Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes...

44
Pontes em risco páginas 5 e 11 página 14 A intervenção deve ser urgente Investimento de 4 milhões de euros Atlantic Meals inaugura novas unidades no Biscainho e Monte da Barca, Coruche Dalai Lama Dalai Lama em Portugal em Portugal Ao não receber o Dalai Lama, Governo e Presidência envergonham a Democracia e os Portugueses página 20 Página 16 As mentiras dos dirigentes comu- nistas, a propósito da reposição do busto do Maj. Alberto de Oliveira, em artigo de Miguel Mattos Chaves. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. Director: Abel Matos Santos Ano 2 Número 18 1 de Outubro de 2007 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222 Destaques Credor do meu respeito, a opinião de Domingos Xavier sobre a atitude de Santana Lopes na SIC. SUPLEMENTO NAS CENTRAIS Página 43 António José da Veiga Teixeira, faleceu um dos últimos grandes lavradores portugueses. Páginas 8, 9 e VI Arte e emoções Salgueiro quase perdeu a vida Salgueiro quase perdeu a vida Reportagem fotográfica na página 42 Entrevista exclusiva do Entrevista exclusiva do Secretário Executivo da CPLP Secretário Executivo da CPLP, embaixador Luís F embaixador Luís F onseca onseca páginas 3 e 4

Transcript of Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes...

Page 1: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

Pontes em risco

páginas 5 e 11

página 14

A intervençãodeve ser urgente

Investimento de 4 milhões de eurosAtlantic Meals inaugura novas unidadesno Biscainho e Monte da Barca, Coruche

Dalai LLamaDalai LLamaem PPortugalem PPortugalAo não receber o Dalai Lama,

Governo e Presidênciaenvergonham a Democracia

e os Portugueses

página 20

Página 16

As mentiras dos dirigentes comu-nistas, a propósito da reposição dobusto do Maj. Alberto de Oliveira,em artigo de Miguel Mattos Chaves.

Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

Director: Abel Matos Santos – Ano 2 • Número 18 • 1 de Outubro de 2007 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: € 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222

Destaques

Credor do meu respeito, a opiniãode Domingos Xavier sobre a atitudede Santana Lopes na SIC.

SUPLEMENTO NAS CENTRAIS

Página 43

António José da Veiga Teixeira,faleceu um dos últimos grandeslavradores portugueses.

Páginas 8, 9 e VI

Arte e emoçõesSalgueiro quase perdeu a vidaSalgueiro quase perdeu a vidaReportagem fotográfica na página 42

Entrevista exclusiva doEntrevista exclusiva doSecretário Executivo da CPLPSecretário Executivo da CPLP,,

embaixador Luís Fembaixador Luís Fonsecaonsecapáginas 3 e 4

Page 2: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

NO PLANO NACIONAL

Assinala-se a vitória de LuísFilipe Menezes na corrida àpresidência do Partido SocialDemocrata com uma vitóriaexpressiva o que vai certamentelevar a profundas remodelaçõesno interior do partido. MarquesMendes, com esta derrota, assi-nala o fim da sua carreira política.

De salientar a atitude do ex-primeiro-ministro Pedro Santa-na Lopes, aquando da sua entre-vista à SIC Noticias, que aban-donou o programa, por tereminterrompido a emissão para sever chegar o treinador de futebolMourinho ao aeroporto a entrarpara o carro.

Uma anedota de alinhamen-to e prioridade jornalísticas queSantana Lopes condenou aban-donando a emissão e que seaplaude, num país em que os

valores estão todos subvertidos.Recomenda-se a leitura do exce-lente artigo de Domingos Xaviersobre este acontecimento na pá-gina 43.

Destaque para a entrevistaexclusiva ao Jornal de Coruchedo Embaixador Luís Fonseca,Secretário Executivo da Comu-nidade dos Países de LínguaPortuguesa (CPLP), que nosfala da reforma ortográfica e dasactividades da CPLP no mundolusófono.

De salientar a visita do DalaiLama a Portugal (vide artigopágina 14), com a lamentávelrecusa do governo em receber olíder espiritual do Tibete, maspor seu turno preparando-separa receber na Cimeira Euro-pa-África de Lisboa o assassinoRobert Mugabe do Zimbabwe.

NO PLANO LOCAL

Pelo nosso burgo, as dese-jadas obras de intervenção erecuperação das nossas pontescontinuam a causar preocupa-ção, pelo seu inevitável encerra-

mento durante 2 ou 3 meses,para se poder proceder às inter-venções, o que desligará as duasmargens do Sorraia e isolará aspopulações.

Contudo, a autarquia emconjunto com as entidades lo-cais de protecção civil, trans-portes e empresas, delinearamum plano para minimizar eobviar as dificuldades inerentes,a que seguramente as Estradasde Portugal serão sensíveis. Vaicertamente tudo correr bem.

Também as polémicas reu-niões da Assembleia Municipal,onde pelos vistos não existe aelevação, dignidade e respeitopelos munícipes coruchensesque elegeram os senhores depu-tados municipais, que maisparece estarem interessados napolitiquice partidária do que nosreais interesses das populações eresolução dos seus problemas easpirações. Esperemos que naspróximas eleições autárquicas opovo de Coruche possa ter eescolher melhor.

Ainda nesta linha, a aproxi-mação da reunião do executivo

municipal para votar a reposiçãodo busto do ilustre coruchenseMajor Luís Alberto de Oliveira,que foi injustamente arrancadoem 1975 pelo calor revolu-cionário do Verão quente.

Apesar das tentativas do Sr.Presidente da Câmara para ten-tar levar à discussão da Assem-bleia Municipal a reposição dobusto que resulta de uma petiçãoapresentada à CMC com maisde 1300 assinaturas, o inexpli-cável acontece com a recusa sis-temática da Presidente da As-sembleia Municipal em aceitarpara discussão o tema, dizendoque é da competência exclusivado executivo camarário a deci-são.

Lamentável, quanto maisainda não havia petição entre-gue e já em Abril a mesma As-sembleia, através da CDU sepronunciava em moções semsentido contra a reposição. Ago-ra que existe uma petição ofi-cialmente entregue, “fogem como rabo à seringa”.

Referir ainda a contínuaomissão e deturpação da verda-de que a CDU de Coruche con-tinua a fazer em comunicados,desta feita acusando a Câmarade Coruche de querer discutir areposição do busto do MajorLuíz Alberto de Oliveira, comosendo a de um ministro deSalazar, em vez de dizer a ver-dade que é a reposição de umbusto de um Benfeitor deCoruche. É que contra factosnão há argumentos e a obra queele fez ainda hoje cá está e algu-ma dessa obra, as pontes, atévão entrar em obras.

É assim que se comportam,omitindo e deturpando, mas opovo não é estúpido e a estátuaserá reposta porque a verdade ea justiça tardam mas não falham

e as eleições de 2009 darão umaresposta séria à intrujice daCDU de Coruche.

Será por isso que o PS veiodizer em comunicado “por queserá que a CDU não quer dis-cutir em Assembleia a colo-cação do busto do Major LuísAlberto de Oliveira, será quenão há unanimidade, ou serádesconhecimento, arrogânciaou preconceito?”.

Fica a elucidação dos factos,na certeza que Dionísio Mendese o executivo não terão qualquerproblema em votar a reposiçãodo busto, o que para mim e amaioria dos coruchenses é PU-RA e ELEMENTAR JUSTIÇA!

Também de justiça é a refe-rência ao grande lavrador eganadero coruchense AntónioJosé da Veiga Teixeira, recente-mente falecido e de cuja vidadamos testemunho neste jornal.

De salientar ainda a vinda ànossa terra da ex-dirigentecomunista, Zita Seabra, parauma conferência aberta a todossobre o comunismo e a apresen-tação do seu livro “Foi assim”,que revela muitas verdadesocultas e fala do momento decisão e desilusão com os ideaiscomunistas que abraçou desdecedo, até Moscovo, um anoantes da queda do muro, quandorompe definitivamente com asamarras ao ideal comunista.

É assim que se vive a demo-cracia, veiculando informação,cultura e acima de tudo verdade.Saibamos discutir com elevaçãoe defender o que é nosso, parapodermos viver melhor. Acimade tudo, não somos todos coru-chenses e amamos a nossaterra?

Um abraço amigo do Abel Matos Santos

2 O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007

Fundador, Proprietário e Director: Abel Matos Santos • CP: TE 463 ([email protected])

Redacção: Av. 5 de Outubro, 357-3.º B. 1600-036 Lisboa • Rua de Salvaterra de Magos, 95. 2100-198 Coruche

Fax: 243 675 693 • Tlm: 91 300 86 58 Editor: ProCoruche – NIPC: 507700376 Registo na ERC n.º 124937

Depósito Legal: 242379/06 ISSN: 1646-4222 Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Mensal

Paginação e Grafismo: Manuel Gomes Pinto Agenda e Notícias: [email protected]

Redactor Principal: João Carlos Louro (CP 7599), Mafalda Fonseca e Edite Costa. Revisão: Carlota Alarcão (CP 6731)

Assinaturas e Publicidade: Isabel Pinto, Conceição Louro e Carlos Tadeia • ([email protected])

Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos

Impressão: Empresa do Diário do Minho, Lda, Braga. Distribuição e cobranças: Carlos Tadeia

Colaboraram neste número: Abel Matos Santos, Domingos Xavier, Euclídes Cavaco, Helena da Cruz Mouro, Hélio

Lopes, Hugo Fialho, Luís Martins, João Louro, João Barros, Joaquim Mesquita, José Caeiro, M.ª Helena Catita, Mafalda

Fonseca, Manuel Alves dos Santos, Mariazinha Alarcão Macedo, MArta Costa Almeida, Miguel Mattos Chaves, Osvaldo

Ferreira, Paulo Pereira, Pedro Orvalho, Rodrigo Taxa, Telma Caixeirinho, Vasco Mantas, Vitório Rosário Cardoso,

Cáritas, EPSM, GI-CMC, GI-GCS, GI-PSD, GI-PS, GI-PCP, GI-Verdes, NERSANT, Paróquia CCH, Rádio ONU, RVS.

Fotografias: AMS, António Francisco Teixeira, Carlota Alarcão, Hugo Fialho, João Louro, Joaquim Mesquita, Luís

Oliveira, Manuel Pinto, Telmo-CMC, Vitório Rosário Cardoso, GI-CMC, GI-GCS, Nersant, SRUCP, Teresa Rebotim

Cartoon: Pedro Nascimento Web: Henrique Lima

www.ojornaldecoruche.com

Faça a sua Assinatura: Nacional 20 euros • Resto do Mundo 30 euros

Condutas, atitudes e democracia

EE D I TD I T O R I A LO R I A L

Membro da Parceiro daPrémio SHIP

Impr

ensa

Reg

iona

l20

07

RectificaçãoNo passado número 16, o artigo “Reposição de Busto de

Benfeitor de Coruche” por lapso saiu assinado erradamente,sendo o mesmo da autoria de Abel Matos Santos,e, na capa da

última edição as fotos dos artistas são de Hélder Roque.

VENDE-SE ANDAR(Bairro Novo)

1.º andar T2 • Área de 90 m2 • WC remodeladoe 2 varandas

Dispõe de sótão e garagem independentes, com preço a acordar.

Tm. 912 524 465

77775555 000000000000,,,,00000000 EEEEuuuurrrroooossss

Page 3: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 3

O Secretário Executivo daCPLP, Embaixador Luís Fon-seca, afirma que o Acordo Orto-gráfico é uma ferramenta essen-cial para a defesa dos interessesda CPLP e dos seus Estados--membros no mundo.

Em entrevista exclusiva con-cedida ao Jornal de Coruche,Luís Fonseca adianta que aaproximação da Comunidade àSociedade Civil está a decorrera um bom ritmo e que as acçõesde cooperação intracomunitá-rias e com as organizações inter-nacionais tem-se intensificado.

O Secretário Executivo daCPLP frisou ainda que é fun-damental que a imprensa regio-nal se aproprie dos objectivos daCPLP criando uma ponte entre aOrganização e a comunidadelocal. __

JC – Começamos por falarno Acordo Ortográfico deLíngua Portuguesa. Quando éque as novas regras devemcomeçar a entrar em vigor?

LF – O Acordo Ortográficojá está em vigor na ordem jurídi-ca internacional e no quadronormativo jurídico interno doBrasil, Cabo Verde e São Tomée Príncipe. A identificação deuma data para aplicação práticado Acordo afigura-se difícil.

Antes de mais, por ser umprocesso gradual e não instan-tâneo. Para além disto, a reper-cussão das alterações constantesdo Acordo no Português escritodependem, em primeira linha,

da natural vontade dos Estadosem que seja um esforço concer-tado entre os países membros daCPLP. Tal leva ao “compasso deespera” em que nos encontra-mos, compreensível uma vezque o objectivo último do Acor-do é a harmonização e esta difi-cilmente se consegue caso avan-cem apenas alguns Estados.

Numa segunda linha, a apli-cação prática do Acordo depen-derá da capacidade (técnica,financeira e humana) de cadaEstado em reflectir a nova grafiaem todos os cenários em que

esta se manifesta(Educação, Acade-mias de Letras, Edi-tores e Indústria Li-vreira, Imprensa, In-ternet, Serviços Pú-blicos, etc.).

JC – Porque é que estareforma é necessária?

LF – A reforma é necessária.Porque o Português é língua ofi-cial em oito Estados soberanosmas tem duas ortografias, am-bas correctas, a de Portugal e ado Brasil. Existem desvantagensna manutenção desta situação ea língua será internacionalmentetanto mais importante quantomaior for o seu peso unificado.

A existência de dupla grafialimita a dinâmica do idioma e asdiferenças criam obstáculos,maiores ou menores, em todosos incontáveis planos em que aforma escrita é utilizada: seja adifusão cultural (literatura, cine-ma, teatro); a divulgação dainformação (jornais, revistas,mesmo a TV ou a Internet); asrelações comerciais (propostas

negociais, textos de contratos)etc., onde o Português escrito éutilizado. Isto, se considerarmosapenas as relações intracomu-nitárias (nos oito países daCPLP). Nas relações interna-cionais, recorde-se que existemquatro grandes línguas (Inglês,Francês, Português e Espanhol)e que o Português é a única comduas grafias oficiais.

Assim, no plano intracomu-nitário, a dupla grafia dificulta apartilha de conteúdos, no planointernacional, limita a capacida-de de afirmação do idioma, pro-vocando, por exemplo, tradu-ções quer literárias quer técnicasdiferentes para Portugal e Brasil.

JC – A recente nomeaçãode Lauro Moreira como em-baixador permanente do Bra-sil junto à CPLP é sinal ine-

quívoco da crescente impor-tância que o Governo de Bra-sília dedica ao seu desempen-ho junto da Comunidade?

LF – Acho que sim. Paraalém das declarações que têmsido reiteradas pelos dirigentesdos nossos países, há uma von-tade de prestigiar a organização,de lhe garantir os meios paracada vez mais integrar a CPLPnas políticas dos Estados. Oexemplo a que se refere é signi-ficativo.

Pela primeira vez vamos teraqui em Lisboa uma missãodestacada de um país junto daSecretariado Executivo. A Gui-né-Bissau e Portugal também jáanunciaram que vão proceder àacreditação de um embaixadorjunto à CPLP. Isto significa aelevação do estatuto da própriaCPLP enquanto organizaçãointernacional. Obviamente queisso irá levar a que os outrospaíses formalizem aquilo que jáexiste na prática, que é a desig-nação dos seus representantesjunto do Secretariado.

Até agora isso tem sidoassumido de forma automática.Quer dizer, que os embaixado-res de Angola ou de Moçam-bique em Lisboa são automati-camente representantes junto àCPLP e assim continuará a ser,provavelmente, com a maiorparte dos países.

JC – Como responde àscríticas frequentes de que aCPLP pouco faz? Ou, poucofez em onze anos de existên-cia?

LF – Acho absolutamentenormal que as pessoas se sintaminsatisfeitas. Eu sou uma delas.Todos devemos estar insatis-feitos, porque gostaríamos quese fizesse mais e melhor e que

“A reforma Ortográfica não éuma ameaça”

Entrevista exclusiva do Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa,Embaixador Luís Fonseca, faz balanço de 11 Anos de CPLP

GG R A N D ER A N D E EE N T R E V I SN T R E V I S TT AA

Farmácia S. JoséDir. Técnica – Maria Helena A.L. Barata Batista

Rua Júlio Diniz, n.º 3 B – LAMAROSA2100-405 Coruche

Tel. 243 724 062 • Fax: 243 724 297

> continua na página seguinte

Page 4: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

os resultados fossem mais pal-páveis. Mas muitas vezes ascríticas que surgem são resulta-do das expectativas daquilo quedesejariam que fosse a CPLP.

Quando chegamos à conclu-são de que a CPLP não funcionaporque não dá resposta às nos-sas expectativas, muitas vezespessoais, há sempre uma frus-tração muito grande. Essasexpectativas, por vezes dema-siado elevadas, foram, inclu-sive, despertadas pela própriamaneira de apresentar a Organi-zação. É possível que o erroesteja um pouco do nosso lado.Devemo-nos ater aos objectivosque são fixados pela nossa pró-pria Organização.

A Declaração Constitutivada CPLP contém objectivos bas-tante amplos, mas obviamentepara serem conseguidos emcinco, dez, ou quinze anos. Sãoobjectivos no longo prazo.

Os estatutos reúnem essesobjectivos em três áreas funda-mentais: a coordenação políti-co-diplomática, a cooperação ea promoção da língua portugue-sa. Se formos desapaixonadosverificamos que a CPLP fezmuito. De 1996 a 2007 houveacontecimentos e iniciativas quenão teriam existido sem a CPLP.

JC – Pode dar algunsexemplos?

LF – No âmbito da concer-tação político-diplomática, to-dos reconhecem o papel que aComunidade teve no processode Timor-Leste (referendo paraa independência em 1999). Éinquestionável a solidariedadeque se criou e acabou por serpotenciada junto das Nações

Unidas com influência signi-ficativa na restauração dos dire-itos do povo timorense. São ospróprios timorenses que o reco-nhecem. E por pouco que setenha feito na Guiné-Bissau(situação vivida entre o golpe deEstado de Outubro de 2004 e aseleições de Junho de 2005), nãoé de ignorar os esforços notáveisda CPLP em ajudar os guine-enses a reencontrar a normali-dade do funcionamento das ins-tituições.

No âmbito das relações comas Nações Unidas, onde a CPLPtem o estatuto de Observador,temos vindo a participar na As-sembleia-Geral anual que esteano decorre em Setembro.

À margem desta AG, vairealizar-se a terceira reunião doGrupo Internacional de Con-tacto para a Guiné-Bissau – queenbloba, para além da CPLP,representantes de Angola, Bra-sil, Cabo Verde, Espanha, Fran-ça, Gana, Níger, Portugal, Sene-gal, da Comunidade Económicados Estados da África Ocidental(CEDEAO), das Nações Uni-das, do Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento(PNUD) e da União Económicae Monetária da África Ocidental(UEMOA) – que pretende obterapoios para a regularização dasituação neste país.

Sublinho que, em qualquercaso, a CPLP só pode agir den-tro dos limites do direito inter-nacional e com base naquilo quea sua própria constituição eestatutos permitem. E não podeultrapassar as competências dospróprios Estados-membros quea compõem.

JC – Mas há o espaçopróprio de intervenção dosEstados-membros…

LF – Claro. No plano dacooperação, a maior parte dasacções desenvolvidas por Por-tugal vai para os outros paísesda CPLP. A maior parte dacooperação técnica que o Brasilrealiza para países terceiros vaipara os países da CPLP.

Acho que isso é demons-tração clara de que, afinal, aCPLP não ficou no papel. Poroutro lado, vemos que, em mé-dia, por ano, há mais de 25

ocasiões em que os dirigentesdos nossos países se encontram,a vários níveis, para coordenaras suas políticas e partilhar boaspráticas.

JC – Há já uma coorde-nação em matéria de politicasrelacionadas com a Cidadaniae Circulação?

LF – Sobretudo, a Circula-ção tem avançado a passos lar-gos. Mas, o grande problema éque muitas vezes, talvez por

desconhecimento, as pes-soas atribuem à CPLPobjectivos que não estãono âmbito do seu esta-tuto. Por exemplo: a cria-ção do passaporte daCPLP. Nunca se falounisto. O que os governosestão a fazer é facilitar acirculação de cidadãos en-tre os respectivos países,nomeadamente, quandose trata de doentes, des-portistas, estudantes, em-presários, intelectuais,tendo criado um corredorde entrada dos cidadãosda CPLP nos respectivosaeroportos.

Estamos a caminharao ritmo que é permitidopelo próprio estado dedesenvolvimento dos nos-sos países. Somos oitoEstados, mas seis estãoclassificados como paí-ses menos avançados.

JC – O cumprimen-to dos Objectivos deDesenvolvimento doMilénio podem con-tribuir para o avançodesses países?

LF – Alguns objec-tivos acabam por mere-cer mais atenção – a lutacontra a pobreza, a esco-larização universal, aigualdade de género, par-ticularmente no que res-peita à inclusão das ra-parigas nos ensinos pri-mário e secundário, ocombate às grandes pan-demias e a alteração dasituação de mortalidadeinfantil, que, nalgunspaíses da CPLP, é extre-mamente elevada.

Também se pretendeque a sociedade civil e a inicia-tiva privada possam dar umacontribuição importante para arealização desses objectivos.

A CPLP vai organizar, já emNovembro próximo, um semi-nário subordinado ao tema daaplicação dos Objectivos doMilénio nos seus Estados-mem-bros numa parceria com Insti-tuto de Investigação CientíficaTropical, presidido pelo profes-sor Jorge Braga de Macedo.

JC – De que forma pode aSociedade Civil contribuirpara a consolidação dos objec-tivos da CPLP?

LF – A vontade de aberturaao mundo e de aproximaçãoentre os povos manifestada nafundação da CPLP tem-se con-firmado ao longo dos últimosdez anos, embora sem a rapideze o dinamismo desejado. Combase nesta ideia, foi criado em2005 a figura do ObservadorConsultivo. Na Conferência deBissau foram aceites comoObservadores Consultivos 18organizações da sociedade civil.

No próximo Conselho deMinistros, previsto para No-vembro, serão admitidas aindamais de duas dezenas de organi-zações da Sociedade Civil, entreas quais Fundações, Universi-dades, Organizações Não Go-vernamentais para a coopera-ção, entre outras.

JC – Importância da im-prensa regional no estreitar delaços da sociedade civil daCPLP e desenvolvimento doconceito Lusofonia?

LF – A imprensa regional,sendo um órgão informativomais localizado e próximo dosinteresses e do quotidiano dascomunidades locais poderá serum catalizador de informaçãomais específico e especializadoque poderá, sem dúvida, captarboa atenção e transmitir maiseficazmente a mensagem aosseus leitores.

Neste prisma, a imprensaregional é importante no estre-itar de laços entre as sociedadescivis dos Países de LínguaPortuguesa, bem como é um im-portante instrumento de difusãoda Língua e Cultura lusófonas.

Como a CPLP integra não sópopulações que falam portuguêsou crioulos de português, mastambém as que não partilham dacultura lusófona, para uma maiscabal exposição e conhecimentodos Povos dos Países de LínguaPortuguesa, também se deve dara conhecer esta faceta para ummaior enriquecimento culturalcomum.

____Entrevista de

Helena da Cruz Mouro

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 20074

Especialista CITROËNVendas e Assistência Técnica

Rua do Couço, 25 • 2100-169 Coruche

Tel. e Fax 243 679 447R. Marques da Silva, 41/A • 1170-222 LisboaTelef. 218 110 770 • Fax. 218 127 820

www.guianet.pt/mfg • E-mail: [email protected]

M. FERNANDES & GOMES, LDA.M. FERNANDES & GOMES, LDA.Encadernaçãopor lombada plásticae arame

Plastificaçãoatravés debolsas de

plástico ourolos até

1650mm.

junto aoCentro de Saúde

em Coruche

ARRENDAM-SEARRECADAÇÕES

CCoonnttaaccttoo960 235 864

GG R A N D ER A N D E EE N T R E V I SN T R E V I S TT AA

“A reforma Ortográfica não é uma ameaça”(continuação da página anterior)

Page 5: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 5

A intervenção que se avizi-nha nas pontes sobre o vale doSorraia tem suscitado umamplo debate entre as forçasvivas do concelho de Coruche.

O assunto foi tema central dareunião do Conselho Municipalde Segurança e foi levado a dis-cussão à Assembleia Municipal.

Os incómodos que as obrasvão causar e as possíveis solu-ções para atenuar esses transtor-nos foram debatidos exaustiva-mente pelos dois órgãos locais.Do debate resultaram algumasconclusões que a autarquia jáapresentou às Estradas de Portu-gal (EP):

O Município de Corucheconsidera imperativo que se-

jam garantidas as seguintescondições:

1 – Criação de uma alternati-va válida que garanta a conti-nuidade de ligação entre as duasmargens do rio;

2 – Que as obras de inter-venção nas pontes decorram deforma contínua e acelerada;

3 – Que a intervenção naponte metálica General TeófiloTrindade decorra em fase dife-renciada da intervenção daspontes metálicas do tijolo e dopau, minimizando os custosdirectos e indirectos que a inter-venção tem sobre os utentes.

4 – A calendarização deveráser acertada com a Câmara Mu-nicipal de Coruche.

O Município de Corucheconsidera alternativas válidasde ligação entre as duas mar-gens as seguintes opções:

1 – Ligação da Estrada deMeias à EN 119 (Estrada daErra) através de ponte militarlocalizada a montante da ponteGeneral Teófilo Trindade segun-do local marcado no terrenopela Associação de Regantes;

2 – Existência de trânsitoalternado nas pontes durante odecurso das obras, funcionandoum sentido de cada vez apoiadona instalação de sinalizaçãosemafórica.

Este conjunto de propostas ereivindicações, juntamente comoutros dados e informações con-cretas sobre a realidade social eeconómica do concelho, já fo-ram entregues à EP.

O Município de Coruche

aguarda pelo agendamento deuma reunião com a EP, paraficar a saber qual o feedback daspropostas apresentadas.

Entretanto está já garantidoque o arranque das obras não vaiacontecer durante o mês de Ou-tubro.

A câmara de Coruche haviasolicitado o atraso no início dostrabalhos, de modo a não preju-dicar as campanhas agrícolasainda a decorrer e também como propósito de ganhar algumtempo para se estudarem todasas soluções de minimização dostranstornos.

Mais uma vez fica demons-trada a urgência da efectivaçãodo IC10, a urgência da variantea Coruche e claro uma novatravessia do vale do Sorraia.

____GI–CMC

Rua 5 de Outubro (edifício Mercado Municipal)

2100 Coruche

Telef.: 243 618 [email protected]

A TascaA TascaRestaurante –– CCervejaria –– MMarisqueira

ESPECIALIDADESCozinha Tradicional • Carnes Nacionais •

Peixes Frescos • Doces Regionais •Mariscos Frescos

OURIVESARIA E RELOJOARIAAmândio Cecílio & C.a Lda.Agente das conceituadas marcas de Relógios

OMEGA * TISSOT * ORIENT * CASIOSWATC * TIMEX E OUTRAS

Vendemos Valores SeladosExecutamos consertos

Telef.: 243 675 817Rua de Santarém – 2100-225 Coruche

Possuímos máquinas de gravar alianças echapas para automóveis e motorizadasTaças para desporto * Serviço em Prata

* Lembranças para Bebé

Serviços de Informática,Unipessoal, Lda.

Apartado 782104-909 Coruche

Assistência técnica:Estrada da Lamarosa

(frente ao centro de saúde)

Tel. 93 610 11 69E-mail: [email protected]

Computadores•Software

Soluções e propostaspara o encerramento das Pontes

Locais • Notícias Locais • Notícias Locais • Notícias Locais • Notícias Locais • Notícias Locais • Notícias

Pontes de Coruche vistas da vila, com a ponte General Teófilo da Trindade ainda “inteira”

Page 6: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 20076

Telma Leal Caixeirinho *

ACTUALIDADE

O mês de Setembro ficoumarcado por uma série de acon-tecimentos, no mínimo, polémi-cos e que levaram o nome dePortugal e os portugueses às“bocas do mundo”. Comecemosentão pelo caso MadeleineMcCann.

Após uma fase de aparenteacalmia, o caso da menina in-glesa que está desaparecidadesde Maio voltou a ser assuntode destaque na comunicaçãosocial e na opinião pública. Ospais da pequena Maddie foramconstituídos arguidos e, entre-tanto, regressaram à terra natalcom os gémeos Sean e Amélie.Entre fugas de informação e,mais do que tudo, muita especu-lação, o circo está armado (eestá para durar) em torno destecaso.

Durante todo este tempo jáse elaboraram milhares de teo-rias, muitas delas hilariantes,acerca do caso. Certo é que pou-co ou nada mais se sabe a nãoser de que a criança está desa-parecida e que, neste momento,existem 3 arguidos (o casal eRobert Murat). Este caso, já sesabe, tem suscitado interesse detodo o mundo (muito se deve aotrabalho de divulgação desen-volvido pelos pais da menina),não só dos órgãos de informa-ção “sérios” como da imprensadita “cor-de-rosa” não só na Eu-ropa como no resto do mundo.A investigação continua e, aoque tudo indica, vai demorar atése chegar a uma conclusão acer-

ca do paradeiro desta criança.Até lá, a comunicação socialinglesa e alguns ingleses vãotentando, a todo o custo, passarum atestado de incompetênciaàs autoridades portuguesas. Aomesmo tempo que, e devido àsinformações quase nulas, se vãocriando histórias dentro daprópria história.

Já o caso de Maddie tinha“assentado arraiais” em Ingla-terra quando, no jogo de qualifi-cação para o europeu de 2008entre Portugal e a Sérvia, o mis-ter Scolari se viu envolvido numcaso que, naquele instante, se

tornou num assunto de Estado.Houve uma acção ou reacção doseleccionador nacional paracom o jogador sérvio Draguti-novic? Seja qual for a resposta aesta questão, a verdade é o pro-fissionalismo e a carreira destesenhor foi logo colocada emcausa.

Um exemplo, a que já esta-mos habituados, de como é tãofácil passar de bestial a besta.Não são raras as vezes em queas pessoas, ao mínimo erro ouincidente, julgam os outros,esquecendo tudo de bom que sefez. Jamais esquecerei as ima-

gens de um país unido em tornode uma equipa, em torno de umacausa: levar o nome de Portugalao mais alto nível. Tantas e tan-tas alegrias graças ao trabalhodeste senhor que, depois dosucedido, julgam já não serassim tão bom. Isto não signifi-ca que aquela (re)acção não sejareprovável mas para julgar estáa UEFA, que decidiu aplicar 4jogos de suspensão e 12 mileuros de multa, enquanto que ojogador sérvio apanhou apenas2 jogos de suspensão.

Entretanto, e não menos po-lémica, a entrada em vigor(desde o dia 15 de Setembro) donovo código do processo penaltem gerado uma enorme contes-tação não só por parte dos váriospartidos políticos como dossindicatos ligados à justiça. Onovo código penal dita o fim daprisão preventiva para casos emque o crime não ascende aoscinco anos de pena (anterior-mente eram três anos). Não seprevê, a curto prazo, que se che-gue a um consenso acerca destadecisão nem tampouco se é umadecisão acertada.

Finalmente, qual “cereja notopo do bolo”, a saída do “thespecial one” José Mourinho doclube inglês Chelsea. Há quemafirme que esta era uma saídaum tanto ou quanto previsíveldado que a relação entre o trei-nador e o dono do clube, o mul-timilionário russo Abramovicnão era a melhor e que teria, nosúltimos tempos, piorado aoponto de ruptura. Resultado: foium tremendo choque para osadeptos ingleses que não perde-ram tempo na organização demanifestações de apoio ao técni-co e insurgindo-se contra osresponsáveis do clube. Até oprimeiro-ministro inglês Gor-don Brown se pronunciou sobreo assunto.

Cá em Portugal não se falade outra coisa pois, não é todosos dias que se tem o melhortreinador do mundo no desem-

prego e multimilionário. Efecti-vamente, este luxo só mesmopara quem é muito especial eúnico, em que a aparente arro-gância mais não é do que purorealismo. Ele é mesmo especial!

No meio de tantas polémicase de tanta agitação ainda houveum tempinho de antena para osnossos “Lobos”, a selecção na-cional de Rugby. Pela primeiravez numa fase final de um mun-dial da modalidade, os Lobos

conseguiram um feito histórico:foram a primeira equipa amado-ra a participar numa fase finaldum campeonato do mundo e,talvez ainda mais importante eespecial, divulgaram a modali-dade e fizeram com que os por-tugueses se interessassem pelorugby e pela equipa. Estes se-nhores deram-nos uma grandelição para a vida: QUERER ÉPODER!

Eles quiseram e consegui-ram. Cada derrota teve sabor avitória. Eles são uns verdadeirosVENCEDORES! Parabéns!

E, finalmente, Setembrochega ao fim. Um Setembrocheio de acontecimentos, cheiode polémicas, um Setembro demuita agitação.

____* Licenciada em Sociologia

Setembro agitado

Todo o dia… todos os dias consigo

www.radiosorraia.com

ASSINEO JORNAL

DE CORUCHECONTACTE-NOS

[email protected]

Tlm: 91 300 86 58

Pub.

