Dis Tomato Ses

23
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE VETERINÁRIA Departamento de Para-Clínicas SECÇÃO DE HIGIENE E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS Patologias em Inspecção de Carnes - DISTOMATOSES - DISCIPLINA: HIGIENE E TECNOLOGIA DOS ALIMENTOS DISCENTE: Kiba Jamila DOCENTES *Dra. Adeli *Dr. Belisá *Dra. Isabe Maputo, Outubro de 2012

description

Patologias em Inspecção de carnes

Transcript of Dis Tomato Ses

  • UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANEFACULDADE DE VETERINRIADepartamento de Para-Clnicas

    SECO DE HIGIENE E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

    Patologias em Inspeco de Carnes- DISTOMATOSES -DISCIPLINA: HIGIENE E TECNOLOGIA DOS ALIMENTOS

    DISCENTE: Kiba Jamila DOCENTES *Dra. Adelina Machado *Dr. Belisrio Moiane *Dra. Isabel OmarMaputo, Outubro de 2012

  • Introduo A higiene e a tecnologia concorrem para a definio do produto final destinado ao consumidor.

    O abate de bovinos e sunos, assim como de outras espcies animais, realizado para obteno de carne e de seus derivados, destinados ao consumo humano.

    A carne deve corresponder s expectativas do consumidor no que se refere aos atributos de qualidade sanitria, nutritiva e organolptica.

  • Cont.O abate e os demais processamentos industriais da carne, so regulamentados por uma srie de normas sanitrias destinadas a garantir a segurana alimentar aos consumidores destes produtos (GESP, 2006).

    Em muitos pases, as autoridades nacionais com competncia na rea de higiene pblica veterinria tem determinado que nos matadouros devero ser estudados e implementados sistemas de controlo a fim de garantir a inocuidade e higiene das carnes (Infante Gil, 2000).

  • DISTOMATOSE

  • As distomatoses so enfermidades parasitrias de grande importncia, por causar elevadas perdas econmicas, devido condenao de grande nmero de fgados e carcaas de animais nos matadouros alm da queda na produo e na qualidade do leite e perda de peso dos animais.

    Sinnimo: Distomatoses hepticas ou hepatobiliares, Fasciolose, Dicroceliose

  • Agente etiolgico

    As distomatoses so enfermidades parasitrias de animais, produzidas por dois tremtodos: Fasciola hepatica (Distomum hepaticum) Dicrocoelium lanceolatum (D. dendriticum, Distomum lanceolatum

  • Espcies afectadas

    BovinosCaprinosOvinosEquinosCoelhosSunoHumanos

  • Transmisso

    Os hospedeiros infectam-se quando se alimentam de folhas e caules contaminados por metacercrias.

  • Ciclo biolgico da Fasciola

  • Sinais reconhecidos no exame post-mortem

    Edema submandibularMucosas plidasPerda de peso ApatiaDiminuio do apetiteAbdmen dilatadoRespirao aceleradaDiarria

  • Sinais reconhecidos no exame post-mortem

    As principais leses ocorrem no parnquima do fgado e nos ductos biliares.

    O fgado assume uma cor mais clara do que o normal e frivel.

    O parnquima extensamente danificado com tratos hemorrgicos na superfcie e na substncia podem ser visto em vias hemorrgicas vermes migratrios imaturos (1-2 mm) nos pulmes e no fgado de uma infestao aguda

  • A carcaa apresenta uma aparncia febril Cirrose pericanicularAs paredes dos canais biliares tornam-se muito espessas Encapsulao de parasitas no parnquima heptico (formando grandes ndulos arredondados, com contedo gorduroso e castanho)Calcificao dos ductos biliares, dificultando o corte. (Esta calcificao no ocorre em ovinos e caprinos)Deposio de partculas escuras (excrementos de parasitas) no fgado, pulmes, diafragma e do peritoneu. Pode haver icterciaOs gnglios linfticos dos pulmes e do fgado tornam-se escuros devido aos excrementos.

    Cont.

  • Parasitas no ducto biliar e parnquima do fgado de de um bovino

  • Hemorragia aguda no fgado de um bovino

  • Figado -canaliculos biliares com intensa reaco inflamatria

  • Deciso Sanitria O julgamento depende da extenso das leses causadas pelo agente etiolgico e a condio da carcaa.

    Infestao leve, moderada e pesada sem emagrecimento pode ter um julgamento favorvel. Se as leses causadas pelos parasitas no fgado so claramente circunscrita, o fgado pode ser recuperado aps o corte do tecido afectado. Caso contrrio, ele condenado (Gracey, et al., 1999; Herenda, et al., 1994).

