Director: Mário Carvalho NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2011 … · quando ela entra em ac- ... futuro de...
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Vol.7
Nº2
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201
1
Director: Mário Carvalho
Feliz Natale Próspero
Ano Novo 2012
O Açoriano2 O AçorianoO2
Editorial
EDIÇÕES MAR4231-B, Bl. St-Laurent
Montréal, QuébecH2W 1Z4
Tel.: (514) 284-1813Fax: (514) [email protected]
PRESIDENTE: Sandy Martins
VICE-PRESIDENTE: Nancy Martins
DIRECTOR: Mario Carvalho
DIRECTOR ADJUNTO: Antero Branco
REDACÇÃO: Sandy Martins
COLABORADORES: Debby MartinsMaria Calisto
Natércia Rodrigues
CORRESPONDENTES:Açores
Alamo OliveiraEdite MiguelJorge Rocha
Roberto Medeiros
FOTOGRAFIA: Anthony NunesRicardo SantosJosé Rodrigues
AçoresHumberto Tibúrcio
INFOGRAFIA: Sylvio Martins
CORRECTOR ORTOGRÁFICONatércia Rodrigues
Envie o seu pedido para Assinantes O Açoriano
4231-B, Bl. St-LaurentMontréal, Québec
H2W 1Z4
O AçorianoAcontecimentos de 2011O ano de 2011 é mar-
cado pelos desastres naturais em países como Japão, Austrália e Brasil e pelas mani-festações das popula-ções contra líderes de países africanos como Egito, Bahrein, Iémen e Líbia. A crise política, pedido de ajuda exter-na e a recessão econó-mica em Portugal são outros temas que mar-cam a agenda política nacional.JaneiroDilma Rousseff toma
posse como primeira mulher presidente do Brasil;Inundações assolam
Austrália, ocupando área que equivalente a França e Alemanha;Carlos Castro é assas-
sinado e mutilado pelo modelo Renato Seabra no hotel intercontinental em Nova Iorque;Cheias no Brasil fazem
mais de 700 mortos;Cavaco Silva é reeleito
Presidente da República nas eleições presiden-ciais com maior número de abstenção;População do Egito
exige demissão do Pre-sidente Hosni Mubarak;FevereiroIdosa é encontrada
morta após 9 anos no chão da cozinha da casa
onde habitava sozinha em Lisboa;Hosni Mubarak aban-
dona Egito. No total morreram 685 pessoas e
-rante a revolução egíp-cia;Manifestações na Lí-
bia exigem demissão de
Sismo na Nova Zelân-dia provoca mais de 70 mortos.MarçoTropas aliadas de Ka-
-dades da Líbia através de via aérea;Steve Jobs, CEO da
Apple apresenta o iPad 2;1Sismo de magnitude
8.9 provoca milhares de mortos no Japão;Milhares de pessoas
abandonam Japão devi-do a ameaça de desastre nuclear na central de Fukushima;Falecimento de Artur
Agostinho;José Sócrates demite-se
do cargo de Primeiro--Ministro após chumbo do PEC IV na Assem-bleia da República;Arquiteto Eduardo
Souto Moura recebe o prémio Pritzker, consi-derado o prémio Nobel da Arquitetura;FC Porto sagra-se cam-
peão nacional de futebol
2010/11, ao vencer o
Luz por 1-2;Real Madrid derrota
FC Barcelona e vence Taça do Rei;Casamento do Príncipe
William de Inglaterra com Kate Middleton.MaioBarack Obama anuncia
a morte de Osama bin Laden, morto pelas tro-pas de elite americanas;Troika apresenta medi-
das do programa de aju-da externa a Portugal;Dominique Strauss-
-Kahn é detido no aero-porto JFK, acusado de agressão sexual a uma empregada de hotel, em Nova Iorque;
Liga Europa, em Dublin, ao vencer Sporting de Braga por 1-0;FC Porto vence Taça de
Portugal, ao vencer Vi-tória de Guimarães por 6-2.JunhoTomada de posse do
novo Governo de Portu-gal, liderado por Pedro Passos Coelho;Morte de Angélico
Vieira, vítima de aciden-te de viação;JulhoAnders Breivik, cida-
dão norueguês, mata 77 pessoas em Oslo, na No-ruega, num ataque terro-
rista contra o Governo;Cantora Amy Wi-
nehouse é encontrada morta em casa, em Lon-dres;Uruguai vence Copa
América, ao vencer Pa-raguai por 3-0.SetembroGoverno anuncia bura-
co de 220 milhões de eu-ros nas contas públicas da ilha da Madeira.OutubroFalecimento de Steve
Jobs, fundador da Apple, aos 56 anos de idade.Passos Coelho anun-
cia ao país principais medidas do OE 2012, com corte de subsídio de férias e de natal para função pública e pensio-nistas.
forças rebeldes em Sirte, na Líbia.Cristina Kirchner é re-
eleita presidente da Ar-gentina.NovembroSilvio Berlusconi aban-
dona a presidência do governo italiano.
2012, ao vencer a Bós-nia Herzegovina.DezembroMorte de Cesária Évo-
ra, cantora cabo verdia-na, com 70 anos.Morte de Kim Jong-il,
líder da Coreia do Norte.
O Açoriano 3O Açorianno 3
Mário Carvalho
Gente da terra
Haja Saúde para brindara vida, Boas Festas!
