Dissertação Lilian Jordão UFMG

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 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE VETERINÁRIA Colegiado dos Cursos de Pós-Graduação MANEJO NUTRICIONAL E SUPLEMENTAÇÃO DIETÉTICA COM CROMO EM EQUINOS MANGALARGA MARCHADOR EM PROVA DE MARCHA LILIAN DE REZENDE JORDÃO Belo Horizonte Escola de Veterinária - UFMG 2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAISESCOLA DE VETERINÁRIA

Colegiado dos Cursos de Pós-Graduação

MANEJO NUTRICIONAL E SUPLEMENTAÇÃODIETÉTICA COM CROMO EM EQUINOS

MANGALARGA MARCHADOR EM PROVA DEMARCHA

LILIAN DE REZENDE JORDÃO

Belo HorizonteEscola de Veterinária - UFMG

2009

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LILIAN DE REZENDE JORDÃO

MANEJO NUTRICIONAL E SUPLEMENTAÇÃO

DIETÉTICA COM CROMO EM EQUINOSMANGALARGA MARCHADOR EM PROVA DE

MARCHA

Dissertação apresentada à Escola de Veterinária daUniversidade Federal de Minas Gerais, comorequisito parcial para obtenção do grau de Mestreem Zootecnia.

Área de Concentração: Produção Animal

Orientadora: Prof. Dra. Adalgiza Souza Carneirode Rezende

Belo HorizonteEscola de Veterinária - UFMG

2009

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J82m Jordão, Lilian de Rezende, 1981-

Manejo nutricional e suplementação dietética com cromo em eqüinos Mangalarga

Marchador em prova de marcha / Lilian de Rezende Jordão. - 2009.

101 p. : il.

Orientador: Adalgiza Souza Carneiro de Rezende

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Veterinária

Inclui bibliografia

1. Mangalarga (Cavalo) – Alimentação e rações – Teses. 2. Cromo na nutrição animal –Teses. 3. Dieta em veterinária – Teses. I. Rezende, Adalgiza Souza Carneiro de.

II. Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Veterinária. III. Título.

CDD – 636.108 5 

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Dissertaçãodefendidae aprovadaem27 deAbril de 2009,pela ComissãoExaminadora

constituídapor:

--/ib

Prof.Dr.FernandoQueirozdeAlmeida

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Dedico este trabalho aos meus pais,Marlene e Adalberto.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus queridos pais Marlene e Adalberto que me ensinaram o valor da educação esempre batalharam para me dar amor, saúde e conhecimento. Ao meu irmão Atila quesempre me ajudou nos momentos que mais precisei e à minha avó materna Yara ( in

memorian) pelo carinho e por sua delicadeza.

À minha madrinha Tia Dalva e à Tia Beatriz (in memorian), obrigada pelo amor ecarinho constantes, mesmo à distância. Amo muito as senhoras.

À professora Adalgiza, não só pelos ensinamentos passados com tanta dedicação nessetempo de convívio, mas pelo envolvimento e empenho no desenvolvimento deste

 projeto.

Ao meu namorado e companheiro Hélio, que sempre esteve ao meu lado, me apoiandonos meus momentos de alegria e tristeza, nos meus sonhos e projetos... Obrigada por meacompanhar nessa verdadeira viagem que é a vida!!!

À Universidade Federal Fluminense (UFF), instituição onde me graduei em MedicinaVeterinária, e a todos os professores que realmente se empenharam em vencer asdificuldades, contribuindo com minha formação pessoal e profissional. Obrigada pelosensinamentos, bons momentos, pela amizade e por acreditar que somos capazes.

À Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pelo acolhimento e inúmerasoportunidades concedidas.

À família do Sr. João Carlos Penna de Araújo Moreira, em especial aos irmãos Dalton eDario, por ter gentilmente cedido os animais para este trabalho, pela hospitalidade,carinho e interesse. Muito obrigada!

Aos funcionários da fazenda Santa Helena que muito colaboraram na realização daetapa experimental.

Aos professores Ângela, Walter, Marília, Eloísa Saliba, Fernando Almeida (UFRRJ),Dalton, Danusa (Ed. Física – UFMG), Fabíola, dentre outros, que sempre se mostraramdispostos a ajudar e me ensinaram bastante.

Aos estudantes de graduação, Patrícia Moss, e de pós, Raquel Moura, ViniciusPimentel, Lindomárcia Costa, por todo o apoio durante o planejamento, faseexperimental e análises.

Ao Seu João e “família”, obrigada por me fazerem sentir em casa. Vocês estão em meucoração.

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À Heloisa, da secretaria do colegiado de pós-graduação em zootecnia, por ser uma profissional exemplar, por sua simpatia, capacidade de lidar com as pessoas e

competência.Aos funcionários do Laboratório de Nutrição Animal da Escola de Veterinária daUFMG (Toninho, Kelly, Marcos, Heloisa) pela ajuda nas análises laboratoriais.

Aos professores, colegas e funcionários do Departamento de Zootecnia da UFMG.

À CAPES, pela bolsa concedida e à FAPEMIG pelo suporte financeiro para realizaçãodeste trabalho.

À empresa Tortuga Cia. Zootécnica Agrária pelo apoio financeiro e doação dos produtos utilizados no experimento, e também ao Dr. Neimar Severo da ABS PecPlan;ao B.E.T. Laboratories Endocrinologia Veterinária e ao Leonardo Santos de Freitas daBioclin Quibasa Química Básica pelo apoio concedido.

Aos funcionários e a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a minhaformação.

 Muito Obrigada!!!

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"A mudança é a lei da vida. "

JOHN F. KENNEDY

"Todo grande progresso da ciência resultou de uma

nova audácia da imaginação."

JOHN DEWEY

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SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO...........................................................................................  19

2 REVISÃO DE LITERATURA................................................................  20

2.1 A PROVA DE MARCHA DA RAÇA MANGALARGA MARCHADOR... 20

2.2 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ATLÉTICO DE EQUINOS.................. 22

2.2.1 Parâmetros Bioquímicos.................................................................................. 23

2.2.1.1  Insulina............................................................................................................ 23

2.2.2.2 Cortisol............................................................................................................ 24

2.2.1.3 Glicose Sanguínea........................................................................................... 24

2.2.1.4 Lactato Sanguíneo...........................................................................................25

2.2.1.5 Glicerol e Triacilglicerol Plasmáticos............................................................ 27

2.2.2 Parâmetros Clínicos de Avaliação do Desempenho Atlético de

Equinos............................................................................................................ 27

2.2.2.1 Frequência Cardíaca....................................................................................... 27

2.2.2.2 Frequência Respiratória.................................................................................. 29

2.2.2.3 Temperatura Retal........................................................................................... 30

2.3 ESTRATÉGIA NUTRICIONAL PARA AUMENTAR O SUPRIMENTO

DE GLICOSE SANGUÍNEA DURANTE O EXERCÍCIO............................

33

2.4 SUPLEMENTAÇÃO DIETÉTICA COM CROMO....................................... 34

3 MATERIAL E MÉTODOS...................................................................... 37

3.1 LOCAL, ANIMAIS, INSTALAÇÕES E DIETA........................................... 37

3.2 TRATAMENTOS............................................................................................ 39

3.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.......................................................... 40

3.4 ESTIMATIVA DA DIGESTIBILIDADE IN SITU DOS ALIMENTOS....... 42

3.5 PROCESSAMENTO LABORATORIAL DAS AMOSTRAS....................... 42

3.5.1 Hemograma...................................................................................................... 43

3.5.2 Proteínas Totais, Albumina, Globulinas e Relação Albumina / Globulina..... 43

3.5.3 Insulina e Cortisol............................................................................................ 43

3.5.4 Glicose e Lactato............................................................................................. 43

3.5.5 Triacilgicerol e Glicerol Plasmáticos............................................................... 43

3.5.6 Análise Química da Dieta e das Fezes............................................................. 44

3.6 CÁLCULOS.................................................................................................... 44

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3.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA..............................................................................  45

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................  46

4.1 PARÂMETROS AMBIENTAIS..................................................................... 46

4.2 PARÂMETROS BIOQUÍMICOS...................................................................  48

4.2.1 Glicose.............................................................................................................  48

4.4.2 Lactato............................................................................................................. 53

4.2.3 Insulina e Relação Insulina : Glicose...............................................................  55

4.2.4 Cortisol.............................................................................................................  57

4.2.5 Glicerol e Triacilglicerol Plasmáticos..............................................................  58

4.3 PARÂMETROS CLÍNICOS........................................................................... 61

4.3.1 Frequência Cardíaca........................................................................................ 61

4.3.2 Frequência Respiratória e Temperatura Retal................................................. 67

4.3.3 Peso Semanal e Eficiência Alimentar.............................................................. 70

5 CONCLUSÕES...........................................................................................  74

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................  74

ANEXOS....................................................................................................... 88

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LISTA DE FIGURASFigura 1 Médias ± desvio padrão da glicemia de 12 éguas MM alimentas com

concentrado quatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova

marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05). CV = 23,90 %. 0 min =

antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a prova.

Cont = controle............................................................................................... 49

Figura 2 Médias ± desvio padrão da lactatemia de 12 éguas MM alimentas com

concentrado quatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova

marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05). CV = 25,30 %. 0 min =

antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a prova.

Cont = controle............................................................................................... 53

Figura 3 Médias ± desvio padrão da insulinemia de 12 éguas MM alimentas com

concentrado quatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova

marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05). CV = 64,81 %. 0 min =

antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a prova.

Cont = controle............................................................................................... 55

Figura 4 Médias ± desvio padrão da cortisolemia de 12 éguas MM alimentas com

concentrado quatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da provamarcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05). CV = 43,70 %. 0 min =

antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a prova.

Cont = controle............................................................................................... 57

Figura 5 Médias ± desvio padrão do triacilglicerol plasmático de 12 éguas MM

alimentas com concentrado quatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30)

antes da prova marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05). CV =

42,84 %. 0 min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25

min após a prova. Cont = controle.................................................................. 59

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Figura 6 Médias ± desvio padrão do glicerol plasmático de 12 éguas MM alimentas

com concentrado quatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da

 prova marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05). CV = 55,56 %. 0

min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a

 prova. Cont = controle.................................................................................... 59

Figura 7 Freqüência cardíaca (bpm) de equinos MM durante a prova de marcha

(P<0,0001). FC_obs = FC observada e FC_est = FC estimada. t  =

momento da prova em minutos...................................................................... 64

Figura 8 Freqüência cardíaca (bpm) de equinos MM durante a recuperação

(P<0,01). FC_obs = FC observada e FC_est = FC estimada. t = momento

da prova em minutos...................................................................................... 64

Figura 9 Médias ± desvio padrão da frequência respiratória de 12 éguas MM

alimentas com concentrado quatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30)

antes da prova marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05). CV =

13,43 %. 0 min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25

min após a prova. Cont = controle. ............................................................... 68

Figura 10 Médias ± desvio padrão para glicose sanguínea de 12 éguas MM alimentas

com concentrado quatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05). CV = 2,50 %. 0

min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a

 prova. Cont = controle.................................................................................... 68

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LISTA DE TABELASTabela 1 Resumo dos efeitos anabólicos da insulina na glicose sangüínea: Captação

de glicose pelas células e estocagem como glicogênio e triacilgliceróis

(Adaptado de Champe et al., 2006 e Lehninger, 2007).................................. 23

Tabela 2 Composição do concentrado* e volumoso oferecido para as éguas durante

o experimento................................................................................................. 38

Tabela 3 Rodízio dos animais ao longo das diferentes provas. Os números romanos

representam os animais................................................................................... 41

Tabela 4 Temperatura ambiente (TA), umidade relativa do ar (UR), índice de

temperatura e umidade (ITU), índice de temperatura de globo e umidade

(ITGU), temperatura de globo negro (TGN), temperatura de bulbo seco

(TBS) e temperatura de bulbo úmido (TBU) nos dias e horários das provas

de marcha. ...................................................................................................... 47

Tabela 5 Correlação entre os parâmetros ambientais e as variáveis bioquímicas e

clínicas de equinos MM, suplementados ou não com cromo, ao longo das

três provas de marcha e antes (1), depois (2) e 25 minutos após (3) a

 prova*............................................................................................................. 47

Tabela 6 Glicemia (mg/dL) de equinos MM, suplementados ou não com cromo,avaliados antes da prova (AP), depois da prova (DP) e 25 min após a prova

(25 min) nas três provas de marcha e horário de fornecimento do

concentrado antes da terceira prova de marcha.............................................. 50

Tabela 7 Correlação entre as variáveis bioquímicas e clínicas de equinos MM,

suplementados ou não com cromo, ao longo das três provas de marcha e

antes (1), depois (2) e 25 minutos após (3) a prova........................................ 50

Tabela 8 Concentração sanguínea de lactato de equinos MM antes da prova (AP),

depois da prova (DP) e 25 min após a prova (25 min)................................... 53Tabela 9 Horário de fornecimento do concentrado antes da prova de marcha,

insulinemia e relação insulina : glicose de equinos MM antes da prova

(AP), depois da prova (DP) e 25 min após a prova (25 min)......................... 56

Tabela 10 Concentração sanguínea de cortisol de equinos MM antes da prova (AP),

depois da prova (DP) e 25 min após a prova (25 min)................................... 57

Tabela 11 Concentração plasmática de glicerol de equinos MM antes da prova (AP),

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depois da prova (DP) e 25 min após a prova (25 min)................................... 60

Tabela 12 Horário de fornecimento da ração concentrada antes das primeira e

segunda provas de marcha e triacilglicerol plasmático de equinos MM,

suplementados ou não com cromo, antes da prova (AP), depois da prova

(DP) e 25 min após a prova (25min) de marcha. ........................................... 60

Tabela 13 Horário de fornecimento do concentrado antes da prova de marcha e

freqüência cardíaca (bpm) em diferentes momentos da prova de marcha de

equinos Mangalarga Marchador suplementados ou não com cromo

(P>0,05). ........................................................................................................ 62

Tabela 14 Freqüência cardíaca (bpm)* de equinos MM, suplementados ou não com

cromo e horário de fornecimento da ração concentrada antes da prova de

marcha............................................................................................................ 63

Tabela 15 Frequência cardíaca (FC) de éguas Mangalarga Marchador nos diferentes

grupos experimentais, durante as provas de marcha e na recuperação pós-

exercício......................................................................................................... 63

Tabela 16 Freqüência cardíaca (FC) de equinos MM em repouso, no aquecimento

(passo), na prova de marcha e na recuperação............................................... 63

Tabela 17 Freqüência respiratória e temperatura retal de equinos MM antes da prova(AP), depois da prova (DP) e 25 min após a prova (25min) de marcha......... 69

Tabela 18 Peso semanal de equinos MM, suplementados ou não com cromo, ao longo

das três semanas do período experimental (P>0,05)...................................... 71

Tabela 19 Peso semanal de equinos ao longo das três semanas do período

experimental................................................................................................... 71

Tabela 20 Consumo médio diário estimado de matéria seca da dieta total (Consumo

MS Total) e do alimento volumoso (Consumo MS Volumoso), relação

volumoso : concentrado, ganho de peso diário (GPD), conversão alimentar da dieta total (CA Total), dos alimentos volumoso (CA Volumoso) e

concentrado (CA Concentrado) dos grupos cromo e controle (P>0,05)........ 71

Tabela 21 Médias de peso vivo, consumo total de MS, ED, PB e lisina dos animais

nas três semanas do experimento, comparados com as recomendações do

 NRC (2007).................................................................................................... 72

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LISTA DE ABREVIATURAS∆% Índice de Recuperação Cardíaca

µg Microgramas

µL Microlitros

> ; ≥ Maior Que; Maior ou Igual A

< ; ≤ Menor Que; Menor ou Igual A

ACTH Adrenocorticotrópico

AGL Ácidos Graxos Livres

AP Antes da Prova

Ca Cálcio

CA Conversão Alimentar 

CETEA Comitê de Ética em Experimentação Animal

CHCM Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média.

CO2 Gás Carbônico

Cr Cromo Trivalente

Cr 3+ Cromo Trivalente

CrCl3 Cloreto Crômico

Cr 2O3 Óxido CrômicoCrNic Cromo Nicotinato

CrPic Cromo Picolinato

CV Coeficiente de Variação

DC Débito Cardíaco

dL Decilitro

DP Imediatamente Depois da Prova

EB Energia Bruta

EC Escore CorporalED Energia Digestível Aparente

EDTA Ácido Etilenodiamino Tetra-acético

EE Extrato Etéreo

EM / VC Espaço Morto / Volume Corrente

FB Fibra Bruta

FC Frequência Cardíaca

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FC0 Frequência Cardíaca no Início da Prova de Marcha

FCM Frequência Cardíaca Média da Marcha

FCM50 Frequência Cardíaca em 50 Minutos de Marcha

FCP Frequência Cardíaca Média do Passo

FCP5 Frequência Cardíaca em Cinco Minutos de Passo

FCR Frequência Cardíaca Média da Recuperação

FCR0 Frequência Cardíaca no Início da Recuperação

FCR5 Frequência Cardíaca em Cinco Minutos de Recuperação

FCR25 Frequência Cardíaca em 25 Minutos de Recuperação

FDA Fibra em Detergente Ácido

FDN Fibra em Detergente Neutro

FR Frequência Respiratória

GC Glicocorticóide

GPD Ganho de Peso Diário

GLUT-4 Transportadores de Glicose Insulino-dependente

h Hora

HCM Hemoglobina Corpuscular Média

HHA Hipotalâmico-hipofisário-adrenalITGU Índice de Temperatura de Globo e Umidade

ITU Índice de Temperatura e Umidade

IV Intravenoso

kg Kilogramas

L Litro

LIPE® Lignina Purificada e Enriquecida® 

Lys Lisina

MG Minas Geraismg Miligrama

min minuto

mL Mililitro

mM Milimolar 

MM Mangalarga Marchador 

MS Matéria Seca

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O2 Oxigênio

P Fósforo

PAM Pressão Arterial Média

PB Proteína Bruta

PF Produção Fecal

 pH Potencial Hidrogeniônico

PSI Puro Sangue Inglês

PV Peso Vivo

RIA Radioimunoensaio

RJ Rio de Janeiro

SNA Sistema Nervoso Autônomo

SNC Sistema Nervoso Central

SNP Sistema Nervoso Periférico

SRI Substratos do Receptor de Insulina

TA Temperatura Ambiente

TC Temperatura Corporal

TBS Temperatura de Bulbo Seco

TBU Temperatura de Bulbo ÚmidoTG Triacilglicerol

TGN Temperatura de Globo Negro

Tpo Temperatura de Ponto de Orvalho

TR Temperatura Retal

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

UR Umidade Relativa do Ar 

VC Volume Corrente

VCM Volume Celular MédioVGM Volume Globular Médio

VO2 Consumo de Oxigênio

VO2máx Consumo Máximo de Oxigênio

VO2pico Pico do Consumo de Oxigênio

VS Volume Sistólico

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RESUMO

Existem pouquíssimas pesquisas sobre um adequado manejo nutricional para melhorar odesempenho de equinos Mangalarga Marchador (MM) em treinamento para prova demarcha. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos de três diferentes intervalosentre o fornecimento de concentrado e a prova de marcha nas variáveis bioquímicas,cardiorrespiratórias e termorregulatórias de equinos MM suplementados ou não comcromo (Cr). Doze éguas saudáveis (4,25±0,62 anos; 339,40±23,10 kg peso vivo) foramrandomicamente distribuídas em dois grupos (zero ou 10 mg Cr), de acordo com umdelineamento inteiramente casualizado, em arranjo em parcelas sub-subdivididas. Adieta foi composta por pastagem de Cynodon e concentrado (razão 1:1). Os primeiros 29dias do experimento foram para adaptação à dieta, ao Cr e ao exercício; nos 15 diasseguintes, as éguas foram submetidas a três provas de marcha a campo com 50 minutosde duração e intervalo semanal. O concentrado foi oferecido meia, duas ou quatro horasantes do exercício. A frequência cardíaca (FC) foi aferida antes, durante e até 25minutos após o exercício. Frequência respiratória, temperatura retal e amostrassanguíneas foram medidas antes, no fim e 25 minutos após o teste. Não houve efeito dainteração entre Cr e horário de fornecimento de concentrado sobre todas as variáveisfisiológicas (P>0,05). A suplementação com Cr aumentou a glicemia antes e logo após asegunda prova de marcha (P<0,01). Em adição, Cr reduziu a FC durante o segundo testede marcha e diminuiu a primeira FC de recuperação após o exercício (P<0,05).Insulinemia foi maior quando o concentrado foi consumido 2 horas antes do teste(P<0,05). O concentrado oferecido 0,5 e 2 horas antes do teste reduziu a concentração

de triacilglicerol plasmático nos primeiro (P<0,001) e segundo (P<0,05) testes demarcha, respectivamente. A FC média da marcha foi de 146,10±13,2 bpm, e a FC picofoi de 153,16 bpm aos 17 minutos; indicando que a prova de marcha é um exercíciosubmáximo de intensidade moderada e predominantemente aeróbico. Na recuperação

 pós-exercício houve um rápido declínio da FC nos primeiros dois minutos, com 50% deredução da FC pico 25 minutos após o exercício. O intervalo adequado entre ofornecimento de concentrado e a prova de marcha não deve ser reduzido em equinossuplementados com Cr. O Cr deve ser utilizado em éguas MM durante o treinamento

 para provas de marcha, pois pode prevenir a fadiga, já que reduziu a frequência cardíacados animais durante e após a prova, o que é indicativo de maior eficiência dometabolismo energético e melhor desempenho cardíaco. Os equinos devem consumir 

concentrado antes de duas horas antes da prova.

Palavras-chave: Carboidrato, concentrado, equino, exercício, glicose, insulina, mineral,

 prova de marcha.

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ABSTRACT

The marcha test is a singular equestrian competition, of approximately 50 minutes (3.3

m/s) without rest. Nutritional management studies to improve Mangalarga Marchador 

(MM) horses performance during marcha test are limited. This work was design to

investigate the effects of three different intervals between concentrate feeding and the

beginning of the marcha test on biochemical, cardiorespiratory and thermoregulatory

changes of MM horses supplemented or not with chromium. Twelve healthy mares

(4.25±0.62 years old; 339.40±23.10 kg BWT) were randomly assigned to two groups

(zero or 10 mg Cr), according to a completely randomized design, with split-plot 

arrangement. The diet was Cynodon pasture and concentrate (50:50 ratio). The first 29

days of the trial were for diet, Cr and exercise adaptation; and in the next 15 days they

were submitted to three weekly 50-minutes field marcha tests. The concentrate was fed 0.5, 2 or 4 hours before exercise. Heart rate (HR) was measured before, during and 

until 25 minutes after the exercise. Respiratory rate, rectal temperature and blood 

samples were measured before, at the end, and 25 minutes after the test. There was no

effect of Cr by concentrate feeding strategy interaction on all physiological variables

(P>0.05). Cr supplementation increased glycaemia before and soon after the second 

marcha test (P<0.01). In addition, Cr reduced the HR during the second marcha test 

and decreased the first post-exercise HR recovery (P<0.05). Insulinemia was greater 

when the concentrate was fed 2 hours prior to the test (P<0.05). Concentrate fed 0.5

and 2 hours before the test reduced plasma triacylglycerol in the first (P<0.001) and 

 

second (P<0.05) tests, respectively. The mean HR during marcha test was 146.10±13.2

bpm, and peak HR was 153.16 bpm at 17 minutes; suggesting this type of exercise predominantly aerobic and moderate-intensity submaximal exercise. In post-exercise

recovery, there was a rapid decline of HR in the first two minutes, with 50% reduction

in peak HR of marcha 25 minutes after exercise. The interval between concentrate

 feeding and marcha tests should not be decreased in horses supplemented with

chromium. Cr should be used in MM mares during training for marcha test because it 

may prevent fatigue, since it reduced the HR of animals during and after the exercise,

which is indicative of greater efficiency of energy metabolism and improved cardiac

 performance. The horses should be fed more than 2 hours before that test.

