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Sandra Kelly de Araújo Instrumentação para o Ensino de Geografia I Cartografia escolar I Autora aula 02 DISCIPLINA Ins_En_Geo_I_A02_MBMWDL_150710.indd Capa1 Ins_En_Geo_I_A02_MBMWDL_150710.indd Capa1 15/07/10 17:30 15/07/10 17:30

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Sandra Kelly de Araújo

Instrumentação para o Ensino de Geografi a I

Cartografi a escolar I

Autora

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02

D I S C I P L I N A

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Divisão de Serviços TécnicosCatalogação da publicação na Fonte. Biblioteca Central Zila Mamede – UFRN

Governo Federal

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro da EducaçãoFernando Haddad

Secretário de Educação a DistânciaCarlos Eduardo Bielschowsky

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ReitorJosé Ivonildo do Rêgo

Vice-ReitoraÂngela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a DistânciaVera Lucia do Amaral

Universidade Estadual da Paraíba

ReitoraMarlene Alves Sousa Luna

Vice-ReitorAldo Bezerra Maciel

Coordenadora Institucional de Programas EspeciaisEliane de Moura Silva

Secretaria de Educação a Distância (SEDIS) – UFRN

Coordenadora da Produção dos MateriaisVera Lucia do Amaral

Coordenador de EdiçãoAry Sergio Braga Olinisky

Projeto Gráfi coIvana Lima

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Diagramadores

Elizabeth da Silva Ferreira

Ivana Lima

Johann Jean Evangelista de Melo

José Antonio Bezerra Junior

Mariana Araújo de Brito

Adaptação para Módulo Matemático

Joacy Guilherme de A. F. Filho

Araújo, Sandra Kelly de.

Instrumentação para o Ensino de Geografi a I / Sandra Kelly de Araújo. – Natal, RN: EDUFRN, 2009.

172 p.

ISBN 978-85-7273-614-5

Conteúdo: Aula 01 – Com o Mundo nas Mãos; Aula 02 – Cartografi a escolar I; Aula 03 – Redescobrindo o uso de mapas em sala de aula; Aula 04 – Promovendo o ensino do clima I; Aula 05 – Promovendo o ensino do clima II; Aula 06 – Promovendo o ensino do clima III; Aula 07 – Ensinando relevo; Aula 08 – Com a mão na massa; Aula 09 – Promovendo o ensino de solos; Aula 10 – De volta ao começo; Aula 11 – A Terra e o sistema solar; Aula 12 – Gaia, mãe Terra.

1. Geografi a. 2. Geografi a física. 3. Cartografi a. I. Título.

CDD 910RN/UF/BCZM 35/2010 CDU 91

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I 1

Apresentação

Na aula anterior, argumentamos a favor da ação pedagógica refl exiva, socialmente contextualizada e do uso de instrumentos e metodologias atrelados aos objetivos, às fi nalidades ou às competências que se pretende alcançar. Reafi rmamos o caráter

político da ação pedagógica e da competência técnica que envolve o planejamento de ensino. Defendemos, portanto, a intencionalidade da prática docente, seus efeitos práticos no ensino e os processos de aprendizagem dele decorrentes. Por fi m, apresentamos exemplos do uso de meios em diferentes contextos pedagógicos e algumas sugestões de sítios na internet aos quais podemos recorrer na busca de fontes que auxiliem nossa atividade docente.

Nesta aula, nos direcionaremos para apresentar sugestões relativas à iniciação à linguagem cartográfi ca, à promoção do ensino da localização e representação do espaço e a produção de mapas temáticos. Nosso intuito é auxiliar você na transposição dos assuntos já abordados na disciplina Leituras cartográfi cas e interpretações estatísticas ao ensino de geografi a, em nível fundamental e médio.

ObjetivoAplicar as sugestões apresentadas nesta aula no ensino de geografi a, especialmente na promoção da iniciação à linguagem cartográfi ca, à produção, leitura e interpretação de mapas.

