abril, teve a mediação do ex-diplomata Jean-Luc Nordmann, nomeado pela ministra da Economia, Doris Leuthard. A nova CCT entrou em vigor dia 1 de Maio e é válida até 31 de Dezembro de 2010.

HORÁRIOS E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Uma dos aspectos mais importantes em litígio, que tinha a ver com a gestão das horas não trabalhadas, devido ao mau tempo, problemas com a maquinaria ou falta de trabalho para as em-presas, foi resolvido através da constituição de uma comissão paritária para discutir os casos excepcionais.

O tempo de trabalho anual será de 2.112 horas, com horários semanais de 37,5 a 45 horas. Em 2008, haverá um aumento sala-rial de 100 francos suíços para todos os trabalhadores e 05,% da massa salarial atribuída por mérito.

Outra questão delicada e complexa é o fundo paritário para a formação profissional (Parifonds). Esse fundo, que é financiado através do desconto de 1% do salário dos trabalhadores, mais 1% de contribuição da entidade patronal, e que fora rejeitado pela organização patronal, será reactivado a partir de 1 de julho próximo e terá vigência até 31 de Março de 2010.

Nesse intervalo de tempo, um novo sistema será discutido pela comissão paritária, com base nas futuras necessidades de for-mação, a partir de 2010. n

Suíços vão a votos no dia 1 de junhoVotações Federais – Processo de naturalização dos estrangei-ros, política de saúde e informação do governo vão a votação.

Três temas vão a refe-rendo nas votações fe-derais suíças, previstas

para o próximo dia 1 de Junho. Os temas abordados são a na-turalização dos estrangeiros, a política de saúde e a política de informação do governo.A primeira matéria em referen-do é uma proposta do Partido da direita nacionalista UDC, que pretende que os processos de naturalização suíça dos es-trangeiros, possam de novo ser decididos directamente pelo povo, através de voto secre-to. Este método, que suscitou no passado grande polémica, deixou de ser posto em prática em virtude de uma decisão do Tribunal Federal, que o consi-derou inconstitucional.A UDC considera que esta proibição é uma restrição ina-ceitável dos direitos popula-res, enquanto os adversários da proposta designada «Por naturalizações democráticas» julgam que a mesma é dema-siado discriminatória.A segunda matéria em re-ferendo, foi lançada por um comité independente denomi-

nado ‘Cidadãos pelos cida-dãos’, cuja proposta designa-da «Soberania do povo sem propaganda governamental» pretende que o governo dei-xe de utilizar o dinheiro dos contribuintes para fazer «pro-paganda» no quadro das cam-panhas em torno das votações federais. Os opositores a esta proposta consideram que o governo tem como missão, dar o seu ponto de vista sobre os temas em debate.Por último, a terceira matéria que vai a votação recai, mais uma vez, sobre o complexo problema dos custos da saúde. Os cidadãos são convidados a pronunciar-se sobre um artigo

constitucional denominado «Qualidade e eficácia econó-mica dos seguros de doença», que visa inscrever alguns prin-cípios fundamentais na Cons-tituição Helvética, a fim de permitir um quadro mais claro aos futuros debates à volta da política de saúde.Os apoiantes da proposta con-sideram que se trata apenas de inscrever na Constituição, al-guns princípios genéricos que estão já a ser aplicados. Mas os seus opositores julgam que tal proposta vai abrir a porta à «ditadura» das caixas de se-guro de doença e ao desman-telamento das prestações de saúde. n M. M.

Emigrantes passaram ao lado da eleição para o CCPVotação – A eleição para o Conselho das Comunidades Portuguesas, na Suíça, foi um fracasso completo, com uma taxa de abstenção de 99,7 %.

Tal como se previa, a eleição na Suíça para o Conselho das Comunidades Portugue-

sas (CCP) foi um fracasso comple-to, com a taxa de abstenção a ron-dar os 99,7 por cento, resultando na mais baixa participação de sempre da comunidade portuguesa em ac-tos eleitorais oficiais.Apurados os resultados finais do círculo eleitoral da Suíça, que é constituído por este país e pela Áus-tria, Grécia e Itália, a lista C saiu vencedora com 359 votos, elegendo Manuel Beja (Zurique), São Belo (La Chaux-de-Fonds) e Manuel Fi-gueira (Sion). Em segundo lugar fi-cou a lista A, com 111 votos, sendo eleito conselheiro o cabeça-de-lista Carlos Ramos (Neuchâtel). Em ter-ceiro e último lugar, com escassos 82 votos, ficou a lista B, liderada por José Coelho (Montreux), não

tendo sido eleito qualquer elemento desta lista.O total alheamento da comunidade portuguesa em relação ao acto elei-toral ficou bem demonstrado pela baixíssima participação, com os eleitores da mesa de voto de Gene-bra — que agrupou os cantões de Genebra e Vaud e que por si só de-tém mais de metade dos eleitores na Suíça (91.597) — a darem o mote e a virarem as costas por comple-to à eleição, tendo votado apenas 110 eleitores, invibializando assim a eleição de qualquer candidato oriundo da região com maior nú-meros de portugueses, que fica sem qualquer representante no CCP.Os resultados são confrangedores e deixam a nú a fragilidade em que assenta a representatividade do Conselho das Comunidades Por-tuguesas, um órgão consultivo do

governo que nunca conseguiu afir-mar-se, continuando a ser quase desconhecido da maioria dos emi-grantes portugueses.Estes péssimos resultados traduzem também a falta de capacidade dos candidatos em mobilizar a comuni-dade para o acto eleitoral. Constitu-ídas na sua larga maioria por gente pouco competente e sem qualquer carisma junto da comunidade, as listas de candidatura foram arqui-tectadas na base de interesses po-lítico/partidários e corporativistas, que nada se coadunam com os reais interesses dos emigrantes portugue-ses, que não se reviram no leque de candidatos que lhes foi apresenta-do.Resta ao governo tirar as respecti-vas ilações e acabar de uma vez por todas com esta farsa que dá pelo nome de CCP.n M. M.

Agenda Cultural do Consulado de Genève10 Setembro, 19h00 – No Instituto e Mu-seu Voltaire, em Genebra. Conferência sobre o Regicídio no quadro da apresentação do livro ‘Mataram o Rei ! O Regicídio na Impren-sa Internacional”, pelos autores, o jornalista Joaquim Vieira e o historiador Reto Monico.

29 Outubro, 19h00 – No Instituto e Museu Voltaire, em Genebra. Conferência no quadro da publicação do livro ‘O Segredo da Rua d’O Século’, pelos autores, o jorna-lista António Louçã e a historiadora Isabelle Paccaud.

