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ÀNNO vm. Assitjnaturas: Semestre'- Tri mestre.. 8&0í)0 4â0U0 Porte franco para os subscriplo- res dentro do Império. NUMERO 1157 Publica-se Todos os dias dc manhã exce- pio ás segundas-feiras c dia seguinte a sanctilicado ou feriado. JOEUTAL IDO COMn^EIE^aiO, LAVOTJ.H,.A. El nSTEDUSTHXA- 1 Propriedade d'uma EMPRESA Maranhão--Qtiinta-folra, 1-L Junlio do ÍST1?1. Redacção rua da Palma n. 6. 1 ! i \ HS DIÁRIO DO MARANHÃO. MAUANIIÃO, 1.4 DE JUNHO DK 1877. Montem pela manhã fundeou no nosso por- lo o vapor nacional Espirito Santo, proce- dente, dos portos do sul, trazendp-nos datas do Ilio até I, lliihia 4, Pernambuco S, e Ceará 11 do corrente. São cm geral deslituidas de interesse as noticias das outras províncias, das quaes da- mos em seguida as mais importantes. Continuavam a trabalhar as duas câmaras do Senado e temporária. N'estii encerrou-se no dia I a primeira e abriu-se a segunda sessão da 10.' legislatura. Abrimos espaço hoje ao discurso do sr. Ha- rão de Penalva que oectipoii a tribuna, falan- do sehre o Paço ilo Uispo c o trabalho da es- talistica da Provincia, eni relerenria ao que, dizem-hòs da Corte, pronunciou-se S. Exc. com muita franqueza e verdade, sondo ouvi- do com muilo silencio e inlcrcssc. Começamos lambem o discurso proferido pelo outro nosso representante, sr. dr. Gomes de Castro, cujas palavras sflò lidas sempre com avidez, por encerrarem ellas ii mais íina critica dirigida aos governos; é esle discurso sobre negócios do ministério da justiça. Continuam a ser desagradáveis as noticias que da Provincia visinha nos vêm; a miséria e. a fome perseguem os nossos irmãos do Cca- rá; disto avaliarão os nossos leitores com as noticias que em outra parle lhes damos. Nada adiantam os Iclegramnias sobre o theatro da guenrdo Oriente, e o que ha da- mos na secção competente. HlWUUI.MiAS no l'Ai;iKIUU. \ Ha os seguinles pormenores relativos ao terremoto havido no dia !) do 'passa- do: Poi o chile ipie mais soffreu, não se sentindo nada em Calhao c Lima. liíii Pisagna subiu o mar. destruindo ,i estação da estrada de feiro o todas as propriedades no imsino nivel. Houve gi andes perdas em salilre. Lm Iquiquo calculam se em 70 as vi- (•tunas. Ni llabia tiíiribnii uma barca ai- lema e desappareceu outra ingleza. Lm Pahellon de Pica houve ;il) vieliuias ficando 40 solei'!Silas sob o desabamento de um (oleiro, ilmido toavam giiano. He/, navios foram a pique, quatro li-arm alvin donados e doze desmantelados e destrui dos per ahalroamenlos. Lm Punia do Lobos houve algumas perdas de vida o a cidade foi lotalmenle levada pelo mar. Houve sete navios des- maiiielados e a pique. Km. l|(iaiiil|os toda a cidade foi levada pelas ondas, exceplo 10 casas da parle ui;iis alia. IVrileram-so algumas vidas; cinco navios a pique, trez inutilisados e qmlro com avarias. A cidade de Tocopilla licou completa- mente desunida e obstruíram so algumas minas. Lm Punia lllanca lambem se obstrui ram algumas minas com pedras r#ladas do seno,.ficando enterrados nellas minei- rus o administradores. Lm Cotdja mais de melado da cidade fui destruída, havendo muilos navios com avarias. Mejillon.es, na Polivia, tambem licou quasi 'totalmente arrasada. Q vapor Colombo levou alli 250 mu- Iberos e crianças recolhidas em Pabellon do Pica, Nos. portos do norte havia mais do 9,000 pessoas sem agua,- sem roupa, sem comida. Apromptava se um vapor para levar inaniimenlo ás victimas. oom Valparaizo abrire-si uma suliscri pção para soecorros. Pulo* lelegrapho acabavam do chegar a Montevidéu mais algumas informações so-' bre o lerremolo nas regiões do Pacifico, Lima elíoetiviimenie nada solTr.ou, mas no Calhao u tremor foi mais forte, e se na cidade não houve. ostrago's, no porlo muilos navios ficaram em avarias. Em Arica a cidade licou destruída des- de a estação da estrada de ferro alô á ca- thodral. As povoações de Calania Triu .chin e;Si.Pedro Haviam desapparecido in leiramente. Em Árias as perdas calcula vain-so em quatro milhões de pesos lor- les. —No Chile dera a sua demissão o mi- nislro da fazenda l.aphael Sotomayor. e n-i escolha do suecessor a ji pareciam tan- tas dilliciildades que so julgava qne o gabineto teiia do modiíicar-se mais pro- fundamente, 0 minislro da justiça e inslriicçãn pu- Idica, considerando que os preceplores das escolas ruraes são os ágéntos mais íillica/.es para derramar o ensino da agri- cultura, acabava de crear ua escola nor- mal de professores um curso thoòrico- co do agricultura em que devia ensinar- so do I." anno agricultura geral, especi- almento aihoriniilura o horticultura, o no 2".° zòolééhhia gera! o especialmente vo- lerinaiia, apicnllura, seriçtillüra e criação de aves domesticas. (dunas torroiiciaes haviam preludiado o lerremolo; de que lemos noticia, pro dtizindo grandes inundações o consequeh- les estragos nas vias férreas e proprioda- des. Ni Colômbia prosegnia a guerra ci- vel. No liqiiiiilor havia alguma agitação re- ligiosa. A autópsia praticada no cadáver do arcebispo do Quilo, deixara provado quo o prelado havia sido envenenado com slrichniiia administrada no vinho que ser- vira ao santo saerificiu da missa na Sexta- feira Maior. Os jesuítas imputavam este horrendo crime aos liberaes, aos quaes elle alias nada aproveitava, e incitavam o povo ;i vingança. No dii das exéquias solemnes cartazes alíixadus em todas as paiedes convidavam os fiiíiatic'os a empunhar o punhal liem- dito o a ferir cm dos.iggrávn religião os reprohos designados. 0 governo to mou as soas medidas, mas independem temente disso o povo nenhum signal dou de. uoe.rer Iriih^fnrmar-sn ii-.h.ria hnWla i\« assassinos religiosos, o o dia passou-se tranquillo! -•Noticiava um lelegramina recebido em .Montevidéu que a tripulação ilu mo nitor do guerra peruano lluoscnr se lia- via sublèvado proclamando o caudilho Piend.i. 0 monilor sábio de Calhao, onde eslava ancorado, e dirigio se pnra o sul, segundo parecia cm busca ilo mesmo Pièrola. O governo mandou largar imme- iliatameiile li;."/, encouraçados, Indepen da o resina para fabrico do sabão aló 14 do fevereiro de 1882. As folhas de Monlevidéo' não referem nada de interesso, .a não ser a prisão do famoso revolucionário liivaroli, oITeclundn pelas forças do governo do Paraguay. nio DK -JANKIIIO. dencia, IJnino e Alahualpn, para lho da- rem caçi, avisou para Iodos os portos quo se acaulclaasein. o deil.irou, por um decrelo, qus não se responsabilisava por qualquer cousa tpie praticasse o lluas- car. nio oa iMiATA. Datas até 22 do passado. Na Ileptibhc.a Argentina não estavam perdidas as esperanças de um congràça- iiienlo dos partidos segundo o pi'0gr'?m- ma politico do presidente Avellaneda. Varias petições haviam sido dirigidas a esle no mesmo sentido e a «Nacion», or- ^ão dos milristas, declarava que, com garantias, o partido nacionalista, accoila- va a luta no lorreno legal. A questão, pois, seria do cnlenderem-se acerca des- Ias garantias. Pela sua parto o senado havia appro vado a reintegração dos chefes militares da revolução de setembro de 1874 nas patentes que anteriormente tinham no exercito. Ia agora o mesmo senado dis- cutir se devia licenciar-se toda a guarda nacional mobilisada na republica, o pres- crever que não so ordenassem mais mo- bilisações senão nos casos previsto? pela constituição. Ordenara o senado a intervenção nacio- nal nos negócios internos da provincia do Salto; suppunha-se, porem, quo a camara dos deputados rejeitasse o projecto. Os candidatos ao cargo de governador da provincia de Buenos-Ayres eram' An- lonio Canibaceres, José Mai ia Moreno, Carlos Tejedor. Henrique. O' Gormau o Aristobulo dei Valie. Sabia-se, pelo menos assim o lemos, que o presidente dos Estados Unidos ac ceitara ser arbítrio na queslãu entre a Republica Argentina e o Paraguay. O tratado postal entro eslas duas re publicas acabava de ser assignado na As- snmpçân. Ali a cataarã dos deputados approvara um projecto isentando de di- reilos a importação do azeito animal, so- Datas alé 31 do passado. ---Trabalhavam regiilarmeí.to ambas as casas do pai lamento. —SS. AA. linperiaes retirar so-iam de Petropolis para a corte no dia IO, Pretendia Sua Aile/.a o sr. Conde d'Eu partir no dia i ou 3 para Iguassú. em viagem de passeio á serra no paty, acompanhado pelo dr. Manuel 1'eixolo de Lacerda Werneck. —Por portaria de 21 forain dispensa- dos os engenheiros Qiiiniillimn da Silvei- ra Lobe-lo o Joaquim José dos lieis Lima do logar de ajudantes da commissão de exploração nos rios Tietê, Mogy-guassti o outro, na província dc S, Panh, vislo nao serem mais necessários os seus serviços. —A bordo do monitor Jaimrg mailifus- lou-sfi no dia 24 incêndio motivado pelo excessivo grão de calor a que chegou a chapa tío fogão o fez arderem algumas fa- zendas guardas no paiol do ponuo, que lica próximo do fogão, Estiveram a bordo o cominaudaiite do lavai'!/, o ajudante da armada, o capilão do porto, o com mandante do primeiro dis- tricto o oulras áucloridades. 0 fogo foi e.xlinclo graças aos Ijniis ser- viços que prestaram as bombas do arso- nal dc marinha' c as dos srs. Lage & Ki- Ilio. Suppõc-se quo haja algumas avarias no navio, mas, por ora, uão são conhecidas. —No dia 23 chegou á. còrle. o sr. dr. i ,-. i)..,.i:..i. i>...i.:„...,.., «|<ie, «.,.. ,j.,,.„. sào scientillca, por encargo do governo, acaba de percorrer algumas das nossas províncias, trazendo comsigo muilos ub- jectbs importantes e curiosissiiriòs. Na familia das orchidéaj,colheu mais dc oilenla espécies iitfVas, sendo algumas do gêneros lambem novos-. Nas palmeiras eiiconlroil espécies novas, das regiões ros- peclivas. Iloulras famílias, como a das llurmàniáçòds', trouxe um genero novo. I'i7. estudos anlhropoiiigicos c elhuologi- cos, achando, á margem do rio Sapiichy um curioso cemitério indígena, donde des- enterrou uma igaça coin ossos. -Conluiam as subscripçòos em favor dos inundados em Portugal o das vieliuias da secca neste império. ~-Ustivera exposto na casa do sr. Luiz de Rezende um rico álbum, que os niom- bros da Sociedade Rio-Oraiiilenso üeneli- cenlc c lliimauilaiia resolveram ollerecer lio sr. Maíqiiez do Herval, presidenle lio norario da mesma sociedade. 0 traba- _;ip de ourivesaria foi executado nas olli- cinas do mesmo sr. Resende, e a enca- deinafao na casa dos Srs. ti. Lcuzinger & Filhos, —-A subscripção promovida pelo dr. Joaquim llarbosa Lima, juiz de direilo do Parahybuna, altingio a importante quan- lia dc 100:000$; que deverá ser applicada para a construcção da casa da camara e fórum, da-referida cidade. —Chegará a Campos, no dia 2í, o Dr. Hollanda Cavalcante, chefe do policia da provincia. No mesmo dia lòra offerecido um bai- le ao dr. juiz municipal, Allonso Peixoto do Abi eu Lima. Na mesma casa foi esle magistrado' presenliado com uma penna do ouro e uma escrivaninha de praia. Noticia o Monitor Campista que ni Li- meira de Itibapoana. fura assignada na casa da sociedade Amor'a leitura uma felicitação ao general Osório. Em Campos, fallecòra Josó Francisco Ribeiro de Azevodo, filho do comuienda- dor Ignacio Itibeiro de Azevedo. —Em Quissamá começaraa publicar- se o jornal recreativo Nova Aurora, pro- priedado do sr. Sebastião Gomes do Es- pirito Santo. —Acham-se expostos, no estabeleci- mento da Linda llrazileira, á rua do Ovi- dor, uma cuia do mate, com ornalos de ouro, uma bomba do mesmo metal, com emblemas guerreiros, e.uma pequena sal- va do praia, que a sociedade Itio-Gran- so do Beneficência, pretende ollerecer ao inclyto general Osório. Todo o trabalho do ourivesaria è feito pelo conhecido ar- lista o sr. Valentim. BAHIA. Datas alé 4 do correnle, —Trabalhava a assemblêa legislativa provincial, cuja sessão fora prorogada até i) do correuie, por não terem sido ainda votadas a.s leis dos orçamentos provincial o municipal. ²A's !) horas da noile do 2(1 desaba- ram as frontes dos prédios ns. 132 e 134, á ladeira do Alvo, e n conseqüência da muita chuva quo houve o de não torem aquelles prédios alicerces convenientes, depois da grande escavação por quo pas- sou aquella rua. A família do sr. João Pereira du Sou za, que morava em uma daquellas casas, pelo quintal ponde salvar-se. A propriedade n. LIO, contígua, tam- bem soffreu muito e amoaça mina. No inesmo dia o quasi á mesma hora desabou parlo da muralha do rio das Tri- pas. Cahiu lambem parlo do muro da rua do Xixi, freguezia do Pilar. Felizmente nenhum desses desabamen- tos olíendeu a pessoa alguma. ²Lm conseqüência da grande agita ção, em que eslava o mar nestes últimos dias, duas lanchas, carregadas do carvão de pedra, do propriedade do sr. Antônio do Mello llrandãn, o quo estavam ancora- das uo caos do Pilar, arrebentando as amarras, foram lançadas ás pedras da Bòa.Viagem, onde se despedaçaram. ²Fallecòra na Feira do SanfAnna, o alferes João Francisco Maia; em Lençoes, o cidadão P. ls.ic Benjamim-, o cm Naza reli), o portuguez José Lourenço de Fa- rias, contendo mais de 10U annos. =Duranlo o moz ultimo renderam: Alfândega.. M, - ¦- ª ciaes tlecobcdoria. G75:9i)3í?498 137:148/5802 44:3725317 PEUNAJIUUCO. líscrcvcm ao Jornal do Recife, do Afo- gados de Ingazeira em dala de 21 dc maio ullimo: «Continua cada vez mais horrorosa a secca, o brevemente não- leremos mais quem queir.a ir ao Recue, por que ja vai faltando agua pelo caminho. Os gêneros alimentícios que d'ahi teem vindo, sào vendidos aqui por preços ex- oíbilanles, como por exemplo o café que custa l#000 a libra c o sabão G40 reis, e íudo o mais á proporção; c damos gra- ças a Deus ainda haver para se comprar. —Informa-nos o sr. José Uàlanisiáo tle Medeiros, residente cm Tigipió, estrada de .laboatão, quo se lêem dado ali diver- sos casos de febre amarella com vomito negro, dc que teem morrido algumas pessoas. —Vimos hontem unia carta escripta da villa de Pesqueira a 31 do mez ultimo', dizendo que começara a chover ali no dia 27, e dfisde a meia noite de 30 ca- hia gràiidò quantidade d'àgua alé a hora em que se escrevia a caria, 4 da tarde. Todos estavam animados com este acontecimento, e nuliiam-sc esperanças de salvar o reslo do gado —Morreu no sabbado da semana ul- lima o teuenle-coroncl Joaquim Antônio de, Souza Cousseiro. Era homem septuagenário e um dos poucos veteranos do nossa independência. —No dia ifk do mez passado, om ler- ras do engenho Monte Claro, termo de Nazareth, estando Kcliciano José do Lima a capar com seu amigo e futuro genro Manuel Pereira de Moura, este desfechou um liro naquelie, julgando ser um veado, dando-lhe morlo instantânea. Moura dirigiu-se logo ao respectivo sub- delegado, narrando-lhc o oceorrido c cn- trcgoii sc á prisão. —Estrangulada—Assim foi morta no dia 26 do passado, na villa dc Pacaça, Maria Cordeiro de Jesus, por seu próprio marido Francisco Gomes Prado, hão sa- bemos porquo motivo. O criminoso foi preso em llagranto delicio. —Na noile de 29 di) mos ullimo o no Salto, subúrbio da villa da fiamellcira, José Maria de Vasconcéllos, íoi ferido com uma facada por Marlinho Uispo de Colo- nia, que foi proso em flagrante delicio. EUROPA. Datas do Lisboa até 2o de maio. Lô-so Jornal do Recife: Hontem á tarde fundeou no Lamarão o Kiquelo francez Gironde, que á noite se- guio para os portos do sul. Íamos em seguida as mais importan- tes noticias de qno foi portador. Não ha cousa alguma de importante na polilica inleniii de Portugal. A.s noticias quo propcçupam todos os espirites são principalmente as du Orien- lu é as quo dizem respeito á mudança mi* liisiorial em França. 0 procedimento do Mac Mahon, julga, do por quasi todos como um golpe do estado; causou immensa estranheza. Os reaccionarios exultam, julgando vor sur- gir a victoria denlro os abysmos do pas- sado, mas não so lembram elles, os ho- mens da roupagem negra, os inimigos da familia, os algozes da liberdade, quo a civilisaçãò não retrocede, porque o pro- gresso é uma loi improscriptivel o fatal o os que pensam restaurar d'enlre a poeira dos séculos as caducas tradições o os cóndemnados privilégios, assistem apenas aos últimos ostorcimeiitos da agonia do novo mundo. O novo ministério francez, cuja feição pronunciadamente monarchica, pendendo, segundo uns, para o boiiapartismò, o que sei ia uma desgraça, e segundo outros, para a legitimidade, o que causaria um calaclísma, pareço ser o prenuncio de graves acontecimentos politicos om Fran- ça. Estas noticias foram desviar a attençao para uns boatos tenebrosos que correram em Portugal o talvez fossem inventados por novolleiros terroristas, para fins conhecidos o balidos. Assim mesmo elles fizeram um certo barulho e deram moli- vos a largas discussões e inlreieiiimeiitos. iioiiriirío nos a nuas cuiiespomieiiuina do Madrid, qiie*fofain dirigidas a folhas de Lisboa. Ao Diário Popular escrevem daquella capital o seguinte: «Tem corrido ha dias o boato de uma alliança entro a Hespanha e a Allernanha, quo no seu afan de atacar a França, in- tenta chamar a si a llalia, ofíorecendo-lho em troca Niza o Saboya. e a Hespanha, proniettendonoá vantagens illusòriai. Af- linna-se que o conde do Harlzfeld traba- lha ha dias neste sentido, desde o ceie- bre discurso de Moltke—pedindo que. se as circumstancias o reclamarem, a Hespanha cubra com 200:0(10 homens a fronteira dos Pyrenous, recebendo em troca certo augincnlo territorial nas fron- loiras, o oulras vantagens. O assumplo e do si lão gravo que o iransmitto como ooiilo o pela minha obrigação de corres- nondonte, apesar de haver1 quem diga ijue a nota convidando a Hespanha para entrar nesla alliança foi entregue ao sr. Silveira, o qual, depois de algumas re- lloxõos, disse que consultaria os seus collegas. Tambem se diz que a Inglaterra não é estranha a esta nova quádrupla ai- liança. Repito, dou com todas as reser- vas estes boatos, que pode ser que não to- nliam fundamento nos seus pormenores. sendo conveniente não esquecer quo a Al- Icmanha auííinenlou as guarniçôes da Al- sacia e Lorena, o que tom trabalhado em formar a alliança quo deixo indicada.» Ainda mais. O Progresso,recebeu outras informações que o completam aqüellas. mas é provável que umas o oulras par- tam dos mesmos centros carapòlèiros: «Será inútil esperar, diz a tal corres- pondencia ,1o Madrid. quo a Península ibérica por manter-se nuulral, como lhe convém, nas difficeis circumstancias que nos esperam 1 Occorre-mo esla duvida, em visla do seguiiito-easo- quo passo a referir-lhes. o sobre o qual. sem duvida hão do meditar, porquo nas presentes cir- cumstancias é muito significativo. «Parece que ha dias chegaram a um porto do mar, om Hespanlia. da costa oce- anica. tres estrangeiros modeslamonle vestidos, os quaes, apenas desembarca- dos so apresentaram ao cônsul allemão, moslrando-lhes documentos, que mani- restavam ser um loncnte general, um co- ronel e outro cominandanlo prussiano. Nada linha isto de notável, se não decla- rassem quo vinham cm commissão para inquerir do eslado de Hespanha c Por- tugal; o mais quo, para esse üm, traziam I

