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Dissertação DEAMBULAÇÃO PRECOCE APÓS INTERVENÇÕES CORONARIANAS PERCUTÂNEAS Andrea Cornelia Augustin

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Dissertação

DEAMBULAÇÃO PRECOCE APÓS INTERVENÇÕES

CORONARIANAS PERCUTÂNEAS

Andrea Cornelia Augustin

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INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Área de concentração: Cardiologia

Dissertação

DEAMBULAÇÃO PRECOCE APÓS INTERVENÇÕES

CORONARIANAS PERCUTÂNEAS

Autor: Andrea Cornelia Augustin

Orientador: Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite

Co-orientador: Alexandre Schaan de Quadros

Dissertação submetida como requisito para

obtenção do grau de mestre ao Programa

de Pós-Graduação em Ciências da Saúde,

Área de Concentração: Cardiologia, da

Fundação Universitária de Cardiologia /

Instituto de Cardiologia do Rio Grande do

Sul.

Porto Alegre

2008

Catalogação na Fonte

A923d Augustin, Andrea Cornelia Deambulação precoce após intervenções

coronarianas percutâneas / Andrea Cornelia Augustin ; orientação [por] Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite − Porto Alegre, 2008.

63 f.; tab.

Dissertação (Mestrado) - Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul / Fundação Universitária de Cardiologia - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde.

1. Angioplastia coronariana. 2.Deambulação

precoce.3.Enfermagem. I. Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite. II.Título.

CDU: 616.132.2

Bibliotecária Responsável: Marlene Tavares Sodré da Silva, CRB 10/1850

Dedicatória

A Deus, que me deu forças e coragem para levar adiante mais esta etapa

de minha vida.

Á minha família, que sempre me apoiou em todos os momentos.

Aos meus pais, in memorian, dos quais recebi incansavelmente os

maiores incentivos para meu desenvolvimento pessoal e profissional.

Agradecimentos

Aos meus pais, que não pouparam esforços para me proporcionar o

melhor acesso a educação e cultivaram a mesma como uma das essências da

minha vida.

Aos pacientes participantes da pesquisa, que depositaram sua confiança

em toda a equipe de profissionais atuantes na hemodinâmica do IC/FUC, sem

os quais este trabalho não seria realizado.

Ao Dr. Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite, meu orientador, pela

competência profissional com que me auxiliou na execução deste trabalho.

Ao Dr. Alexandre Schaan de Quadros, meu co-orientador, pelas

considerações realizadas no decorrer deste trabalho e apoio nas apresentações

das pesquisas originadas do mesmo.

Aos hemodinamicistas que confiaram a mim o cuidado de seus pacientes

participantes deste trabalho, Drs.: Carlos Roberto Cardoso, Cláudio Moraes, La

Hore Rodrigues, Rogério Sarmento-Leite, Flávio Celso Leboute, Júlio Vinícius

Teixeira, Luis Maria Yordi. Aos ex-residentes do Serviço de Hemodinâmica, Drs.:

Alex Sandro Carvalho, Marcelo Sabedotti, Cláudio Vasques Moraes, Cristiano

Cardoso, Franklin Quesada, André Manica, Márcio Balbinotti e Henrique Gomes

pela grande colaboração e incentivo.

À enfermeira Waltraute Koch, a quem tive o privilégio de ter como

referência profissional e que influenciou definitivamente a minha formação como

enfermeira de hemodinâmica.

A enfermeira e administradora de empresas Regina Reinbrecht pelo seu

suporte em todos os momentos da pesquisa.

Às colegas Cristiane Cauduro Lima e Joice Quevedo Evaldt pelo apoio e

auxílio sempre que solicitado.

À toda a equipe de enfermagem do Laboratório de Hemodinâmica do

IC/FUC, meu agradecimento pela colaboração.

À Biotronik pela doação dos tubos para determinação do TCA, em

especial às enfermeiras Maria Cesira Zottis Lúcio e Nadia Luzia Ceriolli.

Aos funcionários da Unidade de Pesquisa do IC/FUC, em especial ao

Ângelo de Souza, Vânia Hirakata e Maria del Carmem S. de Stefani, pela

presteza e competência.

Ao FAPPIC, pelo custeio de parte dos insumos necessários à realização

da pesquisa.

Ao Instituto de Cardiologia, instituição profundamente marcada pelo

desvelo no atendimento aos pacientes, independente de classe social.

A Deus que me deu força, inspiração e saúde na realização desta etapa

de minha vida.

SUMÁRIO Base Teórica - Deambulação Precoce Após Intervenções Coronarianas

Percutâneas..........................................................................................................1

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................2

1.1 Fisiopatologia da Aterosclerose..................................................................3

1.2 Manifestações Clínicas ................................................................................5

1.3 Tratamento da Doença Arterial Coronariana..............................................5

1.3.1 Tratamento Percutâneo da Doença Arterial Coronariana ......................7

1.3.1.1 Técnica de Punção Femoral...................................................................8

1.4 Anticoagulação ...........................................................................................11

1.4.1 Tempo de Coagulação Ativada...............................................................12

1.5 Técnicas de Hemostasia em Intervenções Coronarianas Percutâneas Realizadas pela Via Femoral ............................................................................13

1.5.1 Compressão Manual e Mecânica............................................................13

1.5.2 Dispositivos de Fechamento Vascular ..................................................15

1.6 Complicações Vasculares Relacionadas ao Acesso...............................16

1.7 Deambulação Precoce................................................................................18

2 JUSTIFICATIVA...............................................................................................22

3. OBJETIVOS....................................................................................................23

3.1 Objetivo Geral .............................................................................................23

3.2 Objetivos Específicos.................................................................................23

Bibliografia da Base Teórica ...............................................................................24

Artigo em Inglês - Early Ambulation After Percutaneous Coronary Interventions .....................................................................................................32

Introduction .........................................................................................................36

Methods ..............................................................................................................37

Statistical Analysis ..............................................................................................39

Results ................................................................................................................40

Discussion ..........................................................................................................42

Study Limitations.................................................................................................45

Conclusion ..........................................................................................................46

References .........................................................................................................47

Tables .................................................................................................................51

Lista de Abreviaturas ..........................................................................................55

1

Base Teórica

Deambulação Precoce Após Intervenções Coronarianas Percutâneas

2

1 INTRODUÇÃO

A doença arterial coronariana (DAC) é considerada uma epidemia de saúde

em países desenvolvidos e em desenvolvimento e a revascularização miocárdica

percutânea tem sido um procedimento largamente empregado no seu controle,

além da terapêutica medicamentosa e cirúrgica.