 Key words: Carbohydrate feeding, concentrate, exercise, glucose, horse, insulin,

marcha, mineral.

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1. INTRODUÇÃO

Existem atualmente 8,4 milhões deeqüídeos no país, sendo 5,8 milhões deequinos, 1,4 milhões de muares e 1,2milhões de asininos (IBGE, 1997; 2005). Orebanho equino brasileiro é o maior daAmérica do Sul e o terceiro maior domundo, superado apenas pela China e peloMéxico, com 7,9 milhões e 6,3 milhões decabeças respectivamente (ESALQ, 2006).

Os 30 segmentos inseridos no complexo brasileiro do agronegócio cavalo geram umfaturamento anual de R$7,3 bilhões e 642,5mil empregos diretos, aproximadamenteseis vezes mais que a indústria automotivanacional e vinte vezes mais do que aaviação civil brasileira. Somados aosempregos indiretos, o complexo equino

 brasileiro ocupa 3,2 milhões de pessoas(ESALQ, 2006).

Dos 5,8 milhões de equinos, 900 mil

cavalos, com maior valor agregado, sãorepresentados por 23 associações decriadores das mais diferentes raças(ESALQ, 2006). Dentre essas, aAssociação Brasileira dos Criadores doCavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) registrou 290.012 animais de1949 a 2000 e até 2004 possuía 8.961criadores inscritos (Costa et al., 2004).

Assim, a raça Mangalarga Marchador (MM) é a mais importante e numerosa raça

 brasileira e possui a marcha comoandamento natural ao invés do trote. Amarcha é um andamento confortável aquatro tempos, com apoio alternado dos

 bípedes laterais e diagonais, sempreintercalados por momentos de trípliceapoio (ABCCMM, 2007). A principalcaracterística desse andamento é que oanimal nunca perde o contato com o solo.Em adição, o MM é usado para uma provafuncional, chamada prova de marcha. Esta

 prova foi caracterizada como umacompetição de intensidade submáxima(Prates et al., 2009) de aproximadamente50 minutos, sem descanso e comvelocidade média de 3,3 m/s, e é um

 procedimento de avaliação padrão damaioria dos campeonatos oficiais da raça.O treinamento e o manejo nutricionalrealizados no Brasil são ainda muitoempíricos. É necessário investigar 

 procedimentos atualmente utilizados para a prova de marcha para propor protocolos detreinamento. Além do mais, a proporçãodos diferentes tipos de fibra muscular do

cavalo MM ainda não foi definida.

Com a evolução da ciência do esporteequino tem-se buscado diversas vantagenscompetitivas e econômicas que não sejamconsideradas ilegais, dentre os quais estãoos recursos ergogênicos. Para a MedicinaEsportiva “agente ergogênico” é todo equalquer mecanismo de efeito fisiológico,nutricional ou farmacológico que sejacapaz de melhorar o desempenho  nasatividades físicas esportivas, ou mesmo

ocupacionais. Os agentes ergogênicosnutricionais são caracterizados pelaaplicação de estratégias e pelo uso desuplementos nutricionais (Neto, 2001;Geor, 2006). Sua ação inclui incrementar acapacidade para o exercício, retardando adepleção de energia ou o acúmulo delactato, aumentando o desempenho. Comoexemplos de ergogênicos têm-se ofornecimento de glicose antes do exercícioe a suplementação com o cromo. Destaforma, o manejo nutricional para a raça

Mangalarga Marchador pode influenciar nodesenvolvimento do desempenho físico econseqüentemente melhorar a atuaçãodesta raça.

O efeito de fornecer carboidratos antes oudurante o desempenho atlético em equinostem recebido considerável atenção, já que asuplementação de glicose pelaadministração intravenosa (IV) antes oudurante a atividade física moderada a

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intensa prolongou a duração do exercícioaté a exaustão e aumentou a resistência àfadiga em equinos (Farris et al. 1995;Farris et al., 1998). A forma mais práticado efeito da suplementação de glicose éatravés do fornecimento de uma refeiçãorica em carboidratos solúveis previamenteao exercício. No entanto, seus efeitos naatividade atlética de equinos ainda nãoforam bem definidos (Jose-Cunilleras eHinchcliff, 2004).

Diversos trabalhos mostraram que umarefeição altamente glicêmica, cerca de duas

a quatro horas antes de um exercíciointenso a moderado, pode gerar noexercício uma transitória hipoglicemia,menor mobilização de lípides e depleçãoaumentada do glicogênio muscular quandocomparado com o jejum ou umaalimentação exclusivamente de forragem

 previamente ao trabalho físico. Isso ocorre provavelmente devido aos efeitosanabólicos da hiperinsulinemia (Vervuertet al., 1999; Jose-Cunilleras et al., 2002;Jose-Cunilleras e Hinchcliff, 2004). Essas

alterações no uso dos substratos e noshormônios podem ser deletérias por 

 prejudicar o uso das reservas corporaisdurante o exercício.

O fornecimento de cromo na dieta deequinos da raça Mangalarga Marchador submetidos ao concurso de marcha podetrazer benefícios, pois ao fazer parte dacromodulina, pode potencializar os efeitosda insulina e aumentar a tolerância àglicose, alterando o metabolismo de

carboidratos, lipídios e aminoácidos. Asuplementação dietética com cromo pode

 permitir maior mobilização dos lípidesdurante o exercício, mesmo após ofornecimento de concentrado, facilitando autilização de outras vias de fornecimentode energia além da oxidação decarboidratos. Também, em equinossubmetidos ao exercício, o cromo reduziriao pico de insulina, diminuindo a relaçãoinsulina:glicose, reduzindo as

concentrações de lactato e cortisolsanguíneos, sendo capaz de aumentar aimunidade e minimizar o estresse.

Este trabalho teve como objetivos avaliar os efeitos de diferentes horários defornecimento de alimento concentradosobre o metabolismo energético,

 previamente ao exercício e identificar os possíveis benefícios ergogênicos do cromono desempenho de equinos MangalargaMarchador submetidos ao treinamento paraconcurso de marcha.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. A PROVA DE MARCHA DA RAÇAMANGALARGA MARCHADOR 

O Mangalarga Marchador tem como

andamento natural a marcha, valorizada por transportar o cavaleiro de maneiracômoda, mantendo sempre pelo menos ummembro em contato com o solo, e por nãotransmitir a ele os mesmos impactos queocorrem quando os animais trotam, o quetraz como conseqüência sua freqüenteutilização nos enduros e cavalgadas. Oandamento e a rusticidade do MangalargaMarchador lhe conferem grandecapacidade para percorrer longas distânciase enfrentar desafios naturais (Rezende,

2006).

A prova de marcha da raça MangalargaMarchador é uma prova eqüestre funcionalsingular (Rezende, 2006), que consiste emum quesito de avaliação da maioria doscampeonatos oficiais da raça. Compreendeum exercício de duração aproximada de 50minutos, de intensidade submáxima(Prates, 2007), com grande gastoenergético, no qual o animal desenvolve

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um longo percurso sem descanso e emvelocidade média de 3,3 m/s (12 Km/h).Em uma competição realizam diversas

 provas de curta duração e contam com pequenos períodos de descanso entre elas, para que os animais retornem aos níveisfisiológicos das funçõescardiorrespiratórias (Rezende, 2006;Freitas, 2007). Assim, as exigências destas

 provas são diferentes e a prescrição dotreinamento e da nutrição, visandomelhorar o desempenho dos equinosmarchadores, devem ser estudadas.

Durante a Exposição Nacional doMangalarga marchador (ABCCMM, 2007),a prova de marcha faz parte dos seguintescampeonatos e provas:

Campeonato de raça, dividido a princípioentre duas categorias, animais jovens, de15 a 36 meses, e animais adultos, de 36 até204 meses, onde são avaliadas a marcha e amorfologia do animal;

Concurso de marcha da exposição;

Campeonato Campeão dos Campeões daRaça (machos e fêmeas);

Campeonato do Campeão dos Campeõesde Marcha (machos e fêmeas);

Concurso de Marcha de Castrados;

Concursos de Progênies e

Provas Funcionais, divididas em prova de

marcha, morfologia e prova de ação(ABCCMM, 2007).

O tempo de duração do julgamento de cadacampeonato deve ser de no mínimo 20minutos e no máximo 70 minutos.

A prova de marcha para animais até 36 

meses ocorre com a apresentação do animalao cabresto no andamento marchadonatural com velocidade média de 3,3 m/s.

O julgamento dos animais ocorre em duasetapas. A primeira consiste na dinâmica dotriângulo individual e a segunda nadinâmica do triângulo corpo a corpo(ABCCMM, 2007).

 Na dinâmica em triângulo individual, osanimais devem ser conduzidos na marchade velocidade média (cerca de 3,3 m/s),descrevendo a figura de um triângulo nosentido anti-horário. Na primeira passagemos animais deverão parar em cada vérticedo triângulo e na segunda passagemdeverão fazê-la sem interrupção de seu

andamento. É facultado ao árbitro pedir otrabalho em guia ao círculo (ABCCMM,2007).

 Na dinâmica em triângulo corpo a corpo,na seqüência da etapa anterior com osanimais em formação lado a lado começa aavaliação comparativa entre dois animais.Os animais devem ser conduzidos namarcha de velocidade média, descrevendoa figura de um triângulo no sentido anti-horário, sem interrupção de seu andamento.

 Nesta passagem os animais serãocomparados dois a dois do último para o primeiro classificado, ou seja, o últimocom o penúltimo, depois o penúltimo como antepenúltimo e assim sucessivamente(ABCCMM, 2007).

 Nas duas etapas os animais são analisadosobservando-se por trás, de lado e pelafrente quanto ao gesto de marcha,estabilidade, estilo, rendimento,regularidade, aprumos e articulações, sendo

que na primeira fase ocorre avaliaçãoindividual e na segunda avaliaçãocomparativa (ABCCMM, 2007).

 Na prova de marcha para animais acima de

36 meses o equino é apresentado montadono seu andamento marchado natural emmarchas de velocidade baixa e média[aproximadamente 2,5 m/s (9 Km/h) e 3,3m/s], ao comando dos árbitros. Nessacategoria, os árbitros montam em todos os

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animais. Enquanto montado, o árbitroinicia o movimento ao passo e avalia asmarchas reunida, média e alongada,

 procurando mudar de mão e cumprir omesmo percurso com todos os animais(ABCCMM, 2007).

 Nesta categoria, os animais iniciam a provamovimentando-se pela pista em sentidoanti-horário devendo executar uma voltacompleta pela pista em passo livre. Nestemomento a naturalidade, docilidade,reações do animal à manutenção do passo,regularidade e cadência do passo são

avaliadas. Os equinos passam então parauma marcha de baixa velocidade permanecendo nesta velocidade por umtempo determinado. Ao comando doárbitro os animais passam para a marcha develocidade média, devendo mantê-la. Osanimais são montados e desmontados peloárbitro em um círculo com 4 metros dediâmetro. Após o árbitro montar cadaanimal, o mesmo segue ao passo paraavaliação da prova de ação e depois decompletá-la, retorna ao julgamento de

marcha, na marcha de velocidade média,conservando-a até o término da faseclassificatória. No início da fase final osanimais deverão retomar a marcha de baixavelocidade e, após novo comando doárbitro voltam à marcha de velocidademédia mantendo-a até o final do

 julgamento (ABCCMM, 2007).

Durante a prova de marcha, os animais sãoanalisados comparativamente em relaçãoao gesto de marcha, estilo, comodidade e

estabilidade, rendimento e regularidade,aprumos e articulações (ABCCMM, 2007).Ao fim da prova, o árbitro justifica para o

 público a classificação, ordenados do pior ao melhor animal (Costa et al., 2003).

2.2. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHOATLÉTICO DE EQUINOS

O exercício físico caracteriza-se por umasituação que retira o organismo de suahomeostase, pois implica no aumentoinstantâneo da demanda energética damusculatura exercitada e,conseqüentemente, do organismo como umtodo. Assim, para suprir a nova demandametabólica, várias adaptações metabólicase hemodinâmicas são necessárias, dentre

elas, as referentes à função cardiovascular e ao músculo esquelético durante oexercício físico (Brum et al., 2004).

Conforme Rodrigues e Soares (2007)aprende-se mais sobre um sistema orgânicoquando o mesmo é posto em ação do quequando se encontra em repouso, destaforma, as respostas hemodinâmicas emetabólicas durante o exercício oferecemuma oportunidade única de analisar eintegrar a fisiologia cardiovascular de um

determinado indivíduo. Testes dedesempenho a campo são mais específicose realistas, principalmente se foremsimilares às condições de competição(Gomide et al., 2006).

De acordo com Hinchcliff e Geor (2004),treinamento refere-se a alterações nocomportamento induzido por certas

 práticas e condicionamento refere-se àsalterações físicas que ocorrem em respostaa um exercício repetitivo. Na prática esses

termos são considerados sinônimos ereferem-se aos processos fisiológicos,funções ou estruturas anatômicas que seadaptam aos estresses e às tensõesinduzidas pelo exercício repetitivo.

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2.2.1. Parâmetros Bioquímicos

2.2.1.1. Insulina

A insulina é um hormônio anabólico não-esteróide e não lipofílico sintetizado pelascélulas β do pâncreas como resposta

 principalmente ao aumento da glicemia(McKeever, 2002). A insulina se liga nasubunidade α de seu receptor, localizada na

face externa da membrana plasmática dosadipócitos e dos miócitos do tecidomuscular estriado esquelético e cardíaco.Isto provoca uma alteração conformacionaldesse receptor com autofosforilação dosresíduos de tirosina em sua subunidade β,localizados na face interna da membrana

 plasmática e que funcionam como tirosinaquinase. A tirosina quinase fosforila outras

 proteínas, como os substratos do receptor de insulina (SRI) e desencadeia uma sériede reações de fosforilação em cascata com

o objetivo de estimular a translocação dostransportadores de glicose insulino-dependente (GLUT-4) para a membrana

 plasmática (Koolman e Roelm, 2005).

O GLUT-4 realiza o transporte facilitadode glicose nas células do músculo estriadoesquelético, estriado cardíaco e do tecidoadiposo. Quando não ocorre estimulação

 pela insulina, a densidade do GLUT-4 namembrana plasmática é muito reduzida, amaioria se localizando no interior devesículas citoplasmáticas. Após o devidoestímulo por esse hormônio, ocorretranslocação do GLUT-4 para a membranae ocorre maior transporte de glicose(Hyppä, 2005). Quando a glicemia retornaao normal, a insulinemia diminui e amaioria das moléculas de GLUT-4 é

removida da membrana plasmática por endocitose, sendo estocada em vesículas(Lehninger et al., 2007).

A ligação da insulina ao seu receptor  provoca uma série de efeitos metabólicos(Tab. 1). A resposta que ocorre dentro desegundos é o aumento do transporte deglicose nas células sensíveis a essehormônio. Em minutos a horas ocorremalterações na atividade enzimática, commudanças dos estados de fosforilação das

 proteínas existentes (Champe et al., 2006).A ação da insulina é oposta aos fatoresconsiderados diabetogênicos, como oglucagon, a somatostatina, o cortisol e aadrenalina (Kaneko et al., 2008).

Tabela 1: Resumo dos efeitos anabólicos da insulina na glicose sangüínea: Captação de glicose pelas células eestocagem como glicogênio e triacilgliceróis (Adaptado de Champe et al., 2006 e Lehninger, 2007). 

Efeitos Metabólicos Enzimas alvo

↑ captação de glicose (músculo e tecido adiposo)↑ número de transportadores de glicose (GLUT-4*) namembrana plasmática celular 

↑ captação de glicose no fígado ↑ expressão da glicoquinase

↑ glicogênese (fígado e músculo) ↑ glicogênio sintase

↓ glicogenólise (fígado e músculo) ↓ glicogênio fosforilase

↑ fosfofrutoquinase-1 (pelo ↑ da fosfofrutoquinase-2)↑ glicólise, produção de acetil-coA (fígado e músculo)

↑ complexo piruvato desidrogenase

↑ síntese de ácidos graxos (fígado) e ↓ liberação↑ acetil-coA carboxilase

↓↓↓ lipase sensível a hormônio

↑ síntese de triacilgliceróis (tecido adiposo) ↑ lipoproteína lipase

*Proteína transportadora de glicose sensível à insulina.

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A liberação de insulina é estimulada pelaglicose, aminoácidos, ácidos graxos,hormônios (glucagon, gastrina, secretina,colecistocinina, peptídeo inibitóriogástrico). Sua liberação é inibida pelahipoglicemia e somatostatina. A meia-vidada insulina dura de 5 a 10 minutos(Schneider e Sayegh, 2002; Kaneko et al.,2008).

2.2.2.2. Cortisol

Os glicocorticóides (GC) modulam a funçãoimune, agindo como antiinflamatórios esuprimindo as reações imunes. Também, osGC exercem um efeito anti-insulinêmiconos tecidos periféricos, reduzindo o uso deglicose pelos tecidos não-essenciais a favor da manutenção da disponibilidade deglicose para o sistema nervoso central(SNC) e estimulando a mobilização de

ácidos graxos (Johnson e Slight, 2002;McKeever, 2002). Assim, esses hormônioseconomizam a glicose para o SNC, o que

 poderia retardar a fadiga central que ocorreno exercício de resistência, quando aglicemia diminui (McKeever, 2002). Nosequinos, a meia-vida do cortisol possuicerca de 1 a 2 horas (Rose e Hodgson,1994).

O exercício, inclusive o de resistência,causa um aumento na liberação de

hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) econseqüente liberação de cortisol, o que temsido considerada uma resposta ao estresse.

 No entanto, a liberação desses hormônios seencontra dentro da faixa de normalidade jáque o cortisol está envolvido na mobilizaçãode substratos e controle metabólico noexercício (McKeever, 2002). A ativação doeixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal(HHA) é engatilhada pelo sistema nervososimpático (SNS), principalmente devido às

demandas metabólicas musculares,sinalizadas pela redução da glicemia(Kanaley et al., 2002).

O grau de estimulação do eixo HHA noexercício é dependente de inúmeros fatores,como refeições prévias, treinamento,condicionamento, composição corporal eoutros fatores (Kanaley et al., 2002). Nosequinos a liberação de cortisol

 provavelmente é afetada pela intensidade eduração do exercício (McKeever, 2002),sendo que a extensão de seu aumentosimilar em exercícios máximos e

submáximos (Snow e Mackenzie, 1977a;1997b).

A secreção dos GC auxilia os animais asobreviverem em situações como o calor intenso, o trauma e o exercício. A liberaçãode GC permite aos equinos tolerar e seadaptar aos desafios à sua homeostase queocorrem no dia a dia, preparando seusmecanismos de defesa e limitando asrespostas indesejáveis, contribuindo parasua recuperação (Johnson e Slight, 2002;

McKeever, 2002). Dessa forma, a supressãoda função imune e dos efeitos inflamatórios pelo cortisol pode providenciar umambiente permissivo para tolerar a levequantidade de lesão muscular necessária

 para que haja remodelamento induzido pelotreinamento (Harrington et al., 2004).

2.2.1.3. Glicose Sanguínea

A remoção da glicose da corrente sanguíneaé governada por inúmeros fatores, a maioriado qual está relacionada à taxa de utilizaçãoda glicose. A própria glicemia controla essataxa e dessa forma, é autoregulatória. Emelevada concentração, a taxa de captação daglicose pelos tecidos, como o muscular e ohepático, aumenta devido ao efeito da açãoda massa. A insulina aumenta a taxa de

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utilização da glicose, ou pelo aumento datranslocação de GLUT-4, nos miócitos eadipócitos, ou pelo aumento de suafosforilação, nos hepatócitos (Kaneko et al.,2008).

A glicemia de jejum em equinosnormalmente varia de 60 a 90 mg/dL(Ralston, 2002). Normalmente, no teste oralde tolerância à glicose, o animal possui umaumento limitado na glicemia e uma rápidaqueda de sua concentração. No estadoabsortivo inicial, a taxa de entrada daglicose na circulação supera sua remoção e

a glicemia aumenta. Com isto, a liberaçãohepática de glicose é reduzida e ocorre aliberação de insulina. Em cerca de 60minutos, o pico glicêmico é alcançado edepois começa a diminuir. Nessa fase, ataxa de remoção excede a de entrada e osmecanismos regulatórios de captação daglicose operam em seu máximo.Simultaneamente, a gliconeogênesehepática diminui e a glicemia reduzrapidamente. Quando a glicemia atinge seuvalor basal, ela continua a reduzir por um

curto período de tempo e novamente retornaao seu valor basal. Esta fase hipoglicêmicaocorre devido a uma inércia dosmecanismos regulatórios e geralmente,quanto maior a hiperglicemia, maior será asubseqüente hipoglicemia (Hoffman, 2003).

Durante o exercício, tanto o sistema nervososimpático quanto o eixo HHA são ativados,o que aumenta os níveis circulantes dehormônios ACTH, cortisol, e catecolaminas(liberados pela porção medular da adrenal),

como a adrenalina e a noradrenalina.Também, as catecolaminas suplantam aliberação normal de insulina estimulada

 pela glicose. Concomitantemente, aconcentração de glucagon aumenta.Catecolaminas aumentam a glicogenólisemuscular e hepática, e junto com o cortisol,aumentam a concentração de glicosesangüínea através da ativação daglicogenólise e gliconeogênese hepáticas.Cortisol e catecolaminas também aumentam

a mobilização de ácidos graxos livres dotecido adiposo, tendo, portanto açãocetogênica (Hyyppä, 2005; Champe et al.,2006).

O fator mais importante para a magnitudedo aumento da captação da glicose noexercício e no estado pós-absortivo é aintensidade do exercício, mas também desua duração. Isto se deve a um maior recrutamento de fibras musculares e a ummaior estresse metabólico das fibrasmusculares ativas. Durante o exercício, o

 principal destino da glicose nos miócitos é a

glicólise e sua subseqüente oxidação. Oexercício regular pode melhorar o controleglicêmico, isto se deve parcialmente aosefeitos agudos do exercício no metabolismode glicose e às adaptações induzidas pelotreinamento (Rose e Richter, 2005).

A glicemia geralmente aumenta em todos ostipos de exercício devido ao estímulo daglicogenólise hepática, contudo, noexercício prolongado (maior que três horas,

 principalmente) a concentração de glicose

diminui como resultado da depleção deglicogênio hepático (Rose et al., 1977).Uma hipoglicemia pode causar uma fadiga

 prematura em exercícios prolongados demais de uma a duas horas (Coggan e Coyle,1991). Nesse tipo de exercício, quando aglicemia diminui, a captação de glicose pelomúsculo diminui também. Dessa forma, aglicemia é um importante fator limitante dacaptação de glicose pelo músculo (Rose eRichter, 2005).

2.2.1.4. Lactato Sanguíneo

A fadiga é uma cadeia complexa de eventos,com contribuições tanto centrais e

 periféricas. Exercícios de curta duração ealta intensidade são limitados por uma falhana produção energética associada a um

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aumento da concentração de prótons e umaredução da concentração de ATP. Já oexercício de longa duração, em geral,resulta numa substancial depleção deglicogênio muscular, que podeocasionalmente limitar a capacidade doequino continuar a atividade física.Também, este tipo de exercício impõe umaenorme demanda termorregulatória, com oresfriamento através da evaporaçãooriginário da sudorese como principalmecanismo de dissipação de calor (Hodgsonet al., 1994).