20 Novembro, 18h00 – Serão Português no Palais de l’Athénée, em Genebra.Inauguração da exposição de fotografias ‘‘A Água, Espelho do Mundo’’’ por Sérgio da Silva; Recital de Fado de Coimbra, pelos Irmãos Barbosa; Recital de Fado de Lisboa, por Mariana Correia e Raízes de Portugal; Prova de Vinhos portugueses.

Cursos «Progresso»Hotelaria – Os portugueses que trabalham na área da hotelaria e restauração, na Suíça, têm agora à disposição cursos de formação profissional, que servem para certificar os respectivos conhecimentos.Os cursos denominados «Progresso», têm a duração de cinco semanas, são gratui-tos e estão abertos a todos aqueles que trabalham no sector da cozinha, serviço às mesas ou na área profissional de Economia Doméstica. A formação, materiais didácti-cos, refeições e estadia são gratuitos. Toda a informação pode ser obtida através do sítio Internet: www.progresso-lehrgang.ch

Leuenberger presiden-te dos Verdes

Política – Ueli Leuenberger foi eleito para a presi-dência do Partido ‘‘Os Verdes’’, pela Assem-bleia de delegados que decorreu em Yverdon-les-Bains (VD). Bilingue e origi-nário de Berna,

o novo presidente dos ‘‘Verdes’’ tem 56 anos e é genebrino de adopção. Tem como objectivo duplicar o número de militantes do Partido e aumentar o eleitorado dos «Verdes» fora das regiões urbanas. Pretende igualmente ver um representante do Partido aceder ao Conselho Federal (Go-verno).

BREVES

V.I.P. - Very Important Portuguese Empresas

AVery Important Portuguese é uma marca de vestuário criada por luso

descendentes a residir na Suiça e em França. Aquilo que no ínicio começou por ser uma “brincadeira” tornou-se num nome português reconhecido além fronteiras. Registada por Frank Costet e Manuel Chateau (nomes artís-ticos), em Agosto de 2004, a linha de roupas conta com mais nomes na sua criação e com o apoio de grandes de-signers portugueses. As colecções da marca baseiam-se na história de Portugal e até mesmo o seu logótipo principal é constituído por elementos narradores da história Lusa, como o cravo, o castelo ou o escudo,

entre outros. A ‘‘Casual Basic” e a “Sport Fashion” são as duas novas linhas da colecção 2008.

Para além dos criadores em França, o mérito vai ainda para Sandra Pra-tas, uma jovem designer que já teve o privilégio de trabalhar para gran-des nomes como Massi-mo Dutti, Stradivaros ou Breska. A marca V.I.P. é hoje ven-dida em mais de 30 lojas em França, 2 na Bélgica, 3 no Luxemburgo e em 5 pontos de venda na Suíça: Zurique, Lausana,

Sion, La Chaux-de-Fonds e Lenzburg. Além destes pontos de venda fixos,

a marca conta ainda com o apoio de revendedores no Lichtenstein, em St- Gallen, Turgau e Graubuden, para além da possibilidade de compras online através do seu site: www.viportugue-se.com ou www.vipshop-swiss.com.Com uma estratégia de marketing bem definida, a Very Important Portuguese, que trabalha com tecidos nacionais, quer duplicar o número de clientes na Suíça e continuar assim a dar provas da originalidade e da inovação lusitanas. Para a sua promoção em terras helvéti-cas, a V.I.P. irá patrocionar várias festas e eventos da comunidade portuguesa, a começar já em Maio, no Loft–Club, em Luzerna e na Expo.PT, em Zurique.

Cartaz lançado pela UdC contra a naturalização dos estrangeiros.

nota: A Áustria, Itália e Grécia pertencem ao círculo eleitoral da Suíça. na Grécia (460 eleitores) não houve nenhum votante; na Áustria (2784 eleitores) houve um voto a favor da lista A; em Itália (3790 eleitores) houve um voto a favor da lista C.

LUGANOEleitores : 4.754Votantes : 25Lista A : 0Lista B : 1Lista C : 24Brancos : 0Nulos : 0

SIONEleitores : 14.117Votantes : 90Lista A : 5Lista B : 2Lista C : 82Brancos : 1Nulos : 0

ZURIQUEEleitores : 40.820Votantes : 186Lista A : 18Lista B : 11Lista C : 157Brancos : 0Nulos : 0

GENÈVEEleitores : 91.597Votantes : 110Lista A : 28Lista B : 45Lista C : 33Brancos : 0Nulos : 2

BERNAEleitores : 28.438Votantes : 146Lista A : 59Lista B : 23Lista C : 62Brancos : 2Nulos : 0

TOTAIS SUÍÇAEleitores : 179.726Votantes : 557Lista A : 110Lista B : 82Lista C : 358Brancos : 5Nulos : 2Abstenção : 99,7%

EleitoMANUEL BEJA

Zurique

EleitaSÃO BELO

La Chaux-de-Fonds

EleitoCARLOS RAMOS

Neuchâtel

EleitoMANUEL FIGUEIRA

Sion

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Ano 2 - N° 7 - Maio 2008

10 SuíçaN° 7 - Maio 2008 - Ano 2

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Oterceiro maior acontecimento desporti-vo do mundo - depois dos Jogos Olím-picos e do Mundial de Futebol - que

vai decorrer simultaneamente na Áustria e na Suíça, entre os dias 7 e 29 de Junho, já faz fer-vilhar os cerca de 200 mil emigrantes portugue-ses que residem e trabalham na Confederação Helvética, que se preparam para viver intensa-mente a paixão que vigora em torno do desporto rei e da seleção nacional portuguesa. «É a festa do futebol, meus senhores», como disse à nossa redacção Manuel Carvalho, um português que reside em Genebra há mais de 20 anos.

A festa vai começar já no dia 1 de Junho, en-tre as 18 e as 19 horas, quando o avião que vai transportar a selecção das quinas aterrar no aeroporto de Genebra, conforme previsto. Pre-vendo que milhares de adeptos lusos acorram ao aeroporto da cidade de Calvino para acolher a equipa de todos nós, e a fim de garantir a se-gurança e serenidade da equipa portuguesa, a organização do Euro2008 montou já uma estra-tégia de «evacuação» da selecção portuguesa, cujos jogadores e respectiva comitiva entrarão directamente no autocarro oficial da selecção - a Hiundai é mais uma vez o patrocinador do Europeu de futebol - que os esperará na pista e conduzirá directamente a Neuchâtel, onde a co-mitiva nacional ficará instalada no hotel Beau-Rivage, bem no coração da cidade.