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam as doenças

cardiovasculares (DCV) como responsáveis por 16,4 milhões de mortes ao ano, e

projetam para 2020 estas doenças como responsáveis por 34% das mortes 1.

Atualmente, as regiões em desenvolvimento contribuem de forma marcante para

essas estatísticas, visto que existe um melhor controle das doenças infecto-

parasitárias, maior expectativa geral de vida e mudanças de estilo de vida

decorrentes da crescente urbanização. Estes fatores somados contribuem para o

aumento dos fatores de risco para a DCV. Em números absolutos, há mais

pessoas afetadas pela DAC em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento

do que em países com maior renda per capita 2. Dados da American Heart

Association (AHA) sugerem que existam mais de 13,2 milhões de casos

prevalentes de DAC nos Estados Unidos. A incidência de morte ou infarto agudo

do miocárdio (IAM) por DAC é de mais de 1,2 milhões de casos por ano, onde

700.000 acontecem no primeiro evento e 500.000 em situações recorrentes. O

número de casos de morte súbita cardíaca é de aproximadamente 340.000 ao

ano. Estima-se que 5 milhões de pessoas nos EUA sofram de insuficiência

cardíaca (IC), que é uma conseqüência tardia da isquemia coronariana em casos

de maior gravidade. No Brasil, dados do Sistema de Informações sobre

Mortalidade (SIM) do departamento de análise da informação em saúde apontam

3

que as doenças circulatórias são a principal causa de morte em todas as regiões e

para ambos os sexos 3. A mortalidade de origem cardiovascular acomete

aproximadamente 300.000 pessoas por ano 4, representando uma parcela

significativa do total de gastos do Sistema Único de Saúde (SUS).

A incidência da DAC aumenta à medida que a população envelhece 5, pois

o processo aterosclerótico é progressivo. Assim, paradoxalmente, embora se

verifique uma redução da mortalidade atribuível a DAC, a incidência absoluta da

doença continua a aumentar 6.

1.1 FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

A aterosclerose é reconhecida como uma doença inflamatória e trombótica

caracterizada pelo desenvolvimento de ateromas vasculares que causam lesões

obstrutivas. Seu desenvolvimento é secundário a respostas celulares e

moleculares específicas, que incluem inflamação, metabolismo lipídico,

metabolismo da vitamina B12 e regulação homeostática 7.

Durante muito tempo, pensava-se que a aterosclerose fosse apenas o

resultado da aposição de gordura na parede arterial. Atualmente, é sabido que a

aterosclerose é conseqüência da resposta da parede arterial a vários agentes

agressores, e que consiste de um processo proliferativo, em deposição de lipídeos

e em um processo inflamatório caracterizado pela presença de macrófagos,

monócitos, linfócitos e outras células em diferentes fases da formação e evolução

da placa aterosclerótica.

A lesão inicial no endotélio é uma inflamação localizada em consequência

de hiperlipidemia, tabagismo, diabete melito, hipertensão, homocisteinemia e

4

outros fatores. Estas ocorrem em locais onde o fluxo laminar sanguíneo está

alterado, interferindo no endotélio e diminuindo a produção de óxido nítrico. Isto

ocorre tipicamente nas bifurcações arteriais. A formação da placa ateromatosa é

contínua e inclui disfunção endotelial, penetração de LDL e leucócitos circulantes

para a região subendotelial, oxidação do LDL, formação de células espumosas,

migração e proliferação de células musculares lisas vasculares (CMLV) para o

espaço subendotelial, síntese da matriz extra-celular e lesão estrutural do

endotélio, com deposição de plaquetas e formação de trombos.

Além da participação nas fases iniciais da formação da placa, os processos

inflamatórios continuam operando e são essenciais na progressão da placa

aterosclerótica. A placa aterosclerótica madura apresenta, além de células, dois

componentes estruturais distintos: um núcleo lipídico, pouco denso, e a capa

fibrosa, que representa 70% do tamanho da placa. O núcleo lipídico é rico em

lípides extracelulares, principalmente cristais e ésteres de colesterol. O conteúdo

deste núcleo lipídico é altamente trombogênico.

Um processo chave da história natural do ateroma é a instabilização da

placa. O ateroma instável pode ser definido como aquele no qual ocorrem defeitos

estruturais na superfície, como ruptura ou ulceração da capa. Freqüentemente

estes defeitos são associados a deposição de trombos, que podem variar em

extensão, no grau de adesividade da placa e na estabilidade de seus

constituintes. Com freqüencia, a deposição de um trombo é acompanhada por

graus variáveis de vasoespasmo 8.

5

A combinação entre o tamanho do ateroma de base, o tamanho e a

estabilidade do trombo superposto e a intensidade do vasoespasmo determinam o

grau e a duração do déficit obstrutivo do fluxo sanguíneo.

1.2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

O espectro das manifestações clínicas vai desde pacientes assintomáticos,

passando pela angina estável, síndromes coronarianas agudas, até o infarto com

óbito.

1.3 TRATAMENTO DA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

O tratamento pode ser clínico, percutâneo ou cirúrgico e visa a aliviar os

sinais e sintomas causados pela obstrução coronariana, restaurando a circulação

e restabelecendo a condição clínica.

Sempre que é considerada uma revascularização, os riscos precisam ser

contrapostos aos benefícios. As indicações de revascularização percutânea são

baseadas em estudos clínicos e seguem várias diretrizes internacionais, como a

da ACC/AHA para intervenção coronariana percutânea (ICP).

6

Fonte: Quadro adaptado de ACC/AHA/SCAI 2005 Guideline Update for

Percutaneous Coronary Intervention 9.

Quadro1 - Indicações de revascularização percutânea da ACC/AHA (2005).

7

1.3.1 Tratamento Percutâneo da Doença Arterial Coronariana

Em 1977, Andreas Gruntzig realizou a primeira ICP, inaugurando uma nova

modalidade de revascularização miocárdica, que surgia como alternativa à

revascularização cirúrgica. Naquela época, a técnica foi vista com ceticismo pelos

seus pares; no entanto, de 1979 a 1982, já haviam 3.000 casos documentados.

Avanços na tecnologia dos materiais empregados e na qualidade do

equipamento de imagem possibilitaram resultados cada vez melhores e ampliação

das indicações, com uma taxa de morbi-mortalidade intraprocedimento e de

cirurgia de revascularização de urgência reduzidas.