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I2

Geografi a e o ensinoO espaço é o objeto da Geografi a, como bem sabemos. A produção teórica e metodológica

levada a cabo pelos estudiosos da Geografi a torna possível a análise de temas decorrentes da ação social sobre o espaço e nos permite melhor compreender a realidade.

A complexa tarefa de interpretar a ação social sobre o espaço em diferentes escalas e em diferentes contextos históricos rendeu a Geografi a a associação a distintas vertentes teóricas e metodológicas: tradicionais, críticas e pós-críticas (ou novas geografi as, como alguns preferem denominar). Sem pretensão de analisá-las nesta aula, importa destacar que essas se estendem ao espaço escolar e expressam a melhor oportunidade de legitimação ou transformação social pela via do conhecimento.

Assim, aliada à escolha teórica que fundamenta a prática docente, seus objetivos e expectativas futuras, aos professores e professoras de Geografi a se atribui mais um desafi o – ensinar o legado científi co produzido pela Geografi a adequando-o aos diferentes níveis de desenvolvimento dos alunos e a diferentes contextos sociais, culturais e econômicos. Isso nos requisita a capacidade de transpor a formalidade científi ca na qual são produzidos os conhecimentos geográfi cos ao nível de vivência dos alunos, aproximando o conhecimento científi co do universo empírico do aluno.

Educar é impregnar de sentido a vida cotidiana, afirmam Guttierez e Cruz Prado. É essa perspectiva que fundamenta as sugestões aqui apresentadas. Estamos certos de que o conhecimento geográfi co será incorporado ao dia a dia dos seus alunos quando esse referir-se ou tomar como ponto de partida a vida cotidiana, sua lógica e racionalidade, orientando assim nossas intervenções práticas. Afi nal, a ação pedagógica consciente deve constituir seus saberes e seus fazeres em uma práxis que transforme o real a partir de sua elucidação, em um processo contínuo de modifi cação no fundo e na forma entre o sujeito e um objeto que nunca podem ser defi nidos de uma vez por todas e são transformados constantemente (Castoriadis apud Carvalho, 2004).

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I 3

Mapas que calam - Mapas que falam

Até recentemente, a associação entre ensino de Geografi a e mapas era inevitável. Hoje, apesar dos avanços tecnológicos na área da cartografi a e do sensoriamento remoto, o uso de mapas tem sido cada vez menos frequente em sala de aula, a despeito das

orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Ao tratar do ensino de Geografi a, os PCN sugerem que desde os primeiros ciclos do Ensino Fundamental sejam ensinadas as primeiras noções de linguagem cartográfi ca, culminando, nos últimos ciclos, com usos mais especializados da cartografi a. E, ainda, nas palavras de Lívia Oliveira (2007, p. 27):

Os mapas sempre fi zeram parte dos equipamentos pedagógicos das escolas. Do mesmo modo como o professor em sala de aula emprega o quadro negro e o giz, também recorre aos mapas para ilustrar as suas aulas. Tais recursos pedagógicos geralmente são empregados de maneira empírica e para alcançar objetivos imediatos; esse uso empírico se refere ao mapa como recurso visual, quando o mapa poderia ser usado de maneira racional, como forma de comunicação e expressão. Em outras palavras, é o ensino pelo mapa e não o ensino do mapa (destaque da autora).

Figura 1 – Focos de Queima Acumulado em Setembro de 2008

Queima

<http://sigma.cptec.inpe.br/queimadas> - Este é o endereço do monitoramento de focos de queimadas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O monitoramento é feito em tempo quase real. Além disso, o sítio oferece mapas em dados intervalos de tempo (meses ou anos) e diferentes escalas espaciais.

2008

O dia 23 de setembro marca o início da primavera no hemisfério sul. Com o ar mais seco, focos de fogos crepitam a primavera brasileira.

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2009

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Entre o passado e o presente, entre o uso e o desuso ou mesmo o mau uso, o ponto que colocamos é – em quais circunstâncias o mapa pode ser útil?

