Diretrizes de Projeto de Revestimento de Fachadas com ... · No recebimento dos materiais....

Estruturas de Concreto e Revestimentos de Argamassa 129

Elaboração

Diretrizes de Projeto de Revestimento de Fachadas com Argamassa

7. Inspeção e Controle


• o fornecedor dos materiais deve atender ao seguinte:– Argamassa mista preparada em obra: o laboratorista contratado

pela construtora, em conjunto com o projetista, devem informar quais os controles que os fornecedores de insumos devem apresentar e/ou aqueles que serão realizados na obra.

– Argamassa Industrializada, o fabricante deverá apresentar os laudos dos seus controles, no mínimo:

• Determinação da retenção de água (NBR 13.277)• Determinação da densidade de massa e do teor de ar incorporado

(NBR 13.278)• Determinação da resistência à compressão (NBR 13.279/95);


No recebimento dos materiais


• Conferência da documentação (NF) antes da descarga, observando os seguintes itens:

– Identificação do produto– Quantidade do material (nº sacos, kg/saco ou m³)– Dados da obra– Data da emissão da nota fiscal




• Inspeção da carga e ensaios prévios :

– Conferir o volume da carga e a uniformidade de fornecimento dos insumos em relação a outros fornecimentos (granel);

– Verificar as embalagens (sacos), através de inspeção visual (furos, rasgos, umidade, etc.)





No recebimento dos materiais• Uniformidade entre os fornecimentos de areia à

granel


Inspeção de areia – teste da garrafa(Inspeção para avaliação da uniformidade)

Amostra Padrão

Viagem 01 Viagem 02



Amostra reservada na fase de seleção dos materiais


• Areia à granel:

– O material deverá ser estocado em baias ou outro dispositivo que permita:

• Não contaminação do material;• Separação dos materiais por

viagem;• O escoamento da água de chuva;• O acesso deve ser fácil à descarga e

o mais próximo do local de sua manipulação;


No armazenamento dos materiais


• Ensacado:

– A carga ou fornecimento devidamente identificado deve ter os sacos de argamassa armazenados sobre estrados de madeira ou paletes com altura mínima de 30 cm do piso, em locais secos, arejados e protegidos das intempéries, de forma que possa haver fácil acesso àinspeção e à identificação por data de fabricação.

– O armazenamento deve ser feito em pilhas de no máximo 15 sacos em embalagem original fechada.




• Ensacado:

– O local de armazenamento deve ser planejado para que os sacos sejam liberados para a produção da obra obedecendo à ordem cronológica de entrega à obra.

– Não devem ser utilizados na obra os produtos entregues e armazenados em sacos rasgados, molhados ou avariados durante o transporte. A validade dos materiais ensacados éa determinada pelo fabricante, contados a partir de sua data de fabricação que deve estar impressa na embalagem.

– Além desta, as orientações dos fabricantes devem ser atendidas




fornecimento 03

fornecimento 02

fornecimento01

fl. __/__

Fornecimento Nota Fiscal

Nª Nª recebida aplicada fabricação entrega saida para a produção

inicio da aplicação

fim da aplicação

CONTROLE DE FORNECIMENTOS

Local:Contato:

Empresa fornecedora do material:Endereço:

material: Responsável/Tel:

Datas

Obra:

Quantidade

Observações




•Divisão das fachadas em lotes

– As fachadas devem ser divididas em panos (lotes) de até100 m² por balançada.

– Os lotes devem ser identificados, com números, letras ou cores.

OBS: O projetista em conjunto com obra devem estabelecer os lotes das fachadas, as alturas das balançadas e a melhor forma de registrar os lotes de fornecimento nas tabelas e desenhos (plantas de elevação)


Para o Rastreamento da argamassa industrializada


• Divisão das fachadas em lotes

Ilustrar em desenho esquemático ou planilha, e nesses, devem ser registradas as seguintes informações:

– nome da obra– nº do pavimento e/ou nº balançada– numero dos lotes– identificação dos balancins e dos respectivos funcionários