Atualmente, a ICP é a técnica de revascularização miocárdica mais

empregada 10 devido à melhora do perfil e novas estruturas de stents, melhora do

material como guias e novos dispositivos e avanços da farmacologia adjunta.

O salto tecnológico ocorrido na cardiologia intervencionista possibilitou que

lesões de mais difícil acesso e pacientes mais graves fossem tratados, com

grande índice de sucesso. As diferentes técnicas de acesso arterial, o diâmetro

cada vez menor dos cateteres, novas guias, stents de última geração e

equipamentos acessórios beneficiam cada vez mais pacientes, e vários estudos

caracterizam a ICP como procedimento minimamente invasivo e seguro que

possibilita a alta no mesmo dia 10-17.

8

1.3.1.1 Técnica de Punção Femoral

A abordagem radial do sistema arterial está sendo cada vez mais

empregada. No entanto, a punção femoral percutânea mantém-se, até agora, a

técnica dominante empregada na cardiologia intervencionista 18,19 por ser

relativamente fácil, rápida, confiável e deter uma baixa taxa de complicações.

Após anestesia local, o acesso percutâneo da artéria femoral comum é obtido

através da punção do vaso 1 a 3 cm abaixo do ligamento inguinal. Usando uma

técnica modificada de Seldinger (figura 1), punciona-se a artéria femoral comum

com uma agulha 16G inserida num ângulo de 30 a 45 graus na artéria e introduz-

se uma guia em J 0.035” através da agulha. Com uma lâmina de bisturi nº 11,

realiza-se, na pele, um pequeno corte adjacente ao ponto de entrada para facilitar

a inserção do introdutor arterial. Após a obtenção do acesso femoral, insere-se um

introdutor arterial de tamanho igual ao cateter a ser usado.

A parede anterior da artéria femoral comum deve ser puncionada vários

centímetros abaixo do ligamento inguinal mas próximo à bifurcação da artéria

femoral superficial com a profunda. Se o local de punção for muito próximo do

ligamento inguinal, pode ser difícil obter a hemostasia após a retirada do

introdutor, através da compressão manual, levando a um risco aumentado de

hematomas e hemorragia retroperitoneal.

A principal vantagem do uso desta técnica é a maior rapidez da

cateterização seletiva e uma menor curva de aprendizado quando comparada às

demais. Além disso, esta abordagem pode ser repetida diversas vezes no mesmo

paciente, sem prejuízo da técnica. Sua principal desvantagem é o uso em

pacientes com aterosclerose ileo-femoral, nos quais a passagem retrógrada de

9

cateteres por uma área extensamente estreitada ou tortuosa pode ser traumática,

difícil ou, às vezes, impossível.

Fonte: “The Manual of Interventional Cardiology 20”.

Figura 1 - Técnica de Seldinger modificada.

Assim que se observa um fluxo de sangue pulsátil através do orifício da

agulha, a agulha é retirada e avança-se uma guia 0,035 ou 0,038” pelo orifício até

o interior da artéria . Um introdutor arterial com dilatador é dirigido por sobre a guia

até atingir a artéria femoral, seguido da retirada do dilatador e da guia. O

introdutor então é aspirado e lavado com solução salina.

10

Fonte: “The Manual of Interventional Cardiology 20”.

Figura 2 - Pontos de Referência para Acesso Vascular Femoral.

O acesso arterial (figura 2) deve ser obtido na junção entre o terço médio e

inferior da cabeça do fêmur, que corresponde a 2-3 cm abaixo do ligamento

inguinal. O ligamento inguinal estende-se da espinha ilíaca superior anterior até o

tubérculo púbico. A prega inguinal é um ponto de referência enganoso e não deve

ser usado para a determinação do local de acesso.

11

1.4 ANTICOAGULAÇÃO

Os pacientes submetidos à ICP recebem heparina, usualmente do tipo não

fracionada (HNF), para promover anticoagulação durante o procedimento. A

heparina tem sido usada para inibir a formação de trombos ricos em plaquetas,

tanto no local da angioplastia quanto nos equipamentos empregados para a

realização da mesma. A meia-vida da HNF é dose-dependente. Com 100UI/Kg de

peso, a meia-vida desta droga tem duração aproximada de 1h 21. É comum usar-

se uma dose fixa de 10.000UI de HNF no início da angioplastia. Outros

operadores preferem administrar uma dose ajustada pelo peso, no entanto,

tradição e hábito podem influenciar na escolha da dose de heparina 22. A ação da

heparina é não específica e não linear e cada paciente responde de maneira

diferente a administração de uma mesma dose de heparina.

O efeito da HNF é monitorado na sala de hemodinâmica pelo tempo de

coagulação ativado (TCA), que é um método simples e rápido que determina o

tempo que uma amostra de sangue leva para formar um coágulo. Entretanto,

existe uma correlação pobre entre a dose de HNF administrada e o TCA pela

variabilidade existente nos instrumentos usados para a mensuração deste último

23.

É possível que não haja uma correlação sólida entre um TCA determinado

e o risco de oclusão coronariana. O valor recomendado de 300 segundos é um

ponto de corte arbitrário, baseado em análises realizadas em pacientes durante

bypass cardiopulmonar 24-26, Narins et al encontraram uma correlação inversa

entre o nível de anticoagulação mensurada, através do TCA e a ocorrência de

eventos isquêmicos agudos durante a ICP 27. Ferguson et al, num artigo publicado

12

em 1994, demonstraram que níveis de TCA abaixo de 250 segundos estavam

associados a um aumento marcado na incidência de complicações oclusivas 28.

Contraditoriamente, vários estudos randomizados sugerem a eficácia e segurança

de baixas doses de heparina durante ICP eletivas, independente do TCA 29,30.

Mesmo assim, contemporaneamente, opta-se por manter um TCA alto e

altas doses de HNF, ainda que esta prática possa estar associada a uma maior

taxa de complicações hemorrágicas do local de punção, já que o risco de

sangramento associado à heparina aumenta com a dose, terapia trombolítica,

procedimentos invasivos ou defeitos hemostáticos concomitantes 31. Praticamente

a maioria dos dados referentes à administração de heparina foram obtidos antes

da introdução dos stents na prática atual, associados a antiagregantes

plaquetários potentes. Portanto, uma revisão do papel e da dose da heparina

durante a ICP realizada atualmente merece ser feita 32.