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I4

A resposta é simples – sempre que um fato possa ser localizado espacialmente ou georreferenciado: a localização de uma cidade, de um estado, de uma região, de um país, de uma serra ou de um oceano; a abrangência de certo tipo de vegetação, de um clima, o comportamento de uma frente fria, a tendência de crescimento espacial de uma cidade, a evolução da área de abrangência do desmatamento, a espacialização da pobreza, de áreas de tensão social ou mesmo de violência. As possibilidades são infi nitas e ainda podem considerar a produção de mapas tais como o trajeto de casa para a escola, os serviços oferecidos num dado bairro, a distribuição espacial do lazer, dos serviços de saúde, dos serviços de transporte urbana, entre outros.

Nessa perspectiva, muito tem se falado sobre a cartografi a escolar – área de interface entre cartografi a, educação e Geografi a – cujas produções têm contribuído grandemente para a inserção da cartografi a no currículo escolar e para a formação docente.

Cartografi a na escola

Na atualidade, o uso de computadores, de programas multimídias interativos, imagens de satélites e fotografi as aéreas fazem parte da lista de possibilidades que os professores e professoras dispõem para auxiliá-lo no ensino da Cartografi a. Nessa direção, a utilização

da linguagem gráfi ca para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos geográfi cos é um dos objetivos que se pretende alcançar ao longo da formação do aluno no Ensino Fundamental, tal como indicado nos PCN de Geografi a. Especialmente para o 3º ciclo do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), a expectativa apontada no PCN é que o aluno seja capaz de criar uma linguagem comunicativa, apropriando-se de elementos da linguagem gráfi ca utilizada nas representações cartográfi cas. Para isso, os eixos temáticos sugeridos para o alcance desse objetivo são: A cartografi a como instrumento na aproximação dos lugares e do mundo; Da alfabetização cartográfi ca à leitura crítica e mapeamento consciente; Os mapas como possibilidade de compreensão e estudos comparativos das diferentes paisagens e lugares.

Já para o Ensino Médio, os PCN recomendam a representação e comunicação como uma competência a ser desenvolvida pelos alunos em todas as áreas e disciplina. Especialmente em Geografi a, as competências esperadas são: Ler, analisar e interpretar os códigos específi cos de Geografi a (mapas, gráfi cos, tabelas etc.) considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais ou espacializados; Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfi ca e geográfi ca como formas de organizar e conhecer a localização, a distribuição e a frequência dos fenômenos naturais e humanos.

As indicações oferecidas pelos PCN Ensino Fundamental e Médio serão nossos referenciais iniciais sobre os quais apresentaremos sugestões de recursos e metodologias que possam servir de suporte para o alcance desses objetivos e competências.

Iniciaremos nossa empreitada com a apresentação de sugestões didáticas para o uso de mapas no ensino e Geografi a. Estamos convencidos de que os processos sociais ou

PCN de Geografi a

Você pode encontrar os PCN Geografi a Ensino

Fundamental no endereço: <http://portal.mec.gov.

br/seb/arquivos/pdf/geografi a.pdf>. Acesso

em: 13 maio 2009.

Geografi a

Já no endereço <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/

CienciasHumanas.pdf> você encontrará

os PCN+ da área de Ciências Humanas e suas Tecnologias, em que está

inserida a proposta de Geografi a para

o Ensino Médio.

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I 5

naturais podem ser capturados num certo lapso de tempo ou em certa dimensão espacial. Podem, portanto, ser qualifi cados, quantifi cados, retratados grafi camente e representados em linguagem cartográfi ca.

Com a palavra, os PCN+ ensino médio (2004, p. 61):

Ao trabalhar com o espaço geográfi co, a Geografi a constata a existência de fenômenos localizados no espaço geográfi co ou integrantes a ele como unidade defi nida. Identifi ca também fenômenos que, por causa da ação do homem e dos grupos sociais como organizadores/apropriadores do espaço, se espacializam, passando a fazer integrante desse mesmo espaço. Esses registros não são somente espaciais em termos de uma delimitação de ocorrência (princípio geográfi co da extensão), mas representam também situações de intensidade e ritmo, que se registram e se analisam mediante procedimentos matemáticos, constituídos por gráfi cos, tabelas e mapas.

