Diretor: Nuno Rosa | Chefe de Redação: Deolinda Castelhano...

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Diretor: Nuno Rosa | Chefe de Redação: Deolinda Castelhano | Coordenação: Teresa Agostinho | Bianual | Maio de 2016 | Ano 11 - Número 25 Alunos do 11º ano visitam Berlim | Página 15 VISITA A BERLIM Alunos do 10º ano visitam Londres | Página 15 VISITA A LONDRES Alunos de Francês em Paris | Página 16 VISITA A PARIS ECB SUMMER CAMP 13 DE JUNHO A 8 DE JULHO CONHECER A EUROPA Página 5 Projeto ERASMUS+ | seis dias em Viena | Página 12 ERASMUS+ EM VIENA ex-alunos do ecb POR TERRAS DE ÁFRICA Continuamos a querer saber por onde andam os ex-alunos do ECB. Nesta edição, Inês Raimundo e João Pedro Fonseca partilham connosco as suas experiências em África e as suas memórias do Ex- ternato. Página 12 e 13 SEMANA CULTURAL Entre os dias 6 e 10 de abril realizou-se mais uma Semana Cultural do ECB. As Artes, a Ciência, o Desporto, a Literatura, o Cinema, o Teatro, a Dança e a Música entrelaçaram-se em atividades dirigidas aos alunos e a toda a comunidade educativa. Inauguração Feira do Livro Up ECB OFERTA EDUCATIVA ANO LETIVO 2016/2017 Ensino Básico - 3º ciclo Ensino Secundário Artes Visuais Ciências e Tecnologias Ciências Socioeconómicas Línguas e Humanidades Ensino Profissional Técnico de Informática Técnico de Marketing Técnico de Vendas Técnico de Multimédia

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Diretor: Nuno Rosa | Chefe de Redação: Deolinda Castelhano | Coordenação: Teresa Agostinho | Bianual | Maio de 2016 | Ano 11 - Número 25

Alunos do 11º ano visitam Berlim | Página 15

visita a berlim

Alunos do 10º ano visitam Londres | Página 15

visita a lONDres

Alunos de Francês em Paris | Página 16

visita a paris

eCb summer Camp13 De JuNHO a 8 De JulHO

CONHeCer a eurOpa

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Projeto ERASMUS+ | seis dias em Viena | Página 12

erasmus+ em vieNa

ex-alunos do ecbpOr terras De áfriCa

Continuamos a querer saber por onde andam os ex-alunos do ECB. Nesta edição, Inês Raimundo e João Pedro Fonseca partilham connosco as suas experiências em África e as suas memórias do Ex-ternato.

Página 12 e 13

semaNa CulturalEntre os dias 6 e 10 de abril realizou-se mais uma Semana Cultural do ECB. As Artes, a Ciência, o Desporto, a Literatura, o Cinema, o Teatro, a Dança e a Música entrelaçaram-se em atividades dirigidas aos alunos e a toda a comunidade educativa.

Inauguração Feira do Livro Up ECB

Oferta eDuCativaaNO letivO 2016/2017Ensino Básico - 3º cicloEnsino Secundário

Artes VisuaisCiências e TecnologiasCiências SocioeconómicasLínguas e Humanidades

Ensino ProfissionalTécnico de InformáticaTécnico de MarketingTécnico de VendasTécnico de Multimédia

ANO 11 - Nº 25TOQUE DE SAÍDA

2 ESCOLA VIVA

eDitOrial

Diretor do Jornal:Nuno Rosa

Chefe de redação: Deolinda Castelhano

Coordenação:Teresa Agostinho

Equipa de redação:Clara Peralta

Isabel Páscoa

Vendas e Marketing:José Vinagre

Composição gráfica:Paulo Valentim

sumáriOEditorial 2

Top 10 da biblioteca 2

Quadro de Mérito 3

XIV Feira do Livro 3

Com a Geografia, os alunos andaram pelo país

3

Sarau Cultural 4

III Seminário ”Da Arte de Ler” 4

Educação Especial 4

ECB - Escola Solidária 4

Dia Mundial da Floresta 5

Cinema-Eco 5

Eco-Cozinheiros 5

15 anos de Sorriso Amigo 6

Montras Vivas 6

Projeto “Nós Propomos” 6

“A deusa no jardim das hespérides” 6

Entre Livros 7

Sugestão de Leitura 7

Novo livro de Vanda Marques 7

ECB tem aluna escritora 7

Laboratórios Abertos de Biologia e Geologia

8

A maça Chita 8

Prémio Fundação Ilídio Pinho 8

Desafio UHU 9

Exame Delf Scolaire 9

Projeto “Irresistible” 9

Comunicar Ciência 9

À conversa com João Botelho 10

Associação de Pais e Encarregados de Educação da Benedita

10

A minha amiga Maria 10

Lixo marinho: Microplásticos 11

Laboratórios Abertos de Física e Química 11

Exploração de Pordata em contexto educativo

11

Moçambique é já aqui 12

Erasmus+ EVA, em Viena 12

Angola aqui tão perto 13

Entrevista a Natália Serrazina 14

Projeto conhecer a Europa: Londres 15

Projeto conhecer a Europa: Berlim 15

Viagem a Paris 16

Duas Artes numa obra só 16

Notícias de EMRC 17

UP ECB 19

Desporto Escolar 20

As Artes do ECB 20

Externato Cooperativo da BeneditaRua do Externato CooperativoApartado 197 2476-901 Benedita

http://[email protected]

tOp 10 Da bibliOteCa1º - Em troca de nada, de Maria Francisca Almeida Gama

2º - A culpa é das estrelas, de John Green

3º - O Diário de Anne Frank, de Anne Frank

4º - História breve da Lua: auto em 1 qua-dro, de António Gedeão

5º - Memorial do convento, de José Sa-ramago

6º - O amor faz-te mal, de Álvaro Maga-lhães

7º - Os da minha rua, de Ondjaki

8º - A fórmula de Deus, de José Rodrigues dos Santos

9º - A morte do palhaço e o mistério da árvore, de Raúl Brandão

10º - As regras da sedução, de Madeline Hunter

Os livros mais requisitados na Biblioteca do ECB entre os meses de janeiro e maio de 2016.

O Externato Cooperativo da Benedita (ECB) é uma instituição de ensino com mais de 50 anos de história que pertence à rede públi-ca de ensino, apesar de ter uma gestão cooperativa. A escola surgiu da vontade e do querer do povo da região que cedo percebeu a impor-tância da educação para o

desenvolvimento sustentável da comunidade. Atualmente, a oferta educativa da escola abrange o 3º ciclo do ensino bási-co, os cursos científico-humanísticos do ensino secundário e o ensino profissional com cursos nas áreas da informática, da gestão, do desporto, da robótica, entre outros.

Gostaria aqui de destacar a importância que os cursos pro-fissionais têm tido na promoção da mudança no ECB. Não falo de uma revolução, mas sim de uma mudança que, embora lenta e gradual, tem sido consistente. Eis alguns exemplos:

O ECB nasceu ligado ao meio empresarial, embora, à me-dida que o número de alunos foi aumentando e o ensino re-gular se tornou dominante, se tenha perdido um pouco esse vínculo. A massificação teve como consequência o aumento e a especialização do corpo docente que foi chegando à Bene-dita vindo das mais diversas regiões do país. Há alguns anos, quando a oferta profissional ressurgiu em força, foi necessá-rio um esforço significativo de religação ao meio envolvente. Aos poucos, estabeleceram-se relações de mutualismo com as empresas e as instituições locais. Estas parcerias têm per-mitido não só colocar alunos em estágios, mas também de-senvolver projetos, muitas vezes inovadores, que potenciam as competências dos alunos e, simultaneamente, respondem às necessidades das instituições. Lateralmente, têm permitido aos nossos professores/monitores de estágios uma outra vi-são da realidade envolvente, facto que muitas vezes se reflete no planeamento das atividades letivas e na própria dinâmica em sala de aula. Sabemos como é difícil mudar o modo de ensinar. Existe a tendência para cada um reproduzir o conhe-cimento da mesma forma que o apreendeu. Mas a verdade é que muitos docentes sentiram a necessidade de mudar em função das solicitações do meio espacial e temporal e, gra-dualmente, têm vindo a estender essas mudanças às aulas lecionadas no ensino dito regular.

O funcionamento modular e progressivo dos cursos profis-sionais faz com que muitas vezes o professor seja confrontado com alunos em diferentes fases do processo de ensino-apren-dizagem. Ao lidar com situações muito particulares, o profes-sor toma consciência da diversidade que existe numa turma e apercebe-se que só com um trabalho de proximidade pode ajudar a criar pontes entre o aluno e a aprendizagem. E isso é meio caminho para que passe a adotar estratégias de diferen-ciação nas restantes aulas.

Um último exemplo é o dos Projetos Integradores. Ao lon-go do atual ano letivo os professores das disciplinas técnicas passaram a ter uma hora em comum no horário semanal para selecionarem, estruturarem e avaliarem projetos que envolvam as diferentes disciplinas e que tenham em conta o interesse dos alunos. Os resultados têm superado as nossas melhores expectativas. A hora dos Projetos Integradores passou a ser um espaço privilegiado de trabalho cooperativo e colaborativo entre professores. Além disso, promove uma efetiva interdisci-plinaridade, algo que é sempre tão difícil de implementar.

Estes exemplos parecem-me demonstrativos de como o Ensino Profissional tem servido como catalisador de mudan-ças que considero cruciais para o sucesso dos nossos alunos e para o futuro da nossa escola.

Nuno RosaDiretor Pedagógico do ECB

EXTERNATO COOPERATIVO DA BENEDITA

ANO 11 - Nº 25 TOQUE DE SAÍDA

ESCOLA VIVA 3

Xiv feira DO livrO

Realizou-se entre os dias 6 e 10 de abril a XIV Feira do Livro, integrada na Semana Cultural do ECB.

À semelhança de anos anteriores, o Centro Cultural Gonçalves Sapinho vol-tou a ser um espaço dedicado ao livro e aos autores que marcaram presença neste evento.

Patrícia Ribeiro apresentou o roman-ce Os homens nunca saberão nada dis-to; Catarina Abreu esteve com os alunos do Agrupamento de Escolas da Benedi-ta e levou-os numa aventura pela Mata Misteriosa, com Os Caçadores de Mis-térios. Esta autora promoveu ainda uma oficina de escrita criativa para alunos do ensino secundário.

Alcobaça e o património cisterciense foram tema de uma conferência proferi-da no dia 9 pela historiadora Ana Mar-garida Martinho, que veio apresentar o seu livro Manuel Vieira Natividade. Do Mosteiro aos Coutos de Alcobaça: Um Périplo pela Salvaguarda do Património Cultural, e de uma animada conversa, no dia 10, com o também historiador Rui Rasquilho, a propósito do seu livro Pere-grinação na memória – Datas e notas à volta de Cister.

A artista plástica Nídia Nair deu a co-nhecer os seus mais recentes trabalhos que utilizam a cortiça como matéria pri-ma; a escritora e professora do Externa-to Vanda Marques encenou com alguns alunos a história de Pedro e Inês.

Gina Jorge Pereira, poeta nascida na Benedita, trouxe-nos a sua poesia com o lançamento do livro P´ra lá do senti-

mento; a Cooperativa Terra Mágica das Lendas apresentou Memórias Benedita 1947.

Outros momentos relevantes da XIV Feira do Livro do ECB foram, no dia 7, a entrega do Prémio de Escrita Gonçalves Sapinho, 2ª edição, com o lançamento do livro Metrópoles Sonhadas, que reú-ne todos os textos premiados nas várias categorias; e, no dia 8, o lançamento do romance de estreia de uma aluna do Externato, Luna Castro (pseudónimo de Catarina Lourenço), Sinfonia da Obses-

são.No último dia da Feira, comemora-

ram-se os 15 anos da Associação de So-lidariedade Sorriso Amigo.

Na programação integrou-se ainda a realização de um workshop sobre Ali-mentação Saudável, pela nutricionista Joana Marques, com direito a degus-tação dos pratos confecionados, e as atuações da Banda Filarmónica de Tur-quel, do Grupo Regional de Folclore da Benedita e do Grupo Gente Gira, com a revista à portuguesa “Gente Gira é Outra Coisa!”.

Durante todos os dias da Feira, a Ex-posição da Semana das Artes encheu o espaço de imaginação e cor, com os tra-balhos dos alunos de Artes Visuais.

De referir ainda que, à semelhança de anos anteriores, estiveram patentes exposições organizadas pelo Agrupa-mento de Escolas, a Universidade Sé-nior e a Santa Casa da Misericórdia da Benedita.

Por último, uma palavra de reconhe-cimento a todos os alunos que colabora-ram nas várias iniciativas, quer estando presentes nas bancas, quer participando em atuações musicais ou teatrais.