O ano de 2011, foi, sem dúvida, alguma aquele que mais marcas deixou na minha vida, sofrimen-to, dor, pranto e luto. Perdi o meu pai e o meu amigo Antonio Vallacor-ba.Este ano também foi
uma lição de vida para todos nos, mais uma vez a natureza mostrou ao mundo que ninguém pode resistir a sua força quando ela entra em ac-ção e que nem os ditado-res resistem para sempre a fúria do povo.O ano de 2011 é marca-
do pelos desastres natu-rais em países como Ja-pão, Austrália e Brasil e pelas manifestações das populações contra líderes de países africanos como Egipto, Bahrein, Iémen e Líbia.Nem o poder, ganância,
crueldade pode evitar a morte, o terrorista, Osa-ma bin Laden, e o ditador
assassinados.O cancro cruelmente
devastou vidas, não esco-lhe nem poupa ricos nem
pobres, velhos ou novos, analfabetos e intelectu-ais, doutores, cientistas o mundo da tecnologia perdeu Steve Jobs o Ca-nada o politico e líder da oposição Jack Layton a comunidade portuguesa em o Director do Jornal a Voz de Portugal Antonio Vallacorba.Mas a nossa vida con-
tínua seguindo o destino marcado, ora chorando ora cantando, com mo-mentos tristes e outros divertidosUm dos melhores mo-
mentos marcantes em 2011 na comunidade portuguesa do Quebeque foi a celebração das bo-das de ouro do jornal a Voz de Portugal e de pra-ta da construção da igreja Santa Cruz.A Voz de Portugal, tem
sido ao longo de todos estes anos o mensageiro das Boas Festas de Na-tal, o postal que melhor divulga os desejos da comunidade portuguesa a residir nesta província do Canada e o elo de ligação entre a terra de
acolhimento Quebeque e a pátria mãe Portugal, é o correio que foi trazendo e levando notícias de cá de e de lá a cada lar por-
tuguês, e muitas vezes o companheiro nas horas de solidão. A igreja de Santa Cruz,
lugar de recolhimento es-piritual, aonde se celebra a Santa Missa, baptiza-dos, casamentos, festas e procissões, celebra-se a vida da alma na pia do baptismo e a morte no
dia do funeral.Não permitir a mani-
festação de grande ale-gria ou grande lamento em relação a qualquer
acontecimento, uma vez que a incerteza de todas as coisas pode transformá-lo comple-tamente de um instan-te para o outro; em vez disso, aproveitar sempre o presente da maneira mais serena possível: isso é o saber viver. Em geral, porém, fazemos o
contrário: planos e pre-ocupações com o futuro ou também a saudade do passado ocupam-nos de modo tão contínuo e duradouro, que o presen-te quase sempre perde a sua importância e é ne-gligenciado; no entanto, somente o presente é seguro, enquanto o fu-turo quase sempre são diferentes daquilo que pensamos. Sendo assim, iludimo-nos uma vida in-teira, preocupados com o futuro de tudo aquilo que nos rodeia. Vamos todos aprovei-
tar o momento presen-te para viver o Natal em paz amor e alegria, recordando apenas os bons momentos vividos no passado e as pessoas que amamos mas que já partiram para e eternida-de após terem cumprido com lealdade a sua mis-são na terra.Feliz Natal e um Pros-
pero Ano Novo 2012 para todos em espe-cial para aqueles que sofram por falta de Amor.
O Açoriano4 O AçorianoO4
Mensagem de Natal
Mensagem de Natal doPresidente do Governo dosAçores, Carlos César 2012O Natal, para mim, é
a grande celebração da vida. Das nossas vidas.Nenhum outro momen-
to festivo, à escala glo-bal, convoca mais a ale-gria e a paz. Nenhuma outra evo-
cação junta melhor a esperança aos que estão tomados pela tristeza. E como na vida as triste-zas não nos poupam, é muito importante nunca nos vermos privados da esperança.O Natal – para os cris-
tãos, como para a maio-ria dos homens e das
mulheres por este mundo fora – é um tempo simul-taneamente de trégua e de acção.De trégua, para os que
se desirmanaram. De quietação para os que se combatem. De maior se-renidade para os que se
os que se precipitam no imprevisto. É também um tempo
de acção. O Natal, re-produzindo o nascimen-to de Jesus, reacende a luz prometedora e insti-ga a aptidão, que todos conservamos no nosso interior, para renascer: a capacidade de recomeçar ou de fazer mais, de fazer melhor, de fazer diferen-te – de cumprir a promes-sa de Ano Novo. Na relação com o próxi-
mo, na quadra natalícia, a fraternidade ganha mais
vezes que o egoísmo. São tantos, felizmente,
impulso generoso e só é pena que ele não seja mais duradouro e até constante. Olhamos em redor e
descobrimos, com outra
clareza, o que falta e o que sobra, compreen-dendo que fazemos parte desse todo, onde contri-buímos, em mais ou em menos, para o seu melhor como para o seu pior. É bom sentir que aju-
damos, ou que podemos ser ajudados. Sobretudo, é imprescindível ajudar. Não falo da caridade fa-risaica, televisionada, os-tentatória, dos que anun-ciam previamente a sua prodigalidade para bem parecer; dos que fotogra-fam os que recebem, para
dão. Falo da solidarieda-de a sério: dos que dão o que podem e não dos que mostram o que dão. Falo, pois, também, da generosidade que vence a vaidade. Em suma, da verdadeira solidariedade do Natal. Essa é a que
mais interessa, a que é mais verdadeira e aquela a que apelo junto de to-dos os açorianos. Nestes últimos anos,
nesta mensagem de Na-tal, chamei muitas vezes a atenção para as notícias das crises dos países e das economias externas, cujos efeitos se fazem sentir agora com maior intensidade nas nossas ilhas. Como disse recen-temente, levar os Açores para a frente, com a Eu-ropa e o País a puxarem para trás, tem sido mais difícil. Porém, apesar
que estamos a sentir por essas razões – nas em-presas, no emprego e no rendimento das famílias – temos conseguido, e vamos continuar a conse-guir, que a crise, que nos chegou mais tarde, seja
menos penosa do que no Continente e na Madeira está a ser e que seja en-tre nós ultrapassada mais cedo.