Mediase Seguros

Rua dos Bombeiros Municipais • 2100-178 CORUCHE

Gerência: Elias Mendes

Tel. 243 660 311 • Fax 243 619 605

[email protected]

Page 7: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 7

A Câmara Municipal deCoruche entre os dias 17 e 22 deSetembro emprestou bicicletasgratuitamente aos munícipesque se deslocassem à praça deágua, no Parque do Sorraia, eoptassem pelo pedalar em detri-mento do carro.

A iniciativa foi temporária,mas segundo o vereador Fran-cisco Oliveira poderá tornar-sepermanente caso tenha sucesso.

Para além das bicicletas aautarquia de Coruche preparououtras iniciativas para assinalara Semana Europeia da Mobili-dade. Dada a multiplicidade detemas que podem ser abordadosem concordância com os objec-

tivos do Dia Europeu Sem Car-ros, organizaram-se actividadesem duas vertentes de sensibi-lização primordiais: para o am-biente e para a mobilidade esegurança rodoviária.

A carteira de actividadesincluiu um passeio de bicicletaintitulado “Roteiro de Coruche”,ateliers de animação infantilbaseados na reciclagem de ma-teriais, animação desportiva emespaços públicos, troca de resí-duos recicláveis por brindes,demonstração e experimentaçãode veículos eléctricos, projec-ção do filme sobre alteraçõesclimáticas “Uma Verdade In-conveniente” de Al Gore.

Jaime Silva, o ministro daAgricultura, disse que com a

negociação da quota de reduçãode açúcar feita pelo Governoportuguês, os agricultores “nãotêm razões de queixa”.

O ministro salientou as ver-bas de ajudas ao abandono daprodução até 2013, de cerca de6,4 milhões de euros, e, assina-lou o facto de Portugal ter con-seguido garantir a continuaçãoda laboração da fábrica de açú-car DAI em Coruche.

Por outro lado, disse que afábrica está “segura e para con-tinuar” pois está orientada paravir a produzir biocombustíveis eque os agricultores não perde-ram dinheiro pois optaram pela

produção do milho que está comos preços elevados.

Por seu lado o presidente daAssociação Nacional de Produ-tores de Beterraba, ManuelCampilho de Alpiarça, disse que“a campanha deste ano já che-gou às 90 mil toneladas”, baten-do recordes de produção.

Campilho acusa o Governode não ter sabido renegociar areforma do sector e a quota por-tuguesa ter sido diminuída, e,que se deveria apostar no bio-etanol.

Coruchetroca carrospor bicicletas

Dai está segurae para continuar

Bairro da Areia, 122 – 2100-018 Coruche

Tel. 243 617 552

Grandes Salõesde Exposição

MÓVEIS SORRAIA

Locais • Notícias Locais • Notícias Locais

A vontade de mobilizar os jovens cidadãospara uma reflexão criativa sobre o futuro dascidades portuguesas levou a Universidade deAveiro a organizar o concurso “Cidades cria-tivas, reflexão sobre o futuro das cidades por-tuguesas”.

Esta iniciativa, de carácter nacional, dirige-se aos alunos do 12.º ano, no âmbito da disci-plina de área de projecto, propondo-se queestes se organizem em equipas (no máximo decinco elementos) com o objectivo de produzirum estudo (“programa para uma cidadecriativa”) que contenha uma reflexão sobre acidade onde vivem e/ou estudam, onde seidentifique o seu potencial urbano, cultural etecnológico e se procure apresentar propostasinovadoras e criativas para a sua qualificaçãoe valorização.

O estudo a produzir neste concurso deveprocurar basear-se na análise e observação decampo, na análise crítica de documentos jáproduzidos para a cidade/vila (e que o municí-pio disponha e facilite o acesso), na elaboraçãode inquéritos a instituições relevantes, na ela-boração de entrevistas aos principais actoresculturais, sociais, económicos e políticos e,finalmente, na pesquisa na internet sobre boaspráticas.

As inscrições para o concurso são gratui-tas, começam no início das aulas e encerram ameados de Outubro.

Mais informações em

http://www.ua.pt/csjp/cidadescriativashttp://cidadescriativas.blogs.sapo.pt.

Concurso Nacional de Ideias“Cidades criativas,

reflexão sobre o futuro das cidades portuguesas”

Dirigido aos alunos do 12.º ano da área de projecto

Page 8: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 20078

A VidaFaleceu no passado dia 13 de

Setembro o distinto coruchenseAntónio José da Veiga Teixeira,nascido na capital do Sorraia noano de 1926. Filho de lavrador,cedo se apegou à terra e a cul-tivou criando riqueza para aregião e emprego para o povo.

Aficionado à festa brava,desde tenra idade participavaem todas as tarefas ligadas à cri-ação de gado bravo, desde asferras e tentas até às já caídasem desuso “enchocalhação” e“amansia” dos toiros para acharrua.

Tornou-se uma das grandes“varas” do Ribatejo do seu tem-po, marcando presença em to-das as picarias da nossa região.

Simultaneamente, destacou--se como cernelheiro no Grupode Forcados Amadores de San-tarém, sendo considerado, pelacrítica da época, o sucessor deRicardo Rodhes Sérgio, e aindahoje um dos três ou quatro me-lhores cernelheiros que o Grupode Santarém teve ao longo dasua já quase centenária história.

Foi também um apaixonadopela equitação de exterior, mon-tando a cavalo com regularidadeaté depois dos 70 anos, tendoparticipado nas duas provas“míticas” de resistência equestre– os raids Lisboa-Madrid eMadrid-Lisboa, realizados emfinais dos anos 50.

Perto dos anos 60, conven-ceu o seu pai, António FelicianoBranco Teixeira, a comprar umaganadaria de casta espanhola,tendo adquirido vacas de ori-gem Pinto Barreiros e Durão.Em 1968 adquiriu a ganadariados irmãos Fialho de Barrancos,com um ferro da Union de Cria-dores de Toiros de Lide, parapoder lidar em Espanha, gana-deria essa que manteve até à suamorte.

Sempre pronto a auxiliar osjovens valores que se iniciavamna arte de tourear, facilitavasempre as idas aos seus tenta-deros na Herdade do Pedrógão,assim como era incapaz de dizerque não aos inúmeros pedidosque anualmente lhe faziam paraos mais diversos espectáculosbeneficentes ou de incentivo àfesta de toiros, em garraiadas deestudantes, largadas de vacas eoutros eventos.

Desde muito novo, e até aofim da sua vida, viveu sempre

profundamente ligado à terra e atodos os trabalhos com ela rela-cionados. À medida que os anospassavam foi-se dedicando àvida associativa, exercendo osmais diversos cargos em inúme-

ras instituições, sempre comuma constante: não serem luga-res remunerados.

António José da Veiga Tei-xeira era um homem dotado deum elevado sentido social, ten-

do sido durante grande parte dasua vida membro da Direcçãoou Provedor da Santa Casa daMisericórdia de Coruche, daIrmandade de Nossa Senhora doCastelo, possibilitando também

a criação do Centro Social deLavre e oferecido a respectivacasa ao Rev. Padre Flausino.

Mas a sua grande paixão,sempre presente, era a agricul-tura, tendo adaptado ao regadio

António José da Veiga TeixeiraFaleceu um dos últimos grandes lavradores portugueses

TESTEMUNHO

António José Teixeira a cavalo em 1951 António José Teixeira em 1955

Page 9: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 9

mais de mil hectares, em herda-des suas ou arrendadas, constru-indo dezenas de açudes e barra-gens.

Teve sempre um espíritoaberto às inovações tecnológi-cas que foram surgindo ao longoda sua vida, e que rapidamenteprocurava adaptar às condiçõesreais das terras que cultivava.

Foi um dos principais entusi-astas da Obra de Rega do Valedo Sorraia, a qual veio revolu-cionar a agricultura em Coruchenos anos 60, bem como daextinta Cooperativa do Vale do

Sorraia, unidade agro-industrialque tanta falta faz a esta região.

O HomemPossuidor de um carácter de

elevado sentido social, avesso aprotagonismos, procurava tra-balhar em grupo e para o bem detodos, sem se evidenciar e sen-do-lhe indiferente quem colhiaos louros dos projectos em quese envolvia.

Sempre com enorme facili-dade de se relacionar com toda agente de qualquer nível social e

idade, foi fazendo com quetivesse amigos em todas asfaixas etárias, nos mais diversossectores da nossa sociedade.

Profundamente religioso,com uma fé inabalável e semostentação, dispunha sempre deuma postura de empatia e dispo-nibilidade para ouvir e aconse-lhar quem se lhe dirigia.

As suas palavras, para quemlhe pedia um favor, eram sem-pre “já sabes que só se nãopuder”, ajudando até descon-hecidos ou jovens que mal con-hecia, tendo alguns deles ficadotão gratos que ainda hoje orecordam.

Foi um apaixonado pela suaterra, Coruche, e pela sua re-gião, acérrimo defensor das tra-dições regionais, representavatudo aquilo que a esquerda radi-cal não podia suportar, pois asua vida contrariava todos oschavões que defendiam.

Extremamente trabalhador,saindo de casa de madrugada evoltando depois do sol postodurante a maioria dos dias dasua vida, trabalhou e interessou--se pela lavoura até à altura emque, já bem perto do fim, adoença o impediu de continuarcom o mesmo ritmo, nuncaambicionando como fim de vidao lazer.

O DesgostoFoi perseguido pelos exces-

sos do 25 de Abril, unicamentepor ser membro de uma classeentão odiada, pois em nada osrevolucionários lhe podiam apon-tar o dedo. Sentiu-se profunda-mente injustiçado!

Teve de suportar o maiordesgosto que um homem podeviver. O de ver assassinar o seufilho Francisco à facada, umjovem de 18 anos de idade,numa manifestação a favor daliberdade nos campos, da qualele próprio só por milagreescapou com vida, pois também

ele fora gravemente ferido peloassassino do seu filho.

Homem extremamente dinâ-mico, viu-se despojado da quasetotalidade das suas terras pelasocupações selvagens da reformaagrária de 1975. Dizia, com or-gulho, que dois anos depois ecom a ajuda dos seus emprega-dos que sempre mantivera a seulado, já tinha de novo umaexploração agrícola, desta vezem terras de outros mas quasecom a dimensão da que lhe ti-nham roubado.

Procurou sempre valorizar etirar o melhor rendimento dasterras que explorava, dando em-

prego e promovendo o progres-so daqueles que com ele traba-lhavam.

O Jornal de Coruche e o seudirector associam-se à perdacolectiva da nossa terra, de umapersonalidade impar na nossacontemporaneidade, que apesardo que sofreu, das injustiças edas perseguições bárbaras eassassinas do 25 de Abril, soubeperdoar e continuar a ajudar asua terra a as suas gentes.

Merece a nossa homenageme o nosso reconhecimento! Espe-remos que a edilidade o saibafazer publicamente.

Abel Matos Santos

António José Teixeira à cernelha em 1951 com Jorge Duque a rabejar

António José Teixeira com o bandarilheiro Ludovino Bacatum

Page 10: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200710

A sociedade da informaçãocomo apelidamos a fase da civi-lização em que vivemos, tor-nou-se cada vez mais na “socie-dade da opinião”.

O debate e intervenção cívi-ca favorecendo ou contrariandoaspectos diversos do país e domundo, constituem um dos ali-cerces da democracia e do espí-rito de serviço a bem da comu-nidade e da própria nação. Semintervenção dos cidadãos e dasditas elites culturais é impos-sível garantir a eficiente gestão efiscalização do Estado e regu-lação da sociedade através deleis justas e adequadas.

No entanto, e aqui reside agrande dificuldade, a “opinião”apenas é construtiva quando ba-seada em factos e numa reflexãoprofunda sobre o que é comen-tado, tantas vezes com veemên-cia e intolerância significativapor parte dos partidários dedeterminada ideia.

A ciência parecia apoiar odesenvolvimento desta socieda-de da informação (quase utópicana verdade), promessa de umprogresso eterno e baseado nosvalores das luzes, do conheci-mento. Porém, e como todas asutopias, a ciência que pareciaesclarecer o mundo foi a mesmaque o mergulhou numa situaçãodeveras perigosa de manipu-lação política e económica dedados parciais e frequentementedescontextualizados apesar deretirados de fontes técnicas,como já havia sido antes feito nahistória para justificar até asuperioridade de determinadospovos, partindo de elementostambém na altura consideradoscientíficos.

Recentemente no nosso paísum incidente com um campo demilho transgénico, que pode serconsiderado uma versão ‘bran-da’ de ecoterrorismo se é que adestruição de propriedade podeser considerada um acto brando,levantou a necessidade de deba-ter a questão.

Como é claro e já vai sendohabitual os transgénicos foramentão abordados na comuni-cação social por todos, e todosse achavam capazes de encon-trar os benefícios e os perigosdos organismos geneticamentemodificados com absoluta cer-teza mesmo apesar de nem a

ciência o ter feito ainda emgrande medida. Tal como acon-teceu com a temática das alte-rações climáticas, organizaçõesecológicas extremistas, muitasvezes ao serviço de interessespolíticos levaram a que no pas-sado as suas acções não moti-vassem a população, empresas egovernos a simpatizar e perfi-lhar esta causa até muito recen-temente, em que, e novamenteinteresses políticos e económi-cos deram um novo fôlego (emarketing cuidado!) ao aqueci-mento global que, cientifica-mente, é ainda sensível e umtema pouco dado a paixões.

A nível nacional também omesmo aconteceu com a conhe-cida polémica do novo aeropor-to de Lisboa em que qualquerum pôde conseguir algumaatenção dos media ao emitir pa-receres, com um aspecto técnicomas que se limitavam frequen-temente à súmula de dadosouvidos e repetidos vezes e ve-zes sem conta, com as deturpa-ções que esse processo origina.

É dramática a contradiçãooriginada pela primazia da ciên-cia e da técnica quando, simul-taneamente os “opinion makers”desprovidos das habilitaçõesnecessárias mas que tanta in-fluência têm na população, nãodeixam o espaço necessário aosque podem de forma clara escla-recer e ajudar no processo dedecisão, que em última análiseacaba por ser político e até ideo-lógico dependendo assim doshumores e crenças da populaçãoe seus representantes.

Na verdade o que são ostransgénicos, quais os benefí-cios e perigos?

Estas são as perguntas que sedeveriam colocar e a resposta,apesar de complexa, poderiaauxiliar a população a formar asua opinião com base em dadose não em propaganda.

Os organismos geneticamen-te modificados e vamos abordaressencialmente e por falta de es-paço os vegetais, caracterizam--se por possuirem no seu ADN(o código que nos faz únicos edefine quem somos, sendo uti-lizado por exemplo na investi-gação criminal para identifi-cação de vitimas e de vestígios,como no tão badalado “CasoMaddie”) elementos genéticosde outros organismos transferi-dos deliberadamente com recur-so a tecnologia. Desta forma eatravés do código que antes nãopossuíam, adquirem proprie-dades novas que lhes dão umaqualquer vantagem aumentandoassim a sua chance de sobrevi-vência e benefícios para o Ho-mem em relação a um outroorganismo da mesma espéciemas não modificado.

Existem várias formas nomercado de transgénicos desdeos anos 90, com diferentesobjectivos e características. Emconcreto o milho, o trigo e a sojapor exemplo têm vindo a serprivilegiados na manipulaçãonomeadamente por forma aintroduzir a capacidade de pro-duzirem uma toxina (a proteínaCryIA(b)) existindo tambémoutras variantes Bt) que operacomo insecticida ao actuar aonível das células do sistemadigestivo de lepidopteros elevando ao seu rebentamento econsequente morte do animalsendo obtida de uma bactéria

denominada Bacillus thurin-giensis (Bt) que a produz nor-malmente tendo-a codificada noseu património genético que étransferido. Aos insectos nadaacontece ao consumirem o mi-lho normal, no entanto ao con-sumirem o milho transgénicomorrem. O Bacillus thuringien-sis já é utilizado como insectici-da há já quase 50 anos, mas coma diferença de ser aplicadocomo spray com menor eficá-cia. No caso dos transgénicos, atoxina é produzida ao longo detodo o ciclo de vida da planta, eem todos os seus tecidos,incluindo durante a senescênciadas folhas tal como é referidopor vários autores.

Entre os benefícios encon-tramos uma maior resistência adeterminadas pragas, o aumentoda produção, redução de custose até a diminuição do número deenvenenamentos decorrentes damanipulação de insecticidas.

Se os benefícios são assimtão óbvios, especialmente nummomento em que os medos e até

a concretização em vários paísesde uma subida dos custos dotrigo e milho pelo aumento daprocura para produção de bio-combustível, os perigos tambémexistem.

A transferência de genespara variedades selvagens, forado controlo humano, adaptaçãodos insectos com desenvolvi-mento de resistência aos insecti-cidas e alterações no ecossiste-ma agrícola são apenas alguns,excluindo os próprios aspectoséticos da manipulação de seresvivos. Conhecem-se já efeitosem organismos que não são osalvos das toxinas produzidasmas que apresentam semel-hanças com os que se preten-dem eliminar e na verdademuito está ainda por fazer nestedomínio.

Os próprios organismos de-compositores no solo são afec-tados mas, e até agora, nãoforam detectados efeitos direc-tos sobre mamíferos, apesar dosreceios de alergias ou reacçõesinesperadas ao consumo deplantas modificadas, incluindopor gado.

Não nos cabe emitir um ve-redicto sobre o valor dos trans-génicos, mas parece-nos impor-tante alertar para a importânciado debate, mas um debate sérioe baseado em elementos sólidose validados, respeitador e emque sobretudo não haja margempara apoiar ou justificar a vio-lação da lei e da propriedadeprivada como forma de pressão.

A genética é ainda uma ciên-cia jovem. O próprio modeloque temos para o ADN foi ape-nas encontrado em 1953 porJames Watson. Nestes cerca de50 anos passámos de uma quasetotal ignorância sobre a estrutu-ra deste ácido à sua manipulaçãopara modificar os próprios ele-mentos constitutivos da vida deuma forma nunca antes possível.

Os riscos existem, são bemreais e ultrapassam larga-mente a questão da saúde ali-mentar e biodiversidade.

Não podemos esquecer queo poder da genética pode ser uti-lizado para o bem, beneficiandoa humanidade e abrindo portascom potenciais incríveis, oupara o mal possibilitando atroci-dades como apenas o Homemtambém consegue conceber.

* Biólogo

CIÊNCIAS DA VIDA

Dr. Vasco Manuel Mantas *Transgénicos

Os riscos existem, são bem reais e ultrapassam largamente a questão da saúde alimentar e biodiversidade.

Page 11: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 11

PEDRO MANUEL VILELAS

OFICINA DE ALUMÍNIOMarquises, Divisórias para

Escritórios, Persianas,Estores de todos os tipos

Tels.: Casa - 243 619 547Oficina - 243 679 053

Tlm. 917 305 762•

Rua do Alto do Marau – Foros do Paúl2100-039 Coruche

•Portões Basculantes para Garagens

Tel. 243 677 049Rua de S. Pedro, n.º 13 – 2100-164 Coruche

A lojados seus filhos!

Tel. 243 618 875 • Tlm. 917 785 703Est. Nacional 251 • Montinhos dos Pegos

2100-045 CORUCHE

Tel. 263 851 201 • Fax 263 851 204Quinta da Marmeleira • Carregado

Produzimos Vinho para apreciadores

Assine o Jornal de Coruchewww.ojornaldecoruche.com

Numa visita às seis pontes do vale do Sorraia foi notória a degradação e o risco para quem circula no percurso. A intervenção que se avizinha

em Novembro nas pontes sobre o vale do Sorraia tem suscitadoum amplo debate entre as forças vivas do concelho de Coruche.

A criação de uma alternativaválida, ponte militar, poderágarantir a continuidade de lig-ação entre as duas margens dorio. As pontes foram construí-das no ano de 1930 e só em1969 sofreram uma intervençãoatravés da empresa Lusofal deRio de Mouro. Desde esta data,a conservação e reparação daspontes foi uma “miragem” e em1979 deu-se o incidente com aqueda de plataforma da ponteGeneral Teófilo da Trindade.

A limpeza das pontes du-rante o Inverno não existe desde1969, e o acumular de terra eágua nos tabuleiros, provocoudiversos rombos nas pontes. Asjuntas de dilatação das pontesnão foram revistas e não fun-cionam. O perigo é maior quan-do veículos pesados atravessamos tabuleiros com carga paraalém das 30 toneladas reco-mendadas.

No local, constata-se o tre-mer dos tabuleiros, aquando dapassagem de veículos pesados.Poucos são os peões que arris-cam a passagem nas pontes,porque o local que lhes é facul-tado, em alguns locais, está empéssimo estado.

Para Francisco MendesGrilo Carlota “as pontes atin-giram este cenário, porque afalta de conservação e limpezanão mais existiu desde 1969 e asjuntas de dilatação dos tabu-leiros não funcionam. As pontesterão de ser intervencionadas eno futuro terão de ser acompa-nhadas, porque pode correr-seo risco de voltar o mesmocenário daqui há alguns anos”.

Para Francisco Gilo Carlota“o aumento do trânsito prejudi-cou as estruturas das pontes,porque a circulação intensa deveículos pesados principal-mente durante as campanhas,levou também à degradação.Aliado à falta de limpeza e con-servação as pontes estão nolimite das suas capacidades”,salientou o proprietário do res-taurante “Ponte da Coroa”, queantes de ser empresário da res-tauração, foi especialista naconservação e reparação depontes, tendo trabalhado aquan-do da queda do tabuleiro daponte em 1979.

____

Texto e fotos de João Louro

PPoonntteess ddee CCoorruucchhee eemm rriissccoo– a intervenção deve ser urgente

Francisco Carlota, especialista quetrabalhou nas obras de recuperaçãode 1969 e na recolocação do tabu-

leiro da ponte caido em 1979.

Page 12: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200712

A DECO é uma associaçãopara a defesa dos direitos dosConsumidores criada há cercade 30 anos, que visa essencial-mente informar os consumido-res sobre os direitos que lhes sãolegalmente atribuídos.

Para o efeito, a DECO dis-põe de 6 delegações regionais –Santarém, Coimbra, Évora, Fa-ro, Porto e Viana do Castelo –que promovem frequentementeacções de formação e que seencontram diariamente disponí-veis para atendimento dos con-sumidores que pretendam qual-quer esclarecimento de questõesrelacionadas com o Consumo.

Porém, e antes de mais,cumpre começar por explicarque nos termos da Lei de Defesado Consumidor – Lei n.º 24/96,de 31 de Julho, o consumidor édefinido como “todo aquele aquem sejam fornecidos bens,prestados serviços ou transmiti-dos quaisquer direitos, destina-

dos a uso não profissional, porpessoa que exerça com carácterprofissional uma actividadeeconómica que vise a obtençãode benefícios.”

Todos somos consumidorese nas relações de consumo queestabelecemos com os vendedo-res há uma forte desigualdade, oque motivou a criação de legis-lação específica para apoiar oconsumidor na defesa dos seusdireitos.

Os direitos fundamentais dosconsumidores encontram-seconsagrados no artigo 60º daConstituição da República Por-tuguesa e na acima referida Leide Defesa do Consumidor, sen-do eles os seguintes:

O consumidor tem o direitoà qualidade dos bens e serviços,devendo estes ser aptos a satis-fazer os fins a que destinam e osefeitos que se lhes atribuem.

O direito à informação éoutro direito que reveste espe-

cial importância na relação deconsumo, gerando para o ven-dedor a obrigação de dar ao con-sumidor todas as informaçõesrelevantes sobre os produtos eserviços.

Os consumidores têm assimdireito a uma informação clara,objectiva, completa e em por-tuguês sobre as características,composição e preço dos pro-dutos, sobre o período de vi-gência do contrato, as garantias,os prazos de entrega e a assis-tência pós-venda dos produtos eserviços. O direito em análiseimplica ainda que a publicidadedeva ser claramente identificadae respeite a verdade.

Quanto aos nossos interesseseconómicos, e para evitar abu-sos resultantes dos pré-elabo-ração de contratos, estes devemestar redigidos de uma formaclara e precisa e não podemincluir nenhuma cláusula queorigine um desequilíbrio na re-

lação de consumo em prejuízodos consumidores. Saiba aindaque, caso sejam fornecidos aoconsumidor bens ou serviçoscom defeito, este pode exigir aovendedor a reparação, a substi-tuição, a redução do preço ou aresolução do contrato (entregado bem e recuperação do din-heiro), pois o fornecedor é obri-gado a garantir o bom estado e obom funcionamento dos bens eserviços durante o período degarantia.

Os consumidores têm aindao direito à protecção da sua saú-de e segurança física, o direito àformação e educação para oconsumo e o direito à protecçãojurídica e a uma justiça acessí-vel e pronta.

No entanto aos direitos queora referimos contrapõem-se osdeveres dos consumidores deadoptarem um comportamentode consumo responsável eesclarecido e, bem assim, o de-

ver de adoptarem uma atitudecrítica e consciente.

Porém, e infelizmente, quasetodos os dias somos confronta-dos com pequenos ou, por ve-zes, grandes conflitos em quejulgamos ter razão mas nãosabemos como fazer valer osnossos direitos. Nessas situa-ções saiba que deverá começarpor dirigir uma carta registadacom aviso de recepção ao ven-dedor ou fornecedor expondo asua situação e exigindo a suapretensão.

Caso o conflito não se resol-va ou caso tenha alguma dúvidasobre os seus direitos, saiba quepoderá sempre recorrer à DECOde Santarém na Rua Pedro deSantarém, n.º 59, 1.º Esq. ouatravés do contacto telefónico243 329 950.

____* Jurista na DECO

Delegação Regional de Santarém

Consumidores – Quais os seus Direitos?

Durante o tradicional En-contro Autárquico dos eleitosdo PS de Coruche, o presidenteda Câmara, Dionísio Mendes,disse que, “Coruche é uma Vilacom grande atraso na área dotratamento de esgotos”.

O autarca adiantou que “éeste atraso que o actual executi-vo da Câmara está a recuperar,com a obra do Emissário e Etarda Vila, que em Janeiro de 2008estará concluída. As apostas daCâmara no próximo QuadroComunitário de Apoio são otratamento de esgotos com aconstrução de Etar´s em todasas freguesias do concelho.Aproposta da CDU com o apoiodo PSD em reduzir o IMI, cor-remos o risco de deixar de fazermuitas obras, vamos perder 1/4ou seja 25% do IMI. Ora se aCâmara não arrecada impostos,não tem receitas próprias, nãopode ir buscar Fundos Comuni-tários. A oposição faz constan-temente a demagogia habitual enão sabe que o Quadro Comu-nitário de Apoio deve ser o últi-mo e sendo o último não temosmais hipóteses de recorrer aos

fundos. Em 2012 a Câmara queestiver a governar, para fazerobras terá de pedir empréstimobancário e pagar 100% dasobras. Não é por acaso, que oPSD e a CDU se juntam contrao actual executivo na Câmara,para baixar o IMI. Quer a CDUquer o PSD não estão no execu-tivo, não querem fazer obras enão querem que façamos obras”,afirmou o autarca.

As eleições autárquicas sãoem Outubro de 2009 e o presi-dente da Câmara eleito pelo PSdeixou o recado aos eleitores: “a

melhor maneira de contornaresta situação, é daqui por doisanos, conseguir-mos uma maio-ria absoluta na Câmara e naAssembleia Municipal. Paratermos o conforto da Assem-bleia apoiar as deliberações daCâmara e ajudar a que o con-celho progrida. Em relação à

oposição, o facto de não traba-lharem e só criticarem nãomerecem uma atenção por aíalém. Era bom que a oposiçãose preocupasse também emapresentar propostas alternati-vas e comparecessem nas inau-gurações de obras. Mas, aténeste aspecto têm dificuldades

em ir, porque não fizeram tra-balho nem colaboram. Tenho aimpressão que a maior partedas obras que estão feitas noconcelho, a oposição ainda nãodeu por elas ou não conseguevê-las”, concluiu o autarca.

____Texto e fotos de João Louro

Coruche sem tratamento de esgotosCoruche é ainda a única localidade e sede de Concelho do distrito de Santarém

sem tratamento de esgotos.

Marta Costa Almeida *

DIREITOS DO CONSUMIDOR

Page 13: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

INUNDAÇÃO COGNITIVAUm factor importante na

vivência cognitiva das pessoascom esquizofrenia, envolveuma ampliação exagerada daatentividade, resultando numasobrecarga de estímulos ouinundação cognitiva.

Esta característica resulta deuma inabilidade para “barrar”estímulos internos e externosconsiderados irrelevantes. Comoconsequência da falta deste “fil-tro”, o esquizofrénico é obriga-do a prestar atenção a tudo emseu redor e dentro dele próprio,sentindo-se inundado por per-cepções, sentimentos e pensa-mentos em catadupa.

SINTOMAS DE HUMORDe um forma geral, as emo-

ções dos sujeitos com esquizo-frenia podem ser descritas comoinapropriadas, não moduladas,desadaptadas ou situacional-mente inconsistentes. Estes indi-víduos não são emocionalmenteresponsivos a situações inter-pessoais e ambienciais da formacomo deveriam ser. Podem, porexemplo, rir ao ouvir sobre amorte de um familiar ou chorarperante um evento feliz, poden-do mesmo mostrar uma ausên-cia de quaisquer resposta emo-cional.

Quando na esquizofrenia seinterpretam as respostas emo-cionais ou a falta delas, pensa-se que os sujeitos dão respostaserradas a uma situação. Outrainterpretação que se pode ter é ade que dão a resposta certa auma situação erroneamentepercebida. A pessoa em vez deperceber a realidade como a

maioria de nós e respondererradamente à situação, poderesponder de forma correcta àsua própria interpretação idioss-incrásica da situação (delírio), aalguma resposta interna (aluci-nação) ou a pensamentos alter-nativos (inundação cognitiva).

Muitos dos medicamentosutilizados para o tratamento daesquizofrenia, têm como efeitossecundários o de sedar a pessoa,de modo que o humor não mo-dulado pode ser resultado daesquizofrenia ou da medicação.

SINTOMAS SOMÁTICOSApesar de na literatura, não

aparecer nenhum sintoma so-mático especifico para a esqui-zofrenia, vários sintomas somá-ticos foram observados sendoas evidências contraditórias einconsistentes. A estimulaçãofisiológica geral, como o au-mento da frequência cardíaca,da pressão arterial e sudaçãoexcessiva, são registados empacientes que pensam estar a serperseguidos e que estão hiperes-timulados, contudo em sujeitosque acreditam estar mortos dá--se uma diminuição da activi-dade fisiológica. Portanto, ossintomas somáticos variam deacordo com o tipo de delírio,alucinação ou pensamento queo paciente está a experienciarem dado momento.

Alguns dos medicamentospodem produzir secura da boca,aumento da sensibilidade aosol, alterações do sono, entreoutros, pelo que não devem serconfundidos com efeitos somá-ticos da patologia em si mesma.

SINTOMAS MOTORES

Os sintomas motores naesquizofrenia são diversos e fre-quentes. Alguns pacientes per-manecem imóveis durante lon-gas horas, enquanto outros po-dem apresentar um elevadopadrão de actividade. Contor-ções faciais incomuns e movi-mentos repetitivos dos membrose extremidades são também fre-quentes. Muita desta sintoma-tologia parece disparatada ealeatória, estando em muitos

casos relacionada com os delí-rios dos doentes. Contudo, amedicação pode originar sinto-mas motores que não são resul-tado directo da esquizofrenia,como alguns tremores, contor-ções musculares e andar rígido.

CRITÉRIOS DEDIAGNÓSTICO

Como se observa pelo re-ferido atrás, o quadro clínico daesquizofrenia abrange uma

ampla diversidade de sintoma-tologia. Os critérios de diagnós-tico são apresentados no quadroem anexo. Convém referir quediferentes indivíduos diagnosti-cados com esquizofrenia podemapresentar diferentes conjuntosde sintomas.

Como se verifica no quadroanexo, além de apresentar dete-rioração no funcionamento(critério 2), o sujeito deve apre-sentar apenas dois dos cinco

critérios listados em 1 para serdiagnosticado como tendo esqui-zofrenia. Não há nenhum sin-toma individual comum a todosos indivíduos que sofrem destadoença, sendo o diagnósticofeito por exclusão de outras per-turbações que apresentem osmesmos sintomas.

Para terminar esta primeiraabordagem à esquizofrenia, de-ve-se assinalar que esta doençanão implica uma incapacidade

para viver e funcionar fora deum hospital. O facto de as pes-soas com esquizofrenia seremcapazes ou não de funcionar emsociedade depende fundamen-talmente de factores como anatureza dos sintomas, o con-texto onde o indivíduo devefuncionar, o grau no qual osoutros aceitarão o desvio danorma e a severidade dos sin-tomas.