O aumento da intensidade do exercício é o principal fator que aumenta a oxidação decarboidratos em detrimento dos lipídeos.Com o aumento de sua intensidade, grande

 parte da energia é gerada através daglicólise anaeróbia, com conseqüente

 produção exponencial de ácido láctico eíons H+ (Arkinstall et al., 2004; Hargreaves,2006).

A produção de lactato também ocorre emintensidades de exercício abaixo do

consumo máximo de oxigênio (VO2máx), pois durante todo tipo de exercício, o lactatoé produzido pelo músculo em trabalho, maselevadas concentrações não ocorrem atémaiores intensidades serem alcançadas. Naglicólise e glicogenólise, ocorre umaumento em sua concentração devido aconversão do piruvato em lactato pelalactato desidrogenase, devido ao efeito daação das massas. No entanto, um aumentosignificativo somente ocorre quando existeuma redução na disponibilidade de oxigênio

nos tecidos (Gollnick e Saltin, 1982;Hargreaves, 2006).

A disponibilidade de O2 a nível muscular em geral sempre é suficiente, ao contráriodo que se pensava anteriormente. Por isso, aativação do metabolismo anaeróbico se dáquando o metabolismo aeróbico estáfuncionando no máximo de sua capacidadee as necessidades energéticas por unidadede tempo continuam aumentando. Por outro

lado é importante ter em mente que dentrode um mesmo músculo existem fibrasmusculares que independentemente dadisponibilidade de O2, não podem formar energia pela via oxidativa devido à ausênciade mitocôndrias e de mioglobina, ambasvitais para o funcionamento do metabolismoaeróbico (Boffi, 2008).

O acúmulo de lactato no músculo, econsequente acidose intracelular, pode

 prejudicar a glicólise, a capacidaderespiratória da mitocôndria e estar relacionado a uma falha em manter a

homeostase ADP/ATP no sítio de ligaçãomiosina-actina. O aumento de ADP local pode causar perda de desempenho por fadiga muscular, sendo o principalimpedimento para a continuidade dotrabalho (Gomide et al., 2006).

Ascensão et al. (2001) afirmaram que olimiar anaeróbio ou limiar de lactato, pontoem que existe um rápido aumento em suaconcentração, é considerado um indicador fisiológico associado à transição entre o

metabolismo aeróbio e o anaeróbio, sendo aconcentração sangüínea de lactato (CSL)equivalente a 4 mmol/L referida como amais precisa e criteriosa na determinação dolimiar anaeróbio.

O limiar de lactato ocorre numa intensidadede exercício inferior ao VO2máx do animal, o

 ponto dependendo de seu condicionamentofísico (Snow e Valberg, 1994). O limiar delactato no sangue ou no plasma éfrequentemente melhor indicador do

desempenho atlético que o VO2máx. Essacaracterística reflete a estreita associaçãoentre o limiar de lactato, a capacidadeoxidativa do tecido muscular e a taxa deutilização de carboidratos no exercício(Hargreaves, 2006).

Espera-se que num teste progressivomáximo, a curva de lactato a partir daconcentração de 4mmol/L tenha umcomportamento mais exponencial, enquanto

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a partir dessa concentração no testeconstante submáximo a curva de lactato sejamais linear (Ascensão et al., 2001).

Interessante notar, que a curva do lactato noteste constante submáximo aumenta mesmocom a carga constante, apresentando-sedessa forma já que o consumo de oxigênio eas demandas metabólicas são crescentes(Ascensão et al., 2001).

O lactato também é um importantemetabólito intermediário durante e após oexercício, agindo como substrato para o

metabolismo oxidativo do músculo estriadocardíaco e esquelético em contração e como precursor gliconeogênico (Hargreaves,2006).

Durante o exercício, o músculo estriadoesquelético é o principal local de oxidaçãodo lactato, dessa forma ele pode ser simultaneamente liberado e captado pelomúsculo em contração. Também existemevidências, em humanos, de que o músculoem não-contração libera lactato,

 principalmente nos últimos estágios de umexercício de longa duração, fornecendocarbono para a sua oxidação ou para agliconeogênese (Hargreaves, 2006).

2.2.1.5. Glicerol e Triacilglicerol

Plasmáticos

Durante trabalhos de resistência comoenduro, alta escola (treinamento e preparação para obediência e postura),cavalgada competitiva por trilhas e, emcerta extensão, exposições de raça em que oequino participa de várias provas ocorresubmáximo desempenho durante longotempo. Esses animais competemessencialmente em base aeróbica gerandoenormes quantidades de calor e perdas desuor (Ralston, 1997). Conforme Hoffman

(2003), durante o exercício aeróbico delonga duração e leve intensidade, o músculoesquelético realiza trabalho mecânicoutilizando energia química obtida tanto pelaoxidação da glicose como dos ácidos graxoslivres (AGL). A glicose e os AGL alcançamo sangue poucos minutos após haver começado o exercício e logo após ter degradado 20-30% do glicogênioarmazenado inicia-se a β-oxidação (Boffi,2008). Com o aumento da intensidade doexercício, os lipídios não suprem maiscompletamente a demanda energética doanimal e os carboidratos oriundos da glicose

sangüínea e/ou do glicogênio hepático emuscular tornam-se progressivamente maisimportantes como substratos energéticos(McMiken, 1983). 

 Na lipólise além do aumento daconcentração plasmática de AGL e glicerol,os triacilgliceróis plasmáticos tambémaumentam (Snow e Mackenzie, 1977a; Pösöet al., 1989), depois dos AGL,

 provavelmente porque além dos AGL seremoxidados no músculo esquelético, eles agem

como precursores para a síntese detriacilgliceróis (Rose, 1986).

2.2.2. Parâmetros clínicos de avaliação dodesempenho atlético de equinos

2.2.2.1. Freqüência Cardíaca

Uma adequada resposta cardiovascular aoexercício é necessária para atender ademanda do fluxo sangüíneo adequado aosmúsculos em trabalho e aos tecidosobrigatórios e a fim de prover um volumeadequado de fluidos para a sudorese etermorregulação. Ela depende de ummecanismo de defesa multissistêmico dovolume sangüíneo, da pressão arterial média

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(PAM) e da tonicidade do plasma(McKeever, 2002). Dependendo daatividade realizada, como no exercício, nadigestão ou na termorregulação, o débitocardíaco (DC) deve ser distribuído de formaapropriada entre os diversos órgãos (Poole eErickson, 2004). A manutenção dahomeostasia cardiovascular durante oexercício é mediada por mecanismosneuroendócrinos, que asseguram que osistema possa atender a demanda necessáriade fluxo sangüíneo para os músculos emtrabalho no exercício (McKeever, 2002).

Em equinos, a freqüência cardíaca (FC) derepouso varia em média de 30 a 40 bpm(McKeever, 2002). Nesses animais, a FCmáxima varia entre 204 e 241 bpm, e não éconsiderada uma importante medida docondicionamento físico já que ela não sealtera com o treinamento (Poole e Erickson,2004).

A antecipação do exercício em equinos émediada pelo controle neuroendócrino e

 pode evocar uma supressão do controle

 parassimpático e um aumento da atividadenervosa simpática com aumento resultanteda FC, da força de contração, do volumesistólico (VS) e do débito cardíaco (DC)(McKeever e Gordon, 2004).

A FC durante o exercício submáximo delonga duração depende da intensidade doexercício, das condições ambientais e docondicionamento físico (Evans, 1994). Coma progressão do exercício além de alguns

 poucos segundos, um mecanismo mais

sofisticado que o sistema nervoso autônomo(SNA) é requisitado para um ajuste delicadoda resposta inicial do distúrbio dahomeostase, que é o exercício. Nessa faseinicial, existe uma redução da resistência

 periférica total que resulta numavasodilatação dos vasos sanguíneos domúsculo em trabalho. Isto permite umaumento do fluxo sanguíneo para estesleitos vasculares, contudo existe quase queum aumento simultâneo no DC. Este rápido

aumento na função cardíaca central vem doajuste dos sinais aferentes e eferentes pelos

 barorreceptores e receptores de volumecolocados em pontos estratégicos nosistema cardiovascular. A adaptação dossinais aferentes e eferentes pelo centrovasomotor da medula espinhal resulta numsinal de erro via SNA (McKeever, 2002).

Durante o exercício, existe umdirecionamento do fluxo sangüíneo paramúsculos em trabalho sem comprometer airrigação do SNC. A vasodilatação da pele edo tecido muscular esquelético e a

vasoconstrição da região esplâncnica e dosmúsculos em repouso são respostascaracterísticas (Evans, 1994). No entanto,até mesmo com a mobilização das reservasde volume sangüíneo, as demandas doexercício de longa duração ou de elevadaintensidade podem exceder a capacidadecardiovascular. O controle realizado pelos

 barorreceptores do tônus arterial se tornavital para a manutenção do DC e da PAM, ea vasoconstrição induzida pelo tônussimpático diminui o fluxo sanguineo para

tecidos não obrigatórios durante o exercíciode alta intensidade. Esta resposta é aindamais pronunciada no exercício de longaduração quando as perdas de fluídoassociadas à sudorese comprometem ovolume de fluído vascular e o retornovenoso (McKeever, 2002).

Sem reposição ou compensação, adiminuição no retorno venoso associadacom a perda de fluídos pode causar umaredução do DC e do fluxo sanguíneo para os

músculos em trabalho e para os leitosvasculares associada à termorregulação.Para manter a PAM, o corpo compensaaumentando a FC e a contratilidade, umfenômeno chamado de “cardiovascular drift” ou desvio cardíaco, que é associadocom um aumento da atividade simpática eda concentração de catecolaminascirculantes (McKeever, 2002). Amanutenção da PAM possui prioridade

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sobre a termorregulação e o metabolismomuscular (Hodgson et al., 2006).

O consumo máximo de oxigênio (VO2max)ocorre quando o consumo de oxigênio nãoaumenta apesar do aumento da intensidadedo esforço (Eaton, 1994). De acordo comEvans (2000), o consumo de oxigênio(VO2) de repouso varia de 2 a 5 mL/Kg/mine o VO2máx de equinos Puro Sangue Inglês(PSI) de corrida é 160 mL/Kg/min. EquinosPSI de corrida alcançaram valores de 140 a187 mL/Kg/min (Rose et al., 1990;Seeherman et al., 1990) enquanto humanos

atletas de elite alcançaram 70 a 90mL/Kg/min (Saltin, 1985). Em equinos, provavelmente o VO2máx não é alcançadoaté o animal atingir a FC de 200 bpm (Rosee Evans, 1987).

Segundo Eaton et al. (1995a), existe umarelação entre VO2 e a freqüência cardíaca deequinos, que é uma estimativa razoável doconsumo de oxigênio em elevadasfreqüências cardíacas. A equação é: VO2 (mL/Kg/min) = [0,833 * (FC) – 54,7] (R 2 =

86,5 %). Já para baixas freqüênciascardíacas, a equação de Coenen (2005)confere uma melhor estimativa da FC: VO2 (mL/Kg/min) = [0,0019 * (FC)2,0653] (R 2 =90 %). Também, de acordo com Eaton et al.(1995b), é possível prever a porcentagem doVO2máx a partir da FC máxima: % VO2máx =[1,384 * (% da FC máxima) – 41].

O declínio da FC na recuperação no seu primeiro minuto geralmente é muito rápido.Ele então em seguida diminui mais

lentamente até seus valores de repouso. Noentanto, a aferição da FC de recuperação éextremamente susceptível a rápidosaumentos devido à excitação do animal(Evans, 1994) e fatores psicogênicos podeminfluenciar essa FC se ela estiver abaixo de120 bpm (Persson, 1983). O retardo doretorno da FC aos valores de normalidadena recuperação após a prova é um indicativode uma anormalidade, como desidratação

intensa ou mau condicionamento físico(Evans, 1994).

2.2.2.2. Freqüência Respiratória

Embora haja adaptações do sistemacardiovascular e do tecido muscular estriadoesquelético ao exercício, não ocorrem asmesmas adaptações pulmonares aotreinamento. Este fator associado a uma

maior demanda metabólica no exercíciointenso leva a concluir que o sistemarespiratório é o principal limitante dodesempenho atlético de equinos (Ainsworth,2004).

As demandas de oxigênio nos tecidos nãosão constantes e variam com ometabolismo. O exercício extenuanterepresenta a demanda mais extrema impostaaos mecanismos de transporte de gases(Cunningham, 2004). Essa demanda

metabólica deve ser atendida por umcorrespondente aumento das funçõescardiorrespiratórias (Ainsworth, 2004).

O volume corrente (VC) de repouso nosequinos é de 12 mL/Kg. O aumento daventilação-minuto pode ser alcançado peloaumento da FR, do VC, ou de ambos(Lekeux e Art, 1994). A magnitude doaumento na função ventilatória ocorre emfunção da intensidade e da duração doexercício. Com o acréscimo de sua

intensidade ocorre um aumento do VC e daventilação-minuto, aumento estecorrelacionado com a intensificação daatividade muscular inspiratória. A FR aumenta linearmente com a velocidade até 8m/s, embora em maiores velocidades apenasum pequeno aumento na FR ocorra(Ainsworth, 2004). O VO2 aumentalinearmente com a intensidade do exercícioaté alcançar seu VO2máx (Lekeux e Art,1994).

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Um aumento no VO2 para suprir a demandaenergética do animal devido à cargatransportada, representada pelo peso docavaleiro e dos arreios, é obtido através deum aumento na ventilação (Thornton et al,1987). O tipo de pista em que o exercício érealizado, o tipo de andamento e a nutriçãodo equino são aspectos a serem tambémconsiderados (Derman e Noakes, 1994).

Em equinos de trote, o aumento naventilação-minuto é obtido por um aumentosimultâneo da FR e do volume corrente em

 baixas intensidades de exercício e

 principalmente por um aumento da FR emmaiores intensidades (Art e Lekeux, 1988a).

Se o exercício é submáximo e de longaduração, a ventilação do espaço morto iráaumentar por um simultâneo aumento da FR e da relação espaço morto/volume corrente(EM/VC), fração de cada respiração queventila o espaço morto. Esta adaptação

 provavelmente reflete o papeltermorregulatório do sistema respiratório(Lekeux e Art, 1994).

Após o exercício, todos os parâmetrosclínicos, como a FR, retornam

 progressivamente aos seus valores derepouso, sendo a velocidade desse retornodependente tanto da intensidade quanto daduração do exercício realizado, docondicionamento físico do animal e dascondições climáticas (Lekeux e Art, 1994).

O elevado VO2 na recuperação estáassociado com uma elevada ventilação-

minuto que é o principal resultado de umaalta FR (Art e Lekeux, 1988b). Cincominutos após o exercício, o equino aindahiperventila. Apesar de uma elevada relaçãoespaço morto/volume corrente (EM/VC),esta hiperventilação resulta numahiperventilação alveolar e conseqüentehiperoxia e hipocapnia (Art et al., 1990).

O papel termorregulatório do sistemarespiratório pode colaborar para a

hiperventilação pós-esforço. Estahiperventilação ocorre por um aumento daFR ao invés do aumento do VC. Quando oambiente está quente e úmido, a FR é ummau indicador da demanda ventilatória doequino (Art e Lekeux, 1988b).

O exercício constante submáximo prolongado induz um aumento progressivona FR com um aumento da relação EM/VC.Isto sugere que nos equinos, o sistemarespiratório se torna cada vez maisenvolvido com a termorregulação noesforço de longa duração (Lekeux e Art,

1994).

2.2.2.3. Temperatura Retal

Os equinos são animais homeotermos, istoé, mantêm sua temperatura corporal

 praticamente constante, apesar de alteraçõesconsideráveis na temperatura ambiental.

Existem diversas fontes de produção decalor metabólico, como o fígado, o coraçãoe o músculo estriado esquelético. Esteúltimo, durante o exercício, é o maior 

 produtor de calor metabólico (Cunningham,2004). Isto porque no trabalho muscular,ocorre uma conversão ineficiente da energiaquímica em energia mecânica, comaproximadamente 80 % da energia sendoliberada como calor (Hodgson et al., 1994).Esse calor em excesso precisa ser dissipado

 para o ambiente.

A zona termoneutra de equinos varia de 5 a25 °C. No entanto, podem ocorrer variaçõesindividuais (Morgan, 1998). Quando atemperatura ambiente está acima da zona determoneutralidade dos equinos, ocorre oenvio de informações aferentes, oriundasdos receptores centrais e cutâneos sensíveisao calor, à área pré-óptica do hipotálamo e aoutros neurônios hipotalâmicos emesencefálicos. Dessa forma, o SNC ativa

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mecanismos para aumentar a perda e reduzir a produção de calor. Os mecanismosconsistem principalmente no aumento davasodilatação periférica, para maximizar a

 perda de calor pela irradiação e convecção,e no aumento da sudorese, para perder calor 

 pela evaporação (Cunningham, 2004).

Com o exercício, a produção de calor aumenta devido ao seu maior metabolismo(Ott, 2005) e no exercício, cerca de doisterços do calor metabólico é dissipadoatravés da evaporação do suor, 20 a 30 % docalor é perdido através do trato respiratório

e o restante é armazenado no organismo,refletido por um aumento da temperaturacentral (Ott, 2005). Embora a taxa de

 produção de calor corporal seja menor durante o exercício submáximo, a produçãototal de calor é substancialmente maior 

 porque ele possui maior duração(McCutcheon e Geor, 2004).

O equino possui uma baixa relação entre aárea de superfície corporal:massa corporal(1:90-100) em comparação aos seres

humanos (1:35-40), essa discrepânciaassociada a uma grande produção de calor metabólico durante o exercício aumentam aexigência sobre o sistema termorregulatório(Hodgson et al., 1994).

A condução de calor via sistema circulatórioé o principal mecanismo pelo qual o calor étransferido do músculo em trabalho para a

 pele e o trato respiratório. O sistemacardiovascular age como um importanteefetor dos mecanismos termorregulatórios,

aumentando o fluxo sanguíneo para a periferia e redistribuindo o débito cardíaco.Em repouso, a termorregulação através deajustes no fluxo sangüíneo é suficiente paramanter uma estabilidade térmica e existedessa forma, um equilíbrio entre avasodilatação térmica e a vasoconstrição.Esse maior fluxo sanguíneo para a periferiaatende inúmeras funções termorregulatóriascomo a condução do calor para a superfíciecorporal, fornecendo o calor latente para

que haja a evaporação do suor e suprindo omaior fluxo de líquido para a sudorese(Hodgson et al., 1994). O sangue conduz ocalor do cérebro e das principais vísceras

 para a pele. Ocorre dessa forma, umaredistribuição do DC, com maior fluxosanguíneo voltado para a periferia atravésda vasodilatação das arteríolas do leitovascular da pele e da abertura dasanastomoses arteriovenosas nasextremidades. Dessa forma, ocorre umaredução da temperatura central(Cunningham, 2004).

 Nos equinos, a sudorese é a principal formade perda de calor por evaporação. A perdade calor corporal pela evaporação ocorrequando a água do suor, da saliva e das viasrespiratórias são convertidas em vapor d’água. O suor dessa espécie, produzido

 pelas glândulas apócrinas, é hipertônico emrelação ao plasma e contém elevadasconcentrações de sódio, cloreto, potássio elaterina. Isto contribui para que numasudorese intensa haja desidratação edesequilíbrio hídrico-eletrolítico. A

climatização a climas quentes aumenta astaxas de sudorese, só que sua composiçãoeletrolítica não altera no exercício

 prolongado ou treinamento (Hodgson et al.,1994; Cunningham, 2004). Em condiçõesextremas de TA e UR, a taxa de sudorese

 pode ocorrer de 10 a 15 L/h (Pösö et al.,2004).

O fator que direciona para que haja aevaporação do suor na pele é a diferença da

 pressão de vapor. A eficiência da

evaporação diminui com o aumento da UR,isto é, quando o ar se torna mais saturadocom o vapor d’água (Cunningham, 2004).

É importante não subestimar o tratorespiratório como uma rota para perda decalor nos equinos em exercício. Sobcondições de desidratação, onde acondutância do calor para a pele através dacorrente sanguínea pode estar prejudicadano exercício, o potencial da perda calórica

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através dos pulmões pode se tornar maior.Em adição, os equinos possuem acapacidade de aumentar sua ventilação-minuto com o aumento da duração doexercício, desse modo aumentando o

 potencial de perda de calor através dessemecanismo (Hodgson et al., 1994).

Em condições quentes e úmidas, a FR e aventilação-minuto aumentam na proporçãoda perda de calor (McCutcheon e Geor,2004) e a perda de calor através darespiração também se torna comprometida.Dessa forma, equinos sofrendo de estresse

térmico poderão ofegar (com FR de até 200rpm) no fim do exercício na tentativa dedissipar o calor armazenado (Hodgson et 

al., 1994). Também, quando a TA excede atemperatura da pele, a perda de calor por radiação e convecção é prejudicada(McCutcheon e Geor, 2004).

 Nos equinos em exercício submetidos aoestresse térmico existe uma concorrência

 pelo DC entre o músculo em exercício, omiocárdio, o tecido adiposo e a pele,

associados a uma perda de fluído pelasudorese e redistribuição de fluído para ointerstício dos músculos em trabalho,causando uma redução no fluxo sanguíneo

 para o tecido adiposo, que reduz adisponibilidade de ácidos graxos para oexercício (McCutcheon e Geor, 2004). Nacompetição entre a pele e o tecido muscular 

 pelo DC durante o exercício, o segundoobtém prioridade na manutenção da funçãocardiovascular sobre a termorregulação.Dessa forma pode ocorrer nos equinos um

menor fluxo sangüíneo para a pele e umamenor perda calórica (Hubert et al., 2002).

 No estresse térmico a FC e a FR seencontram elevadas e a TR pode alcançar até 43°C (McCutcheon e Geor, 2004).

O trabalho numa TA de 41°C aumentou ouso do glicogênio muscular e reduziu o usodos triacilgliceróis, quando comparado aomesmo trabalho a 9°C. No entanto, nãoocorreu aumento da utilização dos

carboidratos se o aumento da temperaturacorporal (TC) foi atenuado pelaclimatização. A menos que o estressecalórico cause aumento da TC, ele nãoinfluenciará o metabolismo energético (Ott,2005). No entanto, os efeitos deletérios deuma hipertermia podem criar efeitosadversos à função do SNC, ao metabolismomuscular e a capacidade ao exercício (Ott,2005).

Exercício submáximo quando realizado emelevadas temperaturas resulta num aumentoda glicemia, acima do que seria detectado

em menores temperaturas. Este aumentoexarcebado se deve a uma maior gliconeogênese hepática, com pouco ounenhum aumento do metabolismoenergético no músculo estriado esquelético.Então parece que o exercício durante oestresse térmico resulta num maior uso deglicogênio muscular, mas não num maior aumento da utilização de glicose sanguínea.Uma redução na utilização dos ácidosgraxos livres (AGL) ocorre nessascondições de elevada TA e sugere um

desvio na atividade enzimática (Ott, 2005), já que o aumento da temperatura muscular age nas enzimas glicolíticas eglicogenolíticas, alterando a taxa de fluxoentre essas vias (McCutcheon e Geor,2004).

Quando o exercício é realizado emcondições quentes e úmidas, e

 principalmente se não estiver climatizado,ocorrerá uma redução do VO2máx e aumentoda produção de lactato, com conseqüente

redução da capacidade aeróbica e maior dependência do metabolismo anaeróbico(Pösö et al., 2004). A hipertermia doexercício promove uma depleção deglicogênio e o acúmulo de lactato, que podecontribuir para uma fadiga mais rápida euma exaustão precoce (McCutcheon e Geor,2004). Entretanto, existem poucasevidências de que uma elevada TA altere autilização energética caso a TC permaneçanuma faixa aceitável (Ott, 2005).