-nanceira da Região, que uns gostam tanto de desmerecer, tomara que o País e muitos outros
tivessem uma situação igual ou parecida. Esta-riam, todos, certamente, bem mais aliviados.Os Açores têm resistido
melhor – isso, quase to-dos o reconhecem. Mas, para mim, o mais impor-tante é que, reagindo a essas adversidades que se acercaram, os políti-cos – pela sua acção no governo, no parlamento, nas câmaras municipais e junto dos cidadãos – sejam capazes de, nos Açores, auxiliar os mais frágeis com os apoios possíveis, segurar as em-presas viáveis que estão
melhor os jovens casais, ajudar a manter empre-gos, dar alternativas aos
de vida útil, e apoiar as famílias nos tratamentos contra a doença, na edu-cação e alimentação dos
O Açoriano 5O Açorianno 5
Mensagem de Natalaos seus idosos. São es-sas, neste momento, as minhas principais preo-cupações. Todos sabemos que es-
tamos muito dependen-tes da recuperação eu-ropeia e da recuperação portuguesa – para já não falar de outros lugares, como nos Estados Uni-dos, onde temos tantos açorianos – e todos sabe-mos igualmente que a re-toma, nos Açores, do ca-minho de progresso que estávamos a trilhar, vai obrigar-nos ainda a sa-crifícios e a mais aborre-cimentos. Todos os dias chegam-nos medidas de fora, sejam em impostos sejam em mais custos na saúde, que exigem uma enorme ponderação na sua aplicação, às vezes
obrigatória, e um enorme esforço por parte do Go-verno Regional para, ao mesmo tempo, proteger a Região e não prejudi-car mais as pessoas. Não devemos nem temos que fazer sempre o que os ou-tros fazem lá fora – para isso é que serve a nossa Autonomia –, mas são decisões e tarefas mui-to difíceis que temos de empreender diariamente, com responsabilidade face ao futuro e da me-lhor forma no presente. É preciso, pois, ter ini-
-pois da tempestade virá certamente a bonança. Todos, sejam quais fo-rem as suas opiniões e funções, devemos estar a remar no mesmo sentido, a dar força aos Açores e a
recuperar a tranquilidade que merecemos. Vivemos, mesmo as-
sim, numa terra de ilhas encantadas: não tenha-mos dúvidas! Por esse mundo fora, morre-se de fome e abandonado na doença; tornam-se vítimas de guerras os que nem sequer com-preendem as suas cau-sas; rebentam bombas e eclodem catástrofes que já só no Natal têm direito a ser notícia; multidões fogem sem destino e sem refúgio. Por isso, temos de aprender a viver, na nossa terra, de acordo com as nossas possibili-dades e necessidades, e não pensar que se pode ter o que se quer e que é o Governo que o tem de garantir. Se ambicio-
namos mais para a nos-sa Região, se queremos que ela seja melhor, não há dúvida de que, por esse Mundo fora, falta muita bondade, muita nova consciência e mui-ta vontade para que ele seja pelo menos tolerável para os que nele vivem e mais aproximado do bem estar que aqui temos. Vamos dar um bom
exemplo no nosso Natal! Praticar a solidariedade e viver com responsabili-dade e com esperança. Esta é a última Mensa-
gem de Natal que dirijo na minha qualidade de Presidente do Governo, visto que cessarei as mi-nhas funções dentro de pouco menos de um ano. Continuarei, entretanto, a servir a minha terra e
os meus concidadãos, a quem devo tudo e a quem dou o que tenho. A todas as açorianas
e açorianos, a todos os amigos dos Açores, onde quer que residam ou onde quer que estejam, seja nas Américas seja na Europa, e, de modo especial, aos que labu-tam nas nossas ilhas das Flores, do Corvo, de São Jorge, do Pico, do Faial, da Graciosa, da Terceira, de São Miguel e de Santa Maria, desejo, em nome do nosso Governo e em nome da minha família, umas boas festas e um ano novo cheio de felici-dades.Bom Natal.
Carlos CésarPresidente do Governo
O Açoriano6
Saúde
5 Dicas para diminuir o stressVai longe o tempo em
que o stress era associa-do quase exclusivamen-te a executivos e empre-sários. Hoje, sabe-se que até mesmo as crianças são susceptíveis ao pro-blema.Se antigamente a ten-
são estava relacionada apenas com doenças do sistema nervoso, nos últimos anos diversos estudos mostraram que o coração pode sofrer bastante. O sistema imunológico também é afectado, o que serve de estopim para infecções oportunistas, como as
gripes.-
vel aos estragos do ner-vosismo do quotidiano, existem soluções bem simples. Uma pesquisa realizada pelo Interna-tional Stress Manage-ment Association no Brasil (ISMA-BR) com 1,2 mil pessoas mostrou que a redução no uso do computador, do celular e de outras tecnologias
ajudou a atenuar dores musculares, insônia, an-siedade e cansaço.
estratégias antistress:
1 - Respire fundoExpire pela boca con-
tando até dez e esva-ziando ao máximo os pulmões. Em seguida, inspire pelo nariz, ina-lando bem o abdómen. Conte até cinco enquan-to faz o movimento. Sol-te todo o ar e repita a res-piração completa mais seis vezes. Além de se tranquilizar por um ins-tante, você manda mais oxigénio para o cérebro funcionar melhor.2 - Relaxe os músculosFoque cada parte do
corpo para sentir se há algum nó de tensão e,
mentalmente, tente des-fazê-lo. Comece pela face. Contraia a muscu-latura por dois segun-dos. Relaxe. Passe para outros pontos até chegar aos pés. Quando você relaxa a musculatura, a
3 - Visualize o relaxeImagine uma luz colo-
rida, que entra pelo topo cabeça e percorre todo o corpo, relaxando cada região por onde passa.4 - Coma cereais inte-
graisTrigo, aveia, cevada e
outros grãos oferecem nutrientes indispensá-
veis em períodos tensos. Há desde o carboidrato até as vitaminas do com-plexo B, que interferem com substâncias do cérebro e trazem bem--estar. Sem falar que os integrais fornecem o magnésio, mineral que dá um basta ao nervo-sismo.5- CaminheEssa actividade física
é uma excelente forma
um grupo de substâncias que banha o corpo de bem-estar.