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Porte franco para os subscriplo-res dentro do Império.

NUMERO 1157

Publica-se

Todos os dias dc manhã exce-pio ás segundas-feiras

c dia seguinte a sanctilicadoou feriado.

JOEUTAL IDO COMn^EIE^aiO, LAVOTJ.H,.A. El nSTEDUSTHXA-1Propriedade d'uma EMPRESA Maranhão--Qtiinta-folra, 1-L d© Junlio do ÍST1?1. Redacção rua da Palma n. 6.

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DIÁRIO DO MARANHÃO.MAUANIIÃO, 1.4 DE JUNHO DK 1877.

Montem pela manhã fundeou no nosso por-lo o vapor nacional Espirito Santo, proce-dente, dos portos do sul, trazendp-nos datasdo Ilio até I, lliihia 4, Pernambuco S, eCeará 11 do corrente.

São cm geral deslituidas de interesse asnoticias das outras províncias, das quaes da-mos em seguida as mais importantes.

Continuavam a trabalhar as duas câmarasdo Senado e temporária.

N'estii encerrou-se no dia I a primeira eabriu-se a segunda sessão da 10.' legislatura.

Abrimos espaço hoje ao discurso do sr. Ha-rão de Penalva que oectipoii a tribuna, falan-do sehre o Paço ilo Uispo c o trabalho da es-talistica da Provincia, eni relerenria ao que,dizem-hòs da Corte, pronunciou-se S. Exc.com muita franqueza e verdade, sondo ouvi-do com muilo silencio e inlcrcssc.

Começamos lambem o discurso proferidopelo outro nosso representante, sr. dr. Gomesde Castro, cujas palavras sflò lidas semprecom avidez, por encerrarem ellas ii mais íinacritica dirigida aos governos; é esle discursosobre negócios do ministério da justiça.

Continuam a ser desagradáveis as noticias

que da Provincia visinha nos vêm; a misériae. a fome perseguem os nossos irmãos do Cca-rá; disto avaliarão os nossos leitores com asnoticias que em outra parle lhes damos.

Nada adiantam os Iclegramnias sobre otheatro da guenrdo Oriente, e o que ha da-mos na secção competente.

HlWUUI.MiAS no l'Ai;iKIUU.

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Ha os seguinles pormenores relativosao terremoto havido no dia !) do 'passa-

do:Poi o chile ipie mais soffreu, não se

sentindo nada em Calhao c Lima.liíii Pisagna subiu o mar. destruindo ,i

estação da estrada de feiro o todas aspropriedades no imsino nivel. Houvegi andes perdas em salilre.

Lm Iquiquo calculam se em 70 as vi-(•tunas. Ni llabia tiíiribnii uma barca ai-lema e desappareceu outra ingleza.

Lm Pahellon de Pica houve ;il) vieliuiasficando 40 solei'!Silas sob o desabamentode um (oleiro, ilmido toavam giiano. He/,navios foram a pique, quatro li-arm alvindonados e doze desmantelados e destruidos per ahalroamenlos.

Lm Punia do Lobos houve algumasperdas de vida o a cidade foi lotalmenlelevada pelo mar. Houve sete navios des-maiiielados e a pique.

Km. l|(iaiiil|os toda a cidade foi levadapelas ondas, exceplo 10 casas da parleui;iis alia. IVrileram-so algumas vidas;cinco navios a pique, trez inutilisados eqmlro com avarias.

A cidade de Tocopilla licou completa-mente desunida e obstruíram so algumasminas.

Lm Punia lllanca lambem se obstruiram algumas minas com pedras r#ladasdo seno,.ficando enterrados nellas minei-rus o administradores.

Lm Cotdja mais de melado da cidadefui destruída, havendo muilos navios comavarias.

Mejillon.es, na Polivia, tambem licouquasi

'totalmente arrasada.

Q vapor Colombo levou alli 250 mu-Iberos e crianças recolhidas em Pabellondo Pica, Nos. portos do norte haviamais do 9,000 pessoas sem agua,- semroupa, sem comida. Apromptava se umvapor para levar inaniimenlo ás victimas.oom Valparaizo abrire-si uma suliscripção para soecorros.

Pulo* lelegrapho acabavam do chegar aMontevidéu mais algumas informações so-'bre o lerremolo nas regiões do Pacifico,Lima elíoetiviimenie nada solTr.ou, mas noCalhao u tremor foi mais forte, e se nacidade não houve. ostrago's, no porlomuilos navios ficaram em avarias.

Em Arica a cidade licou destruída des-de a estação da estrada de ferro alô á ca-thodral. As povoações de Calania Triu

.chin e;Si.Pedro Haviam desapparecido in

leiramente. Em Árias as perdas calculavain-so em quatro milhões de pesos lor-les.

—No Chile dera a sua demissão o mi-nislro da fazenda l.aphael Sotomayor. en-i escolha do suecessor a ji pareciam tan-tas dilliciildades que já so julgava qne ogabineto teiia do modiíicar-se mais pro-fundamente,

0 minislro da justiça e inslriicçãn pu-Idica, considerando que os preceploresdas escolas ruraes são os ágéntos maisíillica/.es para derramar o ensino da agri-cultura, acabava de crear ua escola nor-mal de professores um curso thoòrico-co do agricultura em que devia ensinar-so do I." anno agricultura geral, especi-almento aihoriniilura o horticultura, o no2".° zòolééhhia gera! o especialmente vo-lerinaiia, apicnllura, seriçtillüra e criaçãode aves domesticas.

(dunas torroiiciaes haviam preludiadoo lerremolo; de que lemos noticia, prodtizindo grandes inundações o consequeh-les estragos nas vias férreas e proprioda-des.

Ni Colômbia prosegnia a guerra ci-vel.

No liqiiiiilor havia alguma agitação re-ligiosa. A autópsia praticada no cadáverdo arcebispo do Quilo, deixara provadoquo o prelado havia sido envenenado comslrichniiia administrada no vinho que ser-vira ao santo saerificiu da missa na Sexta-feira Maior. Os jesuítas imputavam estehorrendo crime aos liberaes, aos quaeselle alias nada aproveitava, e incitavam opovo ;i vingança.

No dii das exéquias solemnes cartazesalíixadus em todas as paiedes convidavamos fiiíiatic'os a empunhar o punhal liem-dito o a ferir cm dos.iggrávn dá religiãoos reprohos designados. 0 governo tomou as soas medidas, mas independemtemente disso o povo nenhum signal doude. uoe.rer Iriih^fnrmar-sn ii-.h.ria hnWla i\«assassinos religiosos, o o dia passou-setranquillo!

-•Noticiava um lelegramina recebidoem .Montevidéu que a tripulação ilu monitor do guerra peruano lluoscnr se lia-via sublèvado proclamando o caudilhoPiend.i. 0 monilor sábio de Calhao, ondeeslava ancorado, e dirigio se pnra o sul,segundo parecia cm busca ilo mesmoPièrola. O governo mandou largar imme-iliatameiile li;."/, encouraçados, Indepen

da o resina para fabrico do sabão aló 14do fevereiro de 1882.

As folhas de Monlevidéo' não referemnada de interesso, .a não ser a prisão dofamoso revolucionário liivaroli, oITeclundnpelas forças do governo do Paraguay.

nio DK -JANKIIIO.

dencia, IJnino e Alahualpn, para lho da-rem caçi, avisou para Iodos os portosquo se acaulclaasein. o deil.irou, por umdecrelo, qus não se responsabilisava porqualquer cousa tpie praticasse o lluas-car.

nio oa iMiATA.