1.4.1 Tempo de Coagulação Ativada

O TCA começou a ser amplamente utilizado em hemodinâmica a partir do

uso dos agentes fibrinolíticos como terapia adjuvante ou concomitante a

angioplastia. Apesar de avanços farmacológicos e tecnológicos em cardiologia

intervencionista, ainda existe muita incerteza quanto aos níveis de TCA

adequados para prevenir complicações isquêmicas e hemorrágicas,

especialmente após o advento dos stents, onde os pacientes recebem

obrigatoriamente um regime antiplaquetário duplo.

A maioria dos estudos clínicos não especifica como ou por que um nível

determinado de TCA foi escolhido para seu protocolo.

13

Existem poucas informações científicas que justifiquem o uso rotineiro do

TCA a fim de determinar o melhor momento para a retirada do introdutor arterial

(IA) 33. Também, não se consegue determinar se o limite de TCA para a retirada

do introdutor correlaciona-se acuradamente a complicações do local de acesso de

uma ICP. Um dos poucos estudos relacionados à medida de TCA e níveis de

heparina concluiu que o TCA não deve ser usado para determinar a retirada do IA,

pois o teste perde a confiabilidade abaixo de 225s 34. No entanto,

convencionalmente é recomendada a retirada do introdutor assim que o TCA

encontrar-se abaixo de 160 segundos 23.

1.5 TÉCNICAS DE HEMOSTASIA EM INTERVENÇÕES CORONARIANAS

PERCUTÂNEAS REALIZADAS PELA VIA FEMORAL

1.5.1 Compressão Manual e Mecânica

A forma clássica de controle do sangramento com a formação de um

tampão hemostático é a aplicação firme e contínua de compressão manual. A

técnica recomenda que seja aplicada com três dedos da mão esquerda acima do

sítio de punção femoral, acima da artéria que leva o mesmo nome. Com os dedos

nesta posição, não deve haver sangramento para os tecidos adjacentes ou

através do orifício de punção. Esta pressão deve ser reduzida nos 10 a 15 minutos

seguintes 23.

14

A compressão manual é um método tradicional que requer apenas boa

observação e acurada técnica. Tem a vantagem de proporcionar a observação

instantânea do local de punção, permitindo um controle adequado da hemostasia.

O introdutor arterial é normalmente removido após 4-6 h da

descontinuidade da heparina. Se foram administrados trombolíticos, o nível de

fibrinogênio deve ser > 150 mg/dl antes da retirada do IA. Quando o TCA se situa

entre 140-160 segundos, o IA é retirado e a região inguinal comprimida até que

cesse o sangramento. Os pacientes são mantidos em repouso no leito por, no

mínimo, uma hora para cada French usado de acordo com o IA (por ex., 7F= 7

horas, 6F= 6 horas, etc). A maioria dos pacientes não apresentam complicações e

é liberada 24h após o procedimento, com a orientação de dirigir-se ao hospital se

surgirem sintomas novos ou recorrentes 20.

Também podem ser utilizados compressores mecânicos como o

Compressar® System, (Advanced Vascular Dynamics, Portland, Oregon) ou o

Femostop® (Radi Medical Systems, Upsalla, Suécia).

A compressão mecânica é executada por um mecanismo que promove o

selamento do vaso, no caso do Compressar®, comprimindo a região inguinal

contra uma base onde a região glútea permanece apoiada. Os pacientes queixam-

se de grande desconforto quando o mecanismo é excessivamente pressionado,

causando dor local. Já o FemoStop® é um dispositivo compressivo inflável e

transparente aposto sobre o local de punção para promover hemostasia. Os

compressores mecânicos tem a vantagem teórica de permitir que a equipe

assistencial tenha liberdade para execução de outras tarefas, mas não existe

nenhuma evidência de que sejam superiores à tradicional compressão manual,

15

sendo que um estudo recentemente publicado comprovou sua inferioridade em

relação a mesma 35.

1.5.2 Dispositivos de Fechamento Vascular

Os dispositivos de fechamento vascular (DFV) estão sendo

progressivamente incorporados à prática desde sua introdução no mercado no

início da década de 90. Existe uma grande variedade disponível para uso,

dividindo-se em duas principais categorias: dispositivos de selamento e

dispositivos de sutura. Vários outros métodos também estão sendo empregados

para fechamento vascular, incluindo grampeadores, curativos de superfície

colágena e uma nova técnica de fechamento mediada por ultrassom.

O Angioseal® (St. Jude Medical,Minnetonka, MN, USA), um dispositivo de

selamento que utiliza colágeno e sutura e o Perclose® (Abbott Laboratories,

Illinois, USA.), um dispositivo de suturas, respondem por aproximadamente 75%

do mercado global destes materiais. Estão em curso várias modificações e

incorporação de tecnologia nos dispositivos existentes e outros em

desenvolvimento. Seu uso tem promovido um grande impacto no aumento do

conforto para o paciente, diminuindo o tempo para obtenção da hemostasia,

levando, assim, à deambulação e à alta hospitalar precoce. A freqüência total de

complicações no sítio de acesso varia de 1,5 a 9% 36,37 com o seu uso. Esta

variabilidade na taxa de complicações deve-se a critérios classificatórios

heterogêneos para complicações menores, variações nos perfis de risco dos

pacientes e populações mistas de pacientes submetidos a procedimentos

diagnósticos e terapêuticos 38.

16

Para a utilização dos DFV é necessário um treinamento específico. As

taxas de complicações com seu uso são relacionadas ao volume de emprego dos

mesmos, uma vez que existe uma curva de aprendizado própria de quaisquer

novos dispositivos.

Considerando-se o quesito custo dos DFV, seu uso continua restrito a

países desenvolvidos, ou instituições economicamente favorecidas nos países em

desenvolvimento. Assim, num contexto onde o volume de ICP é significativo, faz-

se necessário pensar em outras estratégias que agreguem segurança associada à

possibilidade de deambulação precoce, após realização da revascularização

coronariana pela via femoral.

1.6 Complicações vasculares relacionadas ao acesso

Uma das mais freqüentes complicações das ICP relaciona-se a ocorrências

de eventos hemorrágicos no acesso arterial. Normalmente a equipe de

enfermagem administra de forma tão efetiva os episódios de sangramento que

seu impacto clínico é pequeno e, às vezes, leva a uma subnotificação dos eventos

33, tornando difícil sua exata quantificação.