A decisão dos responsáveis parece curial mas é pouco simpática para uma comunidade que vive a paixão do futebol e da sua selecção na-

cional, e que raras vezes tem a oportunidade de contactar directamente com os seus ídolos.

Mas comunidade portuguesa não se vai deixar abater facilmente e promete acolher condigna-mente a sua selecção. «Já que nos vão impe-dir o acesso ao aeroporto e o contacto com os jogadores, vamos acompanhar o autocarro da selecção até Neuchâtel e para os estádios dos jogos, para mostrarmos que estamos com eles de alma e coração», afirmou Manuel Carvalho. Esta vontade férrea em demonstrar solidarie-dade e apoio à selecção lusitana é corrobora-da por José Gomes, que vive há 15 anos em Nyon, uma pequena cidade perto de Genebra, segundo o qual «os portugueses que vivem na Suíça têm que mostrar que estão todos com a selecção, aconteça o que acontecer e é preciso que os jogadores sintam o nosso carinho logo à chegada».

GEnEbrA POrTUGUESAOs cerca de 40 mil portugueses que vivem em Genebra prometem que a cidade vai vestir-se com as cores portuguesas. «Vamos colocar to-dos uma bandeira portuguesa na janela, para que as televisões de todo o mundo vejam a for-ça dos portugueses de Genebra e da nossa se-lecção», referiu ao nosso jornal Carlos Sousa, um emigrante português que reside nessa cida-de, com a família, há 20 anos.Recorde-se que durante o Euro2004, realizado em Portugal, em muitos edifícios de Genebra defrauldaram muitas bandeiras portuguesas de adeptos lusos, que demonstraram dessa forma o seu apoio à selecção portuguesa.

TrEInOS AbErTOS PArA COMPEnSArA grande festa de recepção à selecção das quinas está a ser preparada pela comunidade portugue-sa de Neuchâtel, onde os cerca de 11 mil portu-

Grande reportagem

Festa lusitana – Os cerca de 200 mil portugueses residentes na Suíça pre-param-se para a grande festa do futebol, garantindo um apoio absoluto à selecção nacional das quinas. Cor, alegria e muita adrenalina são os condimentos da paixão lusitana que vai estender-se pelas ruas das principais cidades helvéticas.

Comunidade portuguesa na Suíça vai vibrar com a selecção nacional.

gueses que residem no cantão com o mesmo nome querem tornar o momento inesquecí-vel. Para isso constituíram um pequeno comité organizador dos festejos, que vão ser co-ordenados em sintonia com as autoridades do cantão, de forma a garantir que não haja exageros na demonstração de apoio à selecção das quinas e não seja violado o cordão de segurança em torno do hotel Beau-Rivage.Para compensar de certa for-

ma a dificuldade de acesso ao hotel onde ficará a equipa na-cional e o contacto do público com os jogadores, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) previu a realização de treinos abertos ao público, que vão ter lugar no «Stade de la Ma-ladière», em Neuchâtel. Estão já marcados dois treinos para terça-feira, dia 3 de Junho, às 18h30, e domingo, 8 de Junho, às 17 horas. Segundo a evo-lução do campeonato, a FPF poderá marcar outros treinos

abertos ao público.

APOIO AOS AdEPTOS lUSOSMilhares de adeptos portu-gueses vão chegar à Suíça, particularmente às cidades de Genebra e Basileia, que são as anfitriãs dos jogos da selecção portuguesa. Só para o primei-ro jogo com a Turquia, a 7 de Junho, em Genebra, estão pre-vistos 10 voos charters com adeptos lusos vindos de Por-tugal. À chegada ao aeropor-to, os adeptos vão ter grupos

de acolhimento que lhes darão todas as informações necessá-rias.Haverá igualmente navetes para transportar os adeptos para o centro da cidade e para os estádios. Os bilhetes para os jogos permitem aos adep-tos utilizarem gratuitamente os transportes públicos de se-gunda classe da Suíça, desde o dia do jogo até às 12h00 do dia seguinte. As estações fer-roviárias nas cidades anfitriãs vão disponibilizar locais pró-

prios para depósito de bagagens.

Os consulados de Portugal em Genebra e Zu-rique também vão ter equipas móveis de apoio e atendimento dos adeptos portugueses, em vários pontos das cidades de Genebra e Basi-leia e nos próprios estádios.

EnTrETEnIMEnTO dEnTrO E FOrA dOS ESTÁdIOSAs portas dos estádios serão abertas três horas antes do pontapé de saída, estando previstos vários tipos de entretenimento para criar um bom ambiente entre os adeptos, com destaque para exibições de um grupo de 40 ginastas. Quando decorrerem dois desafios no mesmo dia, os adeptos que estiverem no estádio para assistir ao segundo encontro terão oportunida-de de acompanhar a transmissão da primeira partida nos ecrãs gigantes.Mas a grande festa do Euro2008 será sem dú-vida fora dos estádios, tendo em conta que a maioria dos adeptos não tem bilhete para ver os jogos ao vivo. Para fazer do Euro2008 uma verdadeira festa, a organização e os responsá-veis das principais cidades, vão proporcionar aos adeptos momentos de diversão e lazer du-rante todo o torneio.

Na cidade de Genebra haverá três grandes es-paços dedicados aos adeptos.Fan Zone - situada na praça de Plainpalais, a ‘‘Fan Zone’’ terá uma capacidade de 80.000 pessoas e será constituída de dois espaços distintos, dispondo cada um de ecrã gigante. O primeiro espaço terá cerca de trinta stands de restauração com cozinha de diversos paí-ses europeus e um grande palco coberto onde decorrerão concertos musicais e outras anima-ções. O segundo espaço será dedicado princi-palmente à animação, ao final do dia.Fan Village - um segundo espaço de projecção dos jogos, com uma capacidade de 20.000 pes-soas, bem como um camping, serão instalados no Centro Desportivo do ‘‘Bout-du-Monde’’. Haverá igualmente um espaço de restauração com cozinha de diversos países e um palco acolherá concertos musicais e outras anima-ções durante todo o torneio.Fan Club 08 - O ‘‘Club 08’’ será instalado na Patinoire des Vernets, a 5 minutos a pé da ‘‘Fan Zone’’ e vai ser o local ideal para conti-nuar a festa depois do encerramento da ‘‘Fan Zone’’. Com uma capacidade de 3.000 pes-soas, o ‘‘Club 08’’ acolherá os DJ’s em voga durante o Verão, bem como diversos concer-tos musicais que vão fazer das noites de Gene-bra as mais tórridas da Suíça.