Datas até 22 do passado.Na Ileptibhc.a Argentina não estavam

perdidas as esperanças de um congràça-iiienlo dos partidos segundo o pi'0gr'?m-ma politico do presidente Avellaneda.Varias petições haviam sido dirigidas aesle no mesmo sentido e a «Nacion», or-

^ão dos milristas, declarava que, com

garantias, o partido nacionalista, accoila-va a luta no lorreno legal. A questão,pois, seria do cnlenderem-se acerca des-Ias garantias.

Pela sua parto o senado havia approvado a reintegração dos chefes militaresda revolução de setembro de 1874 nas

patentes que anteriormente tinham noexercito. Ia agora o mesmo senado dis-cutir se devia licenciar-se toda a guardanacional mobilisada na republica, o pres-crever que não so ordenassem mais mo-bilisações senão nos casos previsto? pelaconstituição.

Ordenara o senado a intervenção nacio-nal nos negócios internos da provincia doSalto; suppunha-se, porem, quo a camarados deputados rejeitasse o projecto.

Os candidatos ao cargo de governadorda provincia de Buenos-Ayres eram' An-lonio Canibaceres, José Mai ia Moreno,Carlos Tejedor. Henrique. O' Gormau oAristobulo dei Valie.

Sabia-se, pelo menos assim o lemos,que o presidente dos Estados Unidos acceitara ser arbítrio na queslãu entre aRepublica Argentina e o Paraguay.

O tratado postal entro eslas duas re

publicas acabava de ser assignado na As-snmpçân. Ali a cataarã dos deputadosapprovara um projecto isentando de di-reilos a importação do azeito animal, so-

Datas alé 31 do passado.---Trabalhavam regiilarmeí.to ambas as

casas do pai lamento.—SS. AA. linperiaes retirar so-iam de

Petropolis para a corte no dia IO,— Pretendia Sua Aile/.a o sr. Conde

d'Eu partir no dia i ou 3 para Iguassú.em viagem de passeio á serra no paty,acompanhado pelo dr. Manuel 1'eixolo deLacerda Werneck.

—Por portaria de 21 forain dispensa-dos os engenheiros Qiiiniillimn da Silvei-ra Lobe-lo o Joaquim José dos lieis Limado logar de ajudantes da commissão deexploração nos rios Tietê, Mogy-guassti ooutro, na província dc S, Panh, vislo naoserem mais necessários os seus serviços.

—A bordo do monitor Jaimrg mailifus-lou-sfi no dia 24 incêndio motivado peloexcessivo grão de calor a que chegou achapa tío fogão o fez arderem algumas fa-zendas guardas no paiol do ponuo, quelica próximo do fogão,

Estiveram a bordo o cominaudaiite dolavai'!/, o ajudante da armada, o capilãodo porto, o com mandante do primeiro dis-tricto o oulras áucloridades.

0 fogo foi e.xlinclo graças aos Ijniis ser-viços que prestaram as bombas do arso-nal dc marinha' c as dos srs. Lage & Ki-Ilio.

Suppõc-se quo haja algumas avarias nonavio, mas, por ora, uão são conhecidas.

—No dia 23 chegou á. còrle. o sr. dr.i ,-. i)..,.i:..i. i>...i.:„...,.., «|<ie, «.,.. ,j.,,.„.

sào scientillca, por encargo do governo,acaba de percorrer algumas das nossasprovíncias, trazendo comsigo muilos ub-jectbs importantes e curiosissiiriòs.

Na familia das orchidéaj,colheu mais dcoilenla espécies iitfVas, sendo algumas dogêneros lambem novos-. Nas palmeiraseiiconlroil espécies novas, das regiões ros-peclivas. Iloulras famílias, como a dasllurmàniáçòds', trouxe um genero novo.I'i7. estudos anlhropoiiigicos c elhuologi-cos, achando, á margem do rio Sapiichyum curioso cemitério indígena, donde des-enterrou uma igaça coin ossos. •

-Conluiam as subscripçòos em favordos inundados em Portugal o das vieliuiasda secca neste império.

~-Ustivera exposto na casa do sr. Luizde Rezende um rico álbum, que os niom-bros da Sociedade Rio-Oraiiilenso üeneli-cenlc c lliimauilaiia resolveram ollerecerlio sr. Maíqiiez do Herval, presidenle lionorario da mesma sociedade. 0 traba-_;ip de ourivesaria foi executado nas olli-cinas do mesmo sr. Resende, e a enca-deinafao na casa dos Srs. ti. Lcuzinger &Filhos,

—-A subscripção promovida pelo dr.Joaquim llarbosa Lima, juiz de direilo doParahybuna, já altingio a importante quan-lia dc 100:000$; que deverá ser applicadapara a construcção da casa da camara efórum, da-referida cidade.

—Chegará a Campos, no dia 2í, o Dr.Hollanda Cavalcante, chefe do policia da

provincia.No mesmo dia lòra offerecido um bai-

le ao dr. juiz municipal, Allonso Peixotodo Abi eu Lima. Na mesma casa foi eslemagistrado' presenliado com uma pennado ouro e uma escrivaninha de praia.

Noticia o Monitor Campista que ni Li-meira de Itibapoana. fura assignada nacasa da sociedade Amor'a leitura umafelicitação ao general Osório.

Em Campos, fallecòra Josó FranciscoRibeiro de Azevodo, filho do comuienda-dor Ignacio Itibeiro de Azevedo.

—Em Quissamá começaraa publicar-se o jornal recreativo Nova Aurora, pro-priedado do sr. Sebastião Gomes do Es-

pirito Santo.—Acham-se expostos, no estabeleci-

mento da Linda llrazileira, á rua do Ovi-dor, uma cuia do mate, com ornalos deouro, uma bomba do mesmo metal, comemblemas guerreiros, e.uma pequena sal-va do praia, que a sociedade Itio-Gran-so do Beneficência, pretende ollerecer aoinclyto general Osório. Todo o trabalho

do ourivesaria è feito pelo conhecido ar-lista o sr. Valentim.

BAHIA.

Datas alé 4 do correnle,—Trabalhava a assemblêa legislativa

provincial, cuja sessão fora prorogada atéi) do correuie, por não terem sido aindavotadas a.s leis dos orçamentos provincialo municipal.

A's !) horas da noile do 2(1 desaba-ram as frontes dos prédios ns. 132 e 134,á ladeira do Alvo, e n conseqüência damuita chuva quo houve o de não toremaquelles prédios alicerces convenientes,depois da grande escavação por quo pas-sou aquella rua.

A família do sr. João Pereira du Souza, que morava em uma daquellas casas,só pelo quintal ponde salvar-se.

A propriedade n. LIO, contígua, tam-bem soffreu muito e amoaça mina.

No inesmo dia o quasi á mesma horadesabou parlo da muralha do rio das Tri-pas.

Cahiu lambem parlo do muro da ruado Xixi, freguezia do Pilar.

Felizmente nenhum desses desabamen-tos olíendeu a pessoa alguma.

Lm conseqüência da grande agitação, em que eslava o mar nestes últimosdias, duas lanchas, carregadas do carvãode pedra, do propriedade do sr. Antôniodo Mello llrandãn, o quo estavam ancora-das uo caos do Pilar, arrebentando asamarras, foram lançadas ás pedras daBòa.Viagem, onde se despedaçaram.

Fallecòra na Feira do SanfAnna, oalferes João Francisco Maia; em Lençoes,o cidadão P. ls.ic Benjamim-, o cm Nazareli), o portuguez José Lourenço de Fa-rias, contendo mais de 10U annos.

=Duranlo o moz ultimo renderam:

Alfândega..M, - ¦-

ciaestlecobcdoria.

G75:9i)3í?498

137:148/580244:3725317

PEUNAJIUUCO.

líscrcvcm ao Jornal do Recife, do Afo-

gados de Ingazeira em dala de 21 dcmaio ullimo:

«Continua cada vez mais horrorosa asecca, o brevemente não- leremos maisquem queir.a ir ao Recue, por que ja vaifaltando agua pelo caminho.

Os gêneros alimentícios que d'ahi teemvindo, sào vendidos aqui por preços ex-oíbilanles, como por exemplo o café quecusta l#000 a libra c o sabão G40 reis,e íudo o mais á proporção; c damos gra-ças a Deus ainda haver para se comprar.

—Informa-nos o sr. José Uàlanisiáo tleMedeiros, residente cm Tigipió, estradade .laboatão, quo se lêem dado ali diver-sos casos de febre amarella com vomitonegro, dc que já teem morrido algumaspessoas.

—Vimos hontem unia carta escripta davilla de Pesqueira a 31 do mez ultimo',dizendo que começara a chover ali nodia 27, e dfisde a meia noite de 30 ca-hia gràiidò quantidade d'àgua alé a horaem que se escrevia a caria, 4 da tarde.

Todos estavam animados com esteacontecimento, e nuliiam-sc esperançasde salvar o reslo do gado

—Morreu no sabbado da semana ul-lima o teuenle-coroncl Joaquim Antôniode, Souza Cousseiro.

Era homem septuagenário e um dospoucos veteranos do nossa independência.

—No dia ifk do mez passado, om ler-ras do engenho Monte Claro, termo deNazareth, estando Kcliciano José do Limaa capar com seu amigo e futuro genroManuel Pereira de Moura, este desfechouum liro naquelie, julgando ser um veado,dando-lhe morlo instantânea.

Moura dirigiu-se logo ao respectivo sub-delegado, narrando-lhc o oceorrido c cn-trcgoii sc á prisão.

—Estrangulada—Assim foi morta nodia 26 do passado, na villa dc Pacaça,Maria Cordeiro de Jesus, por seu própriomarido Francisco Gomes Prado, hão sa-bemos porquo motivo. O criminoso foipreso em llagranto delicio.

—Na noile de 29 di) mos ullimo o noSalto, subúrbio da villa da fiamellcira,José Maria de Vasconcéllos, íoi ferido comuma facada por Marlinho Uispo de Colo-nia, que foi proso em flagrante delicio.

EUROPA.

Datas do Lisboa até 2o de maio.Lô-so nò Jornal do Recife:

Hontem á tarde fundeou no Lamarão oKiquelo francez Gironde, que á noite se-

guio para os portos do sul.Íamos em seguida as mais importan-

tes noticias de qno foi portador.Não ha cousa alguma de importante na

polilica inleniii de Portugal.A.s noticias quo propcçupam todos os

espirites são principalmente as du Orien-lu é as quo dizem respeito á mudança mi*liisiorial em França.

0 procedimento do Mac Mahon, julga,do por quasi todos como um golpe doestado; causou immensa estranheza. Osreaccionarios exultam, julgando vor sur-gir a victoria denlro os abysmos do pas-sado, mas não so lembram elles, os ho-mens da roupagem negra, os inimigos dafamilia, os algozes da liberdade, quo acivilisaçãò não retrocede, porque o pro-gresso é uma loi improscriptivel o fatal oos que pensam restaurar d'enlre a poeirados séculos as caducas tradições o oscóndemnados privilégios, assistem apenasaos últimos ostorcimeiitos da agonia donovo mundo.

O novo ministério francez, cuja feiçãopronunciadamente monarchica, pendendo,segundo uns, para o boiiapartismò, o quesei ia uma desgraça, e segundo outros,

para a legitimidade, o que causaria umcalaclísma, pareço ser o prenuncio degraves acontecimentos politicos om Fran-ça.

Estas noticias foram desviar a attençaopara uns boatos tenebrosos que correramem Portugal o talvez fossem inventadospor novolleiros terroristas, para fins jáconhecidos o balidos. Assim mesmo ellesfizeram um certo barulho e deram moli-vos a largas discussões e inlreieiiimeiitos.

iioiiriirío nos a nuas cuiiespomieiiuinado Madrid, qiie*fofain dirigidas a folhasde Lisboa.

Ao Diário Popular escrevem daquellacapital o seguinte:

«Tem corrido ha dias o boato de umaalliança entro a Hespanha e a Allernanha,

quo no seu afan de atacar a França, in-tenta chamar a si a llalia, ofíorecendo-lhoem troca Niza o Saboya. e a Hespanha,

proniettendonoá vantagens illusòriai. Af-linna-se que o conde do Harlzfeld traba-lha ha dias neste sentido, desde o ceie-bre discurso de Moltke—pedindo que.se as circumstancias o reclamarem, aHespanha cubra com 200:0(10 homens afronteira dos Pyrenous, recebendo emtroca certo augincnlo territorial nas fron-loiras, o oulras vantagens. O assumplo edo si lão gravo que só o iransmitto comoooiilo o pela minha obrigação de corres-nondonte, apesar de haver1 quem digaijue a nota convidando a Hespanha paraentrar nesla alliança foi entregue ao sr.Silveira, o qual, depois de algumas re-lloxõos, disse que consultaria os seuscollegas. Tambem se diz que a Inglaterranão é estranha a esta nova quádrupla ai-liança. Repito, dou com todas as reser-vas estes boatos, que pode ser que não to-nliam fundamento nos seus pormenores.sendo conveniente não esquecer quo a Al-Icmanha auííinenlou as guarniçôes da Al-sacia e Lorena, o que tom trabalhado emformar a alliança quo deixo indicada.»

Ainda mais. O Progresso,recebeu outrasinformações que o completam aqüellas.mas é provável que umas o oulras par-tam dos mesmos centros carapòlèiros:

«Será inútil esperar, diz a tal corres-

pondencia ,1o Madrid. quo a Penínsulaibérica por manter-se nuulral, como lheconvém, nas difficeis circumstancias quenos esperam 1 Occorre-mo esla duvida,em visla do seguiiito-easo- quo passo areferir-lhes. o sobre o qual. sem duvidahão do meditar, porquo nas presentes cir-cumstancias é muito significativo.

«Parece que ha dias chegaram a um

porto do mar, om Hespanlia. da costa oce-anica. tres estrangeiros modeslamonlevestidos, os quaes, apenas desembarca-dos so apresentaram ao cônsul allemão,moslrando-lhes documentos, que mani-restavam ser um loncnte general, um co-ronel e outro cominandanlo prussiano.Nada linha isto de notável, se não decla-rassem quo vinham cm commissão parainquerir do eslado de Hespanha c Por-tugal; o mais quo, para esse üm, traziam

I

Page 2: DIÁRIO DO MARANHÃO.memoria.bn.br/pdf/720011/per720011_1877_01157.pdf · ficando 40 solei'!Silas sob o desabamento de um (oleiro, ilmido toavam giiano. He/, navios foram a pique,

DIÁRIO DO MARANHÃO.

uma orilem iiiipiir.ini, ordenando ans em-baixadorcs, o nn falta destes ans consti•' les, para quó lhes facilitem tudo quantoaquelles lhes exigirem. Vinham du Por-lugal, ondo 'permaneceram

por espaço deum moz, c a eslas horas devem achar-sejá em Madrid, desd«i ante-lioiiluill, Dis-sentiu que não tardai iam em ir ao Ferrol, ç trocaram em metal doiis a tres milduros, quantia esta quo me parece excessiva para uns simples lourisles, que porIoda a equipagein levavam uns pequenossaccos de mão.

