Diretriz de tratamento com radioterapia de intensidade modulada (IMRT… · 2017. 10. 17. · A...

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  • SUMÁRIO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA: ......................................................................... 4 DÚVIDAS CLÍNICAS: ...................................................................................................... 5 GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA: ............................................ 5 OBJETIVO ....................................................................................................................... 6 CONFLITO DE INTERESSE ........................................................................................... 6 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7 REFERENCIAS ............................................................................................................. 21 ANEXO I ........................................................................................................................ 26

  • CÂNCER DE MAMA - TRATAMENTO COM RADIOTERAPIA DE INTENSIDADE MODULADA (IMRT)

    Autoria: Sociedade Brasileira de Radioterapia

    Participantes: Hanna SA, Marta GN, Gadia R.

    Elaboração final: 27 de fevereiro de 2014.

  • MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA: Esta diretriz seguiu padrão de uma revisão sistemática com recuperação de evidências baseada no movimento da Medicina Baseada em Evidências (Evidence-Based Medicine), em que a experiência clínica é integrada com a capacidade de analisar criticamente e aplicar de forma racional a informação científica, melhorando assim a qualidade da assistência médica. Utilizamos a forma estruturada de formular a pergunta sintetizada pelo acrônimo P.I.C.O., onde o P corresponde ao paciente portadores de câncer primário de mama, I de intervenção tratamento com radioterapia, C de comparação com radioterapia convencional e O de desfecho de segurança, a toxicidade e a efetividade. Através da elaboração de questões clínicas relevantes e relacionadas com a temática proposta, a partir da pergunta estruturada identificamos os descritores que constituíram a base da busca da evidência nas bases de dados: Medline - Pubmed; Embase - Elsevier; Lilacs - Bireme; Cochrane Library. Foram selecionados 18 estudos para responder às dúvidas clínicas (Anexo I).

  • DÚVIDAS CLÍNICAS: 1- Há superioridade na distribuição de dose na irradiação da mama com radioterapia de intensidade modulada (IMRT) em relação à radioterapia convencional e conformada? 2- Há menor toxicidade no emprego da radioterapia com intensidade modulada (IMRT) em relação à radioterapia convencional ou conformada para tumores primários de mama? 3- Há impacto em qualidade de vida que justifique a utilização da radioterapia com intensidade modulada (IMRT) quando comparado à radioterapia conformada e convencional? 4- Há diferença de efetividade, controle local ou sobrevida global entre as técnicas de intensidade modulada (IMRT), radioterapia conformada e radioterapia convencional?

    GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA: A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência C: Relatos de casos (estudos não controlados)

  • D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.

    OBJETIVO Avaliar a técnica de radioterapia mais adequada para o tratamento dos pacientes com tumores primários de mama.

    CONFLITO DE INTERESSE Nenhum conflito de interesse declarado

  • INTRODUÇÃO

    O câncer de mama é a neoplasia maligna mais frequente (sem considerar

    tumores de pele não melanoma) e a principal causa de morte por câncer em mulheres1.

    De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer, no Brasil, para o ano de 2012,

    estimou-se 52.680 casos novos, o que corresponde a um risco estimado de 52 novos

    casos por 100.000 mulheres2.

    A mastectomia radical proposta por Halsted em 1894 foi o tratamento padrão

    para o câncer de mama independentemente de qualquer fator associado. Entretanto,

    nos últimos 50 anos, observou-se uma mudança na abordagem cirúrgica empregada,

    seguindo a tendência da conservação da mama, sem, contudo, deixar de oferecer

    segurança oncológica. Dentro desse racional, a adjuvância com radioterapia (RT) é

  • fundamental na abordagem de todas as pacientes com tumores in situ e invasivo inicial,

    submetidas à cirurgia conservadora e também naquelas que apresentam doença

    localmente avançada (tumor > 5 cm, mais de três linfonodos acometidos, entre outros).