Ano Letivo: 2015/2016 2º Período

7º ANO

10º ANO

11º ANO 7A Catarina Lourenço Henriques 10A Beatriz Fialho Colaço 11C António Norte Maximiano 7A Iris Isabel Tomás Moreira

10A Beatriz Isaque Ramalho Penas 11C Duarte Xavier Tereso Ferreira

7B Laura Sofia Santos Ferreira

10A Carolina Tomás Ramalho 11D Ana Lúcia Coelho Roquete 7G Catarina Silva Morais 10A João Luís Silvestre Subtil 11D Ana Lúcia Silva Bento 7G José Manuel Belo Ferreira 10A José Maria Marquês Gonçalves 11D Carolina Nazaré de Matos Teodoro 7G Lucas Catarino Couto 10A Maria João Morgado Marques 11D Catarina da Silva Lourenço 7H Andreia Vieira Felizardo 10A Sara Margarida Paciência Lopes 11D Joana Mendes Gerardo 7H Carolina Santos Dias 10A Tomás da Silva Luís 11D José António de Sousa Pinho 7H Ricardo Andrade Teixeira 10B Alexandra da Silva Magalhães 11D Patrícia dos Santos Martins 10B Bernardo Gens Paciência Machado 11D Beatriz Jorge de Sousa

8º ANO 10B Joel Pedro Fonseca 10C Adriana Raileanu 12º ANO 8A Alexandre Pedro Martins 10C Alexandra Serrazina Pedro 8A Beatriz Gens dos Santos Marques 10C Beatriz Castelhano da Silva 12A Bernardo Tinta Mendes 8A Beatriz Rei Policarpo 10C Maria Carolina Baptista Arcanjo 12A Carina Bernardes Ribeiro 8A Carolina de Almeida Trindade

Nabais Fernandes 10C Miguel José Correia Fialho 12A Francisco Rogério Santos

8C Inês Honório Sousa 10C Nuno Miguel Lopes Fialho 12A Maria Luís Valentim 8E Diana Fialho Ferreira 10C Samuel Castelhano Lourenço 12A Patrícia Maria Pimenta Rebelo 8E Eduarda Marçal Areias Pedrosa 10C Sara Maria Carlos Castelhano 12A Petra Marina Inácio dos Santos 8E Luana Silva Constantino 10D António José Silva Lopes 12B Alexandra Lopes Belo 8E Margarida Silva Fialho 10D Cristiana Sofia Santos Domingos 12B Alice Loureiro Norte 8F Daniel Marquês Franco 10E Ana Sofia Castelhano Ferreira 12B Beatriz Isabel Jacinto Barros 8F Inês Isabel Ferreira do Coito 10E Beatriz Figueiredo Lopes 12B Carolina Santos Vinagre 8F Jacinta Lopes Ferreira 10E Mariana Jorge Lourenço 12B Cristina Isabel Alexandre Rodrigues 8F Joana Dias de Oliveira Coelho 10F Ana Sofia Mateus Rebelo 12B David Ramalho Agostinho 8F Madalena Rodrigues Almeida 10F Carolina Sofia Narciso Joaquim 12B Eduarda Quitério Marques 8G Catarina Filipa Conceição Silva

10G Ana Lúcia Tomás, 12B Martina Lopes Ferreira

8H Ângela Sofia Luís Pereira 10G Inês Constantino 12B Pedro Miguel Santos Rocha 8I Carolina Isidro Barreiros Duarte

Salazar 10G Inês Tomás 12B Vasco Miguel Rodrigues Rosa

8I Constança Filipa Ferreira Rodrigues 10G Joana Rodrigues 12C Alexandre Bento Fialho 8I Mariana Ferreira Ramalho Ribeiro 10I Válter Coelho 12C Francisco Silva Lopes Cavadas 8I Rita Afonso Machado Belo 10G Ana Lúcia Tomás, 12D Catarina Sofia Paulo Correia 10G Inês Constantino 12D Francisco Xavier Almeida Bogalho

9º ANO 10G Inês Tomás 12D Hélder Lopes Marques 10G Joana Rodrigues 12D Marta S. Neves Reis da Silva Matias 9A Inês Santos Fialho 10I Válter Coelho 12E Beatriz Andreia Roxo Correia 9B Afonso Sabino Ferreira Roberto 12E Carolina Silva Couto 9B Raquel Luís de Sousa Roxo 11º ANO 12E Jacinta Mateus Madaleno 9B Tomé Lopes Carvalho 12E Marina Ramos Santos 9C Alexandre Rebelo Rodrigues 11A Ana Catarina Inácio Ferreira 12F Catarino Higino 9C João Vicente Rufino Reis Machado 11A Ana Filipa Serrazina Inácio 12F Miguel Pedras 9D Susana Filipe Martins 11A Bruna Catarina Alexandre Mateus 12G Alexandra Periquito 9E Leonor Ribeiro Moedas Solla 11A Gabriel Costa Branco 12G Ana Rita Couto 9F Francisco José Catarino Luís 11A Laura Carvalho Gorricha 12G Carolina do Carmo 9F Francisco José da Silva Vicente 11A Laura Vicente da Costa 12G Nicole Serralheiro 9F Patrícia Henriques Garcia 11A Rodrigo Ferreira da Silva 12G Valéria Custódio 11B Carolina Francisco Constantino 12H Alexandre Marques 11B Rita Alexandra Neto Pestana 12H Miguel Silva 11C Alexandre Gabriel Cardoso Teixeira

A Geografia é uma disciplina que oferece sempre um passaporte aos alunos. Viajar pelo mundo e pelo país é sempre possível sem sair da sala de aula, mas muitas vezes saindo. No presente ano letivo, um grande nú-mero de alunos teve oportunidade de conhecer um pouco mais através de uma vista de estudo. Para cada um dos anos (7º ao 12º), foram propos-tas visitas de estudo, que para além de serem momentos de convívio e lazer, são sobretudo oportunidades para contactar in loco as realidades estudadas nas aulas de Geografia. Nada como “ meter a mão na massa” para os alunos melhor apreenderem os conceitos, muitas vezes abstratos.

No 7º ano, os alunos deslocaram-se a Mora onde visitaram o Fluviário, importante equipamento que mostra o curso de um rio, mostrando espé-cies únicas. Nesta viagem os alunos também praticaram atividades num Parque Aventura. Por sua vez, os alu-nos do 8º ano viajaram no Hipottrip, um barco que anda na cidade ou um autocarro que anda no rio Tejo. Uma viagem inesquecível com um interes-

sante passeio cultural pela cidade de Lisboa e um breve passeio pelo rio Tejo. Os alunos do 9º ano visitaram o porto de Setúbal, que ficou na memó-ria pela imponência dos navios avis-tados.

No Ensino Secundário, os alunos rumaram a norte. Enquanto os do 10º ano foram à descoberta das Dunas de S. Jacinto e da Ria de Aveiro, o 11º ano foi à Serra da Lousã, numa cami-nhada repleta de desafios e onde não faltou o tradicional farnel. Os alunos de Geografia C do 12º ano desloca-ram – se a um centro de refugiados, uma experiência marcante e muito atual. Conforme demos conta na úl-tima edição, um grupo de alunos do 12º C visitou Bruxelas e Paris no âm-bito do Projeto “ Nós propomos!”.

Sem dúvida que estas visitas são um marco para os alunos que podem esquecer aquilo que ouviram nas au-las, mas jamais esquecem as ima-gens gravadas do que viram. Para o ano há mais.

Prof. Ricardo Miguel

COm a GeOGrafia, Os aluNOs aNDaram pelO paÍs

ANO 11 - Nº 25TOQUE DE SAÍDA

4 ESCOLA VIVA

Nos dias 7 e 8 de Abril, no decorrer da Semana Cultural do ECB, os alunos de Ensino Especial or-ganizaram uma Quermesse com a colaboração de pessoal docente e não-docente. Esta atividade foi muito bem-sucedida graças ao empenho e envolvi-mento de toda a comunidade educativa.

Para além da Quermesse, estes alunos foram ainda assistir a uma peça de teatro intitulada “Táxi Maravilha”, apresentada pela Associação Portu-guesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Leiria, cujo elenco era composto por alunos “muito especiais”. Assim se mostrou como é possível passar um bom momento de espetáculo

com muito boa disposição e umas saudáveis garga-lhadas junto de meninos e meninas com um talento tão especial. Valeu a pena ir até ao Auditório do CCGS e ver a cumplicidade e o empenho de toda uma equipa (professores e alunos) extraordinária!

Em nome de todos os alunos de Educação Es-pecial, queremos agradecer a amabilidade e a co-laboração de todos, desde os que nos ajudaram a ter uma mesa bem recheada de bolos e outras gulo-seimas, até aos que nos ofereceram as “quinquilha-rias” que abrilhantaram a nossa Quermesse.

Valeu a pena mais uma Semana Cultural no ECB! Para o ano queremos mais!

sarau Cultural

A origem da palavra sarau deriva do latim sera nus/sérum, termos que fazem referência ao “entar-decer” ou ao “ pôr-do-sol ”. Justamente por ter esta etimologia, convencionou-se realizar os saraus du-rante o fim da tarde ou noite.

E assim, mais uma vez, o grupo disciplinar de Português promoveu, no dia 18 de março, pelas 21h30, o Sarau Cultural do Externato Cooperativo da Benedita, desta vez em parceria com a aluna Valéria Custódio, do 12º G, do curso de Comunicação, Ma-rketing, Relações Publicas e Publicidade, no âmbito da sua Prova de Aptidão Profissional. O objetivo era reavivar este modo de promoção do desenvolvimen-to cultural, de divulgação de talentos, oportunidade de convívio social e partilha de experiências peda-gógicas.

Os alunos aderiram com entusiasmo ao serem convidados a participar e, embora tenha havido al-gumas dificuldades na coordenação de horários, tempos de ensaios e espaços, o resultado final foi positivo, os alunos tiveram oportunidade de mostrar os seus talentos e passámos um serão agradável.

O ECB sempre valorizou e apoiou os alunos na sua diversidade e este tipo de eventos é a prova viva que a nossa escola proporciona todos os meios para valorizar e divulgar a cultura nas suas mais variadas formas e manifestações.

A Valéria, na qualidade de dinamizadora do even-to, empenhou-se e dinamizou o Sarau Cultural. De-pois de feita a análise dos inquéritos de satisfação do público, concluiu-se que foi do agrado da maioria, o que nos incentiva a continuar a realizar este tipo de atividade e a tentar melhorar.

eDuCaçãO espeCial

OrGaNiza Quermesse Na semaNa Cultural

No âmbito do trabalho desenvolvido pela Rede de Bi-

bliotecas de Alcobaça, em parceria com a Rede de Bi-

bliotecas Escolares do Ministério da Educação e com

a Universidade de Coimbra, encontra-se em fase de

preparação a terceira edição do Seminário “Da Arte de

Ler”, que decorrerá nos dias 27 e 28 de junho de 2016,

no Auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça, tendo

este ano como foco temático “Da Arte de Ler em Rede”.

O evento contará com a participação de espe-

cialistas, nas áreas das literacias digitais, que per-

mitam oferecer aos intervenientes um espaço for-

mativo que potencie a reflexão e o debate sobre as

novas formas de ler e escrever na Escola do século XXI.

Estão previstas conferências tais como “Gerir apetite

para as tecnologias”, pelo professor José Augusto Cardo-

so Bernardes, da Faculdade de Letras da Universidade de

Coimbra e Diretor da Biblioteca Geral da Universidade de

Coimbra; “Prácticas lectoras juveniles en la red”, por Da-

niel Cassany, professor titular da Universitat Pompeu Fa-

bra de Barcelona; ou ainda “Morte do livro impresso: uma

notícia exageradamente anunciada”, pelo professor Delfim

Leão, da Faculdade de Letras da Universidade de Coim-

bra e Diretor da Imprensa da Universidade de Coimbra.

Serão ainda realizadas duas mesas-re-

dondas subordinadas aos temas “Ler no Séc.

XXI” e “Novas formas de ler e escrever”.

O Seminário contará também com espaços de parti-

lha de boas práticas em formato de posters participativos.

Rede de bibliotecas do concelho de Alcobaça

iii semiNáriO “Da arte De ler”

O projeto “Escolas Solidárias”, Fundação EDP, criado para responder aos desafios dos Objetivos do Milénio (ONU), é um movimento de cidadania que motiva os alunos do 2º ciclo ao ensino secundário ao envolvimento na resolução das questões sociais que afetam a comunidade onde as escolas estão implantadas. Anualmente são lançados reptos no sentido de encon-trar respostas, procurando contribuir para a erradicação da fome e da po-

breza, promover a sustentabilidade económica, auxiliar as comunidades mais vulneráveis, promover a inclusão, fomentar a sustentabilidade ambiental e também apoiar o desenvolvimento humano noutras regiões do mundo.

Pretende ser um projeto de “for-mação para a cidadania que encontra na escola o local ideal para, de entre outros objetivos, construir uma matriz pedagógico-solidária de continuidade; estabelecer a ponte com as associa-

ções de apoio social já existentes e estimular a cultura de entreajuda e in-tervenção ativa”.

O projeto teve início em 2010, no norte do país, com a participação de um grupo de escolas. No ano letivo 2014/15 alargou-se a todo o território nacional tendo o Externato Cooperativo da Benedita sido distinguido com o ga-lardão Escola Revelação com o projeto ECB Solidário Jovens+.