«O que mais me siirprelifiiidi) ò que nacitada ordem iu: penal so'previno qne-vealguma ve: exigirem (/utinhas a i/ue ndoalcancem os meios rom (/ue ennlam oscônsules aiieiiiães, esles ns solidem dasauetoridades ile IK Affoiiso XII, em no-me do Imperador Guilherme».

Registrando os boatos, não pretendemosincutir terrores. Esteia'a llespatiha émciri.uiiislancias de se envolver n'uma em-preza, para ella duplamente perigosa ?Esla pergunta desfiz qualquer receio qiuessas Hiijttes pretendam inspirar.

O governo poíiuguez vaj oecuparseem conselho de ministros da questão re-laliva aos tratados feitos com o Trans-Wiial e aos còiítraclos realisados sobre abase desses conlractos.

O governo tem forçosamente de definira sua situação em relação ao Tr.iilSW.ial

Tinha o teinii tratados com esla repu-blica; íi sombra desses tratados haviam-sò,celebrado conlractos para a construo-ção de nm caminho do ferro des«le Lotí-rençn .Maripies até 1'retinia Ahnexado o'Transwaal à Inglaterra, mantém esla ostratados celebrados mi nio? 15' esle oponto (pie urge resolver.

A Ròiimania declarou-se independenteno dia 22 de maio e declarou giieria áTurquia, eis a noticia mais importanteque encontramos nas folhas estrangeiras;recebidas por este paquete. O parlatiien-lo roíimaniço assim o resolveu pnr íi8votos contra II. A icspecliva moção foiassim conhecida:

«A assembléa, considerando que a Tur-quia, pelo seu procedimento, pelas sinsiiggressões, rompeu os laços qtiti prendiama Ronmaiiia ;i Turquia, e considerandoque a Turquia começou as hostilidadescontra a Roumania, bombardeando inuiiasdas suas cidáílcs, apoia sú nos senliilien-los da justiça das potências garantes que,pelo tratado de Paiiz. salvaguardaram o(leseiivdlvim.-nto politico da Iloumania, uaulóíisá o governo a tomar todas as pro-videncias para ass'.'giirar a existência doprincipailo e permittir lhes que, depoisda paiz. se encontre em uma situação po-Ut,,.., í-u.ll a/a. .'fl.(«(.!, IJIIU (íll) (IO .1 IJUSSI"bil da«|i', de realisar, fora de toda a de-pendência, a sua missão histórica no Oi ienle».

Esla moção foi votada depois de umdiscurso em que o ministro dos negóciosestrangeiros declarou que a polilica dogoverno linha sido moderada na presenlecrise, mas que. em conseqüência da ag-gressão não provocada dos turcos, linhamesles perdido todos, os seus lilulos á sym-patina do povo e do governo. Os solda-dos otlomanos bombardearam cidades in-defezas o queimaram embarcações nosporlos roumam-s do Danúbio, sem consideração pela sua nacionalidade, e naviosinglezes se linham visto obrigados.a pe-di. prolecção ás auetoridades roumanascontra os lurcos. As baterias roumanasde Ollenilza e Kalafal tinham por fim res-pondido ao fogo dos lurcos e continuariam fazendo-o.

Para Olleniza marcharam immediata-mente dous esquad.ões de cavallaria.oito baterias krupps o cinco batalhões dcinfanteria.

Um despacho de Berlim diz que a Al-lemanhii reconhece a independência so-leiiinemente proclamada pelo príncipeCarlos, o oulro despacho dc Vienna an-nuncia que o governo austríaco se nega areconhecera independência do principado.

O conllictó orienlal complicava-se Iam-hem com a altitude bellica attrihuida áServia. A maioria do gabinete proiiun-ciou-se afinal a favor da guerra, Um des-pacho do Peslh. do |fj de Maio, d z queo parlido do gueira collocou o principena alternativa de combater ou abdicar. Obrincipo queria conservar a neutralidode.So Iriumphar o parlido de guerra a Aus-tria intervir;!.

A retirada do cônsul russo de Belgrado considera-se como prova de que aRússia abandona o principe Milan. Emtal caso a coroa da Servia seria ollereci-da ao principe Nicoláo do Monlenegro.

Se elíeclivamente a Servia tomar partena guerra pôde bem ser que não seja fie-ção o que se lè n'uma correspi ndenciade Vienna acerca do fim da guerra em-prehendida pela Rússia. Segundo o cor-respondente. o plano da Rússia ò: l.° Se-gurar ao Monlenegro uma perfeita inde-pendência o o seu engrandecimento pelaannexaçâo da Herzegovina o de uma par-te da Albânia; 2.° Engrandecer a Servia;3.» Fazer da Bulgária um Estado au-tonomo sob ã suzerania da Porta: 4.» Que-brar os laços da vassalidade que pren-

dem a Iloumania á Sublime Poria e reu-nir a Dobrudsolia ao território roíuil-ino;¦V Preparar por meio de leis de suecos-são ad hoc. a reimião eventual do Monte-negro, a Bulgária e a Iloumania sol. oprotector a.Io do czar, a quem corrospon-líliria além disto, quanto a todos os quatro Estados, a soberania mililar.

Das operações militares pouco ha deimportante a não ser as continuadas me-Pioras do tropas e uma batalha (pie se rea-lisou no dia II nos arredores de Balourosna Ásia, em que foram derrolaílosos rus-sos, deixando no campo nada menos de4:000 inortos, a darmos credito a dospa-chos sabidos de Oonstanliiioplu.

Eis como um correspondente descrevepelo telegrapho essa batalha:'«Esla manhã (II de maio) ás 5 horas,chegaram os russos em grande numerode artilharia de campanha, e atacaram fu-idosamente as alturas, que protegem a ci-dade do lado de lerra e que estavam oc-copadas pelos baehi houzucks. Esles, en-trincheirados como de costume, recebe-ramo inimigo com um fogo terrivel e bemsustentado de artilharia e de fusilaria,que lillerálmèittejho ceifou as fileiras.

Viam-se cahir aos vinle e aos cem. En-tretanlo um corpo de tropas a pó e cavai-lo desfilando a favor dos bosques, preci-lava-se sobre o flanco dos russos, que, sur-preliendiilos em terreno descoberto, nãotinham escolha senão entre fugir o sticíim-bir. N'11111 momento licou a planície junca«Ia de mortos e do moribundos. Todavia-vieram-lhe reforços e o combate conlinu-ou ilesesperadaiiiciile, mas, ao meio diaa artilharia russa affrouxou o fogo e prin-eipiou a rei irada,

Vi ludo com os meus olhos desde aprimeira alé á ullima hora: os bochi bo-zucks foram magníficos, c, se tivessemempregado sempre o canhão, em vez dese arrojarem para a frente, as perdas doinimigo, ja maiores do (pie se suppuilha,seriam ainda mais graves. Tomaram-lhomuitas peças sem deixarem uma sú uasmãos. Um só ollicial do dislincçáo foiinorlo da sua parte. E' verdade quo noprincipio tiveram a vantagem dos eiilrin-cho.iramenlos.»

No dia 8 linha começado, sem decla-ração previa, o bombardeamento de Kalafal pelas baterias de Widdin. Kuláfal es-lava pecupada por tropas roumanas. Pare-ce, porem, que, nem as balas lançadaspelos turcos ganharam a margem opposla,nem os projoclis roumanos alcançam Wid-din.

Nesl.i cidadella era a g.nrniçiio de10:001) homens; nos seus arredores eslava acampado todo o corpo de exercitodn Osmaii-Piichá. de trinta batalhões, e. auma légua da praça, do lado sudoeste.havia ires batalhões com 48 peças, ai-«uns esquadrões de cavallaria uma léguamais aflastados, e sete batalhões u'umaeminência ainda mais para o sul.

Os batalhões não são todos constitui-dos da mesma forma, variando o ellec-tivo entre 400 o 1:200 homens, do modoque em media não so pode conlar miisdo que (100 a 700 homens por batalhão.

Em Rousteliouk a guarnição lambem éconsiderável. Uma correspondência datittzeta ãe Aiuishourg avalia em HSbatalhões de 700 homens cada um, ouem perlo du 27:000 homens com 72peças.

Na manhã do dia 8, segundo constavapor Buehareste, ns russos abriram o ti-roteio sobre a ilha de Ghecel em frentede Rraila. Depois de terem obrigado aretirar se a infantaria turca que a oceu-pava, os russos passarain à ilha, destrui-ram os trabalhos e o posto dos turcos, eregressaram a Braila. Oulro despacho damesma procedência diz que os turcos es-tabelecidos em lsaccia bomhardeiara.n omosteiro de Tlioraponle. construído po-los russos junto a Satulnon, em memoria do logar em que foi dado, em 1828,o signal da passagem do Danúbio.Alem da destruição do mosteiro, cons-lava qno os turcos tinham incendiado assuas dependências. Da parte dos russoshouue uma peça inutilisada e um homemmorto.

Um grande monitor turco foi mettidoa pique no Danúbio pelas baterias rus-sas. Esse navio tinha-se aproximado deRraila, no dia II e emboscou se na ilhado (ihece, começando a bombardear apovoação. Os lurcos situados nos postosda margem e cães do Danúbio responde-ram a principio com artilhe, ia ligeira,que não fez mal nenhum ao monitor. Im-mediatamente as baterias russas, occul-tas alraz das vj.sinl.as. apoiaram o fogo,duranle uma hora. Uma granada melleua pique o maior monitor.

Afogou-se toda a tripulação e 200 sol-dados que estavam a bordo; apenas es-capou o pratico.

As balas deram na caldeira, fazendo-aestalar. O fogo communicou-se ao paioldo monitor o a explosão despedaçou onavio.

Os últimos despachos lelegrapbicos quoencontramos nas folhas de Lisboa, eramos seguintes:

Conslantinopla, 14.-O fíessirel publi-ca um lelegramma, alfirmando quo uma

tentativa do,s russos para passarem o Da-noliio foi mal succtí«li(la completamente.

Suppõe-se que os russos reúnem forçastu Ásia para atacar Erzeroum.

Os habitantes de Alepo equipam 2.000cavaleiros á sua custa para combaterema favor da Sublime Poria.

Conslantinopla, Ui.—Um despacho tur-co, diz que a esquadra turca bombardeouo porto fortificado, russo Sonkhoum KalIch, no Caucaso.

Os turcos desembarcaram e derrotaramos russos, fijjíhdo senhores da posição.

Corislniitin'-.pla, 17.—Houve hontem ro-nhido combate nos arredores de Kirs.entre a infantarii, artilheria o cavallariarussa o oilo batalhões tiircoj de dragõese artilharia. Os turcos'pe.deram 04 mor-los. muitas armas e cavallos. e os russosum ollicial. 20 soldados de cavallariamorins: íi olliciaes e Íi4 soldados de ca-vallaria feridos.

Foi lambem ferido o general Ichcka-laielí.

Londres, 18.—O sultão admille os cliris-lâos no scu exercito.

Por tal molivo serão alistados 200,00(1ollomanosj apezar de professarem a reli-gião da Ilussia,

Washa, defendida por dez mil circassi-anos, cahio em poder dos turcos. Sou-koiim minou a cidade, destroçando os(pie. fizeram fogo desordenadamente.

Manifeslou-se a insurreição na Oicaeia eno Caucaso.

S. Pelersbnrgo, lil.—Os russos tomarampor assalto, a cidade e praça liuca de Ar-dahaii, na Armênia. Encontraram aili GOcanhões 6 muitas munições. Os russosconfessam haver sr-Hrido no assalto 235baixas entre mortos e feridos.

As noticias de Albinas aiinuncium quea Grécia vai abandonar a polilica passivae declarar guerra á Turquia.

Vienna, 21.—Os russos declaram quequerem livre para si o caminho do Mediler-raneo pelo Uosplioro e pelo estreito de Dar-danrllos. Partio, na sexta-feira, de Conslanlinopla para o Caucaso uma grande ex-pediçáo, composta de um corpo ile exercitocom artilharia e munições. Foi proclainadina Turquia a guerra sanla contra a Itussia.

Mercado de assucar calmo, eos pi ecossustentados.

Havre 0.Couros seccos salgados de Peruam-

buco, de 80 a 82 francos pelo? 50 ki-logrs

Deposito geral de cafó 23G,000 saccos,-sendo 10(1,000 do Brasil.

Marselha, ü.Assucar de Pernambuco a 31 francos e

50 cenlimetros pelos 50 kilogrs.Deposilo geral de café 4.008,000 ki-

logrs.Nova York, ü.

Cambio sobre Londres 4—88.Preço do ouro 105 1|2.Cafó de Saulos Fair" Cargoes a 10 cenls.

por libra.Deposilo geral de café em todos os

mercados cresce rapidamente e consistemem 303,000 saccos.

ASSEMBLÉA GERAL.

Telegraininas.Paris. 29.

S. Jl. o Imperador do lirazil visitou osarrabaldes desla capital.

Paria, 31.Acabam de ser demillidos muitos em-

pregailos entre os quaes Ni supperleitos,que haviam sido nomeados pelo sr. JulioSimon. Ileina calma.

Londres, ,'íl.Os lurcos, depois dc renhido combate,

retomaram a cidade do .Wdahan, no baxalikado de Erzeoum.

llio de Janeiro, 2 de junho.Realisou-se hontem o encerramento da

primeira e abertura da segunda sessãoda décima sexta legislatura, sendo a falIa do llirono lida pelo minislro do im-perio, para isso commissioiiado por S.1. a Regente, em vista de seus pa.lvci-menlos que a impossibilitaram du assistirá ceremoniii.

Esse documento menciona: quo a saúdepublica é boa; qne, achando-se as provihcias do norte do império lutando comterrível secca que tem reduzido a mi.se-ria as populações, o governo imperial da-do todas us providencias a seu alcanetpara serem soecorridos os habitantes, quio governo imperial flrmou a convençãopostal approvada pelo congresso de ller-ne, bem como a convenção consular coma Ilalia; conclue lembrando à câmaras aconveniência de serem concedidos o seuapoio e os favores indispensáveis ás emprazas de caminhos de ferro.