  • Cont.Segundo o artigo 69o (alnea G, do Regulamento de Inspeco de Carnes, do decreto provincial n 22/73 de 26 de Julho de 1973), a reprovao ser total nos casos que se acompanhem por caquexia, ou infestao muscular, ou outras alteraes musculares, ou ictercia, ou complicaes septicmicas e parcial com destruio do fgado, sempre que a infestao se limite a este rgo e o animal se apresente em bom estado de carnes.

  • Discusso A fasciolose uma zoonose, sendo o homem um hospedeiro acidental do parasita.

    No uma doena de declarao obrigatria e no consta em nenhuma lista de doenas da OIE.

    H esforos internacional para elevar sua condio de doena negligenciada para a lista de enfermidades prioritrias da Organizao Mundial da Sade (OMS)

  • Transmisso no homem

    A infeco em seres humanos pode ocorrer pelo consumo de: pratos especiais preparados com fgado cru em pases asiticos.agrio ou de outras plantas aquticas provenientes de reas infectadas com metacercrias.

  • Felcio, P.E. (1999). Qualidade da Carne Bovina: Caractersticas Fsicas e Organolpticas. In: XXXVI Reunio Anual da SBZ, 1999, Porto Alegre. Anais. Rio Grande do Sul: Sociedade Brasileira de Zootecnia. Disponvel: http://www.sic.org.br/PDF/qc_caracteristicas.pdf acessado 01/10/2012Willesmith, J. W. (1998). Manual on Bovine Spongiform Encephalopathy 2, Food and Agriculture Organization of the United Nations, Roma, Pp 1- 47, Disponvel em: http://www.rlc.fao.org/prior/segalim/animal/eeb/pdf/manesb.pdfacessado01/10/2012.Herenda, D., Chambers, P.E., Silva, T.J.P. (1999). Manual on meat inspection for developing countries, Director Publications Division, FAO, Roma, Disponvel em: http://www.fao.org/docrep/003/t0756e/T0756E04.htm acessado em 01/10/2012Pardi, M.C., Santos, J.F., Souza, E.R., Pardi, H.S. (2001). Cincia, Higiene e Tecnologia de Carnes, 2a Edio, Cegraf Ufg, Vol 1,Goiana, 623 P.MAPA (Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento). 2008. Encefalopatia Espongiforme Bovina. Doena da Vaca Louca, 1a Edio, Braslia, Pp 5-16SENASA (2006). Encefalopatia Espongiforme Bovina. In sitio Argentino de Produccin Animal. Disponvel em: http://www.senasa.gov.ar/contenido.php?to=n&in=878&io=4542 acessado em 05/10/2012AUSVETPLAN (Australian Veterinary Emergency Plan). 2005. Disease Strategy Bovine spongiform encephalopathy, 3rd Edition, Version 3.1, Disponvel em: http://www.animalhealthaustralia.com.au acessado em 29/09/2012Bartels, H (1971). Inspeccion Veterinaria de la carne, Zaragoza, Espanha, Editorial Acribia, 325-332pp. Estado de Moambique, Regulamento da Inspeco de Carnes, Decreto Provincial n 22/73, de 26 de Julho, Loureno Marques, Imprensa Nacional de Moambique, 32p. Infante Gil, J. (2000). Manual de Inspeco sanitria de carnes, segunda edio, vol. 2 , Fundao Calouste Gulbenkian, Lisboa, Pp20, 95, 189, 25 Gracey, Joseph; Collins, David S; Huei, R.J (1999). Meat Hygiene, 10a edio, Philadelphia, London, W.B.Saunders Company, 635-639pp, 666-669pp.

    Bartels, H (1971). Inspeccion Veterinaria de la carne, Zaragoza, Espanha, Editorial Acribia, 325-332pp.

    CECILIA, C. A, (1980), Enciclopedia de la inspeccin veterinaria y Anlisis de Alimentos, Madrid, pg. 507-508. Urquhart, G.M; Armour, J; Duncan, J.L; Dunn, A. M; Jennings, F.W (1998). Parasitologia Veterinria, 2 edio, Rio de Janeiro, Brasil, Guanabara Koogan S.A, 20-25pp, 37-42pp, 46,49, 57pp

    BIBLIOGRAFIA

  • UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANEFACULDADE DE VETERINRIADepartamento de Para-Clnicas

    SECO DE HIGIENE E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

    Patologias em Inspeco de Carnes- DISTOMATOSES -DISCIPLINA: HIGIENE E TECNOLOGIA DOS ALIMENTOS

    DISCENTE: Kiba Jamila DOCENTES *Dra. Adelina Machado *Dr. Belisrio Moiane *Dra. Isabel OmarMaputo, Outubro de 2012