Este ano, das 346 escolas inscri-

tas, o ECB está, novamente, entre as 42 escolas do Quadro de Honra, desta vez, com o projeto ECB Solidário, pro-jeto unificador onde, pela primeira vez, estão representados quase todos os projetos/atividades que neste âmbito são desenvolvidos na escola.

No dia 30 de maio realizar-se-á em Lisboa, no Teatro Camões, o Encon-tro Nacional “Escolas Solidárias 2016” onde serão atribuídos os diferentes di-plomas e graus de distinção.

eCb NO QuaDrO De HONra Das “esCOlas sOliDárias”

ANO 11 - Nº 25 TOQUE DE SAÍDA

ESCOLA VIVA 5

Dia muNDial Da flOresta

PRoVa ReGIonal eco-coZInHeIRos

pOrtaleGreNo dia 20 de abril, quatro alunos do 9º F,

André Duarte, Cláudia Francisco, Rui Mendes e Sara Teixeira, acompanhados pelas professo-ras Isabel Neto e Rosa Tavares, participaram na Prova Regional Eco-Cozinheiros, no âmbito do Desafio “Alimentação Saudável e Sustentável”, na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre.

Os alunos elaboraram a ementa primavera/verão: sopa: creme de cenoura; prato principal: espetadas do mar; salada: salada de alface, to-mate e pepino; sobremesa: salada de fruta da época; bebida: sumo de maçã e cenoura.

Esta experiência foi muito positiva por nos ter proporcionado conhecer a Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, confecionar esta ementa numa cozinha profissional e contactar com ou-tras realidades escolares.

A participação neste desafio foi possível gra-ças à colaboração do Externato Cooperativo da Benedita, da Câmara Municipal de Alcobaça e da Horto-Frades.

“CiNema-eCOvai À esCOla”

No âmbito do Dia Mundial da Terra (22 de abril), nos dias 21 e 22 de abril os alunos do 8º ano, os do 10º e 11º anos do curso profissional de Técnico de Multimédia e os alunos de CEI assistiram a uma sessão de cinema, dinamizada pela Dra. Sofia Quaresma, sobre este tema, no sen-tido de alertar para a destruição do Ambiente por parte da Humanidade e para uma mudança de atitudes e de comportamentos que leve as pes-soas a participarem ativamente na resolução dos problemas ambientais.

Os alunos trouxeram resíduos (pilhas, rolhas de cortiça, rolhas de plástico, eletrodomésticos, óleo alimentar usado) que entregaram em tro-ca do bilhete para a sessão de Cinema-Eco.

Equipa Eco-Escola

“Inesperada Natureza”

Pelas suas verdes folhasE negros troncos rugososPassa vento, passa chuva,E animais maravilhosos!

Felizes e imponentes,À Terra permitem respirar!Se elas estivessem ausentes,Irrespirável seria o ar.

Residem em locais diversos,Repletos de biodiversidade!E ao escrever este verso,Encho-me de felicidade!

Alguns não se apercebem disto,E começam a destruir!Plantas, animais, florestas,E o que haja para vir!

Mas não são apenas plantasQue compõe esta grande obra!Mares, rios e lagosComo veem, água de sobra!

Devemos cuidar delaQue é dona da maior beleza.Alegre, triste, inesperadaEsta é a Natureza!

Alexandre Martins, 8º A

“O meu limoeiro”

Uma semente de limoeiroSemeei-a no jardimEla nasceu lá no quintalQuero-a só para mim.

Cresceu na minha casaGostei de a ver crescer. Espero que dê limõesDevem ser bons, podem crer.

Vou fazer uma limonadaPara o meu bairro inteiro.Espero que seja bem docinhaPara que me saiba como um beijo.

Miguel Ferreira, 8º A

“Dia da Árvore”

As árvores são verdesCastanhas e amarelasMas é na PrimaveraQue são mais belas.

A árvore é fonte de arQue todos necessitamos para respirar Devemos todos respirarPara que nunca possa faltar.

Beatriz Sousa, 8º B.

No âmbito do Dia Mundial da Floresta, 21 de março, os alunos de algumas turmas do 8º ano escreveram poemas sobre o tema.

ANO 11 - Nº 25TOQUE DE SAÍDA

ARTE E CULTURA6

Sou aluna do 12º ano do cur-so profissional de técnico de Co-municação, Marketing, Relações Pública e Publicidade. No âmbito da prova de aptidão profissional, surgiu a ideia de dinamizar um projeto na comunidade, que vi-sasse o comércio local, relacio-nado com moda, que denominei de “Montras Vivas”.

Há algum tempo, tinha achado

interessante e inovador um proje-to idêntico em Alcobaça e resolvi pesquisar sobre o tema. Lisboa é o local onde este tipo de projeto é implementado com mais fre-quência e com sucesso. Pensei, então, que a Bendita precisava de algo semelhante que dinami-zasse o comércio local e criasse animação na vila.

Falei com a Diretora de Tur-ma, professora Helena Pereira, e apresentei-lhe a minha proposta, tendo encontrado apoio para a sua concretização, embora am-biciosa, pelo que me aconselhou a ter um parceiro. No entanto, como achei que conseguia rea-lizar o projeto sozinha, comuni-quei a decisão à professora e ela apoiou-me.

Contactei alguns lojistas que, prontamente, aderiram ao evento e tive a colaboração de amigos e voluntários dos cursos profis-sionais, para que as montras ga-

nhassem vida, promovendo as várias lojas aderentes.

A divulgação do evento foi re-alizada através dos meios de co-municação regionais, dos quais destaco a Rádio (Benedita, Cis-ter, Hiper Fm) e o Jornal O Alcoa, para além de cartazes, flyers e das redes sociais.

No dia da realização do even-to “Montras Vivas”, 18 de março, o público aderiu de forma entusi-ástica. Os lojistas consideraram que a atividade foi bem-sucedida, pelo que obtive elogios e críticas muito positivas.

Sara Bento, 12ºG

mONtras vivas15 aNOs a sOrrir! prOJetO sOrrisO amiGO

Os 15 anos do Projeto Sorriso Amigo foram as-sinalados com alegria, no Externato Cooperativo da Benedita, aquando da Semana Cultural/Feira do Livro.

Equipa, Professores, alunos e convidados esti-veram presentes para comemorar o aniversário de um Projeto que nos deixa a todos orgulhosos.

Foi há 15 anos que os ALUNOS de uma turma do 11º ano, do curso de Humanidades do Externato Cooperativo da Benedita, com uma das suas Pro-fessoras, abraçaram uma das causas mais nobres de que qualquer ser humano se pode orgulhar: AJUDAR quem mais precisa!

Foi um Desafio que, ao longo destes quin-ze anos, para a comunidade educativa, se tornou numa missão! LUTAR CONTRA A POBREZA foi uma prioridade! Incutir nos nossos alunos valores como a solidariedade, a tolerância e o respeito pelo Outro, motivando-os ainda para a prática do volun-tariado, tem sido desde então nosso propósito.

Alunos, Docentes e Não Docentes empenham-se na tentativa de responder aos pedidos de ajuda que muitas famílias de alunos da nossa escola nos fazem chegar. Muito se tem conseguido! Muito mais haveremos de conseguir! Com a Ajuda de todos, mais quinze anos se adivinham!

Parabéns Sorriso Amigo!

Uma demanda, num percurso interior pelas tra-dições culturais, pelos vestígios das antigas tradi-ções, mas também pelo território português. Luíza Frazão partilha neste livro a sua busca do sagrado no feminino, que empreende na tradição de Avalon.

Ao longo da sua formação como Sacertotisa de Avalon, questiona as suas raízes culturais, as da herança cultural portuguesa, buscando, na inves-tigação histórica, arqueológica e antropológica re-cente, vestígios dessa base cultural da ‘Velha Euro-pa’. Esta expressão é proposta por Marija Gambutas para designar a base cultural antiquíssima cujos vestígios têm vindo a ser registados um pouco por

todo o continente e que em Creta conserva impres-sionantes vestígios arquitetónicos e artísticos. Uma cultura sem fortalezas, sem baluartes, assente em relações «gilânicas», na designação proposta por Riane Eisler em “O Cálice e a Espada”.

Seguiu, assim, a pista do “Jardim das Hespéri-des”, que propõe como dimensão mítica do nosso território, à semelhança do que Avalon representa para as ilhas britânicas. As Hespérides seriam um grupo de mulheres que criam e mantêm um espaço – ou jardim em que vivem, cuidam e celebram – no extremo ocidental da Ibéria e da Europa. O Jardim de Hera, a que Hércules, herói patriarcal, vem rou-bar a maçã dourada.

A autora propõe ainda uma roda do ano para o território português, com festividades e celebrações para acompanhar os ritmos da natureza e da vida. Por exemplo, em Maio, celebra-se o auge da flora-ção, da primavera. O festival deste período do ano em Avalon designa-se Beltane. Cá, temos o Dia da Espiga e as Maias, que este ano foram publicamen-te celebradas em Évora. E os piqueniques.

A matéria da Bretanha, o Graal, Morgana, Ex-calibur são figuras familiares, bem presentes na teia com que a minha geração entende o mundo e a cultura. Esta obra constitui um testemunho atual dessa demanda, mas focada no universo do sagra-do feminino, em Portugal. É uma publicação a ter em conta, na aventura de construção do sentido de Si mesmo(a) que cada um(a) é chamado(a) a des-cobrir neste momento desafiante de transição para sociedades ecológicas e sustentáveis.

Profª Ana Luísa Quitério

“a Deusa NO JarDim Das HespÉriDes”, De luÍza frazãOprOJetO “NÓs prOpOmOs:

CiDaDaNia e iNOvaçãO Na eDuCaçãO GeOGráfiCa”

Os alunos da Turma C do 11º ano deslocaram-se ao IGOT - Instituto de Geografia e Ordenamento do Território para apresentar as suas propostas de melhoria da qualidade de vida na Benedita. Os tra-balhos apresentados no Seminário Nacional abor-daram temas como a acessibilidade, qualidade de vida sénior, eficiência energética e resultaram do trabalho de campo desenvolvido ao longo do ano letivo.

As apresentações foram muito elogiadas e irão ser entregues à Câmara Municipal e à Junta de Fre-guesia.

O Externato participa neste projeto desde a sua 1ª edição.

Prof. Ricardo Miguel

ANO 11 - Nº 25 TOQUE DE SAÍDA

ARTE E CULTURA 7

No longínquo ano de 1916, num hotel perto da Praça Pigalle, em Paris, Mário de Sá-Carneiro, poeta do Orpheu e do Moder-nismo português, punha termo à vida. Uma vida curta, de ape-nas 25 anos, abrupta e volunta-riamente interrompida quando o poeta decide tomar “uma dose de estricnina e desaparecer deste mundo”, como previamente anun-

ciara numa carta ao seu amigo Fernando Pessoa, incluída no “ro-mance epistolar” que constitui as suas Cartas a Fernando Pessoa. Ora, se através destas epístolas é possível traçar parte do perfil biográfico e poético, que emerge fulgurantemente em Indícios de Oiro, ficamos sempre com a sen-sação de que falta o outro lado desta correspondência - a que o amigo Pessoa lhe endereçou e que se perdeu após a morte de Sá-Carneiro.

É a partir do mistério das car-tas desaparecidas que o escritor Pedro Eiras, professor de Litera-tura da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, recria em Cartas Reencontradas de Fernan-do Pessoa a Mário de Sá-Carneiro o diálogo entre os dois poetas do Orpheu, compondo um jogo entre a realidade e a ficção e, à ma-neira pessoana, “fingindo” essa narrativa epistolar, que revela as

saudades, as confissões íntimas, e muitos “abraços europeus” da-quele que afirma: “À claridade da antemanhã, creio na minha obra, no meu génio.”

No ano do centenário da morte de Mário de Sá-Carneiro ler estas epístolas ficcionadas por Pedro Eiras será uma forma de relem-brar uma das vozes mais originais da poesia portuguesa do início do século XX e, quem sabe, um pretexto para reler as cartas que este efetivamente escreveu ao seu companheiro da geração de Orpheu.

Profª Luísa Rocha

Neste número do Toque de Saída apresentamos os gostos e preferências de leitura da encarregada de educação Trindade Silva.

Qual o livro que leu e que mais a surpreendeu?

Dos livros que li, o que mais me surpreendeu foi A Vida num Sopro, de José Rodrigues dos Santos, pois até à data não tinha o gosto pela leitura, ape-nas lia por ser necessário, como por exemplo para a escola. Por isso, quando li este livro, por minha livre e espontânea vontade, emocionei-me muito, a história era fantástica e a certa altura já conseguia prever o seu desfecho, mas não queria acreditar que terminaria daquela forma. Portanto, posso dizer que o livro A Vida num Sopro impulsionou o meu gosto e o “bichinho” pela leitura.

Diga o nome de um autor de que não gosta e por-quê.

A partir do meu conhecimento dos livros, não tenho nenhum autor de que não goste, apenas existem li-vros que despertam mais o meu interesse e outros que não me cativam tanto.

Diga o nome de um autor de que goste e porquê.