    Do ponto de vista das técnicas de RT existentes, o planejamento convencional

    (2D) é realizado baseando-se em duas dimensões (uso de imagens planares como o

    raio-X) com o cálculo de distribuição de dose feito em um único plano (contorno) da

    paciente. Não se considera todo o volume irradiado, ou seja, a variação de dose fora

    deste contorno é ignorada (não há mensuração volumétrica exata da distribuição de

    dose). As combinações dos feixes de irradiação são simples e existe a necessidade de

    grande abrangência de margens a fim de se garantir cobertura completa do volume

    alvo de tratamento. Desta forma, estruturas críticas (órgãos de risco) são

    frequentemente incluídas no campo de tratamento, o que colabora sobremaneira para

    o aumento de toxicidade.

  • No final da década de 80, com o aprimoramento dos hardwares e dos sistemas

    de planejamento, foi possível a disponibilização de ferramentas capazes de auxiliar na

    avaliação de tratamentos que passaram ser totalmente tridimensionais (técnica

    conformada - 3D). Na RT 3D da mama, a distribuição de dose é calculada em todo o

    volume irradiado, com correções de inomogeneidade, considerando o contorno torácico

    da paciente em seus diferentes níveis. As medidas de volume de coração e pulmão que

    são irradiados pelas entradas de campo são conhecidas pelo cálculo dos histogramas

    de dose-volume. Esta é uma importante arma, pois auxilia na avaliação de quão

    homogêneo está o planejamento e mensura o quanto de dose cada órgão receberá

    durante todas as aplicações. Em última análise, é a ferramenta que se utiliza para

    definir se um tratamento é proibitivo pela chance alta de efeitos colaterais, ou se

    aceitável, pelo maior efeito poupador dos órgãos de risco.

  • Conforme já mencionado, a RT 3D é capaz de oferecer melhor distribuição de

    dose prescrita num volume-alvo. Entretanto, a deposição de dose nos tecidos com

    técnica 3D é praticamente a mesma da RT 2D. Assim, dentro da área terapêutica, a

    intensidade de radiação é a mesma dentro de cada feixe de tratamento, ou seja, a dose

    é uniformemente entregue no tumor e nos tecidos normais incluídos no alvo de

    tratamento.

    Com o intuito de aperfeiçoar a intensidade dos feixes não uniformes,

    desenvolveu-se a técnica da RT com a modulação da intensidade de feixe (IMRT).

    Para isso, utiliza-se um planejamento inverso que consiste na definição prévia dos

    órgãos de risco e dos volumes-alvo e quanto que cada estrutura deve receber de dose.

    Como desfecho se tem uma deposição de dose não uniforme dentro da área de

    tratamento que é alcançada com a segmentação dos campos em diversos sub-

    campos. Para o caso do câncer de mama, onde a incidência dos feixes de tratamento é

  • disposta de maneira tangencial à parede torácica, os feixes convencionais acabam

    gerando distribuições de dose não homogêneas na mama, sobretudo nas regiões de

    menor espessura. Sendo assim, o local tratado carece de homogeneização da dose e,

    a IMRT, que normalmente permite ‘deposição não uniforme’ da dose no alvo tratado,

    vem a oferecer justamente o contrário: a homogeneização da dose na mama.

    Importante ressaltar que, na prática, para o tratamento do câncer de mama com

    radioterapia, a denominação de IMRT engloba o uso de duas estratégias distintas:

    1 – o uso do planejamento inverso, conforme supracitado;

    2 – o uso do sistema de planejamento computadorizado, que é capaz de avaliar a

    distribuição de dose em todo o volume. Através da visualização das regiões de alta

    dosagem, a segmentação dos campos é realizada manualmente com blocos de

  • colimação ou colimadores de multifolhas, resultando em uma distribuição de dose mais

    homogênea (não há necessidade de utilizar planejamento inverso).

    EXTRAÇÃO DOS RESULTADOS

    1- Há superioridade na distribuição de dose na irradiação da mama com radioterapia de intensidade modulada (IMRT) em relação à radioterapia convencional e conformada?

    A IMRT é a modalidade que apresenta a melhor cobertura de dose no alvo de

    tratamento (mama) quando comparada com as técnicas conformada e

    convencional3,4(B).