Em Basileia os visitantes vão encontrar um atractivo programa de eventos, incluindo duas Fanzones. A localizada em Kasernenareal/Rheinbord irá estar aberta diariamente durante o Europeu, enquanto a Fanzone da Münster-platz só funcionará nos dias dos jogos. Nestes locais, para além de ser possível seguir as par-tidas em ecrãs gigantes, os adeptos poderão assistir a concertos musicais de vários estilos, dados por bandas locais e internacionais n

Festa em Neuchâtel - No domingo, dia 8 de Junho, será celebrado oficialmente o Dia de Portugal, em Neuchâtel, com a presença do embaixador português na Suíça. Nesse mesmo dia haverá um treino da selecção portuguesa aberto ao público, às 17 horas.Estão previstas numerosas animações ao longo do lago de Neuchâtel e no centro da cidade para acolher a selecção das quinas. Serão instalados ecrãs gigantes e 60 stands ao longo das ‘‘Jeunes Rives’’, a meio caminho do hotel da equipa portuguesa e do estádio da ‘‘Maladière’’, onde decorrerão os treinos da equipa lusa. Uma vedeta da canção por-tuguesa dará um concerto gratuito, dia 6 de Junho, na ‘‘Patinoire du Littoral’’.

Festa em Vernier - No domingo, dia 31 de Maio, irá decorrer em Vernier (GE) um tor-neio de futebol, com a participação de equi-pas representantes das missões diplomáti-cas e consulares de Portugal, da Turquia e da República Checa, bem como uma equipa representativa das autoridades suíças.Será uma confraternização entre as comuni-dades dos países que fazem parte do grupo de Portugal no Europeu. O torneio decor-rerá entre as 14 e as 20 horas, no estádio de Vernier, e haverá stands com produtos dos diversos países e exibição de grupos de folclore.

UBS Arena – A União de Bancos Suíços (UBS) vai instalar em 16 cidades helvéticas de todas as regiões do país, espaços de animação e lazer, com capacidade para mil-hares de pessoas que pretendam assistir aos jogos em ecrãs gigantes. As ‘‘UBS ARENA’’ disporão igualmente de palcos para es-pectáculos e serão instaladas nas cidades de Aarau, Biel/Bienne, Buchs, Chur, Glarus, Kreuzlingen, Chaux-de-Fonds, Lausanne, Locarno, Lugano, Nyon, Sion, Solothurn, St. Gallen, Thun e Zug.

RTP - Na véspera e dias dos jogos de Portu-gal, a Rádio Televisão Portuguesa (RTP) vai instalar pontos de reportagem em directo, nas cidades de Genebra e Basileia.Um camião satélite estará estacionado na Rua Bergalone, junto à praça de Planpalais, em Genebra, e outro irá permanecer na Marktplatz, em Basileia.No dia 1 de Junho - chegada da selecção a Genebra, às 18h00 - a RTP terá dois pontos de reportagem em directo, um no aeropor-to e outro na cidade.Nos dias 6 e 10 de Junho, vésperas dos jo-gos de Portugal em Genebra, a selecção irá pernoitar nessa cidade, no Hotel Interconti-nental, com partida de Neuchâtel às 17h00 e chegada prevista a Genebra pelas 18h30. Nesses dias, haverá igualmente um ponto de reportagem da RTP, junto ao hotel.Um outro ponto de reportagem está previsto para dia 14 de Junho, em Basileia, junto ao Hotel Ramada, onde pernoitará a selecção lusa antes do último jogo da pri-meira fase do Europeu, com a Suíça.

DestaquePERFIL

Grande Reportagempor Manuel de MeloRedactor

Comunidade jovem Na Suíça trabalham e residem cerca de 200 mil portu-gueses. A comunidade portuguesa é a terceira mais numerosa das comunidades estrangeiras, a seguir aos

italianos e aos cidadãos da ex-Jugoslávia. No cantão de Neuchâtel residem 11 mil portugueses e em Basileia estão registados 3.500 cidadãos lusos.Em Genebra, os portugueses constituem a maior comunidade estrangeira, com cerca de 35.000 pessoas, das quais 21 por cento já nasceram na Suíça e 28 por cento têm menos de 20 anos de idade.Dentre todas as comunidades estrangeiras e mesmo em comparação com os suíços, são os portugueses que registam as taxas de população mais jovem. É essa juventude que irá, certamente, sentir com maior fervor o orgulho de ser português e o sangue lusitano a correr-lhe nas veias, e irá encher as ruas e praças das princi-pais cidades helvéticas, gritando bem alto pelo nome de Portugal durante o Eu-ropeu de futebol e não se cansando de apoiar a selecção de todos nós durante o torneio. Estamos todos confiantes de que a nossa juventude vai deixar uma marca de grande entusiasmo e sobretudo de grande civismo, neste EURO2008. n M.M.

Trix e Flix,As mascotes do Euro2008

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PUBLICIDADE SuíçaN° 7 - Maio 2008 - Ano 2

Portugal 13

Memória ‘online’25 Abril – Cerca de 200 mil documentos, em texto integral, passaram a estar disponíveis na página da Internet do Centro de Documentação 25 de Abril (CD25A) da Universidade de Coimbra, celebrando a revolução dos

cravos. A selecção foi feita a partir de mais de três milhões de documentos do acervo do Centro de Documentação, que integra também uma biblioteca especializada.

Alerta da CáritasFome – A Caritas Portuguesa alertou ontem as autoridades para prepararem programas de apoio a carenciadostendo em conta a crise alimentarmun-dial que,prevêem, irá causar danos graves no país. De acordo com a Caritas, em Portugal gasta-se uma“fatia enorme de recursos” para “pagar quase dois ter-ços do que consome, designadamente produtos alimentares”, pelo que o país está“na linha da frente” daqueles que mais sofrerão “com a subida dos preços internacionais e a escassez dos bens”.

Aumenta número de emigrantes Emigração – Cinco milhões de por-tugueses vivem no estrangeiro, o que equivale a metade da população de Portugal. Só nos principais países de destino europeu, a percentagem de emigrantes aumentou 52,6% entre 2000 e 2006, de 419 047 para 639 612, revela o Relatório Internacional sobre Migra-ções de 2007 da OCDE , a divulgar em Junho.Os cidadãos nacionais continuam a emigrar para a Suíça, Andorra, Luxem-burgo e até França. E, a estes, juntam-se os novos fluxos para Espanha e o Reino Unido. A Alemanha é o único país a re-gistar uma diminuição de portugueses, menos 17 mil.Os novos fluxos migratórios traduzem-se em dois tipos de emigrantes. Os que vão à procura de um trabalho mais duradouro e se dirigem para a Suíça e para o Reino Unido e os recrutados por agências de trabalho temporário para Espanha, França e até Holanda.