O Açoriano 7
Texto de Natércia e José Rodrigues
Parece que ainda agora acabou o Verão e já es-tamos a falar da época mais brilhante do ano, o Natal. Pois é, já há algum tempo que começou a azáfama das decorações e da compra de presen-tes, que podem e devem ser feitas atempadamen-te, para evitar o stress de quem deixa tudo para a última da hora. É verda-de. Gosto do Natal e de tudo o que o rodeia. Gos-to da alegria das crian-ças. Do convívio em fa-mília, e até do Pai Natal e suas prendas. Temos no entanto que planear o
Feliz Natal
Eis a Magia do Natal…que vamos oferecer. Não devemos gastar muito, pois estas lembranças de-vem ser só uma lembran-ça e não uma competi-ção como muitas vezes acontece. No geral são sempre muitas prendas que temos que oferecer: fazes parte de um grupo de ginástica, tens que comprar algo para outro membro deste grupo; es-tás no trabalho, compras ofertas para oferecer; tens amigos, tens que oferecer algo; teus pais,
guardou a chave da tua casa enquanto foste de férias, ofereces-lhe um mimo; há até quem com-pre algo para os animais de estimação. Aproxima--se o Natal. As pessoas afadigam-se nas suas compras, para que nada falte na celebração da-quela que é considerada por muitos a festa da fa-mília. É preciso preparar a ceia e o jantar do Natal, convém ornamentar a casa para lhe dar um ar
festivo, com muitos bri-lhos e muitas luzes.Uma mudança visível,
por exemplo, no mês do Natal, é que as pessoas sorriem mais. Tornam-se mais tolerantes, mais pa-
mais optimistas. As ruas -
cam apinhados de gente que anda de um lado para o outro, de forma deli-ciosamente barulhenta. Os sons, a confusão e as algazarras de Dezembro fazem parte do cenário natalício. Até o trânsito congestionado faz parte da festa.O Natal é a festa da
família. Onde nasceu a mais extraordinária famí-lia senão na gruta de Be-lém? Foi lá, com o nas-cimento do Menino, que ela se originou. Este ano estou extremamente fe-liz e afortunada, pois na noite de Natal baptiza-se a minha neta mais nova que tem três meses. Seus pais, irmã, tios e avós estão verdadeiramente
alegres com este aconte-cimento, pois o baptismo é a fé e esperança renas-cida nos olhos de uma criança. Que a luz do baptismo percorra este lar trazendo alegria aos corações de todos.Lembrem-se que a ver-
dadeira celebração do Natal de Jesus pede antes de tudo a reconciliação em família. Este perío-do é muito propício para isto. Queridos, nunca haverá uma família sem problemas. Se errarmos, sejamos humildes e pe-çamos perdão. Se erra-rem contra nós, sejamos justos e perdoemos, pois
Vou aproveitar este Natal para passá-lo em família, trocando os pre-sentes natalícios e pedin-do a Deus que nos traga saúde, paz e muito amor, para que possamos ver os nossos netinhos (Giu-liano, Leila, Skyla e So-
de valores fundamentais. Que este dia possa trazer
momentos de fé e de es-perança. Que se possa fa-zer deste dia todos os dias da nossa vida. Que a paz possa reinar eternamen-te nos nossos corações deixando que a alegria se manifeste em todos os momentos das nossas vi-das. O Natal é uma época em que nos lembramos da família ausente e dos amigos. Assim enqua-drado nesta época, a nos-talgia, o pensamento e a música misturam-se...e sem querer, transporto a minha mente à freguesia de Santa Bárbara, em S. Miguel, Açores, terra que me viu nascer assim como à Póvoa de S. Mi-guel, no Baixo Alentejo, onde passei a minha in-fância. Recordo a escola onde aprendi a ler e a escrever, o terreiro onde brincava todos os dias, os vizinhos e os familiares que já faleceram. O Natal é lindo! É
tempo de paz, carinho e amor.....Feliz Natal a todos!