  • Além disso, a IMRT reduz significativamente as doses nos órgãos em risco. A

    diminuição da dose em mama contralateral pode ser de até 50%, o que pode reduzir a

    probabilidade de câncer de mama radioinduzido especialmente em mulheres

    jovens3,4(B).. O mesmo foi observado em relação a outras estruturas como coração e pulmões (ipsilateral e contralateral) o que pode estar associado a uma redução do risco

    de pneumopatia e cardiopatia crônica 7-14(B). Esse benefício foi também demonstrado nas pacientes submetidas à mastectomia e radioterapia adjuvante de plastrão3(B).

    Recomendação:

    A radioterapia de intensidade modulada (IMRT) é a modalidade que apresenta

    superioridade na distribuição de dose na irradiação da mama.

  • 2- Há menor toxicidade no emprego da radioterapia com intensidade modulada (IMRT) em relação à radioterapia convencional ou conformada para tumores primários de mama?

    A toxicidade relacionada com a radioterapia pode ser dividida temporalmente em

    duas sub-categorias: agudas e tardias.

    Ao comparar o IMRT com a radioterapia convencional ou conformada da mama,

    dois estudos tiveram como principal desfecho a toxicidade aguda:

    1. Um estudo de fase III multicêntrico com 358 pacientes mostrou que as

    taxas de descamação úmida durante a radioterapia, assim como em até

    seis semanas após o tratamento foram 31,2% com IMRT e 47,8% com

    radioterapia convencional ou conformada (p=0,002)15(A).

  • 2. Um estudo inglês recentemente publicado com cinco anos de

    acompanhamento mediano de 1145 pacientes tratadas, mostrou que o

    uso da IMRT reduziu os índices de telangiectasia (OR 0,58, IC 95% 0,36

    – 0,92, p=0,021)3(B)16(A).

    Com relação à toxicidade tardia, é necessário um tempo de acompanhamento

    das pacientes de pelo menos cinco anos. Algumas séries institucionais reportam um

    baixo índice de toxicidade tardia relacionada ao tratamento irradiante: estudo com 7,5

    anos de seguimento mediano reporta índices de toxicidade cutânea tardia grau II ou

    maior de 39% vs. 52% (p=0,004) com IMRT e radioterapia convencional,

    respectivamente17(D). As taxas de pneumonite, linfedema e de segunda neoplasia dentro do tempo de acompanhamento não foram estatisticamente diferentes entre os

    dois grupos 17(D). Um estudo semelhante mostrou, em 4,7 anos de seguimento

  • mediano, que o uso da IMRT reduziu os índices de toxicidades tanto agudas como

    tardias, sendo que as taxas de edema mamário tardio grau II ou maior, de 6% versus

    1% (p=0,009) 18(B). Para as pacientes com mamas volumosas (volume > 1600cm3) os ganhos da IMRT foram mais expressivos: edema mamário crônico (3% vs. 30%,

    p=0,007) e hiperpigmentação (3% vs. 41%, p=0,001)18(B).

    Recomendação:

    Há menor toxicidade aguda no emprego da radioterapia com intensidade modulada

    (IMRT) em relação à radioterapia convencional ou conformada para tumores primários

    de mama, principalmente na taxa de descamação úmida durante a radioterapia. A

    toxicidade cutânea tardia é menos prevalente com IMRT, com menor incidência para

    edema mamário crônico, hiperpigmentação, e telangiectasia. Esses ganhos são vistos

    também em mamas volumosas tratadas com a técnica.

  • 3- Há impacto em qualidade de vida que justifique a utilização da radioterapia com intensidade modulada (IMRT) quando comparado à radioterapia conformada e convencional?

    A qualidade de vida é um desfecho de quantificação complexa e com várias

    incertezas, partindo da dificuldade de sua definição, e passando pela subjetividade de

    sua mensuração. Para o caso do tratamento do câncer de mama, a qualidade de vida

    foi avaliada em estudos utilizando-se de ferramentas específicas como questionários;

    ou através da avaliação cosmética das pacientes, intrinsicamente relacionada com a

    qualidade de vida e satisfação individual.

    Com relação à cosmese, esse desfecho foi avaliado em dois estudos

    aleatorizados como o desfecho principal em função do uso de IMRT.