Figura 2 – Áreas Susceptíveis à Desertifi cação

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09.

Como a fi gura anterior indica, a representação cartográfi ca do espaço tem se apresentado cada vez mais especializada graças ao desenvolvimento de tecnologias próprias. Tais tecnologias estão presentes desde a coleta de informações bases até a publicação dos produtos fi nais, facilitando seu acesso. Apesar disso, o uso de mapas em sala de aula é muito mais um elemento decorativo do que didático, como constatou Nestor A. Kaercher ao realizar pesquisa sobre utopias e obstáculos da geografi a crítica na prática docente. Ele acrescenta:

Prática docente

O relatório dessa pesquisa esta disponível na Biblioteca Digital da Universidade de São Paulo <www.teses.usp.br> com o título: A geografi a escolar na prática docente: a utopia e os obstáculos epistemológicos da geografi a crítica.

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I

Atividade 1

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O uso dele [do mapa] no EFM [ensino fundamental e médio] tem sido pouco problematizado. A conseqüência é visível: o mapa quase desapareceu das aulas do EFM. E, quando aparece, é trabalhado de forma estanque e/ou muito formal (escala, projeções, legenda). É usado na sua forma empobrecida: apenas para localizar pontos. O raciocínio espacial usando o mapa como elemento de refl exão e questionamento é muito incomum. Em nosso entendimento o mapa é elemento privilegiado para refl etir sobre os espaços tratados em aula. O mapa como um elemento de poder, como algo que pode tanto mostrar o que interessa ao seu autor, como o contrário, escamotear/apagar uma série de informações. (KAERCHER, 2005, p.112).

Em “O espaço geográfi co ensino e representação”, Passini e Almeida (1989), já asseverava que a leitura de representações cartográfi cas do espaço, como um mapa, envolve etapas metodológicas específi cas que só serão apreendidas quando o aprendiz agir sobre esses elementos. Ou seja, os elementos básicos utilizados na linguagem cartográfi ca, sistema de signos, redução e projeção, serão mais bem compreendidos na medida em que forem utilizados na produção de mapas. Assim, é elaborando mapas que o aluno se tornará um leitor efi caz.

É possível identifi car duas perspectivas acerca do uso do mapa em sala de aula. A primeira é relativa ao uso do mapa como ferramenta auxiliar ao ensino de Geografi a. A segunda, menos comum, é relativa ao uso do mapa como objeto de estudo. Você pode dá exemplos que atendam esses dois grupos?

Sugestão – Explore o endereço <http://sigma.cptec.inpe.br/queimadas> e comente acerca dos mapas temáticos gerados nesse endereço e suas aplicações para o ensino de Geografi a.

Apresentaremos a seguir algumas sugestões do uso da Cartografi a em sala de aula a partir de duas perspectivas – da alfabetização cartográfi ca e da produção de mapas temáticos.

1) Iniciação à linguagem cartográfi ca:

Aqui apresentaremos algumas atividades para iniciação à linguagem cartográfi ca, com sugestões relativas a etapas metodológicas próprias dessa linguagem.

Cartográfi ca

Alguns autores denominam Alfabetização

Cartográfi ca o processo de aquisição/manipulação

dos elementos da linguagem gráfi ca.

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I 7

Mapa do corpo ou Mapear o eu: As noções cartográfi cas básicas podem ser exercitadas a partir do mapeamento do corpo. Nosso argumento é que ao mapear o próprio corpo, o aluno toma consciência de sua estrutura, da posição de seus membros e dos lados do corpo. Assim, por meio do reconhecimento das partes e lados do corpo, defi nem-se suas posições em função dos eixos: em cima-embaixo, frente-atrás, direita-esquerda. Como nos esclarece Almeida (2003), a fi nalidade do mapa do corpo é fazer com que, por meio da projeção de seu corpo no plano, o aluno obtenha uma representação de si mesmo em tamanho real e com a identifi cação dos lados.

Além disso, o esquema de referencial corporal proposto no exercício a seguir será a base para desenvolver outros sistemas de referência, como é o caso do sistema de localização e orientação geográfi ca. Ao fi nal dessa aula, você será solicitado a repetir esse exercício na autoavaliação.

