Direito da Mulher

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Direito da Mulher A busca pela retomada do controle sobre o parto na atualidade Projeto Arquitetônico 4 Vitor Lessa

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Slides de apoio para apresentação sobre o direito da mulher.

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Direito da Mulher A busca pela retomada do controle sobre o

parto na atualidade

Projeto Arquitetônico 4 Vitor Lessa

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Vivemos, hoje, no Brasil, uma situação alarmante, onde o número de partos cesários está entre os mais altos do mundo, podendo ultrapassar 80% dos casos em instituições hospitalares privadas, além da adoção indiscriminada de práticas desnecessárias, atribuindo-se ao parto normal, muitas vezes, uma conotação negativa perante as mulheres.

Contexto atual

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Segundo relatório publicado pelo UNICEF, a taxa de cesáreas no Brasil chega a 44% dos casos, enquanto a OMS recomenda que essa taxa seja de apenas 15%.

O UNICEF é favor do parto normal e contra a cesariana desnecessária. Acredita que, para reverter a atual situação no Brasil, é preciso que a sociedade - principalmente as famílias - seja conscientizada sobre os benefícios do parto normal e que os profissionais de saúde só indiquem o parto operatório nos casos necessários.

Contexto atual

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A Industrialização do Parto

O cuidado à mulher na hora do parto sofreu mudanças consideráveis decorrentes da medicalização e industrialização do parto.

Apesar dessas mudanças terem contribuido para a queda de fatores como a mortalidade infantil, esse processo acabou por transformar a parturiente em paciente, sem direito sobre o próprio corpo e, muitas

vezes, desrespeitada como cidadã.

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No passado, o parto acontecia em ambiente

familiar e era acompanhado apenas por

mulheres que eram as parteiras ou comadres.

Na Idade Média tem início a atuação do parteiro-

sacerdote, cuja colaboração era solicitada pelas parteiras

em casos complicados.

Por causa da ambiguidade na profissão, parteiras são

confundidas com feiticeiras, culpadas por abortos e infanticidios e

passam a ser perseguidas pela Igreja durante a Santa

Inquisição.

Idade Média Séc XV

Histórico da Industrialização do Parto

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A partir do séc XVI as parteiras começam a sofrer regulamentações da Igreja e

do Estado, sendo submetidas a exames perante as comissões

municipais e eclesiásticas

Ainda no século XVI ocorre a aproximação

da profissão médica do parto competindo com

as parteiras ou subordinando-as.

Foi durante o séc. XVIII e XIX essa intervenção

médica se legitimou e desenvolveu. A criação

do forceps pelo cirurgião inglês Peter Chamberlain e o desenvolvimento da

técnica leva a um declínio na profissão de parteira.

A partir daí o parto passa a

ser visto como um evento

médico e não como algo privado e feminino

Séc XVI Séc XIX

Histórico da Industrialização do Parto

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No Brasil a industrialização do parto

se deu de forma semelhante à Europa. No

período colonial as parteiras eram

detentoras da arte do parto e do saber

empírico.

O desenvolvimento da obstetrícia se deu

de forma lenta e gradual pois

dependia da vinda de profissionais da

Europa

Quando a corte portuguesa veio para o Brasil (1808), parteiras

francesas formadas foram trasidas pela

Faculdade de Medicina de Paris. Além de

partejar, elas também cuidavam de doenças e

enfermidades.

Em pouco tempo também foram inauguradas as

primeiras faculdades no Brasil,incluindo o curso de parteira com todos os professores sendo

médicos.

Brasil Colônia Brasil Reino

Histórico da Industrialização do Parto (no Brasil)

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O desenvolvimento da anestesia, no século XIX, abriu portas para uma

nova era na história da cesariana.

Alemanha, no início do século XX, se começou a trabalhar uma

mistura das drogas para

promover um parto

completamente sem dor

Na década de 50 uma

cesariana de baixa incisão substituiu a

clássica

Na década de 70 os partos

hospitalares se tornam uma norma e um

grande número de médicos

passa a exercer a função de

obstetra

Na atualidade, com o

desenvolvimento de procedimentos como a anesteria peridural o parto pode entrar num processo de linha

de montagem

Séc XX Séc XXI

Histórico da Industrialização do Parto (Atual)

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A realidade a se combater

Existem formas de violência que vão além da força física e que, ainda assim, podem ser ainda mais agressivas, mais

dominadoras, mais opressoras, pela sutileza com que se escondem no contexto institucional, nas relações sociais e nos

significados simbólicos.

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Violência no Parto

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Violência no Parto

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Violência no Parto

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Violência no Parto

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Luta pela re-humanização

O parto aos poucos foi se tornando território de exploração tecnocrática e masculina. Aos poucos a mulher foi sendo transformada

em mero objeto do processo e o lado humanístico da assistência foi sendo desvalorizado.

Dressaltar que sua prática indiscriminada, além de consumir recursos do sistema de saúde, viola o exercício dos direitos reprodutivos das

mulheres, que se vêem incapazes de engravidar, gerar e parir isentas de intervenções médicas. Além disso, os riscos advindos de parto cesáreo desnecessário são bem maiores, tanto para a mãe quanto

para o bebê.

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Luta pelo Parto Humanizado

Em 2012 a CREMERJ ameaçou abrir denúncia contra o médico Francisco Kuhn que participou de reportagem do Fantástico apoiando o parto domiciliar.

Esse fato somado a um contexto de violência obstetrica contra a mulher e insatisfação com as práticas médicas correntes no país desencadearam uma série de protestos de movimentos feministas, profissionais da saúde e simpatizantes.

Em várias cidades foram organizadas marchas de mulheres pelo direito ao controle sobre o parto.

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Luta pelo Parto Humanizado

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Luta pelo Parto Humanizado

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Luta pelo Parto Humanizado

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Luta pelo Parto Humanizado

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Luta pelo Parto Humanizado