  • 1. 306 mulheres fizeram a avaliação cosmética através de fotografias

    seriadas ao 1º, 2º, e 5º anos de acompanhamento. A taxa de mudança da

    aparência da mama foi de 58% vs. 40% (p=0,008) para radioterapia

    convencional e IMRT, respectivamente4(B).

    2. Ilustrou uma redução do risco de piora da cosmese pela escala do RTOG

    em função do uso de IMRT de 68% (OR=0,68; IC 95%, 0,48 to 0,96;

    p=0,027) 3(B)16(A).

    A avaliação de qualidade de vida diretamente através dos escores ou

    questionários foi feita no estudo, que avaliou as pacientes com dois questionários: o

    “EORTC Quality of Life Questionnaire C-30 general module” e o “BR-23 module self-

    assessment”. Durante o acompanhamento das pacientes, houve uma correlação

    significativa dos dois escores de qualidade de vida medidos com a presença de dor

    mamária e de radiodermite15(A).

  • Recomendação:

    A utilização da radioterapia com intensidade modulada (IMRT) reduz o risco da piora da

    cosmese. Para outros desfechos relacionados à qualidade de vida não há

    comprovações.

    4- Há diferença de efetividade, controle local ou sobrevida global entre as técnicas de intensidade modulada (IMRT), radioterapia conformada e radioterapia convencional?

    Em três estudos randomizados fase III que compararam a RT convencional ou conformada com a IMRT, efetividade, controle local ou sobrevida global não foram os

    principais desfechos avaliados, pois essa hipótese não foi feita, já que as doses

    prescritas e os volumes irradiados foram os mesmos, independente da técnica

  • escolhida. Em um destes estudos, após cinco anos de seguimento mediano, a taxa de

    controle local no grupo de mulheres tratadas com IMRT e RT convencional em cinco

    anos foi de 98,6% e 97,4%, respectivamente (p=0.36) e a sobrevida global em cinco

    anos foi de 92,5% e 91,7%, respectivamente (p=0.88)16(A).

    Recomendação:

    A IMRT quando comparada com as técnicas de radioterapia convencional ou

    conformada da mama apresenta benefícios dosimétricos, de toxicidade e qualidade de

    vida não prejudicando o controle local e sobrevida global das pacientes.

  • REFERENCIAS

    1. Parkin DM, Bray F, Ferlay J, Pisani P. Global cancer statistics, 2002. CA Cancer J Clin 2005; 55:74.

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    3. Barnett GC, Wilkinson J, Moody AM, Wilson CB, Sharma R, Klager S, Hoole ACF, Twyman N, Burnet NG, Coles CE. A randomised controlled trial of forward-planned radiotherapy (IMRT) for early breast cancer: Baseline characteristics and dosimetry results. Radiother Oncol 2009;92:34–41.

    4. Donovan E, Bleakley N, Denholm E, et al. Randomised trial of standard 2D radiotherapy (RT) versus intensity modulated radiotherapy (IMRT) in patients prescribed breast radiotherapy. Radiother Oncol 2007;82:254–64.

    http://www.inca.gov.br/estimativa/2012/index.asp?ID=5

  • 5. Burmeister J, Alvarado N, Way S, McDermott P, Bossenberger T, Jaenisch H, Patel R, Washington T. Assessment and minimization of contralateral breast dose for conventional and intensity modulated breastradiotherapy.Med Dosim 2008;33:6-13.

    6. Bhatnagar AK, Brandner E, Sonnik D, Wu A, Kalnicki S, Deutsch M, Heron DE. Intensity modulated radiation therapy (IMRT) reduces the dose to the contralateral breastwhen compared to conventional tangential fields for primary breast irradiation. Breast Cancer Res Treat 2006;96:41-6.

    7. Landau D, Adams EJ, Webb S, Ross G. Cardiac avoidance in breast radiotherapy:a comparison of simple shielding techniques with intensity-modulatedradiotherapy. Radiother Oncol 2001;60:247-55.

    8. Johansen S, Cozzi L, Olsen DR. A planning comparison of dose patterns in organs at risk and predicted risk for radiation induced malignancy inthe contralateral breast following radiation therapy of primary breast using conventional, IMRT and volumetric modulated arc treatment techniques. Acta Oncol. 2009;48:495-503.