Mapear o eu

Essa atividade foi adaptada das sugestões feitas por Almeida (2003) e Almeida e Passini (1989).

Corpo

O corpo é gênese da orientação espacial.

Passo 1. Mapeando o corpo

Um colega deita-se sobre um papel e outro desenha sua silhueta.

Figura 3 – Mapeando o corpo

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Passo 2. Construindo referenciais de localização

As posições em cima-embaixo, frente-atrás e direita-esquerda devem ser identifi cadas no desenho/projeção de sua silhueta obtido no papel que deverá ser fi xado na parede na posição de pé. A inversão dos referenciais poderá ser feita através do desenho da silhueta de costas.

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I8

Figura 4 – Silhueta de frente e costas

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2).

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Passo 3. Deslocando referenciais de localização – localização e orientação:

Aqui se deve estabelecer a relação entre os resultados da projeção dos eixos do esquema corporal com as direções geográfi cas. Para Almeida (2003), a criança precisa se ver sobre a superfície da Terra e coordenar seus referenciais corporais com os referenciais terrestres.

Para isso, ela recomenda a construção de um relógio de Sol. O relógio auxiliará a determinar as direções norte-sul e leste-oeste a partir de seu verdadeiro referencial que é o movimento aparente de Sol, como apresentado na fi gura a seguir. Uma bússola pode ser usada para determinar as direções, sem esquecer que a bússola indica as direções magnéticas e, portanto, é necessário relacioná-las com as direções geográfi cas.

Relógio de Sol

Visite o sítio da Experimentoteca Ludoteca

do Instituto de Física da Universidade de São Paulo lá você vai encontrar boas

idéias para aplicar em suas aulas, com um relógio de sol. O endereço é: <http://www.ludoteca.if.usp.br>.

Figura 5 – Relógio do Sol

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I 9

2) Produzindo mapas temáticos:

Sobre um mapa-base pode se representar uma série de informações, escolhidas por interesses ou necessidades das mais diversas ordens: política, econômica, militar, científi ca, educacional etc. (ALMEIDA, 2003); o produto fi nal da combinação de dados e uma base cartográfi ca é o mapa temático.

A produção de mapas temáticos leva em conta vários métodos; cada um mais apropriado às características e às formas de manifestação (em pontos, em linhas, em áreas) dos fenômenos considerados em cada tema, como tal bem apresenta Martinelli (2007), no artigo A sistematização da cartografi a temática.

Na fi gura a seguir, temos um exemplo de mapa temático – abastecimento de água de Natal, RN.

Figura 6 – Mapa do abastecimento de água de Natal

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I10

Para saber mais:

As bases utilizadas para a produção de mapas temáticos sugeridos nesta aula podem ser encontradas nos endereços listados a seguir. Portanto, vamos considerar que eles estão disponíveis para a realização dos exercícios sugeridos.

Onde encontrar mapas, relativos aos Estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte:

Ceará: O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPESE) disponibiliza mapas de municípios do Ceará no endereço: <http://www.ipece.ce.gov.br/>.

Paraíba: Na Paraíba, mapas podem ser obtidos no sítio do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba (IDEME) - <http://www.ideme.pb.gov.br/index.php>.

Pernambuco: Já em Pernambuco podemos contar com a Secretaria das Cidades com links para mapas de municípios pernambucanos no endereço <http://www2.portaltransparencia.pe.gov.br/c/portal/layout?p_l_id=PUB.1020.31>.

Rio Grande do Norte: O Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA) disponibiliza mapas de municípios do Rio Grande do Norte no endereço: <http://www.idema.rn.gov.br/mapas.asp>.

Por fi m, na página eletrônica do IBGE há uma seção dedicada a mapas que pode ser acessada no endereço <http://www.ibge.gov.br/mapas_ibge/>. Lá você encontrará mapas escolares, físicos, temáticos e político-administrativos e, ainda, bases e referenciais.