O Açoriano8
O nosso povo
VIVA, o Açoriano Joe Puga No sábado, 10 de De-
zembro, fui pela primeira vez ao Centro Leonardo da Vinci, para assistir
ao espectáculo de lança-mento do novo trabalho
-ta oriundo dos Açores Joe Puga o 9º álbum da sua carreira intitulado “Viva”. Já há muito tem-po estava ansioso por conhecer este Centro da comunidade Italiana, que na realidade ao escolher o nome do grande Leo-nardo da Vinci, pintor,
arquitecto e cientista o mais inovador de todos os tempos. Os Italianos orgulhosos de celebrar o
seu génio, o centro que leva seu nome homena-geiam os membros da comunidade italiana: os pioneiros de todas as par-tes da Itália que se esta-
beleceram em Montreal nos últimos 100 anos. O Joe Puga, tem tudo
-mar que é um artista, completo, voz, presen-ça em palco, elegância artística e amabilidade para com a assistência. É um grande, cantor, co-municador, apresentador, domina o palco por com-pleto, fala varias línguas com perfeição, transmite
emoções.Mas o grande momento da noite foi a entrada em cena do Joe Puga, entre muitos aplausos e canções o ar-tista foi alternando a sua
actuação com os cantores convidados, cada um in-terpretou duas canções, o primeiro artista a subir ao palco foi a menina Kath-leen, sendo ainda muito jovem, possui uma gran-
de voz, de seguida a co-tovia Açoriana a Fadista Jordelina Benfeito, ami-ga de longa data que in-terpretou com mestria o “O Xaile de Minha Mãe” e “Maria Madalena” de-pois foi a vez de subir ao palco a ultima convidada da noite vinda do Ontário a Luso Canadiana, Sa-rah Pacheco. Entre som
e luz o artista ainda se fez acompanhar em al-gumas canções por duas bailarinas sem esquecer 4 dançarinos do rancho Folclórico Português de Montreal, na canção Ma-
ria Portuguesa. Nunca é demais realçar a maneira
Puga, que foi o mestre de cerimónia, apresen-tou o espectáculo, falan-do português, Francês, Inglês e Italiano de ma-neira a se aproximar da diversidade de origens e idiomas do público pre-sente.
O Açoriano 9
Feliz Natal
O proprietário do jor-nal, A Voz de Portugal, o Senhor Eduino Martins juntou os colaboradores e seus familiares, para
o jantar tradicional na Casa Minhota para agra-decer todos nesta quadra festiva e desejar a todos os votos de Festas Feli-zes.
Aproveitou também esta oportunidade para
que corriam já a um cer-to tempo na comunidade
a respeito do estatuto deste Jornal.O antigo, presente e
futuro proprietário, ex-pressou a sua satisfacão pessoal a todos os pre-
sentes para esclarecer esta desnecessária e ino-portuna burla. Remeti-dos os pontos nos “is”, a festa continuou com de-liciosa comida, ambiente familiar e descontraído, proporcionando a todos esta oportunidade única de nos conhecermos me-lhor uns aos outros.
Fácil é de compreender porque razão este jornal é o melhor semanário de língua portuguesa a ser-vir esta mesma comuni-dade.Colaboradores na ida-
de de ouro ,na idade de prata e uns tantos outros de idade jovem eis uma combinação que garante continuidade estabilida-de e sucesso ao jornal de todos nós.
Bem que já do conhe-cimento de muitos, esta festa foi também a opor-tunidade para o Senhor
-
Celebrou-se a festa de Nataldo jornal A Voz de Portugal
mente as nominações necessárias para a con-tinuação do bom foncio-namento do jornal. 2011 foi, um ano de
vários acontecimentos: uns felizes e outros tris-tes. Celebraram-se os 50 anos deste jornal, mas tambem se assistiu a partida para a eternidade do seu adepto numero um e Director, António Vallacorba e do admi-nistrador Kevin Martins.Editor:Eduino Martins;
Chefes de redacção: Mário Carvalho e Ante-ro Branco Diretor: An-tónio (Tony) Saragoça; Administradora: Elisa
Sylvio MartinsFeliz Natal e Próspero
Ano Novo.
O Açoriano10
Nossa Gente
Passagem relâmpago do CicloneAçoriano por LavalNa quinta-feira a noite
recebi um telefonema de um amigo, para me in-formar que o Pauleta iria estar na sexta-feira dia 25 de Novembro pelas 17H30 no centro comu-nitário da missão portu-guesa de Nossa Senhora de Fátima em Laval para uma sessão de autógrafos a convite da associação portuguesa local.Pauleta, é o quarto fu-
tebolista na história da seleção das quinas conta com 88 internacionali-zações, à sua frente, Rui Costa, Fernando Couto e Luís Figo e o que mais o destaca dos outros joga-dores é ele neste momen-to ser o melhor marcador de todos os tempos da Seleção de Portugal, com 47 golos, mais seis golos que o Rei Eusébio. Pedro Miguel Carreiro
Resendes, mais conheci-do como Pauleta, (Ponta Delgada, 28 de Abril de
1973) foi jogador de fu-tebol, nascido no arqui-pélago de Açores. Jogou durante vários anos na Seleção Portuguesa.Pauleta tornou-se no
primeiro internacional português a nunca ter jo-gado no campeonato por-tuguês (Primeira divisão de Portugal) a represen-tar a Seleção Portuguesa. Tornou-se o recordista histórico de golos pela seleção, ultrapassando a marca de 41 golos de Eusébio, a 12 de Outubro de 2005 contra a Letónia. Representou as Quinas no UEFA Euro 2000, no Campeonato do Mundo de 2002, no UEFA Euro 2004 e no Campeonato do Mundo de 2006, na Alemanha.O seu instinto golea-
dor, combinado com um toque de bola habilido-so com ambos os pés, um impressionante jogo aéreo e excelente mobi-
lidade compõem o seu cartão de visita. “Pauleta é um lutador, muito forte e completamente impre-visível”, disse Vahid Ha-lihodzic, seu treinador no Paris Saint-Germain.A estreia de Pauleta
pela seleção portuguesa aconteceu em Agosto de 1997, frente à Arménia, mas a titularidade só che-garia 18 meses depois, diante da Holanda. Pelo seu primeiro golo com a camisola das quinas, Pauleta teria de esperar ainda mais um mês. Foi num jogo frente ao Azer-baijão e o açoriano con-tribuiu com dois golos para a vitória de Portugal por 7-0. Revelando-se um jogador de equipa no Euro 2000, Pauleta foi um líder no Mundial de 2002, marcando por três vezes em igual número de jogos. Dois anos mais tarde, e apesar de apenas ter falhado apenas um
dos encontros da fase -
ta não marcou qualquer golo no Euro 2004, dis-putado em Portugal.O primeiro clube com o
qual Pauleta assinou um
o C.U. Micaelense, onde alinhou por uma época, mudando-se depois para o Grupo Desportivo Es-toril Praia, onde viria a apontar 19 golos.O pouco tempo que o
Pauleta permaneceu no Centro de Laval foi o su-
presentes com autógra-
saíram felizes por terem estado ao lado de um homem que tem sido um exemplo a seguir na vida como desportista e como homem pela sua simpli-cidade, honestidade e hu-mildade.Agora, sob a Presidên-
cia de Fernando Gomes, a Direcção da Federação
Portuguesa de Futebol passa a ser composta pelos vogais Mónica Jorge, Pedro Dias, Hum-berto Coelho, Hermínio Loureiro, Pedro Pauleta, Elísio Carneiro, Carlos Coutada, Rui Manhoso e João Vieira Pinto.José Luis Arnaut presi-
de à Assembleia Geral, Manuel Santos Serra ao Conselho de Justiça e Herculano Lima ao Con-selho de Disciplina. Er-nesto Ferreira da Silva passa a presidir ao Con-selho Fiscal e no Conse-lho de Arbitragem o ho-mem forte é agora Vitor Pereira. Que saudades do tempo em que o açor voava sobre os relvados, levantando multidões, ao som dos aplausos e gritos por todo o mundo ouvia--se: é golo de Portugal marcou o ciclone açoria-no Pauleta.