Gosto muito do escritor Ken Follet, pois da totali-dade de livros do autor que já li, maioritariamente foram do meu agrado, quer pela imaginação surpre-endente que demostra em cada livro, quer pela for-ma característica da sua escrita, dando ao leitor a sensação de estar presente de forma real nos acon-tecimentos narrados e também nos pensamentos

das próprias personagens.

Há alguns livros que tenha lido mais do que uma vez? Qual?

Sim, li Os Maias, de Eça de Queirós duas vezes. A primeira vez que o li foi ainda quando andava na escola. Mais tarde, quando a leitura já tinha um pa-pel importante na minha vida, decidi voltar a lê-lo, pois sempre fiquei com a sensação que não o tinha compreendido verdadeiramente, para além de que, já não me lembrava da história, que por sinal, é fan-tástica.

Que livro anda a ler?

Atualmente estou a ler O Voo das Águias, de Ken Follet.

Se lhe pedisse para recomendar a leitura de um livro, qual escolheria?

Um livro que recomendaria seria Os Pilares da Ter-ra, de Ken Follet, história que se estende por dois volumes fascinantes que retratam os tempos de guerra civil em Inglaterra no século XII, fazendo o leitor tomar consciência dos horrores vividos e dar maior valor à qualidade de vida e aos diversos avan-ços atualmente adquiridos.

Complete a frase: ”Ler é…”

Viver.

Beatriz Lopes, 10º E

NOvO livrO De vaNDa marQuesJoana – PRIncesa De pOrtuGal

Joana - Princesa de Portugal é o meu novo livro infantil que vem na continuidade do meu projeto de divulgação da História de Portugal aos mais pequenos.

A figura da Joana, em concreto, surgiu por-que a história da sua vida me encantou e me fascinou a sua personalidade altruísta e gene-rosa que revela a riqueza interior desta princesa de Portugal.

Porém, foi difícil encontrar meios para editar o livro. A única forma de conseguir financiamen-to para a edição foi o recurso ao crowdfunding. Através desta plataforma conseguimos o finan-ciamento para a concretização do projeto.

Este livro foi ilustrado por Ana Mateus e mon-tado por Carina Pereira, ex-alunas de Artes do ECB.

O livro foi apresentado dia 10 de maio, em Aveiro, nas festas em honra da Padroeira, Santa Joana, Princesa.

Professora Vanda Marques

eNtre livrOs

suGestãO De leituraeCb tem aluna-escRIToRa

No dia 8 de abril, pelas 15h30, durante a XIV Edição da Feira do Livro, no Externato Coopera-tivo da Benedita, decorreu a apresentação de um romance escrito por uma aluna do ECB!

A autora de Sinfonia da Obsessão escreve sob o pseudónimo de Luna Castro. O lançamento foi iniciado pelas palavras do diretor pedagógico, Nuno Rosa, que, tal como todos os presentes, se mostrou muito orgulhoso pelo feito da aluna.

Na mesa estava, para além da aluna e do dire-tor pedagógico, a diretora de turma, Paula Cristi-na Ferreira, que, tendo sido também a revisora da obra, foi quem discursou, demonstrando tremen-da alegria e reconhecimento. “Levantou o véu” em relação à vibrante história de Juliana e Hugo (que, tal como a autora, estão ligados à música), leu um pequeno excerto da obra, apelou à leitura da mes-ma e terminou a apresentação colocando algumas questões à autora para que o público a pudesse conhecer melhor.

O lançamento intimista foi seguido de uma sessão de autógrafos da jovem escritora.

O Externato Cooperativo da Benedita passou a ter ainda mais um (belíssimo) motivo de orgulho, graças à aluna do 11º ano de Línguas e Humani-dades.

Ana Bento e Patrícia Serralheiro, 11º D

ANO 11 - Nº 25TOQUE DE SAÍDA

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE8

No dia 7 de abril, durante a Semana Cultu-ral do ECB, foram dinamizados os Laboratórios abertos de Biologia e Geologia com a colabora-ção de alunos das turmas do 8ºA, 8ºE, 8ºI, 9ºC, 10ºB e 10º C, bem como uma exposição intera-tiva de trabalhos realizados no âmbito das dis-ciplinas de Ciências Naturais e Biologia e Geo-logia. Com esta iniciativa pretende-se mostrar à comunidade escolar um leque de experiências e trabalhos práticos levados a cabo por alunos do terceiro ciclo e ensino secundário da área cien-tífica, assim como dar a conhecer uma vertente mais lúdica do ensino das ciências da terra e da vida.

No dia seguinte, os alunos da disciplina de Biologia e Geologia do 11º ano participaram numa palestra com sessão prática que ajudou a compreender como inferimos a história evolutiva

e exploramos árvores evolutivas. Nesta sessão trabalharam em grupos para tentarem inferir a “história evolutiva” correta e construíram uma árvore evolutiva. As turmas A, C e D do 9º ano também participaram numa atividade didática que lhes permitiu compreender o processo de seleção natural em formato de jogo, bem como os impactos deste processo no dia a dia e por-que é que é importante compreendê-lo. Estas sessões foram dinamizadas pela investigadora Xana Sá-Pinto do Núcleo de Educação e Divul-gação da Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva (NEDE-APBE).

Foi uma semana repleta de experiências bas-tante enriquecedoras, pois sentimos o interesse e entusiasmo de todos os participantes.

Grupo de Biologia e Geologia

A MAÇÃ “CHITA”

O projeto “Cria uma fruta, colhe os prémios” é uma parceria Eco-Escolas – Compal, que propõe aos alu-nos a construção de uma peça de fruta, reutilizando embalagens Tetra-Pak. Este trabalho foi realizado pe-las professoras Helena Guerra e Isabel Santos, com a colaboração de alguns alunos da turma A, do 9º ano.

Na decisão de escolha deste fruto tivemos em con-sideração a sua origem geográfica e o facto de a pro-dução ser biológica. De entre as maçãs de IGP - Indi-cação Geográfica Protegida, a escolha recaiu sobre a ROYAL GALA cujas características são as seguintes: maçã de polpa fina, doce, pouco acidulada e perfu-mada.

Os materiais usados, para além das embalagens

da Compal, foram a Chita de Alcobaça, tecido tradi-cional do concelho de origem da maçã.

O primeiro registo da existência da maçã de Al-cobaça como uma fruta diferenciada data de 1200. Desde o início da sua instalação na região, que os Monges de Cister reconheceram nestas terras carac-terísticas especiais para o cultivo de maçãs. Esta tra-dição de séculos faz com que a cidade seja conhecida como terra de maçãs, e estas estejam impregnadas na cultura das suas gentes. Esta maçã é um produto de origem portuguesa com IGP (Indicação Geográfica Protegida), pela União Europeia, desde 21 de junho de 1996.

A maçã de Alcobaça é produzida segundo novas tecnologias, acompanhada, selecionada e contro-lada nos melhores pomares até ao consumidor, por um conjunto de testes analíticos e sensoriais. Assim, esta maçã, além de obedecer a determinadas normas, obedece prioritariamente a um conjunto de parâme-tros de qualidade organolética (sabor, aroma, densi-dade e consistência) impostos pelos seus produtores.

Factos nutricionais sobre as maçãs: • Semgorduras• Semgordurassaturadas• Semsódio• Semcolesterol• Excelentefontedefibra

É uma maçã produzida através de um processo inovador, racional e controlado, que proporciona se-gurança alimentar e contribui para o equilíbrio ecoló-gico do meio ambiente (combate às pragas e doenças das árvores), baseando-se na utilização de meios de luta cultural biotécnica (atrativos) e biológica (utiliza-

ção de insetos e outros organismos auxiliares alterna-tivos ao uso de pesticidas).

É um fruto que respeita o ciclo natural da vida, o ambiente e a saúde do consumidor. No bar da Escola, os alunos já têm a oportunidade de consumir Maçã de Alcobaça.

Professoras Helena Guerra e Isabel Santos

labOratÓriOs abertOs De biOlOGia e GeOlOGia

prOJetO “Cria uma fruta, COlHe Os PRÉMIos”, no ÂMbITo do eco- escolas

prOJetO DO eCb seleCiONaDO pelO prÉmiO fuNDaçãO ilÍDiO piNHO “CiÊNCia Na esCOla”

O projeto “Organo... quê?” foi selecionado pelo Prémio Fundação Ilídio Pinho “Ciência na Escola” e está a ser desenvolvido com alunos do 8º ano, tur-mas C e D e com a participação especial das alunas Catarina Carvalho e Cláudia Pedro na aula de “Vida Comunitária”.

Desde já agradecemos o esforço que estes jo-vens têm realizado para conciliar o trabalho curri-cular formal com o informal, este último tão crucial para uma aprendizagem efetiva de conhecimentos que nem sempre os “curricula” possibilitam.

ANO 11 - Nº 25 TOQUE DE SAÍDA

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE 9

O 9ºC está a participar no Desafio UHU promovido pelo projeto Eco-Escolas. Já re-

alizou a atividade Rota Postal da Biodiver-sidade, que põe em contacto escolas de di-versas regiões do país, e vai construir um Photo Wall para representação em painel do ecossistema em que se insere a Escola, o PNSAC.

No dia 21 de abril, durante uma aula de Geografia, a turma realizou uma visita ao ex-terior onde plantou três árvores (dois carva-lhos e um pinheiro) e em que pôde observar a biodiversidade existente na mata junto ao Externato (diferentes plantas a proteger).

Este tipo de atividade é de extrema im-portância, pois devemos preservar a biodi-versidade existente no planeta Terra e uma árvore pode fazer toda a diferença nas alte-rações climáticas.

Na educação, os bons exemplos contam!

Diana Dias, 9ºC

No passado dia 21 de abril de 2016, de-correu, no Externato Cooperativo da Benedi-ta, uma exposição interativa, realizada pelos alunos do 10ºA.

Esta atividade surgiu no âmbito do proje-to “Irresistible”, um projeto europeu, que tem como um dos temas principais a Plataforma Continental e os recursos naturais que lá se podem encontrar e cujo principal objetivo é alertar as pessoas para as vantagens e des-vantagens da exploração da Plataforma Conti-nental, que é uma fonte de inúmeras riquezas e recursos essenciais na vida do Homem, mas que, se for excessivamente explorada, pode levar à perda de biodiversidade marítima ou até mesmo à alteração da composição do solo

e das águas do mar.A exposição na nossa escola foi dividida

em duas partes, uma palestra e uma sessão de jogos relacionados com o tema em discus-são, e contou com a presença das turmas do curso de Ciências e Tecnologias, de algumas turmas do ensino básico, de alguns professo-res, do Exº Sr. Diretor Nuno Rosa e de duas das responsáveis deste projeto. Tudo o que foi apresentado resultou de um longo e inten-so trabalho de pesquisa e recolha de informa-ção feito ao longo do ano letivo, sob a orien-tação da professora de Biologia e Geologia, Luísa Fonseca.

Turma do 10ºA

DesafiO uHu

prOJetO “irresistible”

COmuNiCar CiÊNCiaO Projeto Escolar Comunicar Ci-

ência do Externato Cooperativo da Benedita foi selecionado para per-tencer à Rede Nacional de Clubes Ciência Viva.

Esta Rede pretende promover junto dos alunos e da comunidade educativa o entusiasmo pela Ciência e o acesso à cultura científica e tec-

nológica. Por pertencer à Rede, o Clube Comunicar Ciência terá o selo

de qualidade da Ciência Viva e participará ativamente em diver-sas iniciativas ligadas à Ciência e Tecnologia.

O nosso obrigado a todos os que têm participado!

Quer saber mais?Visite http://www.cienciaviva.pt/redeclubes/clubes/#a

Gabinete Comunicar Ciência do ECB

eXame Delf sCOlaire

Aprender Francês não é só estudar vocabulário e gramática, não é apenas estar na sala de aula e fazer aprendizagens teó-ricas, é também descobrir um novo universo cultural, contactar de perto com a língua francesa em contexto civilizacional. Tendo isto em mente, as professoras de Francês do Externato Coope-rativo da Benedita dinamizaram dois projetos e promoveram uma atividade no âmbito da sua disciplina, com o objetivo de divulgar a cultura e civilização francesas: a Visita de Estudo a Paris, o Exame DELF Scolaire, a dinamização do Dia do Francês.

O Exame DELF Scolaire é muito importante para a certifi-cação das competências de aprendizagem da língua francesa. Este exame é certificado pela Alliance Française, que o tutela em Portugal, e pelo Ministério de Educação Francês, que o ela-bora. No final, os alunos recebem diplomas oficiais emitidos pelo Ministério Francês da Educação Nacional, para certificar as suas competências em Francês. Portanto, a preparação dos alunos do 8º ano e do 9º ano de Francês para o Exame DELF Scolaire, nos níveis A1 e A2, de acordo com o Quadro Europeu de Referência das Línguas, é um dos projetos mais importantes desenvolvidos pelas professoras de Francês do Externato Cooperativo da Be-nedita. Essa preparação decorreu durante todo o ano letivo e o exame realizou-se nos passados dias 28 e 29 de abril, em Cal-das da Rainha. É um projeto anual que, no presente ano letivo, envolveu cerca de 40 alunos do Ensino Básico.