(aplicadores)– data de aplicação (inicio e término)– limites físicos do lote– identificação dos fornecimentos (viagens) aplicados nos

lotes das fachadas




DIVISÃO DAS FACHADAS EM LOTES




– A aderência do revestimento se deve à micro e macro ancoragem das argamassas nas bases (ou substratos)

– A superfície das bases deve ser rugosa, áspera e com porosidade superficial aberta, livres de impurezas, para propiciar melhor aderência do revestimento de argamassa

– Quando esta condição não existe deve-se trata-lá até atingir a superfície ideal

– Antes da aplicação do chapisco deve-se verificar as condições das bases de concreto e de alvenaria, inspecionando as suas superfícies

– O projetista deve orientar as equipes da obra que irão executar este serviço e acompanhar o início destes preparos.


Do preparo das Bases


• Alvenaria:

– Verificar a textura da superfície do bloco, quando muito lisa prejudica a aderência do chapisco.

– A superfície deve estar plana, sem depressões, buracos ou vazios que deverão ser preenchidos.

– Saliências de blocos assentados incorretamente e/ou rebarbas de argamassa de assentamento deverão ser removidos.

– Observar pelo lado interno do edifício a existência de fissuras da argamassa de assentamento nos encontros da alvenaria com o pilar ou entre paredes de alvenarias de diferentes blocos (a argamassa de assentamento nestas regiões devem ser alisadas).




INSPEÇÃO DA BASE DE ALVENARIA




• Concreto

– Regiões com alta concentração de “nata” de cimento na superfície, que proporcione uma área vitrificada e lisa (por vezes brilhantes)

– “Ninhos de pedra” (concreto segregado) com armadura exposta

– Armadura da estrutura na superfície, sem recobrimento;– Fissuras– Resíduos de madeira (fôrma) e outros materiais estranhos

ao concreto– Orifícios deixados por espaçadores e trava-formas– Regiões impregnadas por poeira, tintas salinidade, gordura,

fungos, etc.




• Concreto




– Durante o preparo e aplicação das Argamassas, o projetista deve orientar a fiscalização da obra para inspecionar ao acaso, no mínimo duas vezes ao dia os depósitos e centrais de misturas para observar se as orientações fornecidas para o preparo das argamassas estão sendo atendidas.

– A fiscalização deve registrar em planilhas ou tabelas as conformidades e não conformidades.


Do preparo e aplicação das argamassas


Fim

InícioFimIní

cioFimInício

Local/balancim

HoraHoraHoraData

AplicaçãoTransporteMisturaN° do

fornecimento


Do preparo e aplicação das argamassas• Exemplo de tabela que avalia o tempo decorrido

desde a mistura até o término da aplicação

OBS: Outras tabelas podem contemplar outros procedimentos como por exemplo a quantidade de insumos utilizadas por porção misturada.


• Controle e inspeção das bases:– antes da aplicação do chapisco;

• Controle e inspeção dos chapiscos:– antes da aplicação do emboço ( min. 07 dias);

• Controle e inspeção do emboço:– antes da aplicação do acabamento final (min. 28 dias).


Para o recebimento dos serviços


INSPEÇÃO E ENSAIO DOS REVESTIMENTOS

ASPECTO VISUAL (avaliação qualitativa)

ADERÊNCIA E DUREZA DA SUPERFÍCIE

(avaliação qualitativa)

RESISTÊNCIAS DE ADERÊNCIA À BASE E

SUPERFICIAL(ensaios tecnológicos)

ACEITAÇÃO LIBERADO PARA APLICAR REVESTIMENTO FINAL

REJEIÇÃO REEXECUÇÃO DO SERVIÇO


Para o recebimento dos serviços• Fluxograma das inspeções e ensaios


•A fiscalização da obra deve verificar as condições dos chapiscos aplicados sobre o concreto e a alvenaria, antes da aplicação da argamassa de emboço.

•Inspeção Visual: o cobrimento das bases (alvenaria e concreto) deve ser homogêneo, tanto na espessura como na rugosidade. No caso do chapisco aplicado com desempenadeira dentada, não deve aparecer a superfície do concreto nos sulcos.




Aderência: com uma espátula de pintor, exercer um esforço no sentido longitudinal à superfície do chapisco, na tentativa de arrancá-lo.