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2.3. ESTRATÉGIA NUTRICIONALPARA AUMENTAR O SUPRIMENTO DEGLICOSE SANGUÍNEA DURANTE OEXERCÍCIO

Em humanos, a maior disponibilidade deglicose durante exercício moderado aintenso pela ingestão de glicose ou refeiçõesricas em carboidratos antes ou duranteexercícios pode aumentar o desempenho,medido como um maior tempo para ocorrer a fadiga ou menor tempo para percorrer 

uma determinada distância (Jacobs eSherman, 1999). Por isso, estratégiasalimentares que aumentam o suprimento deglicose para o músculo esquelético duranteo exercício são chamadas de ergogênicosem atletas humanos (Geor, 2006).Semelhantemente, o tempo para ocorrer afadiga foi adiado em 14-20% em equinosexercitados até a exaustão num VO2máx de50-60%, quando foi fornecida glicose (2-3g/min) via intravenosa (Farris et al., 1995,1998).

De acordo com Jose-Cunilleras e Hinchcliff (2004), a administração à campo de glicose,oral ou intravenosamente, em eventosequestres não é uma intervenção prática.Uma melhor estratégia seria fornecer umarefeição rica em amido previamente àatividade atlética. Esse procedimento alterao metabolismo de carboidratos e lipídios,mas seu efeito sobre o desempenhoesportivo equino ainda não foicompletamente elucidado (Jose-Cunilleraset al., 2002). 

Concentrados ricos em amido influenciamfortemente a concentração de glicose,insulina e o metabolismo ácido-básico nosequinos. Quando o amido é ingerido dentrode três a quatro horas antes de um eventoesportivo ocorre rápida hiperglicemia com o

 pico glicêmico ocorrendo uma a duas horasapós a refeição, dependendo se feno está ounão disponível, induzindo uma resposta

insulínica (Hintz, 1997; Ralston, 1997). Ainsulina reduzirá a concentração de glicosesangüínea podendo fazê-lo além dos limites

 basais, de forma que a glicose durante uma prova pode estar abaixo do limite normal.Em humanos, a hipoglicemia pode ser responsável pela fadiga durante umexercício prolongado e extenuante (Ivy,2005).

Consumo de grãos poucas horas antes daatividade física resultou em concentraçõesde glicose e insulina plasmáticasaumentadas e concentração dos ácidos

graxos livres diminuída no início doexercício (Lawrence et al., 1993). Contudo,depois de vários minutos de atividade física,uma diminuição na concentração da glicose

 plasmática foi observada (Lawrence et al.,1993, 1995; Stull e Rodiek, 1995). Estaredução na glicose plasmática pode ser resultado do aumento de sua captação pelomúsculo em trabalho sob a influência damaior concentração de insulina. Fornecer uma refeição rica em grãos duas a três horasantes do exercício (comparado à refeição

rica em forragem de alfafa ou jejum)resultou em oxidação aumentada decarboidratos e oxidação diminuída delipídios durante avaliação em esteira (Jose-Cunilleras et al., 2002). Refeição rica emgrãos antes do exercício não reduziu o usodo glicogênio muscular (Lawrence et al.1993, 1995; Jose-Cunilleras et al., 2002),embora o glicogênio hepático possa ter sidoeconomizado em um estudo (Lawrence et 

al., 1993).

Vários trabalhos contra-indicaram ofornecimento de grãos, e especialmenteaçúcares, antes do exercício, principalmentedurante competições prolongadas, pois aconseqüente liberação de insulina interferenegativamente na mobilização de lípides eno uso de ácidos graxos livres além de

 possivelmente gerar uma hipoglicemiatransitória (Ecker e Lindinger; 1994; Paganet al., 1995; Pagan e Harris, 1999). SegundoGeor (2006), esta supressão na mobilização

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de lípides pode ser prejudicial aodesempenho, por acelerar a oxidação doscarboidratos resultando em prematuroesgotamento dos estoques endógenos decarboidratos

2.4. SUPLEMENTAÇÃO DIETÉTICACOM CROMO

Até o momento, existe pouca informação

esclarecendo a necessidade nutricional decromo para os equinos (NRC, 2007),embora de acordo com Geor (2006), umsuplemento pode ser um nutriente essencialou uma substância que tenha uma funçãoreconhecida no metabolismo ou funçãotecidual, mas não seja reconhecida comonutriente essencial, assim como o cromo.Jackson (1997) sugeriu que a necessidadede cromo seja maior para equinos emexercício do que quando sedentários. Estedado é reforçado pelo trabalho de Lukaski

(2000), com humanos, em treinamento deenduro.

O cromo é um micromineral que ocorre nasvalências de -2 a +6, sendo a formahexavalente (Cr 6+) ligada a problemas detoxidade, como ulceração nasal e bronquitecrônica após inalação. A forma trivalente(Cr 3+) é a que realmente interessanutricionalmente, sendo mais estável, de

 baixa toxicidade e de maior margem desegurança (McDowell, 1992). Dentre as

fontes alimentares encontram-se asoleaginosas, aspargos, cerveja, cogumelo,ameixa, pimenta-do-reino, cereais integrais,carnes, vísceras, forragens, leite, chocolatesmais escuros, leguminosas e vegetais(Clarkson, 1997). As concentrações são demiligramas por quilo e, em adultoshumanos, a ingestão diária e segura estáestimada entre 50 e 200 µg/dia e emboraseja um elemento essencial nessa espécie,não existe uma ingestão dietética

recomendada específica para o cromo(Anderson e Kozlovsky, 1985; Lukaski,2000). Já para os equinos, não há evidênciasde sua essencialidade (Vervuert et al, 2005;

 NRC, 2007).

A biodisponiblidade do cromo geralmente é baixa, apresentando valores de 0,5% a 3%(Offenbacher et al., 1986), e a absorção doCr inorgânico parece ser inversamente

 proporcional à sua quantidade na dieta(Pechova e Pavlata, 2007). O cromo éabsorvido essencialmente no intestinodelgado e em ratos, a principal região de

absorção é o jejuno. As formas inorgânicas,como o cloreto crômico (CrCl3) e o óxidocrômico (Cr 2O3) são mal absorvidos (NRC,1997).

Vários fatores interferem na sua absorçãono intestino delgado, nos quais os inibidoressão agentes quelantes como o fitato eminerais como ferro, zinco e vanádio emmaior quantidade, além de quantidadessubótimas de ácido nicotínico. Osestimuladores são os aminoácidos, o

oxalato, a vitamina C e o amido (NRC,1997; Kobla e Volpe, 2000). O cromo naforma de complexos orgânicos, como cromo

 picolinato (CrPic), cromo nicotinato(CrNic), cromo-aminoácido, cromo-levedura e cromo-quelato, possui maior absorção. Formas naturais de cromo, comoleveduras originárias de cervejarias (cromo-levedura), podem atingir níveis de absorçãode 10 a 25% (Anderson e Kozlovsky, 1985).

Após a absorção, o Cr circula pelo plasma

na concentração de 0,01 a 0,3 µg/L, ligado àtransferrina e possivelmente albuminas. Por se ligar à transferrina, o cromo possui umefeito significativo no transporte de ferro. Aconcentração do Cr 3+ no plasma pode estar diminuída no caso de uma infecção ousobrecarga de glicose. O cromo pode ser armazenado em vários tecidos doorganismo, sem possuir um local específico.A maior quantidade de cromo parece estar localizada no fígado, rins, baço e epidídimo,

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 porém já se observou maior concentração deCr no coração e rins de ratos (Vallerand et 

al., 1984; Anderson, 1987).

Desde o final da década de 50, definiu-se anecessidade da ingestão de cromo para amanutenção da tolerância normal à glicoseem mamíferos, o que desencadeou diversas

 pesquisas relacionadas à relação do cromocom o metabolismo dos carboidratos. Anecessidade em ratos foi identificada em1957 por Schwart e Mertz e desde então, asuplementação de cromo na dieta dehumanos e outros mamíferos vem

despertando uma busca incessante deevidências biológicas que assegurem seuuso e validade.

Ao cromo são atribuídas diversas funções biológicas. Sua função primária é potencializar os efeitos da insulina e, dessemodo, alterar o metabolismo decarboidratos, lipídios e aminoácidos. Essemetal é o componente ativo de umoligopeptídeo de baixo peso molecular,cromodulina. Em mamíferos é formado pelo

Cr 3+

e por resíduos de glicina, cisteína,glutamato e aspartato (Vincent, 2000). Até omomento, este complexo orgânico foiisolado em coelhos, suínos, bovinos,caninos, ratos, camundongos e no colostro,e parece estar amplamente distribuídos entreos mamíferos (Vincent, 2000).

Sobre seu mecanismo de ação, supõe-se queo Cr aumente a fluidez da membrana celular 

 para facilitar a ligação da insulina ao seureceptor (Evans e Bowman, 1992) e que a

cromodulina funcione como um carreador de cromo para proteínas celularesdeficientes neste mineral (Vincent, 1994).Também, o cromo pode aumentar o númerode receptores de insulina e a sensibilidadedas células β do pâncreas. Recentemente, oCr foi caracterizado como componente domecanismo de amplificação da sinalizaçãointracelular de insulina, responsável peloestímulo da translocação de GLUT-4, ouseja, um fator colaborador do aumento da

sensibilidade de receptores insulínicos namembrana plasmática (Vincent, 1999).

Embora os mecanismos de ação do Cr nãotenham sido demonstrados

 bioquimicamente, sinais de sua deficiênciamarginal em roedores incluem diminuiçãoda tolerância à glicose, menor longevidade eaumento das concentrações plasmáticas deinsulina, colesterol e triacilgliceróis, o quedemonstra que o Cr além de estar ligado aometabolismo dos carboidratos, interfere nometabolismo lipídico e protéicosimultaneamente. Sua deficiência em

humanos parece estar relacionada à maior incidência de diabetes, hiperinsulinemia,redução do número e da ligação a receptoresde insulina, altos níveis sangüíneos de

 placas formadoras de colesterol e doençacoronariana (NRC, 1997; Lukaski, 2000).

Por estar diretamente ligado à açãoinsulínica, o Cr participa do metabolismo

 protéico, estimulando a captação deaminoácidos pelas células econseqüentemente a síntese protéica.

Existem, ainda, evidências sobre a funçãodo Cr no metabolismo lipídico, sendoatribuído a ele um efeito lipolítico (Kreider,1999.). Devido a isso, a suplementação comcromo tem sido utilizada para aumentar amassa muscular e diminuir a gorduracorporal em atletas e pacientes humanos.

A suplementação com CrPic a potros decerca de 1 ano, durante 112 dias, não obteveefeito em sua taxa de crescimento edesenvolvimento e nem em sua composição

corporal. No entanto, essa suplementaçãoaumentou a taxa de metabolização deglicose nestes equinos e reduziu maisrapidamente o pico glicêmico, após o testeintravenoso de tolerância à glicose eresposta à insulina (Ott e Kivipelto, 1999).Já em Gentry et al. (1999), no mesmo teste,éguas adultas suplementadas com CrPic nãoapresentaram diferença quanto àconcentração de glicose e apresentaram

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maior concentração de insulina plasmática(P<0,002).

Um efeito do cromo que tem sido bastante pesquisado é na resposta imune, principalmente em animais submetidos àssituações de estresse. O aumento daconcentração sanguínea de cortisol, que éum fator de imunodepressão, aparece comoelemento constante nos casos de estresse.

 Nos bovinos, a excreção de Cr é maior durante o estresse e sua suplementaçãoresultou no estímulo do sistema imune emenor morbidade e mortalidade no

transporte de bovinos em confinamento(Jackson, 1997). Contudo, em Gentry et al.(1999), CrPic não afetou a função imune deéguas adultas.

Durante o exercício, o cromo é mobilizadode seus estoques orgânicos para aumentar acaptação de glicose pela célula muscular,mas sua secreção é muito mais acentuada na

 presença de insulina. O aumento daconcentração de glicose sangüínea induzida

 pela dieta estimula a secreção de insulina

que, por sua vez, provoca maior liberaçãode cromo. O cromo em excesso no sanguenão pode ser reabsorvido pelos rins sendoentão excretado na urina. É rotina encontrar maiores concentrações de Cr na urina apóso fornecimento de carboidratos,

 principalmente na forma de açúcares(Anderson, 1987; Clarkson, 1997).

A concentração plasmática de Cr aumentadurante exercícios aeróbicos prolongados emantém-se elevada duas horas após o fim

da atividade (Clarkson, 1997). E o exercíciofísico provoca maior excreção de Cr pelaurina nos dias de competição atlética(Anderson, 1987; Rubin et al., 1998). As

 perdas urinárias de Cr não sãorestabelecidas rapidamente, em função desua absorção intestinal não ser suficiente

 para suprir o mineral perdido. Além disso, oCr 3+ inorgânico é incorporado lentamente àcromodulina, nos rins e fígado (Schwarz eMertz, 1959). Exercícios tanto aeróbicos

quanto o treinamento de força aumentam aabsorção do Cr intestinal, mas a perdaurinária ainda é prioritária, resultando emum balanço negativo de Cr, depleção eredistribuição dos estoques corporais após oexercício. Diante disso, especula-se queatletas possam apresentar deficiência de Cr com mais facilidade que indivíduossedentários ou moderadamente ativos(Rubin et al., 1998), o que já justificaria suasuplementação.

Equinos exercitados intensamente ealimentados com dieta rica em grãos

 provavelmente excretam mais Cr em suaurina do que equinos sedentários, o que poderia explicar porque num determinadoestudo, animais sedentários nãoresponderam à suplementação com cromo(Pagan, 2000).

Vervuert et al. (2005) especularam que asuplementação com cromo não possuiefeitos benéficos em equinos saudáveissubmetidos ao exercício. Em seu trabalho, ofornecimento de 4,15 ou 8,30 mg Cr/dia de

Cr levedura não apresentou efeito nos parâmetros bioquímicos e clínicosavaliados. No entanto, em eqüídeossubmetidos a competições e a trabalhos

 pesados o cromo pode minimizar o estresse,contribuindo para a homeostase emelhorando o desempenho de equinos emtreinamento para as competições. Mertz et 

al. (1965) citaram que nos ratos os sintomasde deficiência de Cr são agravados por infecções, dietas de baixa proteína,exercícios excessivos e perdas sanguíneas.

Pagan et al. (1995) realizaram um estudocontrolado onde equinos PSI treinadosforam suplementados por 14 dias com 5 mgde cromo-levedura (CROM). Eles foramexercitados numa esteira 3 horas apósreceberem 1,81 Kg de concentrado e 5 horasapós ingerirem 1,36 Kg de volumoso. Essasuplementação não afetou as concentraçõesde glicose, insulina, cortisol outriacilgliceróis, após um jejum de 8 horas.

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Após 1 hora do fornecimento doconcentrado, a concentração de insulinatendeu a ser menor no grupo suplementadocom cromo. Durante o exercício, a glicose

 plasmática tendeu a ser menor e asconcentrações de triacilgliceróis no períodode recuperação foram maiores no grupoCROM (P<0,05). A concentração do lactato

 plasmático tendeu a ser menor e aconcentração do cortisol foi menor logoantes e nos estágios iniciais do exercício.

0, 5 ou 10 mg de cromo quelato foramadicionados na dieta de éguas Mangalarga

Marchador submetidas a três provas demarcha em dias alternados, tendo cada uma50 minutos de duração. A FC do grupo quenão recebeu cromo na dieta foi maior doque os grupos que receberam 5 ou 10 mg deCr (P<0,05). Também, o fornecimento de10 mg de Cr na dieta reduziu a FR após oexercício (P<0,05) (Prates, 2007; Prates etal., 2009).

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. LOCAL, ANIMAIS, INSTALAÇÕESE DIETA

Os procedimentos realizados nesteexperimento foram aprovados pelo Comitêde Ética para Experimentação Animal da

Universidade Federal de Minas Gerais(CETEA/UFMG) em 12 de março de 2008(protocolo n° 230/07).

O experimento foi conduzido no HarasCatuni (latitude, 16o 41’ 161” S; longitude,43o 31’ 210” W; altitude, 784 m), localizadono município de Montes Claros (MG),durante o período de 09 de janeiro a 21 defevereiro de 2008.

Foram utilizadas 12 fêmeas eqüinas da raçaMangalarga Marchador, filhas de doisgaranhões diferentes, com (média±DP)4,25±0,62 anos, peso de 339,42±23,09 Kg eescore corporal 2 – 3 (1 - 5; Carrol eHuntington, 1988).

Antes de iniciarem no experimento as éguasnunca tinham sido submetidas aotreinamento para prova de marcha e

 permaneciam soltas no piquete recebendoapenas água e sal mineral.

Os animais ficaram soltos em piquete1 de 8.3

ha, com Coast-cross (Cynodon dactylon x Cynodon nlemfluensis), bebedouro e cochocoberto para fornecimento de água e salmineral2

ad libitum.

 No início do período experimental esemanalmente todas as éguas foram pesadase tiveram seu escore corporal avaliado. Acada pesagem a quantidade de alimento aser fornecida diariamente, foi calculada deacordo com indicação do NRC (2007).Assim, era calculado 2,5% do peso de cada

animal o que representava o consumo deMS até a próxima pesagem (estimado paraequinos em trabalho moderado de acordocom NRC, 2007). A quantidade deconcentrado fornecida representou de 50 a60% desse valor, dependendo do escorecorporal (EC) avaliado. Na escala de 1 a 5(Carrol e Huntington, 1988), as éguas queapresentavam EC igual ou superior a trêsrecebiam 50% do consumo de MS dealimento concentrado e aquelas queapresentavam o EC menor que três, o

concentrado oferecido até a próxima pesagem representava 60% do consumo deMS.

O alimento concentrado (Tab. 2) foimisturado semanalmente na fazenda ecalculado segundo tabela de composição dealimentos de Valadares Filho et al. (2006) e

1 Aferido pelo GPS e Trex Vista – Garmin2 Sal mineral Coequi Plus – Tortuga

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exigências nutricionais de equinos emtrabalho moderado (NRC, 2007). Durante o

 período de condicionamento dos animais para as provas o concentrado foi oferecidoàs 06h00min e 18h00min em unidades de

serviço, construídas de acordo comCarvalho e Haddad (1987). No concentradoda manhã, foi acrescentado diariamente 50mL de óleo de soja.

*Composição do concentrado: 61% de milho, 19% de farelo de soja, 15% de farelo de trigo, 3% decalcário calcítico, 1% de fosfato bicálcico e 1% de sal mineral sem cromo3 (Composição básica por Kg:I- 125 mg; Cu- 1.200mg; Na- 120g; Ca- 185g; Mn- 970mg; Co- 21mg; Zn- 2,2g; Fe- 2g; S-12g; Se-10mg; F(máx.)- 600 mg; P- 60g; Mg- 13,6 g; K- 20 g.). aDe acordo com dados da tabela de Valadares Filhoet al. (2006).  bAlém das 0,368 Mcal pertencentes aos 50 mL de óleo de soja adicionados diariamente aoconcentrado. Abreviaturas: Matéria seca (MS), proteína bruta (PB), lisina (Lys), energia bruta (EB),energia digestível aparente (ED), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra emdetergente ácido (FDA) e fibra bruta (FB).

3 Sal Mineral Coequi Plus – Tortuga.

Tabela 2 - Composição do concentrado* e volumoso oferecido para as éguas durante o experimento.Composição (%)

 NutrienteVolumoso Concentrado

MS(%) 34,93 90,49PB(%) 8,06 15,32

Lys (%)a 0,22 0,78

EB (Mcal/kg) 4,25 3,70

ED (Mcal/kg) 2,25 3,29 b

 ED (Mcal/kg) ração 2,84 b 

EE (%) 4,45 5,91

FDN(%) 68,32 26,06

FDA(%) 33,61 6,47

Hemiceluloses (%) 34,72 19,59

Ca (%) 0,21 1,73

P (%) 0,23 0,63

Cinzas (%) 9,59 11,21

PB: ED (g/Mcal) 36:1 47:1

Ca: P 0,91:1 2,75:1

Cromo (mg/Kg) 18,24 9,24

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3.2. TRATAMENTOS

Os tratamentos foram: dois tipos desuplementação (10 mg de um suplementocomercial de cromo quelato4 ou placebo, emcápsulas), três diferentes horários defornecimento do alimento concentrado, 4 h,2 h e 30 min antes da prova de marcha e osmomentos de coleta dos dados. Os animaisforam distribuídos aos diferentestratamentos através de sorteio.

Essas cápsulas foram administradasdiretamente na boca de cada animal, juntoao concentrado das 18 horas.

Foram utilizados 10 mg de Cr quelato nesteexperimento, devido ao fato dessa dosagemter reduzido a frequência respiratória e afrequência cardíaca após o exercício(P<0,05) de éguas Mangalarga Marchador submetidas à prova de marcha, no trabalhode Prates (2007).

Os dois grupos experimentais foramformados tentando minimizar as diferençasentre os animais em peso, condiçãocorporal, idade, freqüência cardíaca médiada marcha e índice de recuperação cardíaca.Entre os seis animais de cada grupo variou ohorário de fornecimento do alimentoconcentrado no dia da prova de marcha,assim foram sorteadas duplas de cada grupoexperimental para receberem o alimentoconcentrado (0,63 Kg/ 100 Kg PV) 4 h, 2 h

ou 30 min. antes da prova teste (Tab. 3).

A distribuição das éguas nos horários defornecimento do alimento concentrado foifeita obedecendo ao seguinte critério: cadaduas éguas, filhas de um mesmo garanhão ede idade, peso, freqüência cardíaca (FC)

4 2,5% de cromo e teor mínimo de 90% docromo quelatado (carbo-amino-fosfoquelato decromo) - Tortuga Cia. Zootécnica Agrária.

média da marcha e índice de recuperaçãocardíaca (∆%) próximos foram sorteadas

 para cada horário de fornecimento.

A FC média da marcha e o índice derecuperação cardíaca foram obtidos de cadaanimal após um período de 13 min que foidividido em sessões contínuas de esforçofísico, sendo 4 minutos ao passo, 4 minutosà marcha, 2 minutos ao passo e 3 minutosem estação, sendo os dois últimos, o

 período de recuperação, conformemetodologia adaptada de Eaton et al.(1995a).

Para a avaliação contínua da FC, as éguasutilizaram frequencímetros cardíacos (Polar RS400SD)5 que foram adaptados a umafaixa elástica que circundou o tórax dosanimais, de modo que os transmissoresficassem próximos à região do cilhadouro,na altura da veia torácica lateral. Osfreqüencímetros realizaram registros da FCa cada cinco segundos. Com o uso do

 programa da Polar 6, os dados registradosnos monitores de pulso utilizados pelos

cavalheiros foram posteriormentetransferidos por infravermelho para umcomputador. O índice de recuperaçãocardíaca (∆%) foi obtido pela seguinteequação:

∆% = {[(FCX marcha – FCR5) / FCX marcha] * 100}.

Onde:

FCX marcha = FC média da marcha;

FCR5 = FC ao final do período derecuperação.

Dessa forma, os valores absolutos de cadaindivíduo foram corrigidos através de

 percentuais, permitindo comparar osintegrantes da amostra e formar os grupos

5 Polar S-Series Toolkit6 Polar Precision Performance

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experimentais e como o coeficiente devariação da FCX marcha foi de 13,18%,valor inferior 7 a 20 %, todos os animais

 puderam integrar a amostra.

3.3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

O experimento durou 44 dias e foi divididoem duas etapas, uma de 29 (pré-experimental) e outra de 15 dias. A etapa

 pré-experimental foi para adaptação dosanimais à dieta, ao aditivo cromo e aoexercício a que foram submetidos na etapaexperimental. A segunda etapa(experimental) foi destinada à coleta dosdados para avaliação do rendimento dosanimais em três provas de marcha simuladasnos dias 1°, 8° e 15° do períodoexperimental, de acordo com regulamentoda XXVI Exposição Nacional do CavaloMangalarga Marchador, realizada pelaABCCMM (2007).