A incidência descrita de complicações do local de acesso após angioplastia

varia de 1% a 14%, de acordo com as definições e protocolo diagnóstico

empregado 39. Estes problemas incluem trombose do vaso, embolização distal,

dissecção ou sangramento mal controlado no local de acesso. O sangramento

contínuo pode-se dever a uma punção mal localizada, à laceração do vaso,

anticoagulação excessiva ou má técnica na compressão femoral. Na região

inguinal, o sangramento mal controlado pode apresentar-se como hemorragia

17

franca, hematoma femoral ou retroperitoneal, pseudoaneurisma ou fístula

arteriovenosa. Hemorragia e hematoma são geralmente evidenciados nas

primeiras 12 horas do procedimento, mas o diagnóstico de pseudoaneurisma pode

não ser evidente por dias ou até semanas após o mesmo 19.

Nos primórdios do uso do stent, quando se empregava a anticoagulação

com varfarina oral (1990-1996), as complicações vasculares eram da ordem de

10%. O uso de introdutores mais calibrosos (9F), a intensidade e duração da

anticoagulação e a remoção do introdutor arterial apenas no dia seguinte eram os

fatores que contribuíam para aquela estatística 19.

Além das questões relacionadas à técnica de punção, calibre do introdutor,

nível de anticoagulação e fatores intrínsecos relacionados aos pacientes, a

incidência de complicações femorais depende do momento e da técnica

empregada para a remoção do introdutor arterial. Assim, o emprego atual de

tienoperidínicos e stents de perfil menor que permitem o uso de introdutores

menos calibrosos, a suspensão da heparinização plena após a ICP, aliada à

retirada do introdutor no mesmo dia, diminuíram a taxa de complicações

relacionadas ao procedimento para 1% a 2% 19.

Em relação à determinação de complicações vasculares, existem alguns

itens controversos. Os autores de estudos que visam determinar as causas

prováveis de complicações femorais não conseguiram chegar a um consenso em

relação ao índice de massa corpórea (IMC). Berry et al 18 encontraram que IMC

alto e surgimento de hematoma durante o procedimento são preditores de

formação de hematoma em pacientes submetidos a ICP pela via femoral.

Andersen et al identificaram, através de análise de regressão logística múltipla, os

18

pacientes que tem risco aumentado para sangramento, que são mulheres (OR

2,2), idade > 70 anos (OR 1,0), punção arterial > 1 (OR 7,9), TCA ≥ 175s (OR 2,0),

heparina de baixo peso molecular (BPM) antes do procedimento (OR 2,7),

clopidogrel antes do procedimento (OR 0,9), diabete melito (DM) (OR 0,4) e IMC >

25 (OR 1,3) 40. Por outro lado, Dangas et al, ao avaliarem complicações

vasculares após o uso de DFV versus compressão manual, afirmam que idade

avançada, gênero feminino, e superfície corporal menor são preditores de

complicações vasculares 11. Pracyk e cols, comparando compressão mecânica

com compressão manual, através de análises multivariadas, encontraram uma

relação entre complicações vasculares e idade avançada e baixo IMC 41. Estes

dados permitem que a equipe multiprofissional possa identificar os pacientes de

maior risco para o desenvolvimento de complicações vasculares hemorrágicas a

fim de trabalhar na sua prevenção.

1.7 Deambulação precoce

O repouso prolongado no leito após ICP realizada pela via femoral,

associado à retirada tardia do IA, é uma grande causa de incômodo para os

pacientes que são submetidos a este procedimento 42.

A imobilidade por várias horas é causa de desconforto para o paciente,

podendo provocar lombalgia e retenção urinária. Assim, a deambulação em menor

tempo pode ser uma alternativa à abordagem radial para promover maior bem-

estar ao paciente, após o procedimento.

Há alguns estudos que comprovam que a diminuição do tempo de repouso

após ICP não aumenta significativamente as complicações após o procedimento

19

43-46. Desta forma, existe uma tendência para uma permanência menor do

paciente no hospital quando submetido a ICP, e um número limitado, porém

crescente, de pacientes tem sido tratado com base no conceito de hospital-dia

10,13-15,47.

Apesar das vantagens, a deambulação precoce após ICP pode aumentar o

risco de complicações relacionadas ao acesso, como sangramento arterial,

pseudoaneurisma ou a necessidade de reparo cirúrgico vascular. Através de uma

busca na literatura, pudemos observar que muitos estudos relacionados ao tema

de interesse são de pacientes consecutivos10,12. Entretanto, um estudo

randomizado comparando alta no mesmo dia com alta após pernoite, publicado

em 2007, traz uma abordagem contemporânea, estudando pacientes eletivos

submetidos a ICP pela via femoral, com cateteres 5 e 6 F. Neste estudo, foi usada

uma dose de heparina de 5.000UI em todos os pacientes. Aqueles randomizados

para ter alta no mesmo dia tinham o IA retirado ao término da ICP, deambulavam

após 4h de repouso e após uma breve triagem que verificava se os mesmos

preenchiam os critérios de alta hospitalar, eram autorizados a deixar o hospital.

Estes pacientes não tiveram mais complicações do que os do grupo que dormiu

no hospital, demonstrando que é viável e seguro que pacientes eletivos

submetidos a ICP pela via femoral sejam liberados no dia do procedimento, após

um curto período de observação 18. Isto pode melhorar a qualidade de vida dos

pacientes e reduzir os custos hospitalares 48.

Um estudo brasileiro com 100 pacientes consecutivos realizado no Hospital

São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do RS endossa esta idéia. Neste

estudo, foram usados cateteres 5F e heparina na dose de 70UI/Kg. Os pacientes

20

tinham o IA retirado após a ICP e permaneciam 2h em repouso. Tendo preenchido

os critérios de segurança do estudo, eram liberados para casa. De acordo com

esta prática, 97% dos pacientes da amostra atingiram o desfecho proposto 12.

Outra pesquisa que estudou a retirada imediata do IA em ICP realizada

com cateter 7F, 5.000 UI de heparina e deambulação 6h após demonstrou uma

taxa de sangramento do local de punção pequena, da ordem de 2,41%, sem

surgimento de complicações vasculares maiores 49.

Ao observarmos artigos mais antigos, como o de Waksman, que analisou

complicações hemorrágicas em 5.042 pacientes de 1991-1994, podemos observar

que o índice de complicações vasculares era muito maior. Neste estudo, foram

usados cateteres 8,9 F ou maiores. Os pacientes recebiam 10.000UI de heparina,

64% permaneciam com heparina após o procedimento, o tempo de repouso era

determinado em função do regime de anticoagulação, e não houve tentativa de

deambulação precoce ou retirada precoce do IA. Foram analisados dados de 5042

pacientes, onde 309 (6,1%) tiveram complicações vasculares e 117 (3,8%)

necessitaram de reparo cirúrgico 50.