O Açoriano 11
Nossa Gente
Santa Cruz Bodas de PrataUma das grandes con-
dicionantes das nossas vidas é o tempo, o tem-po que não para, mesmo quando éramos capazes de dar tudo o que possu-ímos na vida para que o tempo parasse, mas isto não é possível porque o que comanda a vida é o tempo que passa e
não volta mais. Inde-pendentemente da nos-sa vontade e desejo de apagar algum tempo das nossas vidas, só o tem-po bem ou mal passado é inseparável da nossa existência, nem a morte apaga o tempo vivido e continua a marcar o tem-po depois do dia da nos-sa morte porque existe o tempo mesmo antes do dia em que nascemos e o tempo depois da nossa
e só a nossa fé cristã en-sina-nos a viver na vida eterna, e se acreditamos que a nossa vida é eterna mesmo depois da vida então sim nada se acaba tudo se transforma, com o decorrer do tempo. Na vida há momentos
mais marcantes do que outros mas nem por isso mais importantes, sim-plesmente são datas que os humanos adotaram e
deram-lhes maior im-portância do que outras, porque alguém com um
assim decidiu.Desta maneira posse
ano de vida é mais feste-jado do que o octogési-mo aniversário. Porquê não sei? Cada dia vivi-
do deveria ser celebra-do com mais fervor de maneira a agradecer ao Rei do universo cada dia da nossa vida, porque a vida é uma dadiva de Deus.Quando a natureza aqui
em Montreal tem sido de uma clemência inespera-da com uma temperatura doce e agradável em ple-no mês de Novembro, até ao ponto que nem nos apercebemos que estamos praticamente a um mês do Natal, e na
Como o tempo passa !Mas como nem a natu-
reza faz parar o tempo, eis que a comunidade portuguesa cristã resi-dente na grande região metropolitana de Mon-treal está a festejar um momento muito impor-tante na sua historia, 25 anos da construção da igreja de Santa Cruz,
obra digna de relevo e que ao longo dos anos tem sido de uma extre-ma importância na vida
Todo aquele comple-xo da Missao de Santa Cruz, faz parte das nos-sas vidas !No interior daquela
igreja, muitas almas fo-
agua do baptismo, noi-vos que celebraram a sua uniao matrimonial, também tem sido lugar de recolha espiritual, ce-lebracao da santa missa, e funerais.Ali ha festas e arraiais,
reza-se, canta-se, e até chora-se !Nos meus primordiais
dias em Montreal, da
antiga igreja portuguesa (salão da rua Clark) te-nho poucas lembrancas, recorde-me de uma festa do Santo Cristo e de ter assistido a uma missa de corpo presente no fune-ral da minha tia Adelai-de, depois vem o inicio da construção da igreja de Santa Cruz, recorde o leilao das rematações de gado para angariação de fundos leiloadas pelo Si-mão Balança, que acon-tecia depois da recolha da procissão do Senhor Santo Cristo e depois mais tarde no arraial o malogrado Guilherme Cabral com a sua incon-fundível voz arrematava as davidas do povo.Hoje já ninguém recor-
da estes e outros homens que muito deram do seu tempo e das suas pou-
panças para fazer des-ta obra uma realidade, compravam e doavam de novo para arrematar.Como toda a obra de-
caminho percorrido através dos tempos nem sempre é perfeito e con-forme o desejo dos seus responsáveis, mas o que é importante salientar é que a obra existe e esta
bem viva para continuar a servir a comunidade portuguesa.Parabéns a todos aque-
les que iniciaram, deram e continuam a dar vida a
-volas) que sobrepostas
-caram com muito amor e sacrifício, construíram aquilo que podemos chamar o maior marco da nossa existência e presença portuguesa na província do Quebeque a Missão de Santa Cruz.Pena que 25 anos de-
pois tenha caído no es-quecimento e que pouca referência se faça aquele a quem se deve toda a obra, sem este grande obreiro, nada existia, nada havia sido cons-truído, e hoje 25 anos depois não havia bodas
de prata.O responsável de toda
esta obra foi a devoção ao Senhor Santo Cristo do Milagres.Mas com o tempo tudo
se transforma e também altera a nossa mente, le-vando ao esquecimento de como tudo começou!