Antes da etapa pré-experimental as éguasforam vermifugadas8 e banhadas comsolução carrapaticida9. No início dessa etapaforam coletadas de cada animal, amostrasde sangue por punção da veia jugular, comagulha estéril de coleta múltipla, em umfrasco vacuolizado de quatro mL comEDTA, para realização do hemograma. Essematerial foi acondicionado em geladeira a+10°C.

 No pré-experimento, o condicionamentodos animais para a simulação do concursode marcha, adaptado de Meirelles (1997) ePrates (2007), foi realizado em uma pista deforma oval com dimensão aproximada de 60x 20 m e 0° de inclinação. Os animais foram

7 Soares, D.D. (2007).8 Altec (ivermectina a 2%) - Tortuga Cia.Zootécnica Agrária.9 Butox® P CE 25 (deltametrina).

montados e exercitados em dias alternados(2ª, 4º e 6ª feiras) inicialmente 10 min no

 passo (no sentido horário), 5 min na marcha(no sentido horário), 4 min no galope (2 minno sentido horário e 2 min no sentido anti-horário), 5 min na marcha (no sentido anti-horário) e novamente 10 min no passo (nosentido anti-horário). A cada quatro dias, afreqüência cardíaca (FC) foi avaliada emtorno de 5 min após o exercício (quando asela era retirada do animal) e quandoapresentava-se abaixo de 60 batimentos por minuto (bpm) significava que não houveesforço representativo para o

condicionamento e a duração do exercíciofoi aumentada em 5 min no tempo demarcha. Se a FC estava entre 60 a 70 bpm,demonstrava que o animal tinha apresentado

 boa recuperação e o tempo da marcha eramantido. Quando a FC excedia 70 bpm,significava que o animal estava comexcesso de trabalho e o tempo de marchaera reduzido em 5 min até que os

 batimentos se apresentassem entre 60 e 70 bpm.

Foram anotados em planilha individual osdados de avaliação do desempenho físicoantes e depois do exercício, durante todo o

 período pré-experimental (FC) eexperimental (FC, FR e temperatura retal).As temperaturas ambiente10, de globonegro11 [globo-termômetro confeccionadocom bola de pingue e mantido na alturamédia do centro de gravidade dos animais,segundo Souza et al. (2002)], de bulbo secoe de bulbo úmido12 e a umidade relativa doar 9 foram aferidas e anotadas nos dias de

exercício, às 06h00min, 08h00min,09h30min, 10h00min, 12h00min,14h00min, 15h30min, 16h00min e18h00min, a fim de se avaliar a possívelinfluência destes fatores ambientais nodesempenho dos animais.

10 Relógio termo-higrômetro Minipa MT-24211 Incoterm L-091/0712 Termo-higrômetro de leitura direta Incoterm

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Tabela 3 - Rodízio dos animais ao longo das diferentes provas. Os números romanos representam osanimais.

Fornecimento

da ração (horas)  1° Semana 2° semana 3° semana10h:00min 

Cromo Controle Cromo Controle Cromo Controle4:00 V VI IX X VII VIII2:00 IX X VII VIII V VI0:30 VII VIII V VI IX X

16h:00min4:00 XI XII III IV I II2:00 III IV I II XI XII0:30 I II XI XII III IV

Foram realizadas as estimativas dos índicesde Temperatura e Umidade (ITU) e deTemperatura do Globo Negro e Umidade(ITGU) a partir desses dados. O ITU foicalculado segundo Tojal (2002):

ITU = Tbs + 0,36 * Tpo + 41,5

em que a Tbs é a temperatura dotermômetro de bulbo seco (°C) e Tpo é atemperatura de ponto de orvalho (°C).

O ITGU foi calculado de acordo com Tojal(2002):

ITGU = Tgn + 0,36 * Tpo + 41,5

em que Tgn representa a temperatura dotermômetro de globo negro (°C) e Tpo, atemperatura de ponto de orvalho (°C).

A temperatura de ponto de orvalho (°C) foicalculada através do programa Vaisala

Humidity Calculator versão 2.1. (2007).

As faixas de conforto, de risco e de estressetérmico nos animais desse experimentoforam determinadas com base nasobservações de Hahn (1985) citado por Tojal (2002). Segundo ele tais faixas seriamválidas para os animais domésticos emgeral, inclusive equinos. Conforme esteautor, um valor de ITU ou ITGU ≤ 70indica condição normal, não estressante; um

valor entre 71 e 78 é considerado umasituação crítica; entre 79 e 83 indica perigoe > 83 já constitui uma emergência.

 Na simulação do concurso de marcha, osanimais desenvolveram 5 min de passo commédia de 1,6 m/s para aquecimento,seguidos de 50 min de marcha cadenciada(25 min para cada lado), com velocidademédia de 3,33 m/s, sendo que um dia antese um dia após a prova as éguas

 permaneceram soltas em piquete semdesenvolver qualquer atividade física. As provas de marcha foram realizadas às10h00min e 16h00min de cada dia de prova,com seis animais em cada horário.

Com a utilização de um frequencímetro afreqüência cardíaca das éguas foi avaliadanos momentos: antes e durante a prova e,aos 5, 10, 15, 20 e 25 minutos depois da

 prova.

Imediatamente antes (tempo 0),imediatamente depois da prova (55 min) e25 minutos após o fim da prova (80 min), asfreqüências respiratórias e as temperaturasretais foram aferidas e as amostrassangüíneas coletadas através de punção daveia jugular com agulha de coleta múltipla13 em tubos plásticos à vácuo sem

13 Greiner Bio-one Brasil. 21 G (25 x 0,8 mm).

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anticoagulante14, com EDTA15 e comheparina16.

3.4. ESTIMATIVA DADIGESTIBILIDADE IN SITU  DOSALIMENTOS

A digestibilidade dos alimentos da dieta foideterminada pelo método de digestão cecalin situ, realizado no Laboratório de

Pesquisas em Saúde Equina – EQUILAB daUniversidade Federal Rural do rio deJaneiro.

Foi utilizado um equino adulto com 222 kgde peso vivo fistulado no ceco, segundometodologia descrita por Lowe et al.(1970). O animal foi alimentado com umadieta composta de 80% de volumoso e 20%de concentrado dividido em quatro fraçõesdiárias, e consumo diário, expresso em MS,equivalente a 2,5% do peso vivo (NRC,

2007).

A metodologia utilizada para a conduçãodos ensaios in situ foi adaptada dos

 procedimentos descritos por Huntington eGivens (1995). Foram utilizados sacos denáilon de porosidade de 45µ (Tenyl®) ecom área interna de 6,5 x 20,0 cm, segundoHyslop et al. (1999), em uma relação de 20g/cm². Após selagem à quente das laterais,os sacos foram secos em estufa deventilação forçada a 55°C por 24 h, sendo

depois pesados e identificados.Posteriormente, foram colocadasaproximadamente 5,2 g / saco de amostrasdo volumoso pré-seco e do concentrado,moídas a 2 mm em sacos separados.

14 Vacuplast. Com gel separador, 9 mL.15 Vacuplast. 4 mL.16 Labor Import. 7 mL.

Após selagem dos sacos, foi fixado naextremidade superior de cada saco umcordão de náilon (45 mm), a fim de permitir que o saco atingisse toda a porção cecal ecom livre movimentação. Foram inseridosdois sacos com amostras dos alimentos eum em branco, todos previamenteumedecidos em água destilada por umminuto, antes da incubação, evitando assimflutuação no interior do ceco. Foramrealizadas duas incubações para cadaalimento.

Os sacos foram removidos do ceco após 48

h de incubação e lavados manualmente comágua de corrente fria. A lavagem foirealizada suavemente até que na águautilizada não aparecesse resíduo,caracterizando a remoção dasimpregnações. Os sacos foram secos emestufa de ventilação forçada a 55°C, por 48h, e pesados para cálculo das perdas de MS

 para cada saco.

Ao término do ensaio, os resíduos dos sacosdo mesmo alimento foram misturados,

homogeneizados e moídos a 1 mm, sendoentão analisados quanto ao teor de MS(AOAC, 1990) no Laboratório de NutriçãoAnimal do Departamento de Zootecnia daEscola de Veterinária da UFMG.

3.5. PROCESSAMENTOLABORATORIAL DAS AMOSTRAS

Os tubos sem anticoagulante e com heparinacontendo amostras sanguíneas forammantidos resfriados em um isopor com geloe centrifugados, no mesmo dia, a 3.000 rpm

 por 20 minutos numa centrífuga. Ossobrenadantes foram divididos em trêsalíquotas em tubos criogênicos17 e

17 TRP.

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congelados a -80 °C em botijão18 comnitrogênio líquido até o respectivo

 processamento.

3.5.1. Hemograma

O hemograma foi realizado no laboratórioBranca de Neve, em Montes Claros (MG),de acordo com Stockham e Scott (2002).

O volume celular médio (VCM), o volumeglobular médio (VGM) e a concentração dehemoglobina corpuscular média (CHCM)foram obtidos por meio de cálculos,segundo Stockham e Scott (2002).

3.5.2. Proteínas totais, Albumina,Globulinas e Relação Albumina/Globulina

As análises foram realizadas no LaboratórioBranca de Neve, em Montes Claros (MG).O soro obtido foi utilizado na determinaçãodas proteínas totais pelo método do biuretoe a albumina foi determinada pelo métododo verde Bromocresol. Globulinas e relaçãoalbumina/globulina foram determinadasatravés de relações matemáticas.

3.5.3. Insulina e Cortisol

As concentrações séricas de insulina ecortisol foram analisadas no B.E.T.Laboratories Endocrinologia Veterinária, noRio de Janeiro (RJ) por radioimunoensaio,utilizando-se o método em fase sólida,

18 Modelo XC 20. ABS PecPlan.

através de kits disponíveis comercialmente(RIA; Cortisol Coat-A-Coat e Insulin Coat-A-Coat, Diagnostic Products Corp., LosAngeles, CA, USA), previamente validados

 para o uso em equinos (Reimers et al.,1982).

3.5.4. Glicose e lactato

A partir da amostra sangüínea do tubo sem

anticoagulante, as análises dasconcentrações da glicose e do lactato foramdeterminadas imediatamente após a coleta

 por leitura direta em glicosímetroautoanalisador 19 e lactímetroautoanalisador 20, respectivamente. Emadição, o índice insulina : glucose (I:G) foicalculado.

3.5.5. Triacilglicerol e Glicerol Plasmáticos

O triacilglicerol e o glicerol plasmáticosforam determinados pela técnica deespectrofotometria, a partir do plasmaheparinizado. Para a análise dotriacilglicerol foi utilizado o kit comercialTriglicérides Líquido Estável (K055) daBioclin. Para o glicerol foi utilizado um kitda Bioclin21, onde a marcha analítica ésemelhante ao do kit anterior, sendo que a

concentração do padrão utilizado foi de 98mg/dL.

19 Accutrend GCT - Roche20 Accutrend Lactate - Roche21 Gentilmente fornecido pelo Leonardo Santosde Freitas, do Departamento de Pesquisa eDesenvolvimento da Bioclin.

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3.5.6. Análise Química da Dieta e das Fezes

As amostras de volumoso e concentradoforam coletadas durante o períodoexperimental nos dias 10 de janeiro, 6 e 20de fevereiro de 2008. No piquete onde aséguas permaneceram, a coleta do volumoso

 para análise bromatológica foi realizadasegundo a técnica de pastejo simulado(Gardner, 1986). As amostras forammantidas separadas e permaneceramcongeladas até seu processamento.

A coleta das fezes teve duração de cincodias, quando uma amostra foi coletadadiariamente diretamente da ampola retal eacondicionada em saco plástico,identificado por animal e dia, e congeladaaté posterior análise. No mesmo horário dascoletas foi fornecido, junto com oconcentrado da tarde, às 18:00 h, oindicador externo LIPE®, validado para aespécie por Lanzetta (2006), para estimativada produção fecal dos animais, na dosagem

única de 250 mg / animal / dia, administradaatravés de cápsulas por via oral. Ofornecimento do indicador iniciou-se 24horas antes do período de coleta fecal, paraadaptação e eliminação uniforme nas fezes.

O processamento e análise da composiçãoquímica do volumoso, do concentrado e dasfezes foi realizado no Laboratório de

 Nutrição do Departamento de Zootecnia daEscola de Veterinária da UFMG, em BeloHorizonte (MG).

As amostras foram descongeladas àtemperatura ambiente e posteriormentedivididas em duas alíquotas, pesadas,acondicionadas em bandejas e submetidas auma pré-secagem em estufa de ventilaçãoforçada a 65°C por 72 horas. Em seguida,foram novamente pesadas e moídas emmoinho tipo Willey em peneira de 1 mm(Silva e Queiroz, 2002). Este material foiacondicionado separadamente por animal

em frascos plásticos hermeticamentefechados e devidamente identificados.

As amostras dos alimentos foramsubmetidas às seguintes análises:

Matéria seca (MS), proteína bruta (PB) eextrato etéreo (EE), segundo Silva eQueiroz (2002).

Cálcio (Ca), fósforo (P) e cinzas, segundo aAOAC (1990).

Componentes da parede celular: Fibra em

Detergente Neutro (FDN), Fibra emDetergente Ácido (FDA), de formasequencial, Hemiceluloses (HCEL) eLigninas (LIG), segundo Van Soest et al.(1991).

Cromo, analisado por espectrofotometria deabsorção atômica.

Energia bruta da dieta e das fezes, analisadaem bomba calorimétrica22, conforme aAOAC (1990).

O indicador externo LIPE® presente nasfezes de cada animal foi analisado atravésde espectroscopia no infravermelho,segundo Saliba (2005).

3.6. CÁLCULOS

1) Foram calculados os valores de produçãofecal com o indicador externo LIPE®,conforme descrito por Saliba (2005):

PF (kg) = LIPE® fornecido (g) x 100(Ai / MS total)

Onde PF = produção fecal; Ai = relaçãologarítmica das intensidades de absorção

22 Parr 6200 Calorimeter.

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das bandas dos comprimentos de onda a1050 cm-1 / 1650-1; MS total = matéria secafecal total.

O Ai foi calculado através da fórmula: Ai =A1050 / A1650. Sendo que A = log I0 / I.Onde, I0 > intensidade e I < intensidade.

2) As perdas dos nutrientes após asincubações cecais in situ foram expressascomo coeficientes de digestibilidade in situ da MS (DISMS), determinados pelo resíduode cada saco, do concentrado e dovolumoso, de acordo com a fórmula

DISMS (%) = 1 – resíduo do saco (g)(I x MS alimento)

Onde I = quantidade de alimento (g)inserido em cada saco; MS alimento = teor de MS determinada a 105°C do alimento(AOAC, 1990).

3) Após obtenção dos valores de produçãofecal e digestibilidade in situ dos alimentosvolumoso e concentrado, foram realizados

os cálculos para estimar o consumo de MSda dieta total e do volumoso, conformeSaliba (2005):

Consumo (kg MS) =

 produção de fezes x 100(100 – digestibilidade)

Como o consumo de MS diário edigestibilidade in situ da MS (DIMS) doconcentrado eram conhecidos, foi estimada

a quantidade de fezes produzidas quecorrespondia à porção não aproveitadadesse alimento. Em seguida, foi realizado ocálculo do consumo diário de volumoso, emkg de MS, uma vez que a DIMS também eraconhecida e a produção fecal referente aovolumoso o resultado da diferença entre a

 produção fecal total e produção fecalreferente ao concentrado. Logo, o consumodiário de MS total resultou do somatóriodos consumos de concentrado e volumoso,

em kg de MS por dia. Para estimativa doconsumo diário de MS em porcentagem de

 peso vivo, foram considerados nos cálculosos valores médios das pesagens realizadas

 para cada animal.

4) Através das pesagens do início e do finaldo período experimental, foram tambémcalculados o ganho de peso diário (GPD) e aconversão alimentar (CA) dos animais:

a) GPD (kg/dia) =

 peso final – peso inicial (kg)

n° dias b) CA = consumo dieta em X dias (kg)

ganho peso em X dias (kg)

3.7. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para as estimativas de consumo da dietatotal e do alimento volumoso, ganho de peso

diário, relação volumoso : concentrado econversão alimentar, o delineamentoexperimental foi inteiramente casualizado,com seis repetições por grupo experimental.

 Nas variáveis porcentagem de consumo dematéria seca total e do alimento volumosoem relação ao peso vivo, e relaçãovolumoso: concentrado da dieta foiconsiderado o efeito da covariável pesovivo.

Para a variável peso, o delineamento

experimental foi inteiramente casualizado,em arranjo em parcelas subdivididas, sendoo cromo a parcela e a semana de avaliação asubparcela, com seis repetições por grupoexperimental.

Para as demais variáveis, o delineamento foiinteiramente casualizado, em arranjo em

 parcelas sub-subdivididas, sendo o cromo a parcela, o horário de oferecimento da raçãoa subparcela e o momento de avaliação a

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sub-subparcela, com seis repetições por grupo experimental.

As variáveis freqüência respiratória erelação insulina : glicose sofreramtransformação logarítmica paranormalidade.

Os efeitos de tratamento foram analisados pela análise de variância e as médiascomparadas pelo teste F (SAEG 9.1, 2007).Para a comparação das médias dafreqüência respiratória foi utilizado o testeFisher-LSD, a 5% de probabilidade, e para a

comparação das médias das demaisvariáveis, foi utilizado o teste de NewmanKeuls a 5% de probabilidade.

Para desenvolvimento da equação de predição, que permite estimar a freqüênciacardíaca, tomando como base a variávelindependente momento da prova de marcha,foi empregada a análise de regressão linear simples e múltipla, sendo modelohiperbólico para FC da marcha e modeloquadrático para FC da recuperação.

Para avaliação da correlação entre os parâmetros bioquímicos, clínicos eambientais foi utilizada correlação

 paramétrica de Pearson.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. PARÂMETROS AMBIENTAIS

As provas de marcha foram realizadas às10h00min e 16h00min de cada dia de prova

e segundo os dados de Hahn (1985, citado por Tojal), no primeiro dia de prova, oíndice de temperatura de globo e umidade(ITGU) foi de 73,11 e 77,19 (situaçãocrítica). No segundo dia de prova, o ITGUfoi de 80,22 e 81,24 (perigo). No terceirodia de prova, às 10h:00min, o ITGU foi de76,51 (situação crítica) e às 16h:00min, foide 80,12 (perigo) (Tab. 4). As variáveistemperatura ambiente (TA), umidaderelativa do ar (UR), índice de temperatura eumidade (ITU), temperatura de globo negro(TGN), temperatura de bulbo seco (TBS) etemperatura de bulbo úmido (TBU) também

se apresentaram elevadas (Tab. 4) nomomento das provas, (média±DP)30,32±2,70°C, 47,83±10,30 %, 75,79±2,74°C, 30,00±2,00 °C, 30,00±2,65 °C e21,00±1,41 °C, respectivamente.

Os índices de adaptação e conforto térmicodeterminam a adequação de um animal aum ambiente com relação a uma atividadeespecífica (Tojal, 2002). O índice detemperatura globo negro e umidade (ITGU)foi considerado o índice mais preciso para

se medir o conforto térmico animal. Isso porque o ITGU é calculado a partir dosdados aferidos no termômetro de globonegro. Este afere a combinação dos efeitosda energia radiante, da temperatura do ar eda velocidade do vento (Souza et al., 2002).

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Tabela 4 - Temperatura ambiente (TA), umidade relativa do ar (UR), índice de temperatura e umidade(ITU), índice de temperatura de globo e umidade (ITGU), temperatura de globo negro (TGN),temperatura de bulbo seco (TBS) e temperatura de bulbo úmido (TBU) nos dias e horários das provas de

marcha. Hora do dia (h:min)

10:00 16:00ProvaTA (°C) UR (%) ITU ITGU TA (°C) UR (%) ITU ITGU

1° 25,40 64,00 71,71 73,11 30,10 42,00 78,19 77,192° 29,90 51,00 75,23 80,23 32,90 33,00 78,75 81,253° 31,10 50,00 73,71 76,51 32,50 47,00 77,12 80,12

Média 28,80 55,00 73,55 76,62 31,83 40,67 78,02 79,52DP 3,00 7,81 1,77 3,56 1,51 7,09 0,83 2,10

Hora do dia (h:min)10:00 16:00Prova

TGN (°C) TBS (°C) TBU (°C) TGN (°C) TBS (°C) TBU (°C)1° 25,10 23,7 20,00 30,00 31,00 22,00

2° 32,00 27,00 20,10 34,50 32,00 21,103° 28,00 25,20 21,90 31,50 28,50 22,30

Média 28,37 25,30 20,67 32,00 30,50 21,80DP 2,83 1,35 0,87 2,29 1,80 0,62

Tabela 5 - Correlação entre os parâmetros ambientais e as variáveis bioquímicas e clínicas de equinosMM, suplementados ou não com cromo, ao longo das três provas de marcha e antes (1), depois (2) e 25minutos após (3) a prova*.

Temperatura Ambiente

Variáveis x Lactato x

Lactato1

x

Lactato2

x

Lactato3

x Glicose x Glicose1 x FR

Correlação 0,4120 0,4524 0,4845 0,3864 0,3076 0,5809 0,2685Significância 0,0001 0,0056 0,0027 0,0199 0,0004 0,0002 0,0021

Variáveis x FR2 x FR3 x TR x TR2 x TR3x

Cortisol

xCortisol

2 x TR

Correlação 0,5227 0,3340 0,2453 0,5401 0,3605 0,1783 0,3673 0,2453Significância 0,0011 0,0465 0,0046 0,0007 0,0308 0,0311 0,0275 0,0046

Variáveis x TR2 x TR3 x FC1 x FC2 x FC3 x FCM  x FCR x FCR5Correlação 0,5401 0,3605 0,0148 0,0083 0,0444 -0,0219 -0,0751 0,3638

Significância 0,0007 0,0308 0,9316 0,9619 0,7970 0,8990 0,6632 0,0292

Tem eratura de Globo Ne ro

Variáveis x Lactato xLactato1

xLactato2

xLactato3

x Glicose x Glicose1  x FR

Correlação 0,4639 0,5693 0,5504 0,3781 0,2352 0,5385 0,2916Significância 0,0001 0,0003 0,0005 0,0230 0,0064 0,0007 0,0008

Variáveis x FR2 x FR3 x TR x TR2 x TR3 x FCM x FCR x FCR1Correlação 0,5012 0,4220 0,2881 0,6078 0,4829 -0,0133 0,0201 0,3768

Significância 0,0018 0,0109 0,0010 0,0001 0,0029 0,9385 0,9075 0,0235

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  Temperatura de Bulbo Seco

Variáveisx

Lactato

xLactato

1

xLactato

2

xLactato

3

x

Glicose

x

Glicose1

x

Glicose3 

x FR

Correlação 0,5210 0,6508 0,6054 0,4281 0,4146 0,6122 0,3864 0,4012Significância 0,0001 0,0001 0,0001 0,0092 0,0001 0,0001 0,0199 0,0001

Variáveis x FR1 x FR2 x FR3 x TR x TR2 x TR3 x FCP x FCM x FCRCorrelação 0,4771 0,5557 0,7153 0,3486 0,6470 0,7360 0,3691 0,0632 0,0014

Significância 0,0033 0,0004 0,0001 0,0001 0,0001 0,0001 0,0268 0,7142 0,9934

Tem eratura de Bulbo Úmido

Variáveis x Lactato x Glicosex

Glicose1x

Glicose2x

Glicose3x Cortisol 

xCortisol2

Correlação 0,2581 0,4119 0,5170 0,3888 0,3601 0,2110 0,3771Significância 0,0030 0,0001 0,0012 0,0191 0,0322 0,0131 0,0234

Variáveis x FR x FR2 x FR3 x FCM x FCR x FCR5Correlação 0,2373 0,4256 0,3400 0,0164 -0,0896 0,4040

Significância 0,0059 0,0097 0,0435 0,9244 0,6032 0,0145Umidade Relativa do Ar

Variáveisx

Lactato

xLactato

1

xLactato

2

xLactato

3

xGlicose

xGlicose1

x FR  x FR1

Correlação - 0,5071 - 0,6240 - 0,5853 - 0,4388 - 0,3728 - 0,5877 - 0,3516 - 0,3988Significância 0,0001 0,0001 0,0002 0,0001 0,0001 0,0002 0,0001 0,0160

Variáveis x FR2 x FR3 x TR x TR2 x TR3 x FCM x FCRCorrelação - 0,5177 - 0,5950 - 0,3211 - 0,6245 - 0,6423 0,1102 0,0592

Significância 0,0012 0,0001 0,0002 0,0001 0,0001 0,5225 0,7315

Índice de tem eratura e umidade

Variáveisx

Lactato

xLactato

1

xLactato

2

xLactato

3

xGlicose

xGlicose1

xGlicose3 

x FR

Correlação 0,5319 0,6359 0,6187 0,4609 0,4335 0,6729 0,3576 0,4040Significância 0,0001 0,0001 0,0001 0,0047 0,0001 0,0001 0,0323 0,0001

Variáveis x FR1 x FR2 x FR3 x TR x TR2 x TR3 x FCM x FCRCorrelação 0,4435 0,6009 0,6817 0,3440 0,6540 0,6861 -0,0245 0,0114

Significância 0,0067 0,0001 0,0001 0,0001 0,0001 0,0001 0,8870 0,9472

Índice de temperatura de globo e umidade

Variáveis x Lactatox

Lactato1x

Lactato2x

Lactato3x Glicose

xGlicose1 

x FR

Correlação 0,4245 0,4937 0,5062 0,3670 0,2031 0,5349 0,2514Significância 0,0001 0,002 0,0016 0,0277 0,0164 0,0008 0,0037

Variáveis x FR2 x TR x TR2 x TR3 x FCM x FCR x FCR1Correlação 0,4912 0,2494 0,5556 0,3554 0,0308 0,0303 0,3862

Significância 0,0024 0,0040 0,0004 0,0334 0,8587 0,8609 0,0200*FCM = FC média da marcha; FCR = FC média da recuperação; FCR1= FC em 1 min. de recuperação; FCR5= FCem 5 min. de recuperação.