O período de repouso tem diminuído gradativamente ao longo do tempo

45,51. No entanto, ainda não se conseguiu estabelecer a duração mínima segura de

repouso no leito. Todas as pesquisas a respeito de tempo de repouso têm

favorecido a duração mais curta em lugar da mais prolongada 52.

Os ensaios clínicos randomizados têm demonstrado uma diminuição no

tempo de deambulação quando DFV são usados, comparados à compressão

manual. No entanto, a duração do tempo de repouso em cada grupo é

21

predeterminada pelo protocolo e, assim, este desfecho é um resultado inevitável

do desenho do estudo 53-57.

22

2 JUSTIFICATIVA

Diante do avanço tecnológico, é necessário revisar se está sendo oferecido

o tratamento mais apropriado aos pacientes, em relação à determinação do tempo

de repouso pós ICP pelas evidências existentes.

A estratégia de deambulação e alta precoce foi pouco testada no contexto

da abordagem femoral sem o emprego de DFV 11. Se a deambulação precoce for

comprovadamente uma manobra segura e efetiva, a ICP pela via femoral talvez

possa tornar-se realidade enquanto procedimento ambulatorial. Existem estudos

afirmando que esta forma de tratamento é factível em pacientes selecionados

18,50,57. Neste contexto, haveria uma maior rotatividade de leitos, o que diminuiria

os custos hospitalares e possibilitaria o atendimento de um volume maior de

pacientes.

23

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Verificar se há relação entre retirada precoce do introdutor associada a

deambulação precoce e eventos hemorrágicos, após a realização da ICP pela via

femoral.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Comparar a ocorrência de eventos hemorrágicos em pacientes que

tenham sido submetidos à ICP eletiva, analisando tempos de retirada da bainha e

de início de deambulação.

2. Avaliar a presença de dor lombar e retenção urinária dos pacientes após

o procedimento, com vistas ao aperfeiçoamento da assistência.

24

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32

ARTIGO EM INGLÊS

A randomized clinical trial of early sheath removal and

ambulation in patients submitted to percutaneous coronary

intervention

33

Artigo original a ser submetido à publicação na revista Catheterization and Cardiovascular Interventions

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL

FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA

SERVIÇO DE HEMODINÂMICA

A randomized clinical trial of early sheath removal and

ambulation in patients submitted to percutaneous coronary

intervention

Authors:

Andrea Cornelia Augustin

Alexandre Schaan de Quadros

Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite

34

Original article – Cathet Cardiovasc Interv, September, 2008

A randomized clinical trial of early sheath removal and ambulation in

patients submitted to percutaneous coronary intervention

Andrea Cornelia Augustin, NUR, MSc, Alexandre Schaan de Quadros, MD, PhD,

Rogério Sarmento-Leite, MD, PhD

Catheterization Laboratory

Institute of Cardiology of Rio Grande do Sul / FUC. Porto Alegre, Brazil

Corresponding Author: Prof. Rogério Sarmento-Leite – Unidade de Pesquisa do

IC/FUC. Av. Princesa Isabel, 370 Santana 90.620.001 – Porto Alegre – RS –

Brazil

[email protected] / [email protected]

Indexing words: Key words: early ambulation, angioplasty, nursing.

Short title: Early ambulation after coronary angioplasty

35

ABSTRACT

Objectives - Early ambulation can bring risks to patients submitted to

angioplasty by the femoral route if safety is not proved. The main objective of this

work was to evaluate the safety of early ambulation in those patients.

Methods - A randomized trial was conducted in patients submitted to

angioplasty with use of a 6F sheath introducer. The intervention group (IG) had the

sheath removed immediately after procedure and ambulated after 3h of bed rest.

The control group (CG) had the sheath removed after 4h from the end of

angioplasty and had a bed rest of 6h.

Results - Baseline characteristics didn’t differ statistically between groups,

as major bleeding (IG=1,7% vs. CG=0,6%; p=0,31). Patients of IG had less pain

(26% vs. 41%, p=0,004) than CG, but the frequency of urinary retention was the

same in both groups.

Conclusion - It was concluded that early ambulation demonstrates to be a

safe procedure that adds comfort to patients submitted to angioplasty.

36

INTRODUCTION

After a percutaneous coronary intervention (PCI) via the femoral access, the

arterial sheath is generally removed 4-6 hours after heparin bolus, and an

additional period of 6 hours bed rest is recommended to avoid bleeding or

hematoma at the puncture site. This period of immobilization increases costs and

health system resource utilization, and also patient discomfort. A strategy of earlier

sheath removal and deambulation could partially solve these problems, allow early

ambulation after invasive procedures, but are also costly and do not reduce the

incidence of puncture site-related vascular complications (4-7).

During the 1990’s, there was a great interest in comparing the efficiency of

manual or mechanical compression, or in evaluating the efficacy and safety of

VCD (8,9). However, data from these previous studies probably does not apply to

the current practice, because procedures were performed with larger arterial

sheaths and heparin dose administration, resulting in a higher incidence of

vascular complications. In this context, a strategy of early sheath removal and

ambulation was not properly tested, and this is the purpose of the current study.

37

METHODS

The present paper is a randomized clinical trial that considered for inclusion

patients submitted to elective PCI via femoral artery access with a 6 French (6F)

arterial sheath, in the period between October 2004 and December 2005, in a

referral center for interventional cardiology. Exclusion criteria were defined as

aortic failure, low molecular weight or unfractioned heparin administration pre or

post procedure, use of glycoprotein IIb/IIIa inhibitors or oral anticoagulants before

PCI, history of hemorrhagic diathesis, body mass index (BMI) > 30 and

hemodynamic instability after PCI. The study was approved by the internal

research ethics committee, and all the patients signed an informed consent form.

The primary end point was the development of major vascular

complications: hematoma > 10 cm, pseudoaneurism and arterial bleeding after or

during ambulation. Secondary end points were minor vascular complications:

hematoma < 10 cm, vagal reactions after sheath removal, and assessment of

patient’s comfort in the perioperative period. Patient’s comfort was arbitrarily

defined as absence of urinary retention or lumbar pain.

PCI was performed according to routine procedures and operator discretion.

By protocol all patients received intravenous heparin at 100 UI/kg body weight.

Blood was collected from the arterial sheath at the end of PCI , for evaluation of

activated clotting time (ACT) and activated partial thromboplastin time (aPTT)

through conventional methods (10,11).