BREVESSegurança dos viajantesApoio – O secretário de Estado das Comunidades, António Braga, quer saber quantos portugueses estão em viagem no estrangeiro e quais os países para os poder contactar em caso de catástrofes naturais ou crises políticas.

Nesse sentido, está a desen-volver um acordo com a Associação Portuguesa

das Agências de Viagens e Turis-mo (APAVT) para tornar possível a «localização dos portugueses no estrangeiro quando isso for neces-sário», disse à Agência Lusa fonte do gabinete de António Braga.A mesma fonte sublinhou que os dados cedidos pela APAVT terão sempre «as limitações inerentes ao direito à privacidade», garantindo que não se irá divulgar os nomes das pessoas em causa.«O nosso objectivo é apenas o de contactar as pessoas para saber se precisam de ajuda», assegurou.Esta medida do secretário de Esta-do das Comunidades surge na se-quência das dificuldades com que António Braga se defronta sempre que ocorrem problemas no estran-geiro e se torna necessário apurar se envolvem portugueses, em que número e em que hotéis eles se en-contram. O acordo que «está a ser estuda-do» com a APAVT prevê que, se ocorrer uma crise num determinado país, essa associação ceda ao Go-verno a listagem dos portugueses

que se encontram nesse local.Por outro lado, consciente do re-cente fenómeno de haver «cada vez mais pessoas a adquirir via-gens pela Internet», António Braga vai criar ainda este mês, na página electrónica da Secretaria de Estado das Comunidades, um formulário «onde os viajantes podem volun-tariamente deixar o seu destino e o seu contacto», indicou a mesma fonte. Sublinhando, mais uma vez, que será preservada a privacidade das pessoas, a fonte referiu que não é necessário apresentar o nome ver-dadeiro.«O importante é o contacto e a lo-calização», afirmou.António Braga pretende desta for-ma que as pessoas comecem a for-necer os seus contactos quando se dirigem ao estrangeiro, ao contrá-rio do que tem acontecido até aqui, com a grande maioria a nunca par-ticipar ao secretário de Estado ou aos consulados que vai ou está no estrangeiro.«Isso não está nas rotinas das pes-soas», disse à Lusa o governante, acrescentando que as novas medi-das pretendem «salvaguardar a se-gurança» dos portugueses.

Outra medida criada para dar apoio a portugueses no estrangeiro e que está implementada desde o início do ano é o Gabinete de Emergência Consular, que funciona 24 horas por dia através do número 707202000.Com uma média de 20 chamadas por dia, este número tem sido uti-lizado também por pessoas em Por-tugal que, quando sabem de algum problema no estrangeiro, telefonam a avisar que têm lá um familiar.«O número serve também para ter-mos melhor capacidade de respos-ta à solicitação e à urgência que a comunicação social nos exige, por-que são normalmente casos muito mediáticos», sublinhou António Braga.Todos os assinantes da rede TMN recebem uma mensagem quando chegam ao estrangeiro com o nú-mero do Gabinete de Emergência Consular.O secretário de Estado das Comuni-dades está a negociar um acordo se-melhante com a Optimus, enquan-to a Vodafone recusou o serviço, alegando que «iria sobrecarregar os clientes com mais uma mensa-gem», indicou a fonte do gabinete de António Braga. n

Jorge Resen-de

Pela coragem e determinação demonstradas, o nosso compa-triota Jorge Resende, despedido da ‘Radio Suisse Romande’ no âmbito da denúncia de pedofi-lia, merece todo o nosso apreço e admiração.Só alguém com um profundo sentido de justiça e amor pelas crianças, tem força para levar a cabo tamanho combate, contra gente desprezível que continua à frente dos destinos de uma empresa que devereia ser uma referência e um exemplo para todos os cidadãos.

Embaixada em Berna

A decisão de associar os festejos oficiais da comemoração do Dia de Portugal na Suíça, à presença da selecção portuguesa de fute-bol em Neuchâtel, mostra que o embaixador de Portugal, Eurico Pães, está atento à importância que reveste para a comunidade portuguesa o sentimento de or-gulho nacional que lhe é trans-mitido pela equipa das quinas.Neuchâtel vai ser palco das comemorações do 10 de Junho ( que se festeja a 8 de Junho), na Suíça, no dia do treino público da nossa selecção.

UEFAA saga da compra dos

bilhetes para assistir aos jogos do Europeu de futebol, revela que a UEFA continua a desprezar os adeptos do desporto rei, que se vêem afastados dos estádios, em detrimento de senhores e empresas todos poderosos a quem foi oferecido de bandeja a grande fatia dos ingressos nos estádios do Euro2008.As grandes finais, para a UEFA, já não são para o povo, para aqueles que alimentam o fute-bol durante todo o ano, mas sim para os ricos e poderosos.

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Ano 2 - N° 7 - Maio 2008

Portugal14 SuíçaN° 7 - Maio 2008 - Ano 2

Portugal 15

Gala dos “Prémios Talento 2007” vai ser em junhoMais de 150 portugueses no es-trangeiro candidataram-se este ano à segunda edição dos Pré-mios Talento 2007.

Adecorrer pelo segundo ano, os Prémios Talento 2007 preten-

dem distinguir portugueses e luso-descendentes residentes no estrangei-ro que se notabilizaram durante o ano nos sectores das Artes do Espectáculo (cinema, teatro, música e interpreta-ção), Artes Visuais, Associativismo, Ciência, Comunicação Social, Des-

porto, Divulgação da Língua Portu-guesa, Meio Empresarial, Humanida-des, Literatura, Política e Profissões Liberais.Das mais de 150 candidaturas recebi-das, o júri vai escolher três finalistas de cada uma das áreas, mas apenas um deles será distinguido na Gala dos Talentos.À semelhança do ano passado, o júri vai ser constituído por figuras nacio-nais de relevo. Entre os elementos do júri estão a escritora Lídia Jorge, os políticos Pacheco Pereira e Marcelo Rebelo de Sousa, o director do sema-

nário «SOL», António José Saraiva, o músico António Vitorino e o bas-tonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto.O jornalista e escritor Miguel Sou-sa Tavares, o empresário Joe Be-rardo, a estilista Fátima Lopes, o professor João Malaca Casteleiro e os músicos Rui Veloso e Pedro Abru-nhosa são outros elementos do júri.A gala Prémios dos Talentos decorre a 8 de Junho, no Convento do Beato, em Lisboa, e será transmitida em di-recto pela RTP, RTP Internacional e RTP África. n

Concurso

«Car sharing» chega à capi-tal portuguesaMobilidade – Alugar uma viatura à hora, em Lisboa, vai ser pos-sível a partir de Setembro, num projecto experimental que vai ser de-senvolvido pela “Carris” e que visa reduzir o tráfego automóvel.