Paris 4.Não se verificou a retomada do Ardahsn

pelos lurcos.Londres, 4.

Corre ainda vagamente que S. M. oczar da Ilussia deve chegar a (> do correnle ao Danúbio para assistir á passagemdas tropas russas d'uma para oulra margem.

Paris, C.S. M. o Imperador do Brasil visitou í.

colônia agrícola dos jovens penitenciáriosem Mettray, no departamento de Indre-eLoize,

COMMEllCIAES

Londres,. C de junho.Fundos brasileiros de 5 0|o empréstimo

de 1875, a 92.Mercado de assucar regular, e os preçosbem sustentados;Deposito geral de café 23,100 tone

ladas, sendo 57,000 saccos do Brazil.Liverpool, 6.

Mercado de algodão regular, o os pre-ços bem sustentados; venderam-se hoje12,000 balas de Pernambucoa 63|16 d.por libra.

Gamara dos Srs. Ilupolados.O sr. Barão de Penalva.—Sr. pre-

sidente, coinquanlo pelo regiuienlo seja oilia ilo boje destinado á apresentação* odiscussão de requerimentos, eu não abu-sarei por muilo lempo da paciência e daattenção da câmara, e usarei da palavraapenas por alguns minutos, para justifi-car uin requerimento que vou subuielterú approvação da mesma câmara.

Sr. presidente, em..1874, a instânciase esforços ilo finado bispo do Maranhão,D. Luiz da Conceição Saraiva, de saudosamemória, resolveu o governo fazer consl.tiir naquella provincia um edilicio queservisse ao mesmo tempo para a residoii-cia do diocesano, o para archivo da ca-mara ecclesiastica. Para semelhante lim,em setembro de 1874, foi posta a quan-lia do 30:OÜO/9 á disposição daquélle vir-tuoso prelado.

Sendo per este. encarregado da direp-ção das obras o inlelligenle e zeloso ar-cediago da calhedrul, liveráo ellas logogrande impulso. Prepararão-se alicercespara lodo o edifício, construirão-se diversasparedes de alvenaria com sete o oilo pai-mos de grossura e comprou-se grandeporção de madeiras e de oulros mate-riaes, ficando assim em fins de janeiroile 1875 esgotada a verba, e por consegiiiule paralizadas as obras.

Depois de novos e repetidos pedidos dobispo I). Luiz, loi concedido novo creditode 20:000f>, quo por sua vez licou Iam-bem esgotado em fevereiro de 1870.

Apezar da quantia, relativamente pc-quena. empregada uo edifício deslinadopara paço episcopal, eslá elle solidamen-le construido, acha-se já coberto de telha,com algumas de suas paredes na alturadevida e com o Iravametito e barrntesem seus lugares para receberem o soalho;tendo sido calculado em 50:000$ a quan-lia precisa para o seu completo acaba-mento.

Ainda em leverciro do anno passadodirigio-se o enlão governador do bispadoe hoje vigário capitular ao ministério doimpério, romellendo um relatório circums-(aliciado da obra, acompanhado dos do-cumentos comprobatorios do toda a des-peza, e pedindo por essa occasião a con-signação da quantia precisa para a con-clusão da obra do todo o edilicio; mas oantecessor do honrado sr. ministro do im-perio náo a concedeu, sem quo fosso issodevido á mal entendida economia ou áfalta de meios, visto que s. exc. gastavamensalmente com ajardihadameníos o ou-trás obras nesla corte quantia muilo su-perior á que fora pedida.

O sr. Gomes ile Castro:—Apoiado.0 sr. liarão do Penalva:—Felizmente

acba-.se hoje na direcção dos negócios doimpério um cidadão que mo inspira muitaconfiança pelo interesse e solicitude quelhe merecem todos os negócios que cor-rem pelo ministério a seu cargo, e assimestou persuadido que s. exc. não quereráque, para não gastar-se alguns .contos dereis, se deixe arruinar e mesmo perder oque, com lauto trabalho e economia, seacha leilo; além de que, concluída a obra,econo.nisaráõ os cofres públicos os alu-gueis de casa que hoje pagão para resi-dencia do diocesano.

Passarei agora, sr. presidente, 'a oceu-par-me muilo ligeiramente de um outroponto a que se refere o meu requerimen-to.

Tratando o governo imperial dc dar exe-cução á lei de 9 de setembro de 1870, quemandou proceder ao arrolamento da po-pulafão do império, fez baixar, com o de-creto de 30 dc dezembro de 1871, o res-peclivo regulamento, o qual, no art. 15,dispõe que serão considerados relevantes,para todos os oíTeitos legaes, os bons ser-viços prestados pelas commissões censila-rias, devendo os presidentes de provinciaremetter ao. ministério do império umarelação dos cidadãos que por seus bonsserviços se tomassem merecedores de re-numerações honoríficas.

(Trocào-se apartes.)Sei que forão pelo gabiqete 7 de Março

conferidas laes dislinções nu remunera-ções aos quo por esses bons serviços maisse dislinguirão em algumas províncias iloimpério; -no entanto que os mesmos ser-viços prestados c.n oulras províncias nãoforão até hoje reconhecidos. (Apoiados.)

0 sr. Barão de S. Domingos:—Do Ama-zonas nem um só !

0 sr. Pires Ferreira:—Do Maranhãolambem nâo. s

(Ila oulros apartes)0 sr. Barão de Penalva: -Seinelhaiile

procedimento, por ser desigual, a câmaraconcordará em quo ó inconveniente e alémesmo odioso. (Apoiados da deputaçãomaranhense).

O recenseamenlo da .população ficouconcluído na minha provincia, se bom merecordo, e.n dos de 1873; não obstante,o governo não cumpno alé hojo a dispo-sição do art. 15, por mim cilada.

0 sr. Barão de §. Domingos:—No Ama-zonas não a cumpriu lambem até hoje.

O sr. Barão do Penalva:—O governo,por aquelle a.t. 15, conl.at.io uma divi-de, que, no seu próprio interesse, estáobrigado a-saldar," porque o procedimeti-lo contrario só servirá, [ara-que o paiznão creia mais' nas promessas de gover-nos, que lão laceis são eih fazel-ás quan-do precisão do, concurso dos particulares,quanto em tudo esquecer quando se '.chãoservidos I

O Sr. Gomes do Castro:—Já lá vãomais dc dous annos t

0 Sr. Barão do Penalva:—O recencea-menlo é nm serviço que periodicamenteterá de repelir-se, e sc o governo nãocumprir a sua palavra, ou anles a dispo-sição da lei, do cerlo que não encontraráquem, segunda vez e com a mesma bòavontade, se preste gratuitamente a lãoenfadonho trabalho.

O Sr. liarão de S. Domingos:—No Ama-zonas alé correram perigos graves.

0 Sr. Martinho Campos:—Foi precisobatalha! (Risadas.)

O Sr. Pires Ferreira:—E muitas com-missões fizeram despezas do seu bolsiiiho.

O Sr. Barão de Penalva:—No Maranhãohouve algumas commissões, como a ¦ do2." dislricto da capilal e varias oulrasque, uo louvável intuito de apresentarum trabalho perfeito, não se pouparam asfadigas, andando do porta em porta, co-lendo as informações necessárias e ins-liuindo os cidadãos menos intelligentesda maneira por que deviam encher aslistas, alem dc terem corrido por contadessas mesmas commissões as despezasde papel, pennas, ele.

O sr. liarão de S. Domingos:—Esse foio menor serviço que ellas prestaram.

fl cp llurüu ilo 1',-nalvu: Apccar lietão bòa vontade e de lanla, dedicação,eslas com.nissOes nüo mereceram sequerum obrigado.

CoTísfírme que o honrado deputadopela minha provincia, quando presidentedelia, obedeceu ao regulamento, remei-tendo a relação dos individuos que maisse recommendarào á consideração do go-verno imperial; não obstante, alguns an-nos são decorridos, o nada sc ha"feilo I

Paliando com franqueza, devo declararque semelhante procedimento para com aminha provincia, nâo me causa ostra-nheza. (Apoiados da deputação do Mara-nhão.)

Desde muito o Maranhão eslá acoste-mado a viver quasi sempre no esqueci-menlo do governo imperial. (Apoiados darespectiva deputação.)

Ainda uào l.a muitos dias um dos meushonrados collegas de deputação tratounesta casa de um banco com , duas car-loiras, uma commercial e outra hypolhe-caria, que se pretendia crear no Maranhão.

0 sr. Gomes de Castro:—Isso fica paraas calculas gregas.

0 sr. Barão de Penalva.—As acções fo-rão totlas subscriptas, mas a vexatóriao oppressora lei de Agosto de 1860, cons-(Ruindo o governo tutor dos particulares,embaraçou a creação do banco, porque ogoverno até hoje a nào concedeu, ao pas-so que autorisou a encorporação do doCeará, qjijo.s estatutos forão modeladospelos do do Maranhão.

O sr. Pires Ferreira.—Isto é que é ori-ginal!

0 sr. Heraclito Graça.—Acceitou-se acópia e desprezou-se o original.

0 sr. Barão de Penalva:—Assim tam-bem o dique começado em Maranhão em1851, quando ministro da marinha o sr,conselheiro Zacarias, eslá desde muitosannos em perfeito abandono.

O governo tem mandado diversas com-missões para examinar a obra e verificara conveniência da sua continuação; noentretanto os exames suecedem-se e nadase resolve.

Ultimamente ainda um novo emissáriodo governo foi mandado ao Maranhão aao Pará para interpor parecer sobre a con-veniencia de mudar-se para esta ultimaprovincia o dique começado, mas inter-rompido, no Maranhão, e, segundo meconsta, esse emissário foi de opinião queo Maranhão é o porto do norte que me-lhores vantagens ofíerece para a construo-,ção de um dique.

0 sr. Gomes de Castro:—isso é sabido.0 sr. Barão de Penalva:—Quero crer

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1

Page 3: DIÁRIO DO MARANHÃO.memoria.bn.br/pdf/720011/per720011_1877_01157.pdf · ficando 40 solei'!Silas sob o desabamento de um (oleiro, ilmido toavam giiano. He/, navios foram a pique,

DIÁRIO DO MARANHÃO.

!'

:

quo o aetual ministro da marinha, quelão iiicançavel se tem mostrado na boagerencia de sua pasta, quebraria o encanto de. tal dique se infelizmente o déficitnão viesse tudo diílicullar.

. Se eu quizesst* fazer ver o máo fadoquc persegue a provincia do Maranhão,tocaria nas obras do cães da Sagração cem outras; mas emfim reconheço que nãod esla a oceasião opportuna, e que váriosnobres deputados desejão tratar tambenide negócios que dizem respeito a suas tes-pectivas províncias; por conseqüência limi-tar-me-hei ao que tenho dito, e vou man-dar «á mesa o meu requerimento.

0 sr. Gomes de Castro:—K mais umdiscípulo aproveitado do sr. Ferreira Vian-na. (Iltsalas e-apoiados); '

0 sr. Cesario Alvim. -Philosophou per-feilamente.

Em seguida o sr. Barão de Penalva fun-(lamentou o seguinte requerimento, quefoi approvado sem debate :

«Itequeiroque se peçam ao governo osseguintes documentos:

«Copia do oflicio dirigido em Fevereirode 1870, pelo arcediagoda catliedliral doMaranhão ao e.\m. ministro do imperioso-bre as obras do paço episcopal.

«Copia do olllcio tio presidente do Mara-nhão, servindo de acompanhar a relaçãodos cidadãos que por seus bons serviçosnas commissões do recenceamenlo se lor*liarão dignos de- remuneração honorífica.

«líiri 20 de maio de \811.—liarão dePenalca.»

O ar. Gomes de Castro.—Antes deencetar as humildes considerações que le-nho de sujeitar ao alto critério da cama-ra, permilla-me, sr. presidente, que ma-nilesle minha admiração pela grande sa-gacidade do nobre ex-ministro da justiça.

Ainda que alarefado com a espoiilanei*dade de sua eleição senatorial' deu-noss. exc. um volumoso relalorio, colheu in-formações' de todos os pontos, siiggeriiialvilres para preencher as lacunas de quese resenle nossa legislação criminal, con-trahio compromissos de maior peso; equando o parlamento esperava que. de lãolonga gestação viessem ao seu seio proje-cios importantes, alguns dos quaes não po-dem ser adiados por mais tempo sem graveprejuízo publico, abandona s. exc. a pas-ta, e aproveitando-se do sinistro do Car-naval, passa-se para outra mais fácil, maiscommoda, menos trabalhosa I Era, emverdade, menos árduo lembrar medidas jáha muito cogitadas que formulai-as emprojectos e converter os projectos em leis.

Itecorda-me esle facto o apólogo de umanimal celebre nas fábulas pela sua argu*cia e sagacidade. Uma raposa cobrio-sede pulgas, (ío modo a nào poder suppor-lar lão incommodos animalejos. Para li-bertar-se usou da seguinte traça: prendenos dentes um ramo de arvore, immer-ge-se pela cauda em um rio próximo, eá medida que a água lhe ia cobrindo ocorpo, refugiavãoso as pulgas no ramoque estava fóra. Completada a immersão,deixou o ramo e ganhou a margem: es-tava limpa.

0 ramo, que neste caso ò a pasta, re-colheu-o o nobre ministro da justiça.

O sr. Cesario Alvim.—Então está cheiode pulgas. (Ililaridade).'O

sr. Gomes de Castro: -Sem duvida,traz as pulgas .accumuladas por seu illus-Ire antecessor./

Sr. presidente, lenho no mais alto con-ceito o caracter e os talentos do nobreministro.

0 sr. Ministro da Justiça:—Obrigado aS. exc.

O sr. Gomes de Castro:-Considero in-justa a opposição liberal, que tem duvi-dado dc sua competência, por exercer s.exc. a profissão de advogado, não na còr-te, porem em uma cidade central. Mas,sem quebra do respeito que llio devo eda amisade com que me honro, ha de s.exc. permiltir-me a .maior franqueza nodebate, pois lenho o pezar dc encontrarna ainda lào curta administração de s.exc. motivos para receiar que não sejatalvez lão feliz como merece e et| desejo,na importante posição que hoje oecupa.

Noto, Sr. presidente, extraordinária mo-rosidade de expediente no nobre ministroda justiça. E' necessário que S. Ex. dêaos negócios de sua pasta a actividade eenergia que ha muilo lhe faltào. (Apoiados.)Ha logares vagos na magistratura, que atélioje não furão providos. Em minha pro-vincia, por exemplo, está vago ha tempoum logar de desembargador. Na magis-tralura inferior muitos logares de juizesmunicipaes, e até algumas varas de direi-#to estão ha muito vagas.