Patients were randomly assigned to two groups, intervention group (IG) and

control group (CG), with a random computer-generated list. The arterial sheath

was immediately removed from patients in the intervention group if ACT < 350

38

seconds (sec), or after 90 min if ACT > 350 sec, and ambulation allowed after 3

hours of bed rest. In the control group patients, arterial sheath was removed 4

hours after PCI completion, and patients liberated for ambulation after 6 hours of

additional bed rest.

Manual compression after arterial sheath removal was performed by the

same and well trained investigator in all patients. If hemostasis was not achieved

after 20 minutes, a mechanical compressor (Compressar®, Advanced Vascular

Dynamics, Portland, Oregon) was used until complete hemostasis was achieved.

The puncture site was observed 5 and 30 minutes after beginning of rest, and

additional compression was applied if necessary. Patients from the intervention

group were ambulant under nurse observation, and the puncture site was

observed immediately before and after ambulation. In the absence of bleeding, the

patient was allowed to sit on a chair and walk freely. In patients from the control

group, ambulation was monitored by the nursing team for the start of bleeding

episodes. No compressive bandages, weights or artery closure devices were used

in any of the patients. On the morning following PCI performance, all patients were

examined by an independent observer, before hospital discharge.

Aspirin (200 mg) and clopidogrel (300 mg) were administered at least six

hours before the procedures. Thienopyridines were prescribed for 30 days after the

treatment, and aspirin for continuous administration. This combination was

recommended for at least six months for patients treated with drug eluting stents.

39

STATISTICAL ANALYSIS

Continuous variables were analyzed using the Student’s t test, and

categorical variables with the chi-square test or Fisher’s exact test. The

significance level was set at p<0.05. Sample size was calculated as 442 patients,

considering a general prevalence of 10% for major vascular complications, an

expected difference between the two groups of 7% in primary end point, a

statistical power of 80% and p<0.05. Analysis was based on the intention to treat.

The expected difference between groups was based on previous studies which

reported a bleeding incidence ranging from 2,2%-14% (12) and 1,5-9% (13).

40

RESULTS

A total of 347 patients were included in the study, 172 assigned to IG and

175 to CG. The groups presented similar demographic characteristics (Table1) and

ischemic complications were not observed during and after the procedure.

The device used for measuring ACT (MCA 2000®, Fundação Adib Jatene)

reported an error on measurements of ten patients, for which ACT was higher

than 900 sec, and in two patients with results lower than 50 sec in spite of aPTT >

120. For these patients, arterial sheath removal was determined by the high ACT

results for IG (after 90 min if ACT > 350 sec), and in 4 h for CG patients.

Table 2 shows no significant difference between groups concerning major

bleeding. Only one of the IG patients presented a hematoma > 10 cm, remaining in

hospital for an additional day. One patient presented a clinically diagnosed

pseudoaneurism, and was conservatively treated, and another had an arterial

bleeding during ambulation, controlled with additional compression and rest. A CG

patient had a hematoma > 10 cm, and needed additional rest and observation.

Regarding other vascular complications, (table 3) there were also no significant

differences in the frequency of small haematomas before sheat removal but a

tendency for a larger increase in its occurrence after sheat removal was observed.

Compression time was similar for the two groups: 22 (8-95) minutes for IG

and 18 (8-120) minutes for CG. The mean time of angioplasty was 45 ± 15

minutes, ranging from 10 to 120 minutes.

The frequency of vagal reactions was also low and similar between the two

groups, 2.3% in IG and 2.9% in CG. As demonstrated in table 4, a small

occurrence in urinary retention rate was observed in both groups. Most of them

41

were efficiently handled with non-invasive approaches such as placing the patient

in lateral position, suprapubic warming, and standing by the bed, with the arterial

sheath in the inguinal region, before urinary catheterization. Only one patient in the

control group presented urinary retention resistant to non-invasive approaches,

and was ambulant before 6 h of rest. Lumbar pain was observed in 22% vs. 39%

(p=0.001) for IG and CG patients, respectively. The incidence of lumbar pain and

requests for analgesics was superior in CG due to prolonged bed rest.

Interestingly, almost half of the patients of the sample (40.8%) felt pain when

asked next day, but did not request analgesics.

After the protocol was completed no bleeding episodes were observed in

any of the groups.

42

DISCUSSION

In this study, we have demonstrated that a strategy of early sheath removal

and ambulation is not associated with increased major vascular complications.

These findings are in concordance with those of previous studies (3,8,14-16).

Smaller sized vascular devices currently used may allow for a reduction in

the recovery period time and add to the patient’s comfort. A careful artery access

site hemostasis achieved either by manual or mechanical compression, or with

vascular closure devices, prevents hematomas, one of the major comorbidities

associated to this vascular route (17). Qualified staff working in the post-PCI

recovery area is important for the prevention and control of possible complications

(15).

Minor bleeding episodes found in our sample comprised a low incidence of

small hematomas, probably related to puncture site, before sheath removal. It is

important to notice that CG had a slight decrease in hematomas rates after sheath

removal, possibly due to adequate manual compression (Table 3). On the other

hand, findings related to minor bleeding episodes in IC suggest that additional

compression or a lower heparin dosage could have decreased the incidence of

small hematomas.

The established ACT to remove the arterial sheath in IC was set based

upon a minimally safety criteria. Koch and col (3) administered low dose heparin,

removed the sheath immediately and allowed patients for ambulation after 2h

without taking ACT measurements. Indeed, ACT should only be used to determine

if adequate anticoagulation during PCI has been achieved, because as formerly

43

stated by Galli and Palatnik (6), there is no strong scientific data that supports the

use of ACT in assessing patient readiness for sheath removal (6). It was also

stated that no ACT threshold has been yet established for access site complication

prediction, and an ACT set around 175 seconds has apparently been empirically

set to remove arterial sheath after PCI (6).

The use of VCD results in faster hemostasis, allowing a reduction in rest

period before ambulation, but has not decreased the frequency of bleeding

episodes when compared to other methods (1,8, 18-20). Due to its high costs, the

device is mostly used in economically favored countries or institutions.

Prolonged bed rest is one of the conservative measures to avoid local

bleeding, but is associated to discomfort. As shown in Table 4, early ambulation

was associated to a lower frequency of lumbar pain and request for analgesics,

confirming the results found by authors with patients submitted to coronary

angiography (21-23). A significant number of patients, on the other hand, when

asked about pain after the resting period, reported some but did not request

analgesics perhaps because they considered it as part the procedure and

something tolerable that they can support and had to accept. A total of 169

patients were ambulant after a 3-h bed rest, and recognized this reduction of

bed rest time as an important issue. Comfort perception is particularly important,

since the population undergoing these procedures has increasing life expectancy

and is more susceptible to osteomuscular disorders.