No próximo número fases,tipos e transtornos associados àesquizofrenia.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 13

Dr.ª ConceiçãoDr. Mendonça

MÉDICOS

Rua de Santarém, 75-1.º2100-226 CORUCHE

Tel. 243 675 977

Dr.ª FernandaSilva Nunes

MÉDICA DENTISTA

Rua Bombeiros Municipais, N.º 1– 1.º Dt.º • 2100-178 CORUCHE

Tel. 243 660 060

Albina GonçalvesMédica de

Clínica Geral

Tlm. 936 264 300

Clínica Médica Sorraia – CORUCHE

Tel. 243 617 888

Duarte NunoCadavez

Médico EspecialistaOrtopedia e Fracturas

Marcações peloTel. 243 617 591

Rua da Calçadinha, 7 – CORUCHE

FranciscoMarchã

HOMEOPATA NATUROLOGISTA

ConsultasSt.º Antonino – Estrada Lamarosa,

Lote 9, Loja F • Coruche

Tlm. 966 588 060

A - ALMEIDARua da Misericórdia, 16 2100-134 Coruche Tel. 243 617 068

B - FRAZÃORua Direita, 64 2100-167 Coruche Tel. 243 660 099

C - HIGIENERua da Misericórdia, 11 2100-134 Coruche Tel. 243 675 070

D - MISERICÓRDIALargo S. Pedro, 4 2100-111 Coruche Tel. 243 610 370

– OLIVEIRARua do Comércio, 72 2100-330 CouçoTel. 243 650 297

– S. JOSÉRua Júlio Dinis, Nº 3 - B 2100-405 LamarosaTel. 243 724 062

Centro de Saúde de CorucheUrgência - SAP - 24 horas/dia

Estrada da Lamarosa2100-042 CorucheTelef: 243 610 500 Fax: 243 617 431

Hospital Distrital de Santarém Av. Bernardo Santareno

2005-177 SantarémTel: 243 300 200Fax: 243 370 220

www.hds.min-saude.ptMail: [email protected]

Tel: 243 300 860243 300 861

Linha AzulTel: 243 370 578

Extensão de Saúde CouçoRua Sacadura Cabral

2100-345 Couço243 669 080 - 243 650 109

Biscaínho - 243 689 129Lamarosa - 243 724 113As farmácias do Couço e Lamarosa estão sempre de serviço, por serem as únicas.

FARMÁCIAS DE SERVIÇO

OUTUBRO 2007

D

S

T

Q

Q

S

S

1 7 14 21 28

1 8 15 22 29

2 9 16 23 30

3 10 17 24 31

4 11 18 25

5 12 19 26

6 13 20 27

D C B A

B A D C B

C B A D C

D C B A D

A D C B

B A D C

C B A D

Dr. Abel Matos Santos *

VIVER COM SAÚDE

* Assistente de Saúde EspecialistaServiço de Psiquiatria

do Hospital de Santa Maria, LisboaMestre em Psicologia da Saúde

ESQUIZOFRENIA – A doença incompreendida

Na idade média eram condenados pela inquisição, na contemporaneidade enclausuradosem alas psiquiátricas e rejeitados pela sociedade, resultado da complexa e pavorosa

(parte II)

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOSPARA A ESQUIZOFRENIA

1 – Pelo menos um dos se-guintes presentes pelo menosdurante um mês;

a) Delíriosb) Alucinaçõesc) Discurso desorganizadod) Comportamento altamen-

te desorganizadoe) Sintomas negativos

(ex.: humor não modula-do, ausência de moti-vação, discurso pobre,incapacidade de experi-mentar prazer)

2 – Funcionamento em áreascomo o trabalho, relações sociaise auto-cuidado marcadamenteabaixo de níveis anteriores.3 – Persistência de sintomaspelo menos durante seis meses.4 – Sintomas não decorrentes deum transtorno de humor maior(ex.: depressão, mania).5 – Sintomas não decorrentes deabuso de substância, medicaçãoou condição médica geral.

Ilust

raçã

o de

Ter

esa

Reb

otim

Page 14: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200714

Foram milhares aqueles quequiseram ouvir o Prémio Nobelda Paz falar sobre a sua filosofiabudista e a não-violência comoforma de resolver conflitos eviver uma vida melhor.

Contudo, os media portu-gueses centraram-se mais sobreo facto de o Governo Portuguêse a Presidência da República seterem recusado a receber ofi-cialmente o líder espiritual bu-dista e do Tibete no exílio.

Só Jaime Gama, enquantopresidente da Assembleia da

República o recebeu, bem comoos grupos parlamentares, ondepela primeira vez o PCP se fezrepresentar, apesar de ser oúnico a não condenar frontal-mente a invasão do Tibete pelaChina.

Questionado sobre a recusado Governo português em rece-bê-lo, o líder espiritual tibetanorespondeu: “Não há problema.Onde vou não quero criar em-baraços”. Disse ainda que “opropósito da minha visita é pro-mover o valor humano e a har-monia. Nestes (dois) campos osgovernos podem fazer pouco. Opúblico e vocês (comunicaçãosocial) podem fazer muito mais”,acrescentou o Dalai Lama.

Quando se lhe perguntouquando acha que o Tibete pode-rá ser livre, Dalai Lama res-pondeu que não é a indepen-dência que procuram mas sim agenuína autonomia do território.

“Estamos a tentar conseguira genuína autonomia que é amaior garantia para preservara nossa cultura, espiritualidadee também o ambiente do Tibete”.

Vergando-se às pressões di-plomáticas economicistas chi-nesas, o ministro dos NegóciosEstrangeiros, Luís Amado disseque “oficialmente, Dalai Lamanão é recebido por responsáveisdo Governo português, como éóbvio”. Como o “óbvio” não oera, os jornalistas perguntaram eAmado respondeu “Pelas ra-

zões que são conhecidas”.Bem, as únicas razões con-

hecidas são as intervenções doGoverno de Pequim – que gereo Tibete como parte integranteda China – que mantém umaestratégia de pressão diplomá-

tica sobre os Governos que rece-bam oficialmente o Dalai Lama.

Apesar de não ser recebidopelo governo nem pelo presi-dente Cavaco Silva, nesta suasegunda visita a Portugal, oDalai Lama manteve encontros

com deputados portugueses ecom o Alto Representante dasNações Unidas para a Aliançadas Civilizações, o ex-Presiden-te da República Jorge Sampaio,e, esteve presente numa recep-ção oferecida pelo Presidente daCâmara Municipal de Lisboa,António Costa.

No decorrer da visita a Por-tugal, o Dalai Lama manteveencontros com entidades estran-geiras como o Conselheiro doPresidente francês Sarkozy e oEmbaixador da França para ofenómeno da SIDA.

De salientar que depois dasua visita a Portugal, o Dalai La-ma, visitou a Aústria e depois aAlemanha onde os ChanceleresAlfred Gusenbauer e AngelaMerkel, dirigentes dos governosAustríaco e Alemão, receberamSua Santidade, apesar dos pro-testos chineses que dizem que“o Dalai Lama está envolvidoem movimentos separatistascontra a nação chinesa”.

Bem diferente da atitude desubserviência portuguesa aogoverno chinês (regime totali-tário comunista que não respeitaos direitos humanos e ocupou oTibete pela força, matando mi-lhares de pessoas), que demon-strou falta de capacidade deimpor a soberania nacional, de-fraudando e envergonhando osportugueses e a nossa democra-cia.

Abel Matos Santos

Dalai LLama eem PPortugalDalai LLama eem PPortugalAo não receber o Dalai Lama, Governo e Presidência envergonham

a Democracia e os PortuguesesTenzin Gyatso, o XIV Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, visitou Portugal de 12 a 16 de Setembro. Sua Santidade, aceitou os convites

que lhe foram dirigidos pela Fundação Kangyur Rinpoché, pela Songtsen – Casa da Cultura do Tibete, pela União Budista Portuguesa e pelaFaculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa para uma Conferência Pública no Pavilhão Atlântico e três dias de ensina-mentos que decorreram no grande auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa.

O Tibete é um paísque foi invadido e ocu-pado militarmente pelaChina comunista em1949, levando à morte,tortura e exílio de mi-lhões de tibetanos. Em1959, após uma subve-lação nacionalista, oDalai Lama foi forçadoa exilar-se na Índia, emDharamsala, onde ain-da hoje se encontrabem como o governo doTibete no exílio.

As Nações Unidasafirmaram o seu apoiopara a protecção dosdireitos humanos e li-berdades fundamentaisdo povo tibetano.

Mau ttempo ddestrói hhabitações eem SSalvaterra dde MMagosCerca das 8:30h do dia 30 de Setembro na

freguesia de Foros de Salvaterra, concelho deSalvaterra de Magos, registaram-se fortesrajadas de vento e chuva, provocando danosmateriais em cerca de 40 habitações, das quaisuma família ficou desalojada.

De imediato o Serviço Municipal deProtecção Civil realizou um levantamento detodas as ocorrências, com uma visita daPresidente da Câmara Municipal de Salvaterrade Magos aos locais mais afectados e tomandode imediato medidas de apoio junto das famíliasmais afectadas.

____João Louro

Page 15: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 15

Cartas ao Director

Tem esta carta a finalidade de em primeiro desejar-lhe sorte para o jornal danossa terra, gostava de nele ver sempre a imparcialidade, a todos os níveis e quenão se tome num pasquim dos partidos sejam eles quais forem.

O caso que me levou a escrever-lhe é, por um lado, manifestar a minha pro-funda tristeza de ver o Bairro Alegre num total abandono. Um Bairro que faziajustiça ao seu nome, porque era onde havia mais juventude, mais alegria, eraonde se faziam as marchas ao Santo António, o Carnaval que era só no nossobairro, o Enterro do Galo, e, antes da Páscoa, o desfile das comadres e dos com-padres e a sua queima.

O nosso Bairro tinha uma equipa de futebol que era as Águias do Sorraia, eque quase todos eles mais tarde jogaram no Coruchense, os Tadeias e o meuirmão o Ró. Eu tenho 61 anos e morei, até vir para Vila Franca de Xira, no pátioda piedade, onde ainda hoje a minha filha tem lá uma vivenda que era a dos meuspais que já faleceram. Aquele pátio era uma alegria e naquele tempo havia lámuita juventude e graças a Deus tudo gente pobre mas gente boa, que aliás o bair-ro era na altura a parte mais pobre da vila, mas que tenho eu a certeza que todosse orgulham dele.

Agora quero falar-lhe do abandono a que o Pátio foi destinado, por incompetên-cia em primeiro dos donos das casas, em segundo da Junta de Freguesia e em ter-ceiro da Câmara Municipal. Aqui lhe mando estas fotos que mostram bem o aban-dono a que ele chegou, correndo até risco de fogo e a total destruição das casas queestão boas.

Em tempos escrevi ao Senhor Presidente a dar-lhe conta da situação, mas tar-diamente respondeu de uma maneira que a mim não me diz nada porque trabal-ho na Câmara de Vila Franca de Xira no pelouro da habitação há quase 30 anos,portanto sei que podiam ter feito algo pela situação.

Como desconheço o tipo de intervenção que destinaram para aquela zona,espero que em alguma coisa haja algo de bom uma vez que estupidamentetiraram o rio às pessoas que dele gostavam, pois de certeza havia outra maneirade fazer a obra, e, não se desculpem com as cheias porque não faz sentido. Aomenos ouvissem a população e tenho a certeza que quase ninguém queria.

Por hoje é tudo agradeço a sua atenção.Maria Helena CatitaVila Franca de Xira

... Assembleia Municipalde ilegalidade eantidemocracia

A Concelhia de Coruche do PartidoSocialista veio através de comunicado afir-mar que “entende que a Assembleia Mu-nicipal não cumpre o seu papel, muito porculpa da CDU que a comanda apósentendimento “pós eleitoral com o PSD”.

Este desgoverno fica mais evidentequando a Presidente, se faz substituir pelosecretário, o que é muito frequente. Naultima sessão esqueceu-se de propor asubstituição dos vogais em falta, e, escol-heu a mesa e auto designou-se sem con-sultar a Assembleia, de forma autoritária eilegal, numa atitude antidemocrática, oque até provocou o protesto do aliadoPSD.

Assistiu-se ainda ao abandono da salapor parte do líder da CDU acompanhadode três vogais, num total desrespeito pelasnormas democráticas, que aliás é peritoem atropelar. Já agora por que será que aCDU não quer discutir em Assembleia acolocação do busto do Major Luís Albertode Oliveira, será que não há unanimi-dade, ou será desconhecimento, arro-gância ou preconceito?

Foi evidente a incapacidade da mesada Assembleia, em conduzir democratica-mente os trabalhos, chegando ao ponto dosubstituto do Presidente tentar por mais deuma vez impedir o Presidente da Câmara,de usar da palavra para prestar escla-recimentos e/ou responder às provo-cações”.

... CDU de “roer a corda”– Fiscalização do Tribunal de

Contas às obras do Parque do SorraiaAs deliberações de Câmara que deter-

minaram a realização dos trabalhos foramtomadas, com base em pareceres técnicos,que qualificaram os trabalhos a realizarcomo sendo “trabalhos a mais”. Foi tendopor base esses pareceres que o executivomunicipal deliberou em duas reuniões deCâmara aprovar a realização dos referidostrabalhos.

Recorde-se que as deliberações foramtomadas por unanimidade, com os votos afavor dos vereadores da CDU. Para alémde esclarecer, importa, segundo o PS,“denunciar a falta de ética política daCDU!”

Recebida a notificação do Tribunal deContas “apressaram-se os Srs. Vereadoresda CDU a proporem a realização dereuniões e a sugerir a elaboração, pelosserviços jurídicos da Câmara, de umadefesa conjunta. Isso mesmo foi feito, osserviços jurídicos municipais elaborarama defesa dos membros do executivo (PS eCDU) tendo as mesmas sido discutidas em

reunião de trabalho agendada para oefeito. Só que, enquanto os vereadores doPS e o Sr. Presidente entregaram as suasdefesas junto do Tribunal de Contas, oseleitos da CDU “roeram a corda” apres-saram- -se a pagar a multa não dandoqualquer justificação sobre tal comporta-mento”, refere o comunicado.

... CDU/PSD de aliança apropósito do IMI

Depois de na última AssembleiaMunicipal o Sr. Presidente da Câmara terapresentado a proposta para fixação dataxa do Imposto Municipal sobre Imóveispara o ano de 2008, em taxas em 0,7%para os prédios urbanos e 0,4% para osprédios urbanos já avaliados nos termos doCIMI, o que já se traduzia numa reduçãodas taxas máximas em 0,1%, com um IMIdos mais baixos que se verificam no nossodistrito, o PS acusa a oposição CDU/PSDpor voltarem a “aliar-se para propor val-ores ainda mais reduzidos das taxas, numaproposta que só pode ser feita por quemnão tem responsabilidades governativas”.

A oposição invocou que a fixação detaxas ainda mais reduzidas iria beneficiaras famílias com menor capacidadeeconómica. Para o PS “nada mais errado,porque para estas já existem mecanismosde salvaguarda, como as mesmo isençõesde pagamento”. A CDU propôs aindaagravar as taxas para os prédios degrada-dos. Para o PS de Coruche “os valores detaxas propostos pela oposição vêm trazeruma quebra de receitas na ordem dos 250mil euros”

... CDU de incapaz– Adesão à Águas do RibatejoEm relação à empresa Águas do

Ribatejo, “são evidentes as contradiçõesda CDU. Esta empresa vai arrancar comcapitais 100% municipais, e no futuro sehouver entidades privadas, a maioria docapital será sempre dos municípios”. Emreunião de Câmara um vereador CDU vo-tou favoravelmente a proposta de adesão,na Assembleia Municipal todos os vogaisda CDU se abstiveram.

Nos Concelhos de Benavente eChamusca, os eleitos da CDU aprovarampor unanimidade o que o líder de Coruchedefine como “uma enorme trapalhada”.Em Santarém foi a CDU que apoiou a PSDno abandono do projecto, afinal quequerem estes Senhores?

A concelhia de Coruche do PartidoSocialista “reitera o seu apoio e soli-dariedade ao Executivo Municipal, e aler-ta os Coruchenses para a campanhadifamatória e arruaceira que a CDU vempromovendo, completamente incapaz decontribuir para o desenvolvimento e pro-gresso do Concelho”.

Ex.mo Senhor Director

Pátio da Piedade

Coruche vai ter nova avenida

PS acusa ...

Política Local

A propósito da carta ao Director de uma das nossas leitoras sobre o estadodegradado do Pátio da Piedade, fomos falar com o Vereador Francisco Oliveira.

Em entrevista ao Jornal de Coruche referiu que “a degradação dos imóveissitos no Pátio da Piedade são uma preocupação para a autarquia e já notifi-camos os proprietários para recuperarem os imóveis que ainda tenham essa pos-sibilidade e nos que apresentam perigo de ruína que procedam à suademolição”. Segundo o autarca, responsável pelo pelouro da revitalizaçãourbana, “a Câmara não pode fazer mais nada neste momento, aguardando quepassem os prazos legais para tomar posse administrativa dos referidos prédios”.

Francisco Oliveira, informou ainda que “no seguimento da conclusão dasobras do emissário, todas aquela zona, envolvente ao pátio da piedade, estarárequalificada, com uma rotunda, onde se inicia a nova avenida junto ao Sorraiacom trânsito ascendente e a Rua de Salvaterra ficará só com trânsito descen-dente”.

Para o vereador “tudo isto contribuirá para aquela zona ficar mais ordenadae bonita o que levará naturalmente à necessária requalificação pelos proprie-tários ou pela câmara daqueles imóveis, através de obras coercivas oudemolição”, concluiu.

Page 16: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200716

Miguel Mattos Chaves

POLÍTICA LOCAL

Mas é tempo de acabar coma sua farsa e com as suas menti-ras que já duram há 32 anos.

Em documento recente, pub-licado neste Jornal, desmascareialgumas das suas mentiras.Esperava que me tivessem res-pondido! Mas, na realidade, nãoo podiam fazer porque tudo oque eu disse era verdade sobreos seus Crimes. (ver Jornal deCoruche n.º 14 do mês de Junhode 2007).

E eles bem o sabem! Por issotiveram de ficar caladinhos espe-rando que eu os deixasse empaz. Mas como sou Português;Mas como quero Ordem eProgresso no meu País; Mascomo quero ajudar a devolveràs pessoas de bem, que têmsido enganadas pelos DirigentesComunistas, (locais e nacio-nais), a sua liberdade de pensa-mento e de acção; Mas comoquero ajudar a que o meu Paíssaía da desordem em que temestado; Mas como quero quePortugal seja um país seguro elivre; Mas como quero ajudar aque o Povo Português recu-pere a sua ética e os seus valo-res tradicionais; Mas como que-ro que as pessoas, os portugue-ses, readequiram um bem estarsuperior e os valores morais queo fazem ser uma Reserva Mo-ral da Europa, como recente-mente vários políticos europeuso disseram; Não os deixo emPaz e tenho que continuar adesmascarar os DirigentesComunistas e ajudar as pes-soas a perderem o medo deles.

Relembremos então algunsfactos:

– Os Dirigentes Comunistasdizendo que querem a Demo-cracia do Povo.

Chamam Democracia a quê?Mataram mais de 40 milhões depessoas na União Soviética e nospaíses satélites de então (Bulgá-ria, Hungria, Checoslováquia,Roménia, Ucrania, Lituania,Letónia, Estónia) no período que

mediou entre 1917 e 1989.Mataram esses mais de 40 mi-lhões de pessoas porque erampessoas que não acreditavamneles e que queriam uma outraforma de viver em sociedade.Pessoas que queriam continuara ser livres da sua prepotência,da sua ditadura, da sua mentira.E por isso, só por isso, forammortas segundo as ordens deLenine, Trotsky, Estaline, Kru-tchev, Brejnev. Em 1917 quandoconquistaram o poder na Rússia,através da força das armas,provocaram uma Guerra Civil.Não conquistaram democratica-mente, em eleições, o Poder. Nãoo sabem fazer, nem faz parte dasua ideologia e da sua prática.

Só conquistaram o poder,nos diversos países acima men-cionados, através das armas,através da matança, do exter-mínio, de muitos civis ino-centes. Em 1917, antes de faz-erem a sua conquista do Poderpelas armas, contribuíram para aderrota da Rússia face aosAlemães pensando que assimderrotariam o Czar perante apopulação Russa. Isto é, não seimportaram e tudo fizeram paraque o seu País (a Rússia) per-desse a 1ª Guerra Mundial coma Alemanha só para poderemconquistar o Poder. Traíram asua Pátria, a sua Nação, o seuPaís e os seus Compatriotas.

Mas logo a seguir a matarembarbaramente, e cruelmente,(sem julgamento) o Czar, a suamulher, os seus filhos (mesmoos mais pequenos), os seus cri-ados, os seus empregados, oseu médico; logo a seguir a con-quistarem o poder pelas armas,apressaram-se a fazer um Trata-do de Paz com os Alemães – oTratado de Brest-Litovsk – emJaneiro de 1918.

De seguida, para manteremo Poder, espalharam o terrorpela Rússia de forma a matartodos aqueles que consideravamser “os inimigos da revolução” e

a instalarem um Sistema deRepressão sobre os cidadãos deforma a fazê-los obedecer, pelomedo e pela força, àquilo queeles queriam, sob as ordens doKomintern, leia-se Lenine eseus seguidores. Estes Comu-nistas, Internacionalistas, e Diri-gentes seus aliados em Portugal.Carlos Rates (1926), e posteri-ormente Álvaro Cunhal e out-ros, queriam levar a “revoluçãorussa” a todo o Ocidente.

Queriam dominar os paí-ses ocidentais para imporem asua ditadura (dita do Proleta-riado) a fim de eliminarem to-dos aqueles que pensassem deforma diferente da sua, e assimdominarem o Mundo.

Criaram a mais selvagemdas polícias políticas que omundo já conheceu: a Tcheka(antecessora da KGB) que tinhapoderes para agir sem nenhumobstáculo legal para impedir asua actuação. Esta polícia, alémde matar cidadãos que seopunham às teorias dos diri-gentes comunistas, criou cam-pos de concentração, camposda morte, para onde enviavam

os familiares e amigos dos“inimigos dos Comunistas”, ostristemente famosos Goulags naSibéria.

Nota: Em Portugal, nopós-25 de Abril, os DirigentesComunistas comandaram rou-bos e assaltos a propriedades, acasas particulares de todos osque se lhes poderiam opor.

E não fora no 25 de Novem-bro de 1975, forças comandadaspelo General Ramalho Eanes,coadjuvado pelo Cor. Jaime Ne-ves dos Comandos da Amadora,apoiados pelo PS, PSD e CDS,teríamos tido em Portugal omesmo cenário de selvajaria ede assassinatos que houve naRússia. Não tenho, (como nin-guém bem informado tem), dú-vidas que se os Dirigentes Co-munistas tivessem vencido no25 de Novembro de 1975, teriahavido milhares de pessoasmortas, ou no mínimo presas,em Portugal por não concorda-rem com eles. (fim da Nota).

Não é de admirar que, nospaíses Ocidentais e claro está, emPortugal, (na década de 1930),tivesse havido movimentos de

reacção a esta barbárie dosdirigentes comunistas.

E vêm agora os DirigentesComunistas de Coruche em ge-ral, e do Couço em particular,dizer que a PVDE (Polícia deVigilância e Defesa do Estado)criada em 1933 para os comba-ter, não deveria ter existido enão os devia ter perseguido eneutralizado?

Só podem estar a brincarcom o Bom Povo Português aquem queriam submeter pelaforça!

À sua selvajaria e barbárie,Portugal, bem como todos ospaíses Ocidentais, só podia res-ponder pela força. E a criaçãodesta força policial em Portugal(a exemplo do que aconteceunos restantes países Ocidentais),era exactamente, e foi criada,para isso: para evitar que to-massem o Poder em Portugale para evitar que fizessem aoscidadãos Portugueses, o quefizeram aos cidadãos Russos,Húngaros, Romenos, Checos,etc... (matarem-nos ou prende-rem-nos).

Voltemos ao pós-25 de Abril:Nesse período assaltaram os jor-nais, as televisões, as rádios.Puseram homens e mulheres dasua confiança (dirigentes comu-nistas) nesses órgãos de infor-mação para se certificarem quesó o que eles queriam, passavapara a opinião pública.

Enganaram os Portugue-ses de boa fé; Fizeram-lhes pro-messas de riqueza para todos;Prometeram que os bens e aspropriedades de quem as tinha(dos que não eram comunistas)seriam dados ao Povo; Numapalavra MENTIRAM descara-damente.

E infelizmente alguns por-tugueses de boa fé, gente sim-ples e trabalhadora, respeita-dora do seu semelhante, fo-ram na conversa deles (Diri-gentes Comunistas) e deram--lhes apoio.

Mentem aos portugueses para manterem a ilusão de que defendem causas justas

(A propósito da moção apresentada na Assembleia de Freguesia do Couço)

As mentiras dos dirigentes comunistas

PROCURA-SE PARA ALUGARna Vila de Coruche

UU RR GG EE NN TT EE

Casa térrea – T3com acessibilidade para deficiente

Favor Contactar: 936 349 302

ANUNCIENO JORNAL

DE CORUCHE

[email protected]

Tlm: 91 300 86 58

Pub.

11331133 AAssssiinnaattuurraass11331133 AAssssiinnaattuurraass

Comida para fora e Frango no Churrasco

Rua 5 de Outubro2100-127 Coruche

Tel. 243 617 744/5Fax 243 617 747Tm. 917 074 345

Page 17: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 17

José Manuel Caeiro *

REFLEXÕES

Decisões e Serviços

Nos meus despretensiososescritos e na maior parte dasvezes, a incidência é sempresobre assuntos que me parecemnão estar de acordo com o que éo interesse de todos nós e deuma maneira geral têm por baseo bom tratamento das pessoas, asua dignidade e algumas prepo-tências e pouca clareza relativa-mente àqueles a quem demos ovoto para nos resolverem osproblemas.

Acontece que por vezes asmedidas tomadas a nível eleva-do são de tal modo gravosas pa-ra todos nós que parece mesmoque as pessoas referidas acimaestão lá, não para nos facilitar avida, mas sim para a complicar,especialmente, mas não só, emquestões burocráticas.

Mas tenho que reconhecercom bastante satisfação quehouve vários serviços que me-lhoraram e que parece que oSimplex está a dar frutos, umavez que já se tiram certidões e setratam de outros assuntos espe-

rando apenas o tempo necessá-rio para a sua execução e nãoaguardando dias a fio pela suaexecução.

Parece que a implementaçãodo cruzamento de dados a nívelde alguns serviços está aindamuito deficiente, mas no entan-to a actual boa vontade e simpa-tia do pessoal de balcão de mui-tos serviços é um facto, em con-traste com o antigo atendimentodo “quero, posso e mando”.

Ainda bem que as coisasevoluem neste aspecto, já que,subindo nas hierarquias e até aotopo, as coisas são muito maiscomplicadas.

No entanto verifico que ateimosia inicialmente patentea-da já está com aberturas de mui-to bom cariz e que já se aceitaestudar problemas (Aeroportoda ata) que até há muito poucotempo eram tabus e defendidoscom teorias do absurdo e afir-mações altamente infelizes.

Parece-me contudo de muitomau gosto e de eficácia pouco

clara que se faça dos interessesde todos nós e de tomadas deposição que são dignas de todosos elogios, uma espécie de com-petição sem nexo, onde há der-rotas, derrotados, recuos. Have-rá tabela classificativa?

Há pessoas e organizaçõesque se esquecem das decisõesque tomaram quando tinham opoder e outras que muito falam,mas que na prática e para o nos-so bem, nada fazem ou fizeram.

Como remate deste meuescrito devo afirmar que umadas coisas que mais custa ao serhumano é admitir sinceramenteque se enganou e que o inter-locutor tem razão. No entanto éde pessoa de grande personali-dade tal procedimento.

É evidente que na vida realexistem as condicionantes detoda a ordem que o impedem eem especial a famigerada cor-rente do “politicamente correc-to”.

____

VVâânniiaa CCoorrrreeiiaa vviiaajjaa ppaarraa CCuubbaaNo passado dia 9 de Se-

tembro eram seis da manhãquando Vânia Correia se des-pediu da sua casa e dos seusfamiliares, para rumar ao aero-porto de Lisboa na companhiado seu pai, destinada a embarcarno avião por um “sonho”. O“sonho” e a esperança da jovemVânia estão em Cuba. Chegadaa Cuba, Vânia Cotreia foi rece-bida na clínica, onde uma equi-pa de médicos especialistas já aesperava.

Uma semana depois, Vâniaconheceu o resultado de váriostestes e exames ao seu estado desaúde... “foram dias de grandeansiedade, medo e esperança”...as palavras expressadas pelajovem à amiga Piedade Salva-dor (que tem contacto telefónicopermanente com Vânia).

Segundo os resultados dostestes, Vânia tem grandes possi-bilidades de recuperar (de recor-dar que a jovem está tetraplégi-ca e tem problemas a nível dabexiga, desde hà quatro anos).

Nesta primeira fase está a sersubmetida a sessões intensas defisioterapia, assim como a vá-rios tipos de medicação, o que jáproduziram resultados bastanteanimadores pois nesta fase jáconsegue mover ligeiramente a

perna direita, e a bexiga tambémestá a reter líquidos.

No dia 17 de Outubro serãoemitidos relatórios médicos,avaliando a evolução da jovem,para assim se decidir se deveráprolongar a sua estadia por maisum mês naquela clínica. A dataprevista para Vânia Correiaregressar a Portugal e a SamoraCorreia aponta para o próximodia 17 de Novembro.

De salientar ainda que ape-sar de recolhidas as latas dos do-nativos, quem quiser ajudar ajovem poderá fazê-lo por trans-ferência bancária. No dia doembarque Vânia somava trinta eseis mil Euros na conta bancáriadestinados a estadias e trata-

mentos em Cuba. Vânia Correiacontacta com frequência a ami-ga Piedade Salvador – poetisade Samora Correia, que referiuao nosso jornal “a Vânia é muitoforte e isso ajuda-a a ter umagrande esperança” – palavrasde Piedade Salvador.

Nós vamos mantendo o con-tacto com esta jovem, que já fazparte integrante das notícias doJornal de Coruche, de forma ainformar os nossos leitores daevolução deste caso, que com aajuda de todos já conseguiuchegar a bom porto.

Para a Vânia desejamos mui-tas felicidades.

Mafalda FonsecaJornalista

ddee AAnnttóónniioo VViiccttóórriiaa MMaarrttiinnss

Agente 1600189 Totobola – Totoloto e Euromilhões

Tel 243 675 350

Bifanas * Marisco * PetiscosÓptimo Serviço de Bar

Rua 5 de Outubro, 25 – 2100-127 Coruche

E alguns portugueses deboa fé, gente simples, honradae boa, por falta de infor-mação, por acreditarem nasmentiras dos Dirigentes Comu-nistas, continuam ainda hoje adar-lhes o seu Voto. Com assuas acções os Dirigentes Co-munistas, em 1974 e 1975,provocaram milhares de mor-tos no ex-Ultramar Português.Milhares de Pretos, Brancos eMestiços, Homens, Mulheres eCrianças, morreram devido àsua acção criminosa e detraição a Portugal.

Fizeram com que em Ango-la, Moçambique, Guiné (ondetinha havido luta de guerrilha) aIndependência e o Poder fossedado aos Partidos ComunistasLocais: MPLA, FRELIMO ePAIGC.

Perseguiram milhares decidadãos inocentes e provo-caram a morte de mais gentedo que em 14 anos de guerra.Isto é, de Abril de 1974 a No-vembro de 1975, morrerammais pessoas nessas três ex-Pro-víncias do que entre 1961 a1974.

Nas outras Províncias (CaboVerde, São Tomé, Timor) ondeNUNCA houve guerra nem mo-vimentos representativos da po-pulação, os Dirigentes Comu-nistas conseguiram que ficas-sem no Poder os Partidos Co-munistas Locais. Ou seja: Coma Descolonização do Ultramar,perdeu Portugal e os Portugue-ses e ganharam os DirigentesComunistas Mundiais. O POVOperdeu em toda a linha.

Tal como na Rússia (1914/1918) em Portugal os Dirigen-tes Comunistas, em nome dosseus objectivos de Poder, traí-ram Portugal e os Portugueses.

Queriam conquistar o Poderem Portugal para imporem asua Ditadura, a que chamaramde Ditadura do Proletariado.

Esta Ditadura seria coman-dada pelos Dirigentes Comu-nistas e não pelo Povo, como éóbvio. Mas alguns portuguesesacreditaram que iam mandaralguma coisa no País. Os Diri-gentes Comunistas aproveita-ram-se da sua boa fé.

Se subissem ao Poder oPOVO NÃO MANDARIANADA. Nem eleições livreshaveria. Aliás tentaram impedira realização das primeiras elei-ções da 3.ª República em 1976.

Mas como perderam e foramderrotados no 25 de Novembrode 1975, tiveram que fingir quese tinham tornado democratas eaceitar as eleições.

E tentam ainda hoje apro-veitar-se da boa fé de cidadãossérios, trabalhadores, honra-dos, para tentarem mandar algu-ma coisa.

Mas senhores Dirigentes doPartido Comunista Português:

– O Bom Povo de Portugalestá a acordar;

– Está a começar a ver e a terconsciência das vossas mentiras;

– Está a começar a ficar fartodas vossas falsas promessas e daagitação que criam!

– E está a ficar farto de todosvocês Dirigentes Comunistasque os andam a enganar há 32anos.

O que vocês queriam, narealidade, era conquistar o Po-der em Portugal, para fazeremaos Portugueses o que fizeram amais de 40 milhões de Russosque não vos queriam seguir.Mas não o vão conseguir. Nãonos vão poder matar. Não nosvão poder prender.

E sabem porquê? Porquecada vez menos Portugueses,verdadeiros, acreditam emvocês. Já foram derrotados noresto do Mundo, em 1989/1991.

Tenham paciência mas oscidadãos bons, ordeiros, hon-rados estão progressivamentea abandonar-vos porque estãofinalmente a descobrir as vos-sas mentiras.

Tomaram vocês, DirigentesComunistas, terem tido nasvossas hostes Sua Excelência oMajor Luís Alberto de Olivei-ra que muito fez pela sua ter-ra e muito honrou Coruche.