São obvio9 os.. inconvenientes destastransmígrações de umas para outras pas*(as. Perdem-se os estudos feitos. O minis-tro que entra começa novos estudos, edeste modo adlào-se por tempo indefinido,com incalculável, prejuízo publico, as ne-cessidades mais urgentes de nossa legisla-çào, cheia de lacunas e de disposições con-demnadas pelo progresso. 0 nobre mmis-tro não ba de querer, sem refleção, acei-tar as- jdéas de seu antecessor e iniciar me-didas por elle suggeridas. Gasta-se inútil-

novo ministro oecupará a pasta; e realiza-da a minha previsão teremos novos estu-dos, novas delongas; o assim iremos dedecepção em decepção e as necessidadespublicas ficarão sem o remédio que hainniti: solicilão.

Esle estado de cousas é enlre nós desumma gravidade. 0 quadio da magistrà-tura brazileira é, Sr. presidente, ainda lãosombrio, quo não póde deixar de preoceu-par o espirito de quantos se interessão pelaorganisação de uni poder de funeções tãoimportantes o graves. Felizmente tem ellaem seu seio caracleros, maiores de todaa excepção magistrados que se recom*mendão pola integridade do seu caracter,o pelas luzes da intelligeneia. (Apoiados.)Mas, em geral, senhores, ella se nào dis*tingue .nem pela illuslração, nem pela independência. (Apoiados.)

Posso dizôlo neste recinto,sem olfensadc tão interessante classe, porque o quehoje nos suecede, suecedeu a outros povos,e em todos os paizes uma boa ma^islra-tura se não conseguiu sem esforço e semlula.

Fallando um dia o illustre Fox da ma-gisíratúra ingleza, exclamou na camara,de quo ora ornamento: «Dous sc compa-ileça de um povo que tem taes juizes!Quc (jilferençados juizes de hoje paraos do tempo de Jorge lll !»

Nâo farei, entretanto, a mesma suppli-ca; não quero ferir susceplibilidades, etalvez fora injustiça fazêl-o, pois sei queha no paiz magistrados que não nos en*vergonhariào ao lado dos melhores da Eu-ropa. (Apoiados.)

Mas, sr. presidente, não 6 possivel quese conlinue'a manter o largo arbítrio quelem o governo na nomeação dos magis-Irados. A origem do mal que lamentamosestá toda inteira nesse arbilrio.

Sem um. tirocinio regular, sem o novi-ciado, como teremos juizes que á morali-dade reunào instrucção o experiência in-dispensáveis em quem tem por missão íl-xar o direito, pronuncia-lo nas contesta-ções dos interesses privados, lão multi-píicòs e conlradiclorios ? (Apoiados.)

Não é levantado dc repente a ignorânciaou a ininioralidade protegidas que faremosdá;justiça uma cousa serio (apoiados), quepoiléremos formar juizes que se inipouliãoii opinião, não pela forra d i auctóridade dopróprio incrilo; ante os quaes a ciiluninia em-modera e fiijão os especuladores que aetual-mente' cereão e explorào os litigantes tirandopartido da má reputação dc alguns magistrà-dos (Apoiados.)

Pela sua illuslração e larga experianoia doforo sabe o nobre ministro qüe, com o arbi-trio que.tcm o governo nüo c possivel rege-nerar a magistratura. E' preciso sujeitaro governo na nomeação dos magistrados asregras lixas, nas quaes gire o seu arbilrio, ecujos limites não possa transpor.

Os talentos pobres e. desprotegidos, quemnão sabe, sr. presidente, que vcgelio c nãosão aproveitados," no passo que a mediocrida-dc protegida ergue-se depressa as prmeirasposições conquista os melhores logares, semoutro mérito qae a felicidade do nascimentoou a importância dos proleclorcs ?

Dó me v. exc. licença para cilar a esterespeito um exemplo bem írisanto. E'piesidento da relação de Goyaz o sr.Adriano Manuel Soares. 15' liberal, é meuadversário, mas não conheço na mains*iralura caracter mais puro. (Apoiados.)Tão modesto quanto intelligento tenbo-ocomo um ornamento de sua classe. Foinomeado para aquelle logar pelo ministro da justiça de 7 de Março o honradosr. Diiarto de Azevedo; seguio para a suaRelação a despeito da quasi impossibili*dade em que se achava, porque è pauperrimo, ainda là se conserva até hoje, nãoHio derao, amo a lautos outros, uma me-lhor Relação, nem creio que venha obelelaporque não sabe pedir, nem tem padri-nhos. , v

(Contínua.)

em seguida a seguinte descripção que nosfiz o nosso amigo capitão Saliislio TertiilianoIJandcira Ferro, do estado desgraçado do Sa-boeiro. Escreve-nos em 31 dc maio:

«A desesperadora crise da secca, vae cadavez mais em augmento, por todo este muni-cipio, cuja população vive cm sobrcsalto; ojá muitas familias se acham em preparativosde emigrar para essa capital c para a visinhaprovincia do Piauhy, para onde vão tambemretirar seus gados," alim de coojiirarem lama-nha calamidade, quo ameaça envolver a todos,nggravíindo-sc mais pela escacez o carestiados gêneros de primeira necessidade, c faltaabSoluta dc dinheiro na circulação, pelo quese acha o commercio dc tode-paralisado, e oscaminhos vão sc tornando intransitáveis á fal-ta de passagem cagua para os animaes. Por-lanlo, o unico recurso que nos resta, paranão morrermos de fome, é procurar a emigra-ção, visto como de «nada nos poderão serviros recursos do governo, que por mais esforçose desejos que tenha por nos acudir. chegarãotarde, quando de nada nos poderão mais a-proveitar; e talvez que. nunca aqui cheguemesses recursos, em conseqüência da diflicul-dado de transportes. Deus nos acuda!

Já morreram quatro crianças victimas dafome; o povo não tem mais de que se sus*tentar, porque já esgotarão as raízes do mu-cuma e páo de moco, pelo que vão matando atorto c a direito o gado alheio.

Ah! meu amigo, oonfrange-sc-nos o cora-ção quando vemos diariamente uma inlinida-de de crianças derramadas pelas ruas e ostra-das implorando um pedaço dc pão pelo amorde Deus!»

NOTICIÁRIO.Almanach.

Junho, 30 dias.Quinta-feira, 14. S. Elizeu, propheta, dis-

cipulo de Elias, herdeiro da sua capa e doseu espirito, como sc vô da sua tocante his-toria narrada nu Bíblia. Viveu no reinadoimpio de Acliab e Jczabel, cujos erros proili-gou. Os chronologistas dão-no figurando naepocha histórica do anno 850 antes de JesusChristo.

Falia do throno.—A' última hora foi-nos obsèquiosahicntc cedido um exemplar ini-presso da falia do throno quo devia scr lidano dia 1" do corrente, quando do llio sahiuo vapor.

t Augustos e digníssimos senhores represen-tantesda nação.'—Níi sessão que hoje come-ça, proseguireis com solicitude, estou certa,nos trabalhos cncelados no decurso da quelindou, dotando o paiz com as medidas maisurgentemente reclamadas.

Sohresaliem entre ellas as que se referemao eslado ne nossas finanças. 13' indispensa-vel que, de par com a mais severa economianas despeza.1', sc cuide no provimento dos rc-cursos imprescindíveis para serem levados aeffeito os melhoramentos materiaes, decreta-dos o cm via de execução, aos quaes não pó*dc fazer face a receita

'ordinária.

Com vivo prazer vos annuncio tpie tem sidosempre lisongeirns as noticias recebidas dcsuas niiigcstadcs o Imperador e a impera-triz.

As condicções sanitárias do Império são,em geral, salisfaclorias; não lendo felizmenteapparecido ato agora epidemia alguma comcaracter assustador.

O governo náo deixa, entretanto, de lerna maior atlcnção este assumpto, no empe-nho du tornar elíectivos os preceitos da sei-encia a bem da hvgicne publica.

A prolongada falta de chuvas cm algumasprovíncias do Norte e na de S. Pedro do ItioGrande do Sul acarretou sobre ellas as pro-vações iiihcreíitcs a semelhante llagello.

O governo, auxiliado pela caridade parti-cular, tem ncudído ás populações daquellespontos do Império, com gêneros alimentícios,auctorisaiido ao mesmo tempo os presidentesa despenderem o tpie fòr preciso para alliviaros solTrimentos das classes mais necessitadas;e estudará os meios de previnir, quanto fòrpossivel, os graves eífeitos desse mal, dc.ipieperiodicamente sáo victimas, com espeeiali-dade, as províncias do Norte.

Associando-vos ao sentimento que diclouas providencias tomadas, destes sem duvida,um testemunho de patriotismo digno dos re-presentantes du nação.

A lei n. 2450 dc 24 de setembro de 1873.que auetorizou a garantia de juros ás estra-das de ferro provii.ciaes, não produziu o rc-sultado que se esperava, a despeito da boavontade com que o governo procurou exceu-tal-a.

Os capitães estrangeiros não se lem pres-tudo a emprezas desta ordem. Seja pela des-confiança geral, que se manifesta actualmen-lc cm todas as pinças da Europa, seja porqualquer outra causa, o que parece certo équc, por emquanto, será diflicil realisar o in-tuilo du lei.

Convém, pois, attendendo ás causas quetornaram ineficaz o auxilio prestado, de

Carta de apresentação.-Ao envi-ado extraordinário e ministro plenipoten-ciario, junto á Santa' Sé, foi remetlida acarta imperial de apresentação em íavorde D. Antônio Maria Correia do Sá e Be-nevides, oleilo ultimamente bispo da dí*oceso do Marianna, para os fins conveni-entes.

Distribuição de jornal—Pura sa-lisfazer a vontade dos nossos leitores,que desejam saber as noticias mais im-portantes, trazidas pelo vapor E. Santo.fazemos distribuir com antecedência estenumero do Diário.

Concessão de liberdade—O sr.desembargador Francisco da Serra Car-neiro deu liberdade a 4 escravas, ulti-mas quo possuia.

E' esle acto do sr. desembargadorcontinuação de outros, estendendo a sua libeialidade egenerosos sentimentos a maisIG escravos que lambem possuiu.

Imposto sobre apólices.—Foi pelapresidência expedido o seguinte officio aoThesouro Provincial:

!!.* secção, Palácio do Governo do Ma-ranhão, 13 de junho de 1877.

Consulta vmc. em officio n. 114 dehontem, se as apólices da divida fundadadi provincia a juros do 7 °|u ao anno,quo, resgatadas, ficarem pertencendo aosBancos do Maranhão e Commerciai a juros de C '|0, de conformidade com asordens desta presidência ostão sujeitasao imposto de I °|v, de que trata o § 07do art. I.° da lei do orçamento vigenten. Iloli de ;i do setembro do anno pas*sado.

Em resposta, tenho a declarar a vm. quenão eslão as mesmas apólices sujeitas aoimposto do que trata, porquanto opera-seuir.Yresgate dos litulos de 7 "|0 os quaesdesapparecem. o é o próprio Ihesouroque, depois de resgatados os entrega ajuro menor aos mesmos bancos. Deusguarde a vin. Francisco Maria Corrêade Sá e llcnevides.—Sr. inspector dothesouro publico provincial.

Loteria do Rio.-São estes os maio-res prêmios da loteria n, II cm beneficio dasobras da matriz do SS, Sacramento da corteextrahlda em 2b' de maio ultimo.104ÍJ 20.000P00t;8)|)

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SECCÃ0 GEIUL.Fallecimento.

Hoje, pelas quatro horas da manhã, sue-cumbio d'uma penlinaz moléstia, á quenão poude resistir o influxo, d. Maria Faus-ta Pinlo Corrêa, espoza do sr. capitão JosóGonçalves Corrêa, que chora consternadoa sua perda dizendo: perdi o melhor emais apreciável bem que possuia. Comeffeito a finada, era digna de estima ouma excellente criatura, que tinha o domde formar adoradores de suas aprecia-veis qualidades a Iodos que do perto aco-nheciam. Ilecebam, o inconsolavel viuvo,irmãos e parentes da finada os meus sen-tidos pezames, por essa perda irreparávele dolorosa, segundo os decretos divinos.

llapecurii-merim, 23 de maio de 1877.M. C. R.

Empregados nomeados.—Para oIlibar de praticante da noss:i thesourariafoi nomeado o sr. Antônio Firmino DiasCardoso Junior, praticante da alfândegado I- rá, e para esto lo}>ar foi nomeado osr. João Ferreira do Souza Junior, queaqui era da thesouraria.

Sessão da Camara.—Hoje deve ha-ver sessão da camara municipal.

Rezes sangradas.—Para o consumoda cidade, foram honiem sangradas 315 re-zes.

Sociedade protectora de meni-nos.—No próximo domingo reune-sc no sa-lão da sociedade—Onzo de Agosto—osmembros i\a Sociedade Maranhense pro-lectora dos aiumnos pobres, para tratarso do que possa interessar ao serviço eprogresso da mesma.

Consta da secção competente o annun*cio feito pelo respectivo secretario.

SECÇÃO COMERCIAL.Noticias commerciaes.

llio, 30 de Maio dc 1877.O mercado de cambio não solírcu alteração.

Sobre Londres realisarani-se transacções mo-nos oue regulares, a 23 7|8 c 24 d., papelbancário, 24 l|8, 24 3jlli c 24 l|4d. parti-cular; sobre Praiiçã.ii 400 reis por franco,bancário, 393, 394i 398 e 390, particular;sobre Hamburgo a 480 reis por marco, parti-cular; sobre Portugal a 222 »•„, bancário.

Venderam-se cerca do I00 apólices, sendo00 em uni dole, ã 1:021$; 0.000 soberanosa I0&I30; 140 onças a 3I&200 c uni peque-no lote de acções da Companhia Locomotoraa llü&OOU.

Baixa-mar. h. 30 m. da manhã.« ü « tarde.

Prèa-mar: « 4'i « manhã.i 15 « noite.

CHRONICA NACIONAL.

Carta regia pela qual Benlo Maciel Paren-icé nomeado senhor perpetuo c donatário danovn ciipilaniu do Cabo do Norte, que deviaeslender-se, denominado Vinccnle Pinson—(1030).-Chega á Maranhão o governador e capi-tão-gcneral Bernardo Pereira dcBerredo, quedeixou o seu nome ligado a uma obra histo-rica, os—Annaes do Maranhão—(1718).