Durante a Semana Cultural do ECB, de 6 a 10 de abril, en-quanto um grupo de alunos de Francês, do Ensino Secundário, se encontrava em Visita de Estudo a Paris, os alunos que fica-ram tiveram a oportunidade de assistir a filmes em língua france-sa, assim como puderam degustar algumas iguarias francesas, numa Mostra de Gastronomia Francesa.

Grupo de Francês

ANO 11 - Nº 25TOQUE DE SAÍDA

ARTE E CULTURA10

No dia 8 de abril, no âmbito da Semana Cultural e inserido no Projeto Nacional de Cinema, vários alunos do ECB tiveram a excelente oportunidade de conver-sar com um dos mais célebres realizadores portugue-ses – João Botelho, mais conhecido pela sua recente adaptação de Os Maias, de Eça de Queirós.

Foi uma excelente experiência que nos permitiu conhecer a realidade do cinema português e, também, afastar-nos da ideia do clássico filme americano que tem em vista o lucro puro e duro, baseado no capita-lismo ocidental. Para Botelho, este tipo de filmes não

pode ser inserido na categoria de cinema, pois nor-malmente não é algo que nos faça pensar. Para o rea-lizador, a essência do verdadeiro cinema é a reflexão.

O cineasta chocou os presentes ao afirmar que ci-nema não é arte. Para aqueles que o ouviam, esta sua afirmação foi um pouco confusa mas curiosa. Bo-telho apressou-se a explicar que cinema não é uma arte, porque é o conjunto de todas elas. Artes essas que ele, de uma maneira ou outra, tenta explorar em cada um dos seus filmes. O realizador expressou uma grande necessidade de ser inédito em todos os seus trabalhos: se explorou um campo, no próximo filme já se sentirá obrigado a procurar outro tipo de área.

Numa sessão intimista, teve especial destaque a disponibilidade e simpatia que caracteriza João Bo-telho. Todos os que assistiram à palestra, a partir da confiança e da facilidade do seu discurso, aprenderam – de uma maneira ou outra – um pouco do seu mundo. É este o seu mundo, o seu universo, porque, tal como o próprio afirmou, “não sabe fazer outra coisa”.

Catarina Lourenço e José Pinho, 11º D

À CONversa COm JOãO bOtelHO

a miNHa amiGa mariaPartiu no certo dia que a Vida lhe determinouCom paz e calma De corpo presente e alma ausenteSeu rosto sereno não cansei de olhar.

Lembrei os dias passadosAs conversas à sombraDo velho carvalho.

O sol por companhiaOs cães sem gritaria Ali perto nos ficámos a olharOs gatos dormitavamDe vez em quando bocejavamParecia que queriam escutarA aragem calmaA noite a chegarTardes que não voltarão.

Ficou a amizadeQuem sabe um dia nos vamos encontrar.

Isabel Vicente

Universidade Sénior da Benedita

No passado dia 20 de Abril de 2016, foram eleitos e tomaram posse os novos órgãos sociais que constituem a atual Associação de Pais e Encarregados de Educação da Benedita (APEEB).

Assembleia GeralPresidente - Nuno FerreiraVice-Presidente - Mário ArraiãoSecretária - Catarina MateusVogal - Ana AbreuSuplente - Pedro Monteiro

DireçãoPresidente - Isabel Henriques de MatosVice-Presidente - Sara FelizardoTesoureiro - Gilberto RufinoSecretária - Sílvia MarquêsVogal - Marlene FerreiraSuplente - Dina Fialho

Conselho FiscalPresidente - Filipe MarquesSecretária - Sílvia CoutoVogal - Marta Rufino

A Associação de Pais e Encarrega-dos de Educação da Benedita tem como objetivos:

1. Detetar eventuais falhas e colaborar na melhoria das condições escolares, para que os alunos possam progredir no processo de aquisição de conhecimen-tos e aprendizagens;

2. Representar a Associação de Pais no Conselho Geral, nos Conselhos Pe-dagógicos, no Conselho Municipal de Educação, e nas demais comissões ins-tituídas pelo Agrupamento de Escolas e Externato Cooperativo da Benedita, sempre que decorra da lei ou para as quais seja solicitada a respetiva repre-sentatividade;

3. Promover reuniões periódicas com os Órgãos de Gestão das Escolas, Agrupa-mento e Externato Cooperativo da Be-nedita;

4. Promover reuniões com os represen-tantes de turma de todos os anos;

5. Estabelecer parcerias ao nível local, regional e nacional com entidades di-versas, que visem benefícios com a co-munidade educativa;

6. Organizar e dinamizar eventos, e /ou apoiar projetos da escola dos diferentes níveis de ensino;

7. Cooperar com a Direcção do Agrupa-mento de Escolas da Benedita e Exter-nato Cooperativo da Benedita, em todas as iniciativas que julguem pertinentes;

8. Reunir mensalmente para regulariza-ção de verbas, e troca de informações pertinentes à comunidade escolar;

9. Atualizar as quotas em atraso com vista ao aumento do número de sócios efetivos;

10. Relançar o site da Associação e manutenção da página do Facebook;

11. Lançar um Boletim Informativo como meio facilitador na transmissão de infor-mações relevantes;

12. Colaborar nas Festas de Natal e no Encerramento do ano letivo ou outras atividades nas quais possamos repre-sentar uma mais-valia.

Disponibiliza-se para colaborar na re-solução e/ou esclarecer eventuais si-tuações que possam surgir dentro das competências que lhe assiste. Mais in-

forma que recebe qualquer pai e/ou en-carregado de educação, na sua sede, sita na Casa da Vila, no edifício da Jun-ta de Freguesia da Benedita, todas as penúltimas terças-feiras de cada mês, pelas 19 horas. Contudo, sempre que houver necessi-dade, a APEEB poderá ser contactada através do email [email protected].

Junte-se a nós!

Para se tornar associado poderá enviar um e-mail para o endereço acima men-cionado, com os seus dados pessoais e contactos.

PORQUE “A EDUCAÇÃO É PARA TO-DOS E DEVE TER A PARTICIPAÇÃO DE TODOS.”

Associação de Pais e Encarregados de

Educação da Benedita

assOCiaçãO De pais e eNCarreGaDOs De eDuCaçãO Da beNeDita

ANO 11 - Nº 25 TOQUE DE SAÍDA

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE 11

População residente estrangeira

No âmbito da Formação realizada no Centro de Formação da Associação de Escolas dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré, intitulada Exploração de POR-DATA em contexto educativo, decidiu-se que seria pertinente analisar uma variá-vel relativa à situação mundial atual e à

realidade da escola, Externato Coope-rativo da Benedita.

Partiu-se da questão % População residente estrangeira optando-se por uma análise em vários contextos espa-ciais: Europa, Portugal, Regiões/NUTS e Países Projeto EVA no ECB. Atra-vés dos recursos disponibilizados pela PORDATA e GLOBALSTAT, pretendeu-

se ainda analisar a situação dos países do projeto Erasmus+ EVA: Espanha, Portugal, Áustria, Eslováquia e Turquia.

Este trabalho foi pensado para per-mitir que o público-alvo, alunos do 8º ano, pudesse articular de forma inter-disciplinar Geografia e TIC, ao mesmo tempo que trabalharia o estudo de caso.

Obtiveram-se os seguintes resulta-dos para 2014:

- Na Europa destacam-se com valo-res mais elevados de população estran-geira os seguintes países: Luxemburgo, Chipre, Letónia, Estónia;

- No ranking da União Europeia (28 países) Portugal encontra-se em 20º, com 3,8%;

- Os principais países de origem da população estrangeira residente em Portugal são: Brasil, Cabo Verde, Ucrâ-nia, China, Angola;

- Em termos regionais a percenta-gem é maior no Algarve (22,3%), mas nota-se uma diminuição de 2008 para 2014.

- Alcobaça, no ranking dos municí-pios, encontra-se na posição 88, em 308, com o valor de 2,8%, valor abaixo da NUT Oeste, com 3,6%;

Com recurso ao GLOBALSTAT, outra base de dados internacional, analisou-se a questão International migrant sto-ck, by sex (%). Os dados obtidos para o grupo dos países EVA do ECB, por ordem decrescente, em 2013, são: Áus-tria, Espanha, Portugal, Eslováquia e Turquia.

A evolução da população residente estrangeira está muito relacionada com o contexto político, económico e social e os países estudados apresentam em 2013 grandes disparidades. Este tipo de análise permitiu situar e obter uma visão real sobre estas questões, mas projetos como o EVA permitem aos alunos uma maior motivação pelo conhecimento de outras realidades espaciais.

Profs. Gabriela Loureiro e Helena Guerra

eXplOraçãO De pOrData em CONteXtO eDuCativO

O lixo marinho provoca ameaças de natureza física, química e biológica ao interagir com a fauna marinha.

Um dos principais problemas do lixo marinho é o aprisionamento de partes do corpo dos animais marinhos em linhas de pesca, sacos de plásti-co, cabos ou redes que foram perdidas ou abandonadas pelas atividades pesqueiras. Além do aprisionamento, existem tam-bém animais que ingerem lixo marinho, sobretudo plásticos, uma das principais causas de morte, devido à sensação de en-fartamento e à perda de apetite alimentar.

Dos tipos de lixo marinho plástico que mais interagem com a fauna por ingestão estão os plásticos de tamanho redu-zido, os microplásticos. Os mi-croplásticos são plásticos de di-mensões reduzidas (menores a 5 mm) que resultam de partículas de plástico de maiores dimensões, que sofrem degradação e erosão. Encon-tram-se a flutuar à superfície da água, em suspensão na coluna de água, depositados no fundo e também nas praias. Sendo facilmente confundidos com alimento devido ao seu tamanho, os microplásticos são potenciais veto-res na transferência e exposição dos organismos marinhos a poluentes per-

sistentes orgânicos (POP).A ingestão de microplásticos é uma

ameaça a longo-prazo para os orga-nismos marinhos, não só pela possível obstrução do aparelho digestivo, mas também pelos efeitos tóxicos. No fim da cadeia alimentar, quando o homem

se alimenta desses peixes, ingere também os poluentes que se acumula-ram ao longo da cadeia, prejudicando assim, a saúde humana.

miCrOplástiCOs NOs COsmÉtiCOs

Sabia que…

Os microplásticos são usados na maioria dos cosméticos, tais como,

exfoliantes, dentífricos, vernizes para unhas, sabonetes líquidos, sombras para os olhos, etc.

As microesferas de microplástico usadas em produtos de higiene pes-soal são feitas principalmente de po-lietileno e polipropileno, quase sempre

menores que 1 mm.O número de empresas de

produtos de higiene que usam microplásticos ainda é alarman-te, mas tem vindo a diminuir.

As ETARs portuguesas não removem microplásticos das águas residuais, geralmen-te possuem uma etapa de tra-tamento preliminar onde são removidos degradados, cons-tituídos por uma mistura de só-lidos grosseiros, tanto orgânicos como inertes, que podem igual-mente conter alguns materiais plásticos. Estes resíduos são recolhidos, transportados e de-

positados em aterro sanitário.Exemplos de multinacionais que

deixaram de usar microplásticos nos seus produtos: Colgate, L’Oréal, Adi-das, Avon, Johnson & Johnson, Oral-B, Palmer´s, RITUALS …

Alunos do 8ºI

liXO mariNHO: miCrOplástiCOs l a b O r at Ó r i O s abertOs

No passado dia 7 de abril, no âm-bito da Semana Cultural do Externato Cooperativo da Benedita, realizou-se mais uma edição anual dos Laborató-rios Abertos.

O evento, organizado pelos alunos do 12º ano da disciplina de Física do curso de Ciências e Tecnologias, com o apoio das professoras da discipli-na de Física e Química, contou com a participação de todas as turmas do secundário do mesmo curso e ainda uma turma do nono ano. Organiza-dos por grupos, os alunos escolheram as experiências que mais desejavam apresentar e demonstraram de forma interativa, dinâmica e cativante aos alunos de todo o Agrupamento de Es-colas da Benedita que por lá passa-ram. Os Laboratórios Abertos tinham como objetivo comunicar a ciência por parte dos alunos que demonstraram as atividades laboratoriais e, ainda, despertar o interesse pelas ciências nos mais novos.

Rita Fialho Mendes, 10ºB

ANO 11 - Nº 25TOQUE DE SAÍDA

OLHAR CIRCUNDANTE12

Não sou muito dada à es-crita. Prefiro a leitura, mas não podia recusar este pedi-do. Em primeiro lugar, pela pessoa que o fez chegar até mim; em segundo, o motivo, o assunto desta rubrica: o ECB. Assim que li a mensagem com o pedido para escrever este pequeno texto, as memórias foram aparecendo… São mais que muitas, deixam um sorriso alargado nos lábios e um olhar saudoso.