ACarris está a desen-volver um novo pro-jecto, que entrará em

fase experimental em Setem-bro. Nesta altura, a empresa vai colocar carros nos parques de estacionamento automóveis para alugar à hora. O serviço, conhecido como «car sharing», pressupõe que os veículos estejam disponí-veis para os cidadãos usarem por curtos períodos de tempo, sem terem de os adquirir. Por

exemplo, uma pessoa pode usar um destes carros para efectuar uma viagem entre dois pontos da capital. Quan-do o estacionar, depois da via-gem, outro cidadão pode usá-lo para outra viagem. Ainda não é conhecida a tabe-la de preços, mas a Carris pro-põe que as tarifas dependerão da distância percorrida e do tempo ocupado. Os modelos serão pequenos citadinos de dois lugares e híbridos de cin-

co lugares. A intenção é reduzir o número de carros a entrarem na capi-tal, fazendo baixar o tráfego, e também reduzir a compra de automóveis. A Carris baseou o seu progra-ma em estudos internacionais, segundo os quais um automó-vel em «car sharing» permite substituir quatro a dez viaturas particulares.A ideia do «car sharing» nas-ceu na Suíça, mas acabou por

alastrar a muitos outros países, incluindo Inglaterra e Estados Unidos, onde é possível alugar o carro à hora ou ao dia. O mo-delo prevê a disponibilização de um limite de quilómetros, seguro, combustível e lugares de estacionamento reservados para estes veículos espalhados pelas cidades.

Nos países em que já existe, o «car sharing» é fácil de usar:

o utilizador regista-se, paga uma taxa anual simbólica e, quando precisar, basta procu-rar na Internet onde está o au-tomóvel disponível mais pró-ximo. Também pela Internet é possível alugar o veículo por algumas horas. Depois é só dirigir-se ao carro e aproximar o cartão da porta, que se abre automaticamente. Em alguns países o serviço está disponí-vel também pelo telefone. n

bancos «escondem» preços e dão informação incompletaBanca – A Associação portuguesa de defesa do consumidor (DECO) diz que os bancos «escondem» os preços ou prestam informação incom-pleta e desactualizada.

Nem com uma visão perfeita conseguirá ler o preçário dos ban-

cos. Letra miudinha, informa-ção incompleta e pouco actual são uma constante ao balcão e nos sítios dos bancos na In-ternet, revela a última edição da revista Dinheiro & Direitos (D&D), da DECO.A revista visitou 24 balcões dos 10 maiores bancos portu-gueses e concluiu que a maio-ria dos preçários estão visí-veis, mas impressos em letra tão pequena que só à lupa con-seguirá lê-los. Já na Internet, 7 dos 19 sítios não têm ligação para este documento na pri-meira página, o que obriga os clientes a navegar «à deriva» para encontrá-lo.

Além disso, acrescenta a D&D, a informação está, muitas vezes, incompleta ou desactualizada. Muitos deles esquecem-se de indicar, por exemplo, a taxa anual efec-tiva dos créditos à habitação indexados, um elemento que é obrigatório e permite compa-rar o custo real dos emprésti-mos, lembra a edição. A DECO defende que os ban-cos têm o dever de informar os seus clientes e, por isso, indicar quanto cobram pelas operações que realizarem «é o mínimo que se pode exigir». A associação diz que os pre-çários têm de ser actualizados todos os meses ou quando haja alterações, e expostos num corpo de letra legível. No

crédito à habitação e pessoal, os bancos devem publicitar as tabelas de spreads e as ta-xas efectivas para um ou dois cenários comuns a todas as instituições, representativos da população. Os sítios na In-ternet também devem conter preçários completos de todos os canais (balcão, Net e tele-fone). Desde 1995, o Banco de Por-tugal definiu regras para os preçários dos bancos. Estes devem conter informação so-bre vários produtos e serviços, como contas à ordem, crédi-tos, depósitos de poupança, fundos, pagamentos periódi-cos, etc.E estar disponíveis para consulta em todos os ca-nais usados. n

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www.carris.pt SAIBA MAIS EM :

Portal do Cliente bancárioO Portal do Cliente Bancário é um ca-nal privilegiado de comunicação do Banco de Portugal com os clientes bancários. O seu lançamento surgiu no contexto do reforço de compe-tências de super-visão comporta-mental do Banco de Portugal com a revisão do Regime Geral das Institui-ções de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 1/2008, de 3 de Janeiro.

O Portal apresenta diversas áreas temáticas com informação re-levante e útil para as operações financeiras do cliente bancário. O Portal disponibiliza ainda a principal legislação que enquadra a oferta de produtos e serviços bancários, um glossário de termos financeiros e um conjunto de respostas a perguntas frequentes. Disponibiliza também simuladores de operações financeiras e formulários para reclamações e para obtenção de informação sobre saldos de contas bancárias e de outras aplicações finan-ceiras em nome de titulares falecidos. n

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Portugal

A estilista Fátima lopes é um dos membros do júri do concurso “Prémios Talento 2007”.

TAP mais pontual

Apontualidade da TAP atingiu, no primeiro trimestre de 2008, um valor de 75,9 por cento nas partidas, aproximando-se

dos níveis médios das companhias que fazem parte da Associa-ção Europeia de Aviação (AEA) neste período (79,7%). Um resultado que, segundo a transportadora, consolidou «a evolução positiva verificada já nos últimos meses do ano ante-rior». Comparando com Janeiro, Fevereiro e Março de 2007, as melho-rias foram em cada um dos três meses de 11, 15 e 18%, respec-tivamente. Também o atraso na entrega de bagagens teve «uma evolução significativa, embora melhorias mais acentuadas estejam de-pendentes da entrada em funcionamento de um novo terminal de bagagens em trânsito, que a ANA prevê para o segundo se-mestre do ano», explicam.

Direcção de Serviço ao Cliente contribui positivamente No mês de Março, a TAP reduziu os atrasos de 34,5 peças de bagagem por mil passageiros, verificados em 2007, para 17,3, dando sequência a uma série de meses em que se verificaram melhorias sistemáticas. Segundo a empresa, para esta melhoria «contribuíram, em es-pecial, a criação da Direcção de Serviço ao Cliente da TAP, as mudanças verificadas na Groundforce, prestador de serviços de handling que regressou à sua vocação de se focar no bom ser-viço prestado aos clientes, bem como o reforço da coordenação com as restantes entidades ligadas à operação, designadamen-te as autoridades aeroportuárias». n

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retomados voos entre Vila real, bragança e lisboaAviação – Desde o início de Maio que já é possível viajar entre Bra-gança/Vila Real e Lisboa, por via aérea. O Governo adjudicou por ajuste directo as ligações aéreas à Aeronorte.

