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SERGIO KOIDE Prof. Associado da UnB, Dept. Eng. Civil e Ambiental Engenheiro civil (UnB) Especialista em Terminais e Oleodutos (PETROBRAS) Mestre em Eng. Civil - Rec. Hídricos (COPPE/UFRJ) PhD (Imperial College, Universidade de Londres) DISPONIBILIDADE HÍDRICA

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SERGIO KOIDEProf. Associado da UnB, Dept. Eng. Civil e AmbientalEngenheiro civil (UnB)Especialista em Terminais e Oleodutos (PETROBRAS)Mestre em Eng. Civil - Rec. Hídricos (COPPE/UFRJ)PhD (Imperial College, Universidade de Londres)

DISPONIBILIDADE HÍDRICA

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DISPONIBILIDADE DE ÁGUA: um balanço entre a oferta e a demanda

População do DF (CODEPLAN)

“Hidrologia: uma questão de balanço” (Sutcliffe, 2013)

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OFERTA

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OFERTA DE ÁGUA – GRANDES SISTEMAS

Década de 1960 – Sistema Santa Maria- Torto – bacia protegida, boa qualidade

Década de 1970 – Sistema Descoberto – apesar de ser designada para agricultura, uso compartilhado

Década de 1980-1990 – Proposta do sistema São Bartolomeu – problemas com a qualidade e com desapropriações

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A projeção da demanda realizada pelo Plano Diretor de Água e Esgotos do Distrito Federal da Caesb (PLD-2000), concluído em 2003, já indicava risco de demanda superior à disponibilidade dos mananciais a partir de 2005, nos dias de maior consumo.

BALANÇO DEMANDA X CAPACIDADE

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035

ANO

VAZÕ

ES (l

/s)

Capacidade dos Mananciais Atuais

Capacidade do Sistema Atual

Demanda

Abastecimento de Água no DFProjeção de Demanda

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OFERTA DE ÁGUA – GRANDES SISTEMAS

Final da década de 1990 – Decisão política – Sistema Corumbá IV

(ISTO É, 2005, inauguração da barragem de Corumbá IV) –“Água para cem anosBarragem de Corumbá IV acaba com o risco do desabastecimento, gera energia elétrica, cria empregos e um novo pólo turístico no eixo Brasília-Goiânia”

Problemas:

Cota 250m abaixo e grande distância = água cara

Empreendimento envolvendo 2 empresas de saneamento e 2 unidades da Federação

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Dentre os diversos mananciais superficiais avaliados, o PLD-2000 selecionou quatro como os de maior potencial de exploração:

Manancial SuperficialVazão Captada

(m3/s)Ano de

ImplantaçãoSão Bartolomeu 3,0 2006Sal 1,1 2009Palma 1,0 2013Corumbá 3,1 2016

Abastecimento de Água no DFSistemas Propostos (2003)

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Abastecimento de Água no DFSistema São Bartolomeu

Captação a fio d’água: jusante do braço do Rio Paranoá

Vazão de produção: 2,8 m3/s (final)

Áreas atendidas: Plano Piloto; Sobradinho; Planaltina; Paranoá; Itapoã; Cruzeiro; São Sebastião; lago Sul; Lago Norte

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Abastecimento de Água no DFBacia do Lago Paranoá

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DEMANDA

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CONSUMO DE ÁGUA

Crescimento populacional acima do previsto

Consumo muito elevado por parcela da população de renda elevada

Consumo elevado pelo setor público

Consumo não controlado (não conhecido) no meio rural

Consumo irregular por parte da população

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CRISE:

DEMANDA PRÓXIMA DA OFERTA + CONDIÇÕES CLIMÁTICAS ADVERSAS

O QUE FAZER?

Aumentar a oferta:•Grandes obras, grandes prazos, custo elevados, risco de problemas•Pequenas obras (aproveitamento de pequenos mananciais)•Soluções temporárias (alto custo)•Redução de perdas no sistema e controle de consumos irregulares•Uso de águas não integradas aos sistemas (poços)•Redução do consumo para irrigação•(Fazer chover artificialmente – estudos científicos mostram que não compensa)

Reduzir a demanda:•CONSCIENTIZAÇÃO•AUMENTO DE TARIFA•Racionalização do consumo e redução de perdas em edifícios e banheiros públicos•RACIONAMENTO•Proibição de usos não nobres•Hidrometração individualizada obrigatória

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1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

CO

NSU

MO

MEN

SAL

(m3 /

mes

)

EVOLUÇÃO DO CONSUMO DA UnB (1990-2015)

Isenção depagamento

Retorno do Pagamento+Hidrom. indiv.

Inicio medidas de Redução de consumo

REUNI

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MEDIDAS ADICIONAIS

Além das medidas de aumento da oferta e redução do consumo:

•Melhorar o monitoramento quantitativo dos recursos hídricos (distribuição espacial da chuva e vazões dos cursos de água)

•Quantificar o consumo de TODOS OS USUÁRIOS de água nas áreas críticas

•Melhorar o monitoramento da qualidade da água dos rios e reservatórios

•Implementar meios mais confiáveis de previsão e planejamento (modelos matemáticos)

•Treinamento do pessoal envolvido

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ESTAMOS NO CAMINHO CERTO?

As decisões que provocaram o problema são políticas e de longo prazo, tomadas há mais tempo

As decisões de curto prazo que deveriam ser tomadas estão sendo realizadas com equilíbrio, discussão e transparência

DARIA PARA FAZER MELHOR? Talvez....

LIÇÃO APRENDIDA: TRABALHAR JUNTOS

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Obrigado

Sergio Koide ([email protected])