  • 9. Stillie AL, Kron T, Herschtal A, Hornby C, Cramb J, Sullivan K, Chua B. Does inverse-planned intensity-modulated radiation therapy have a role in the treatment of patients with left-sidedbreast cancer? J Med Imaging Radiat Oncol 2011;55:311-9.

    10. Ercan T, Idem S, Alço G, Zengin F, Atilla S, Dinçer M, Okkan S. Dosimetric comparison of field in field intensity-modulated radiotherapy technique with conformal radiotherapy techniques in breast cancer. Jpn J Radiol 2010;28:283-9.

    11. Fong A, Bromley R, Beat M, Vien D, Dineley J, Morgan G. Dosimetric comparison of intensity modulated radiotherapy techniques and standard wedged tangents for whole breast radiotherapy. J Med Imaging Radiat Oncol 2009;53:92-9.

    12. Schubert LK, Gondi V, Sengbusch E, Westerly DC, Soisson ET, Paliwal BR, Mackie TR, Mehta MP, Patel RR, Tomé WA, Cannon GM. Dosimetric comparison of leftsided whole breast irradiation with 3DCRT, forward planned IMRT, inverse-plannedIMRT, helical tomotherapy, and topotherapy. Radiother Oncol 2011;100:241-6.

  • 13. Baycan D, Karacetin D, Balkanay AY, Barut Y. Field-in-field IMRT versus 3D-CRT of the breast. Cardiac vessels, ipsilateral lung, and contralateral breast absorbed doses in patients with left-sided lumpectomy: a dosimetric comparison. Jpn J Radiol 2012;30:819-23.

    14. Coon AB, Dickler A, Kirk MC, Liao Y, Shah AP, Strauss JB, Chen S, Turian J, Griem KL. Tomotherapy and multifield intensity-modulated radiotherapy planning reduce cardiac doses in left sided breastcancer patients with unfavorable cardiac anatomy. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2010;78:104-10.

    15. Pignol JP, Olivotto I, Rakovitch E, et al. A multicenter randomized trial of breast intensity-modulated radiation therapy to reduce acute radiation dermatitis. J Clin Oncol 2008;26:2085–92.

    16. Mukesh MB, Barnett GC, Wilkinson JS, Moody AM, Wilson C, Dorling L, Chan Wah Hak C, Qian W, Twyman N, Burnet NG, Wishart GC, Coles CE. Randomized Controlled Trial of Intensity-Modulated Radiotherapy for Early Breast Cancer: 5-Year Results Confirm Superior Overall Cosmesis. J Clin Oncol. 2013 Sep 16. [Epub ahead of print]

  • 17. Mcdonald MW, Godette KD, Butker EK, Davis LW, Johnstone PAS. Long-Term Outcomes of IMRT for Breast Cancer: A Single-Institution Cohort Analysis. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2008; 72:1031–1040.

    18. Harsolia A, Kestin L, Grills I, Wallace M, Jolly S, Jones C, Lala M, Martinez A, Schell S, Vicini FA. Intensity-Modulated Radiotherapy Results in Significant Decrease in Clinical Toxicities Compared with Conventional Wedge-Based Breast Radiotherapy. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2007;68:1375–1380.

    19. Jadad AR, Moore RA, Carroll D, Jenkinson C, Reynolds DJ, Gavaghan DJ, et al. Assessing the quality of reports of randomized clinical trials: is blinding necessary? Control Clin Trials 1996; 17:1-12. PMID: 2513979