O meu nome é Inês Raimun-do. Tenho 32 anos (mas não parece) e fui estudante do ECB nos anos de 1995 a 2001 (já lá vão uns anitos e parece que foi ontem). Em Setembro de 2001 ingressei na Faculdade de Le-tras da Universidade de Lisboa, na licenciatura de Estudos Afri-canos, licenciatura que desco-bri numa visita de estudo à feira do estudante em Lisboa. Des-

de há muito tempo que tenho o “bichinho de África” e por que não juntar o útil ao agradável e seguir em frente nesta licencia-tura? Muitos foram os que me disseram para mudar de curso, mas o meu futuro passa-va por este c o n t i n e n t e misterioso. E cá estou em Moçambique, mais precisa-mente, desde 2013. Depois de várias p a s s a g e n s por este país, que me “en-feitiçou” des-de o primeiro dia, resolvi vir de malas e bagagens.

Ainda sou do tempo (pare-ço uma velhota a falar) em que a escola era um complemento,

importantíssimo, diga-se, da educação que tínhamos em casa. Talvez por isso, valorize tanto estes anos passados no ECB. Desta escola recordo (e escrevo isto já com a lágrima

no canto do olho) as amizades, algumas que, felizmente, ain-da mantenho, outras que, com o tempo e a distância, foram esmorecendo. As paixões de

adolescência, as crises em que o mundo parecia que ia aca-bar, as primeiras descobertas, o pensamento de que se tem sempre razão… Ficaram mar-cados os tempos do “pátio das

galinhas”, dos rallies papers, das aulas. Fo-ram anos muito importantes no meu crescimen-to enquanto ser humano. Sou o que sou, hoje em dia, também graças aos pro-fessores que fizeram parte do meu percur-so académico.

Consegui ter, com cada um, uma relação em que a essên-cia era o respeito. Os “stores” que sempre me respeitaram enquanto ser humano, e eu que

os respeitava por tudo o que eles representavam. Sempre os encarei como amigos, pes-soas que estavam ao meu lado, para me apoiarem, mesmo nos momentos de advertências.

Quando me perguntam se o ECB me influenciou como aluna e como pessoa, só pos-so responder que sim. É uma grande instituição, com uma equipa fantástica, da qual mui-to me orgulho de ter feito parte. A todos aqueles que me acom-panharam, só tenho a agra-decer. A vocês, atuais alunos, tenho um conselho: aproveitem bem, porque passa muito rápi-do (apesar de não parecer).

Votos de muitos sucessos ao ECB e a toda a sua equipa… Estamos juntos (despedida à moçambicana).

Inês Raimundo (em Moçambique)

Entre os dias 25 e 30 de abril, reali-zou-se a primeira mobilidade de alunos no âmbito do projeto “Os valores e ati-tudes europeus” integrado no programa Erasmus + - Ação 2 – Parcerias Estra-tégicas entre Escolas. Esta mobilidade realizou-se em Viena de Áustria, tendo sido organizada por um dos parceiros do projeto – Vienna European School- e estiveram presentes, para além de Por-tugal / ECB, escolas de Espanha, Tur-quia e Eslováquia.

Do programa constavam atividades na escola com espaços de cooperação e partilha entre os estudantes dos dife-rentes países, atividades culturais e ati-vidades com as famílias de acolhimento nos seus tempos livres.

Das atividades culturais, constou

uma visita guiada aos Kaiserappart-ments – museu de Sissi, a imperatriz-, à Catedral de Santo Estêvão e ao museu Belvedere, onde se encontram as obras mais famosas dos pintores Gustav Klimt e Egon Schiele.

Quanto às atividades realizadas na escola, houve uma conferência, subordi-nada ao tema “No bullying”, dinamizada pela escola anfitriã com a participação de alunos de todos os países; Portugal fez a apresentação de um trabalho com recurso ao PowerPoint - “Growing res-ponsibly” – preparado antecipadamente pelos nossos alunos no ECB. O coor-denador do projeto elogiou o trabalho do grupo dos “embaixadores portugue-ses”. Esta conferência envolveu toda a escola austríaca, onde foi entregue um

certificado de responsabilidade a cada grupo da escola (delegados); celebrou-se o Dia da Áustria e o Dia da Europa, com a apresentação das respetivas es-colas, países e culturas. Os 4 alunos do ECB iniciaram a sua participação com a apresentação da escola e da região. De seguida a Carolina Salazar declamou um poema de Fernando Pessoa e o Ale-xandre Martins, a Carolina Fernandes e a Teresa Arraião cantaram e encanta-ram com a canção “Perdidamente”, de Luís Represas, adaptada do poema de Florbela Espanca. Foi também projeta-da a biografia desta poetisa enquanto cantavam. No final entregaram uma pequena lembrança da nossa região, oferecida pela Câmara Municipal de Al-cobaça.

No último dia de atividades, realizou-se um “values T-shirt” em que os alunos decoraram as T-shirts com os valores mais significativos para cada um deles e desfilaram, exibindo as suas” obras de arte”. Seguiu-se uma caminhada num Parque perto da escola. No final da manhã houve a avaliação do programa pelos alunos e professores participan-tes e as despedidas do grupo de Espa-nha e Eslováquia.

O balanço da participação dos nos-sos jovens é excelente, como podemos constatar pelas suas opiniões:

“Foi extremamente gratificante po-der partilhar esta aventura com as minhas colegas e professoras, mas principalmente com pessoas com uma cultura e hábitos diferentes. Com esta experiência, percebemos como os valo-res que trabalhamos mensalmente nos podem ajudar a construir um percurso correto e responsável, não apenas na Europa, como no resto do mundo.”

Alexandre Martins

“Está a ser muito divertido, a cultura a língua, as ruas: é tudo fantástico. Es-tou a adorar.”

Teresa Arraião

“A cidade tem monumentos e edi-fícios fantásticos, cheios de ornamen-tos! Estou a adorar esta experiência em conjunto com bons amigos e a conhecer pessoas de outras culturas!”

Carolina Fernandes

“Viena é uma cidade muito bonita, verde e cheia de cultura, assim como as pessoas são muito simpáticas e aco-lhedoras. Esta semana estou a expe-rienciar uma viagem excelente com os meus amigos.”

Carolina Salazar

Equipa Erasmus+

“estamOs JuNtOs!”

erasmus + eva, em vieNa

mOçambiQue É Já aQui

ANO 11 - Nº 25 TOQUE DE SAÍDA

13OLHAR CIRCUNDANTE

Nasci a 4 de Setembro de 1979, sendo que comecei a andar, cresci, aprendi, estudei e vivi na Benedita até aos 18 anos, altura em que fui para a Universidade em Lisboa (a “Capital”), estudar na Faculda-de “Clássica” de Direito, sendo que aos 22 anos, e após termi-nar o curso, fui fazer uma Pós-graduação em Barcelona, algo que resultou na maior mudan-ça e melhor decisão da minha vida.

Quando estudava em Lis-boa, em muitos dias e enquanto ia para a Faculdade, lia numa estação de metro a frase de Sócrates, o filósofo “Não sou ateniense, nem grego...mas sim um cidadão do mundo”.

Depois da Benedita, Lisboa e Barcelona, mais do que nun-ca se confirmou em mim a von-tade e o espírito de viajar, viver e conhecer o mundo! Contudo, nessa altura (em 2003) ainda estava muito longe de imaginar que a minha vida passados al-guns anos iria passar por tra-balhar em Angola, Luanda, Ta-latona, local de onde escrevo.

Com efeito, passados 8 anos em Lisboa, depois de um estágio de advocacia e 6 anos como advogado num impor-tante escritório de advogados em Lisboa, eis que, em Maio de 2011 e algo surpreenden-temente, me surge um convite/desafio do meu Chefe, no sen-tido de saber se queria ir para Angola “experimentar” e traba-lhar no escritório que a socie-dade tinha aberto recentemen-te em Angola.

Bom, muitos pensamentos nos “assaltam” o pensamento antes de partir rumo ao estran-geiro (família, amigos, amores, saudades), mas o espírito de aventura, o desafio profissio-

nal, a curiosidade, questõe mo-netárias e a vontade de nova experiência no estrangeiro “fa-laram sempre mais alto”.

Assim, em Julho de 2011 aterrei pela primeira vez em Angola, Luanda, no aeroporto 4 de Fevereiro. Passados qua-

se 5 anos e a 7000 KM de dis-tância, muito poderia escrever e contar...mas seguramente o jornal seria pouco para parti-lhar as experiências, histórias, aventuras, sentimentos, con-vívios e amizades vividos em Angola.

Obviamente foi necessária a adaptação a um outro país, a uma nova e diferente realidade, a uma vida que todos os dias nos apresenta dificuldades (mais e maiores), ter uma maior atenção e cuidado com a saúde e segurança. Contudo, também não posso deixar de referir que felizmente tudo foi mais facili-tado pela língua ser a mesma, assim como a alimentação, há-bitos de consumo e vida social serem muito parecidos.

Nos aspetos negativos sem

dúvida será de realçar o trânsi-to e a confusão nas estradas, o lixo e esgotos a “céu aberto”, a falta de higiene e civismo da maior parte do povo, a exigên-cia para ter algo tão precioso como a segurança ou liberda-de. Nos aspetos positivos te-

rei de falar na boa comida, no calor e clima de Verão (chinelo e calção quase o ano inteiro), na praia, na paz do pôr do sol, nos convívios e camaradagem entre expatriados, nas paisa-gens únicas, na linguagem dos angolanos, na alegria e no es-pírito africano que acabam por fazer esquecer o “mau”, pois animam e aquecem o coração da dureza do dia a dia. E claro, sendo sincero, o aspecto finan-ceiro também ajuda... e muito.

Enfim, posso dizer que efe-tivamente me considero um emigrante em Angola com sor-te, pois vivo num Condomínio tranquilo, onde não falta água e luz e tenho uma boa quali-dade de vida. Contudo, o que mais me impressiona e emocio-na em Angola é a capacidade

deste povo para vencer as di-ficuldades e lutar, a humildade, solidariedade e pureza, a capa-cidade de se adaptarem ao que existe ou ao pouco que têm, ganhar a vida praticamente do nada e quase sempre com um sorriso e boa disposição.

Na base e na essência, sin-to que volto de certo modo ao ponto de partida, a Benedita...onde .os valores e princípios que me foram incutidos, ensi-nados e partilhados, principal-mente pela família, amigos e pela instituição de ensino que me fez crescer como adoles-cente e lançou como homem.... o Externato Cooperativo da Benedita (ECB), onde passei grande parte de 6 anos da mi-nha vida.

O tempo é longínquo, muita coisa passou, mas as memórias desse tempo vivido são muitas e perduram intensamente...para mais quando se é muito feliz! Ainda sou do tempo dos barracões de madeira junto ao cinema, do polidesportivo ao ar livre, de ver o pavilhão a ser

construído, as instalações de excelência a crescerem, sem-pre com critério, qualidade e dentro dum verdadeiro espírito cooperativo e de cooperação.

Poderia falar das aulas, intervalos, festas, desporto, eventos, viagens, amizades, paixões, amores, “traquinices”, ameaça de bomba, aventuras e desventuras. Poderia e deveria agradecer a vários professores e funcionários, no entanto seria ingrato enunciar nomes. Regis-to a sua dedicação, competên-cia, espírito de proximidade e valores transmitidos. No ECB, como em casa, a humildade, o respeito, a educação, a dis-ciplina, a perseverança e com-petência permitiram cultivar a liberdade de pensamento e o espírito de aventura, valores e princípios que perduraram e me acompanham até aos dias de hoje.

Este será o melhor elogio e mais sincero agradecimento que poderei fazer ao ECB, que sem dúvida foi a base e um pi-lar essencial para a “escola da vida”.

Da Família, dos amigos, co-legas, gente e coisas da minha terra, está sempre presente a saudade e carência, mas a for-ça e a vontade de vencer as di-ficuldades e viver é fortalecida pela energia e espírito dessas mesmas pessoas, sítios va-lores e memórias com que se cresceu, que se adquiriram e mantêm vivas.

Como se diz em Angola.... “Estamos juntos”.

João Fonseca, Luanda, Talatona

“estamOs JuNtOs!”

aNGOla aQui tãO pertO

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OLHAR CIRCUNDANTE14

eNtrevista a Natália serraziNaNatália Serrazina é, desde 2011, a

presidente de direção da Universidade Sénior da Benedita. Professora aposen-tada do primeiro ciclo, nasceu e vive nesta freguesia. Fez parte da primeira turma do ECB e tem 63 anos.

Conte-nos um pouco da história da Instituição.

A Universidade Sénior de Benedita surgiu por iniciativa de Laura Martinho que, após a realização de uma confe-rência em 2005, convidou um grupo de beneditenses – os sócios fundadores – e juntos decidiram que a Benedita podia e devia ter uma Universidade Sénior. Criaram, então, uma associação deno-minada Universidade Sénior da Bene-dita - Associação de Desenvolvimento Comunitário que, 2 anos mais tarde, foi legalmente constituída como IPSS.

Em Abril de 2006 a USB deu os pri-meiros passos, iniciando as aulas. Co-meçou “pequenina” (17 alunos), cres-ceu e, atualmente, conta com cerca de 80 alunos, 17 disciplinas e cerca de 20 professores voluntários.