4.2. PARÂMETROS BIOQUÍMICOS

4.2.1. Glicose

 Nas três provas de marcha em geral(Figuras 1, 2, 3, 4, 5 e 6) não houveinteração (P>0,05) entre cromo, horário defornecimento de concentrado e momentosde avaliação das diferentes variáveis

 bioquímicas analisadas. Contudo, quanto àglicose sanguínea, na segunda prova demarcha (Tab. 6) houve interação entrecromo e momento de avaliação (P<0,01).

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A glicose sanguínea (Tabelas 5 e 7)apresentou, de acordo com Santos (2008),correlação fraca e positiva com TA (r =0,3076), TGN (r = 0,2352), TBS (r =0,4146), TBU (r = 0,4119), ITU(r=0,4335), ITGU (r= 0,2031), lactatosanguíneo (r = 0,4131) e FR (r = 0,2943) ecorrelação fraca e negativa com UR (r= -0,3728).

A glicose AP (glicose1) exibiu correlaçãomoderada e positiva com TA (r = 0,5809),TGN (r = 0,5385), TBS (r = 0,6122), TBU(r = 0,5170), ITU (r = 0,6729), ITGU (r =

0,5349) e lactato1 (r = 0,5440), correlaçãomoderada e negativa com UR (r = - 0,5877)e não apresentou correlação (P>0,05) cominsulina1.

A glicose DP (glicose2) mostrou correlaçãofraca e positiva com TBU (r = 0,3880),sendo que não houve correlação cominsulina2 (P>0,05).

A glicose 25 min. após a prova (glicose3)apresentou correlação fraca e positiva com

TBS (r = 0,3864), TBU (r = 0,3601),lactato3 (r = 0,4186), FR3 (r = 0,4783), TR3

(r = 0,4342) e também com a insulina3 (r =0,4422).

 Na primeira prova de marcha (Tab. 6), oexercício aumentou a glicemia dos animais,que exibiram concentrações de glicosesanguínea DP e 25 min. depois da provasemelhantes, sendo superiores a AP(P<0,05). Isto se deve ao estímulo daglicogenólise e gliconeogênese hepáticasque ocorre normalmente no exercício (Roseet al., 1977) devido à ativação do sistemanervoso simpático (SNS) e do eixohipotalâmico-hipofisário-adrenal (HHA)

com liberação de cortisol (Tab. 10),hormônio adrenocorticotrófico (ACTH),catecolaminas e glucagon (Hyyppä, 2005).Isto pode explicar porque a glicosesanguínea só apresentou correlação positivacom a insulina (Tab. 7) 25 min após o fimda prova, quando os animais já seencontravam em repouso, pois antes da

 prova (AP), pela antecipação do exercício, eimediatamente depois da prova (DP) ocorreativação do SNS e a insulina deixa de ter controle direto sobre a glicemia (Hyyppä,

2005). 

Glicose (mg/dL)

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Tempo (min)

Cr 4:00

Cr 2:00

Cr 0:30

Cont 4:00

Cont 2:00

Cont 0:30

 Figura 1  – Médias ± desvio padrão da glicemia de 12 éguas MM alimentas com concentrado quatro(4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05).CV = 23,90 %. 0 min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a prova. Cont= controle.

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Tabela 6 - Glicemia (mg/dL) de equinos MM, suplementados ou não com cromo, avaliados antes da prova (AP), depois da prova (DP) e 25 min após a prova (25 min) nas três provas de marcha e horário defornecimento do concentrado antes da terceira prova de marcha.

Momento  Primeira Prova AP 113,25BDP 136,75A

25 min 144,92ACV (%) (Valor de P) 41,51 (<0,05)

Segunda Prova 

Momento Cromo ControleAP 132,12Aa 120,14AbDP 142,50Aa 98,50Bb

25 min 125,50Aa 134,33AaCV (%)(Valor de P) 29,68 (<0,01)

Terceira Prova

Ração (h:min) AP DP 25 min

4:00 131,09Aa 130,50Ba 126,00Aa2:00 141,63Aa 119,50Bb 142,25Aa0:30 115,54Ab 153,50Aa 136,75Aa

CV (%)(Valor de P) 17,80 (<0,01)Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste de Newman Keuls.

Tabela 7 - Correlação entre as variáveis bioquímicas e clínicas de equinos MM, suplementados ou nãocom cromo, ao longo das três provas de marcha e antes (1), depois (2) e 25 minutos após (3) a prova.

VariáveisLactato xGlicose

Lactato1 xGlicose 1

Lactato3 xGlicose3

Lactato xFR

Lactato2 xFR2

Lactato3 xFR3

Correlação 0,4131 0,5440 0,4186 0,3805 0,3501 0,4158

Significância 0,0001 0,0006 0,0111 0,0001 0,0364 0,0050Variáveis

Lactato xTR

Lactato2 xTR2

Lactato3 xTR3

Lactato xCortisol

Glicose xFR

Glicose3 xFR3

Correlação 0,3357 0,4433 0,3896 0,1829 0,2943 0,4783Significância 0,0001 0,0068 0,0188 0,0277 0,0008 0,0032

VariáveisGlicose3 x

TR3Glicose1 xInsulina1

Glicose2 xInsulina2

Glicose3 xInsulina3

FR xGlicerol

FR xCortisol

Correlação 0,4342 0,1500 - 0,07 0,4422 0,2593 0,3239Significância 0,0082 0,3875 0,6974 0,0069 0,0029 0,0002

VariáveisTR x

CortisolGlicerol xCortisol

Insulina xCortisol

Insulina1 xCortisol1

Insulina2 xCortisol2

Insulina3 xCortisol3

Correlação 0,4038 0,1680 - 0,2388 - 0,1100 - 0,4206 - 0,0600Significância 0,0001 0,0396 0,0057 0,5079 0,0106 0,7261

Variáveis FR x TR FR1 x TR1 FR2 x TR2 FR3 x TR3 FR2 X FC2

Correlação 0,8011 0,2000 0,6281 0,7464 0,3902Significância 0,0001 0,8415 0,0001 0,0001 0,0093

Ainda na tabela 6 observa-se que nasegunda prova, o cromo promoveu maior glicemia AP e DP (P<0,01). Também, ocromo manteve quase que constante aglicemia nestes momentos, sendo que ogrupo controle apresentou queda daconcentração de glicose sanguínea DP

retornando a um valor próximo a antes doexercício, aos 25 min. de recuperação.

Diversos trabalhos afirmaram que o cromotrivalente (Cr) aumenta a tolerância àglicose e minimiza o estresse,incrementando o sistema imune ediminuindo os níveis de cortisol sanguíneo.Isso porque o Cr, ao fazer parte da

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cromodulina, retarda e reduz o pico deinsulina, aumentando sua biopotência(Jackson, 1997; Ott e Kivipelto, 1999;Pechova e Pavlata, 2007). O Cr potencializaa insulina e sensibiliza os tecidos onde elaage, otimizando sua ação. Desta formahaverá redução da relação insulina : glicose(Lindemann et al., 1995; Jackson, 1997).Assim, foi previsto que neste trabalho ointervalo entre o fornecimento deconcentrado e a prova de marcha pudesseser reduzido em equinos suplementadoscom Cr, pois esse mineral aceleraria a

 passagem de glicose sanguínea para os

tecidos reduzindo a concentração deinsulina na corrente circulatória. Tambémfoi esperado que pudesse haver maior lipólise nestes animais, evidenciadas por maiores concentrações de glicerol etriacilglicerol plasmáticos. No entanto, asuplementação com Cr não interagiu com ohorário de oferecimento de concentrado(Figuras 1 a 6) e não preveniu os efeitosadversos desse manejo nutricional (P>0,05).

Surpreendentemente, na segunda prova de

marcha, o Cr aumentou a glicemiaimediatamente antes e após o exercício(Tab. 6, P<0,01), contrariando asinformações de Pagan et al. (1995), Ott eKivipelto (1999) e Vervuert et al. (2005), e

 preveniu fadiga precoce. Dessa forma, nasegunda prova deste experimento, asuplementação da dieta com Cr obteveefeito ergogênico nutricional. Isto se deve

 provavelmente a um efeito poupador daglicose sanguínea, direcionando a via deobtenção de energia em direção à oxidação

lipídica, já que existem evidências do Cr apresentar efeito lipolítico (Kreider, 1999).Outro mecanismo possível seria estimular aglicogenólise hepática, o que é bem menos

 plausível, pois o Cr está diretamenteassociado aos efeitos anabólicos da insulina(Vincent, 2000) e não aumentou alactatemia. Ainda, este resultado nãointerferiu indiretamente na insulina, porquea glicose só foi relacionada positivamente

com este hormônio no fim do período derecuperação.

Ainda na segunda prova de marcha, o grupocontrole apresentou declínio da glicemia nofim do exercício provavelmente devido aomaior consumo de glicose sanguínea pelosmúsculos estriado esquelético e estriadocardíaco em trabalho sob ação do efeitoantilipolítico da insulina (Tab. 9), assimcomo nos trabalhos de Lawrence et al.(1993, 1995) e de Stull e Rodiek (1995).

 Nos 25 min após a prova, a glicemia voltoua aumentar presumivelmente devido à

gliconeogênese hepática e menor concentração de insulina sanguínea narecuperação pós-esforço (Tab. 6).

Somente os valores de glicose analisadosisoladamente não esclareceram muito sobreo metabolismo de carboidratos durante a

 prova de marcha, pois a glicose tanto podeestar sendo liberada para a correntecirculatória quanto captada da circulação(Anderson, 1975; Kaneko et al., 2008).Seria necessária a utilização de marcadores

radioisótopos para definir o efeitohiperglicemiante do Cr sobre a cinética daglicose no metabolismo energético. Paraentender esse efeito do Cr seus mecanismosde ação moleculares precisam ser melhor elucidados.

Existem diversas possíveis razões para asuplementação com 10 mg de Cr quelatonão ter apresentado efeito direto nas demaisvariáveis bioquímicas, em todas as três

 provas, como a insulina (P>0,05). Uma

delas seria que o Cr não é uma droga e simum nutriente (Anderson, 1997; Mertz, 1998;Pagan et al., 2000; Guerrero-Romero eRodríguez-Morán, 2005) além de ser amplamente distribuído na natureza, emboracom baixíssima disponibilidade na formainorgânica (Pechova e Pavlata, 2007). Dessaforma, caso seus estoques nos tecidos doanimal estiverem adequadamente repletos,sua suplementação não fará diferença. Noentanto, até o momento, não existe uma

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técnica confiável capaz de dosar os estoquesendógenos desse mineral (Vincent, 2000)

 para comprovar esta hipótese.

Quanto à glicemia, na terceira prova (Tab.6), houve interação entre horário defornecimento do concentrado e momento deavaliação (P<0,01). O grupo que recebeuconcentrado 4 h antes da prova apresentouglicemia praticamente constante ao decorrer dos três momentos de análise. O grupo 2 hterminou a prova com menor glicemia,retornando a um valor próximo a antes doexercício aos 25 min. de recuperação. Já o

grupo meia hora, começou o exercício comglicemia reduzida em relação aos doismomentos posteriores à prova. Finalmente,DP, o grupo meia hora tinha maior glicemiaque aqueles dos outros horários dealimentação.

É possível que o consumo de concentradoAP tenha alterado as taxas de utilização deglicose sanguínea e de oxidação decarboidratos, semelhante ao ocorrido notrabalho de Geor  et al. (2000). Na terceira

 prova de marcha, o grupo que recebeuconcentrado 2 h antes (Tab. 6) apresentoumenor glicemia no fim do exercício o que

 pode ter ocorrido porque houve umasobreposição do estado absortivo final, emque geralmente, quanto maior ahiperglicemia, maior será a subsequentehipoglicemia (Hoffman, 2003), com orecrutamento de fibras muscularesesqueléticas (Rose e Richter, 2005) na

 prova de marcha. E também porque noexercício a captação de glicose no músculo

estriado esquelético independe da ação dainsulina, tendo este hormônio efeito aditivosobre o processo de contração muscular natranslocação dos transportadores de glicoseinsulino-dependente (GLUT-4) (Hyyppä,2005; Hargreaves, 2006).

 No grupo 30 min a glicemia aumentou aolongo do tempo, sendo menor no início da

 prova porque não houve neste momentotempo suficiente para haver suficiente

digestão do concentrado, pois de acordocom Jones (2007), nos equinos o alimento

 permanece aproximadamente 15 minutos noestômago. O fornecimento de concentrado 4h antes da prova manteve a glicemia

 praticamente inalterada ao longo do tempo,o que pode refletir uma melhor regulaçãohomeostática da glicose sanguínea nessemanejo nutricional.

A glicemia (Fig. 1 e Tab. 6) se mantevedentro ou próximo ao intervalo dos valoresde referência de 70 - 140 mg/dL (Rose eHodgson, 1994) nos diversos grupos

experimentais, mesmo naqueles quereceberam concentrado dentro de duas hantes do exercício. Uma explicação

 plausível é a de Rose e Richter (2005), jáque estes autores afirmaram que o exercícioregular poderia melhorar o controleglicêmico e dessa forma, impedir uma

 possível hipoglicemia causada pelofornecimento do concentrado. Também,deve ter ocorrido um rígido controle dosistema neuroendócrino que mantém aconcentração sanguínea de glicose dentro de

uma faixa fisiológica estreita. Além domais, o pico glicêmico que se segue àingestão de concentrado provavelmenteocorreu como em Roberts e Hill (1973),Jacobs et al. (1982), Jeffcott et al. (1986) ePagan et al. (1995), ou seja, após 60 min. deconsumo, e dessa forma não teria sidodetectado pelos momentos de coletasanguínea nos diferentes grupos.

 No trabalho de Geor  et al. (2000), umamaior glicose sanguínea no início do

exercício moderado aumentou o uso daglicose plasmática e a oxidação decarboidratos e não alterou o uso doglicogênio muscular. No entanto, nestetrabalho, se houve uma hipoglicemiatransitória durante a prova de marcha e apóso fornecimento de ração, ela não foidetectada porque as amostras sanguíneasforam coletadas pontualmente AP, DP e 25minutos após. Esta é caracteristicamenteuma das limitações das provas realizadas a

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campo.

4.4.2. Lactato

A lactatemia (Tab. 8) foi afetada peloexercício, sendo maior depois da prova(DP) e 25 min após a prova (P<0,01), masnão foi alterada pelo Cr ou pelofornecimento de concentrado (P>0,05) (Fig.2). Nenhuma das concentrações de lactatoultrapassou o limiar de lactato de 4,0mmol/L, mesmo após a prova, que seria

sugestivo de maior oxidação doscarboidratos endógenos (Castejón et al.,2007). A prova de marcha é um exercício de

intensidade submáxima (Prates et al. 2009)e a acidose láctica não ocorre na fadiga emintensidades submáximas (Valberg, 1996), oque pode justificar que na prova de marchanão tenha havido aumento da lactatemiaalém dos limites fisiológicos.

O lactato sanguíneo (Tabelas 5 e 7)apresentou, de acordo com Santos (2008),correlação fraca e positiva com TA (r =0,4120), TGN (r = 0,4639), TBU (r =0,2581), ITGU (r = 0,5319), FR (r =0,3805), TR (r = 0,3357), glicose (r =0,4131) e cortisol sanguíneos (r = 0,1829),

correlação moderada e positiva com TBS (r = 0,5210) e ITU (r = 0,5310) e correlaçãomoderada e negativa com UR (r = -0,5071).

Lactato (mmol/L)

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

3.00

3.50

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Tempo (min)

Cr 4:00

Cr 2:00

Cr 0:30

Cont 4:00

Cont 2:00

Cont 0:30

 Figura 2 - Médias ± desvio padrão da lactatemia de 12 éguas MM alimentas com concentrado quatro(4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05).CV = 25,30 %. 0 min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a prova. Cont

= controle.

Tabela 8 - Concentração sanguínea de lactato de equinos MM antes da prova (AP), depois da prova (DP)e 25 min após a prova (25 min).

Momento Lactato (mmol/L)AP 1,84BDP 2,09A

25 min 2,29ACV (%) (Valor de P) 24,63 (<0,01)

Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Newman Keuls.

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O lactato AP (lactato1) exibiu correlaçãofraca e positiva com TA e ITGU, correlaçãomoderada e positiva com TGN, TBS, ITU eglicose1 e correlação moderada e negativacom UR.

O lactato DP (lactato2) mostrou correlaçãofraca e positiva com TA, FR2, TR2,correlação moderada e positiva com TGN,TBS, ITU e ITGU e correlação moderada enegativa com UR.

O lactato 25 min. após a prova (lactato3)apresentou correlação fraca e positiva com

TA, TGN, TBS, ITU, ITGU, FR3, TR3 eglicose3 e correlação fraca e negativa comUR.

Conforme Evans (2000) e Lindinger (2004),as alterações que ocorrem no equilíbrioácido-básico no exercício dependem dacomposição das fibras musculares dosmúsculos em exercício, o que é refletido

 pelas diferenças entre raças e a modalidadeatlética desempenhada. Dessa forma, adiscussão sobre a produção de lactato em

equinos da raça Mangalarga Marchador setorna limitada, pois se desconhece, até omomento, a composição dos tipos de fibrasmusculares dessa raça, principalmentequando submetida ao treinamento para a

 prova de marcha.

Os efeitos da ingestão de carboidratos, previamente ao exercício, não foramcompletamente elucidados. É possível que aingestão de carboidratos solúveis antes doexercício seja benéfica em exercícios

moderados a intensos. No entanto, emexercícios de intensidade baixa e longaduração (> 3 h), como o enduro, a ingestãode carboidratos na forma de concentradocom possível consequente supressão daoxidação lipídica pode ser prejudicial aodesempenho (Geor, 2006). Dessa forma, por ser a prova de marcha de intensidadesubmáxima (Prates et al., 2009) e duraçãointermediária entre exercícios de explosão(corrida a galope), e o enduro, com cerca de

50 min., sua duração não foi suficiente paraque a redução da glicemia e aumentoexpressivo da lactatemia ocorressem.

As TA e UR se apresentaram elevadas (Tab.4), assim como os demais parâmetrosambientais no momento das provas demarcha. Segundo Pösö et al. (2004), omaior calor ambiente e umidade relativa doar estimulam a via glicolítica e aumentam a

 produção de lactato, provavelmente devidoà redução do consumo de O2 e à alteraçãodo recrutamento das fibras muscularesesqueléticas. Desta forma, foram previstas

concentrações sanguíneas de lactatoaumentadas, principalmente nos grupos quereceberam dieta concentrada 2 h e 30 min.antes da prova, fato que não aconteceu.Pode ser também que este resultado ocorreu

 pelo condicionamento cardiorrespiratórioadquirido no período pré-experimental, oque colaborou para que os animais fossemmais eficientes na utilização da viaglicolítica aeróbica de produção de energia.

 Normalmente, devido à maior exigência

sobre os mecanismos termorregulatórios noexercício, ocorre menor afluxo de sangue para o tecido adiposo e dessa forma podeocorrer menor disponibilidade de ácidosgraxos para o músculo em trabalho e maior dependência da via glicolítica para

 produção de energia (McCutcheon e Geor,2004). Mesmo assim, o lactato permaneceuabaixo do limiar anaeróbio (Fig. 2 e Tab. 8)o que mais uma vez sugere que os animaisestavam condicionados para a prova demarcha e adaptados às condições ambientais

do experimento.

Embora o lactato sanguíneo DP e 25 min.após a prova não tenha alcançado o limiar de lactato, houve um aumento de suaconcentração porque no exercício com umamaior produção de piruvato na glicólise,devido ao efeito da ação das massas, ocorreuma maior produção de lactato (Gollnick eSaltin, 1982; Hargreaves, 2006). Além dosmais, dentro de um mesmo músculo existem

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fibras musculares que independentementeda disponibilidade de O2, não podem formar energia pela via oxidativa devido à ausênciade mitocôndrias e de mioglobina, ambasvitais para o funcionamento do metabolismoaeróbico (Boffi, 2008).

A concentração de lactato sanguíneo aolongo dos três momentos de avaliação semanteve próxima a 2 mmol/L, cujo valor representa o limite superior do metabolismoexclusivamente aeróbico, chamado delimiar aeróbico (Muñoz et al., 1999).Conforme Castejón et al. (2007), nessa

concentração sua produção e eliminação seequilibram e, portanto não há acúmulo delactato no músculo, o que indica que a

 prova de marcha é um exercícioeminentemente aeróbio.

4.2.3. Insulina e Relação Insulina : Glicose

A concentração de insulina sanguínea dosanimais não apresentou correlação comnenhum parâmetro ambiental avaliado (Tab.5) e apresentou, de acordo com Santos(2008), correlação fraca e negativa comcortisol sanguíneo (r = -0,2388) (Tab. 7). Ainsulina AP (insulina1) não exibiucorrelação com glicose1 e cortisol1(P>0,05). Já DP (insulina2), mostroucorrelação fraca e negativa com cortisol2 (r 

= -0,4206) e não houve correlação comglicose2 (P>0,05). A concentração deinsulina dos animais 25 min. após a prova(insulina3) apresentou correlação fraca e

 positiva com glicose3 (r = 0,4422) e nãomostrou correlação positiva com cortisol3(P>0,05).