Horrores da fome.—Diz o Cearense:No Ceará já morre gente de fome ! E' hor

rorosa a nossa situação.Alem das dolorosas noticias que hoje damos

conformidade com a mencionada Lei, exa-minar si a adopção de outro systema, exe-cutado prudente e opportumenle, consegui-rá o lim desejado.

Subsistem felizmente inalteradas nossasrelações amigáveis com Iodas as Potênciasestrageiras.

Por aclo diplomático assignado em Berneaos 17 dc março corrente anno, adhcriuo governo ao tratado celebrado, entre diver-sos Estados, naquella cidade, em 9 de ou-tubro de 1874 sobre a creação de umaunião geral dos correios.

Tendo-se ajustado nesla Corte a 6 doagosto do anno passado uma Convençãoconsular com a Itália, acabam de ser tro-cadas as respectivas ratificações."'

Augustos e Digníssimos Senhores Ile-presentantes da Nação.

Reconhecendo e apreciando devidamen-te vossas luzes e o zelo que voâ inspiramos interesses de nossa pátria, conto quefareis pelo seu engradecimento e prospo-ridade quanto em vós couber.

Está encerrada a primeira e abei-la asegunda sessão da décima sexta legisla-tura.

Colônia Reis.-Sobre as queixas feitasao governo de perturbações nos trabalhosdos 22 escravos libertos pelo cidadãoFrancisco Sabino de Freitas lieis, expediuo ministério d'agricullura ao presidentedesta provincia o seguinte aviso:

N. 13.—2.a Secção.—Directoria da agri-cultura.—Ministério dos negócios da agri-cultura, commercio e obras publicas.—llio de Janeiro, 24 de maio de 1877.

Illm. e Exm. Sr.—Tendo este ministériosido informado pelo cidadão Francisco Sa-bino de Freitas lieis; que os 22 escravospor elle libertados e estabelecidos em ter-ras que o mesmo cidadão possue cm Tu-ry-assti e cujo usufrueto doou aos dilos li-bcrlos, lem sido ultimamente perturbadosem seu trabalho o ameaçados de perderacultura a que pacificamente sc entregam,reitero a V. Exc. as recommendaçõesconstantes dc meu aviso de 28 de Junhodo anno passado, para o lim de recom-mondar ás auetoridades do Tury-assú prole-jam pelos meios de direito, o trabalho ea tranqüilidade djis indivíduos'de quc sctraia.

Deus guarde a V. Exc—Thomaz JoséCoelho de Almeida.—Sr. presidente daprovincia do Maranhão.

Capitania do porto do Maranhão.Do ordem do illm' sr. capitão do por-

to, faço publico quo sexta feira 15 do cor-rente, ás IO horas da manhã, recebem-seoa secretaria desta capitania propostaspara arremataçao dos objectos abaixo de-clarados. para supprimento dos pharóesc pharolcles desla provincia, no trimes-tre de julho á setembro vindouro.

Torcidas francezas de 14 linhas, dúzia.Fio d'algodão, kilo.Sabão kilo.As propostas devera ser feitas em car-

tas fechadas, acompanbando-as as respo-ctivas amostras.

Os objectos acima mencionados serãoremettidos para esla capitania por contado respectivo arrematante, o o pagamen-to das facluras será feito pela thesourariade fazenda, na forma das ordens em vi-gor.

Capitania do porto do Maranhão, cm Hle junho de 1877.

Antônio Marianno d'Azevedo,Servindo de secretario.

SECÇÀO DE ANNUNCIOS.Subi.-. Cap/. Vera-Cruz.

Sexta-feira 15 do corrente ha sessão nesteSubi. *. Cap. *. para juramento e collação de

O fir.'. secret.*./-'.*. /»*.* de C.'. SY.

8*3'*

mente o tempo, eslehlisa-se a sessão; e

quando'reunirmo-nos pareô anno, um Ina secção-Correspondenc.a do Interior-

Izadel, Princeza Imperial Regente.

Malas—As quc teem do ser condusidaspelo vapor Pindaré para Caxias e pontosile escala são fechadas na repartição doscorreios hoje ás 5 horas da tarde.

Premio de voluntário.--Sobre opremio que compete ao musico dc 2.' classedo S.° batalhão Severo Vital dos Santos, foipelo ministério da guerra, expedido á the-souraria desta provincia o seguinte aviso deexpediente:

—A' thesouraria do Maranhão, declarando,cm solução ao seu oflicio n. 56 de 17 dcmarço próximo passado que o premio' dc vo-liuilario que compete ao musico de 3.' classedo ii.1 batalhão de infantaria Severo Vital dosSantos é o de 300,9000, marcado na lei n,1230 dc 20 de Julho de 1864, que eslava emplena execução na epoca cm que elle attingiua idade da lei, dc aceordo com a disposiçãodo § 4.'° do art. K." da lei n. 2Ü5G de 20 dcSetembro de 1874.

O palácio do bispo—As palavrasproferidas pelo nosso representante sobre oestado do palácio episcopal, merecem ser h-das, os nossos leitores as verão no discursohoje publicado.

Sociedade Maranhense Prote-ctora dos Aiumnos pobres.De ordem do presidente da Directoria

são convidadas os membros desta philan-Iropica associação para se reunirem, emassembléa geral, no domingo 17 do cor-rente, ás 11 horas da manhã, no salão doediiicio ondo funcciona a sociedade On-sc iPAiiosto, â rua do Egypto.

N'esso dia alem de tratar-se de tudoquanto possa interessar o serviço e pro-gresso da sociedade, deverão, os sóciosfundadores manifestar, na forma dos esta*Uitos, a importância do seus donativos,ò as commissões especialmente nomeadas,na sessão do instalação, para angariaremsócios, dar conta do resultado de seusGsforcos

E' dê esperar, portanto, que todoscompenetrados da gravidade de assunptoe dos devidos lins sociaes. compareçampontualmente ou da melhor vontade, por-que sò assim idéa tão nobre o humanila-laria poderá vingar em prol da classo des-valida. 1D,_

Maranhão, 12 de junho de 1877,O secretario.

João da Malta de Moraet Rego- "iiÃfT

Cap. . Frat. *, Mar. •.

No sabbado de 10 do corrente mezhaverá sessão neste subi. *. cap. *.

"Maranhão.]!3 de junho de 1877.Pereira de Queiroz—Gr.'. Secret. *.

Page 4: DIÁRIO DO MARANHÃO.memoria.bn.br/pdf/720011/per720011_1877_01157.pdf · ficando 40 solei'!Silas sob o desabamento de um (oleiro, ilmido toavam giiano. He/, navios foram a pique,

DIÁRIO DO MARANHÃO

Para Alcântara em„f viagem oxtraordina-t3

Vt-_£HSeguirá no dia II! dn corrento, ás . horas

¦da larde o vapor Alcântara.

Éfe Tara o Muni iu_ ivfgllpii

Seguirá no dia 20 ás 7 l|2 horas danoite 6 víipor «Dins Vieira.»

Recòbéiii-so oncomiiiondas alé ás 2 lio-ras e fecha-se o .xnédioiilo ás 3,

s£È?y^\ Tara o Ceará e escala*f&.§fi,A,-JÊAAL Seauirií uo diu 20 do cor'

l_íi_:_vá^^renle :'i meia noule o yaporAlcântara,

Recebe cargas alé o din I!) ao meio diae fecha o expediente ás II da larde.

. //..->-*-.,•<. .-<, Para o Moarim.âáàfây». .. .. ',- ..., ,^í-ü-nr-i-w;'? S • g111 ril no dia I () 1111 correiito ás ll lfi horas da mailriigaila o vn*por «Piiiiíarô-.

Rüc.elicin se etv-cmmcnilas aló iis 2 lio-ras dá lan)-; o fecha so o expcdiúnto ás3 do dia 15..

._. .. Para o Itapecurüví_|v<;XavN ao encontro do Gua-

%iC~v$<$$&' xenduba.-_S-^§i^-A-S_-lSeguirá no ilia Iii do cor-rente as 2 lioras da madrugada o \apoiPindaré.

Recebem se eiicommeiidiis ató ás 2 lio*ras da tarde e fecha-se expediente ás3 do dia li.

ATTENÇÃO.

Cl ul) Familiar.A pai lida do corrente mez terá logar

na imiti! dn dia 28.A direcloria pede ás famílias dns srs.

sócios simplicidade nos loiletles.Maranhão, 12 de junho du 1877.

0 direclor do mez.Jose Juão Alces dos Santos.

¦_S_-S_-_-_-_M!_._2-^^Agradecimento.

A viuva de Anlonio Jusé Pereira llegò:abaixo assignada, penhorada pelos heneiiciosdispensados ;i si e a seu.- filhos, depois dn mor.-le ilo seu niaiitlo, pelas pessons quo suliscro*verão para a compra da casn qui! foi doadaaos mesmos confessa-se publicamente agra-decida.

Não pode resistir n osla nvinifi-.laçi.o, por-que estando iuiieaçiidii ile ficar sem rasa,ondepodesse ngasalliar os Orphãos, seus lilhos, vü-se logo livre d'csla ameaça graças :'i caridadedns pessoa.*, que se dignarão sdccorrel os;

Nunca se riscarão de sua nieiiioriu, os no*mes ipaqiicllcs que promoveram ;i suhscrip*ção, dus quu concorreram com o seu oholoe do tabellião Bello, que se prestou n lavrarns escfiptur.is sem eslipendio algum, e domçtlico o sr. ih*. Niiin qu. nada quiz peli s |.:,(l. me.dieamciiío ü o umis cllicaz e iiroücuidados que dispensou no falecido, lilla en* ,.„„ ,,.,,,, ,.,„„,. ag ,;,o|t.S|j„s voiiiwna nivelo-

Fal irica < io cliapeos'MiSO-IIRASILElIlO

tu-:

VíçLorinò Josú cFOliveira25 tio Naüarefcli ii.° '2,'Aj

ti seu proprielario fui premiado com n me-iliilliii ile praia nn 1'xposição ila cidade tlpPorlo no iinnodn 1801, o na do palácio do(.hryslal, dn mesma cidado',"tio nnno (jo I8GÜ,com distineçãd, bom como ua l->_posiç_io Ma-raiiheiise, ua Gazn dos l.ilúcitudos, em 1872,unica que ((inferiu preinins, sondo enlão mes-tro da fabrica dn -..rn.' Viuva de. (lemiuiniioAiiluiies liiheiro k (!. desla cidade.

i) iiiiiiiiiiciiinli' tom a satisfação ile. partici-par aos seus uiuilus o ho es freguezes que a-caliii de recebei' completo sqrliiiiçrito do ma-lerias primas para o soniço de sua fabrica-e que lhe sâo romeHidos pelos íiínis acreililii,ilos fiibrl-iinl-S, do Pariz, pelo qiie se acha babililailo a continuar a desempenhar a. incum-liencias e merecer o bom credito ilispunstufòa sua casa. Oulro sitii avisa o receiiiiiieiilodos mais perfeitos chapeos dc feltro c de man-lha para homem e dc poliíuento para meni-nus

Aiiiiln scienlilica a seus freguezes tpie oshapeus de pello, comprados nesla caza, se*

rão passados grátis unia vez a ferro, pagandoapenas 500 reis pelíis oulras.

Previno aos seus freguezes, que os chapeospor (llc fabricados, são inuiló superior-- aosimportados do estrangeiro, quasi scinpru.decarregação ou, para melhor dizer, já com aigum uso; como prova, iípcllu-sc para ajgutiscavalheiros, que leuieslado em nlguinas pra-ças da Europa, que fazem Iroeas, deixando oiisiülii levando o novo, os quaes, depois ospreparam para üKp.orinyfio.

Nesla iiiiirieii sâo n< pretos seguintes:—*Primeira (|ii;ilidiido, por inedidn 14-. 000, nflopur medida 12-5000; segunda dita 10-300(1,dita com forro inobilies, a dinheiro D». 000.

Tudo a dinheiro à vista.

0 abaixo assignado se-nhor i* possuidor dò um escravo por nomeJosú dos Sautos inulalo, com 3,"> aunos duidnile, espigado ilo corpo,;) cabellos crespos,pouca barba, estatura regular, trabalha decarpina, pedreiro; muito inlelligeiile e prog-iioslii-o c leiii ua inflo direita ou esquerda umugurgetada de um tiro quo recebeo ua palmaile liüiii íbis mãos, fugio em o mez de Otilu*bro de ISTO, o consla ler seguido para asi' Ireiuiiliides do (.earil; t|uctn o pegar podeo remcltct* para a capilal a eulrognr nos srs.(Insiro Souza & 0.,-do ipiem roooliorsi a pega-ção i' mais despeza. quo se houver feilo.

Coroatá, I." de ma tu ile 1877.Joaquim José dos Santos.

3-3

fàtteá

Xarope depurativo e aníi-sypliiLitico.

illll li IllllPARA. COSTURA,

fe*-» iiiiiliillm ídfí**•;') A\

1 X

• A7mMi*~~ -í'--^^>~-»

IN. 1-i-iia 28 do Jullio—1*?. 1

- P.irn esto deposito chegou gramle sortimento dc maquinas para coslura, deSi'ngoi\.í|eriladeii'iis).

Nii mesma' casa encontra se const-iiiemerito grande duposito de retroz, linhas,agulhas, oleo. e corroas; assim comtoda a qualquer peça do mnquinismo que sejapreciso o substituir.

lünsinWsÓ e dão-se todus as insli iicçõds precisas «rntiiitamenle.Concerta se toda u qualquer maquina parn costura mediante prévio ajuste, para

ipie tem pessoa comp.toiiieinonto habilitada.

*,.»-,tr--. y.

í^itõtefrsA UNICO DEPOIS'10NESTA

DP-B.OVXD(STGXtA.

l-«iliS.H

r, I* H ____Tt"í" /?*í""',.vC.'* *-;'---.i -Oi

AO My yym,

^.:..- "yy<%

^A>;,.\Aàyú uwam. . -^ , '• i^^plÉ^llltFf I E o hihí.0 .uiionsadd% ^^Ê:ÈM^\.é? I l)C^0S í^bW^-ttos paraC '^l\i^ mk$01'^ a véhdi. (io sua., .ria?

f!«Kicnac__>xiíi—-' chinas .!(. coslura.Por todos os vapores directos, r.icei)e sua-

císinas e seus pertences paranão haver oe-cas ia o de falia.