    20. Levels of Evidence and Grades of Recommendations - Oxford Centre for Evidence Based Medicine. Disponıv́el em URL: http://cebm.jr2.ox.ac.uk/docs/ old_levels.Htm

    http://cebm.jr2.ox.ac.uk/docs/

  • ANEXO I 1. Pergunta Estruturada

    P – portadores de câncer de mama primário

    I – tratamento com radioterapia

    C –

    O – segurança, a toxicidade e a efetividade das técnicas de radioterapia

  • 2. Estratégia de Busca de Evidência

    2.1. PubMed-Medline (22/07/2013)

    (Breast Neoplasms [Mesh] OR Breast Neoplasm OR Neoplasm, Breast OR Neoplasms, Breast OR Tumors, Breast OR Breast Tumors OR Breast Tumor OR Tumor, Breast OR Mammary Carcinoma, Human OR Carcinoma, Human Mammary OR Carcinomas, Human Mammary OR Human Mammary Carcinomas OR Mammary Carcinomas, Human OR Human Mammary Carcinoma OR Mammary Neoplasms, Human OR Human Mammary Neoplasm OR Human Mammary Neoplasms OR Neoplasm, Human Mammary OR Neoplasms, Human Mammary OR Mammary Neoplasm, Human OR Breast Cancer OR Cancer, Breast OR Cancer of the Breast OR Cancer of Breast) AND (Radiotherapy, Intensity-Modulated [Mesh] OR Intensity-Modulated Radiotherapies OR Intensity-Modulated Radiotherapy OR Radiotherapies, Intensity-Modulated OR Radiotherapy, Intensity Modulated OR IMRT OR Volumetric-Modulated Arc Therapy OR Arc Therapies, Volumetric-Modulated OR Arc Therapy, Volumetric-Modulated OR Therapies, Volumetric-Modulated Arc OR Therapy, Volumetric-Modulated Arc OR Volumetric Modulated Arc Therapy OR Volumetric-Modulated Arc Therapies OR

  • Intensity-Modulated Arc Therapy OR Arc Therapies, Intensity-Modulated OR Arc Therapy, Intensity-Modulated OR Intensity Modulated Arc Therapy OR Intensity-Modulated Arc Therapies OR Therapies, Intensity-Modulated Arc OR Therapy, Intensity-Modulated Arc OR Helical Tomotherapy OR Helical Tomotherapies OR Tomotherapies, Helical OR Tomotherapy, Helical) AND (Radiotherapy, Conformal [Mesh] OR Conformal Radiotherapies OR Radiotherapies, Conformal OR Conformal Radiotherapy OR Radiotherapy Planning, Computer-Assisted OR Radiotherapy Dosage OR Radiotherapy Planning, Computer-Assisted OR "3D radiotherapy" OR "tridimensional radiotherapy" OR "3D RT" OR "3DRT" OR "3DCRT" OR "CRT" OR "3D-CRT") OR (Conventional radiotherapy OR "2D radiotherapy" OR "2D RT" OR "2DRT" OR "2D-CRT OR "standard radiotherapy" OR "two-dimensional radiotherapy")

  • 3. Seleção dos estudos

    Inicialmente selecionados pelo título, sequencialmente pelo resumo, e por fim através

    de seu texto completo, sendo este último submetido a avaliação crítica e extração dos

    resultados relativos aos desfechos.

    A população estudada foi composta por pacientes do sexo feminino, de todas as

    idades, portadores de câncer primário de mama tratadas com radioterapia de toda a

    mama, independente do tipo histológico, do estadiamento, do contexto de tratamento

    (radical, adjuvante ou paliativo) e da presença de comorbidades.

  • 3.1. Idioma

    Foram incluídos estudos disponíveis na língua portuguesa, espanhola ou inglesa.

    3.2. Segundo a publicação

    Somente os trabalhos cujos textos completos se encontravam disponíveis foram

    considerados para avaliação crítica.

    3.3. Avaliação crítica e força da evidência

    Os artigos foram selecionados a partir da avaliação crítica utilizando os instrumentos

    (escores) propostos por Jadad20 e Oxford21; foram usadas as referências com maior

    grau de evidência.

  • Os artigos foram selecionados a partir de avaliação crítica para busca principalmente

    de ensaios clínicos aleatorizados de fase III.

    4. Extração dos resultados e recomendação

    As recomendações foram elaboradas a partir de discussão com o grupo elaborador

    composto por três membros da Sociedade Brasileira de Radioterapia. A diretriz foi

    revisada por um grupo especializado.

    MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA:DÚVIDAS CLÍNICAS:GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA:OBJETIVOCONFLITO DE INTERESSEINTRODUÇÃOREFERENCIASANEXO I