Insulina (µUI/mL)

0

10

20

30

40

50

60

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Tempo (min)

Cr 4:00

Cr 2:00

Cr 0:30

Cont 4:00

Cont 2:00

Cont 0:30

 Figura 3 - Médias ± desvio padrão da insulinemia de 12 éguas MM alimentas com concentrado quatro(4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05).CV = 64,81 %. 0 min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a prova. Cont= controle.

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Tabela 9 - Horário de fornecimento do concentrado antes da prova de marcha, insulinemia e relaçãoinsulina : glicose de equinos MM antes da prova (AP), depois da prova (DP) e 25 min após a prova (25min).

Insulina (µUI/mL)Ração (h:min)Momento da Avaliação

4:00 2:00 0:30AP 21,17Ac 30,97Aa 26,04AbDP 12,31Bc 26,02Ba 22,22Bb

25 min 5,92Bc 23,93Ca 16,26CbCV (%) (Valor de P) 64,79 (<0,05)

Insulina : glicose (µUI/mL/mg/dL)

Ra ão (h:min)Momento4:00 2:00 0:30

AP 0,16Ab 0,27Aa 0,10AbDP 0,07Bb 0,17Ba 0,19Aa

25 min 0,04Bb 0,11Ba 0,17Aa

CV (%) (Valor de P) 35,37 (<0,001)Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste de Newman Keuls.

O fornecimento de concentrado quatro hantes da prova de marcha levou à menor insulinemia (P<0,05) e à menor relaçãoinsulina : glicose (I:G) (P<0,001) em todosos momentos avaliados (Tab. 9). Esteresultado está de acordo com Ralston (1997)que afirmou que o concentrado deve ser 

oferecido no mínimo quatro h antes das provas de longa duração a fim de evitar umahiperinsulinemia por um tempo prolongadodurante a prova, o que impediria a lipólise eaceleraria a fadiga dos animais. Também, ofornecimento de concentrado menos de duashoras antes do teste foi responsável peloaumento da I:G logo após e 25 min após oteste (P<0,001). A I:G do grupo que sealimentou 30 min antes do exercício

 permaneceu inalterada durante os trêsmomentos de análise.

Ao contrário do esperado, pode-se observar que a insulinemia foi maior quando oconcentrado foi oferecido duas h ao invésde 30 min (P<0,05) antes do exercício nosdiferentes momentos avaliados.Provavelmente, quando os animaisreceberam concentrado 30 min antes da

 prova não houve tempo suficiente para queocorresse adequada digestão do alimentoingerido e consequente aumento expressivo

da concentração de insulina, pois de acordocom Jones (2007), a ingesta permanece noestômago por um período médio de 15minutos e a passagem da ingesta nointestino delgado ocorre durante cerca de 30a 90 min após a ingestão do alimento. Esteresultado pode ter ocorrido também, pelofato de haver caracteristicamente durante oexercício redução do fluxo sanguíneo ao

leito vascular esplâncnico (Manohar, 1986),o que pode comprometer a digestão dosalimentos.

Também, para o oferecimento de alimentoconcentrado quatro h antes do exercício, aconcentração de insulina foi maior AP,contudo, DP e 30 min após a prova asconcentrações foram semelhantes (P<0,05).Para o fornecimento de concentrado duas he 30 min antes da prova, a insulinemia foimaior AP, seguido de DP, reduzindo ainda

mais 25 min após a prova (P<0,05) (Tab. 9).A redução da concentração da insulinaocorre no exercício próximo a um limiar de50% do VO2máx (McKeever, 2002)

 principalmente devido à liberação decatecolaminas, mas também devido aoglucagon, ao cortisol e à somatostatina(Hyppä, 2005). Dessa forma, já era esperadaessa redução ocorrer DP e 25 min. após a

 prova de marcha.

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4.2.4. Cortisol Não houve efeito do Cr e do horário defornecimento de concentrado (Fig. 4) sobreo cortisol sanguíneo em todos os momentosavaliados (P>0,05).

Cortisol (ng/mL)

0

50

100

150

200

250

300

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Tempo (min)

Cr 4:00

Cr 2:00

Cr 0:30

Cont 4:00

Cont 2:00

Cont 0:30

 Figura 4 - Médias ± desvio padrão da cortisolemia de 12 éguas MM alimentas com concentrado quatro(4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05).CV = 43,70 %. 0 min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a prova. Cont= controle.

O cortisol sanguíneo (Tabelas 5 e 7)apresentou, de acordo com Santos (2008),correlação fraca e positiva com TA (r =0,1783), TBU (r = 0,2110), lactatosanguíneo (r = 0,1829), FR (r = 0,3805), TR (r = 0,4038) e glicerol (r = 0,1680) ecorrelação fraca e negativa com insulina (r 

= - 0,2388). Cortisol AP (cortisol1) nãoapresentou correlação (P>0,05) cominsulina1. Cortisol DP (cortisol2) mostroucorrelação fraca e positiva com TA (r =0,3673) e TBU (r = 0,3771) e correlaçãofraca e negativa com insulina2 (r = -0,4206). Cortisol 25 min. após a prova(cortisol3) não apresentou correlação cominsulina3 (P>0,05).

Tabela 10 - Concentração sanguínea de cortisol de equinos MM antes da prova (AP), depois da prova(DP) e 25 min após a prova (25 min).

Momento da Avaliação Cortisol (ng/mL)AP 104,78CDP 217,52A

25 min 169,07BCV (%) (Valor de P) 34,67 (<0,01)

Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Newman Keuls.

A concentração de cortisol (Tab. 10)foi aumentada pela prova de marcha, sendomaior DP seguido de 25 min. após a prova(P<0,01). Cortisol é considerado um

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hormônio do estresse e um fator deimunossupressão. Este hormônio possuiação antagônica sobre a insulina (Hyyppä,2005), e uma resposta característica foinotada neste experimento (mostrada pelacorreção negativa entre insulina e cortisolno fim do exercício). Seu aumento foi paraevitar os efeitos deletérios de uma possívelhipoglicemia que possa ocorrer em umexercício de duração prolongada.

O aumento da concentração do cortisolsanguíneo se deu pelo exercício e não peloconsumo do concentrado, embora seja

conhecido que a ingestão de alimento possaaumentar essa concentração (Hoffman,2003). De maneira semelhante, emhumanos, quando o exercício e a ingestãode alimento foram utilizados para estimular a liberação do cortisol, o aumento

 provocado por estes dois fatores não foramaditivos e nenhum aumento marcanteocorreu quando o exercício ocorreu no

 período pós-prandial (Brandenberger et al.,1982).

Também, devido à TBU elevada, ao estresseda manipulação dos animais e à antecipaçãoao exercício, os valores de cortisol AP já seapresentavam acima dos valores dereferência de 20 a 90 ng/mL citados por BET Laboratories (2007).

Os valores de cortisol encontrados DP de217,52±75,41 ng/mL (Tab. 10) são

 praticamente o dobro de AP (104,78±36,33ng/mL) e corroboram com a afirmação deSnow e Rose (1981) e Church et al. (1987),

em que nos equinos o exercício resulta emum aumento de cortisol de duas a três vezeso valor de repouso.

Segundo Church et al. (1987), o cortisolsanguíneo leva cerca de 4 h para voltar aos

valores de repouso após um exercício, oque, associado ao estresse da manipulaçãodos animais, justifica valores ainda elevados25 min. após a prova. Também, de acordocom Kingston (2004), o pico do cortisolocorre cerca de 20 a 30 min. após oexercício, fato que não aconteceu,

 provavelmente devido às particularidades da prova de marcha na raça MM, pois Rezende(2006) afirmou que esta modalidade atléticaé sem igual, e que os animais sofrem grandegasto energético, pois realizam a prova emcírculo e sem descanso.

4.2.5. Glicerol e Triacilglicerol Plasmáticos

 Nas figuras 5 e 6 pode-se verificar que nastrês provas de marcha em geral, o Cr ouhorário de fornecimento de concentrado nãoalteraram as concentrações de triacilglicerol(TG) ou de glicerol plasmáticos (P>0,05).

 No entanto, DP a concentração de glicerol

(Tab. 11) foi maior que nos outros doismomentos avaliados (P<0,01).

 Na primeira prova de marcha (Tab. 12), ofornecimento de concentrado 30 min. antesda prova apresentou a menor concentraçãode TG (P<0,001). Já na segunda prova foi ofornecimento de ração duas h antes doexercício que exibiu menor valor de TG(P<0,05). Ainda na primeira prova, TG foimaior DP do que AP e 25 min. após a prova(P<0,05).

Observa-se ainda na tabela 7 que o glicerol plasmático apresentou, de acordo comSantos (2008), correlação fraca e positivacom cortisol sanguíneo (r = 0,1680) e FR (r = 0,2593). TG não apresentou correlação(P>0,05) com nenhuma variável avaliada.

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Triacilglicerol (mg/dL)

0.00

10.00

20.00

30.00

40.00

50.00

60.00

70.00

80.00

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Tempo (min)

Cr 4:00

Cr 2:00

Cr 0:30

Cont 4:00

Cont 2:00

Cont 0:30

 Figura 5 – Médias ± desvio padrão do triacilglicerol plasmático de 12 éguas MM alimentas comconcentrado quatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova marcha e suplementadas ounão com Cr (P>0,05). CV = 42,84 %. 0 min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25min após a prova. Cont = controle.

Glicerol (mg/dL)

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Tempo (min)

Cr 4:00

Cr 2:00

Cr 0:30

Cont 4:00

Cont 2:00

Cont 0:30

 Figura 6 – Médias ± desvio padrão do glicerol plasmático de 12 éguas MM alimentas com concentradoquatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05). CV = 55,56 %. 0 min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a prova. Cont = controle.

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Ta bela 11 - Concentração plasmática de glicerol de equinos MM antes da prova (AP), depois da prova(DP) e 25 min após a prova (25 min).

Momento Glicerol (mg/dL) 

AP 13,99BDP 17,82A

25 min 14,43BCV (%) (Valor de P) 55,56 (<0,01)

Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Newman Keuls. 

 Nos equinos TG e glicerol plasmáticos sãoindicadores de lipólise (Snow e Mackenzie,1977a; Pösö et al., 1989). Os TGapresentaram-se dentro dos valores de

referência de 6-54 mg/dL (Kaneko et al.,2008) e os valores de glicerol apresentaram-se acima dos valores de referência de até9,21 mg/dL (Vetlab, 2008) em todos osmomentos avaliados.

O glicerol plasmático aumentou noexercício (Tab. 11), provavelmente com osácidos graxos livres, em função de umamaior lipólise, em resposta a uma maior demanda energética da prova de marcha.

Os resultados de TG da primeira e segunda provas de marcha (Tab. 12) corroboram asafirmações de Ralston (1997) de que aresposta insulínica ao pico glicêmico após o

fornecimento de concentrado com menos dequatro h antes do exercício reduziria aeficiência de mobilização lipídica

Como o fornecimento de concentrado 30min ou duas h antes da prova de marchaaumentou a insulinemia e a I:G (Tab. 9) e

teve uma influência negativa sobre alipólise, é recomendável não fornecer concentrado dentro de duas h antes da provade marcha. Isto porque a insulina é o

 principal antagonista da lipólise (Hyyppä,2005) o que se torna mais preocupantequanto maior for a duração da prova (Evans,2000). A prova de marcha é consideradauma prova de duração prolongada(Rezende, 2007) e em condiçõesextraordinárias pode alcançar duas h deduração. Dessa forma, as maiores

concentrações sanguíneas de insulinadurante as provas de marcha podem

 predispor os animais à fadiga precoce.

Tabela 12 - Horário de fornecimento da ração concentrada antes das primeira e segunda provas demarcha e triacilglicerol plasmático de equinos MM, suplementados ou não com cromo, antes da prova(AP), depois da prova (DP) e 25 min após a prova (25min) de marcha.

Triacilglicerol (mg/dL) em cada dia de teste 

 Primeira Prova

Momento Triacilglicerol(mg/dL)

Ração (h:min) Triacilglicerol(mg/dL)

AP 30,13B 4:00 41,33ADP 37,76A 2:00 40,56A

25 min 31,49B 0:30 17,48BCV (%) (Valor de P) 67,30 (<0,05) CV (%) (Valor de P)  32,71 (<0,001)

Segunda Prova Ração (h:min) Triacilglicerol (mg/dL)

4:00 40,87A2:00 24,02B0:30 39,24A

CV (%) (Valor de P) 49,83 (<0,05)Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Newman Keuls. 

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Possivelmente, os valores de glicerol AP(Tab. 11) já se encontravam acima dosvalores de referência de até 9,21 mg/dLdevido ao estresse da manipulação dosanimais e à antecipação ao exercício, queliberou cortisol e catecolaminas e estimuloua lipólise. Pode ser também, que a raçaMangalarga Marchador tenha aconcentração deste metabólito energéticomaior do que a literatura cita comoreferência.

As concentrações de TG dos animaissuplementados com Cr DP e 25 min. após a

 prova de marcha não estão de acordo comos achados de Pagan et al. (1995), queobservaram maiores concentrações de TGno período de recuperação de equinos PSIsuplementados com esse micromineral eexercitados três h após consumirem 1,81 kgde alimento concentrado.

4.3. PARÂMETROS CLÍNICOS

 Na tabela 13 e figuras 9 e 10 observa-se quenão houve interação entre Cr, horário defornecimento de ração e momentos deavaliação da FC, FR e TR (P>0,05).Também, não houve efeito dos dias de

 prova de marcha nessas variáveis (P>0,05).

4.3.1. Freqüência Cardíaca

A freqüência cardíaca (FC) não foiafetada pela suplementação com Cr ou pelohorário de fornecimento da ração (P>0,05)(Tabelas 13 e 14). Também, não houveefeito dos dias de prova de marcha na FC(P>0,05). Contudo, houve interação entrecromo e o dia de prova na FC durante a

 prova de marcha e durante a recuperação

(P<0.05; Tab. 15). Cr foi responsável pelamenor FC da marcha no segundo teste e pelamenor FC de recuperação no primeiro teste.Em adição, o fornecimento de concentrado30 min antes do exercício provocou a maior FC de recuperação (P<0,05; Tab. 15), atémesmo em seu último minuto (P<0,05; Tab.14).

As tabelas 5 e 7 mostram que a FCPapresentou, de acordo com Santos (2008),correlação fraca e positiva com TBS (r =0,3691), FC2 mostrou correlação fraca e

 positiva com FR2 (r = 0,3902) e FCR1

exibiu correlação com TGN (r = 0,3768) eITGU (r = 0,3862), FCR5 demonstroucorrelação fraca e positiva com TA (r =0,3638) e TBU (r = 0,4040).

As FCs médias do passo, da marcha e darecuperação foram de 104,94±34,99 bpm,145,33±32,22 bpm e 85,64±21,18 bpm,respectivamente.

As figuras 7 e 8 forneceram elevadasestimativas da freqüência cardíaca ao longo

dos diferentes momentos da prova demarcha e da recuperação nas condiçõesdeste experimento, respectivamente.

A FC pico (FC pico) da marcha estimada (Fig.7) foi de 153,16 bpm aos 17 min. demarcha.

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Tabela 13 - Horário de fornecimento do concentrado antes da prova de marcha e freqüência cardíaca (bpm) em diferentes mMangalarga Marchador suplementados ou não com cromo (P>0,05).

CromoRepouso Aquecimento

Ração(h:min)

Antes 1 min 2 min 3 min 4 min 5 min 1 min 2 min 3 min

4:00 48,00 96,00 103,83 95,83 95,50 105,67 118,50 145,67 140,33

2:00 49,67 84,33 102,33 106,83 108,17 117,67 110,00 124,50 139,00

0:30 55,83 103,5 117,50 114,83 86,66 89,00 101,17 121,67 120,50

Controle

Repouso Aquecimento Ração

(h:min)Antes 1 min 2 min 3 min 4 min 5 min 1 min 2 min 3 min

4:00 49,33 66,83 88,67 90,17 113,33 119,67 106,33 177,83 188,17

2:00 50,33 81,83 92,50 112,67 111,00 110,00 110,83 150,00 166,60

0:30 56,17 91,83 115,50 111,00 102,33 99,50 91,00 120,17 110,67

Cromo

Marcha Rec

Ração

(h:min)15 min 20 min 25 min 30 min 40 min 50 min 0 min 1 min 5 min 10

4:00 157,83 162,67 161,83 163,33 163,33 154,67 171,33 143,83 85,50 8

2:00 145,83 161,50 151,83 155,00 149,67 134,83 138,83 126,33 84,67 7

0:30 150,50 143,33 139,5 151,17 155,00 155,67 122,17 114,83 100,50 9

Controle

Marcha RecRação

(h:min)15 min 20 min 25 min 30 min 40 min 50 min 0 min 1 min 5 min 10

4:00 154,17 168,5 162,83 148,33 141,17 153,33 157,17 149,00 84,00 7

2:00 142,83 128,00 132,00 147,83 146,33 143,70 133,17 117,56 93,00 10

0:30 148,17 161,50 167,00 148,17 160,83 164,17 143,33 146,66 98,17 9

CV (%) 8,90

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Tabela 14 - Freqüência cardíaca (bpm)* de equinos MM, suplementados ou não com cromo e horário defornecimento da ração concentrada antes da prova de marcha.

Dieta FC (bpm)Cromo 118,48

Controle 119,65CV (%) (Valor de P) 9,45 (>0,05)

Fornecimento da ração (h:min) FC (bpm) FCR25 (bpm)**4:00 121,92 62,75B2:00 118,78 63,25B0:30 118,24 82,08A

CV (%) (Valor de P) 8,90 (>0,05) 27,71 (<0,05)*FCR25= FC em 25 min. de recuperação. **Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Newman Keuls.

Tabela 15 - Frequência cardíaca (FC) de éguas Mangalarga Marchador nos diferentes gruposexperimentais, durante as provas de marcha e na recuperação pós-exercício. 

FC (bpm) durante a prova de marchaTeste Cromo Controle

Primeiro 157,00Aa 146,57AaSegundo 138,76Bb 158,53AaTerceiro 145,36ABa 149,68Aa

CV (%) (Valor de P) 29,75 (<0,05)

FC (bpm) de recuperaçãoTeste Cromo Controle Ra ão (h:min) FC (b m)

Primeiro 77,31Bb 97,89Aa 4:00 86.79BSegundo 97,67Aa 90,86Aa 2:00 84.96B

Terceiro 88,67ABa 83,42Aa 0:30 97.49ACV (%) (Valor de P) 38,36 (<0,05) CV (%) (valor de P) 30,26 (<0,05) Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste de Newman Keuls.

Tabela 16 - Freqüência cardíaca (FC) de equinos MM em repouso, no aquecimento (passo), na prova demarcha e na recuperação.

Repouso Aquecimento  Marcha Momento Antes 1 min 2 min 3 min 4 min 5 min 1 min 2 minFC (bpm) 51,56e 87,39c 103,39b 105,22b 102,83b 106,92b 106,31b 139,97a

 Marcha

Momento 3 min 4 min 5 min 10 min 15 min 20 min 25 min 30 minFC (bpm) 144,22a 149,86a 148,67a 152,06a 149,89a 154,25a 152,5a 152,39a

 Marcha Recu era ãoMomento 40 min 50 min 0 min 1 min 5 min 10 min 15 min 20 min 25 minFC (bpm) 152,72a 150,97a 144,31a 133,03a 90,97c 87,36c 78,14d 76,94d 69,36dCV (%) 7,16

Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Newman Keuls (P<0,001).

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FC = 155.75 - (44.01/ t ); R² = 91.85 %

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

0 10 20 30 40 50 Tempo (min)

   F   C   (   b  p

  m   )

FC_est

FC_obs

 Figura 7 - Freqüência cardíaca (bpm) de equinos MM durante a prova de marcha (P<0,0001). FC_obs =FC observada e FC_est = FC estimada. t = momento da prova em minutos.

FC = 137.44 - (6.90t  + 0.18t ²); R² = 87.71 %

0

20

40

60

80

100

120

140

160

0 5 10 15 20 25 30

Tempo (min)

   F   C   (   b  p  m   )

FC_est

FC_obs

 Figura 8 - Freqüência cardíaca (bpm) de equinos MM durante a recuperação (P<0,01). FC_obs = FCobservada e FC_est = FC estimada. t  = momento da prova em minutos.

 

 Na recuperação pós-exercício (Fig. 8) houveum rápido declínio da FC nos primeirosdois min., com 50 % de redução da FC pico da marcha aos 25 min após o exercício. Noentanto, apresentou valores superiores ao derepouso (51,56±10,38 bpm) mesmo nos 25min. de recuperação (77,44 bpm). A FClogo após o fim do exercício foi atenuada

 principalmente pela reativação do sistemanervoso parassimpático (SNP) (Hada et al.,2006).

O retorno mais lento da FC de recuperaçãoaos valores de repouso nos animais queconsumiram concentrado 30 min antes da

 prova de marcha é uma indicação de

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anormalidade clínica, como desidrataçãointensa, e está associado à fadiga (Evans,1994). Por isso, é provável que neste grupotenha havido alterações hemodinâmicasrelacionadas ao deslocamento de fluídos

 para o trato gastrintestinal que associada àexcessiva sudorese (analisadasubjetivamente) durante a prova de marchacontribuiu para elevar a concentração de

 proteína total e o hematócrito, como emKerr e Snow (1982), e aumentado o débitocardíaco, como em McKirnan et al. (1991).

 No repouso, a FC (Tab. 16) já se encontrava

levemente aumentada (51,56±10,39 bpm), oque deve ter ocorrido através de ummecanismo central (efeito psicogênico).Vários fatores podem ter levado a esteaumento da FC, como a antecipação doexercício, a excitação, a punção venosa e oencilhamento do animal. Conforme Hamlinet al. (1972) e McKeever e Gordon (2004),essa FC de repouso e os aumentos iniciaisda FC até 120 bpm (até o primeiro minutode marcha) (Tab. 16 e Fig. 7) se devem àsupressão da atividade do SNP.

Foram observados rápidos aumentos da FCno início do passo e no início da marchaatingindo um platô em dois minutos (Tab.16 e Fig. 7). Estes aumentos estãoassociados com maior atividade do SNS eliberação de catecolaminas (Hamlin et al.,1972). No terceiro minuto de marcha, emque foram ultrapassados 140 bpm, osfatores psicogênicos não possuíram maisinfluência direta sobre a FC (Heipertz-Hengst, 2002).

 No momento em que a FC atingiu um platô,em dois minutos de passo e de marcha (Tab.16 e Fig. 7), foi estabelecido um equilíbrioentre a demanda energética e seusuprimento, realizado pelo metabolismo e

 pela circulação sanguínea (Heipertz-Hengst,2002). Nesse momento, a oferta de oxigênioaos músculos ativos é equivalente à suademanda (“steady state” ou estadoestacionário) e existe estreita relação entre

intensidade do esforço e magnitude da FC(Evans, 1994; Poole e Erickson, 2004).

Os animais sofreram uma grande demandatermorregulatória (Tab. 4) no exercício e aFC nos cinco minutos de recuperação foirelacionada (Tab. 5) à TA (r = 0,3638 e P =0,0292) e à TBU (r = 0,4040 e P = 0,0145).Dessa forma, a FC média da marcha(145,33±32,22 bpm) poderia ter sido menor em temperaturas mais amenas e em menoresUR, ITU e ITGU, já que de acordo comCunningham (2004), maior temperaturacorporal causa vasodilatação periférica, com

redução da pré-carga, demandando umaumento da FC para manter o débitocardíaco (DC).

 Na marcha, apesar do estresse térmico e dasudorese intensa no momento das provas, aFC permaneceu praticamente inalterada(Tab. 16), o que indica que não houve umcardiovascular  drift  (ou desvio cardíaco).Isto sugere que os animais estavamadaptados àquele ambiente eadequadamente condicionados ao exercício

imposto a eles.