As ligações aéreas entre Bragança/Vila Real e Lisboa foram adjudi-

cadas à empresa Aeronorte e foram retomadas no início do mês de Maio.As ligações aéreas estavam suspensas desde 17 de Março, altura em que a Aerocondor deixou de operar, alegando “problemas técnicos”, que se vieram a revelar, afinal, fi-nanceiros. Poucos dias depois de ter suspendido as ligações aéreas, a empresa Aerocondor perdia a licença para voar, por decisão do INAC, que detec-tou a falta de seguros obriga-tórios.O Governo rescindiu com a

Aerocondor o contrato público e entregou, por ajuste directo à Aeronorte.Este contrato com a Aeronorte vai prolongar-se até à adjudi-cação definitiva do serviço em concurso público.Os preços e horários mantêm-se, com duas viagens diárias em cada sentido, de segunda a sexta-feira, que custam cerca de 117 euros Bragança/Lisboa, e menos dez euros a partir de Vila Real, ida e volta, em am-bos os casos. O Estado conti-nua a dar uma compensação à operadora num montante má-ximo anual de 1,190 milhões de euros. Quanto maior for a taxa de ocupação do avião de

19 lugares, menor é a compen-sação estatal.A Aeronorte é uma empre-sa de Braga, com serviços de transporte e trabalho aéreo, nomeadamente combate a in-cêndios florestais.A empresa está a construir no aeródromo de Bragança um hangar para a manutenção de aeronaves. n

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PUBLICIDADE SuíçaN° 7 - Maio 2008 - Ano 2

17Desporto

OLIMPÍADASO simbolismo da Tocha OlímpicaOlimpismo – A chama olímpica, fogo olímpico ou ainda tocha olímpica, é um dos símbolos dos Jogos Olímpicos, e evoca a lenda de Prometeu que teria roubado o fogo a Zeus para o entregar aos mortais.

Achama Olímpica, fogo Olímpico ou ainda tocha olímpica, é um dos símbo-

los dos Jogos Olímpicos, e evoca a lenda de Prometeu que teria rouba-do o fogo a Zeus para o entregar aos mortais. Durante a celebração dos Jogos Olímpicos da antiguidade, em Olímpia, mantinha-se aceso um fogo que ardia enquanto durassem as competições, sendo esta tradição reintroduzida nos Jogos Olímpicos de Verão de 1928. Mais tarde, nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936, foi pela primeira vez realizada uma estafeta de atletas para transportar uma tocha com a chama, desde as ruínas do templo de Hera em Olím-pia, até ao estádio olímpico de Ber-lim.

A Chama Olímpica na AntiguidadeNa antiguidade, o fogo era conside-rado sagrado por muitos povos, in-cluindo os gregos que tinham uma lenda segundo a qual o fogo teria sido entregue aos mortais por Pro-meteu que o roubara de Zeus. Devi-do à importância do fogo, em mui-tos templos eram mantidas chamas acesas permanentemente. Este era o caso do templo de Hestia na cidade de Olímpia.Segundo se sabe, a tradição de manter um fogo aceso durante os Jogos Olímpicos remonta à antigui-dade, quando se efectuavam sacri-fícios a Zeus. Nessas cerimónias, os sacerdotes acendiam uma tocha e o atleta que vencesse uma corrida até ao local onde se encontravam os sacerdotes teria o privilégio de transportar a tocha para acender o altar do sacrifício. O fogo era en-tão mantido aceso durante os Jogos como homenagem a Zeus.

A Chama Olímpica na actualidadeNos Jogos Olímpicos de Verão de 1928, em Amesterdão, o arquitecto holandês Jan Wils incluiu no dese-nho do estádio olímpico uma torre e teve a ideia de acender nela uma chama durante os jogos. Na cerimó-nia de abertura, em 28 de Julho de 1928, um empregado da empresa de electricidade de Amesterdão levou-

a até a cidade de Olímpia, na Grécia e acendeu-a pela primeira vez. Esta continua acesa até aos tempos de hoje e nunca foi apagada, é a chama dos jogos da era moderna na torre então chamada Marathontower (e que ficou conhecida localmente como «cinzeiro da KLM»).Quatro anos mais tarde, nos Jogos Olímpicos de Verão de 1932, vol-tou a acender-se uma chama du-rante os jogos no estádio de Los Angeles. Durante a cerimónia de encerramento foi apresentada uma citação de Pierre de Coubertin que dizia: «Que a Tocha Olímpica siga o seu curso através dos tempos para o bem da humanidade cada vez mais ardente, corajosa e pura»Em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, Carl Diem concebeu a ce-rimónia do transporte da chama Olímpica desde o antigo local de realização dos Jogos em Olímpia na Grécia, até ao estádio onde se realizavam os Jogos. Mais de 3000 atletas realizaram uma estafeta para transportar a tocha desde Olímpia até Berlim, onde o corredor Fritz Schilgen acendeu a chama na ce-rimónia de abertura a 1 de Agosto. A estafeta da tocha passaria a fazer parte dos Jogos Olímpicos.Também nos Jogos Olímpicos de Inverno, a chama Olímpica ardeu nos Jogos de Inverno de 1936 e de 1948, mas a primeira estafeta da to-cha teve lugar no Jogos Olímpicos

de Inverno de 1952. Nessa ocasião, o fogo não foi ateado em Olímpia mas sim em Morgedal, na Norue-ga, na lareira da casa de Sondre Norheim, que foi o pioneiro do des-porto de esqui. Foi também aí que foi ateado o fogo nos Jogos Olímpi-cos de Inverno de 1960 e 1994. Ex-cepto esses anos e em 1956, ano em que foi acesa em Roma, em todos os outros jogos de inverno a chama foi acesa em Olímpia.

O acender da chama em OlímpiaUns meses antes de cada realização dos Jogos Olímpicos, a chama é ateada em Olímpia, frente às ruínas do templo de Hera, numa cerimó-nia que pretende recriar o método usado na antiguidade e que se desti-nava a garantir a pureza da chama: actrizes representando sacerdotisas de Hestia colocam uma tocha na concavidade de um espelho para-bólico que concentra os raios da luz do Sol que, agora como na antigui-dade, acende a chama que marcará o início de mais uma realização dos Jogos.Em seguida, a chama é transferida para uma urna que é levada até ao local do antigo estádio. Aí a chama é usada para acender a tocha olím-pica, transportada pelo atleta que fará o primeiro percurso da estafe-ta, que conduzirá a chama ao longo do percurso até ao estádio onde se realizam os Jogos.n

Jogos Olímpicos«Pequim 2008»302 Provas - A 29ª edição dos Jogos Olím-picos de Verão realizar-se-á entre 8 e 24 de Agosto deste ano, na cidade de Pequim, China. O Comité Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008 concluiu o programa desportivo da competição, que terá 302 provas de 28 modalidades.Das 302 provas que distribuirão medalhas, 165 são masculinas, 127 femininas e dez mistas. No sector feminino, verifica-se um acréscimo de duas provas relativamente a Atenas-2004, significando um aumento de 130 atletas no contingente de concorrentes.