Mas ele não gostava devocês! E isso é que não lheperdoam!

Já agora não me perdoem amim, que também não gosto na-da, mesmo nada, de vocês Diri-gentes Comunistas.

Não gosto porque, os vossosaliados Russos, mataram mi-lhões de pessoas; Não gostoporque traíram os portugueses;Não gosto porque queriamimpor uma Ditadura (dita doProletariado) em que o Povo na-da mandaria;

Não gosto porque traíramPortugal, o meu País.

____

Page 18: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200718

O 25 de Abril de 1974,o subsequente período

revolucionário,e a Descolonização

Pode-se considerar esta datacomo a data de início de umperíodo de Interregno entre a2.ª e a 3.ª República.

Nesse caso, a ser aceite estaminha visão dos acontecimen-tos, este período de interregnodurou de Abril de 1974 a 1982,ano em que foi celebrado oacordo para a Revisão da Cons-tituição de 1976; ano em que seextinguiu o Conselho da Re-volução, em que o Governodeixou de responder perante oPresidente da República e emque foi restaurada a autorida-de civil sobre o poder militar.

Na madrugada de 25 deAbril era dado o sinal, atravésda emissão da música “Grân-dola Vila Morena”, nos Emis-sores Associados de Lisboa,para o início da movimentaçãomilitar que iria pôr fim à 2.ªRepública ou Estado Novo, quetinha durado, desde o plebiscitoà Constituição de 1933.

Regime que estava em con-strução desde 1926, quando umoutro golpe militar pôs termo à1ª República que tinha sidoinstaurada em 5 de Outubro de1910, que por sua vez, atravésde movimentações militares,tinha posto termo à 4ª Dinastiada Monarquia portuguesa.

Ou seja, toda e qualquer mu-dança de Regime, no séculoXX, em Portugal foi despoleta-da pelas Forças Armadas, nen-huma por civis.

Era deposto, como já vimos,na tarde do mesmo dia, o Pre-sidente do Conselho Dr. Marce-llo Caetano e todo o seu Gover-no e o Presidente da RepúblicaAlmirante Américo Tomáz, peloMovimento das Forças Arma-

das chefiado pelos GeneraisAntónio de Spínola e Franciscoda Costa Gomes, tendo o poderdo Estado sido depositado, pelaJunta de Salvação Nacional(constituída pelos Generais Spí-nola, Costa Gomes e Diogo Ne-to, pelo Coronel piloto-aviadorCarlos Galvão de Melo, Almi-rantes Rosa Coutinho e LeonelCardoso), saída do MFA, nasmãos do primeiro.

O que parecia uma transi-ção pacífica, não o foi. Na rea-lidade o poder acabou por sertomado por um golpe de Estado,liderado por militares, e deu ori-gem a uma ruptura administrati-va e constitucional.

Deu ainda origem, ao con-trário do que tem sido contadoaos portugueses, a milhões demortos nas três ex-ProvínciasUltramarinas de Angola, Mo-çambique e Guiné. Na realida-de, constatada no local pelo au-tor deste artigo, só em Luanda(Angola) de Abril de 1974 a No-vembro de 1975 morreram maisde 40.000 civis, brancos e negros.

Na Guiné os militares do 25de Abril abandonaram á suasorte milhares de soldados ne-gros, portugueses, que tinhamservido sob a bandeira de Por-tugal e que foram fuzilados pe-los comunistas do PAIGC.

Mas voltando á cronologiados acontecimentos, pode-sesistematizar o período subse-quente ao 25 de Abril de 1974,da vida nacional em 5 fases:

– a 1.ª fase - denominando-se como a fase da “queda doRegime” de 25 de Abril de 1974a 11 de Março de 1975, data dasNacionalizações;

– a 2.ª fase, dominada pela“Crise do 11 de Março” de Mar-ço de 1975 a 25 de Novembrode 1975, data da derrota do pro-jecto Comunista Revolucioná-rio;

– a 3.ª fase, “transição des-contínua” de Novembro de1975 a Abril de 1976, data dasprimeiras eleições democráti-cas, que o Partido Comunista eo MFA tinham tentado impedir;

– a 4.ª fase, ou da “Ins-tauração Democrática” de 2 deAbril de 1976 (data da Procla-mação da 1.ª Constituição daTerceira República) a Outubrode 1982, data da vitória daAliança Democrática nas elei-ções legislativas que agrupava oPPM, o CDS e o PPD;

– e a 5.ª fase, a “da Conso-lidação da Democracia”, entreOutubro de 1982 a 1986, entran-do-se a partir daí na “Normali-dade Democrática”. Não se irãodescrever todas as fases pois oâmbito destes artigos não é esse.

O golpe de Estado foi orga-nizado inicialmente por um con-junto de Capitães das ForçasArmadas. Convém para esclare-cimento dos portugueses, sobre-tudo dos mais novos que seconte agora a história verda-deira deste movimento, ulti-mamente muito romanceada,enaltecida e falsificada.

Assim o Movimento dosCapitães, que antecedeu o Mo-vimento das Forças Armadas,teve início em 9 de Setembro de1973, e teve como factor deagregação inicial uma reivindi-cação salarial e de condiçõesoperacionais, para melhor fazerface ao teatro de guerra. Isto é,os Oficiais do Quadro Perma-nente das Forças Armadas que-riam melhores salários e maismaterial de guerra para fazer fa-ce à guerra nas três províncias.

Para além destas pretensõesqueriam que se resolvesse emfavor dos Oficiais do QuadroPermanente o problema queos opunha aos Oficiais doQuadros de Complemento(constituído por Oficiais Mili-

cianos oriundos do recrutamen-to obrigatório). Os Oficiais doQuadro Permanente sentiam-seprejudicados por os OficiaisMilicianos, após cumpriremuma comissão de serviço noUltramar, poderem passar aoquadro permanente sem teremfrequentado a Academia Militar.

Este movimento, que tomouo nome de Movimento dasForças Armadas (M.F.A.), em 5de Março de 1974, foi-se politi-zando, através da infiltração deelementos comunistas, e produ-ziu um documento denominadode Programa das Forças Ar-madas que enunciava aquiloque era a sua opinião sobre oscaminhos que Portugal deveriapercorrer.

Pretendia o Movimento dasForças Armadas, como grandesobjectivos traçados no seuPrograma: 1) Renovar a classepolítica dirigente, 2) Descolo-nizar, 3) Democratizar a vidapolítica e 4) Desenvolver o país.

Pretendia o Movimento, aca-bar com o regime autocráticovigente e instaurar um regimedemocrático. Foram, quase deimediato, autorizadas as activi-dades de partidos políticos e oslíderes dos Partido Socialista(o Dr. Mário Soares, licenciadoem Letras pela UniversidadeClássica de Lisboa, que foi Mi-nistro dos Negócios Estran-geiros do 1º Governo Provisórioda 3ª República e eleito Depu-tado à Assembleia da Repúblicapara diversas legislaturas.

Foi também posteriormentePrimeiro Ministro por duasvezes (Iº e IXº Governo Cons-titucional) tendo depois sidoeleito como o 4º Presidente daTerceira República, e aindaDeputado ao Parlamento Euro-peu) e do Partido Comunista(o Dr. Álvaro Cunhal, licencia-do em Direito pela Univer-

sidade Clássica de Lisboa, quefoi Ministro sem Pasta do 1.ºGoverno Provisório, e eleitoDeputado à Assembleia daRepública para diversas legis-laturas), que se encontravam noexílio, regressaram a Portugal.

Instalou-se alguma confusãonatural num processo dito derevolucionário, deste tipo.

No campo económico foielaborado pelo Major MeloAntunes um plano, apresentadoe aprovado no seio do 4.º Go-verno Provisório, em 7 de Fe-vereiro de 1975 em que se pre-via a nacionalização de algumasempresas consideradas estratég-icas e a abertura do país à C.E.E.Não chegou a ser implementadodados os acontecimentos do 11de Março.

Convém relembrar a peque-na história do 11 de Março.Tinha sido lançado um “boa-to”?? de que estavam feitas lis-tas de pessoas a abater, naquiloque se chamaria de “matança daPáscoa”, entre os quais figura-riam o Gen. Spínola e todos osoficiais da sua linha.

Ora já tinha havido prisõessem julgamento de várias pes-soas. Em face disto o regimentode Pára-quedistas de Tancosavançou sobre Lisboa. Mas semresultados por desarticulação eincompetência da sua cadeia decomando.

Na ressaca deste fracassadomovimento de tropas, o GeneralSpínola saiu para Espanha, e o3.º Governo Provisório caiu. Foiinstituído o Conselho da Re-volução, formado por militaresdos três ramos das ForçasArmadas que tomaram o poderreal.

Foi formado o 4.º GovernoProvisório ainda com os mes-mos partidos que já vinham do1.º Governo Provisório: PCP,PS e PPD, a que se juntaramindependentes e militares.

A Junta de Salvação Nacio-nal e o Conselho de Estadoforam extintos passando ahaver um domínio da vida na-cional por parte do MFA, atra-vés do seu Conselho Coorde-nador, já claramente dominadopelos Comunistas.

____

(continua no próximo número)

ESTUDO, PROJECTO E MONTAGEM DE SISTEMAS DE REGARações • Adubos •Sementes • Produtos Fito-Farmacêuticos • Produtos e

Equipamentos para Agricultura e Jardim • Redes de Vedação • Postes TratadosPlásticos de Cobertura • Tubos e Acessórios para Sistemas de Rega e Canalizações

Equipamentos para Cozinhas e Casas de Banho • Motobombas, MáquinasAgrícolas, Portáteis e de Jardim da prestigiada marca HONDA

Produtos e Equipamentos para Tratamento e Manutenção de Piscinas

Dr. Miguel Mattos Chaves *

A UNIÃO EUROPEIA

* Gestor e Mestreem Estudos Europeus

pela Universidade Católica

A Europa em mutação e as opções PortuguesasA orientação de política geral portuguesa do final da 2.ª República.

A ruptura política do 25 de Abril e os novos desafios político-diplomáticos

(parte II)

Telef/Fax 243 675 862 Móvel 962 939 710 E-mail [email protected] de Olivença S/N – 2100-151 CORUCHE

ERVANÁRIACENTRO DIETÉTICO

Est. da Lamarosa, Lote 9 - Lj H - Stº Antonino • CorucheRua de Olivença - C. C. Horta da Nora, Lj 17C • Coruche

Rua Dr. Bombarda, 51 • Couço

Tlm. 966 588 060

Page 19: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 19

Este homem quer atenção.Olha no horizonte. Nada sente etudo vê. Um ocidente acidenta-do, um oriente orientado –direcção errada diz quem sabe –Uma guerra a meio do globo,outras tantas que despontam nassuas pontas. Rest´Antárctidaantes do mais que previsto der-retimento. Um russo pesca nummar gelado um peixe grelhadoem grelha americana fabricadaem Cuba.

Anda tudo à paisana, car-navais de árabes e arabianos,padres pomposos ex-francis-canos. Francisca tinha um talho,confiscaram-no. Ambrósio fun-dou uma empresa, pobre de sinão se privatizou o bastante. Foiviver pr´Alicante.

Mui ordenado reino esperan-do a impaciência lusitana. Tal-vez prá-semana. Bem-vinda se-ja a União africana ao nossohumilde reduto em jeito de ci-meira. Até me vem a catarreira.Os ingleses que se zanguem, foipara isso que se inventou o chá.Globalização empedernidamen-te inevitável. Ordem no texto.Ordem no país. Ordem no mun-do.

Já lá vai o tempo dos xerifese dos cavalos que agora apare-cem multiplicados por trezentos

e sempre à porta de casa (navesespaciais).

E lá vai ele, tal como veio aomundo. Badala de mente e decanastro. Carrega em mãos umlivro de El Saramago, constaque para acender uma fogueira.Um homem nu sem eira nembeira. Tem fome: comida chine-sa, tem sede: cerveja chinesa,está farto de estar nu: roupa chi-nesa, quer trabalhar : olha, olhaaprenda chinês ou a tocar piano.Diz que a terra gira assim.

Narciso o senhor que seapaixonou por si próprio quan-do se reconheceu no reflexo deum lago, casou-se pelo registo.A boda era cara. Narciso vivejunto a si e consigo. Chamamegoísmo a este tipo de felicida-de, como se a emissão de juízosfosse cândida e altruísta. Anda-mos todos enganados, terra daburla e do aldrabo. Imposto em-busteado.

Pensei fugir escapando pelaauto-estrada, reparei na porta-gem era certa a derrapagem e abancarrota a consequência fatal.Querem fugir? Só pelas estradasnacionais, que infelizmente sãomais fatais, talvez pelo prego afundo que transforma um pai defamília num moribundo. Vaidevagar emigrante, ouve-se no

altifalante. A rádio e os anún-cios, o tempo de antena exigido,requerido, pretendido, consumi-do, assumido, presumido, per-seguido, distinguido, obstruído,inefavelmente conseguido pelateimosia televisiva. Mudem decanal. Mudei.

Está tal e qual a mesma coisaque é coisa nenhuma. “Troqueide televisão o problema estavana rua, nos passeios, nos andan-tes, nas pessoas, talvez nos seuspensamentos e desatei a rir” –cogitou o E.T. “Cogito ErgoSum, penso logo existo, querdizer insisto em dizer que penso,quando na verdade decoro,ainda por cima em espanhol” –insistiu enquanto preparava afogueira.

No final da rua encontrava-se um precipício. Já chinesa-mente vestido e alimentado, defogueira feita e livro desfeito emjeito de feitura da fogueirapropositadamente incendiado,parou diante do precipício. Pen-sou pensamentos, sentiu sen-sações, vibrou vibrações, gritougritos de fúria furiosa enterne-cendo ternuras curiosas decuriosidade que observavamobservações. Percebeu a falta desentido da sua viagem. Perdeu acoragem. Recuou.

O governo oferecera-lheuma reforma já por si reformadade tão velhota. E lá foi ele empelota, desta feita por con-vicção. Rebobinou toda a estra-da que fizera de livro na mão ecalculou a probabilidade domesmo fado voltar a acontecer.Começou a chover. O resultadodeu-se por infinitesimal, comvírgulas e zeros à esquerda e àdireita como no parlamento ovalem que os palradores fingemdores que deveras não sentem.Diz que mentem, não acredito.Disfarçam. Isso já sim, isso jásinto, isso sim já me sinto maisconfortável.

Arrumo o computador, em-pacoto a dor, ligo o aquecedor,gasto luz mas pago-a e acabopor me esquecer de borla. Aliáso esquecimento é o que há degratuito. Esqueçam-se... esque-çam-se...Vegetarianos e canibaisà briga pela sobremesa numrestaurante de comida luxem-burguesa.

O burguês come o luxo. Oluxo come o burguês. Migalhasde ostentação preocupam a me-sa. Tenho a certeza.

Resumo o texto numa fraseque ainda não sei qual é. Podeser esta “não sei qual é”. Quenão se procure ordem num texto

que quer espelhar desordem.Longe daqui tragédias clássicasde fim do mundo, e filosofias deesquina de um ser humanosemimorto. O que há é o que seé. O que se é agora é dúbio ou énada. Isto está mesmo estranho,já olharam à volta? Quem cala arevolta?

Afinal o homem continuanu, porque nem tempo teve parase vestir. Afinal o livro que tinhaem mãos era uma autobiografiade algum ex-bigbrother queexplicava como aprendera alavar a loiça na casa mais vigia-da do país. Afinal o precipícioera um mero degrau, que separaa cozinha da sala de jantar.

Afinal o E.T. é você e sou eu.Afinal tudo está bem no reino daVestefália portuguesa e no im-pério dos crisóstomos no globoda terra. Já ninguém berra.

Os homens da gravata têmrazão, embora desconfie dostrezentos cavalos à porta de suascasas. Uma palavra que finde erime com casas: Enxurradas. Éo que temos, e quem sabe se nãoserá o que somos.

E.T´s no nosso próprio plan-eta. Era só o que nos faltava.

____* Lic. em Filosofia

Uma delegação da Organização dasNações Unidas para Agricultura e Ali-mentação, FAO, deslocou-se a Lisboa,para discutir com o governo português apossibilidade da abertura de um escri-tório da agência da ONU no país.

O grupo chefiado pelo director-geralda FAO, Jacques Diouf, reuniu-se com osecretário-executivo da Comunidade dosPaíses de Língua Portuguesa, CPLP,Luís Fonseca, para revitalizar projectosde parceria entre as duas entidades.O porta-voz da CPLP, António Ilharco,afirmou que “principalmente será emÁfrica, nos países africanos e em Timor,e tudo relacionado com projectos degestão fundiária, com ordenamento do

território, os aspectos legais associados,agricultura, pequenos agricultores. Po-derá haver projectos de micro-financia-mento agrário para formação e capa-citação, acções de formação de capaci-dade técnica para as pessoas do Estadoe sector público, promoção de políticasagrárias”, explicou.

Segundo a CPLP, a cooperação coma FAO existe desde 1999, mas projectosde combate à fome e de desenvolvimen-to rural recentes levaram à uma reformu-lação da parceria.

A FAO informou que as iniciativasserão realizadas em todos os países delíngua portuguesa com excepção dePortugal.

PENSAMENTOS

E.T´s

FAO discute com Portugalpossível abertura deescritório em Lisboa

A Agência Internacional de EnergiaAtómica, AIEA, lançou um alerta sobreo tráfico ilegal, roubo e perda de materi-al nuclear em todo o mundo. Segundo aAIEA, mais de 250 casos foram registra-dos nos últimos dois anos.

Um relatório, publicado pelo bancode dados de tráfico ilegal da agência,revela que a maioria dos incidentes estárelacionada a materiais como urânionatural e enriquecido. De acordo com aAIEA, em mais de 70% dos casos, oroubo de material nuclear não foi recu-perado.

O relatório indica que as substânciaspodem ser usadas de má-fé. O documen-to nota que o contrabando de materialradioactivo é prova da falta de medidasde segurança e controlo.

Desde Dezembro de 2006, o bancode dados da AIEA já registrou 1080 inci-dentes envolvendo o movimento indevi-do de material radioactivo.

Agência da ONUalerta sobrecontrabando de material nuclear

Luis António Martins *

Um homem caminha indiferente. Nu, de roupas e sensações. Mostra-se como nasceu e passeia-secomo ninguém o quer ver. Existe, mas não para os outros. Sussurra-se como um confidente de si próprio,

segredando a quem do seu dentro atende a um pedido de atenção.

cortesia: http//radio.un.org/por

Page 20: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Espaço Clean festejou trêsanos de vida, no passado dia 29de Setembro, numa festa repletade gente gira e muita animação.

Foi em Outubro de 2004 quea casa abriu portas. Corucheesteve alguns anos sem “pistade dança”, depois do fecho damítica Pink Panther, sentiu-semuito a falta de um espaço ondese pudesse beber um copo até

mais tarde e dar um pé de dança,a abertura do Clean veio preen-cher uma lacuna na noitecoruchense.

A gerência do Espaço Cleandiz-se orgulhosa destes três anosde vida, “estamos todos de pa-rabéns, nós e os nossos clientes,mostramos que também se faznoite em Coruche… acredita-mos que no futuro vamos viver

noites ainda melhores, começa-mos a ter cada vez mais clientesde outros concelhos, o que sig-nifica que o Clean começa a seruma referência na noite daregião”.

Até ao fim do ano o EspaçoClean vai apresentar várias fes-tas, destaque para o sábado, 6 deOutubro com a actuação da con-sagrada DJ M.Dusa (vencedorado prémio revelação femininade 2006) e para o sábado, 13 deOutubro, em que noite vai serrevivalista ao som dos anos 80!

FOROS DE VALE MANSOS2100-037 CORUCHE

VITOR F. MESQUITA• Divisórias • Tectos falsos • IsolamentosTérmicos e Acústicos • Aproveitamentode Sótãos • Pinturas • Chão Flutuante

Telef.: 243 619 451Tm.: 933 89 32 74

A empresa do sector agro-industrial de cereais, AtlanticMeals, inaugurou no passadomês de Setembro, no concelhode Coruche, uma unidade derecepção e secagem de arroz, noBiscainho, e uma nova linha nafábrica do Monte da Barca, numinvestimento total de 4 milhõesde euros.

Com esta aposta, a empresareforça os seus graus de eficiên-cia e qualidade, numa estratégia

que foi responsável pela certifi-cação ISO 9001: 2000 para aempresa e para todos os seus

produtos. Durante o primeirosemestre deste ano, a AtlanticMeals facturou 14,3 milhões deeuros, mais 41% do que emigual período do ano passado.Em 2006, o volume de negócioshavia sido de 22 milhões deeuros e a quota de mercado de17% na transformação de arroze 56% de milho, secagem e ar-mazenagem. “Para 2007, hánovas perspectivas de cresci-mento pretendendo-se fechar oano com 30 milhões de euros defacturação, mais 36% do que oano passado”, afirma NunoMarques, administrador de pro-dução e qualidade.

A Atlantic Meals exporta13% da sua produção. Os prin-cipais mercados são o ReinoUnido, Polónia, França e Espa-nha. Seguem-se Angola, Finlân-dia e Suécia. Entre os principaisclientes, a empresa conta a He-ro, Jerónimo Martins, Insular, ElCorte Inglês e Milupa. Fundadaem Novembro de 2005, a em-presa é detida em partes iguaispela Herdade da Comporta, da

Espírito Santo Resources, e pelaPortalimpex-Certejo, cada umacom uma participação de 50%.

As duas unidades de pro-dução de cereais instaladas emCoruche têm capacidade paraprocessar 100 mil toneladas.Cerca de 60% da matéria-primautilizada é nacional. No anopassado, a empresa trabalhoucom 200 produtores portugue-ses e adquiriu 15% do total daprodução nacional de arroz.

“A capacidade de laboraçãoestava esgotada” e era precisoreduzir custos energéticos elogísticos, assim como o tempo

de colheita, e responder às exi-gências em matéria de quali-dade, segurança e higiene ali-mentar, explicou Luís Marques,administrador executivo da em-presa.

Este ano, a Atlantic Mealsestima alcançar 30 milhões deeuros de facturação, mais 36%face a 2006. A previsão é impul-sionada pelo volume de negó-cios que atingiu no primeirosemestre deste ano, superior em41% face ao período homólogo.

____

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200720

AAttllaannttiicc MMeeaallss iinnvveessttee 44 mmiillhhõõeess eemm CCoorruucchhee

leia o “DESTAQUE” na página 40

Novos investimentosA empresa de transformação de carnes Tomás e Ferreira

pretende investir cerca de 1,5 milhões de euros na construçãode uma nova unidade em Coruche.

Também a Laverde, empresa da área dos cosméticos quedesenvolve actividade industrial na Branca quer expandir asua unidade industrial e instalar-se na zona industrial deMonte da Barca.

Espaço Clean comemora 3 anos

Page 21: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 21

Hélio Bernardo Lopes *

POLÍTICA

Com gosto foi como retomeio visionamento do programa“Quadratura do Círculo”, sobre-tudo, depois do escaldanteVerão político e social que aindadecorre. Infelizmente, boa partedos temas mais escaldantes nãofoi ali tratada, mas há um que ofoi e que merece aqui umareflexão simples: a correctíssi-ma afirmação de José PachecoPereira, de que os portuguesesestão a viver pior e sem hori-zontes.

É claro que esta mais queevidente razão de José PachecoPereira, de há muito sentida pelagrande maioria dos portugueses,é acompanhada do beco semsaída em que ele próprio, comopor igual o seu partido, até mes-mo o Presidente da República,de há muito se colocaram.

Como pude já esclarecer osmeus leitores, as sucessivassondagens que continuam a dara José Sócrates e ao seu partidouma mais que confortável maio-ria, muito próxima da absoluta,talvez mesmo a absoluta, deve-se, precisamente, ao facto de seperceber esta realidade simples:é verdade que cada novo diamais dificuldades traz aos por-tugueses, mas estes facilmentepercebem que o pensamentopolítico dos partidos da anteri-

or coligação só tornaria tudoainda muito pior. A evidência!Se o meu caro leitor tiver, por-ventura, tomado conta da recen-te ideia de Daniel Proença deCarvalho, de que a privatizaçãodo Sistema Fiscal seria muitobenéfica para o País, porquealiviaria os encargos do Estadonuns fantásticos milhões deeuros, ou mesmo milhares demilhões, facilmente perceberácomo a mesma não passou deuma tristíssima ideia, porqueassim se abririam as portas a umenorme mundo de influênciasde todo o tipo, sobretudo, porparte de quem pudesse controlar,privadamente, esse novo sistema.

Ninguém certamente imagi-na que uma tão infeliz ideia,como esta de Daniel Proença deCarvalho, não tenha já merecidoo apoio de José Pacheco Pereira,ou de António Lobo Xavier,como da enorme maioria dosnossos políticos do PSD e doCDS/PP. Quem sabe se o pró-prio Presidente Cavaco Silvatambém se não mostraria adeptode uma tão perigosa iniciativapolítica? De facto, só mesmovendo e ouvindo.

Acontece que nada nos per-mite imaginar uma soluçãodeste tipo não venha a ter lugarno âmbito deste Governo de

José Sócrates. Basta que tenha-mos presente quanto se temvisto e aos mais diversos domí-nios. Depois do modo trucidan-te como o combate ao enrique-cimento ilícito foi por águaabaixo, deixando pelo caminhoa mais que lógica e natural so-lução apresentada por João Cra-vinho, esta mais recente iniciati-va de Daniel Proença de Carva-lho, se acaso vier a ser posta emprática, de algum modo, peloactual Governo, constituir-se-áno maior empurrão à impuni-dade no domínio do combate àfuga ao Fisco.

Um dado é certo: até agora ecom Teixeira dos Santos nasFinanças e Manuel Macedo nosImpostos o arrecadar de mil-hões por parte das nossasautoridades públicas fiscais temsido um êxito. Ora, Manuel Ma-cedo já lá vai e o que virão a fa-zer José Sócrates e Teixeira dosSantos só o futuro poderá mos-trar. Mas lá que há um incómo-do grande ao nível empresarialpor via da veloz cobrança dosimpostos em fuga, bom, isso étambém uma realidade.

Veremos se esta infeliz ideiade Daniel Proença de Carvalhovirá a fazer vencimento junto doGoverno do Partido (designadode) Socialista. Vamos esperar...

No passado dia 1 de Maio,entrou em vigor o Decreto-Lein.º 77/2007, de 29 de Março de2007, que aprovou a Lei Orgâ-nica da Autoridade Nacional deSegurança Rodoviária (ANSR).Esta sucede à Direcção-Geral deViação (DGV) nos domíniosdas políticas de prevenção esegurança rodoviária e das con-tra-ordenações de trânsito.

Contrariamente ao que acon-tecia com a DGV, a ANSR nãodispõe de estruturas desconcen-tradas para a gestão das contra-ordenações.

Tendo em conta esta reali-dade e com o objectivo de seasseguraram as actividades iner-entes às contra-ordenações ro-doviárias que obrigam à interac-ção com os cidadãos, como sejaa guarda e devolução de docu-mentos apreendidos ao abrigodo artigo 173.º do Código daEstrada e aos processos relati-vos à execução das sançõesacessórias aplicadas no âmbitodos processos de contra-orde-nação rodoviária, foram cele-brados protocolos entre a ANSRe os Governos Civis.

Assim, a partir de 1 de Outu-bro, os Governos Civis passama: Guardar e a devolver os docu-mentos apreendidos (título decondução, livrete, título de re-gisto de propriedade, certificadode matrícula) ao abrigo do arti-go 173.º do Código da Estrada;Receber e a guardar os títulos decondução ou os documentos deidentificação de veículo paracumprimento de sanção acessó-ria de inibição de conduzir ouapreensão de veículo; Registar ocumprimento da sanção acessó-ria e a emitir o auto de entregade documento; Receber e a re-gistar defesa, pedidos de paga-mento da coima em prestaçõesou dilação do prazo de paga-mento e impugnações judiciaisque, após registo, são reencam-inhados à ANSR para aprecia-ção, no âmbito dos respectivosprocessos de contra-ordenação.

Nestas circunstâncias, todosos cidadãos poderão dirigir-seaos Governos Civis dos distritosonde residem, onde passarão aser tratados todos os assuntosrelacionados com as matériasacima identificadas.

A propósito da intervençãodo Primeiro-Ministro portuguêse Presidente da União Europeiaem exercício, no passado dia 25de Setembro em Nova Iorque,na Assembleia Geral das Na-ções Unidas, apelando à aboli-ção universal da pena de morte,“Os Verdes” vieram afirmar oseu total apoio a este apelo.

“Os Verdes” em comunicadoafirmaram que “enquanto par-tido ecologista que assume asupremacia de valores como opacifismo e a dignidade da pes-soa humana, não poderíamosdeixar de apoiar esta iniciativado Governo português, assu-

mindo que em pleno século XXIa abolição da pena de morte éum imperativo em defesa dosdireitos humanos”.

Foi com este espírito que pe-diram ao Primeiro Ministro Só-crates que apele também à abo-lição universal da utilização eexploração do Nuclear, incluin-do a sua utilização para produ-ção de energia, considerandoque o Primeiro Ministro portu-guês, enquanto Presidente daUnião Europeia no semestreque está a decorrer, “deve fazerum apelo ao abandono univer-sal da utilização do nuclear”.

Ter a razãoe o beco sem saída

Governo Civilcom novas competênciasna segurança rodoviária

É verdade, meu caro leitoramigo: sabe se já foi aprovado otal tratado europeu que tinhasido encomendado à presidên-cia portuguesa? É uma pergun-ta com lógica, porque o Minis-tro dos Negócios Estrangeirosdo Reino Unido, David Miliband,deu há dias a conhecer que o seupaís não vai referendar o ditotratado.

Ora, como certamente estaráo meu caro leitor recordado,José Sócrates, até o PresidenteCavaco Silva, disseram-nos sem-

pre que, primeiro, havia queelaborar o tratado, e só depois sediscutiria o seu modo de ratifi-cação. Portanto, aquela minhapergunta é natural e legítima: oleitor sabe se já temos tratado?

Mas o meu caro leitor tam-bém já se deverá ter dado contade que o PSD, tal como os seusdirigentes, deixaram de falar napromessa que também fizeramaos eleitores e aos portugueses,que era a de que se bateriampela realização desse tal referen-do. E o meu caro leitor vê algu-

ma preocupação daquele partidoem face dessa tal promessa?

Porque não chamam LuísAmado à Assembleia da Repú-blica e lhe colocam o que todostemos podido ver, ou seja, quenão há político europeu que senão pronuncie sobre o modo denão ratificar o tratado, mesmosem ele estar pronto? Ou seráque já está feito e nos queremfazer uma surpresa?

____

* Analista Político

Mas já temos tratado?apoiam Sócrates

no fim da pena de morte– e querem o fim do nuclear

Page 22: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

Pessoalmente gosto de corri-das mistas, dado que quandodespertei para as coisas da festa,o extreme era excepção. Eramraras (ao invés do que aconteceagora) doses maciças de “ferra-duras”, e só muito excepcional-mente ocorriam corridas “àespanhola”, ou melhor dizendoà meia espanhola, que varas eestocadas se guardavam na

gaveta. A corrida mista era oprato forte da ementa dos anoscinquenta e sessenta, e não meapetece agora esmiuçar o por-quê do declínio, não me escu-sando no entanto de referir que aforça do saudoso José Mestre

Baptista, o desaparecimento detoureiros a pé com capacidademobilizadora para a bilheteira,e, o surgimento de empresáriosex-forcados, serão quiçá a gé-nese de tão profunda alteração.Uma boa conversa para o In-verno…

Fizeram as cortesias, LuísRouxinol e Ana Baptista no quea cavalo reporta e “Juan Bau-

tista” Jalabert Fournier e LuísFilipe Vital da Silva “Procuna”com o encargo das faenas danoite. O grupo de forcadosAmadores de Alcochete assu-miu o encargo das pegas, e con-fessemos que teve uma noite

duríssima, em que malgradocom honra para o convento, nãoconseguiram concretizar nenhu-ma pega à primeira.

Estou cansado de dizer queas lides a duo só resultam quan-do os cavaleiros se entendem.Como não foi o caso, logo noprimeiro da noite o Luís e a Ana,estiveram discretos até abor-receram. Um toiro é algo maisque um “paliteiro” em que sedeixam os ferros da ordem.

Um aborrecimento, quetorna evidente que um cavaleirose não pode deixar incluir numcartel de qualquer maneira. Ébom que se lembrem, às vezes,que têm um nome e uma car-reira a defender…

E agora, à guiza de aviso nãobebi vinagre ao pequeno-almo-ço, neste dia em que vos escre-vo. O azedume é o resultado doque vi e que senti e na verdadeas lides a pé, em que os toirosestiveram por cima a grande dis-tância dos toureiros, foram tãosó “pueblerinas”.

Que bons os tempos em queo Armando esteve por cima doCordobés, em que o Simõescilindrou o Paquirri, em que oAmadeu mandou o Mondeñopara casa; ao que parece e seconstata tinham qualidade para

tanto. Num confronto desigual,em que Juan vem credenciadopor muitas corridas toureadas,um bom número de orelhas eportas grandes em Espanha e nasua França, seria de esperar queo Luís se aproveitasse de “van-tagem” da ausência de sorte devaras e dissesse – Aqui Estou!

O que só fez com os palitro-ques na mão, coisa que o opo-

nente deixou para a quadrilha. Acorrida soube-me a pouco;sendo um “Gaulês” e o outro de“Peleia”, estava caminhandopara a praça em busca de con-fronto que se visse, e, quasenada.