É uma associação sem fins lucrati-vos que tem vivido da boa vontade dos seus colaboradores/professores e, so-bretudo, do empenho de todos os que a frequentam.

Desde outubro de 2011 a USB fun-ciona nas novas instalações, no antigo Jardim de Infância de Benedita, espa-ço cedido, gratuitamente, pela Câmara Municipal.

Que atividades realizam para além das aulas?

Para além das 17 disciplinas que os alunos podem frequentar neste ano le-tivo, de acordo com os seus interesses, realizamos visitas de estudo, festas, participação ativa em muitos eventos na terra, colóquios, intercâmbios entre pares e intergeracionais, almoços, en-tre outros.

Haverá, certamente, momentos marcantes que fazem parte da histó-ria da USB.

Seguramente o início, que nunca é fácil em instituições deste género; a “conquista” de instalações próprias; a publicação dos livros “O Brilho do Cre-púsculo” e “Poemas de todas as cores”; a participação em diversos festivais de teatro da RUTIS (Rede das Universida-des da Terceira Idade) de âmbito nacio-nal e a comemoração do 10º aniversário que permitiu, também, uma maior visi-bilidade da instituição na comunidade.

Que tipo de apoio usufrui a Insti-tuição?

A preocupação da USB é conseguir ser o mais autónoma possível, contan-do com as mensalidades dos alunos (10€/mês) e promovendo atividades,

nomeadamente, realizando um almoço solidário mensal, confecionado pelos alunos. No entanto, para que possa de-senvolver atividades com qualidade e que responda às necessidades da co-munidade é necessário manter a porta aberta (das 8:30 às 17:30). Devido aos custos envolvidos com a contratação de uma funcionária, esta resposta só tem sido possível com o apoio do subsídio da Câmara Municipal (3500€ anuais nos últimos 2 anos), pontualmente a CM colabora com a utilização do transporte para visitas de estudo e na impressão

de material de divulgação. A Junta de Freguesia faculta um preço especial na aula de hidroginástica e colabora, quando solicitada, na limpeza e manu-tenção do espaço, entre outros.

Sempre que solicitadas as empre-sas locais têm colaborado positivamen-te. Neste sentido destacamos a forma como estas nos têm permitido receber convidados, nomeadamente outras Uni-versidades Seniores, possibilitando, desta forma, divulgar o que de melhor se faz na Benedita.

Para além dos apoios referidos con-tamos com imprescindíveis parcerias, na comunidade, das quais destacamos o ECB, a Escola Superior de Desporto de Rio Maior, a Policlínica, a Paróquia e, pontualmente, o ABCD.

Que relevância tem assumido o ECB para a Universidade Sénior?

O ECB é o nosso parceiro privile-

giado pois permite uma efetiva troca de experiências intergeracionais, de reco-nhecido mérito, entre os alunos e pro-fessores de ambas as instituições.

Iniciámos a parceria ainda com o an-terior diretor, Alfredo Lopes, em 2011, que se disponibilizou a promover o pro-jeto, incentivando professores e alunos à interajuda. O projeto foi acarinhado e teve continuidade com o atual diretor, Nuno Rosa. Neste sentido, contamos com vários professores e alunos do ECB que lecionam algumas disciplinas aos nossos alunos.

É muito importante para a maioria das pessoas que frequenta a nossa ins-tituição poder frequentar verdadeiras salas de aula; circular nos corredores ou no pavilhão ao lado dos mais jovens. Fá-los sentir o espírito académico, que alguns não viveram. A outros faz reviver o passado e isso traz vida.

Devemos realçar, ainda, com agra-do, o facto de o ECB contar connos-co para participar em muitas das suas atividades e projetos. Também, o facto de nos permitir a utilização das suas instalações, nomeadamente o CCGS, constitui uma mais valia para a nossa instituição, tornando possíveis muitas das nossas atividades.

Destacamos, por outro lado, a boa formação dos seus alunos, que acolhem carinhosamente os seniores, sem que a diferença de idades seja um obstáculo. São todos alunos e é esse o espírito.

Que contributo ou contributos tem dado a USB à comunidade bene-ditense?

O feed-back é muito positivo. Ouvi-mos muitas vezes dizer que a institui-ção é muito importante para a vida das pessoas. Permite o desenvolvimento de projetos individuais e sociais, o continu-ar a aprender/ensinar ao longo da vida, viver ou reviver experiências, combater o isolamento numa fase em que a maior parte das pessoas deixaram a vida ati-va.

Algumas pessoas referem, com fre-quência, que a participação nas diver-sas atividades melhorou a sua qualida-de de vida (mental, física e social) que era tendencialmente a acomodação e a inércia.

Sentimos que o facto de acrescentar qualidade à vida retarda a dependência e consequente institucionalização, com os custos inerentes a este processo e a todos os níveis.

Quais os requisitos necessários para frequentar a USB?

Qualquer pessoa a partir dos 50 anos e que queira manter-se ativo e com vontade para desenvolver projetos e ter uma vida com qualidade, pode ser aluno da USB. A frequência não implica qualquer pré-requisito académico.

Cada aluno escolhe as disciplinas que quer frequentar consoante os seus interesses e disponibilidade. No pre-sente ano letivo são: informática, dan-ça, hidroginástica, ginástica, teatro, ca-vaquinho, canto coral, inglês, ciências experimentais, matemática, língua por-tuguesa, costura, psicologia.

Que mensagem gostaria de deixar aos nossos jovens?

Gostaria de aproveitar para dar os parabéns a estes jovens maravilhosos que dão do seu tempo livre para vir par-tilhar os seus conhecimentos com os mais velhos. Gostaria de lhes falar ain-da da importância do saber ouvir para depois intervir, de saber aproveitar as experiências de vida – fonte de conhe-cimento - das gerações mais velhas. Por fim, que continuem solidários e verdadeiramente amigos de todos, pelo simples facto de sermos todos pessoas, não assumindo, nunca, preconceitos discriminatórios.

Professora Clara Peralta

Marta Matias, 12D

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ESCOLA VIVA 15

No âmbito do projeto “Conhecer a Eu-ropa”, que está a ser desenvolvido pelo Externato Cooperativo da Benedita, parti-mos numa viagem de 4 dias, de 8 a 11 de abril, em direção a Berlim.

A espera no aeroporto foi cansativa, mas valeu a pena, pois Berlim esperava por nós e a três horas de distância. Co-meçámos por conhecer a Alexander Platz onde contactámos de perto com a cultura e a gastronomia alemãs e onde comprá-mos algumas lembranças. Conhecemos também uma das zonas mais panorâmicas da cidade, a Torre da Televisão.

Nos restantes dias, passeámos por Berlim, deslocando-nos de metro para Pergammon Museum, os Bunkers, as Por-tas de Bradenburg, o Checkpoint Char-

lie, o Memorial do Holocausto e pudemos ainda observar os fragmentos do Muro de Berlim.

A viagem de regresso foi consideravel-mente mais rápida, na medida em que não esperámos tanto tempo pelo avião. Re-gressámos com a sensação de que o mun-do é fantástico, de que viajar abre as men-tes, forma mentalidades, define, talvez, atuações para um futuro qui ça próximo.

Com esta viagem tivemos a oportuni-dade de conhecer a cultura alemã, visitar monumentos icónicos, conviver com pes-soas diferentes.

Sonhamos desde já com a próxima via-gem.

Ana Roquete e Maria Raimundo, 11º D

visita a berlim

Entre os dias 6 e 10 de abril um grupo de 40 alunos do 10º ano, acompanhados por 4 pro-fessores, visitou a cidade de Londres no âmbito do Projeto Conhecer a Europa.

Depois de um voo de cerca de 2h e 30 minutos, o primeiro voo para a maioria dos alunos, seguiram-se dias de algum frio e chuva, mas muito calorosos, entusiásticos em emoções, companheirismo e descober-ta, durante os quais tivemos oportunidade de conhecer um pouco da cultura e identidade britânicas.

Foram muitos os quilóme-tros que fizemos a pé e no movimentado “underground”, à descoberta dos inúmeros mo-numentos, parques, mercados, museus e ambientes animados das ruas da cidade de Londres. Também não podemos esque-cer a curta, mas sensacional, viagem que fizemos no “dou-bledesk bus” até Picaddilly Cir-cus e a vibrante e arejada via-gem no Duck Tour pelas ruas de Londres e pelo rio Tamisa.

Passeámos pelos grandes e agradáveis espaços verdes da cidade: Green Park, Hyde Park e Regent´s Park, onde nos cru-závamos com uma diversidade enorme de fauna e flora, tendo os esquilos feito as delícias de todos.

Assistimos ao render da guarda real, de farda vermelha e altos gorros de pele de urso, a guarda da rainha marchou a

pé e a cavalo até à mais famo-sa residência londrina, o Bu-ckingham Palace.

Passeámos também pelas animadas ruas da ChinaTown, Soho e Nothing Hill e atraves-sámos a esplendorosa Tower Bridge.

Tivemos a opor tunidade de visitar al-guns museus da cidade, tais como o Museu Mada-me Tussaud’s, onde tirámos fotos com inúmeras per-s o n a l i d a d e s famosas es-culpidas em cera; o Scien-ce Museum e o Natural History Museum com fantásticas exposições inte-rativas que exploram e expli-cam as maravilhas da ciência, a geologia e biodiversidade existente na terra. Visitámos o British Museum com extra-ordinários tesouros e peças de todos os cantos do mundo, as impressionantes múmias e os sarcófagos egípcios prenderam a atenção de todos. Assistimos também a tenebrosas e trági-cas encenações de alguns epi-sódios que marcaram a história de Inglaterra no London Dun-geon.

Vivenciámos com muito en-tusiasmo os animados e únicos

mercados da Covent Garden, Candem Town e Portobello, repletos de antiguidades, arte-sanato, vestuário, alimentos e música.

A vista panorâmica sobre a cidade de Londres na cápsula

da maior roda gigante do mun-do, o London Eye, e a ilumina-ção noturna do Big Ben e do London Eye foram também mo-mentos espetaculares e ines-quecíveis da nossa viagem.

Sem esquecer os anima-dos e livres passeios para as compras nas lojas Britannia, M&Ms, Hard Rock Café e na Oxford Street, foram 5 dias em Londres vividos com muita in-tensidade e entusiasmo por to-dos os participantes, alunos e professores.

Alguns testemunhos dos alunos:

“A viagem a Londres foi a melhor que alguma vez fiz,

não só pelas pessoas que me acompanharam, como pelas coisas que visitámos. Outro ponto muito positivo da viagem foi a liberdade que os profes-sores nos deram e a confian-ça que depositaram em nós

ao nos terem permitido pas-sear e conhe-cer a cidade por nós mes-mos. Gostei de tudo o que visitei, princi-palmente do Museu Mada-me Tussaud’s e do Museu de História Natural. Achei que a viagem estava bem o r g a n i z a d a ,

tínhamos o tempo sempre ocu-pado e havia sempre muitas coisas para visitar. Correu tudo muito bem devido à colabora-ção de todos, foi uma viagem muito enriquecedora.”

João Subtil, 10º A

“Em relação à viagem a Londres... foi uma viagem in-crível! Foi possível conhecer novas pessoas e fazer novas e grandes amizades! Gostei de tudo aquilo que visitei. O que mais gostei foi de visitar o Museu Madame Tussaud’s, foi muito divertido e muito interes-sante! Gostei imenso de me-lhorar a relação com os cole-

gas e professores, e de termos conseguido andar por Londres sozinhos em pequenos grupos. Penso que, nesse aspeto, os professores foram bastante to-lerantes e depositaram imensa confiança em nós! Londres foi sem dúvida o lugar mais boni-to que já visitei, apesar do cli-ma, penso que conseguimos desfrutar da nossa viagem ao máximo! Esta visita, a meu ver, foi muito bem organizada, pois tínhamos sempre muitos locais para visitar. Gostei mesmo mui-to desta viagem!”

Sara Lopes, 10º A

“Londres, uma cidade ex-traordinária, a qual tive oportu-nidade de visitar! Companhias fantásticas, visitas fantásticas! As visitas ao London Eye, Lon-don Dungeon, Duck Tour, Ma-dame Tussaud’s e Marvel 4D foram as minhas preferidas. Apesar de não apreciar futebol, adorei ir ao estádio do Chel-sea. No geral, foi uma viagem super divertida, simplesmente espetacular.”

Alexandra Sousa, 10º B

“Londres é uma cidade grande e lindíssima, adorei tudo o que vimos e todos os lu-gares que visitámos.”

Rafaela Boita, 10º E

Prof.Carla Dias

prOJetO CONHeCer a eurOpa

visita a lONDres

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16 ESCOLA VIVA

No dia 7 de abril, no Centro Cultural Gonçalves Sa-pinho, a comunidade beneditense assistiu a mais um

lançamento do Prémio de Escrita Gonçalves Sapinho.Este projeto, surge sob a forma de concurso de

escrita. Os alunos e professores de todos os níveis de ensino podem concorrem com um texto inédito, re-velando o seu talento para observar o mundo e es-crever sensivelmente sobre ele. Cada vez com mais concorrentes, o Prémio de Escrita une, numa cerimó-nia intergeracional, os talentos da vila. É francamente enriquecedor o convívio, o reconhecimento, a alegria entre os diferentes concorrentes.