Novas provas - Diversas provas e uma nova disciplina (ciclismo BMX) são novidades absolutas do programa olímpico para 2008:

· Atletismo: 3000 metros obstáculos femini-nos;

· Ciclismo: BMX masculino e feminino;

· Esgrima: Florete por equipas masculino e feminino;

· Natação: 10 kms águas abertas, masculino e feminino

No Ténis de Mesa, as provas de pares foram substituídas por provas por equipas.

Atletas lusos - Débora Nogueira, atleta da Federação Portuguesa de Esgrima, é a 58.ª atleta portuguesa qualificada para os Jogos Olímpicos de Pequim, após ter obtido o segundo lugar no Torneio de Florete, realizado em Lisboa. Os atletas lusos vão participar nas provas de atletismo, esgrima, judo, ciclismo, natação, taekwondo, ténis de mesa, tiro, tiro com armas de caça, trampo-lins e vela.

Mascotes - Os «Fuwa» são as mascotes dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Fuwa significa «Crianças de boa sorte» em manda-rim. O nome das cinco mascotes (Beibei, Jingjing, Huanhuan,

Yingying e Nini) são repetições das sílabas da frase «Be(iji-ng hua-nyíng ni» (Pequim dá-lhes as boas-vindas). Cada uma das mascotes representa um dos elementos tradicionais chineses (metal, madeira, água, fogo e terra), além das cinco cores dos anéis olímpicos (amarelo, azul, verde, vermelho e preto) e figuras e animais característicos da China.

A Tocha Olímpica dos jogos Olímpicos de «Pequim 2008», que vão realizar-se em Agosto, na China.

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Ano 2 - N° 7 - Maio 2008

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Carta Aberta aos “outros”Meus caros outros,

Sempre que me preparava para ler um senhor chamado

Sartre, Jean-Paul Sartre, melhor dito, para compreensão séria do que diria o francês, concentra-va excessivamente os neurónios globais e pedia apoio empenhado aos pulmões da fantasia. Um caso sério, este existencialista militan-te, escritor, ensaísta, esquerdista empedernido e, sobretudo, filóso-fo! Mas citar, recitar, baixinho, a frase “O inferno são os outros”, retirada da peça de teatro “Entre quatro paredes”, dava-me confor-to, reconforto, confiança, sobran-ceria, arrojo: os outros, que não eu, eram avarentos, sensuais, hi-pócritas, falsários, libertinos, mu-lherengos, falsos, perdulários...uns mafarricos, enfim.

Com o passar dos anos compre-endi, meus caros outros, que to-dos somos tudo, simultaneamen-te: inferno e paraíso, escritores e

leitores, sábios e néscios, avaren-tos e magnânimos, palestrantes e ouvintes. Todos somos tudo, quando mer-gulhamos nas personagens que lemos ou inventámos e nas fanta-sias que criámos. Todos somos tudo, ou quase tudo, quando a mesma língua nos une, em espaços geográficos de pala-vras costumeiras.Todos somos quase tudo, quando a identidade nos anuncia sabores literários já experimentados e musicalidades de dizeres apren-didos na infância. E se ainda não conseguimos imitar “o Fio das Missangas”, “por um raspão de milagre” – como disse Mia Couto, salvamos e salvamo-nos do “falecimento das letras” e da “crise mortal da literatura”.

Meus caros outros, quem fala destas coisas, da “crise mortal da literatura”, da sua ressurrei-ção permanente, da sua afirma-ção amplificante contra políticos

espertos, administradores inteli-gentes, directores comunicativos e, mesmo professores de língua, linguística e literatura, sabe, cer-tamente, o que diz: Arnaldo Sa-raiva, professor, escritor, conver-sador, cronista, ensaísta e poeta.

Arnaldo Saraiva e mais um pu-nhado de palestrantes, reunidos à volta do “Colóquio Internacional de Literatura e Filologia Portu-guesas”, realizado em Genebra, disseram o que pensavam e sen-tiam, o que sabiam e estudavam, o que esperavam e propunham. Falaram da crise da literatura, de Camões, de Raul Brandão, de Pessoa e ainda tiveram tempo para espicaçarem ideias e para fazerem perguntas: “Aprender Português, Conhecer a Literatura e Cultura Portuguesas: Porquê”?

Se alguém tiver uma resposta pronta a esta última pergunta, escreva-nos, telefone, proteste, grite, diga-nos da sua sapiência.

Leia, ainda, mais algumas per-guntas: a “Língua, além de ser um valor cultural, social e identi-tário não será, também, um valor financeiro”? Não é, a literatura, o que se escreve, publica, publicita e o que se vende? Não tem ela, para existir, de ser lida ou ouvi-da?

Responda quem souber, meus caros outros. Respondam vocês, por exemplo, com o apoio de Ar-naldo Saraiva, José Carlos Seabra Pereira – professor na Universi-dade de Coimbra e na Católica, de Barbara Spaggiari – professo-ra, membro da Academia Brasi-leira de Filologia, de Maria Rosa Adanjo Correia – professora, Leitora do Instituto de Língua e Cultura Portuguesas, de Maurizio Perugi – professor da Universida-de de Genebra, e ainda de Maria João Reynaud, - professora, en-saísta e crítica, com produção em diversas áreas.Podem, meus caros outros, acres-

centar, ainda, o Embaixador de Portugal em Berna, Dr. Eurico Pães e o Cônsul Geral de Portu-gal em Genebra, Dr. Júlio Vilela. Estes diplomatas estiveram no colóquio e deram colorido oficial a um acontecimento académico, realizado num dia de forte lem-brança política: 25, em Abril, com a presença de professores dos cursos de língua portuguesa, devidamente autorizados, para o efeito, e de um grupinho de pes-soas que, possivelmente, gostam destas coisas.

Apesar das “Metamorfoses da Escrita” e de “A crise actual da li-teratura vista por um português”, valeu a pena ter ido, ouvido e participado no Colóquio. Mes-mo sabendo que “O Inferno são os outros” a língua e a literatura podem ser um doce paraíso, feliz-mente para todos. n

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“O Inferno são os outros”Jean-Paul Sartre

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