Bautista limitou-se a estarvulgar e “Procuna” pouco me-lhor. Para dizer a verdade, só afechar a praça houve um pou-quito de bom toureio quando ofrancês realizou um bom quitepor verónicas a que o moiteirorespondeu por “delantalos” e“tafalleras”.

Se já atrás vos disse que aganadaria está de parabéns por-

que os exemplares enviadosestiveram por cima dos tourei-ros, é evidente que no meu sen-tir, contar para aqui os passosque deram (ou julgam quederam) mais não seria que tentaraborrecer-vos. Mas, para encer-rar, as lides individuais doscavaleiros pouco acrescentaramao brilho da sua carreira.

Quer Rouxinol, quer Ana,podem ser “classificados” (e,perdoem-me a barbaridade, quea arte não se qualifica!!!) comotendo tido prestações asseadas.Curto para um e curto paraoutra. São Dias!

Face ao exposto, estou de-serto de presenciar uns quantoscartéis que para aí estão anunci-ados. É que isto de ser aficiona-do, como um dia disse o JeanCau, é acreditar em Reis Magose conseguir ver a estrela que osguiou.

____* Médico veterinário

e escriba taurino

Uma mistaUma mista, por favor! Dr. Domingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Campo pequeno, 20 de Setembro, toiros de duas ganadarias – Hºs. de Paulino da Cunha e Silvapara o confronto com os cavalos e de Vinhas para o toureio a pé.

Juan Bautista, num derechazo Procuna, num natural

Tauromaquiasuplemento

Coordenação de Domingos da Costa Xavier

Não pode ser vendido separadamente.

Director: Abel Matos Santos • Registo ERC 124937Este suplemento é parte de O Jornal de Coruche nº 18, de Outubro de 2007

Travessa de Stº Antão, nº 8 a 11 (perto do Coliseu de Lisboa)

Telefs. 213 427 424 – 213 427 687 [email protected]

aceitam-se reservas para grupos (sala no 1º andar)

Especialidades: Frango no Espeto(1º em Portugal)

Peixe Fresco no Carvão

Restaurante Churrasqueira

Aberto todos os dias

(desde 1950)

Bonjardim CORUCHECORUCHELISBOALISBOA

Especial idade Carne na BrasaEspecial idade Carne na Brasa

Cruzamento de CorucheTel. 243 618 319

Encerra à Segunda-feira

R. das Necessidades, 18-20Tel. 213 958 304/5Fax 213 958 306Tlm. 917 505 313

Encerra ao Domingo

Fotos: Joaquim Mesquita

Page 23: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

Anunciada como corrida das três ger-ações em competição, a corrida ficou-setão só como cumprindo a data, que narealidade competição não houve nenhu-ma, e, como provarei, nem podia haver.

Reparem no cartel; João Moura,

Victor Ribeiro e o cavaleiro praticanteFrancisco Palha. Forcados de Santarém eMontemor, que competiram em tempos eagora com estatuto atesourado, quase selimitam a estar (dignamente, é verdade).

Uns toiros eram de Lupi, ex--

Escudero e agora Bohorquez, encasteUrquijo, ao momento pouco em moda.

Ora, pesem as boas intenções daempresa, em cuja honestidade piamenteacredito, como é que alguém conseguepôr a competir um praticante com o vet-erano Moura e com o “Mavi” e suas pre-tensões pelo meio (a ver se não se des-cuida e não fica tão só pelas mesmas,especialista que se está a tornar emperder nos bastidores o que conquista nasarenas, e digo-o com mágoa, já que con-tribuí para lhe outorgar um Troféu“Equitação”), maldosamente, e de inicioquase podíamos considerar a publicidadeenganosa, mas não vamos por aí e pense-mos tão só em “ingénuo” exagero pub-licitário, pensando que no futuro pensa-rão em conceitos inócuos que não ofer-eçam flancos.

Vamos lá então à corrida. O Moura éo Moura e só compete com ele mesmo,quando está bem ou quando está mal, ouassim-assim, como nesta noite aconte-

ceu. Tal como vimos um Romero ou umPaula, triunfar ou fracassar, mas sempreguardávamos do que deles víamos umpoucochinho de toureio puro, também aover João Moura sempre sobra algo pararecordar das suas prestações.

No primeiro touro o segundo curto foitão só antológico, o quarto idem e aolidar o seu segundo, o quarto da ordem,creditou-se com o parar recebendo commestria e com os dois primeiros curtostão perfeitos, que todos, todos os cava-leiros os gostariam de assinar. Dir-me-ãoque é pouco para tal figurão, mas anteseste genial pouco do que nada.

Victor Ribeiro, que se apresentavaesta temporada no Campo Pequeno,praça em que na temporada passadaestreou a Porta Grande, esteve longe damemória do triunfo que tal possibilitou.

O seu princípio teve ferros muitoaplaudidos, mas em meu modesto enten-der lidou-o às avessas, o que não quer

Qualquer Coruchense que demande ocampo, estará recordado da simpática ehonorável figura do Dr. Fernando Sal-gueiro, charneira da dinastia toureira doseu nome (e já lá vão cinco gerações) eexímio calção, que se maior não foi emfama, só se deve ao facto de ter evoluídonas arenas em tempos em que ginetes deoiro pouco espaço deixavam aos alter-

nantes. Apesar do que digo, vezes semconta ouvi exclamar aos velhos aficiona-dos que uma tarde de Salgueiro em Algésera a sua melhor recordação taurina detoda a vida.

Cavaleiro ortodoxo e rigoroso, comrara propensão para o entendimento dasmontadas, que adestrava e colocava comminúcia, transmitiu o que sabia a seufilho Fernando Andrade Salgueiro quedele tomou o que quis aprender, e,esmerou-se a ensinar o seu neto João,com carinho e paciência que se esperados avós, e, o João aprendeu e o que leva

de carreira disso dá conta. Tudo isto apropósito do bom que esteve JoãoSalgueiro em Coruche no passado dianove de Setembro.

No cartel e nas cortesias JoaquimBastinhas, Rui Salvador e João Salguei-ro, e também os Grupos de ForcadosAmadores de Vila Franca e de Coruche,para lidar e pegar um curro de toiros bem

arrobados com Ferro Passanha.Com a praça composta, Bastinhas,

igual a si mesmo, esteve melhor no seusegundo, e até o habitual par de rematelhe saiu com compromisso e verdade;Rui Salvador não está de facto num bommomento, a ressentir-se quiçá da lesãoque o fez interromper a temporada trans-acta e se é certo que com a honestidadedo seu estar jamais defrauda a verdade éque também não entusiasma. Passou porCoruche e enfrentou dois toiros e o me-lhor que dele podemos dizer é que se viucom agrado.

A despesa do triunfo redondo estevede facto a cargo de João Salgueiro. Noseu primeiro, um coiro franco que sedeixava e nada mais, empolgou em lideem que pôs de si o que o toiro não tinha.A fechar a praça, dir-vos-emos que defacto salvou a tarde, dado que teve ocondão de lidando com verdade eemoção conquistar a unanimidade do

conclave, a que soube como diriam osespanhóis pôr “los pelos de punta”, tal origor com que concretizou as viagens e asreuniões, em monte perfeita, sem alardesescusados nem disparates em moda,deixando provado que ainda o envolvemos ares da Azervada, isto é os saberes queatesourou do seu honrado avô. Salvou defacto a tarde; graças ao que fez o públicosaiu da praça com vontade de voltar, e édisso que a festa vive.

Os seis “Passanhas” da tarde forampegados com sorte diversa pelos gruposde forcados amadores de Vila Franca de

Xira e de Coruche. Foram solistas PedroCastelo, Ricardo Castelo e RicardoPatusco (com a melhor pega da tarde)por Vila Franca, e, António Macedo, Má-rio Rosa (rijo à segunda) e José Tomaz“Faísca”, por Coruche.

Sem acrescentar que se veja à glóriada história da praça, da corrida, merecemde facto registo os “Ares da Azervada”

que por lá se respiraram, matéria grata aCoruche, por mais que ao momentoSalgueiro viva em Valada, preparandomontadas para os seus triunfos, e, aju-dando o que pode o seu filho que seanuncia João Salgueiro da Costa, comobem sabemos, e se se recordam, pro-dução Coruchense, esperança da con-tinuidade da dinastia, garante da sãtradição que entusiasma as gentes dasbordas do Sorraia e de todo o país.

____Domingos da Costa Xavier

escriba

IITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007

Ares da Azervada

Prga rija de António Macedo pelo grupo de Coruche João Salgueiro, num bonito ferro curto

Fotos: Joaquim Mesquita

Tel. 243 689 331

Estrada Municipal 515 • 2100-651 Biscainho – Coruche

Cozinha Tradicional Ribatejana

CCaammppoo PPeeqquueennoo,, 66 ddee SSeetteemmbbrroo

> continua na página seguinte

Page 24: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007III Tauromaquiasuplemento

dizer nada, dado que escutouuma ovação de luxo quando sedestribou. O quinto da ordemque também lidou foi o maispotável e bravo da corrida e ocavaleiro umas vezes esboçou eoutras concretizou ferros depoder a poder, que se agrade-cem, mas é facto que arrancan-do o toiro de tudo quanto erasítio, bem mais arte poderia oVictor ter posto na sua lide.

Francisco Palha surgiu nacorrida na pele do “calimero”dos desenhos animados. Mon-tando primorosamente, não seintimidou, e soube com a garrasuperar as lógicas carências.

Vê-lo a cavalo quase equiva-le olhar para uma fotografia dofamoso Morgado de Coxas,malgrado lhe falte o bigodito,mas a postura é ortodoxa eimpecável. Tem sentido de lide,entende os toiros, busca o triun-fo sem concessões e queiram osdeuses que se não estrague.

Não podemos, é facto falar aseu respeito em qualquer triunfoempolgante que tenha posto a

praça euforicamente em pé, masna realidade com honesta postu-ra triunfou e foi para muitos queo não haviam visto uma reve-lação. A propósito foi precisa-

mente agraciado com o troféu“Revelação” da revista Equita-ção e o prémio diz respeito aouniverso hípico, que não só aotaurino, razão porque daqui o

felicito e incentivo.E agora a forcadagem, que

como já se viu era compostapelos veteranos grupos de San-tarém e Montemor. Honraram

as jaquetas que envergaram,mas destaque mesmo merecemas pegas do novel cabo deMontemor José Maria Cortes ede João Mantas do mesmo gru-po a fechar a praça, com o pegãoda noite.

Em síntese, olhando para onosso actual panorama afigura-se dificílimo montar cartéis eco-nomicamente viáveis e cominteresse em Portugal. Pensemum bocado e verão que não éfácil. Fácil também não será quese façam aficionados com corri-das montadas para cumprir ca-lendário. É um pau de dois bi-cos, sendo que um deles é rom-bo. As empresas existem paraganhar dinheiro, que nunca parao perder, mas com saudávelequilíbrio (numa praça de tem-porada umas dão para as outras,a não ser que todas sejam más!)é possível que montem cartéisem que o sal e a pimenta se re-velem.

A festa precisa de tais tem-peros!!!

Domingos da Costa Xavier

No tempo em que a praça detoiros de Lisboa se encontrouencerrada para obras, a praça detoiros Daniel do Nascimento, jácom venerável passado e boahistória, assumiu no tecido tau-rino nacional tão alta fasquia,que ao momento, a que se temanunciado como “a maior emelhor feira taurina nacional”, éum bico de obra para qualquerempresário que se atreva a mon-tar os seus cartéis. É preso porter cão, é preso por não ter,como sabiamente reza o ditopopular.

Este ano, a feira da Moitacomeçou a 10 de Setembro,com uma corrida chamada das“figuras do futuro”, que enfren-taram uns novilhos gordos comferro do Eng.º António Silva(gordos de mais para o seuesqueleto, e, conheço bem a ga-nadaria...), novilhos que forampegados pelos grupos de forca-dos amadores de Lisboa e doMontijo. No cartel estava anun-ciado Francisco Cortes, que des-graçadamente se não pôde apre-sentar face a uma intervençãocirúrgica a que foi sujeito emconsequência de súbita apen-dicite; daqui lhe enviamos votosde rápido restabelecimento e acerteza (já provada) de queseguimos acreditando no seutoureio. Substituído por Tito

Semedo, o de Beja teve que secontentar em estar diligente faceao canastrão que enfrentou.

Continuando, esteve na are-na Marco José, eterna promessaadiada, que depois de se terdeixado agarrar pelos peitos,montando um cavalo de crinaspretas, deixou constância de quetem algo a dizer, sobretudo exe-cutando dois soberbos ferros emsorte de violino.

Seguiu-se-lhe Carlos Alves,cavalheiro a1cochetano de SãoFrancisco que esteve enorme,com emoção e muito ligado,agradando em pleno, e afirman-do em pletora que contra ventose marés tem uma palavra adizer.

Devia seguir-se-lhe na or-dem de lide o cavaleiro PedroSalvador, mas acontece que oanimal a lidar surgiu na arenacongestionado e foi devolvido acurrais, o que viria também aacontecer e pelo mesmo motivocom o “sobrero” que devia lidarno final. Estranha coincidência,que o levou a ter saído da Moitacom o simples participar nascortesias, e motivando umabronca, que sem razão legal, sejustifica, dado que a Moita temprestígio que baste para quemais sobreros aguardem noscurrais.

Lidou depois Gilberto Filipe,

ousado e alegre um dos maispesados da corrida, e, o públicoem voto livre conferiu-lhe odireito a estar na corrida deQuinta-feira. Desastrado mes-mo esteve Filipe Gonçalves emnoite que quererá esquecer, emais não digo, se bem que menão escuse a aqui afirmar quecom a “artilharia” que coloca naboca dos cavalos lhe será sem-pre difícil (se não impossível...)que o avaliemos pela positiva.

Os forcados tiveram umanoite digna e dura e que se des-taquem as pegas de João VascoLucas, por Lisboa e as de JoãoPaulo Damásio e Isidoro Cimepelo Montijo (aliás os dois quepegaram)... Enfim, uma corridacom pouca história!

Dia 11 de Setembro, pelatarde, exemplares de Hºs deVarela Crujo para os matadoreslocais, “Procuna”, “Parrita” e“Velásquez”. O curro saiu des-luzido o que baste para que senão possa falar de tarde de tri-unfos. “Procuna” esteve bemcom o capote e como é hábitoem bandarilhas e diligente per-ante o mais potável da corrida.

“Parrita”surpresa da tarde(pelo pouco toureado que vai natemporada) e fez o que pôde, emtoureiro, quer bandarilhando,quer com a muleta e agradou.“Velásquez” a contar com o

vinagre do sorteio, teve que selimitar a exemplos esparsos dasua toureria, com pormenoresaqui e ali, o que se lamenta. Quese louve a empresa por ter dadositio aos toureiros da terra, e,que se louve a Moita por teracorrido à praça na expectativade ver triunfar os seus toureiros.Foi bonito!

A corrida de dia 12 foi anu-lada, ao que parece pela vontadede um tal Diego que se diz dePuebla del Rio, mas que nasceuDiogo no Porto Alto e Venturade apelido, que considerou queo piso estava impróprio para alide face a trovoada ocorridapelas sete da tarde. Os mata-dores anunciados “Pedrito” eAntónio Ferrera, compareceramà hora da corrida, mas a empre-sa entendeu não haver condi-ções, e, os pupilos de Conde Ca-bral voltaram para o carro semserem lidados, ao que parececom o conluio de todos.

Acabou a feira com a tradi-cional corrida dos seis cava-leiros de Quinta-feira. Os toiroseram da herdade de Pégoras eembora dignos, de condiçãodiversa. Para lhe dar lide LuísRouxinol, Rui Fernandes, VítorRibeiro, Sónia Matias, GilbertoFilipe e João Moura Caetano. Adestacar, talvez a segunda parteda lide de Caetano, que do meu

ponto de vista se havia apostadoem fazer o seu toureio e sódepois (e triunfando) se dispôs apraticar o que o toiro lhe pedia,e, também a brilhante pega dedespedida de João Camejo, como nosso conterrâneo Galveiasnas ajudas (que também se des-pediu), forcados do G.F.A. doAposento da Moita que soube-ram andar na festa com profun-da umbria, o que se lhes agra-dece.

De referir também o firmeque esteve na arena Netino Wen,a que o toiro complicou a vida, eque saiu da arena de maca apóster pegado, o que se salienta porevidenciar a sua fibra.

Enfim, mais uma feira daMoita que marcou o calendário,como de costume em época devindimas, e por assim ser há quedizer que nela vimos “muitaparra e pouca uva”. Não é grave,para o ano há mais, e, bem espe-ramos por melhor safra.

Que se saliente a belíssimacapela que a S.M.T. fez constru-ir perto do Pátio de Quadrilhas,e a cuidada exposição que Vic-tor Emanuel elaborou a propó-sito do 120.º aniversário de Da-niel Nascimento; passe o quepasse a Moita segue em gran-de...!

Domingos da Costa XavierCortesia da Revista Equitação

A Feira da Moita

Campo PPequeno, 66 dde SSetembro> continuação da página anterior

Cortesia

Page 25: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

IVTauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007

Uma lide consistente, valorizada pelaentrega do toureiro, preocupando-se emfazer as coisas bem feitas. Elegeu os ter-renos perfeitos para executar as sortes,entrando de frente e cravando a rigordominando os remates com arte e ador-nos de classe.

Rui Salvador lidou o sobrero devidoao seu primeiro ter saído inutilizado paraa lide. Uma lide típica do ginete deTomar, com valor e raça, tanto nos com-pridos como nos curtos cravados de altoa baixo entrando nos terrenos de juris-dição do toiro. Luís Rouxinol desen-volveu uma boa lide deixando os com-

pridos à tira e os curtos de frente rema-tando com poder, com o senão de sofrerum forte toque na montada ao rematar alide com um palmito.

Ana Batista teve de se haver com ummansote complicado que em nada lhefacilitou a vida. Ana sofreu uma fortecolhida contra tábuas mas com o seudeterminante valor empenhou-se a fundopara cumprir com a função dando a voltapor cima.

Gilberto Filipe andou em bom plano,chegando fácil ao público desenvolveuuma lide movimentada, alguma veloci-dade nas montadas mas a alcançar bons

momentos durante a lide cravando maio-ritariamente a quarteio.

Filipe Gonçalves iniciou bem a suaparticipação nesta corrida mas ao segun-do curto a sua montada foi colhida viven-do-se momentos de pânico na arenafelizmente sem consequências de maior.Filipe já havia conseguido bons momen-tos rematando as sortes com piruetas vis-tosas. Rematou a lide com um palmitosuperior.

A pegar a corrida, três grupos emconcurso de pegas, por Coruche HugoGraça à primeira e Ricardo Dias á segun-da. Pelos amadores de Alcochete, Hugo

Branquinho e Pedro Gil ambos à primei-ra. Pelo Aposento da Moita, José Bruegaà terceira, com o toiro a pô-lo dentro datrincheira e por fim Nuno Carvalho àprimeira. Os toiros de Conde Murçasaíram desiguais de comportamento eapresentação.

No início das cortesias guardou-seum minuto de silêncio em Memória doganadeiro António José da Veiga Teixeirafalecido dias antes.

Dirigiu superiormente Júlio Gomesassessorado pelo Dr. José Luís Cruz, pe-rante um terço de entrada na tarde de 16de Setembro em Almeirim.

A corrida realizada na Nazaré a 8 deSetembro, integrada nas suas tradicionaisfestas, teve como ponto alto a entrega decavaleiros e forcados para suplantar asdificuldades dos cinquenhos de OrtigãoCosta, desencastados e sem força, em-pregando-se nas pegas, intercalados comdois de Rui Gonçalves, (3.º e 4.º), escas-sos de peso mas encastados e com raça.

Rui Salvador andou encontrou-semais com o seu toureio no quarto, levan-do emoção às bancadas com os ferroscom entrada ao piton contrário e a cravarde alto a baixo. A abrir praça andou reg-ular dentro da lide possível.

João Salgueiro, a realizar uma exce-lente época mais uma noite onde rubri-cou uma boa actuação diante do segundotoiro da corrida. Com montadas que lhepermitem executar o toureio que levadentro de si, Salgueiro suplantou as difi-culdades do oponente com determinaçãoe génio. Um toiro que se adiantava,sacou-lhe investidas em curto para reunir

a preceito e deixar a ferragem com todoo mérito. Diante do quinto, uma lideregular, reconhecendo o toureiro, e bem,que não era merecedora de volta no final,uma atitude de verguenza toureira!

Ana Batista rubricou uma actuaçãotriunfal diante do primeiro astado do

Eng.º Rui Gonçalves. Lidou-o com cate-goria, definiu bem os terrenos, as distan-cias e a lide foi toda ela de refinado inter-esse. Tanto nos superiores compridos àtira como nos curtos de frente ou a quar-teio rematados artisticamente, impondo asua classe de lidadora por excelência

fazendo levantar euforicamente o públi-co das bancadas. A encerrar a corrida,perante um mansote sem força, limitou-se a cumprir com a papeleta numa lidepautada pela entrega num ritmo cres-cente encerrando a série de ferros regu-lares com um palmito vistoso.

O Grupo de Forcados Amadores deCoruche teve uma prestação importantenesta corrida. Miguel Raposo e CarlosGranadas, ambos à primeira e PauloLopes à segunda, mérito para os ajudas,decisivos para o êxito do grupo. OsAmadores do Aposento da Chamuscatambém estiveram em plano de destaque,António Melara Dias e João Vinagreambos à primeira e Pedro Coelho dosReis apenas consumou á quarta,mostrando uma garra e estoicismoenorme para levar de vencido um opo-nente extremamente difícil. Perante trêsquartos de casa dirigiu com a classe desempre o maestro António dos Santosassessorado pelo Dr. Francisco Barata!

Troféu para Gaston Santos

CCaavvaalleeiirrooss ee FFoorrccaaddooss eemm NNooiittee GGrraannddee!!

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Fotos: Joaquim Mesquita

* crítico taurinoAlmeirim voltou a ter a sua corrida das vindimas, este ano contou com um triunfo domexicano Gaston Santos na lide ao último da tarde.

Joaquim Mesquita *

Gaston Santos, o triunfador da corrida

Grupo de Forcados Amadores de Coruche nas cortesias

Pega de Ricardo Dias, pelos forcados de Coruche

Page 26: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

No passado dia 30 de Agos-to o Campo Pequeno anunciavamais uma corrida do SportingClube de Portugal, alicerçadacom um interessante e promis-sor cartel que prometia nova-mente encher a primeira praçado país.

Anunciada estava a vetera-nia de Joaquim Bastinhas e ajuventude e irreverência deJoão Moura e João RibeiroTelles filho, lidando 6 exem-plares de Pégoras que haveriamde ser pegados pelos homensdas jaquetas de Lisboa, Coru-che e Portalegre.

Por volta das 21.30H apraça da capital começou a en-cher ao som de fados de artistasbem conhecidos como AntónioPinto Basto, Maria Armanda,Teresa Tapadas e José da Câ-mara que entreteram e diverti-ram o público já presente,dando assim início a uma noiteque tudo indicava que pudesseresultar em pleno.

E assim foi, 22hora, praçacheia em Lisboa e para as cor-tesias saem os artistas notoria-mente bem dispostos e a querer“apertar”. Para o primeiro danoite sai Bastinhas que enfren-tou um toiro de Pégoras bemapresentado e que cumpriu nageneralidade. Após três com-pridos à tira e bem rematados,Bastinhas regressa montado noPinto Barreiros, cavalo de ex-traordinário arranjo e que che-ga muito ao público, e com oqual coloca dois curtos degrande categoria, deixando-sever no cite, alegrando, partindorecto ao toiro e depois cobran-do no alto. Já ao som de músi-ca e com o conclave conquista-do viria a trocar uma vez maisde montada com a qual colocou

mais dois curtos bem consegui-dos, para por fim assinar a sualide com o par de bandarilhas,desta vez conseguido ao segun-do intento, que resultou vibran-te. Séria e entusiasmante a lidedo veterano cavaleiro de Elvasque assim punha alto o nível doespectáculo.

Para o segundo da ordemsaiu à praça João Moura filho,ginete seguidor da escola “Mou-rista” que muitos êxitos temalcançado esta temporada. Parareceber o toiro, João montadono cavalo “Lince” prescindedos seus subalternos e após boabrega coloca dois compridosbem conseguidos, para aqui-latar o que o toiro exigia.

Nos curtos sacou então oseu “Belmonte”, cavalo estrelada quadra que com o seu tou-reio encimista de recortes e debrega ladeada fez as delícias dopúblico presente. Quatro curtose um palmo resumem a lide do

cavaleiro de Monforte, quemuito e bem porfiou e que semais não conseguiu foi porqueo toiro a dada altura deu a sen-sação de uma certa inferioriza-ção o que por vezes lhe tiravaum pouquinho de transmissão.Apertava assim Moura filho emantinha alto o nível do espec-táculo.

A fechar a primeira parte,coube a João R. Telles Filholidar o toiro menos pesado dacorrida que em nome da ver-dade se diga deixou-se tourearmas foi o mais exigente daprimeira parte. João com toda asua escola e carisma tão pessoale natural que vem encantandotoda essa afícion portuguesa,não deixou cair o tom triun-fante do espectáculo. De saídae montando o “Bacatum” foiesperar o inimigo à porta dossustos e realizou uma gaiolaentusiasmante, dobrando-semuito bem com o toiro para

depois já com ele colocadodeixar três compridos de inex-cedível correcção.

Nos curtos e com o toiro jáa esperar um pouco mais nomomento da reunião, Joãoreentra em praça montado no“Pintor”, e após um primeirocurto a experimentar a lide foisubindo cada vez mais de tomsendo o segundo curto umdaqueles de antologia, pois otoiro ao esperar, exigia que ocavaleiro lhe pisasse os terre-nos e João entrando de frente eindo um nadinha ao piton con-trário deixou um grande ferro.

Em seguida e apercebendo-se que o toiro estava a vir umnadinha a menos, Telles filhosaca a sua égua de confiança ecom ela rubrica o êxito, colo-cando um ferro de violino paralogo em seguida com o toirocolocado cravar um palmito deestrondoso impacto que pôs oCampo Pequeno em polvorosa.O toureiro Coruchense marca-va assim a sua primeira lide deforma redonda.

Seguiu-se o intervalo, eapós a primeira parte que haviasido de grande intensidade, asegunda mostrou-se em parteum pouco diferente tendo aténa minha opinião arrefecidoum pouco o ambiente. Basti-nhas enfrentou-se com umPégoras de extraordinária pre-sença mas que não facilitou olabor do cavaleiro. Cravou aferragem da ordem com volun-tariedade e após a cravagem dopar de Bandarilhas, viria a saircom o carinho do público a seulado, mas já sem a espectacu-laridade da primeira lide.

O quinto da corrida viria aser lidado por Moura filho queapós dois compridos de boa

nota partiu para a série de cur-tos. O toiro exigia uma bregacuidadosa, e que se zelasse pelasua investida e a verdade é queembora João tivesse muitomérito e raça nas sortes cambi-adas que efectuou com o “Ho-rizonte” a verdade é que estaspor vezes desequilibravam emdemasia o toiro, e, faltou à lideuma brega mais consistenteuma vez que para a eleição dosterrenos eram constantes asintervenções e avisos dos peõesde brega. No entanto uma lidecom coisas boas e também doagrado do público.

Porém o melhor estavaguardado para o final. O sextotoiro não destoando dos seusirmãos de camada serviu, eJoão R. Telles filho tirou dotoiro tudo o que havia a tirar, epôs ainda o que a este faltava.Nos compridos montando o“Oriente”, João colocou doisferros de boa nota soberba-mente rematados de forma tou-reiríssima.

Daí para a frente foi a esca-lada para o êxito total, nos cur-tos montado o “Ojeda”, Joãocolocou uma série de quatrocurtos daqueles que ficam namemória. O toiro apresentava-se voluntário e o toureiro pondotoda a sua “chispa” em praça,estando confiado, moralizado ea gosto foi criador de uma bre-ga inexcedível, intuitiva e de-pois teve o condão de frentepartir para o toiro, levantarmuito bem o braço e deixar aferragem no alto do morrilho, oque nesta altura já colocava oCampo Pequeno em pé.

Porém a demonstração datoreria de João não se ficou poraqui e sacando o inevitável

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007V Tauromaquiasuplemento

Sonante Triunfo de João Ribeiro Telles FilhoLisboa, Campo Pequeno 30 de Agosto 2007 – Corrida SCP

Com duas corridas no mes-mo dia, 8 de Setembro, o caboAmorim Ribeiro Lopes dosAmadores de Coruche aprovei-tou para rodar a rapaziada noFestejo realizado na desmontá-vel instalada em Sousel.

A aposta foi ganha, pois osjovens demonstraram valor nasreuniões e coesão nas ajudas,permitindo três pegas ao pri-meiro intento sem dificuldades,por intermédio dos forcadosPedro Galamba, Luis Gonçal-ves e Ricardo Dias.

O outro Grupo em Praça, os

Amadores de Monforte execu-taram duas pegas à segunda ten-tativa e uma à primeira, pelosforcados Rui Espiguinha, PedroMendes e Carlos Lopes, respec-tivamente.

Quanto às lides a cavalo, otriunfo sorriu a Sónia Matias, adeixar constância do seu valornas duas lides, primeiro dianteum novilhote de Cunhal Patrícioe depois com um de Rosa Ro-drigues, mais móvel.

Francisco Núncio, que sub-stitíu o anunciado Cortes, andoufiel ao seu estilo e cumpriu a sua

função, sem comprometer. Atourear praticamente em casa,Tiago Carreiras não teve dificul-dades em chegar às bancadasdiante o seu primeiro adver-sário, num toureio vistoso ecomunicativo.

Ao último, o jovem pratican-te mostrou vontade mas andoude mão incerta.

Direcção acertada de Antó-nio Garçoa com assessoria vete-rinária do Dr. Jorge Moreira daSilva.

____Texto e foto de Hugo Fialho

Triunfo dos forcados mais jovens de Coruche em Sousel

Texto de Rodrigo Taxa

>>

Page 27: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

É bem sabido queninguém é eterno, sen-do até que os america-nos costumam dizer quea única coisa que o indi-víduo tem na vida émorrer e o pagar impos-tos, e, assim sendo te-mos que encarar a rea-lidade, conquanto noscuste aceitar que assimseja, e, acreditem sei doque falo.

É óbvio, que pormuito que se equacionea previsibilidade de umdesfecho jamais nosencontramos prepara-dos para o enfrentar equando nos toca pes-soalmente dói, dói muito, razão que me levadesde já a endossar à família, o meu respeito.

Respeito que mereceu também e sempre afigura falecida, dado que nesta ambiênciaactual que cada vez mais me parece falha devalores, sempre revelou um senhorio ao seuestar, que nesta hora importa esclarecer.

Atravessou na vida fases tantas, que sócom estaleca as suportou. Primeiro, naturalherdeiro do senhor seu pai, foi violentamenteconfrontado com essa herança; AntónioFeliciano Branco Teixeira, foi de certa formaum pai do povo, permanentemente disponí-vel para ajudar e resolver, sendo certo quemuito a Vila ainda lhe deve (até a recupe-ração da Boa Memória… mas essa conversafica para outra ocasião…) e acontece quepresto se exigiu a seu filho que actuassecomo seu continuador, no possível e no im-possível, com o granjeio dos anticorpos natu-rais quando o impossível se tornava reali-dade.

Mas o Senhor António José, soube supe-rar todas as adversidades sociais, e impor-secomo pessoa, na adversidade da perca de umfilho (o saudoso Fachuca) sendo certo que seestamos “preparados” para sepultar nossospais, jamais o estamos para o fazer aos filhos,e que se saliente também o avô extremosoque soube ser face às complicações que nafamília lhe surgiram e que resolveu agigan-tando-se, sendo pioneiro em diversos aspec-tos do viver da Vila e do País, e aí fica comotestemunho o que soube ser como agricultor,dirigente e até mecenas, sempre disposto ainovar, a estender uma mão onde a mesmafazia falta, sem pensar no simples lucro masolhando com visão de futuro a clareza dascoisas.

Dotado de pertinente e superior inteligên-cia, disse-me um dia (aquando da minha pas-sagem pelo “arroz” em Coruche) que o actoagrícola já não começa pelos granjeios de la-voura adequados à sementeira, mas antes sim

pelas leituras dos Diá-rios da República. Deu--me que pensar, masbasta-nos olhar para opresente para lhe outor-garmos a sageja do ra-ciocínio já lá vão trintae tal anos.

Socialmente, cum-priu integralmente o seupapel chegando em si-multâneo a dirigir emCoruche a Irmandadede Nossa Senhora doCastelo, a Misericórdiae o Lar de São José,situação que creio únicae que é bem prova dasua disponibilidade.

A nível nacional,que se saliente a sua acção na AssociaçãoCentral da Agricultura Portuguesa e osmuitos lugares (alguns como de costume pio-neiros) que ocupou nas estruturas representa-tivas da agricultura, onde sempre fez sentir asua capacidade gestora.

Acontece que para além de tanto pragma-tismo era um romântico. Nascido e criadoentre cavalos e toiros, bem cedo, aquando dasua estada na Escola Agrícola se fez forcadoe bom nome deixou como cernelheiro doGrupo de Santarém (em tempos em que pon-tificava Ricardo Rhodes Sérgio, que se lem-bre).