Agonto,Manud Gonçalves tòsperançai.

sitiarti a seus lilhos os nomes dc todas essaspessoas cariialiviis para que elles aprendam arespeitai os e a |edir para elles a lieiiiçaindo .Senlior

Maranhão, 11 ile Junho ile 1877.Maria Filomena CasDo lie'/ -.

radns e cliiuiiicas, mesmo as que lem zmn-bado ilu ir.ii liiiciii.i inérciirial; elle tippliiia-scigüalinfiile uo tralnuieiilo de niòlestins depelle provenientes da dccoiiiposiefio do sau-gue e aiicrncâo do sysíeina litifnticó e escro-fuloso, uns chagas aiiii,-as caurerozas, gom-mas, lumeires brancos ou litifalicos, cs.rofii-Ias, diniros, lii'i*|ies ou inipingeii.., liiqiftiriiA.liuoh.iiii. conhecidas nos ecriões do brasil

I le. clc. 'Licor _iiYi(.i'icoi~io

Collegio do Ni 8. da Gloria;As directoras desle collegio, viclitnas

da mais revoltante calumnia, que inf, li/ .1,.,,.. ....... ...,i;..,i „ „.,„„.,, ,,, ,,.m_.ni,. nel i„. ,.....-... P;"".! «ura ratliuil e pioiopla das lileiiorrnguis

iiieiiorriieasou goiiotrlieas, a leiicoiihea e ejiigeral ile Iodas as si,cre#.--õi,s niorliidiià quesulit-e.veiii a.-- parlesgoiiiio-iiriiiiiilii? um iiual*i|ii"i- dos sexos seja no eslailo agudo ou eluo-nic..; ^speçiiihnciile dns ipie provem do cou-lagio sypliiliticii.

M.-lo niedicaiiiPiilo t' o produeto imuteáiatode uni vegeliil dn paiz, .'• pn :'. rivel cm lu.losus casos au llalsaino de ropaüida o seus pre-parados lio Iraláuienlo das ditas moleslias:úinius enérgico, e não obra por meio da sup-pressão,

Sua necão no estômago . benigna, nãoproduz nauzeas nem é diflicil de loniar, é to;nico e não aliem os intestinos, o qne' liflir-mão as pessoas que teem feilo uso delle;sem o auxilio de nenhum outro remédio; ocurativo ellccluii-sccin poucos dias o semque o doente padeça ns lerriveis dores pre-cursoras destas moleslias.

As pessoas que lêem feilo uso destes remo-dios no tratamento das iiieiiciotitidns moles-tias encontraram nelles allivio e unico meiocurativo para dissipar lão terriveis moléstias.

FdSlcs preparados ile própria invenção dopharmaceutico Manual Jusé do Aguiar e Silva,da Purnahyba, achão-so a venda n'estii cida-de no esialielecimenlo de Pcrnandes & Primoá rua Grande n. 7(i.

menle achou echo cio pariu dn pnpularjão(1'esln cidade, que, com a iiininr injiisli-ça. deu accesso em s- u espirilo a seme*llíanle désvaijo, residveram, não obslai).le a cuiiilança que, apezar disso, ci uliniia-ram a merecer ila parle sctisnla da pn-pulapâo, o ipie so manif. sta peio avullu-do iiujne.ro d.* suas di icipulãs lauto internas como oxlernas, a reformar aorganisa*ção de sen collegio, constiliiindo-o unica-menfe em exlernalo sob as mesmas (.'un-(lições.

As diréclocas fallarium a um sagradodever, se nesla oceasião não dirigissemaquelles que as lêiií acompanhado em suasalribulafões, depositando cm sou eslabele-cimento illimilada confiança, um voto deeterria gratidão; garaiilindo-|.bes;, aindamais tuna vez, que conlinuão om seustrabalhos com a consciência Iranquilla, eque de animo socegado esperam pelo fu-luto, que mostrará a verdade.

Fraternidade MaranhenseQuinta-feira, lido correnle,ha n'uslasocie.

dade sessão econômica pnra tratar-se de in*leressu financeiro e oulros assumptos de gran•de importância.

Pego o comparecimento de todos os sócios.Maranhão, 7 de junho de 1877.

A. Santos,Secrelario.

Para as noites do Santo An-tonio S. Joao e S. Pedro.

( Fogo chino;, para salão esle lindo fogo ê(Puni elTeito-íurpreemlenlo vendo-se pel-a di-minuta quaniiii dciOrs. cn.liv.um,o 400 rs.a duzia é hnri.lissi.no por isso vinde ver noBazar 1.° dc Dezembro.

Largo do Carmo.

NovidadeDespachou .losé Gonçnlves da Silva, c ven-

de em sua loja á rua tio Sol ti. 3; vindo pelovapor d Braganza» o seguinte:Leques da ultima moda.Gamisiiilias c collarinhos para senhora.Gravatas dc côrcs pnra dita, goslo muilo

lindo com bordados nas ponta..-Olües para enfeites do vestidos, goslosmodernos,Ghapeòs do feltro pnra homem,Gravatas preliio**piirii dito,Gnssinlias do cores próprias para veslidos.Meias ile cores para senhora e meninas; coulros artigos próprios dc seu eslabclcciinen*

lo.

II ft^-vi .ir

,R*!siwíJ--«--..í-cr;* içrr:*v_.i: ¦ ¦,i_ic-*--Lv;r-!rjK5aa_5_aRaisS':

de SEIVA de PINHEIRO _.AÍ1ITI_10*m% de LAG-ASSE, Pliarfnacéulico em Bnrckos.*"'.iW? As pessoas, padecendo do peilo, as f|uo sna.aconimcllldns

Qsfífô dc Tosse, Ooiislipaçôes, Hohiços, Catarrltos, lironctiites. Itouqni-«- •;;:ii'-y.^ does, Hmttncção th- voz. o Aslhma, p.odem licar certas de encon-SM trai* um prõmplo alivio, c conseguir uma cura completa eomK&|®(i o o.so ilus principios btilsainicos do iiinlio marinho, concentra-* i '* dos no Xavopo mi. Massa do soivado pinheiro maritimodcLagasso.ei-.í-i&ra. Cadn frasco dr Xfi'*_;/í /m: o sello do Governo Fraiieei.sw.>j •...-.' .v-jãsi&ís; ¦-: _ i ü^aSB_5-_-i5tS^ii^

iá\ ik

"AlMffemm_»__-«-__p XAROPE e VI^-UO de DUSART

AO LACTO-PHOSPHATO DE CALEstas preparações s'io as wiicas que servirão aos médicosdoe Hospitaes tle Paris para provar as propriedades reconstituentes, anti-anetnicase digestivas do Lacto-phasphato de Cal.

— ¦» ....__¦."____.L.-Í_.S CONVÉM :às Crianças palíidas jaos Rachiticos;ás Repnrigas que se desenvolvem;ús Mulheres delicadas;ás Amas, para fioorecer a abundan-

— cia e a riqueui do leite;\ nos Convalescentes;

fe. aos Velhos debilitados;

jp^f__j_____ei8Si'--.;.i-.-,-. Wfi&vi&ímgGm

nas Moléstias do peito;nas Digestões laboriosas;na Inapetencia;em todas as moléstias que se mani-

fcsUio por Emmagrecimento cPerda de iorças;

nas Fracturas, para a reconstiluiçãodos ousqs;

na Cicatrização dra feridas.Ocposlto nas principnes pliarmnfi.is.

^_-gt_a_s_s_____

Alliviada o curada por meio dos

CIGARROS INDIOS0_ GRIMAULT E Cia, PHARMACEUTICOS em paris

Eslo remédio heróico c novo,.-supe. lor n ludo que se conhece para combateriisjiiiecçoes das vias rüsplratorins. üiisia aspirar a fumaça dos Cigarrosíndios imru ftw._rd-S_pim._c_r complbtii.nciilo os mais violentos ataques.,do Ast/ima., fosse nerrosm, lioitqnitltw, limliiieçào da vo:, Nem-algia facial,Insomniti. o tampem (jóii\baloi* n 'física lari/ni/ea,f.iu.% ckj.miisii rn,\r. ,\ MtniBrtÀriiu/i cniM.ti/cV ¦ cia.

Cuia iisiuji) lniz o sciiu do Guvurno Krunõcz.

,¦ .Xf,:-r< .¦-"<¦•¦;-„¦¦.-¦: 3E5_^-__sa--_2aE___a-8---_-__

Liquiducuo a dinheiroCnrlas (Id bixinlias a IfiO rs., manteiga

em latns do 1 kilo - ti 2;>ii()0.Dilas rl-)-ila dn meio dito a l,5!]00.Vende so ii rua Orando n.. 40.

Ü--3

Vende-se -meia morada decnsn no becco do poi lão de Santo Auto*nio n. 8.

A tratar-so nn pliarmacia normal doLnrgo do Carmo. 3--3

Telhas e lijollosda olaria do Carmo, do Itapecurú—von-dem Pereira cV Irmão--Ilua Kormoznn. 28 3_3

Credores.Anlonio Celestino Ferreira Guterres como

leslamenleiro da faliecida d. Amiii llosa Hs-lelln liibeiro de Moraes, convida aos credoresda mesma faliecida senhora a apresentaremsuas conlas, denlro do praso de .10 dias, paraserem descriptas no inventario quo vae pro-ceder, o cujas contas devem ser rcmcilidaspara o engenho—Paraiso—om Pericuman.

Maranhão, 9 de junho de 1877. 3—3

MappaDo reino de Poriugal, do império do Brazilc oulros, próprios pnra os estabelecimentos

de instruçção.Vendem-se muilo barato pnra liquidar; nalivraria de Anlonio Pereira liamos de Almei-da e G.

Ilua iia Palma.3-3

.LULAS -HOLLAWA".Os missionários cnlliolicos, sendo obriga-

dos n exercer ns funcijões de médicos, hn fnui-tos annos que se dirigem ao estabelecimentoifllollnwoy, pura fu-ereni provisão do pilulns,cujas propriedades dominam ns moléstias dòveulie e do esloiniigo, assim como -,u\ do fi"u-ilo, e expulsam imuicdialameule a ncidez mo-livada pelos maus alimentos; restabelecendoa boa digestão, animam a ácjjfio do ligado:dissipam os males da cabeça o são um caí-man te excellente para' pessoas nervosas

UNGUENTO H0LL0WAY...As curas devidas a esle celebre uugueiilo

lem feito admirar ns noluhilidadcs dã artemedica. Um sem numero de pessoas appel-li.i-.in, como ultimo recurso, para esle ma-ravilhoso balsamo, recobranjo totalmente tisaude perdida.

Largas inslrucções acompanham estes me(licanieutos.

PRECAUÇÃO .CONTRA AS ÍNSIDIOSAS '

FALSIFICAÇÕES FEITASEM NOVA YORK DAS

PÍLULAS li UiSGUI-NTOHOLLOWAY,

Os droguistas .1. If. llenry, Cuiran & C.de Nova York, manipulam e vendem sob onomcdeliolloway ^^w A C.0ecom asupposla marca de /f^SSÍl patente assimumas falsas iVl^.HtSw-Pit» l«'s que muilosiiegociafiles, sem W$| wEr escrúpulo nemconsciência olitcn- ^Ssasí^ doas dos dilosDroguistas por mui inlimos preços, Iriilisindu vender ao publico como se foram as mi-nhas verdadeiras Pilulns e Unguenlo, qtinii-do áliàs aquellas suas composições lioiihu*nia clliencia e valor lem.

Antes de òffcctuii. a compra devo exami-nar-sc* cem muita allençao o Itotulo ou Le-trr-iro couliilo nos Frascos ou caixas, cerlili-cando-se eiidn pessoa se elles lem a se-guinle declaração, ..33, Oxford Slreet, Lon-ilon, porque a não comerem está manifestaá uma descarada fnl-.ilii.cao.

Giida Frasco ou vidro* dns Pilulns e Un-guenlo levam o sello do ThVsóurb Iuglez,com as palavras «Ilolloway's Pills and Oint-m.ciit-,» London, nelles gravadas. No rotuloestá declarada a direcção, 033, Oxford Streset, London, local em que unicamente sefabricam',

Na rua dos Afogados casa n. 94 percisa-sealugar uma de 12 à li annos tle idade, parao serviço tle uma pequena familia.*r-llogo ás pessoas que forem onguna-

dns pelos vendeilores das falsas pilulns ií dofalso Uiigiieiilo, que me comuiuiiiquciii aspiiriiciilariiliiiles, a Im de que eu iminedia-lameiile possa perseguir os falsificadores, ro-Iril.uindo lilieralmenle as pessoas qúe nmdescobrirem a falsificação pelo seu trabalhoe iiiromuindo, coiiiiiromellendo-me a não di-vulgar os seus nomes.

Assignada7-0»m.. flollowaij.

A PÉ PORTUENSE"'DA

FABRICA LEALDADE,'A superioridade do fumo que é empi-gadouo f.il.ricü deste rapo, o delicioso aroma do

que ê dotado, loin-lho gtam;eail..gsua repuia-çâo que o col locarão acima do ilu niílígíi fa-oricii tle Xabregas pejo grande còiisuinò (|uulem.lido em Iodas as provincins ilo império.

Tem ilas qualidades,l''ii-) escuro.

1'iuo Amarello.Meio grosso.

Viiiagrinho.I'.ni pneoles de 2Õ0gr'iimmiis ou meia libralem boles nberlos das diversas qualidadespara experiência, .

" UNICO, HlíPll-ITO,Peixoto Dins & Cs

ANJOS.Na rua de Santa lliia casa n. 7-i- vei».

lem se anjos a contifníó dos freguezes;preços módicos.

Tudo é novo vindo pelo va-por "Ambroze"

Bonitas caixinhas com fruclas crislali-sadas, mallns para viagens desde a mernor alé a maior, beiças a tiracollo -parao mesmo lim para homem, dilas própriaspara senhoras trazerem na, miin, cordaspara yioliio e rabeca as melhores que sopodem encontrar, camas denominadas do<iCampanha» o mais conimodo possívelpara a leitura ;i noite-, grande sorlimentodoltrinquedos, tamborus etc. ele, parmeninos, muilos preparos* para inslru*mentos, como sejào cavallelos para rabe*ca, cravos e caravelhas para violOo, Iin*la para marcar roupa a mais segura quetem apparecido, carias muilo finas parajogar, caixinhas com musicas, realejos com

. a 0 peças, molduras douradas, tinia paraimpressão-e oulros artigos próprios doestabelecimento; despacharam Anlonio Po*reira 'Ramos de Almeida e'C,.

RUA ÜA PALMA. 10-2

Typ. do Frias, imp. por A. J. de Barros Lima.