O Açoriano12
Comunidades
Santa Casa da Povoaçãoorganiza almoço de Natalpara os idosos do concelhoA Santa Casa da Mi-
sericórdia da Povoação juntou à mesa mais de 220 idosos de todo o concelho para um almo-ço de Natal. O local escolhido foi o
Ginásio da Escola Bá-sica e Secundária Po-voação onde foi antes celebrada uma eucaris-tia pelo pároco Octávio Medeiros.O Provedor da Santa
Casa agradeceu a pre-sença dos idosos e a par-ceria das autarquias na organização do evento.Já o presidente da Câ-
mara enalteceu o traba-lho realizado pela Santa Casa da Povoação. O autarca elogiou o pa-
pel que a terceira idade continua a desempenhar na nossa sociedade, es-pecialmente nesta época de crise. “Sois agora vós que nos haveis de ensi-nar como é que conse-guiram viver na época dos anos 20, 30, 40 e 50. Sois heróis de um tempo de penúria, de um tempo de faltas, de um tempo em que havia pouco. Nós que somos mais novos e os nossos
-der convosco porque é esse o tempo que infeliz-mente ou felizmente nós vamos viver de novo. É por isso que eu acho que vocês são autênticos monumentos do conhe-
cimento e deveis estar orgulhosos porque, nes-te momento, somos nós que vamos ter de apren-der convosco”. Carlos Ávila relembrou
o verdadeiro espírito de Natal que antigamente se viva e que ao longo do tempo se foi perden-do. “O vosso Natal era um Natal de alegria, de paz, de amor e de solida-riedade. Era o Natal da família não era um Natal da gravata, do fato e dos sapatos novos. Era um Natal de subsistência, mas assentava em valo-res muito nobres e é esse o Natal que nós quere-mos hoje”.O Secretário da Econo-
mia, que representou o governo regional neste evento, também elogiou o trabalho da Santa Casa ao próximo, referindo que “é um aliado pode-roso no apoio à terceira idade”.Vasco Cordeiro realçou
os investimentos que o governo regional está a concretizar em parceria com a Santa Casa no Concelho, designada-mente “a Cozinha e La-vandaria que é uma obra que está já em fase de conclusão, a ampliação e remodelação do Lar de idosos, um investimento que atinge quase 2 mi-lhões de euros e o CAO na Lomba do Cavaleiro
que já foi inaugurado”.O governante disse ain-
da que é preciso resistir aos problemas que hoje advêm da crise que as-sola o mundo. “Não po-demos baixar os braços. Estamos todos juntos nesta tormenta e juntos vamos sair dela”. A animação do almo-
ço de Natal, promovido pela Santa Casa da Po-voação, para os idosos
cargo de um grupo de funcionários da própria instituição e de grupo de professores da Escola Básica e Secundária da Povoação.
O Açoriano 13
Comunidades
Berta Cabral defendeu que ao honrar os nomes do médico e antigo Pre-sidente de Câmara, Luís Botelho da Mota, de An-tónio Borges Coutinho, e os jovens de Ponta Delgada que pereceram na Guerra do Ultramar, a Câmara Municipal está a homenagear homens de “resistência e de li-
berdade” cujo exemplo perdurará para as futuras gerações, na toponímia da cidade.“Luís Botelho da Mota,
os combatentes do Ul-tramar e António Bor-ges Coutinho têm em comum a resistência, a capacidade de trabalho e a luta pela liberdade que
país democrático”, con--
nal da cerimónia de des-cerramento das placas toponímicas da “Rua Dr. Luís Botelho da Mota” – Médico, Reitor do Liceu e Presidente da Câmara Municipal (1867-1946) – no arruamento em construção a norte da
Câmara presta homenagem a homens de resistência e de Liberdade
Rua Direita do Ramalho (junto à Rua Professor José da Costa); “Rua Combatentes do Ultra-mar” – Homenagem aos 60 jovens de Ponta Del-gada que morreram ao serviço da Pátria (1961-1974) – arruamento em construção a sul da Rua Direita do Rama-lho (junto à Rua Antó-
nio Borges Coutinho); e “Rua António Borges Coutinho” – Lutador pela Democracia (1923-2011) – arruamento em construção a sul da Rua Direita do Ramalho.
-tor” nas homenagens prestadas na segunda--feira, em Santa Clara: “Luís Botelho da Mota, que foi um homem de cultura, um médico que trabalhou de forma al-truísta ao serviço da sua terra. Os jovens comba-tentes no Ultramar que, levados para a Guerra por obrigação, foram obreiros da liberdade que surgia mais tarde
com o 25 de Abril. E António Borges Couti-nho, o símbolo máximo de oposição à Ditadura”.Neste sentido, a Pre-
sidente defendeu que “é preciso estar atento à grande lição de todos os que lutaram por uma democracia livre nesta sociedade moderna”, mas frisou que “cabe a
cada um de nós continu-ar com uma democracia adulta e de maturidade”.Berta Cabral exaltou,
também por isso, o tra-balho da Comissão de Toponímia que com o empenho dos seus ativos membros tem consegui-do, sempre com a unani-midade Municipal, aju-dado a Câmara na tarefa difícil de dar designação aos novos arruamentos da cidade e do concelho. A edil considerou que a Comissão desenvolve uma atividade “rica do ponto de vista cultural e humano”, sendo que da parte da Câmara “há que fazer escolhas homena-geando quem deve ser
homenageado, sem pre-conceitos, porque Pon-ta Delgada orgulha-se de homenagear os seus maiores”.