Como criador de reses bravas, não lhechegou o potencial genético do Armenttoherdado de seu pai e preito se abalançou aadquirir ferro, antiguidade e existência doDuque de Tovar, sendo que com sabedoriabem cedo transformou o que criava em mate-rial apetecível às figuras, chegando a lidarmais em Espanha e França que entre nós,sem que jamais se escusasse a lidar do me-lhor que julgava possuir em Coruche, sempre(para lá da economia) a sua Praça de eleição.

Dispiciendo se revela que continue a enal-tecer junto dos meus paisanos a figura verti-cal de António José da Veiga Teixeira, dadoque dele sabem mais que eu.

A seu tempo também uma das melhoresvaras do Ribatejo e inovador o que baste paraque, por exemplo, tenha imaginado o “Cor-tejo Etnográfico e do Trabalho” que tanto nosagrada e enobrece as festas da Vila. Com pre-tensão biográfica, e sem sequer ter necessi-dade de consultar fontes, para aqui estaría--mos falando da sua figura honesta mais umcarradão de texto.

Importa, importa mesmo, é que se digaque a Vila ficou de Luto.

Deixou-nos um homem de bem!

____Domingos da Costa Xavier

Coruche ficou de LLuto

VITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007

Se de uns animais queremoso trabalho, de outros a lã, deoutros o leite, de outros a carne,o que pedimos ao toiro é tão sóque seja bravo.

De todos os outros índicesde taxa de desempenho sãofáceis de avaliar, no que toca àbravura tem muito que se lhediga, dado que por melhor queseja a apresentação e o “trapio”,só na arena perante a lide o toiroexterioriza o melhor (ou o pior)das suas características.

Criar toiros bravos, pelo quesupra afirmo é puro acto de fé, equem cria tão nobres animais,não raro é objecto de avaliaçãoiníqua, tão só porque o desem-penho do curro viciou as expec-tativas, esquecido o público quequem mais sente na alma oinsucesso é o ganadeiro, que du-rante quatro longos anos depo-sitou o melhor da sua esperançanos animai que enviou à praça.

É uma actividade em quenada é previsível e muito menosfácil. Irmãos de camada, exem-plares com excelentes notas,evidenciam comportamentostão diversos, que nos obrigam arespeitar a carolice de quem osproduz.

É por assim ser, que nosagrada referenciar quem pelapositiva se distingue. Em ver-dade, importa sublinhar o traba-lho ganadeiro, que com inteli-gência e argúcia se impõem,quer pela intuição do criador,quer pela “sorte” de ter lançadoàs vacas reprodutores que lig-aram bem.

Vem a arenga a propósito doque o maestro Enrique Poncedisse à “Aplausos” sobre osmelhores toiros que lhe tocoutourear nesta temporada (queuma lesão de ligamentos jáinterrompeu). Dos muitos queestoqueou salientou do alto seuestatuto quatro, um deles Por-tuguês, com ferro de PauloCaetano.

Sendo certo que todas asopiniões são importantes, namatéria a opinião do Chivas éimportantíssima. Um figurão,como Ponce, referir um toiroPortuguês como um dos maisimportantes da sua temporada éum elogio que devemos cantar.

Pelo antes, pelo de agora epelo que esperamos de futuro.

Parabéns Paulo Caetano…!____DCX

ParabénsPaulo Caetano

O P I N I Ã O

O toiro bravo é o único exemplar da ExploraçãoPecuária a que se exploram as características

cognitivas, isto é, o que leva dentro.

Retiniu o telefone, e, do outro lado recebi a notícia do passamento deAntónio José da Veiga Teixeira. Triste notícia, de facto…

“Dorey” colocou dois violinosque elevaram em uníssono apraça Lisboeta, praça cheiadesde a barreira às galerias, aaplaudir de pé o grande triun-fador da noite!!!

Se dúvidas alguém tivesse,nesta noite as dissiparia, poisficou provado que a juventudeda festa está assegurada e quepessoalmente com um trabalhodesta categoria e com a sorte eprotecção divina que em tudo énecessária na vida João RibeiroTelles filho, está posicionadopara uma carreira de sucessoque o levará concerteza à ribaltada nossa séria e mais profundatauromaquia a cavalo. Redondoe rotundo êxito este de JoãoTelles filho no Campo Pequeno.

Quanto à forcadagem, porLisboa pegaram Ricardo Eusé-bio e António Correia de Cam-pos, ambos ao terceiro intento.Por Coruche, pegaram AmorimRibeiro Lopes e Pedro Crispim,ambos ao primeiro intento, fa-

zendo este último a pega da noi-te. Finalmente e como não hábela sem senão, por Portalegreforam caras Nelson Baptista queesteve aquém do esperado o quelevou à bronca pois a pega viriaa ser consumada só à sétima ten-tativa, com o toiro completa-mente abafado e ao som dosassobios do público. No seu últi-mo toiro, o grupo recompôs-se eao primeiro intento João RomãoTavares consumou a pega resti-tuindo a honra ao seu grupo. Ostoiros de Pégoras estavam todoseles bem apresentados, cumpri-dores e no geral participativosno sucesso dos artistas.

Como nota final, como afi-cionado e todos nós como Co-ruchenses devemos ficar maisuma vez radiantes e agradecidosaos toureiros da nossa terra quemais uma vez elevaram consigoas cores de Coruche e da nossaTauromaquia!!

Bem haja toureiros!!

>>

Page 28: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

No passado dia 10 de Setem-bro realizou-se, no Salão Nobreda Câmara Municipal, a sessãopública de apresentação do Val-tejo Finicia Mação.

Depois do Cartaxo, Coruche,Abrantes e Almeirim, Mação foio quinto município do distrito aaderir ao Valtejo Finicia. Dina-mizado pelo IAPMEI a nívelnacional, na região de Santarémo Valtejo Finicia conta com aparceria da Nersant e a interven-ção da Garval.

Trata-se dum instrumentofinanceiro de apoio a micro epequenas empresas que permiteque estas se candidatem a umapoio que pode ir até aos 45 mileuros por projecto, sendo que20% da verba é disponibilizadapelo Município, sob a forma deapoio reembolsável e taxa dejuro 0. O parceiro financeiro doMunicípio de MAÇÃO será oBanco Espírito Santo que asse-gura 80% da verba, a uma taxaEuribor a 180 dias, spread de1.25%, sem comissões de avalia-

ção e sem arredondamento dataxa de juro. De salientar aindaque as responsabilidades de ca-pital assumidas pelo BES serãogarantidas em 75% por Garantiaautónoma da GARVAL, nas se-guintes condições: comissão degarantia de 1.25 e obrigatorie-dade de aquisição de acções naGarval no montante máximo de2% do valor da garantia pres-tada.

Podem candidatar-se ao Val-tejo Finicia micro e pequenasempresas (de acordo com a Re-comendação da Comissão Euro-peia 2003/361/CE) já exis-tentes, neste caso, com activi-dade no concelho de Mação ecom os seguintes CAES deactividade: Indústria – 10 a 37 e40101; Construção – 45; Co-mércio – 50 a 52; Turismo – 551a 554, 633, 711, 9232 a 9234,9261, 9262, 9272, 93041 e93042; Serviços – 72, 73, 74,9211, 01410, 02012 e 02020;Transportes – 602, 622, 631,632 e 634.

Valtejo Finiciachega a Mação

A Nersant está a receberinscrições de empresas do dis-trito de Santarém interessa-das em participar na distinçãoGalardão empresa do Anoreferente ao ano de 2006.__

Este é já um prémio de re-nome da região cujo objectivo édistinguir as melhores perfor-mances económicas, neste casodo ano passado. O empreende-dorismo, a capacidade de ino-

vação, a introdução de novastecnologias, a criação de postosde trabalho, a defesa do ambi-ente e a aposta na qualidadeestão entre os critérios que le-vam à selecção dos premiadosnas categorias de “Melhor Em-presa”, “Melhor PME” e “Me-lhor Micro Empresa”.

Quanto às distinções de“Mulher Empresária”, “JovemEmpresário” e “Prémio CarreiraEmpresarial” estarão sujeitas àapreciação de um júri.

As empresas interessadasem candidatar-se poderão fa-zer a sua inscrição até ao finaldo mês de Setembro.

Para mais informaçõescontacte

Núcleo Nersant de Santarém

telefone 243 321999

e-mailnú[email protected]

Galardão Empresa do Ano 2006

– Inscrições Abertas

SANTARÉM

Realizou-se a 18ª edição daFersant – Feira Empresarial daRegião do Ribatejo, inauguradapelo Secretário de Estado Ad-junto, da Indústria e Inovação.

O certame deste ano foi omelhor dos últimos cinco anosuma vez que se atingiu um nú-mero de 108 empresas/entida-des participantes, num total deespaços ocupados que ultrapas-sa os 165.

Além da feira em si, o des-taque da Fersant 2007 foi para agrande variedade de seminários

que se realizaram ao longo dosdez dias do certame.

A globalização dos merca-dos; o sector da Restauração e aResponsabilidade social foramalguns dos temas apresentados.

Paralelamente à Fersant, rea-lizou-se a V Mostra Gastronó-mica dos Templários, com apresença de cinco restaurantes ede seis adegas que deram a pro-var aos visitantes o melhor dagastronomia e dos vinhos daregião.

Fersant 2007

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200728

Decorreu no passado dia 8de Setembro a cerimónia de lan-çamento da primeira pedra dacreche do Centro de Bem EstarSocial de Santo Estêvão, Bena-vente, no âmbito do Programade Alargamento da Rede deEquipamentos Sociais (PARES).O Secretário de Estado da Pre-sidência do Conselho de Minis-tros, que presidiu ao evento, fa-lando da importância deste tipode equipamentos para a protec-ção social dos cidadãos.

A abertura de uma creche emSanto Estêvão, associada à redede acessibilidades e ao estudode instalação do novo aeroportono concelho, vem “tornar esta

freguesia mais atractiva, nãoapenas ao investimento turísti-co, mas à vinda de gente novaem período fértil”, argumentouo Presidente da Câmara Muni-cipal de Benavente. AntónioGanhão agradeceu ainda o em-penho do Governador Civil deSantarém na construção do no-vo equipamento, bem como asua sensibilidade para as ques-tões sociais.

Actualmente, o Centro deBem Estar Social de Santo Es-têvão possui um Centro de Dia eum espaço de Actividades deTempos Livres.

A creche, que estará prontadaqui a um ano, é uma valência

social que fazia falta, afirmou oPresidente da Direcção, DanielFerreira, que mostrou o desejode ver ainda criado um lar paraidosos.

O lançamento da primeirapedra é o primeiro passo de uminvestimento superior a 345 mileuros (dos quais o Estado supor-tará 56 por cento) que permitiráalbergar 33 crianças.

Ao som da Banda Filarmó-nica local, foi descerrada a placacomemorativa do evento, ondetambém esteve presente a Direc-tora do Centro Distrital de Segu-rança Social de Santarém, Ana-bela Rato.

___

SANTO ESTÊVÃONOTÍCIAS DO DISTRITO MAÇÃO

SANTARÉM

Creche já tem primeira pedra

Page 29: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Presidente da CâmaraMunicipal de Santarém, Fran-cisco Moita Flores, inaugurou aEscola de Amiais de Baixo, napresença de centenas de pessoasque fizeram questão de associara este momento. Com excelen-tes instalações, esta escola, mo-derna e funcional, é climatizadae está equipada com parqueinfantil e área desportiva.

Logo após a inauguração,

que foi abençoada pelo Bispo deSantarém, D. Manuel Pelino Do-mingues, o empresário JoaquimLouro Pereira, através da suaempresa Lourogest – Sociedadede Gestão Imobiliária, Lda.,assinou com o Presidente daCâmara Municipal de Santarém,Francisco Moita Flores, um pro-tocolo através do qual doou aescola e o terreno onde esta foiimplantada à autarquia.

Depois de uma visita à esco-la, todos os presentes dirigiram-se ao Centro Cultural e Recrea-tivo de Amiais de Cima ondeforam feitos os discursos e ser-vido um cocktail.

Na ocasião, Joaquim LouroPereira afirmou que a inaugura-ção desta escola constitui arealização de um sonho que oacompanhava há 48 anos, desdeda altura em que, ele próprio, foialuno na escola velha. O em-

presário, que falou muito emo-cionado, anunciou ainda o inter-esse em dotar a sua localidadede uma creche, cujo terreno jáse encontra adquirido, de um larde idosos e ainda de outros equi-pamentos que deixou em sus-penso. No seu discurso referiuainda a inteira disponibilidadepara continuar a apoiar “clubesdas redondezas, corporações deBombeiros do Concelho e ou-tras associações e entidadescom fins sociais”.

O Presidente da CâmaraMunicipal de Santarém, que en-cerrou a sessão, destacou e agra-deceu estas acções aludindo àpostura de modernidade empre-sarial do benemérito citandoAntero de Quental e dizendo sero Homem “belo, bom e grande”de que falava o célebre intelec-tual da geração de 70.

GI-CMS

Empresário doa escolaao Município de SantarémCentenas de pessoas associaram-se à Inauguraçãoda Escola Básica de Amiais de Cima

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 29

SANTARÉM

CARTAXO

NOTÍCIAS DO DISTRITO

A Câmara de Santarém lan-çou o Concurso Público Interna-cional para construção de umParque de Estacionamento Sub-terrâneo e reabilitação do Cam-po Sá da Bandeira junto ao Cen-tro Histórico da Cidade.

Esta obra, uma das maioresefectuada no Concelho, corres-ponde à concretização do anún-cio efectuado pelo executivo em5 de Outubro de 2005 da requa-lificação dos eixos estruturantese da criação do jardim da liber-dade como maior espaço de vi-vência pública no Concelho.

O anúncio foi publicado noJornal das Comunidades Euro-peias, em Diário da República eem jornais nacionais.

Com este procedimento omunicípio pretende constituiruma parceria público-privada,

em que o privado realiza o pro-jecto de execução e construçãode um parque público de esta-cionamento subterrâneo paraviaturas ligeiras, na zona doCampo Sá da Bandeira, caben-do-lhe igualmente a sua explo-ração, e a concessão de explo-ração dos lugares de estaciona-mento tarifado na via pública,através de parquímetros na Ci-dade de Santarém.

Com a reposição do pavi-mento será assegurada toda ainfra-estruturação à superfíciedo futuro Jardim da Liberdade,assumindo a autarquia a cons-trução de uma cafetaria, umaesplanada e a instalação da ilu-minação pública e do mobiliáriourbano. O valor estimado doobjecto deste concurso é de5.790.000,00 euros.

SANTARÉM

Construção deParque SubterrâneoSantarém abre Concurso Internacional

Já com doze edições realiza-das, o Challenger Nersant 2007apresenta um carácter mais lúdi-co e menos competitivo, direc-cionado sobretudo para o conví-vio e cooperação entre equipas.Uma das grandes novidades daedição deste ano é o factor decontar com o maior slide desempre.

O Challenger Nersant cons-titui uma oportunidade únicapara as empresas motivarem osseus colaboradores. São três

dias de grandes desafios e emo-ções, longe do stress da rotinaprofissional. Através de despor-tos radicais e actividades de estra-tégia, os participantes desenvol-vem o espírito de equipa, a lide-rança, a gestão do tempo, valo-res tão fundamentais no mundodos negócios.

A edição deste ano realiza-seno município do Cartaxo estan-do previstas provas que apro-veitem a envolvente natural des-ta zona da região.

Challenger 2007com maior slidede sempre

Prémio de Excelência EducativaInstituto de Educação e Formaçãodo Sorraia galardoado no Panamá

O Conselho Ibero-Ameri-cano para a Qualidade Educa-tiva atribuiu ao Instituto deEducação e Formação do Sor-raia, entidade que gere a EscolaProfissional de Salvaterra deMagos (EPSM) e a Escola Pro-fissional de Hotelaria e Turismode Lisboa (EPHTL), três galar-dões: Prémio de ExcelênciaEducativa, entrada para o qua-dro de honra do Conselho Ibero-Americano para a QualidadeEducativa e um DoutoramentoHonoris Causa.

Tudo aconteceu no passadodia 13 de Setembro, no Panamá,no final da III Cimeira Ibero-Americana para a QualidadeEducativa. Estes prémios foramatribuídos aos estabelecimentoseducativos pelo seu trabalhopedagógico assim como pelosprojectos académicos de cariznacional e internacional que têmdesenvolvido, disse Omar LealGarrido, presidente do Conselho.

Segundo explicou a direcçãodas duas escolas, tudo teve iní-cio há cerca de três anos quandoos responsáveis pela atribuição

dos prémios visitaram a EscolaProfissional de Salvaterra deMagos e a Escola Profissionalde Hotelaria e Turismo de Lis-boa. As várias deslocações aPortugal permitiram aos mem-bros do Conselho Ibero-Ame-ricano para a Qualidade Educa-tiva conhecer os trabalhos dosdois estabelecimentos de ensinoe analisarem os projectos acadé-micos já realizados e a realizar.

Além do Prémio de Excelên-cia Educativa, o Conselho Ibe-

ro-Americano para a QualidadeEducativa acabou por convidarMaria Salomé Rafael, presi-dente da direcção das duas esco-las, para ser uma das represen-tantes de Portugal deste Conse-lho, e atribuiu-lhe um Doutora-mento Honoris Causa pelo seuprofissionalismo e dedicação aomundo académico. Os três galar-dões acabaram por ser dedica-dos pela própria a todos os pro-fissionais que trabalham consi-go há quase duas décadas.

Page 30: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200730

A “Estufa Automatizada”,um projecto do Curso de Elec-trónica de Comando da EscolaProfissional de Salvaterra deMagos (EPSM), conquistou, napassada quinta-feira, dia 20, emTorres Novas, o prémio desig-nado por “Ideia Mais Inova-dora”. A iniciativa decorreu noâmbito do Projecto Iniciativ@,levado a cabo pela NERSANT(Associação Empresarial daRegião de Santarém) com oapoio do IDERSANT (Institutode Desenvolvimento Empre-

sarial da Região de Santarém).Este concurso de ideias de

negócio, onde participaram 27equipas (90 alunos) teve aindacomo grandes vencedores oProjecto “McMaq” (manuten-ção industrial e construção demáquinas) da Escola Profis-sional de Coruche que ganhou otroféu de “Melhor Trabalho deEquipa”, e o Projecto “Domo-constrói” (automação de mora-dias e edifícios) da Escola Pro-fissional do Vale do Tejo (San-tarém) que conquistou o galar-

dão de “Melhor Ideia Empresa-rial”.

Recordar que os três projec-tos vencedores vão receberapoios financeiros e equipamen-tos informáticos para podereminstalar e equipar as empresasque venham a ser constituídas.

Os galardões foram entre-gues aos vencedores por ValterLemos, Secretário de Estado daEducação, durante a realizaçãoda Fersant (Feira Empresarialdo Distrito de Santarém), emTorres Novas.

O distrito de Santarém regis-tou em 2006 uma média de 22transacções por minuto comrecurso a cartões de pagamento,o triplo do observado em Maltae mais de metade do verificadona Lituânia.

Neste distrito, na rede UNI-CRE, foram transaccionados388 milhões de euros em 2006,mais sete por cento que em2005, o correspondente a umtotal de 11,3 milhões de transac-ções, isto é, 31 mil transacçõespor dia, o que corresponde amais de 22 transacções por mi-nuto. Constata-se que 29 porcento das transacções são acrédito e 71 por cento a débito eos cartões estrangeiros repre-sentam ainda menos de quatropor cento do volume transaccio-nado, apesar de terem crescido24 por cento no último ano.

Os dados foram reveladospelo presidente da UNICRE,António Ramalho, durante aapresentação dos novos cartõesde crédito/débito exclusivos daCaixa de Crédito Agrícola Mú-tuo da Chamusca.

Portugal tem hoje cerca de17 milhões de cartões, que sãoaceites em mais de 150 mil pon-

tos de venda e que, só através daUNICRE, transaccionaram maisde 14 mil milhões de euros em2006.

“Num mercado exigente,sofisticado e moderno como onosso, os clientes pretendem ca-da vez mais 'Conveniência', 'Se-gurança' e 'Qualidade'. Não ad-mira, por isso, que a Caixa daChamusca queira responder aessa necessidade através de umnovo cartão exclusivo, com a suamarca, com a moderna tecnolo-gia do chip EMV e a preferênciade utilização do código, oextracto prévio e o pagamentodeferido”, acrescentou AntónioRamalho durante a sessão pro-movida pelo presidente daCCAMC, Vasco Cid de Castro.

A UNICRE fechou o anocom uma quota de mercado esti-mada de oito por cento emcartões de crédito e com 58 milterminais de pagamento auto-mático (TPA's), corresponden-tes a 37,5 por cento do mercado.

Ao longo de 2006 a UNI-CRE operou um total de 335milhões de transacções (mais de918 mil por dia), evidenciandoum crescimento de 4,6 porcento face a 2005.

As equipas premiadas foramas seguintes:

MelhorTrabalho de Equipa– McMaq da Escola Profissio-nal de Coruche. Trata-se de umprojecto de criação de uma em-presa de manutenção industrialao domicílio e construção de má-quinas adaptadas às necessida-des dos clientes desenvolvidopor uma equipa constituída pe-los alunos Mário pinheiro, Tia-go Neves e Tiago Pais;

Ideia Mais Inovadora –Estufa da Escola Profissional deSalvaterra de Magos. Equipaformada por Fábio Dinis, BrunoSantos, Frederico Lameiras eTiago Moreira que elaborou umprojecto de uma estufa automa-tizada que permite controlarautomaticamente variáveis co-mo a luminosidade e a tempe-ratura;

Melhor Ideia Empresarial– Domoconstroi da Escola Pro-

fissional de Vale do Tejo que de-senvolveu um projecto de auto-mação de moradias e edifícios(domótica). A equipa vencedoraé constituída por Nuno Casimi-ro, Flávio da Silva, João Simõese Tiago Rocha.

As três restantes equipasfinalistas receberam uma men-ção honrosa pelos seus projec-tos – Germicida, Jogos Didácti-cos e Arena & Tradições.

José Eduardo Carvalho refe-riu que com a entrega dos pré-mios Iniciativ@, a Nersant con-clui uma fase do trabalho de im-plementação de projectos na áreado empreendedorismo. Umaárea na qual se torna difícil otrabalho, não pelos alunos, quefacilmente entendem e adoptamconceitos como o de empreen-dedorismo e de trabalho em equi-pa, mas sim pela dificuldade emenvolver, neste tipo de projectos,os actores do ensino público.

No passado dia 23 de Setem-bro chegou ao fim mais umaedição da Fersant. Foi a 18.ªFeira Empresarial da Região deSantarém que este ano contoucom o maior número de exposi-tores desde 2002. Foram 108empresas/entidades participan-tes num total de 165 espaçosocupados. Ao longo de dez dias,milhares de pessoas visitaram ocertame ficando, assim, a pardas mais recentes novidades emtermos de produtos e serviçosdisponibilizados pelas empresasda região.

Paralelamente à Fersant, rea-lizou-se V Mostra Gastronó-mica dos Templários onde esti-veram presentes cinco restau-rantes e seis adegas que deram aprovar aos visitantes o melhorda gastronomia e dos vinhosdesta região. Nesta feira pro-cedeu-se à entrega dos prémios

Iniciativ@, onde foram distin-guidas as melhores equipas queparticiparam neste projecto.

À entrega de prémios pre-sidiram o Secretário de Estadoda Educação, Prof. Valter Lemos,o Presidente do IEFP, Dr. Fran-

cisco Madelino; o GovernadorCivil de Santarém, Paulo Fon-seca e José Eduardo Carvalho eSalomé Rafael, respectivamente,presidente e vice-presidente daNersant.

Projecto Iniciativ@ da NERSANT

Balanço Fersant 2007– Mostra Gastronómica e Seminários animaram certame

Prémios Inicativ@– Coruche distinguido

388 milhões de eurosde transacções anuaisno distritocartões de pagamento usados 22 vezes por minuto

Estufa Automatizada da EPSM ganhou “Ideia Mais Inovadora”

TORRES NOVASNOTÍCIAS DO DISTRITO SANTARÉM

Page 31: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 31

Portugal fundou Macau há450 anos e dentro de quatroanos, assinala-se a notabilíssimaconquista de Malaca por Afonsode Albuquerque, o segundoVice-Rei da Índia Portuguesa.Tudo começou em 1511 quandoo Sultão de Malaca e vassalo doImperador da China teve de de-bandar das terras que adminis-trava, restando esperanças que opedido de socorro enviado aoImpério do Meio fosse ausculta-do.

Este foi o momento da con-solidação da presença portugue-sa na Ásia-Oriental, lançandoPortugal em esforços de cooper-ação com os povos da região,tornando-se assim no primeiroEstado-Nação europeu a estabe-lecer relações e alianças diplo-máticas e militares desde o Sião,à China, passando pela Coreiaao Império Nipónico, entre ou-tras paragens.

Desde então, com Malacatomada, em 1513 o navegadorJorge Álvares a bordo de umjunco com adaptações tecnoló-gicas portuguesas, dando ori-gem à Lorcha – uma embarca-ção tipicamente luso-oriental,adaptada às águas pouco pro-fundas – foi quem delineou arota marítima para a China, tor-nando-se no primeiro navegadora dar às costas banhadas pelosMares do Sul da China e queteria desembarcado numa ilhamuito próxima de Macau.

Dos anos de 1553-4, perío-dos de estabelecimento dos por-tugueses em Macau, sob pretex-to para secar as mercadorias darota da China, a Coroa Portu-guesa passou por algumas difi-culdades em se fixar nos terri-tórios costeiros chineses, umavez que o Imperador Chinês to-mou medidas contra os portu-gueses em represália à conquistade Malaca. Macau neste perío-do, era então um enclave chinêsconstituído por uma ou outraaldeia de pescadores, e com me-nos de seis quilómetros quadra-dos.

Em 1557, com o aumento dofluxo comercial da rota, Macaucresceu como entreposto comer-cial, e foi então que o Imperadorda China da dinastia Ming, pas-sou a autorizar a permanênciados portugueses na “CidadeCristã” do enclave.

Dada a situação, foi fundadaa cidade de Macau, numa épocaem que Portugal já era a potên-cia europeia hegemónica naÁsia, constituindo como prova eacordo pela Santa Sé, o Padroa-do do Império Português doOriente. Esta lusa cidade funda-da por mercadores e clérigosportugueses, ilustremente con-hecida por Cidade do SantoNome de Deus, serviu aoImperador da China durantelargas décadas como uma fort-aleza avançada na manutenção

da segurança dos Mares do Sul,devido ao poderio naval por-tuguês e foi cobiçada pelosholandeses, durante os finais doséculo XVI a inícios do séculoXVII, com várias tentativas deataque e invasão, mas semprerepelidas pelos portugueses eseus filhos da terra, comemo-rando a vitória final, no dia deSão João, a 24 de Junho de1622, data essa tornada no diada Cidade. Posteriormente jácom D. Afonso VI, acrescentou-se à divisa do território ultra-marino, “Não há outra maisleal”, por ter sido a única praçaportuguesa a não reconhecer asoberania castelhana sobre Por-tugal e o seu Império, nem terhasteado as bandeiras dos Fili-pes de Castela. Desde então,volvidos 450 anos nunca maisMacau deixou de ter importân-cia estratégica regional ou ousa-damente dizendo mundial.

DAS MULTISSECULARESLUSAS LEALDADES

LOCAISUma vez que as paragens

orientais estavam bastante dis-tantes da capital e do centro po-lítico do Império Português, foiimportante lançar uma estraté-gia, desde Afonso de Albuquer-que, sustentada nos laços delealdade locais por parte de Por-tugal.

Ao contrário da prática colo-nial de outras potências que viri-am a seguir a Portugal, o Reinodas Quinas adaptou a sua juris-dição às tradições locais e acimade tudo os portugueses miscige-nizaram-se com as populaçõeslocais, criando uma elite por-tuguesa local, nascendo então os“Filhos da Terra” ou os Portu-gueses do Oriente.

No caso particular de Ma-cau, hoje com uma populaçãoque ronda os 500 mil habitantes,na sua maioria etnicamente chi-nesa, cerca de 200 mil dos quaistêm direito à nacionalidade por-tuguesa, enquanto que apenas

MMaaccaauu aa ppootteennttee ppllaattaaffoorrmmaalluussóóffoonnaa nnaa ÁÁssiiaa

Vitório Rosário Cardoso *

CRÓNICAS DO ORIENTE

O único território lusófono na região da Ásia-Pacífico, tem o nome de Macau e constitui na actualidade a principalplataforma de ligação e cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

Desde a data de 20 de Dezembro de 1999, Macau passou para a soberania chinesa, da oferta deste pequeno maspróspero enclave por Portugal em nome da amizade luso-chinesa.

“Das lusas vantagens no Extremo-Oriente”

> continua na página 32

Page 32: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200732

20 mil são os considerados por“jus sólis” e “sanguinis” portu-gueses, ou seja, os portuguesesde Macau, descendentes de por-tugueses.

Foi com esta ínfima popu-lação, sempre leal a Portugal sepôs a funcionar a administraçãopública, quando da metrópole seenviavam os governadores esuas equipas para governar, orarepresentando a Coroa, ora aRepública, os Macaenses, maisconhecidos por “Filhos da Ter-ra” ou Portugueses de Macau,constituíam e constituem a pon-te de ligação e de entendimentoentre o mundo ocidental e orien-tal, mais especificamente entre oMundo Português e Chinês.

Quase oito anos após inte-gração de Macau na China, acomunidade macaense tornou--se toda ela por lei, na comu-nidade estrangeira com permis-são de residência permanenteem Macau, ou seja, os macaen-ses tornaram-se juridicamenteem estrangeiros na terra ondenasceram, viveram e onde váriasgerações contribuíram para asua construção e desenvolvi-mento.

Comunidades como estas,Portugal têm-nas espalhadas portoda a Ásia marítima, o que setraduz num capital humano, cul-tural e histórico favoráveis àcooperação portuguesa com aÁsia, bem como à defesa dosinteresses nacionais lusos, nes-tas regiões do mundo.

MACAUA PLATARFORMA

LUSÓFONAA criação da Região Admi-

nistrativa Especial de Macau daRepública Popular da China, foium processo que teve acompa-nhamento dos Estados Portu-guês e Chinês, e que visou acor-dar conjuntamente as cláusula

de salvaguarda do funcionamen-to de Macau como uma regiãochinesa, político-administrati-vamente autónoma, sob a pers-pectiva ocidental, com a divisãodos poderes e Economia de Li-vre ou de Mercado.

As Línguas oficiais sendoem simultâneas Portuguesa eChinesa, permitiu tornar Macaunuma plataforma privilegiada decooperação económica, comer-cial e cultural entre a China e osPaíses de Língua Portuguesa.Devido ao elevado grau de de-senvolvimento e crescimentoeconómico de Macau, este en-

clave outrora português assumiuum papel determinante nos in-vestimentos chineses no espaçolusófono, bem como abriu asportas da China à Lusofonia.

As perspectivas futuras daeconomia mundial apontam pa-ra que o emergente bloco eco-nómico dos BRIC’s (Brasil,Rússia, Índia e China) ultrapas-se o G6 pelo ano de 2040, o quesignifica um relacionamento

privilegiado de Portugal sobreeste gigante bloco económicoque em muito influenciará osdestinos do Mundo, neste senti-do, é hora de Portugal apostar nasua capacidade diferenciada, nacooperação Bi-Multilateral, en-tre a UE, África e a China ou osBRIC’s, pois assim todos saire-mos a ganhar.

Macau está hoje em dia equi-pada com instituições de matrizcultural portuguesa, a começarcom a Escola Portuguesa deMacau, a Universidade de Ma-cau, o Instituto Politécnico ondese lecciona em português, comáreas de estudo especializadasem Língua e Cultura Po-rtuguesas, o Instituto Inter-Uni-versitário de Macau (criada doconvénio entre a UniversidadeCatólica Portuguesa e a Diocesede Macau), dotada ainda deinstituições como o Instituto deEstudos Europeus de Macau, eoutras não governamentais co-

mo o Instituto Internacional deMacau, a Santa Casa da Mise-ricórdia, a Casa de Portugal emMacau, a Associação dos Maca-enses, e a APOMAC – Associa-ção de Reformados, Pensionis-tas e Aposentados de Macau,entre outras. Já em Portugal, po-deremos encontrar instituiçõesligadas a Macau e ao Oriente,como o Museu de Macau, doCentro Cultural e Científico de

Macau, pertencente ao GovernoPortuguês, a Fundação Casa deMacau e a Casa de Macau em si,a Fundação do Santo Nome deDeus e a Fundação Jorge Álva-res, constituída por todos os ex-Governadores de Macau, umantigo Presidente da RepúblicaPortuguesa entre outras altasindividualidades portuguesas e

macaenses que acompanharame acompanham a vida de Ma-cau, contemplando ainda a parti-cipação dos futuros Chefes doExecutivo da RAEM.

Estas instituições visammanter o segundo sistema quevigora em Macau, vindo da cé-lebre frase de Deng Xiao Ping,“Um País, Dois Sistemas” e“Macau governada pelas suasgentes”, deste modo é impor-tante o esforço de manter o anti-go enclave português aberto aomundo, em torná-lo numa cida-de ou região administrativaespecial verdadeiramente inter-nacional, pois só assim, servirãoos interesses de Pequim, de Ma-cau e porque não, também doMundo Lusófono?

