Disposição Arquitetônica de cortiços de abelhas jandaíra

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ANÁLISE DA DISPOSIÇÃO ARQUITETÔNICA DE CORTIÇOS DE JANDAÍRA (Melipona subnitida) D.S. Pereira*, A.H. de Sousa, L.N. de Sousa, A.M.A. Silva & P.B. Maracajá Escola Superior de Agricultura de Mossoró, Departamento de Fitossanidade. [email protected] As abelhas indígenas sem ferrão são encontradas em todo o território nacional e representam um importante ponto de equilíbrio para o nosso ecossistema, já que podem ser responsáveis por 30% a 90% da polinização da flora nativa. Apesar de se ter conhecimento da sua grande importância, as suas técnicas de criação precisam ser continuamente observadas para se tentar obter o melhor ambiente de desenvolvimento para estas abelhas. Objetivou-se neste trabalho confeccionar uma caixa vertical (modelo AMCA-1) para a abelha M. subnitida de acordo com as medidas exigidas por esta abelha, tornando mais rápida a sua adaptação. Este trabalho foi realizado no CEMAS (Centro de Multiplicação de Animais Silvestres) da ESAM (Escola Superior de Agricultura de Mossoró). Foram avaliadas as variações no tamanho dos potes de reserva de alimento, o espaço ocupado pelos mesmos e o espaço ocupado pelos favos de cria, ao todo, sendo analisados 30 cortiços modelo baiano (80 x 10 x 8 cm). Segundo a análise realizada acerca do espaço ocupado pelos favos de cria, constatou-se a média de 10 cm de altura por 6 cm de largura por 10 cm de comprimento, variando entre 5 x 5 x 8 a 12 x 8 x 12 cm, sendo que estes parâmetros variam de acordo com a oviposição da rainha, o tamanho da família, e ainda de acordo com as folhas de cerume construídas em volta da cria para proteção e manutenção da temperatura, para se definir o espaço ocupado pelos potes de reserva de alimento foram medidos 60 potes que apresentaram a média de 3,5 cm de altura por 2,5 cm de diâmetro, variando entre 2 x 1 x a 4 x 4 cm, (altura e comprimento, respectivamente), sendo que um cortiço pode apresentar de 8 a 150 potes de reserva de alimento aproximadamente. Com estes resultados constatou-se as condições para a abelha jandaíra em Mossoró-RN, e pode-se chegar as medidas para a confecção da caixa vertical de 4 (quatro) gavetas modelo AMCA-1: A-paredes da frente de trás-8 peças de 16 x 8 x 2 cm; B-paredes laterais- 8 peças de 16 x 8 x 2 cm; C-piso central para melgueiras-2 peças de 14 x 12 x 2 cm; só na gaveta de baixo: D-tábua para fechar por baixo o espaço da cria-1 peça de 20 x 16 x 2 cm; Teto único do cortiço: E-tábua do teto-1 peça de 20 x 16 x 2 cm; H-ripas de reforço do teto e fundo-4 peças de 16 x 4 x 2 cm. Com este trabalho obteve-se, de acordo com as exigências comportamentais destas abelhas, as medidas para se conduzir a criação destas abelhas de maneira a promover a continuidade deste trabalho com a observância do desenvolvimento destes indivíduos em sua moradia.

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ANÁLISE DA DISPOSIÇÃO ARQUITETÔNICA DE CORTIÇOS DE JANDAÍRA (Melipona subnitida)

D.S. Pereira*, A.H. de Sousa, L.N. de Sousa, A.M.A. Silva & P.B. Maracajá

Escola Superior de Agricultura de Mossoró, Departamento de Fitossanidade. [email protected]

As abelhas indígenas sem ferrão são encontradas em todo o território nacional e representam um importante ponto de equilíbrio para o nosso ecossistema, já que podem ser responsáveis por 30% a 90% da polinização da flora nativa. Apesar de se ter conhecimento da sua grande importância, as suas técnicas de criação precisam ser continuamente observadas para se tentar obter o melhor ambiente de desenvolvimento para estas abelhas. Objetivou-se neste trabalho confeccionar uma caixa vertical (modelo AMCA-1) para a abelha M. subnitida de acordo com as medidas exigidas por esta abelha, tornando mais rápida a sua adaptação. Este trabalho foi realizado no CEMAS (Centro de Multiplicação de Animais Silvestres) da ESAM (Escola Superior de Agricultura de Mossoró). Foram avaliadas as variações no tamanho dos potes de reserva de alimento, o espaço ocupado pelos mesmos e o espaço ocupado pelos favos de cria, ao todo, sendo analisados 30 cortiços modelo baiano (80 x 10 x 8 cm). Segundo a análise realizada acerca do espaço ocupado pelos favos de cria, constatou-se a média de 10 cm de altura por 6 cm de largura por 10 cm de comprimento, variando entre 5 x 5 x 8 a 12 x 8 x 12 cm, sendo que estes parâmetros variam de acordo com a oviposição da rainha, o tamanho da família, e ainda de acordo com as folhas de cerume construídas em volta da cria para proteção e manutenção da temperatura, para se definir o espaço ocupado pelos potes de reserva de alimento foram medidos 60 potes que apresentaram a média de 3,5 cm de altura por 2,5 cm de diâmetro, variando entre 2 x 1 x a 4 x 4 cm, (altura e comprimento, respectivamente), sendo que um cortiço pode apresentar de 8 a 150 potes de reserva de alimento aproximadamente. Com estes resultados constatou-se as condições para a abelha jandaíra em Mossoró-RN, e pode-se chegar as medidas para a confecção da caixa vertical de 4 (quatro) gavetas modelo AMCA-1: A-paredes da frente de trás-8 peças de 16 x 8 x 2 cm; B-paredes laterais- 8 peças de 16 x 8 x 2 cm; C-piso central para melgueiras-2 peças de 14 x 12 x 2 cm; só na gaveta de baixo: D-tábua para fechar por baixo o espaço da cria-1 peça de 20 x 16 x 2 cm; Teto único do cortiço: E-tábua do teto-1 peça de 20 x 16 x 2 cm; H-ripas de reforço do teto e fundo-4 peças de 16 x 4 x 2 cm. Com este trabalho obteve-se, de acordo com as exigências comportamentais destas abelhas, as medidas para se conduzir a criação destas abelhas de maneira a promover a continuidade deste trabalho com a observância do desenvolvimento destes indivíduos em sua moradia.