veio no seguimento das palavras de Carlos Melo
sua intervenção alusiva a António Borges Cou-tinho, homem de esquer-
da, considerou que, nes-ta homenagem “Berta Cabral e a Câmara Mu-nicipal dão uma lição de tolerância e de sabedoria que há de ribombar pe-las gerações futuras”.No mesmo sentido foi o
historiador Carlos Cor-deiro que, na sua inter-venção alusiva à toponí-mia “Rua Combatentes do Ultramar”, defendeu que ao homenagear os jovens do concelho que combateram no Ultra-mar, “a Câmara não está a homenagear a guerra”, e muito menos a apagar
muitos políticos sobre o drama que levou um país inteiro ao combate
com as suas colónias.
que, com a nova topo-nímia, “a Câmara está a reconhecer a coragem que alguns milhares de jovens”, e ao mesmo tempo o sofrimento das suas famílias.Por seu turno, Rubens
Pavão deu testemunho do médico Luís Botelho da Mota e do seu con-tributo para o progresso social de Ponta Delgada,
-gogo e autarca.Num dia de distinções,
em que a Presidente lembrou que de todas as homenagens, as home-nagens toponímicas são aquelas que maior visi-bilidade têm e “marcam para todo o sempre”, foi, também, descerrada uma placa memorial na casa onde viveu Fernan-do Aires (1928-2010), na Avenida Príncipe do Mónaco.Onésimo Teotónio de
Almeida deu testemu-nho sobre esta homena-gem e considerou que Fernando Aires viverá por muitos anos na me-mória dos seus leito-res que celebrarão para sempre a sua escrita de que se destaca o diário “Era uma vez o Tempo”.Por seu turno, Berta
Câmara Municipal de Ponta Delgada sente-se orgulhosa pela homena-gem a Fernando Aires, numa placa memorial que deixa para posterio-ridade “a memória de um grande homem, um grande cidadão de Ponta Delgada e um artista do Mundo”.
O Açoriano14
Turismo
Um dos 10 destinos a visitar em 2012 pela qualidade/preçoA revista de viagens
norte-americana “Bud-get Travel” elegeu o arquipélago dos Açores como um dos 10 des-tinos a visitar em 2012 em todo o mundo, tendo como critério a relação qualidade/preço.A escolha dos Açores,
feita na perspetiva de um turista norte-americano, destaca a existência de
pacotes de viagens atra-tivos com ligações aére-as a partir de Boston e as ligações existentes entre as ilhas do arquipélago.Na sua edição em li-
nha, a “Budget Travel” salienta, entre outras ca-racterísticas dos Açores, as temperaturas amenas todo o ano, apontando os meses de outubro a maio como o melhor pe-
ríodo para os turistas de natureza se deslocarem ao arquipélago.Na lista de destinos
mais económicos para o próximo ano, além dos Açores, a revista aponta, entre outros, também o Egipto, a faixa atlântica do Canadá, o Belize e a Polónia.A distinção atribuída
pela Budget “Travel” é
a mais recente recebi-da pelos Açores desde o início do ano, depois de terem sido conside-rados como um dos oito “Exotic Warm-Weather Destinations to Try” pela cadeia de televi-são norte-americana CBS, um dos 10 “Best Trips of Summer” pela “National Geographic Traveller Magazine” e
um dos cinco “Volcanic Vacations” pelo “World Travel Guide”.A Aldeia da Cuada,
nas Flores, foi conside-rada um dos “World’s Most Romantic Hotels” pela revista “Travel and Leisure”, que também
como uma das “Best Se-cret Islands on Earth”.
O Açoriano 15
Gastronomia
CONFECÇÃO:Amassam-se duzentos e cinquenta gramas de farinha de trigo da
melhor com cinquenta gramas de fermento de padeiro ou com vin-te e cinco gramas de fermento orgânico em pasta, desfeito qual-quer deles em um decilitro de leite morno, tapa-se bem e deixa-se a massa a levedar em sítio quente, por cinco a seis horas. À parte deita-se num alguidar um quilo de farinha, amassando-o com du-zentos e cinquenta gramas de açúcar em pó, seis ovos inteiros, seis gemas, trezentas gramas de manteiga derretida, um grama de
-tente; podendo-se deitar mais leite se for necessário por a farinha ser muito seca. Misturam-se os duzentos e cinquenta gramas de farinha que se amassaram com o fermento, amassando tudo bem, e, em estando a mistura bem homogénea, juntam-se cento e cin-quenta gramas de passas, cem gramas de cidrão doce cortado mi-údo, cem gramas de ameixas de Elvas cortadas aos quartos e sem caroço, cem gramas de amêndoas despeladas, cento e cinquenta gramas de nozes cortadas em quatro bocados e cinquenta gramas de pinhões; amassa-se novamente para incorporar bem na massa todos os elementos que se juntam, cobrindo-se com um pano dei-xando levedar até aumentar o volume de metade, o que precisará de pelo menos de seis a dez horas, conforme a temperatura do ar e o estado atmosférico, sendo preferível preparar a massa à noite para cozer no dia seguinte. Estando a massa bem levedada, fazem--se bolos em coroa, pondo-se no vazio do centro uma tigela ou um copo para não fechar; por cima da massa põem-se algumas ameixas de Elvas cortadas ao meio e pêras ou outras frutas secas cristalizadas e algumas amêndoas, deixando repousar por duas ho-ras, polvilhando com açúcar pilé e pondo-os a cozer no forno com calor forte. Antes de pôr no forno, pode-se pintar a massa por cima com gema de ovo. Feita a massa fazem-se os bolos e põem-se em tabuleiro indo ao forno de calor brando.
INGREDIENTES:1,250 Kg de farinha de trigo50 g de fermento de padeiro ou 25 g de fermento orgânico3 dl de leite250 g açúcar12 ovos300 g de manteiga1 g de sal150 g de passas
100 g de cidrão doce100 g de ameixas100 g de amêndoas150 g de nozes150 g de pinhõesfrutas cristalizadas
Bolo Rei
O Açoriano16
Recordando
Quem são eles?