The frequency of urinary retention and bladder catheterization was similar

between the two groups of patients, but 7% of the IG patients voided after the bed

44

rest, showing that this period of rest contemplates also the physiological bladder

storage phase. In general, devices for bladder emptying are not well accepted

among patients, who feel embarrassed using them. A reduction of the period of

bed rest is therefore important in adding to the patient’s comfort. Although the

present study was not aimed to analyze hospital costs, a shorter in-hospital stay

represents also an important economic and logistic advantage in cardiovascular

procedures (20).

Our results showed that non-invasive procedures for bladder emptying were

not associated to bleeding episodes. Slight movement of the patient while the

sheath is still in the inguinal region is possible, when carefully performed. Assisted

movement, furthermore, adds to the patient’s comfort by changing the position of

the body (21).

Although the initial estimate of sample size was 442 patients, our sample

included 347 individuals. Data obtained with this trial showed that increasing the

number of patients as originally planned would not significantly modify the results,

since the frequency of major bleeding episodes expected was 10%. Considering

this new expectation, a sample of 1,428 patients would be necessary for the study

to have a statistical power of 80% with significance level at p<0.05 and a beta error

of 20%. It would then be possible, based on the upper frequencies of bleeding

episodes observed in the two groups (1.7% and 0.6%), to detect an absolute

difference of 2%.

45

STUDY LIMITATIONS

Randomized studies about time for ambulation cannot be blind, for obvious

reasons (the patient knows for how long he/she is immobilized), but the

introduction of bias will not probably affect the primary end point.

A much larger number of patients would be necessary to increase the power

of this study to 80%, which was not achieved since the frequency of complications

observed was lower than expected.

The study was also limited by the unavailability to diagnose vascular

complications with ultrasonography, already defined as superior as only physical

examination for the clinical evaluation of bleeding complications (9).

46

CONCLUSION

The immediate removal of the femoral sheath and early ambulation of

patients submitted to PCI without the use of VCD seems to be a safe and efficient

alternative. A low incidence of bleeding episodes was observed, when the heparin

dose was related to body weight. This approach adds to the patient’s comfort,

resulting in lower frequency of lumbar pain and urinary retention, and allows for

discharge from hospital on the same day that the procedure is performed.

47

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51

Table 1: Demographic and clinical characteristics of the patients (n=347)

Intervention Group

(n=172)

Control Group

(n=175)

p

Men, % 64 57 NS

Age, years 59.7±9.9 61.0±10.4 NS

BMI, U 27±3.9 27±3.6 NS

ACT, seconds 324±101 320±101 NS

aPTT, seconds >120 >120 NS

BMI: body mass index, units; ACT: activated clotting time; aPTT: activated partial

thromboplastin time.

52

Table 2: Major Bleeding episodes

Intervention Group

(n=172)

Control Group

(n=175)

TOTAL (n=347)

p

Major bleeding 3 (1.7%) 1 (0.6%) 4 (1.1%) 0.31

Hematoma >10 cm

1 (0.6%) 1 (0.6%) 2 (0.6%) 1

Pseudoaneurism 1 (0.6%) 0 1 (0.3%) 0.37

Arterial bleeding 1 (0.6%) 0 1 (0.3%) 0.37

53

Table 3:Minor bleeding episodes - Haematoma >10 cm

Intervention

Group

(n=172)

Control Group

(n=175)

TOTAL (n=347)

p

Before AS removal

4 (2.3%) 7 (4.0%) 11 (3.2%) 0.36

After AS removal

13 (7.5%) 5 (2.9%) 18 (5.2%) 0.06

54

Table 4: Urinary retention and lumbar pain

Intervention

group (n=172)

Control group

(n=175)

p

Urinary retention 10 (5.7%) 5 (2.9%) 0.296

Non-invasive management 3 (1.7%) 3 (1.7%) 1

Lumbar pain 38 (22%) 68 (39%) 0.001

Analgesics 11 (6.3%) 24 (13.9%) 0.031

Patients with pain but not requesting analgesics

27 (15.7%) 44 (25.1%) 0.041

Bladder catheterization 0 (0%) 3 (1.7%) 0.248

55

LISTA DE ABREVIATURAS

56

LISTA DE ABREVIATURAS EM ORDEM DE APARICAO NO TEXTO

DAC Doença Arterial Coronariana DCV Doença Cardiovascular AHA American Heart Association IAM Infarto Agudo do Miocárdio IC Insuficiência Cardíaca SIM Sistema de Informações sobre Mortalidade SUS Sistema Único de Saúde CMLV Célula Muscular Lisa Vascular ACC/AHA American College of Cardiology/American Heart Association ICP Intervenção Coronariana Percutânea ECR Ensaio Clínico Randomizado HNF Heparina não Fracionada TCA Tempo de Coagulação Ativado IA Introdutor Arterial DFV Dispositivo de Fechamento Vascular USA United States of America IMC Índice de Massa Corporal BPM Baixo Peso Molecular IG Intervention Group CG Control Group PCI Percutaneous Coronary Interventions VCD Vascular Closure Devices AS Arterial Sheath BMI Body Mass Index ACT Activated Clotting Time Aptt Activated Partial Thromboplastin Time Sec seconds

57

LISTA DE ABREVIATURAS EM ORDEM ALFABÉTICA DAC Doença Arterial Coronariana ACC/AHA American College of Cardiology/American Heart Association ACT Activated Clotting Time AHA American Heart Association Aptt Activated Partial Thromboplastin Time AS Arterial Sheath BMI Body Mass Index BPM Baixo Peso Molecular CG Control Group CMLV Célula Muscular Lisa Vascular DCV Doença Cardiovascular DFV Dispositivo de Fechamento Vascular ECR Ensaio Clínico Randomizado HNF Heparina não Fracionada IA Introdutor Arterial IAM Infarto Agudo do Miocárdio IC Insuficiência Cardíaca ICP Intervenção Coronariana Percutânea IG Intervention Group IMC Índice de Massa Corporal PCI Percutaneous Coronary Interventions Sec seconds SIM Sistema de Informações sobre Mortalidade SUS Sistema Único de Saúde TCA Tempo de Coagulação Ativado USA United States of America VCD Vascular Closure Devices

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