O exercício apresentado a seguir pode ser aplicado a outros temas e áreas. O requisito indispensável à realização dessa atividade é dispor de um mapa base, tal como o do Brasil, do seu estado ou de sua cidade.

O trabalho começa com o levantamento de dados sobre um tema qualquer na forma de um diagnóstico – os dados podem ser obtidos ou coletados diretamente em campo por meio de entrevista ou observação (dados primários) ou já disponíveis documentalmente (secundários). A seguir, eles são agrupados, codificados (através de cores ou de figuras geométricas proporcionais, por exemplo) e localizados espacialmente, como no exemplo a seguir.

Nosso exemplo objetiva mapear a distribuição espacial da “Infraestrutura do Lazer no município de Mombaça, Ceará”.

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I 11

1) Levantamento de Dados:

Nesse exemplo, os dados foram obtidos numa ofi cina de diagnóstico participativo – Projeto Mapear. Os participantes informaram que apenas oito localidades no município têm lazer e 150 não têm.

2) Georreferenciar:

Nesta fase, localizamos espacialmente os dados obtidos – localidades que têm lazer e aquelas que não têm.

3) Codifi car:

Associar cores aos grupos de respostas obtidas (tem lazer – não tem lazer) de modo que a visualização das informações expressas no mapa possibilite a compreensão da distribuição ou localização espacial do tema em análise.

Participativo

Nesse exemplo, os dados são primários, ou seja, obtidos diretamente da população estudada por meio de diagnóstico.

Figura 7 – Estrutura de Lazer, Mombaça/CE.

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Aula 02 Instrumentação para o Ensino de Geografi a I

Atividade 2

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Tomando por base o mapa político do Brasil ou de seu estado, localize espacialmente e codifi que em cores o resultado do levantamento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) por estado e nível – alto, médio e baixo IDH.

Siga as seguintes etapas:

a) faça o levantamento do IDH por estado;

b) agrupe os índices em três níveis: 1 a 0,9 estados ou municípios com alto índices de desenvolvimento humano, 0,79 a 0,5 estados ou municípios com médio desenvolvimento humano e abaixo de 0,49 estados ou municípios com baixo desenvolvimento humano;

c) associe a cada nível uma dada cor e pinte o estado com a cor correspondente ao índice encontrado.

Observação – O mapa deve conter título, legenda e escala.

Navegar é preciso:

Nosso destaque é para a série “Cartografi a na Escola” apresentada em 2003 no programa Salto Para o Futuro da TV Escola. O objetivo dessa série é discutir como os mapas e outras formas de representar o espaço podem ser estudadas com turmas do Ensino Fundamental e Médio.

Os textos de apoio estão disponíveis no endereço <http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2003/ce/index.htm>. Além disso, você pode encontrar toda a série em formato de vídeo na tele sala de sua escola ou no endereço <www.dominiopublico.gov.br> use os parâmetros de busca a seguir para encontrar os vídeos da série:

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Figura 8 – Portal Domínio Público – Parâmetros de busca

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Para gerar mapas temáticos com informações socioeconômicas e ambientais do Nordeste, um endereço que pode deve ser visitado é o do Grupo de Geoprocessamento do Centro Regional do Nordeste – CRN do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em <http://www.nctn.crn2.inpe.br/index.php>. O grupo lançou em julho de 2007 o Atlas Socio-Econômico-Ambiental do Nordeste, uma ferramenta que permite o acesso gratuito a essas informações. O objetivo é oferecer maior interatividade dos usuários a um banco de dados georreferenciado disponível na internet, o serviço reúne imagens de satélites, mapas temáticos e dados censitários do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) de todos os estados da região. No novo serviço, o usuário tem a liberdade de combinar planos de informações e cruzar dados para construir mapas de acordo com seus interesses de pesquisa. Essa iniciativa pretende atender à comunidade de pesquisadores, gestores públicos, representantes de organizações não-governamentais, professores e estudantes universitários de todo o país, em especial da região Nordeste.

O aplicativo utilizado para a análise das informações no Atlas Interativo do Nordeste é o TerraViewWeb, software que possibilita a utilização dos dados espaciais para diversos setores, como segurança pública, gestão urbana, indicadores sociais, saúde pública, geografi a e problemas ambientais.