Resistência:riscando-se a superfície do chapisco com a ponta da espátula, ou com um prego, pode-se avaliar a sua resistência superficial.




•Devem ser realizadas antes da aplicação do revestimento de acabamento final

•Aspectos visuais: a fiscalização da obra deve inspecionar todo o lote de revestimento aplicado na fachada, sempre que possível com idade igual ou superior a 28 dias, com a finalidade de se verificar a ocorrência de fissuras




• Aderência e dureza da superfície: para cada lote de revestimento aplicado na fachada, em uma área mínima de 1,00 m²:

– Por risco: executar riscos cruzados com um prego de aço e observar a profundidade do sulco produzido. Quanto mais profundo for o sulco, menor é a dureza e resistência da superfície.

– Por lixamento: executada sobre os riscos da avaliação anterior, e tem o objetivo de confirmar, ou não, os resultados obtidos por risco. Sobre a superfície já riscada, aplica-se um lixamento (lixa nº 120), com movimentos de vai e vem (por 10 vezes) provocando assim, um desgaste na superfície. Quando a superfície apresenta baixa resistência à abrasão, os riscos são “apagados” (desgaste maior).




• Aderência e dureza da superfície:




Aderência:por meio de percussão realizada por impactos leves, não contundentes, de martelo com cabeça de plástico, verificamos se ocorrem sons cavos.




•Os resultados das inspeções qualitativas devem ser registrados em planilhas ou tabelas apropriadas.Caso os resultados sejam insatisfatórios, o lote inteiro deve ser inspecionado utilizando os mesmos critérios.

•Caso seja constatada a existência de anomalias no lote inspecionado, fica este passível de rejeição e deve a fiscalização da obra proceder o rastreamento dos materiais aplicados e das atividades desenvolvidas avaliando assim as causas das anomalias, facilitando se estabelecer os critérios para a recomposição e as responsabilidades.


Para o recebimento dos serviços• Inspeções qualitativas do emboço




Tabela para o registro das inspeções qualitativas


A critério da fiscalização da obra devem ser realizados, por laboratório especializado, no mínimo seis ensaios de resistência de aderência à tração em pontos escolhidos aleatoriamente dentro do lote, de preferência em área considerada suspeita.

O revestimento ensaiado, com idade igual ou superior a 28 dias, deve ser aceito se de cada seis ensaios realizados, pelo menos, quatro valores forem iguais ou superiores a 0,30 MPa.


Para o recebimento dos serviços• Determinação da resistência de aderência à tração

(NBR-13528)



Para o recebimento dos serviços• Determinação da resistência de aderência à tração

(NBR-13528)




geométricas mapeadas sim não fácil dificil fácil dificil

01/01 2º pav. x x x01/02 2º pav. x x x02/03 2º pav. x x x02/04 2º pav. X X x x02/05 2º pav.

fissurasoutros

lote/balancim pavimento

aderenciaaspectos visuais

som cavo visto

resistencia

risco lixamento




Fachadas

Lotes

Balancins Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Funcionário paulo pedro josé juca joca joão tonio zé marco mario

2º pavimento 29/mai 29/mai 29/mai 30/mai 30/mai 30/mai 30/mai 30/mai 30/mai 30/mai

No. Fornecimento 01 01 01 01 01 02 02 02 02 02

1º pavimento

4

RASTREAMENTO DO MATERIAL APLICADO

Obra : ONONONONONO Revestimento Emboço Externo

1

A C

3

B D

2



Para o recebimento dos serviçosfl. __/__

Fornecimento Nota Fiscal

Nª Nª recebida aplicada fabricação entrega saida para a produção

inicio da aplicação

fim da aplicação

1 XXX 100 100 20/mai 21/mai 29/mai 29/mai 30/mai

2 YYY 100 100 22/mai 28/mai 30/mai 01/jun 02/jun

3 ZZZ 100 95 22/mai 29/mai 30/mai 03/jun 05/jun

Quantidade

Observações

material: Responsável/Tel:

Datas

Obra:CONTROLE DE FORNECIMENTOS

Local:Contato:

Empresa fornecedora do material:Endereço:

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