TIMOR-LESTEEste pequeno enclave entre o

enorme arquipélago indonésio eo imenso continente da Oceânia,detém um valor geopolítico-eco-nómico alto, bem como estágeoestrategicamente bem locali-zado, o que quer dizer que é umajovem nação lusófona bastanterica em recursos naturais eenergéticos, controladora de umespaço marítimo que envolveum dos quatro mais importantescanais de ligação do Índico aoPacífico. Tal como tem-se vindoa ser relatado, o comportamentodos filhos da terra e das comu-nidades que têm laços de leal-dade com Portugal, os timorens-es não são excepção, pautandopelo seu extremo amor por Por-tugal, pois muitos dos seuscidadãos serem detentores dadupla nacionalidade, e sobretu-do, são os Portugueses do Orien-te que nem a sombra da Ban-deira Nacional pisam, o que de-monstra o enorme respeito queestas gentes do longínquo Orien-te têm por Portugal.

DA COREIA AO JAPÃODestes dragões asiáticos, a

memória portuguesa é bastantequerida, pois ao longo da histó-ria da Coreia, mercenários por-tugueses compuseram as fileirasde combatentes coreanos nadefesa de invasões estrangeiras,ou então na introdução das ar-mas de fogo no Japão, pelosnavegadores portugueses, possi-bilitou-se a unificação do Japão,através da supremacia de umshogunato sobre todos os outros.

Sendo assim, no ImpérioNipónico, Portugal é recordadoquase como o padrinho da Na-ção para além de nós portugue-ses termos introduzidos o fabri-co do pão, do pão de ló, de ou-tras iguarias, como de expres-

sões ou palavras, daí toda areverência japonesa para com osportugueses e traduzindo aindaem termos práticos, económi-cos, é quase para os japonesesum dever investir em Portugal,sendo quase uma obrigaçãoagradável em receber e acolheros portugueses no Japão.

Recordando outro territóriode nome Formosa ou Taiwan,terra colonizada, primeiro porportugueses e depois holandesese japoneses, é hoje uma regiãoeconomicamente próspera queno seu dia-a-dia é ainda ensina-da às crianças, as origens lusasda ilha.

O PAPEL DE PORTUGALDo ponto de vista da análise

global, o papel dos estados depequena dimensão no seio daUnião Europeia, como Portugal,torna vital este ter um papelinterventivo e de preferênciaimportante, pois se não tivermosnenhum papel, estaremos con-denados em deixar de ser joga-dores num jogo de sobrevivên-cia.

Esse papel defende-se atra-vés da complementaridade dodiferenciador de cada país eneste caso concreto de Portugal,sobrevive-se no jogo apostandonas ligações transatlânticas, tan-to com o Brasil como com osEUA, nas relações Portugal-África Lusófona, e no vectorPortugal Ásia-Lusófona. Nestestermos, o papel diferenciadorportuguês para além de enrique-cer a própria posição portuguesaface à União Europeia, tornará aUE mais interventiva no mundo.

Outro ponto forte da van-tagem lusófona, prende-se coma relação lusa com as chamadasplataformas de projecção globalde poder, como o Brasil ou numfuturo próximo, a relação comuma plataforma em menor esca-la, Angola, que poderá tornar-seno líder regional da ÁfricaAustral. Tendo em consideraçãoa manutenção do actual ritmo decrescimento económico de An-gola, e seu consequente contí-nuo desenvolvimento.

Portugal tem, depois destasexposições, todas as condiçõesreunidas para se valorizar aindamais no mundo, fazendo valerdas suas capacidades diferencia-doras, por ter em si intrínsecasas culturas americanas, euro-peias, africanas e asiáticas, e de-ve rentabilizar os seus capitaishumanos, históricos e culturaispelo mundo fora repartidos.

____* correspondente em Portugal

do Jornal Tribuna de Macau

Macau a potente plataforma lusófona na Ásia> continuação da página 31

Vitório Rosário Cardoso *CRÓNICAS DO ORIENTE

Page 33: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 33

A ciência e a tecnologiaexercem uma influência cres-cente na sociedade e na eco-nomia.__

Os avanços científicos con-tinuam a expandir a fronteira doconhecimento, contribuindocom isso para o progresso tec-nológico que afecta a forma devida e de trabalho das popu-lações.

As novas tecnologias ba-seadas na ciência ajudam a pro-teger o meio ambiente, a cons-truir lugares, escolas e fábricasmais seguras, assim como adesenvolver sistemas de trans-porte que economizam energia.

O conhecimento em temporeal e a redução da duração edos custos de deslocação queproporcionam os avanços nascomunicações estimulam osdeslocamentos voluntários dapopulação como também acon-tece com o aumento da dife-rença do nível de desenvolvi-mento dos diversos países comoconsequência da globalização.

O fenómeno migratório éuma das consequências da glo-balização e este é tão mais preo-cupante porquanto contribuicomo uma barreira para o de-senvolvimento dos países emis-sores desses fluxos populacio-nais.

Tão ou mais importante quea própria migração enquantoconceito generalizado a todos osníveis de instrução da popu-lação, a mais preocupante éaquela que é constituída poractivos com um elevado nívelde educação a que chamamos afuga de cérebros.

Este termo que deriva doinglês “Brain Drain” é um fac-tor que contribui decisivamentepara travar o crescimento e de-senvolvimento económico dospaíses de origem destes emi-grantes. De uma forma muitosintética e muito simplista este

processo traduz-se numa inefi-ciência no aproveitamento dosrecursos empregues na edu-cação da população. Essa inefi-ciência leva a que os jovensaltamente qualificados “sejamforçados” a procurar empregonoutros países porque a estrutu-ra económica do seu país nãoconsegue absorver essa mão-de-obra altamente especializada.

Neste e em próximos artigosprocurarei apresentar uma ca-racterização do fenómeno mi-gratório no contexto da globali-zação, identificando quais asprincipais causas que conduzema este facto, bem assim, oenquadramento da migração naglobalização e os factores expli-cativos para os movimentospopulacionais, apresentandotambém alguns dados sobre afuga de cérebros para os EstadosUnidos e para outros países daOCDE.

A MIGRAÇÃO

Assiste-se a um intenso de-bate em que aparecem dois te-mas recorrentes: a globalizaçãopor um lado e os movimentosmigratórios por outro. Se anali-sarmos os actuais movimentosmigratórios podemos constatarque em termos quantitativosrepresentam cerca de 3% dapopulação mundial.

A falta de previsão e aausência de controlo em muitoscasos deu lugar ao surgimento

de novos problemas, tanto eco-nómicos como humanos, por-que o transvaze do capital hu-mano inerente aos mesmosafecta a produtividade dos res-tantes factores e, por conse-guinte, a capacidade de cres-cimento dos países envolvidos,ao mesmo tempo que dá lugar asituações conflituosas como axenofobia que se gera devido aochoque cultural com a popula-ção residente nos lugares dedestino.

Os fluxos migratórios játiveram uma importância maior,em percentagem, noutras alturasda história. Mas os fluxos actu-ais revestem-se de característi-cas relativamente diferentes.Um desses aspectos é a diversi-ficação dos países de destino, ouse preferirmos, a deslocalizaçãodos movimentos.

Assiste-se mesmo ao reversoque alguns países sofreramquando deixaram de ser emis-sores para passarem a ser recep-tores líquidos de população.Portugal é um exemplo dessespaíses. Na década de 60/70 umagrande parte da população emi-grou e agora somos nós querecebemos emigrantes oriundosdos mais variados pontos doglobo.

O contexto em que se desen-volvem estes fluxos também ébastante diferente. O desenvol-vimento da tecnologia e dascomunicações não só facilita avida dos deslocados como tam-bém permite que estes se man-tenham em contacto constantecom o seu país de origem. Paraalém disso, a forma como ainformação se difunde hoje emdia permite um conhecimentoem tempo real do que aconteceem qualquer canto do mundo,inclusivamente permite desper-tar o interesse por determinadasregiões que se apresentam comolocais onde se pode obter umamelhor qualidade de vida e me-lhores condições de trabalho.

A globalização da economiacontribui também para aumen-tar a liberdade de movimentosao mesmo tempo que se trans-forma num factor estimulantepara a migração tanto do pontode vista macroeconómico – amigração pode ver-se como pro-duto da internacionalização docapital, desempenhando umpapel primordial na política decompetência ou de cooperaçãoao desenvolvimento – comotambém ao nível microeconó-mico – na medida em que asexpectativas do facto migratórioformam-se com base na infor-mação sobre a diversidade, astaxas de desemprego e as vagasexistentes ou nos preços e nosíndices relativos de crescimentoda economia.

O papel da globalizaçãosobre os movimentos popula-cionais não se refere apenas aaspectos como, mais informa-ção, melhores comunicações,mais intercâmbio, como tam-bém, a processos de concentra-ção empresarial – monopólios eoligopólios que funcionam emregime monopolístico – quepodem dar lugar ao surgimentode desigualdades e por conse-guinte, novos motivos para emi-grar.

A actual emigração produz-se a partir do momento em queo fim da guerra-fria esbateumuitas barreiras ideológicas aosfluxos internacionais da popu-lação, mas também coincidecom o ressurgimento de tensõesnacionalistas que deram lugar alimpezas étnicas e a movimen-tos forçosos da população.

Os deslocamentos popula-cionais que predominam actual-mente são espontâneos, tem umcarácter voluntário, motivaçõesfundamentalmente económicase são considerados necessáriostendo em conta que aliviam aspressões demográficas deriva-das pelos diferentes ritmos daevolução da população dos paí-

ses de origem e de destino.Os movimentos de popu-

lação, actualmente, estão forte-mente concentrados, mas im-porta referir que os paísesenvolvidos não são os mesmosque outrora. Os lugares de ori-gem e de destino são relativa-mente escassos. Para esta con-centração contribui o que sedenomina de redes de acolhi-mento.

Os principais países recep-tores em percentagem da popu-lação são: a Austrália (21%),Canadá (17%) e Estados Unidos(9,8%), embora, como é eviden-te, este último em termos abso-lutos é o país que mais estran-geiros recebe, estimando-se emcerca de 800.000 emigrantesano.

Um aspecto que se consideracurioso e que rompe de algumaforma com o que era frequenteobservar-se nas décadas de60/70 é que cerca de 50% destesimigrantes são mulheres, e hátambém um predomínio degente jovem. Importa salientarque não são os mais pobres queemigram mas sim aqueles quereúnem condições para umaintegração mais rápida no paísde acolhimento.

As taxas de emigração dospaíses mais pobres são na suagrande parte as mais baixas, noentanto, estas tendem a aumen-tar ao passo que o país se vai de-senvolvendo. Ou seja, aumen-tam com o grau de desenvolvi-mento dos países emissores jáque os processos migratórios re-querem bastante capital humanoe social pelo que essa disponi-bilidade apenas aparece com odesenvolvimento.

____

No próximo númeroCausas das Migrações e A Globa-lização Como Um Processo Faci-litador da Migração.

____

Dr. Osvaldo Santos Ferreira *

ECONOMIA

A Globalização e a Fuga de Cérebros* Economista

Rua de Diu, n.º 9 – 2100-144 CORUCHE

Escritório:Telef./Fax: 243 617 501

Telem.: 966 288 506

Gabinete de Contabilidade e Gestão

ARRAGEST ANUNCIENO JORNAL

DE CORUCHECONTACTE-NOS

[email protected]

Tlm: 91 300 86 58

Pub.

Estrada Nacional 114 – Santana do Mato

Tlms. 939 586 398969 548 260

Churrasqueira

Page 34: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

LEAL & CATITA, LDA.Vendas e Assistência

Semi-NovosPeugeot 207 Trendy 1.4 HDI 5p (Diesel) 2006Opel Astra Carav.1.3 CDTI 5p (Diesel) 2006Seat Ibiza 1.4 TDI 5p (Diesel) 2006Peugeot 307 Break 1.6 HDI 5p (Diesel) 2006Fiat Grande Punto 1.2 5p 2006Opel Corsa 1.2 silver + 5p 2006Audi A4 Avant 2.0 TDI Sport 140 CV 5p (Diesel) 2005Seat Ibiza 1.2 12v 5p 2005Opel Zafira 2.0 DTI 7L 5p (Diesel) 2005Opel Corsa Enjoy 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2005Peugeot 206 Look 5p 2005

RetomasAudi A-3 2.0 TDI 3p (Diesel) 2004Citroen C-3 SX Pack 1.4 HDI 5p (Diesel) 2004VW Polo 1.2 12v 5p 2004Peugeot 206 Color Line 1.1 5p 2004Opel Astra Carav. 1.4 16v 5p 2004Peugeot 307 XT 1.4 HDI 5p (Diesel) 2003VW Golf 1.4 16v 5p 2003Renault Clio 1.5 DCI 5p (Diesel) 2003Opel Astra Carav. 1.4 16v 5p 2002Opel Corsa 1.7 DTI 5p (Diesel) 2001Mitsubishi Carisma 1.9TD 4p (Diesel) 2001Skoda Fabia Break 1.4 16v 5p 2001

ComerciaisOpel Corsa 1.3 CDTI Van C/AC 2005Peugeot 307 1.6 HDI Van C/AC 2005Peugeot 206 1.4 HDI Van C/AC 2004Citroen Berlingo 1.9 D Van 2005 Citroen Xsara 1.9 d Van 2003Mazda B-2500 2.5 TD CD 4X4 2001

Stand 1:Rua do Cemitério

Stand 2:R. Maria Emília Jordão

Oficinas:Rua do Cemitério Santo Antonino

Coruche

Tel. 243 675 020Fax 243 617 163

[email protected]

Créditosde 24 a 84 Meses

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200734

ROSADO & CATITAMontagens de Alumínios, Lda.

Alumínios • Estores • Vidros• Gradeamentos • Banheiras

Mosquiteiros • Portões • AutomatismosORÇAMENTOS GRÁTIS

Tel. 243 679 161Tlms. 938 526 652 • 939 064 534

Contacte e visite-nos em:Travessa dos Agoladas – Vale Mansos

2100-037 Coruche

CONTACTOS / INFORMAÇÕESTel. 263 851 201 • Fax 263 851 204 • [email protected]

Distribuição de Combustíveis eLubrificantes

•Gasóleo Agrícola, Rodoviário

e de Aquecimento•

Entregamos ao Domicílioqualquer quantidade

em qualquer ponto do País(com viaturas próprias)

Fornecemos tanques aéreos e subterrâneos para combustíveis

Distribuidor OOficial

Anuncie no Jornal de CorucheAnuncie no Jornal de Coruchewww.ojornaldecoruche.com

Realizou-se no passado dia15 de Setembro de 2007 o casa-mento da menina Vera LúciaMateus D'Oliveira com o Se-nhor Paul Grigoriou. Ela é dele-gada do Ministério Público daProvíncia do Ontário e ele ofi-cial de Policia.

A Vera é portuguesa de nas-cimento e filha da Exmª. Se-nhora D.ª Gracinda Maria Ma-teus D'Oliveira e do nosso pre-zado assinante Exmº. SenhorAntónio Germano Ferreira D'Oli-veira, mais conhecido entre nós(carinhosamente) pelo “Chapar-rinho”, Coruchenses radicadosno Canadá há cerca de 22 anos.

O Paul é de origem grega efilho de John e Antoinette Gri-goriou, também radicados noCanadá há muitos anos.

Eu e o meu amigo Luís Al-berto Viegas Bernardes de Oli-veira tivemos a honra de serconvidados para o casamento,convite que aceitámos com mui-to prazer.

A cerimónia, católica, tevelugar numa magnífica igrejaortodoxa grega, na cidade deOshawa e reuniu cerca de 200convidados.

Falar deste ritual, isto é, aforma das cerimónias que sedevem observar no culto e asorações que se devem dizer, da-ria para encher as páginas destejornal, o que não é possível.Digo apenas que é um ritualmuito diferente do nosso, tam-bém muito bonito e que tem porobjectivo principal o Amor,Respeito mútuo, igualdade esacrifício entre os cônjuges.

No final da cerimónia reli-giosa dirigimo-nos, ainda emOshawa, para um enorme e lin-díssimo parque histórico cha-mado “Mc Laughlin Park” em

homenagem ao seu fundador eproprietário Samuel Mc Lau-ghlin que o doou à cidade. É dereferir também que este senhorfoi o fundador da construtora deautomóveis, de renome mun-dial, bem conhecida entre nós eque se chama “General Motors”.

Neste local procedeu-se àcontinuação das filmagens e dasfotos, por duas equipes especial-izadas para, como nós dizemos,mais tarde recordar a efeméride.

Depois rumámos todos paraa cidade de Toronto onde nos foiservido um almoço que tevecomo entrada um delicioso cal-do verde à portuguesa. Durante

o repasto continuaram os rituaisque são tradicionais na socie-dade canadiana. Assim, discur-saram a irmã da noiva que foitambém a madrinha, as damasde honor e os amigos solteirosdo noivo que o acompanharamna cerimónia do casamento, ospais da noiva e do noivo, anoiva e o noivo.

Estes contaram a todos ospresentes a versão de cada umda forma como se conheceram,as facilidades e dificuldades queencontraram pelo caminho atéao dia tão desejado por ambos, odia em que se uniram pelomatrimónio.

Mas o momento mais diver-tido foi protagonizado pelo paida noiva, o nosso amigo Cha-parrinho! Passo a contar: Os con-vidados eram de várias nacio-nalidades, canadianos, franceses,italianos, espanhóis, portugue-ses e gregos. Quando chegou avez do nosso amigo discursar,com a versatilidade e a descon-tracção que se lhe reconhece, fê-lo de forma informal e agradá-vel, em todas as línguas, (à ex-cepção do grego) o que lhe va-

leu calorosos aplausos no finalde cada intervenção.

Seguiu-se baile, houve con-vívio e confraternização entre osconvidados e foi servido umbuffet, também tradicional por-tuguês, composto por uma mesacom marisco variado e abundan-te e outra mesa com bolos de ca-samento, doces e frutas variadas.

No final, no momento dadespedida, foi oferecida umalembrança a cada convidado. Amim coube-me um prato e umacolher, (conjunto decorativo)muito bonitos, cuja pintura re-presenta um cacho de uvas ama-durecidas.

Por fim cumpre-nos agrade-cer, o meu amigo Luís AlbertoViegas Bernardes de Oliveira eeu próprio, ao casal Gracinda eAntónio D'Oliveira o conviteque nos foi feito e a forma comonos receberam. Recusaram quefossemos para um hotel. Hospe-daram-nos na sua casa durantedez dias. Prodigalizaram todasas atenções para que nada nosfaltasse. Proporcionaram-nosconhecer do Canadá mais doque humanamente é possível,sacrificando a sua vida profis-sional e familiar numa fase emque muito tinham de pensar e defazer. Enfim, tudo fizeram comque nos sentíssemos em nossaspróprias casas.

Por tudo isto aqui fica, pu-blicamente, o nosso agradeci-mento. Muito Obrigado!

O Jornal de Coruche asso-cia-se a nós, dá os parabéns aosnoivos e deseja aos recém casa-dos Vera e Paul, bem como atodos os seus familiares muitasfelicidades.

____Manuel Alves dos Santos

Notícias do Canadá

Vida social

Page 35: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 35

Terror eem NNova IIorque

Toda a Terra estremeceuNa tragédia que aqui lembroQu'o nosso mundo sofreuDia onze de Setembro...

Nova Iorque foi a miraAs Torres a trajectóriaDe quem o mundo traíraNuma agressão sem memória.

Instante d'eterno horrorCeifou inocentes vidasVestindo de luto e dorHoras jamais esquecidas...

Nada apaga a triste imagemDaquele crime hediondoActo pérfido e selvagemD'o condenar não me escondo!...

Diabólico poder!...À falsa fé consumadoQue lágrimas fez correrPelo mundo consternado.

O mundo hoje é diferentePerdeu júbilo e vigorVive em medo permanenteDoutros actos de terror!...

Euclides Cavaco

POESIA

Autores:Delasnieve Daspet, Euclides Cavaco, EuniceMendes, Fernando Oliveira, Ilka Vieira,Joaquim Evónio, Jorge Vicente, Luiz Poeta,Maria Petronilho e Marise Ribeiro.

Apresentação:Em uníssono, num alto compasso, escuta-se ocoração de dois continentes, traduzido nospoemas que flúem nas veias dos 10 autores.Comprometidos, patriotas, coerentes, vivendoa poesia no dia a dia como quem a bebe ourespira… porque sem ela morreriam! Mas nãomorrerão! … Essa força imensa que lhes faztanger a alma, sentir em demasia, ver com sub-tileza inusitada, chorar e cantar num grito quecompulsivamente estraçalha o silêncio, extra-vasa os sentidos e lhes solta a alma desnuda napraça pública… os tornará imortais! Já que nãohá quem cuide da Cultura, tome-se nas mãos,como o Destino se traça! Bem o pensou, mel-hor o fez Fernando Oliveira, ao escolher den-tre miríades de estrelas uma constelação que aseu ver representa o universo da nossa línguapátria!Sinto-me profundamente honrada por fazerparte deste notável livro, queridos amigos,muito obrigada!

Maria Petronilho

Poema de apresentação:

Ser Poeta

Ser Poetaé predicado

Não se estuda nem seaprende

É um dom ao nascer dadoNão se compra nem se vende.

Ser poetaé possuir

Rara sensibilidadeDa voz das coisas ouvirE dar-lhes vitalidade...

Ser poetaé entender

A perene NaturezaE em verso descrever

A sua bruma e beleza...Ser poetaé divagar

Pelo Universo infinitoNa ânsia de desvendar

O seu mistério inaudito.Ser poeta

é transformarDuma forma enternecida

As palavras para darMais sentido à própria vida!...

Ser poetaé ter talento

De expressar a inspiraçãoOusado eu... Quando tentoSou apenas pretensão !...

Euclides Cavaco

1100 rroossttooss ddaa PPooeessiiaa LLuussóóffoonnaalançado no dia 19 de Setembro na

XIII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro

Fado ee SSaudade

Anda escondida a saudadeNo bulício da cidadePerdida numa vielaPor ter com ela vividoArrojado e destemidoEu fui à procura dela...

Fui até à MadragoaEsse bairro de LisboaOnde por vezes se escondeViram-na por lá passarMas partiu sem demorarNiguém sabe para onde...

Procurei na MourariaOnde a viram certo diaA chorar entristecidaFiquei dela com mais dóNão fosse encontrá-la sóEm qualquer beco perdida.

Corri Alfama inteirinhaOnde a lenda diz que tinhaVivido em tempos de outroraMas dela ninguém sabiaApenas rumores haviaDe já se ter ido embora.

Prò Bairro Alto a correrSegui sem tempo perderMas já exausto e cansadoLá estava então a saudadeNa maior intimidadeDe mãos dadas com o fado !…

Euclides Cavaco

Jerónimo de Sousano distrito de Santarém

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, desloca-se, ao distrito de Santarém, no Domingo dia 7 deOutubro para participar num Almoço-convívio naQuinta da Ponte da Pedra, Entroncamento, para depoisinaugurar em Tomar um Centro de Trabalho do PCP.

Page 36: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

Foi durante a Évora RuralCaça 2007 que decorreu de 28 a30 de Setembro em Évora, quese realizou uma conferênciasobre “A Fiscalização no Sectorda Caça – situação actual, per-spectiva e importância no com-bate aos incêndios florestais”.

Neste certame foram debati-dos diversos temas como os

fogos florestais, o furtivismo nacaça, a venda ilegal de carne decaça e o licenciamento de uso eporte de armas de caça.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200736

Medo, apreensão, angús-tia, fobia, terror, pavor,

pânico…

Quantas vezes teremos uti-lizado ou visto outros a empre-gar essas palavras, sem saber aocerto o que descrevem e qual adiferença entre elas! Emboradesignem situações parecidas ecom vários pontos em comum,não são sinónimas.

Para facilitar a distinçãoentre conceitos, podemos dizerque o medo é visto como umaresposta a uma experiência realde ameaça, em oposição à an-siedade, que é considerada umaresposta menos diferenciada aum estímulo difuso. As fobiassão medos severos e implicampadrões comportamentais defuga persistente.

Porque é que as criançastêm medo?

O medo é uma experiênciauniversal quer para crianças,quer para adolescentes e adultose que pode servir como umaresposta adaptativa em muitassituações.

Os medos nos jovens sãocomuns, transitórios e a suaaparência e resolução podem servistas como parte de um proces-so de desenvolvimento normal.Assim, a mera presença demedos não é um indicador depsicopatologia podendo, fre-quentemente, ser necessários aodesenvolvimento normal.

Os medos podem agrupar--se:

A) medo de estímulos inten-sos, de ruídos ou dores;

B) medo de estímulos des-conhecidos, como, por exemplo,o medo de pessoas estranhas;

C) medo da ausência de estí-

mulos, por exemplo, do escuro;D) medo de estímulos que

tenham sido potencialmente pe-rigosos para a espécie humana,medo dos animais, da separa-ção.

De acordo com esta visãoadaptativa os medos são respos-tas às tarefas previsíveis queocorrem ao longo da vida, tendoem conta o grau das ameaçasambientais.

Medos mais frequentesem determinadas fases dodesenvolvimento infantil

O medo que persiste paraalém da idade em que é comumpor parte da criança é que devereceber um cuidado especial.

Os medos aparecem quandosão úteis e desaparecem habi-tualmente quando essas tarefasestão suficientemente domina-das e deixam de constituir ame-aça. O medo e a ansiedade sãomodificáveis por factores ambi-entais que os podem aumentarou diminuir, que os podem fazeraparecer ou que os podem man-ter para além dos períodos nor-

malmente esperados. Por exem-plo, a protecção parental oulimitações no comportamentoexploratório podem retardar adiminuição dos medos normaisou mantê-los para além doperíodo esperado.

Estratégias para lidarcom os medos infantis

O que não pode ser esqueci-do é que o medo faz parte dodesenvolvimento da criança.Todas vão sentir medo em al-gum momento, umas mais ou-tras menos.

Ao lidar com os medos, oobjectivo não é apenas quedesapareçam, mas também uti-lizá-los para ajudar a criança alidar com situações de stress,desenvolvendo gradualmente asua confiança e a capacidadepara enfrentar as situações.

Um dos erros do adulto éfazer a criança enfrentar o medocontra a sua vontade. O melhoré entrar na história dela, deixá-lafalar sobre o que a está a assus-tar até que se sinta segura paraenfrentar o seu "medo".

Situações ameaçadoras pare-cem menos assustadoras quandoa criança ganha algum controlosobre ela própria. Uma dasestratégias é dar-lhe um objectoou brinquedo preferido paraajudá-la a enfrentar o medo,tranquilizando-a e dizendo-lheque está tudo bem.

Atenção… A criança estámuito atenta às ansiedades dosseus pais. Procure através deexpressões corporais, faciais epalavras confortá-la e assegurarque tudo está sob controle.

Sugestões para os Pais

Respeitar os sentimentos eos medos dos seus filhos;

Pergunte ao seu filho do queé que têm medo para poderemfalar sobre ele;

Não exagere nas suas reac-ções, pois uma atenção exagera-da pode reforçar o medo do seufilho

Lembre-o de outras situaçõesou alturas em que tinha medo eque actualmente já não tem

Tranquilize e conforte o seufilho à medida que o vai ajudan-do a confrontar-se com o seumedo

Se um medo lhe parece quese está tornar numa fobia, espe-cialmente se estiver a interrom-per o desenvolvimento e as acti-vidades diárias do seu filho, nes-sa altura deverá procurar ajudaprofissional.

Cáritas Paroquial de Coruche

ApoiarGabinete deAconselhamentoParental

Se quiser falar connosco,contacte-nos:

Cáritas Paroquial de CorucheApoiar – Gabinete de

Aconselhamento Parental

Travessa do Forno n.º 16-18,2100-210 Coruche

Telefs: 243 679 387 / 934 010 534E-mail:

[email protected]

O atendimento é realizado àssegundas-feiras à tarde

Equipa Técnica:Isabel Miranda

(Psicóloga Clínica/Coordenadora)

Mauro Pereira(Psicólogo Clínico/Psicoterapeuta)

Nuno Figueiredo(Psicólogo Clínico)

Gonçalo Arromba(Técnico de Psicologia Clínica)

Noémia Campos(Assistente Social)

Sílvia Caraça(Assistente Social)

O Papão …Os Medos das Crianças

Não percana próxima edição

A EXPERIÊNCIADA GRAVIDEZ

Biblioteca Apoiar

O Projecto “Educar parao Futuro” já tem à sua

disposição alguns livrossobre as crianças e

o seu desenvolvimentoque pode requisitar.

Visite-nos na CáritasParoquial de Coruche.

No âmbito do Projecto Tam-pinhas, no passado dia 28 deSetembro, no quartel dos Bom-beiros Voluntários da Chamus-ca, foi entregue material orto-pédico a diversas instituições doDistrito.

Em parceria com a Resitejoe a Ortoribatejana, o GovernoCivil entregou seis cadeiras derodas, de várias características,duas camas articuladas e um

colar cervical, num total dequase 8,4 mil euros, resultantesda recolha de 14 toneladas detampas de plástico.

Foram contemplados a As-sociação Humanitária de Ponté-vel (Cartaxo), o Centro de Saú-de da Chamusca, a AssociaçãoPortuguesa dos Pais e Amigosdo Cidadão com DeficiênciaMental (Vale de Santarém, San-tarém), João Rodrigues (Centro

de Recuperação Infantil deBenavente), Ricardo Claro (Co-ruche), Cátia Inácio (CentroJoão Paulo II, Fátima, Ourém),Miguel Ângelo Raimundo (Ria-chos, Torres Novas), MauroVale e Maria João Pereira(Centro de Recuperação Infantilde Almeirim) e Ana Filipa Costa(Cartaxo).

____GI–GCS

Tampinhas entrega material ortopédico Fencaça na ÉvoraRural Caça 2007

Page 37: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

É verdade!Um novo ano lectivo come-

çou. As escolas, as universida-des, e também os infantários, osJardins de Infância abriram assuas portas. E nos infantários ouJardins de Infância entra pelaprimeira vez sua Ex.ª a Criança!

Que bonito é ver os milharesde crianças, por esse país fora,acompanhadas pelos pais, avós,ou familiares, a fazerem a pri-meira visita à sua nova morada.Isto é, ao lugar onde passarão amaior, ou a grande parte, dosseus dias.

Cheios de alegria porque irãoconhecer novos amiguinhos,mas, também, muito assustadaspor todo o “desconhecido” queirão enfrentar.

Ora, é aqui que vale a penadetermo-nos um pouco e pensar,como sempre, queridos pais, naenorme responsabilidade quetambém enfrentamos ao entre-gar aquilo que de mais carotemos na vida, o Bem mais pre-cioso: “ os nossos filhos”. Omedo é, por isso, quase tão gran-de nas crianças como nos seuspais.

Será que vão gostar do meufilho? Será que lhe irão dar aatenção necessária? E protec-ção…? E ajuda…? Olharão paraas suas necessidades do dia-a-dia? Comerá lá bem? Conse-guirá integrar-se com as outrascrianças?

Uns porque são mais tími-dos, outros porque são mais exu-berantes, ou até um pouco agres-sivos… tantos receios impor-

tantes que nos vêm à cabe-ça…Tanta insegurança que te-mos que abafar para lhes trans-mitirmos a confiança necessáriaquando os pomos fora do ninhoe os ensinamos a começar avoar…

Mas é aqui que gostaria deabrir um parêntesis e entrar numoutro espaço. O da EDUCA-DORA.

A Educadora necessita nessedia de uma carga muito grandede afectividade e entrega a todasessas crianças que fazem, cadauma de per si, as diferentesnecessidades de ATENÇÃO-APOIO-CARINHO.

É talvez por isso que se tornaimportante a relação: PAIS-EDUCADORA-CRIANÇA.

Só com o esforço de todoseles conseguimos um maiorêxito na nossa tarefa: EDU-CAR-RECEBER-DAR. E, emconjunto, começar uma etapa

que, apesar de todas as dificul-dades e fragilidades que encon-tramos no dia a dia, poderá ter

mais possibilidades de sucesso.E, por isso, deixo-os com

esta Consagração da Educado-ra que me parece muito bonita edá a verdadeira imagem dagrande tarefa da Educadora.

Coragem, queridos pais, eajudem os vossos filhos a entrarcheios de confiança na sua novaescolinha.

CONSAGRAÇÃO DAEDUCADORA

Virgem Santa, Mãe de Deuse nossa Mãe, nosso Modelo enossa Guia, consagro-vos a mi-nha grande e bela tarefa deEducadora.

Entrego-vos o meu trabalhopara que ele seja sempre desin-

teressado e todo inspirado na Fée no amor de Cristo, NossoSenhor.

Entrego-vos as crianças queme sejam confiadas para quefaçais crescer os dons e a Graçaque Deus neles depositou.

Entrego-me a mim mesmanas Vossas mãos para que meconserveis pura, generosa, esimples, à semelhança dessasmesmas crianças que nos foramdadas como exemplo.

E que eu possa, assim, com oVosso auxílio, Virgem Mãe, sersempre fiel a esta grande Missãoa que me chamou o VossoDivino Filho: a de conduzir paraa Verdade e Amor de Cristo ascrianças que Ele tanto amou.

____

Queridos meninos,

Estes três meninos vão, muito contentes,para a sua escolinha de Coruche!

Que bom que é depois de um verão tãocheio de calor, das férias com grandes banhosna Piscina de Coruche, com passeios pelo rio,pelas zonas verdes, ou até á Senhora doCastelo e Açudes, voltarmos agora para anossa Escola.