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Resumo

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Nesta aula, abordamos a relação entre geografi a e ensino para contextualizar o uso da cartografi a em sala de aula. A partir daí apontamos algumas sugestões de atividades para apoiar a promoção de objetivos de ensino relacionados à iniciação a linguagem cartográfi ca, a representação e ao uso de mapas temáticos. Também argumentamos que o mapa pode se converter em objeto de estudo ao abordar o tema mapas que calam, mapas que falam.

Em linhas gerais, as sugestões apresentadas foram organizadas em dois grupos: iniciação a cartografi a e a produção de mapas temáticos. Com relação à iniciação cartográfi ca, sugerimos como atividade o mapeamento do próprio corpo enquanto origem da referencia espacial. Já no campo da produção de mapas temáticos, apresentamos alguns procedimentos para seu uso em sala de aula bem como uma lista de fonte de mapas bases em diferentes estados e no Brasil.

AutoavaliaçãoNesta aula, estudamos diferentes usos e aplicações da cartografi a em sala de aula. Sobre o uso do mapa como objeto de estudo, qual exemplo você pode dar para ilustrar a afi rmação de Lívia Oliveira sobre ensino pelo mapa e não o ensino do mapa?

Desafi oNa próxima primavera há 3 atividades que você pode fazer para praticar os conhecimentos

aqui aprendidos:

Faça um relógio de Sol: No próximo dia 22/09 (equinócio de primavera) o Sol nascerá exatamente ao leste. Use as sugestões da ludoteca do Instituto de Física da USP para construir o relógio. O endereço é: <http://www.ludoteca.if.usp.br/experimentos/ripe/relogio_sol.pdf>

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Dessa data, você também pode fazer uma rosa dos ventos. Com a direção leste defi nida, você pode encontrar os outros pontos cardeais. Já pensou uma rosa dos ventos bem na frente de sua casa ou mesmo na janela de seu trabalho com as direções estabelecidas corretamente?!

Visite o sítio http://sigma.cptec.inpe.br/queimadas e acompanhe a evolução dos focos de queimadas na região Norte do Brasil. Lá, a primavera é marcada com grandes incêndios na mata.

ReferênciasALMEIDA, Rosângela D. (Org.). Cartografi a escolar. São Paulo: Contexto, 2007.

ALMEIDA, Rosângela D. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfi ca na escola. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2003.

ALMEIDA, Rosângela D.; PASSINI, Elza Y. O espaço geográfi co: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 1989.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 2001.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. PCN+ ensino médio: Ciências humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEF, 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasHumanas.pdf>. Acesso em: 14 maio 2009

CARVALHO, Maria Inez. Fim de século: a educação e a geografi a. 2. ed. Ijuí: Unijuí, 2004.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografi a, escola e construção de conhecimentos. São Paulo: Papirus, 1998.

KAERSCHER, Nestor A. A geografi a escolar na prática docente: a utopia e os obstáculos epistemológicos da geografia crítica. 2004. Tese (Doutorado em Geografia Humana) – Faculdade de Filosofi a, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-01052005-224221/> Acesso em: 13 maio 2009.

SIMIELLI, Marcelo. A sistematização da cartografi a temática. In: SIMIELLI, Marcelo. Cartografi a escolar. São Paulo: Contexto, 2007.

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Anotações

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EMENTA

> Sandra Kelly de Araújo

Produção de material didático-pedagógico aplicado à área de geografi a física e cartografi a.

Instrumentação para o Ensino de Geografi a I – GEOGRAFIA

AUTORA

AULAS

01 Com o Mundo nas Mãos

02 Cartografi a escolar I

03 Redescobrindo o uso de mapas em sala de aula

04 Promovendo o ensino do clima I

05 Promovendo o ensino do clima II

06 Promovendo o ensino do clima III

07 Ensinando relevo

08 Com a mão na massa

09 Promovendo o ensino de solos

10 De volta ao começo

11 A Terra e o sistema solar

12 Gaia, mãe Terra

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