No sentido de otimizar o projeto, esta edição tor-nou-se mais inclusiva, pois foram criados dois novos escalões, o dos ex-alunos do Externato e o dos alu-nos com necessidades educativas especiais. É um

projeto inclusivo também, na medida em que reuniu duas artes, a escrita e a ilustração, ou seja, contou com a participação dos alunos de Artes Visuais do 11.º ano. Estes alunos, com a arte da ilustração, embele-zaram exponencialmente toda a obra.

O projeto pretende homenagear um dos grandes impulsionadores do conhecimento na vila da Benedita, o Dr. Gonçalves Sapinho, e promover a leitura e a es-crita na comunidade. O público que tiver curiosidade em folhear e interesse em adquirir o livro que reune os textos premiados, Metrópoles Sonhadas, pode fazê-lo na Biblioteca do Externato.

Profª Paula Cristina Ferreira

Duas artes Numa Obra sÓa esCrita e a ilustraçãO

Entre os dias 6 e 9 de abril, um grupo de alunos de Francês do 10º ano viajou para Paris, acompanhado pelas professo-ras que lecionam a disciplina: Dra. Salomé Lopes e Dra. Tere-sa Aivado.

O primeiro local que foi alvo da nossa visita foi a Basílica do Sacré-Coeur, com uma tonali-dade branca que nos transmitiu imediatamente uma tranquili-dade inexplicável e uma sensa-ção de paz.

Seguidamente, passeámos pelas ruas do bairro de Mont-martre, que nos impressiona-ram com os inúmeros artistas que lá estavam a desenhar re-tratos e caricaturas, principal-mente na Place du Tertre. É, sem dúvida, um dos locais em que a veia artística parisiense é mais visível. Ao descermos para a Place Blanche, passá-mos pelo Café Deux Moulins, local onde decorreram muitas das cenas de um dos filmes franceses mais premiados, “Le Fabuleux Destin d’ Amélie Pou-lain”. De seguida, passámos pelo Moulin Rouge, um dos palcos do cabaré tradicional francês. Para terminar o dia em grande, jantámos no Hard Rock Café Paris, onde toda a gente fez questão de comprar a famo-sa sweat do estabelecimento.

No dia seguinte, visitámos o símbolo mais proeminente de Paris – a Tour Eiffel. Ficámos

fascinados com a grandiosida-de da sua arquitetura e com o facto de um “monte de ferro” se poder tornar tão belo aos nos-sos olhos. Subimos até ao segundo andar, de onde tínhamos uma vista panorâmica da cidade inteira. Ficá-mos arrebatados com aquela vista inesque-cível.

No meio de toda aquela paisagem, ha-via um edifício cuja história nos intrigou bastante - a Tour de Montparnasse, um ar-ranha-céus cuja cons-trução foi limitada, pois nenhum edifício pode ser tão ou mais alto do que a Tour Ei-ffel.

De modo a conhe-cermos de perto todas as obras de arte das quais ouvimos falar na escola, visitámos o Musée d’Orsay, que nos cativou ime-diatamente à entrada. A anti-ga gare de comboios, onde se passou o filme “Hugo”, é dota-da de uma exuberância única, possuindo relógios grandes, com uma arquitetura complexa. O Impressionismo foi um dos estilos de pintura que mais nos chamou a atenção. O autorre-trato de Van Gogh foi o quadro que mais nos fascinou pela sua

componente científica escondi-da.

Também visitámos o Mu-sée du Louvre, que se destaca

pela sua arquitetura. Ficámos deslumbrados com a mistura do antigo que é o palácio onde está situado o museu, com a modernidade que representam as pirâmides de vidro que es-tão à sua entrada. Infelizmen-te, não conseguimos ver muitas obras, devido à dimensão do museu. Por isso, focámo-nos em alguns ex-libris: a Vitória de Samotrácia, a Vénus de Milo, o quadro La Liberté guidant le

peuple, de Delacroix, e o qua-dro da Mona Lisa (Gioconda). Confesso a nossa desilusão perante a dimensão do quadro

de Leonardo da Vinci, visto que todos espe-rávamos algo maior e mais fascinante.

Visitámos ainda a Cathédrale de Notre-Dame de Paris, com um estilo gótico mui-to característico e um pouco assustador, onde eram visíveis as gárgulas. Por den-tro, destacavam-se os complexos e coloridos vitrais e uma decora-ção solene e magnifi-cente.

Para conhecermos melhor a cidade, via-jámos num autocar-ro panorâmico pelos boulevards de Paris, enquanto um áudio-guia nos ia elucidando

relativamente aos sumptuosos monumentos e edifícios que nos rodeavam. Passámos pelo Grand Palace, pelo Petit Pa-lace, pelo Hôtel des Invalides, pelo Quartier Latin, pelos bair-ros mais intelectuais da cidade, onde se situa a universidade francesa mais antiga, a Sor-bonne.

Por fim, descemos na Pla-ce de la Concorde, onde havia uma Roda Gigante alusiva ao

Euro 2016 e um obelisco. Su-bimos os Champs Elysées de autocarro e fomos visitar o Arc du Triomphe. Depois de tentar-mos, sem sucesso, ler todos os nomes nele gravados, desce-mos os Champs Elysées des-lumbrados com o luxo das lojas com as quais nos deparámos.

No último dia, passeámos mais um pouco pelas avenidas de Paris. Conhecemos a Place Vendôme, a Opéra Garnier, a Madeleine e visitámos as Ga-leries Lafayette, onde estão concentradas muitas lojas de marcas muito caras, pelo que acabámos por não comprar nada. Ainda houve tempo para comprar os famosos macarons e éclairs.

Para além de ter contribuído para a nossa cultura e desen-volvimento linguístico, esta via-gem de sonho contribuiu para o nosso crescimento como seres humanos ao convivermos com pessoas diferente de nós. No final, ficámos completamen-te encantados com esta bela cidade que é Paris e com um desejo ardente de lá voltar em breve.

Ce n’est pas un adieu, c’est un au revoir, Paris!

Adriana Raileanu, 10ºC

viaGem a parisaluNOs De fraNCÊs DO seCuNDáriO

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ESCOLA VIVA 17

No dia 15 de março, 31 alunos do ECB, com os alunos de EMRC da Escola EB2 da Benedi-ta, participaram na XVIII edição do Interescolas dos alunos dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico da diocese de Lisboa, organizado pelo Secreta-riado Diocesano do Ensino Religioso (SDER).

O Centro Pastoral Paulo VI encheu-se de festa, luz e cor, sob o lema “Felizes os Miseri-cordiosos!”. Em Fátima viveu-se um ambiente de partilha e reflexão. A criatividade e a origina-lidade das mascotes e das coreografias favore-ceram a tomada de consciência da importância da vida assente na Misericórdia. Foram perto de

dois mil alunos que, durante o dia, (re)descobri-ram o sentido da felicidade que dela brota.

Para lá da festa e da partilha das vivências relacionadas com o tema, cada encontro pro-cura ser uma oportunidade para reforçar os la-ços da grande família dos alunos de EMRC. Os alunos tiveram também oportunidade de visitar o Santuário e alguns cumpriram as suas pro-messas. Sendo este o ano do Jubileu da Mise-ricórdia, tivemos a oportunidade de passar pela porta Santa da Basílica da Santíssima Trindade. No próximo ano voltaremos ao XIX Interescolas de EMRC.

Foi com enorme alegria e satisfação que, nos dias 31 de março e 1 de abril, realizámos a II Peregrinação a Fátima a Pé, dos alunos de Educação Moral e

Religiosa Católica. Participaram 6 alu-nos de EMRC dos 11º e 12º anos.

A professora Isabel Rosa levou o carro de apoio e o professor Sérgio

Costa acompanhou os alunos na expe-riência de caminhada até ao Santuário. Durante o percurso tivemos o acompa-nhamento de duas jurisdições da Guar-da Nacional Republicana (Benedita e Alcobaça), às quais agradecemos a dis-ponibilidade para nos acompanhar.

Partimos do Externato Cooperativo da Benedita por volta das 10:30 horas, do dia 31, fomos à capela do Centro Pa-roquial entregar nos braços de Nossa Senhora da Encarnação a nossa pere-grinação, o diácono Miguel deu-nos a Bênção e iniciámos a nossa caminhada, chegando pelas 21:30h ao Santuário, onde fomos agradecer a Nossa Senho-ra de Fátima a nossa caminhada, bem como este ano letivo e todas as graças

que recebemos. Os alunos dormiram na casa das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres.

No dia 1 de abril os alunos do ECB juntaram-se aos 100 alunos da Escola Secundária de Peniche. Partilhámos as experiências da caminhada a pé, par-ticipámos na Eucaristia dos alunos de Peniche e almoçámos com eles. Após o almoço, os alunos participaram na atividades programadas para a tarde e, por volta das 17 horas, regressámos a casa.

A experiência foi vivida intensamen-te, superou as nossas melhores expeta-tivas, deixando em todos o desejo de a repetir no próximo ano letivo.

Pela terceira vez, entre os dias 15 e 17 de abril, 12 alunos de EMRC participaram nas ati-vidades de voluntariado da Casa de Saúde da Idanha, das irmãs de São João de Deus, co-locando em prática uma das obras da miseri-córdia, visitar os que estão doentes. Aos mais frágeis, e muitas vezes rejeitados pela socieda-de, àqueles que fazem a experiência da doença mental, e muitas vezes esquecidos pela família, levaram o amor e a alegria. Para os alunos foi uma experiência enriquecedora e inesquecível e querem repeti-la.

Os professores de EMRC

aluNOs De eDuCaçãO mOral e reliGiOsa CatÓliCa

Xviii eDiçãO DO iNteresCOlas

ii pereGriNaçãO a fátima a pÉ emrC

fim De semaNa HOspitaleirO

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OLHAR CIRCUNDANTE18

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MENTE SÃ EM CORPO SÃO 19

up eCbIntegrada no âmbito da Semana Cultural, reali-

zou-se, no dia 10 de abril de 2016, mais uma edi-ção do “UP ECB”, atividade organizada pelo Grupo de Educação Física e dinamizada pelas diversas instituições recreativas, culturais e desportivas da Benedita.

Este evento decorreu nas instalações gimno-desportivas do ECB e teve como objetivo principal dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelas ins-tituições que, neste dia, divulgam as suas ativida-des, em interação com a comunidade em geral.

Foram muitas as famílias que se deslocaram ao pavilhão para participar nas diversas atividades propostas e, apesar do dia chuvoso e incerto, o evento contou com centenas de participantes de todas as idades.

Professora Estela André

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DespOrtO esCOlarreGiONal De ruGbyRealizou-se em Lisboa no passado dia 4 de maio o encontro regional de Rugby.O ECB esteve muito bem representado pe-las suas equipas de Iniciados e Juvenis.

atletismOA equipa de Atletismo, constituída pelas alunas Carina Silva e Andreia Nunes foram apuradas e representaram o ECB na fase regional, realizada no dia 29 de abril em Lis-boa.

reGiONal De bOCCiaO aluno Tiago Baptista representou muito bem o ECB nos regionais de Boccia realiza-dos em Lisboa no passado dia 29 de abril.

XaDrezO ECB, em cooperação com a Federação Portuguesa de Xadrez, organizou no pas-sado dia 9 de abril o Campeonato Nacional Jovem de Xadrez.

futsal femiNiNOA equipa de Futsal Feminino do ECB reali-zou no passado dia 4 de maio, em Fazendas de Almeirim, o seu primeiro jogo de acesso à fase regional.

patiNaGemAs alunas Laura, Mariana e Inês represen-taram o ECB no Campeonato Regional de Patinagem, em S. Domingos de Rana.

O empenho e a dedicação dos alunos do Curso de Artes Visuais, do 10º, 11º e 12º ano, deram brilho, luz e cor à Se-mana Cultural no Externato Cooperativo da Benedita. A mostra das obras reali-zadas ao longo do ano letivo permitiu a realização de uma Exposição em que a criatividade foi destaque.

A excelente qualidade dos trabalhos mereceu o convite da Senhora Vereado-ra dos Pelouros da Educação e Cultura, da Câmara Municipal de Alcobaça, Dou-tora Inês Silva, para que fossem expos-tos no Cineteatro João D`Oliva Montei-ro. A exposição foi inaugurada em 11 de

maio e encontra-se aberta ao público. Outras obras dos mesmos alu-

nos vão estar também expostas na DGEstE, na Avenida 5 de outubro, em Lisboa, a partir do dia 1 de junho, até ao dia 30 do referido mês. Esta exposição realiza-se na sequência de um Concur-so, promovido pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares que consi-derou que os trabalhos dos alunos de Ar-tes, do Externato Cooperativo da Bene-dita mereciam ser vistos por um público mais vasto.

O Grupo de Artes Visuais

as artes DO eCb eXpOsiçãO NO miNistÉriO Da eDuCaçãO

PatinagemFutsal Feminino

Regional de Boccia Campeonato Nacional Jovem de Xadrez

AtletismoRegional de Rugby