Vamos ter livros novos, aprender novascoisas e conhecer novos amigos.

Tudo isto é tão bom que aposto que todosvocês estão contentes com mais um ano esco-lar que vai começar. Então desta vez esperoque alguém me faça uma surpresa: gostava dever desenhos feitos por vocês sobre osprimeiros dias da Escola.

Vou dar algumas ideias: podem desenhar avossa educadora, os vossos amiguinhos eamiguinhas, a escola, a sala de aulas que deveter estado toda enfeitada para os receber, oumesmo a vossa escola e os muitos meninos quecomo estes três amiguinhos que aqui estãonesta página do Jornal de Coruche, chegaram àescola pela primeira vez. Valeu?

Então não se esqueçam de mandar os vos-sos desenhos aqui para o Jornal para nós ospublicarmos. Acho que desta vez vou ter muitotrabalho a separar os desenhos todos.

Até lá, queridos meninos, boas aulas e quearranjem muitos amiguinhos.

Enviem os vossos desenhos e textos para:Rua de Salvaterra de Magos, 95. 2100-198 Coruche

Fax: 243 675 [email protected]

Era uma vez. . .As Aulas

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 37

Primeiros dias da criança na escola

EDUCAR AGORA

Mariazinha A.C.B. Macedo*

Educadora de Infância *

CARTOON

Page 38: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

Agência Funerária Jacinto, Lda.Funerais, Trasladações e Cremações

para todo o País e Estrangeiro.•

Trata de Toda a Documentação•

Artigos Religiosos

AgênciaRua dos Bombeiros Municipais, 28 r/c

2100-179 Coruche

ResidênciaRua José Maria Rebocho - Lote 1

Santo António – 2100-042 Coruche

Chamadas a qualquer hora para o Telef.: 243 679 618Telemóvel 917 284 692 • Fax 243 617 340

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200738

AGÊNCIA FUNERÁRIA SEBASTIÃO, LDA.De: Sebastião Júlio Pereira

• Temos os melhores e maissofisticados auto-fúnebres

• Pessoal especializado ecredenciado

• Florista privada

Funerais, Cremações,Trasladações e ArtigosReligiosos

Tratamostoda a documentação,para o país e estrangeiro,

Telefones 243 617 067 e 243 678 318Telemóveis 938 446 494 e 919 769 058

Serviço 24 horas

• BAPTISMOS •

IGREJA DO CASTELODia 11 - João Miguel Santos Guilherme,

Rodrigo Santos Ferreira Mendes,Sara Isabel Oliveira Domingos

Dia 18 - Claudia Justa Moreira da Silva,Miguel Alexandre Ferreira da Mata,Joana Renata Nunes Rodrigues,Rodrigo Miguel Vicente de Oliveira,Jésica Cristina Ramos Gonçalves

IGREJA MATRIZDia 26 - Rodrigo Alexandre da Graça

BojãoIGREJA DA ERRA

Dia 25 - Maria Leonor Santos Pedro

IGREJA DA FAJARDADia 11 - João Eduardo Azevedo dos

Santos

• CASAMENTOS •

IGREJA DO CASTELO

Dia 4 - Daniel dos Santos Gabriel comCristina Paulo Rocha Sousa,Alexandre Jorge Coelho da Silvacom Liliana de Jesus Cordeiro Costa,Pedro Jorge de Carvalho Ferreiracom Madalena Cristina Guilherme deOliveira, Paulo Jorge Pinto Laureanocom Rute Isabel Rebola

Dia 18 - Osvaldo José Ferreira Silva comElsa do Carmo Miguel Botas

IGREJA MATRIZDia 11 - Stephane Jean Roger Michel

com Inês da Conceição Silva FélixMichel

Dia 25 - Mauricio Duarte Oliveira Sobralcom Marta Isabel Ferreira Nunes

IGREJA DA FAJARDADia 11 - Arlindo Vital dos Santos com

Mónica Paula Inverno Azevedo

• FALECIMENTOS •Dia 1 - Maria Antónia Matias, 71 anosDia 3 - Guilherme Fernandes, 63 anosDia 5 - Justina Gracinda Arromba, 63 Dia 6 - Henrique Diogo da Costa, 27 Dia 8 - Mário Pinto Gastão, 71 anosDia 10 - Custódia Maria, 80 anosDia 13 - Manuel Justino, 70 anosDia 14 - Manuel Jacinto Ribeiro, 54 anosDia 15 - Guilhermina Adelaide Pinto, 91 Dia 16 - José Custódio,101 anos,

Diamantino Mariano Teles, 81 anosDia 19 - Joaquim Rodrigues, 73 anosDia 20 - Olívia Pacheco Ribeiro

Castanhas, 69 anos, Maria Antónia,89 anos

Dia 24 - Inácia José Fernandes, 87 anosDia 26 - José Apolinário de Barros, 85 Dia 28 - João dos Santos Barbosa, 93

anos, Gean Paul Mathern, 73 anosDia 31 -Vera Lúcia Lucas Leal, 24 anos

Informações dda PParóquia dde CCorucheAgosto dde 22007

Portugal Campeão Latino

Um conjunto de alunos do 8.º, 9.º e 12.º anos da Escola Secundária de Coruche,criaram um blog sobre Astronomia que pode ser visitado emhttp://spaceaddicta.blogspot.com. Este blog destina-se àqueles que possuem algumacuriosidade sobre Astronomia e Ciência, e onde poderão ser informados sobre acon-tecimentos como as chuvas de estrelas ou os eclipses.

Astronomia em Blog

MANUEL GONÇALVES BANHAFALECEU

19/09/1942 – 14/09/2007

Seus filhos, nora, genro e netas, cumprem o doloroso dever de participar o faleci-mento do seu ente querido, ocorrido no dia 14 de Setembro de 2007.

A família enlutada, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem por este meioagradecer a todos os que a acompanharam na sua dor, durante o velório, no funeralpara o cemitério de Santana do Mato, realizado a 15-09-2007 e na missa do 7.º dia.

Para todos vai o mais profundo e sincero agradecimento.

Pai Nosso

A Roménia foi a anfitriã da edição de2007, em Alba Iulia, da Taça dos PaísesLatinos, onde Portugal conseguiu 3 títulos.

Diogo Miguel venceu a prova de Sprint ede Distância Longa, em cadetes

Masculinos, enquanto Tiago Aires con-seguiu a vitória na prova de sprint emSeniores Masculinos.

A realçar ainda, a boa prestação de JoanaCosta que se sagrou Vice-Campeã Latina naprova de Distância Longa e foi 3.ª naDistância Média em cadetes Femininos.

A comitiva e mais uma vez a orientaçãoportuguesa está de parabéns.

Classificações

Distância MédiaDiogo Miguel

Cadetes Masculinos – 3.ºTiago Aires

Seniores Masculinos – 5.ºRaquel Costa

Seniores Femininos – 5.ªPatrícia Casalinho

Juniores Femininos – 5.ªJoana Costa

Cadetes Femininos – 3.ª

SprintDiogo Miguel

Cadetes Masculinos – 1.ºTiago Aires

Seniores Masculinos – 1.ºRaquel Costa

Seniores Femininos – 3.ªPatrícia Casalinho

Juniores Femininos – 3.ªJoana Costa

Cadetes Femininos – Desclassificada

Distância LongaDiogo Miguel

Cadetes Masculinos – 1.ºTiago Aires

Seniores Masculinos – 4.ºRaquel Costa

Seniores Femininos – 4.ªPatrícia Casalinho

Juniores Femininos – 4.ªJoana Costa

Cadetes Femininos – 2.ª

Avé Maria

Page 39: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

• Notícias > Desporto e Lazer • Notícias > Desporto e Lazer • Notícias > Desporto e Lazer • Notícias > Desporto

DERBYFoi com alguma desilusão

que assisti ao derby lisboetadeste fim-de-semana entre oBenfica e o Sporting. O quemais me desiludiu não foi ofacto de não se ter praticadobom futebol ou de eventual-mente n se ter criado boas opor-tunidades de golo porque até ashouve; o que mais me chateoufoi a falta de ambição das duasequipas em busca da vitória eisso é triste! As duas equipassabem que têm uma distânciapontual já considerável emrelação ao Porto e ainda assimos dois treinadores não arris-caram um milímetro. Sincera-mente não percebo.

A diferença entre a derrota eo empate é de apenas um ponto,já a diferença entre a vitória e oempate é de dois pontos. Nestemomento nem uma nem a outra

equipa tão em posição de gerirresultados sob pena de veremfugir irremediavelmente o rivaldo norte na luta pelo título.

Paulo Bento queixa-se daarbitragem e com alguma razãojá que foi aquém das expectati-vas mas por outro lado esque-ceu-se que a única penalidadeverdadeiramente indiscutível foia sofrida por Freddy Adu noúltimo minuto. Camacho quei-xa-se da falta de eficácia nafrente mas é incapaz de utilizardois avançados ao mesmo tem-po nem que seja por escassosminutos para tentar contrariar afalta de veia goleadora e meterpressão no adversário num jogoque é importantíssimo vencer.Enfim não percebo.

A falta de ambição só pode-ria dar nisto, ou seja, um empatee o F.C. Porto continua a alar-gar tranquilamente a sua van-

tagem no campeonato com umaequipa muito consistente e prin-cipalmente não falhando nosjogos que não tem de falhar. Oprimeiro lugar está explicado.

RUGBYO mês de Setembro foi tam-

bém o mês do rugby.O rugby estava na moda e

merecidamente. Já tudo se dissesobre a brilhante a actuação dos“Lobos” por isso de facto ape-nas queria destacar a superiorqualidade do técnico TomásMorais, reconhecido por todo omundo do rugby e que acaboupor ser o grande obreiro destafaçanha.

Foi ele quem conseguiuconstruir uma boa equipa pro-fissionalizando-a dentro do pos-sível e eleva-la para patamaresnunca antes vistos em anos ante-riores.

Mas talvez o mais impor-tante foi o facto de ter consegui-do pôr o país a ver rugby. Nãohá duvida nenhuma que haveráum rugby antes e outro depoisdo mundial. Esta modalidade irácom certeza adquirir mais prati-cantes mas principalmente etalvez o mais importante é quese irá encarar a modalidade commais seriedade.

TÉNISNo princípio do ano fiz refe-

rência a João Lagos como omaior empreendedor a níveldesportivo do país a propósitoda realização do Lisboa-Dakar,mas sinceramente não esperavaum anúncio destes, a vinda domelhor desportista do mundoRoger Federer ao Estoril Open.Confesso, sou um fanático doténis mas não poderia deixar dereferir aquilo que será um dos

momentos desportivos do anono nosso país.

Que deleite será ver o maiortenista de todos os tempos ajogar nos nossos courts ao vivo!Agora só espero que as exigên-cias do empresário portuguêssejam correspondidas, ou seja, aconstrução de um complexotenístico de acordo com a gran-deza do torneio e principal-mente que dê condições aosmais novos de praticar a modali-dade como deve de ser…

Sinceramente o que mais meindigna é o facto de nunca aolongo destes 19 anos de torneionunca se ter conseguido con-struir “o tal” complexo quandose foi capaz de construir 10 está-dios de futebol muito mais carossendo que mais de metade delesestão às moscas…

Enfim não percebo...* Comentador de Desporto

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 39

João Sobral Barros *

DESPORTO

Derby’s, Rugby e Ténis

Eu sabia que ia ser assim. Eusabia que me ia comover quan-do visse a Selecção Nacional deRugby entrar em campo. Eu sa-bia que o hino me ia arrepiar.

O que eu não sabia é que iaver a imagem mais impressio-nante que alguma vez vi no quea Representar Portugal diz res-peito e que me ia desfazer emlágrimas com um sorriso de or-gulho no rosto como nunca otinha feito antes.

Aquilo é que é cantar o hino.Aquilo é ter orgulho em vestiraquela camisola (já tenho umaencomendada!). Aquilo é que éentrar e sair de campo de cabeçaerguida. Aquilo é que é ser ho-mem! Ter aquele tamanho todo,aquela coragem toda, aquelesquilos todos, aquela raça toda eainda assim não ter vergonha demostrar o coração aberto a34.162 pessoas e chorar ao can-tar o hino do seu país com todaa força e a plenos pulmões. Paraque todos ouvissem bem dondeeles vieram.

O “homem-do-jogo” é nosso.

É advogado. Chama-se VascoUva e é o nosso capitão. E euestou a transbordar de orgulho!

Não esquecer que a nossaselecção de rugby e a únicaequipa amadora que participanum Campeonato do Mundo,pois todas as demais são profis-sionais!

No dia anterior, tinha visto anossa Selecção Nacional deFutebol a empatar estúpida einfantilmente depois de trautearum hino tímido entredentes –isto os que o sabem (Pois andapor la um naturalizado que viveem Portugal desde os 19 anos enem o hino sabe…), porque out-ros há que praticamente sófazem lálálás, enquanto naselecção de rugby ate temos 2Argentinos naturalizados quecantam o hino com o mesmo

orgulho dos Portugueses. Nãoterá sido só por isso, mas tam-bém, no final aquele empatesoube-me a dupla derrota e aderrota no Rugby de ontemsoube a Campeonato do Mundoganho.

Há tantas diferenças na ati-tude, nas regras, no espírito dosdois desportos que ontem,depois de explodir de alegria egritar até ficar rouco com o nos-so ensaio, ao sentar-me de novono sofá tive pena de ainda assimgostar mais de futebol do que derugby. Eu não queria, juro quenão queria...

Para quem não viu VEJA QUEVALE A PENA VER!!

www.youtube.com/watch?v=B1exk6jpal0

No passado dia 9 de Setem-bro a Secção Columbófila daSociedade Recreativa do Bairroda Areia, realizou um almoçoconvívio para distribuição deprémios, na sua sede, relativo àcampanha 2007.

Por seu turno o Grupo Co-lumbófilo Vontade, realizou asua entrega de prémios e conví-vio no dia 16 de Setembro, norestaurante Farnel.

A iniciativa contou com apresença de mais de 70 partici-pantes, incluindo columbófilos,executivo da autarquia de Co-

ruche e presidente da Junta deFreguesia, além do represen-tante da Associação Distrital deSantarém.

O presidente da colectivi-dade, Henrique Rodrigues,adiantou que, “a Colectividadeirá assinalar 60 anos em Janeirode 2008, estando a ser prepara-do um programa para as co-memorações”. Por sua vez, Ja-cinto Barbosa, presidente daJunta de Freguesia de Coruche,referiu que, “esta festa teve boaaderência e dignidade ao con-trário do ano anterior, atéporque, esta Colectividade édas melhores e está no lote dasmais organizadas da freguesia”.

Por último, o vereador Nél-son Galvão, salientou, “a orga-nização da Colectividade e otrabalho apresentado pelos cor-pos directivos para manteremem actividade a columbofilia nafreguesia são dignos de registo.Estamos atentos aos problemase anseios dos dirigentes e asso-ciados desta Colectividade”,referiu o autarca.

Ambos os convívios tiverammuita participação e são con-vívio, desejando o Jornal de Co-ruche as maiores felicidades esucessos.

João Louro

Eu sabia que ia ser assim...Associações Columbófilasatribuem prémios

Page 40: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200740

“Serviço de Urgência” Histórias Reaisde Conceição Queiroz

Médicos, enfermeiros, auxiliares, doentes, mastambém novos, velhos, crianças, sem-abrigo, clandes-tinos, e tantos, tantos outros são os protagonistas deServiço de Urgência.

Convidando o leitor a mergulhar na vida e nashistórias de muitos portugueses com quem a jorna-lista pela noite fora conviveu intensamente ou juntode quem adormeceu nas salas de espera madrugadadentro, este livro mostra-nos como a tristeza anda demãos dadas com a alegria, a angústia coexiste com aesperança ou a dor de quem desespera por uma sim-ples consulta entre longas listas de espera.

Serviço de Urgência é o retrato de um mundo queas pessoas sabem que existe mas que desconhecem,um mundo de muitas e fortes emoções, no qual sãodesafiados todos os dias os limites da própria vida.

Também em Coruche, existi-ram mandatários para as candi-daturas de Luís Marques Men-des e Luís Filipe Menezes, àseleições para a presidência doPartido Social Democrata quese realizaram no dia 28 deSetembro, com a vitória de LuísFilipe Menezes.

O mandatário de Menezespara Coruche foi Luís da CruzFerreira que pensa ser o can-didato que apresentou “mel-hores condições de reganhar aconfiança dos portugueses noideário social democrata e paralevar o PSD de novo ao gover-no de Portugal”.

Por seu lado, Marques Men-des que teve como mandatários

José Manuel Potier e RicardoFerreira dos Santos, actual pre-sidente da concelhia do PSD deCoruche, que disse que “todossabemos que o Dr. Luís Mar-ques Mendes, era o candidatomais bem preparado para con-tinuar na liderança do Par-tido”.

Em Coruche venceu a listade Marques Mendes com 28votos, contra 13 de Menezes, e2 votos nulos, num universo de62 eleitores, tendo votado 43.Ricardo Santos, actual presi-dente da Concelhia e FredericoCondeço foram eleitos comodelegados ao congresso do PSDde 12 e 13 Outubro.

Da ObraO percurso de Zita Seabra suscitou sempre

grande curiosidade e interesse. Pelo facto de terabraçado a causa comunista aos 16 anos e aos18 ter largado a vida confortável e burguesapara mergulhar na clandestinidade durante lon-gos oito anos. Da clandestinidade – um temaque ainda hoje pouco ou nada se conhece –Zita Seabra relata finalmente como sobreviveue como viviam os revolucionários que lutavamcontra a ditadura de Salazar.

As movimentações até à Revolução de Abril,o Período Revolucionário em Curso (PREC),os anos de trabalho ao lado do secretário-geraldo PCP Álvaro Cunhal, até ao momento decisão e desilusão com os ideais que abraçoudesde cedo.

Até Moscovo, um ano antes da queda domuro, quando rompe definitivamente com asamarras ao ideal comunista.

Um testemunho que vai marcar definitiva-mente a história portuguesa contemporânea.

Da AutoraZita Seabra nasceu em 1949, é casada e

mãe de três filhos.Publicou em 1988 o livro “O Nome das

Coisas”.Deputada à Assembleia da República de

1975 a 1988, coordenou o Secretariado Nacio-nal para o Audiovisual em 1993, ano em queassumiu a presidência do Instituto Portuguêsde Cinema.

De 1994 a 1995, foi presidente do InstitutoPortuguês da Arte Cinematográfica e Audio-visual.

Editora da Quetzal, foi administradora edirectora editorial da Bertrand Editora e éactualmente presidente do Conselho de Admi-nistração e directora editorial da Alêtheia Edi-tores S.A., da qual é fundadora.

Deputada pelo círculo de Coimbra, é vice--presidente do grupo parlamentar do PSD naAssembleia da República.

Conferência de Zita Seabraem Coruche, dia 13 de Outubro às 18 horas

Auditório do Museu Municipal • Entrada Livre

Destaque

SUGESTÕES DE LEITURA • SUGESTÕES DE LEITURA

Luíz Filipe Menezesé o novo presidente do PSD

– em Coruche venceu Marques Mendes

O Corpo de Bombeiros deCoruche assinala no dia 5 deOutubro os seus 79 anos deexistência, um percurso ininter-rupto que se iniciou no ano de1928, por alvará despachado a25 de Outubro, pelo MajorVerdades de Miranda, Gover-nador Civil de Santarém.

De salientar a importânciade personalidades da vida co-ruchense como os Senhores Vir-gílio Raposo, Mário Mendonça,Francisco Suspiro, Silva Rato,Mário Vale e o Major Alberto deOliveira na fundação dos bom-beiros em Coruche, e, mais

tarde os irmão João e JorgeAlarcão Potier, e Amílcar Silva,sucedidos por Joaquim Sousa eSilva e seu filho António Mo-reira da Silva na consolidação edesenvolvimento do Corpo deBombeiros de Coruche.

Bombeiros de Coruchecomemoram 79 anos

A Junta de Freguesia deCoruche, presidida pelo SenhorJacinto Barbosa, leva a efeito nodia 14 de Outubro o XIII En-contro de Reformados e Idososda Freguesia de Coruche, assi-nalado com um almoço conví-vio pelas 12,30 horas no restau-rante Farnel. Mais uma iniciati-va que se destaca, importante

para o convívio e a saúde dosnossos mais velhos.

Também a Junta de Fregue-sia da Fajarda, presidida por Ilí-dio Serrador, realizou o seualmoço convívio, destra feita o13.º Convívio de Reformadosda Fajarda, que se realizou nopassado dia 22 de Setembro, nasinstalações da Junta da Fajarda.

XIII Encontro deReformados de Coruche

Page 41: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 41

A organização recebeu 545 trabalhos, originaisde 324 criadores que tentaram entrar a concurso.No próximo dia 4 de Outubro, momentos antes dainauguração o júri anunciará o grande vencedor,bem como as obras distinguidas com mençõeshonrosas.

O júri desta edição é composto por Rui deBrito, director da Galeria 111 e responsável pelaimpar colecção “Manuel de Brito”, Pedro Cas-queiro, conceituado pintor, Arq.º Carlos Janeiro,comissário e fundador da Bienal de Coruche eDulce Patarra, Técnica do Museu Municipal deCoruche.

O grande prémio Bienal de Coruche no valorde 3.500 euros é um alto patrocínio do BancoEspírito Santo.

O antigo Salão de Festas Alcorucen vai aco-lher o evento. Os visitantes poderão aí apreciar asobras seleccionadas e assistirem a alguns momen-tos espectáculos de grande qualidade:

• Dia 4 de Outubro, tocam “Las GuitarrasLocas”, duo de excepcionais guitarristas com umrepertório que flutua entre o flamenco e o jazz,notando-se ainda nos executantes uma clarainfluência do “monstro” Paco de Lucía.

• Dia 6 de Outubro, o genial pianista CaioPagano está em Portugal para executar emCoruche o espectáculo “A loucura na Música e naPintura”, um concerto comentado e que prometeser um dos momentos altos da Bienal.

• Dia 13 de Outubro, Jorge Palma ao vivo,um dos mais brilhantes compositores portuguesesestá de volta a Coruche, numa altura em que temum novo álbum intitulado “Vôo Nocturno”.

• Dia 20 de Outubro, “Um Retrato” e“Bocage na Taberna do Parras”, dois momen-tos teatrais, duas visões pictóricas.

A Bienal de Coruche tem nesta edição a “com-panhia” de mais duas iniciativas, que apesar denão interagirem directamente com a Bienal, com-plementam com eficácia a oferta turística de Co-ruche, no fim-de-semana de 12, 13 e 14 de Outu-bro. Em paralelo realizam-se as 19as Jornadas deGastronomia e a 23a Feira do Livro.

O presidente da Câmara Municipal de Coru-che acredita que será um fim-de-semana de gran-de promoção do concelho que preside. DionísioMendes diz mesmo que o convite é irrecusável, “areceita é simples mas eficaz: arte, cultura e gas-tronomia… quem é que não gosta destes praze-res?”, disse e questionou.

O edil mostra-se ainda agradado pelo facto daBienal de Coruche estar edição após edição a ga-nhar qualidade e notoriedade, “estamos a conse-guir afirmar a nossa Bienal dentro do meio artís-tico e junto daqueles que estão mais atentos àarte, o que não é fácil, se tivermos em conta queé uma organização fora dos grandes centrosurbanos”.

Dionísio Mendes acrescenta ainda que o altoPatrocínio do Banco Espírito Santo é um certifi-cado de qualidade.

Bienal de Artes de CorucheNotícias Locais • Notícias Locais > Actividade cultural • Notícias

O novo romance do escritor e jor-nalista tem como protagonistas um pri-sioneiro e um escritor sem inspiraçãopara a escrita. A história gira em tornodas suas vidas (difíceis) cheias de con-flitos e dificuldades.

As dificuldades e conflitos retrata-dos em Canário podem ser, perfeita-mente, vividos por todos nós numdeterminado momento das nossasvidas. Um livro que nos marca.

A não perder . . .

Telma Leal Caixeirinho

SUGESTÕES

LIVRO

Porque o fado ésentido de uma for-ma muito particularpor cada um de nós,eis um filme quenos mostra Fados.

Realizado peloespanhol CarlosSaura, este filmeconta com a partici-pação de imensosartistas (dos maisvariados tipos dearte) como Carlos do Carmo, Camané ou Mariza mas também comCaetano Veloso e Chico Buarque, entre muitos outros. E se háquem considere que o fado não é feito para ser dançado, este Fadosrevela precisamente o contrário. Não deixe de assistir às várias“vidas” do fado em Fados.

Outro sentido é o terceiro álbumdo artista. Depois de O mesmo Fadoe Por meu cante, António apresentaneste CD várias outras referênciasmusicais, além do fado, que têm mar-cado a sua carreira.

A apresentação realizou-se noTeatro Pax Júlia, em Beja, mas ofadista alentejano já anda a percorrero país e o mundo a divulgar este tra-balho e a música portuguesa. AntónioZambujo foi eleito, em 2006, a “Me-lhor voz masculina de fado” nosPrémios Amália Rodrigues.

CINEMA

Fados de Carlos Saura

CD

Canário de Rodrigo Guedes de Carvalho

Outro sentido de António Zambujo

A terceira edição da Bienal de Coruche, que decorre de 4 a 21de Outubro, vai apresentar 53 artistas e 72 obras.

Pela cultura, progressoe desenvolvimrnto da nossa terra

A autarquia de Coruche re-vela que mais duas empresasque adquiriram terrenos na zonaindustrial do Couço para seinstalarem, não o fizeram notempo útil legal.

O edil, Dionísio Mendes,informou que “casos similaresserão analisados e podem levara câmara a decidir pela rever-são dos terrenos para a suaposse”.

A câmara já previamentehavia notificado dez empresá-rios por não cumprirem os pra-zos e deu trinta dias para regu-larizarem a situação.

Couço

Empresas não se instalam a tempo

Foi detido pela GNR deCoruche um indivíduo que tinhauma plantação de droga canna-bis. O juiz do tribunal de Co-ruche decretou-lhe a pena decoacção de prisão preventiva.

As forças de segurança pren-deram o homem de 40 anosnum terreno junto à sua casa,onde plantava as plantas dedroga com cerca de 37 quilos.

Plantação de drogaem Coruche

Page 42: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200742

telefs. 243 617 502 - 243 617 544 - 243 617 592 • fax 243 617 196

o seu banco em Coruche

telefs. 243 689 333 - 243 689 369 • fax 243 689 380

DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

No final da sua actuação no passado dia 27 deSetembro no Campo Pequeno, João Salgueiro ao ladearperante o toiro, foi bruscamente colhido com violênciao toureiro e o seu cavalo.

Foi então num rasgo de valentia que o cavaleiro

apeou da sua montada e apeado enfrentou o toiro, como conclave em sobressalto, tendo sido apanhado pelotoiro que o colheu de forma violenta, e tendo ficadoinconsciente no meio da arena. Assim se manteve poralgum tempo, tendo recuperado só no fim da corrida.

Também o forcado Pedro Reis do Aposento daChamusca foi colhido por este toiro, deixando-o comum traumatismo crâneo encefálico que levou a interna-mento no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Reportagem fotográfica de Joaquim Mesquita

João SSalgueiro qquase pperdeu aa vvidaFoi na lide do segundo toiro da noite que Salgueiro, diante do toiro Malagon de 600 kgs

da ganadaria Fernandes de Castro, quase perdeu a vida.

Page 43: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 2007 43

Este país é ingrato, e, nãoraro castiga quem devia premi-ar. A inveja, desgraçadamentecampeia por ai como epidemiainsidiosa. Santana Lopes, tevesempre a coragem na vida deevidenciar qualidades e assumirdefeitos, o que é evidente amediocridade não lhe perdoa.

Quando um tal “Durão” traiuVitorino e se deslocou a Bruxe-las supostamente para defendera continuidade deste último naComissão Europeia, e, o que fezna verdade foi tratar do seutachinho (ou tachão!) comopresidente da mesma, o “Pedro-cas” aguentou o barco e sem quelhe passasse pela cabeça achou-se primeiro procere da nação.

Primeiro-ministro dum gov-erno que não havia escolhido,timoneiro de rumos alheios, eincapaz de prejudicar em con-sciência os interesses do povoque respeita, viu-se confrontadocom a má vontade dos pode-rosos empresários deste paísque encostaram Jorge Sampaioà parede (e que pena tenho deaqui lhe verberar o mais infelizdos desempenhos enquantopresidente da república, quetambém é aficionado, e … deve-mos-lhe a legalização do queacontece em Barrancos) e obri-garam à sua demissão, que deupasso a um governo socialistacapaz de tal cegueira que põeem prática políticas que fari-am corar qualquer governo deextrema direita. Basta…!

Deve Sampaio, por ter obri-gado Santana Lopes a demitir-se, considerar-se responsável decomo neste momento se conju-gam neste país os verbos fechar,enganar, até ultrajar, e outrosquejandos terminados em “ar”.Que de facto, se atentarmos nanossa realidade, só o vento é naverdade livre neste desgraçadoPaís à beira mar plantado, tãobonito, que os Deuses acharampresto era bonito demais e paracompensarem o resto do mundotambém criaram os portugueses,não pensando sequer que entreos mesmos também criavam ospolíticos.

Ora, entre os políticos e coma consciência de que o país setransformou numa vacaria emque qual vacas abusadas, temosa estrita obrigação de nos dei-xarmos ordenhar o menos pos-sível, cumpre-nos respeitar osque se manifestam de acordocom a nossa cultura e servem osinteresses do povo que é supos-to servirem.

Pedro Santana Lopes, estra-nha excepção, com uma únicacomparação neste país, continuaa não ser rico, apesar de ter sidoPresidente de Câmaras, Secre-tário de Estado, presidente degrande partido e até, como járeferimos, Primeiro-ministro,quer queiram ou não que factosveros se não apagam dos cur-riculum.

No que me refere, não mecanso de louvar a isenção e

equidade com que respeitou osentir aficionado da Nação, sen-do que no seu consulado, en-quanto responsável pela culturanos deixou fruir as corridas pic-adas que as empresas entender-am montar, soube condecorartoureiros e sobretudo soubetambém, pesem as responsabili-dades honrar a festa de toiroscom a sua presença, sempre queo pôde fazer. Explicadas algu-mas das razões porque já orespeitava, vamos lá à matériaque o torna meu credor.

Neste país, em que o abusodo politicamente correcto co-meça a tocar as raias do despu-

dor, Pedro Santana Lopes, dei-xou explicado que há evidênciaqual a razão porque tenho porele empatia que baste.

Convidado vedeta da SicNoticias (26/9/2007) para co-mentar a vergonha do diz quedisse sobre as eleições directasno seu PPD/PSD, e tendo atéopinião cordata e ajuizada aexpandir, viu-se interrompidopor Ana Lourenço (a culpa foicom toda a certeza das ordensdo auricular, que a jornalista éaté do melhor que por ai anda)para que se mostrasse a chegadaa Lisboa do Mourinho. Nãotenho nada contra José Mouri-

nho, setubalense que respeito,como respeito quem quer queseja que por mérito próprio sedistinga com o que faz. Masconvenhamos que apesar dodinheiro que gera o futebol, osseus agentes são coisa de so-menos no nosso tecido social,quer queiram quer não, que mal-grado a expansão do negócioque para ai querem confundircom desporto, sendo como écoisa da mentalidade anglo-saxónica nada tem que ver coma nossa mentalidade mediter-rânica, bem habituada ao res-peito pelos cultos solares e peloscultos telúricos, com tudo o queisto implica.

Santana Lopes, com toda ajustiça passou-se, e, com a fran-queza dos justos disse que nãoestava para tanto, que estava alicom prejuízo pessoal e para tra-tar de assuntos sérios, e, acaboucom o desrespeito e com a con-versa. Foi de Homem!!!

Neste País que a cada passonos pretende politicamente cas-trar, quiçá pelo nível de baixospolíticos que Santana Lopes sepropunha vituperar, é bom saberque ainda existem neste paísalguns que têm os “ditos” nosítio.

Por mais inócua que aosmentecaptos pareça a atitude,aos meus olhos e sentires, trans-formou-o num credor

____

Domingos da Costa Xavier

Credor do meu respeitoPedro Santana Lopes, porque possuidor de alguma honestidade intrínseca, pese o ter atesourado sucessos em várioscargos que desempenhou, só e porque também acumulou namoradas bonitas, capazes de causar inveja a muitos dosmal casados ou frustrados deste país, tem aguentado estoicamente o papel em que o puseram de bombo da festa.

Exposição fotográfica no Museu Municipal – de 28 de Setembro a 28 de Outubro

Está patente ao público no MuseuMunicipal de Coruche, até 28 deOutubro, a exposição Vietnow deCarlos Amaral. Em Setembro de2004, o jovem coruchense percorreuo Vietname e fotografou os maisvariados locais de um país, que seencontra num limbo de conva-lescença entre o subdesenvolvimentodeixado pela guerra e o crescimentodesenfreado da vizinha China.

Carlos Amaral percorreu o ter-ritório disperso, sem um percursoobjectivo e procurou apenas con-seguir capturar o que os seus olhosviam. O jovem coruchense pensa umdia voltar ao Vietname e voltar afotografar os locais mais variadosdum País em recuperação lenta.

Page 44: Director: Abel Matos Santos– Ano 2 Número 18 1 de Outubro ... A1N18 site.pdf · de Santana Lopes na SIC. ... Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos Santos Impressão:

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 18 • Outubro de 200744