Os referenciais de Meirelles (1997) para avelocidade de queda da FC após esforço

 para equinos de enduro foram utilizados para os animais deste trabalho devido a umaescassez de dados para equinos MM em

 prova de marcha e devido às semelhançasentre essas duas modalidades atléticas, poisambos são exercícios submáximos deduração prolongada.

De acordo com Meirelles (1997), houveexcesso de trabalho na prova de marcha,

 pois este autor afirmou que se a FC deequinos de enduro se apresentar acima de72 bpm, 5 min. após o exercício significaque o animal realizou trabalho em excesso.

 No presente trabalho a FC nos 5 min. derecuperação foi de 107,44 bpm (Fig. 8),valores semelhantes aos encontrados emPrates (2007) em condições análogas. Issoocorreu, em parte, devido à forte influência

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das catecolaminas (adrenalina enoradrenalina) sobre o ritmo cardíaco, jáque a recuperação da FC costuma sofrer influências tanto simpáticas quanto

 parassimpáticas (Evans, 1994; Almeida,2007) e porque houve aferição dos

 parâmetros clínicos e coleta sanguínea dosanimais. E também devido ao estressetérmico das éguas, já que o sistemacardiorrespiratório possui papeltermorregulatório e normalmente a FCaumenta em TA e UR elevadas, retornandomais lentamente aos valores de repousoquando as condições ambientais são

desfavoráveis (Evans, 1994; Hodgson et al.,1994).

O lactato (Tab. 8) e as variáveis clínicasapós o exercício se encontraram dentro doslimites fisiológicos e todos os animaisconseguiram completar as provas, o queindicou que os animais estavam bemcondicionados e que os referenciais deMeirelles (1997) para velocidade de quedada FC não são adequados para equinos MMsubmetidos a prova de marcha. Dessa

forma, propõe-se que os valores derecuperação estimados (Fig. 8) sejamreferenciais para equinos MM em prova demarcha submetidos a um exercício emcondições semelhantes a deste trabalho,sendo que os animais devem apresentar-secom FC de até 102 bpm em 5 min derecuperação ou de até 77 bpm em 25minutos após a prova.

Ao se empregar nesse trabalho as fórmulasde Eaton et al. (1995a) e de Coenen (2005)

como estimativa do consumo de oxigênio(VO2) a partir da FC, no passo o VO2 estimado variou de 6,53 a 34,36mL/Kg/min, na marcha de 33,86 a 73,79mL/Kg/min e na recuperação de 65,51 a12,06 mL/Kg/min. Verificou-se portanto,que o VO2 estimado da prova de marchaapresentou valores próximos aos dosequinos de enduro (40 a 80 mL/Kg/min)que percorreram distâncias de 40 a 100 Km

e apresentaram velocidades de 2 a 6 m/s(Eaton, 1994).

A FC pico da prova de marcha foi inferior aFC máxima dos equinos (220-260 bpm;Evans, 1994). A estabilidade dos valores deFC da marcha caracterizaram, quandoassociados aos valores da FC pico, esteexercício como de intensidade submáxima(como no estudo de Prates et al., 2009). Emadição, pode ser deduzido que a prova demarcha é essencialmente aeróbica, já quesua FC permaneceu próxima a 150 bpm, e alactetemia próxima a 2 mmol/L no exercício

(Castejón et al., 2007; Boffi, 2008).A partir da FC média da marcha, foiestimado o VO2 médio dos animais como66,36 mL/kg/min (Eaton et al. 1995a). Estevalor permitiu estimar o gasto energéticomédio durante a prova de marcha, porque

 para cada litro de oxigênio utilizado oequino gasta ~ 4,86 kcal (NRC, 2007).Adicionalmente, da FC pico da marcha econsiderando a FC máxima como 220 bpm(Evans, 1994), o uso de oxigênio alcançou

55,35 % do VO2 máximo (VO2max) (Eaton etal., 1995b). Este valor sugeriu que a provade marcha é um exercício de intensidademoderada (35-55 % VO2max; Hinchcliff  et 

al., 2004).

O elevado VO2 na recuperação (Eaton et al.,1995a; Coenen, 2005), estimado a partir daFC média da recuperação, possui diversasrazões metabólicas possíveis, dentre elas aressíntese de fosfocreatina muscular, ocatabolismo do lactato sanguíneo, a

 persistência de elevada TR e a restauraçãodas reservas hormonais (Rose et al., 1988;Griego-Marsh et al., 2006).

De acordo com as equações de Eaton et al.(1995a) e de Coenen (2005), apesar daselevadas TA e UR nos três dias de prova, oVO2 na prova de marcha (Fig. 8)

 provavelmente não foi reduzido. Normalmente, no calor excessivo existeaumento da ventilação do espaço morto

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fisiológico em detrimento da troca gasosanos alvéolos pulmonares (Art e Lekeux,1988b). No entanto, os valores de VO2 a

 partir da FC são estimativos e podem não seapresentar dentro da realidade.

Durante a prova de marcha, embora avelocidade e, portanto a intensidade doexercício tenha sido praticamente constante,o VO2 provavelmente apresentou aumento

 progressivo porque mesmo nesse tipo deexercício, as demandas metabólicas,energéticas e termorregulatórias sãocrescentes e também porque, de acordo com

Eaton (1994), podem ocorrer variações na pista e na condução do animal realizada pelo cavaleiro.

4.3.2. Freqüência Respiratória eTemperatura Retal

 Não houve efeito da suplementação com

cromo ou do horário de fornecimento deração sobre a freqüência respiratória (FR) ea temperatura retal (TR) (Figuras 9 e 10)dos animais deste experimento (P>0,05).Contudo, os valores AP, DP e 25 min. apósa prova destas variáveis foram diferentes(P<0,0001) (Tab. 17).

A FR (Tabelas 5 e 7) apresentou, de acordocom Santos (2008), correlação fraca e

 positiva com TA (r = 0,2685), TGN (r =

0,2916), TBS (r = 0,4012), TBU (r =0,2373), ITU (r = 0,4040), ITGU (r =0,2514), lactato (r = 0,3805), glicose (r =0,2943), glicerol (r = 0,2593), cortisol (r =0,3239), correlação forte e positiva com TR (r = 0,8011) e correlação fraca e negativacom UR (r = - 0,3516).

A FR25 min. após a prova (FR3) apresentoucorrelação fraca e positiva com TA (r =0,3340), TGN (r = 0,4220), TBU (r =0,3400), lactato3 (r = 0,4158) e glicose 3 (r = 0,4783), correlação moderada e positivacom TGN (r = 0,4220), ITU (r = 0,6817) e

TR3 (r = 0,7464) e correlação moderada enegativa com UR (r = - 0,5950).

A TR (Tabelas 5 e 7) apresentou correlaçãofraca e positiva com TA (r = 0,2453), TGN(r = 0,2881), TBS (r = 0,3486), ITU (r =0,3440), ITGU (r = 0,2494), lactato (r =0,3357) e cortisol (r = 0,4038), correlaçãoforte e positiva com FR (r = 0,8011) ecorrelação fraca e negativa com UR (r = -0,3211).

A TR antes do exercício (TR1) não exibiucorrelação com nenhuma variável analisada.

A TR no fim da prova (TR2) mostroucorrelação fraca e positiva com lactato2 (r =0,4433) e FC2 (r = 0,3902), correlaçãomoderada e positiva com TA (r = 0,5401),TGN (r = 0,6078), TBS (r = 0,6470), ITU (r = 0,6540), ITGU (r = 0,5556) e FR2 (r =0,6281) e correlação moderada e negativacom UR (r = - 0,6245).

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Frequência Respiratória (m.r.p.m.)

0.00

15.00

30.00

45.00

60.00

75.00

90.00

105.00

120.00

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Tempo (min)

Cr 4:00

Cr 2:00

Cr 0:30

Cont 4:00

Cont 2:00

Cont 0:30

 Figura 9 – Médias ± desvio padrão da frequência respiratória de 12 éguas MM alimentas comconcentrado quatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova marcha e suplementadas ounão com Cr (P>0,05). CV = 13,43 %. 0 min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25min após a prova. Cont = controle.

Temperatura Retal (°C)

0.00

10.00

20.00

30.00

40.00

50.00

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Tempo (min)

Cr 4:00

Cr 2:00

Cr 0:30

Cont 4:00

Cont 2:00

Cont 0:30

 Figura 10 – Médias ± desvio padrão para glicose sanguínea de 12 éguas MM alimentas com concentradoquatro (4:00), duas (2:00) ou meia hora (0:30) antes da prova marcha e suplementadas ou não com Cr (P>0,05). CV = 2,50 %. 0 min = antes da prova; 55 min = depois da prova e 80 min = 25 min após a prova. Cont = controle.

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Tabela 17 - Freqüência respiratória e temperatura retal de equinos MM antes da prova (AP), depois da prova (DP) e 25 min após a prova (25min) de marcha.

Momento

Freqüência respiratória

(m.r.p.m.)* Temperatura retal (°C)**AP 26,25C 37,81CDP 67,83A 39,41A

25 min 45,35B 38,39BCV (%) (Valor de P) 10,72 (<0,0001) 1,56 (<0,0001)

*Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Fisher-LSD* ou de Newman Keuls.**

A TR25 min. após a prova (TR3)apresentou correlação fraca e positiva comTA (r = 0,3605), TGN (r = 0,4829), ITGU (r = 0,3554), lactato3 (r = 0,3896) e glicose3 (r 

= 0,4342), correlação moderada e positivacom TBS (r = 0,7360), ITU (r = 0,6861) eFR3 (r = 0,7464) e correlação moderada enegativa com UR (r = - 0,6423).

Foram esperados menores valores de FR eTR devido à suplementação dietética comCr, porque este tratamento poderia provocar maior mobilização lipídica. Com maior lipólise, o grupo que recebeu Cr seria menor 

 produtor de calor metabólico (associado aoexercício) e teria menor demanda

termorregulatória sobre o sistemacardiorrespiratório. Mas neste estudo, 10mg de Cr não reduziram a FR no fim doexercício (diferentemente de Prates, 2007),e nem a TR. Contudo, Cr reduziu a FCdurante a prova de marcha e acelerou avelocidade de declínio da FC derecuperação (Tab. 15), melhorando odesempenho cardíaco (como no estudo dePrates et al., 2009). Além disso, Cr tornou amarcha energeticamente mais eficiente, poisexiste uma forte relação entre a FC e o

consumo de oxigênio em intensidadessubmáximas de exercício (Eaton et al.,1995a). Devido às ações do Cr sobre aglicose (Tab. 6) e a FC (Tab. 15), Cr 

 preveniu fadiga precoce neste estudo.

Equinos alimentados com grãos esubmetidos a um exercício aeróbico

 prolongado (Clarkson, 1997) podem ter maiores deficiência de Cr devido à suamaior excreção na urina do que obtenção na

dieta (Rubin et al., 1998), especialmente emsituações de elevado estresse (Mertz et al.,1965; Jackson, 1997). Então, o efeitofavorável do Cr sobre a prova de marcha

 pode ser parcialmente explicado pelointenso desconforto térmico e elevada

demanda termorregulatória sofrida duranteo exercício.

Em uma competição, equinos MM realizamvários testes de cerca de 50 minutos e lidamcom pequeno período de descanso entreeles, muitas vezes sob calor intenso eelevada UR. À medida que os animais vãovencendo as etapas das competições, eles

 podem vir a competir por dois a três diasseguidos. Então, uma rápida recuperaçãofornece vantagens óbvias no concurso de

marcha. A partir dos resultados destetrabalho, a suplementação com Cr na dietade equinos MM pode ser considerada umagente ergogênico efetivo e lícito. Contudo,Cr não é uma panacéia e nem uma droga,mas sim um nutriente. A complexidade daregulação neuroendócrina durante oexercício (inerente ao tipo de exercício e aostatus alimentar), e as diferentesmetodologias e condições ambientais

 podem explicar resultados tão controversosobservados na literatura.

A FR (Tab. 17) se encontrou alterada emtodos os momentos de aferição (P<0,0001),

 principalmente DP, confirmando anecessidade constante de termólise, já queos valores de FR foram relacionados aos deTR (Tab. 7) nos animais deste experimento.Antes da prova, a FR provavelmente estavaum pouco acima da normalidade devido àliberação de catecolaminas, pelaantecipação ao exercício. Isto pode ser 

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confirmado em grande parte pela TR antesda prova (37,81±0,59°C), que seapresentava normal. Já DP e 25 min. depoisda prova, a FR aumentou principalmentedevido à necessidade de manter atemperatura corporal constante.

Foi observada intensa sudoração nosanimais durante a prova e conformeMcCutcheon e Geor (2004), isto quer dizer que a sudorese estava eliminado apenas 5%a 10% do calor corporal que poderia ser eliminado pela evaporação do suor. Nosequinos a sudorese é principal forma de

dissipar calor corporal e dessa forma anecessidade de aumentar a ventilação doespaço morto respiratório aumentou o que

 pode ser demonstrado pelo aumento da FR logo depois da prova (DP) e 25 min. depoisda prova (Tab. 17).

A prova de marcha é um exercício prolongado e dessa forma, o trabalhomuscular libera grandes quantidades decalor metabólico. Devido a isso e aoselevados parâmetros ambientais e aos

elevados índices de conforto térmico (Tab.4), os equinos deste experimento tiveramdificuldades em regular sua temperaturaretal e, portanto sua temperatura central,como pode ser visto em DP (39,41±0,61°C)(Tab. 17). No entanto, após 25 min do fimdo exercício, os animais conseguiramreduzir sua temperatura corporal, atravésdas maiores FR e sudorese intensa,visivelmente detectada em todos os animaisnos três dias de prova, retornando assim aosvalores de normalidade. No entanto, sua

temperatura retal 25 min. após a prova(38,39±0,60°C) permaneceu superior àtemperatura retal AP, o que pode ter ocorrido em virtude do intenso estressetérmico que os animais foram submetidos.

Uma TA (Tab. 4) superior à zona determoneutralidade eqüina (5°C a 25°C)(Morgan, 1998), associada a uma maior irradiação solar, demonstrada pelotermômetro de bulbo negro, e uma alta UR 

contribuíram para maior demandaventilatória. A sudorese intensa e o ofegoexcessivo, aferido pela FR, nessascondições de elevadas TA e UR,

 provavelmente resultaram em algum graude desidratação. A desidratação reduz acapacidade dos animais transferirem o calor do centro do corpo para as extremidades(Cunningham, 2004), o que também

 justificaria o aumento da TR depois da prova e 25 min. após a prova em relação aosvalores de repouso.

Apesar das condições ambientais

desfavoráveis à realização da prova demarcha, nos três dias de prova, todos osanimais concluíram com êxito o exercícioimposto. Possivelmente, isso ocorreu em

 parte devido aos efeitos do treinamento no período pré-experimental, em que umafavorável redução do equivalenterespiratório (VE/VO2) (relação volumeminuto para consumo de oxigênio)

 possibilitou melhor extração de oxigênionos alvéolos pulmonares, garantindoadequado VO2 (Cunningham, 2004).

4.3.3. Peso Semanal e Eficiência Alimentar 

A digestibilidade in situ da MS dosalimentos concentrado e volumoso foi de88,96 % e 58,30 %, respectivamente, e a

 produção fecal total média dos animais,estimada pelo indicador externo LIPE®, foi

3,52 kg/animal/dia (em anexo).

 Na tabela 20 encontram-se as médiasestimadas do consumo diário de MS dadieta total e do alimento volumoso, em kgde MS por dia e porcentagem em peso vivo(% PV), relação volumoso : concentrado,GPD (kg/dia) e conversão alimentar da dietatotal (CA total), dos alimentos volumoso(CA volumoso) e concentrado (CAconcentrado) dos grupos Cr e controle.

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Essas variáveis foram semelhantes emambos os grupos (P>0,05)

.

Tabela 18 – Peso semanal de equinos MM, suplementados ou não com cromo, ao longo das três semanasdo período experimental (P>0,05).Peso das éguas (Kg)Dieta

Semana 1 Semana 2 Semana 3Cromo 372,50 374,50 379,33

Controle 348,50 351,17 357,33CV (%)  10,77

Tabela 19 – Peso semanal de equinos MM ao longo das três semanas do período experimental.Peso das éguas (Kg)

Semana 1 360,50BSemana 2 362,83BSemana 3 368,33A

CV (%) (Valor de P)  10,77 (<0,01)Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Newman Keuls.

Tabela 20 - Consumo médio diário estimado de matéria seca da dieta total (Consumo MS Total) e doalimento volumoso (Consumo MS Volumoso), relação volumoso : concentrado, ganho de peso diário(GPD), conversão alimentar da dieta total (CA Total), dos alimentos volumoso (CA Volumoso) econcentrado (CA Concentrado) dos grupos cromo e controle (P>0,05).

Dieta Consumo MS Total kg/ dia (% PV)

Consumo MS Volumosokg/ dia (% PV)

Volumoso na dieta (%)

Cromo 7,15 (1,97) 3,04 (0,84) 42,44Controle 7,11 (2,03) 3,16 (0,90) 44,19CV (%) 7,77 (5,23) 12,87 (12,34) 7,01Média 7,13 (2,00) 3,10 (0,87) 43,32

DietaConcentradona dieta (%)

GPD (kg/dia) CA Total CA volumosoCA

concentradoCromo 57,56 0,49 8,94 3,67 5,27

Controle 55,81 0,63 13,20 5,72 7,48CV (%) 5,36 4,50 32,87 18,11 21,89Média 56,69 0,56 11,07 4,70 6,38

 Na tabela 21 estão representadas as médiasestimadas de ingestão de MS, PB, ED elisina dos animais nas três semanas do

 período experimental e suas exigênciasnutricionais de acordo com NRC (2007).

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Legenda: PV = peso vivo e Lys = lisina. *Consumo total MS = 2,25 % PV (NRC, 2007). 

Segundo NRC (2007), as exigênciasnutricionais de ED para equinos em trabalhomoderado foram atendidas pela dieta (Tab.21). O concentrado utilizado neste trabalhoapresentava teores adequados de ED eelevados teores de PB e o volumoso era

 bastante disponível para os animais, devidoà baixa lotação do piquete, de 1,7 unidadeanimal23 / hectare. No período em que oexperimento foi realizado, as gramíneasencontravam-se em estado intermediário dematuridade, com 8,06 % PB, 2,25 Mcal/kg,68,32 % FDN e 33,61 % FDA (Tab. 2).

De acordo com NRC (2007) as exigênciasde PB para equinos em trabalho moderadosão de 22 % acima da mantença, sendo quehouve uma redução significativa dasnecessidades de PB e pequena redução dasexigências de lisina em relação ao NRC(1989) para animais em trabalho. As novasexigências levam em consideração oaumento da massa muscular e as perdas denitrogênio na sudorese ao invés de umarelação fixa de PB : ED, como na edição

anterior. O NRC (2007) considera ainda quena formulação da dieta sejam utilizadasfontes de proteína de qualidade edigestibilidade melhores, e como ovolumoso da dieta experimental era apenasde qualidade boa a razoável justifica-se oaumento proporcional do teor de PB noconcentrado da dieta experimental.Também, de acordo com Lawrence (2008),

23 1 Unidade Animal (UA) = 450 kg de peso vivo

é difícil formular uma ração que atenda asnecessidades energéticas do animal semextrapolar as necessidades de PB, poisquando se formula uma dieta o aspectofundamental a ser observado é oatendimento das exigências de energia.Também, um excesso moderado de PB paraequinos em trabalho de intensidademoderada, desde que se respeitem suasexigências energéticas, não será prejudicial.

A suplementação com Cr não alterou o pesovivo semanal (Tab. 18), o ganho de pesodiário, a conversão alimentar da dieta total,do alimento volumoso e do concentrado

(Tab. 20) das éguas deste experimento(P>0,05). Estes resultados corroboram ostrabalhos de Ott e Kivipelto (1999) e deUyanik et al. (2008). No primeiro trabalho,CrPic foi oferecido a potros de um ano por 112 dias e no segundo CrPic foi consumido

 por equinos de 4 - 13 anos e baixo escorecorporal (EC).

O Cr é um micronutriente que adicionado àdieta dos equinos pode atuar nas diversasrotas bioquímicas. Está associado à

formação e manutenção dos tecidos, principalmente à massa magra (Page et al.,1993; Boleman et al., 1995; Lindemann et 

al., 1995; Grant et al., 1997; Kornegay et 

al., 1997) por meio do aumento dasensibilidade à insulina.

Cr é conhecido por influenciar a síntese de proteína nuclear e síntese de RNA (Weser eKoolman, 1969; Okada et al., 1983, 1984;Ohba et al., 1986), além de aumentar a

Tabela 21 – Médias de peso vivo, consumo total de MS, ED, PB e lisina dos animais nas três semanasdo experimento, comparados com as recomendações do NRC (2007).

PV médio

(kg)

Consumo

MS (kg) ED (Mcal) PB (g) Lys (g)NRC (2007) 8,14* 16,83 554,00 24,001° e 2°

semanas Consumoestimado

361,677,22 20,89 880,30 38,90

NRC (2007) 8,29* 17,17 566,00 24,003° semana Consumo

estimado368,33

7,36 21,27 898,60 39,72

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incorporação e utilização de aminoácidos(Roginski e Mertz, 1969).

Também, durante o exercício, os músculosem trabalho captam a glicose sem a ação dainsulina. Dessa forma, a insulina éimportante durante a recuperação doexercício quando os estoques de glicogênionão estão repletos (McKeever, 2002).Assim, foi suposto que o Cr pudesse alterar o ganho de peso de equinos em treinamento

 para prova de marcha, já que em bovinossubmetidos a um elevado estresse o Cr obteve efeito positivo no ganho de peso

(Chang e Mowat, 1992; Moonsie-Shageer eMowat, 1993; Kegley et al., 1997). Noentanto, a atuação do Cr no peso corporal daespécie bovina (Pechova e Pavlata, 2007),assim como nas espécies humana e suína(Ward et al., 1997; Anderson, 1998), écontroversa.

Durante o período experimental houvemaior ganho de peso (Tab. 19) na terceirasemana e semelhança nas demais (P<0,01) oque pode ter ocorrido em virtude da

adaptação ao exercício imposto aos animaisna terceira semana e uma hipertrofiamuscular devido ao efeito do treinamento.Possivelmente, com um períodoexperimental maior o efeito do Cr apareceria, pois segundo NRC (2007) sãonecessários pelo menos 60 dias para queocorra mudança do escore moderadamentemagro para o moderado, fazendo uso deuma dieta com 32 a 41% de energiadigestível acima da mantença.

A partir do peso dos animais ao longo dastrês semanas de prova (Tab. 19) e daequação apresentada por Hodgson et al.(1994) para estimar a relação entre a área desuperfície corporal e peso corporal, foiencontrada uma relação de 1:91 nas trêssemanas, relação esta dentro do intervalo

 proposto por estes autores. Esta relaçãocomprova a enorme demandatermorregulatória apresentada pelos animaisdeste experimento e confirma mais uma vez

que os animais estavam climatizados àscondições ambientais das provas de marchae adaptados às provas impostas a eles.

O consumo médio diário total (Tab. 20), emkg de MS, foi semelhante entre os gruposCr e controle (P>0,05). No trabalho deAnton et al. (2008), foram avaliados oefeito da adição da dieta de 1000 µg deCrPic por oito semanas no apetite demulheres adultas acima do peso e daadministração direta de 0; 0,4; 4 ou 40 ng deCrPic no terceiro ventrículo sobre oconsumo voluntário de ratos por 24 h. Nas

mulheres o Cr reduziu o consumo em 25 %(P<0,0001), a fome (P<0,05) e o desejo por alimentos gordurosos (P<0,0001) e tendeu areduzir o peso corporal (P = 0,08). Nosratos, a administraçãointracerebroventricular diminuiu o consumovoluntário (P<0,05), com efeito dose-dependente, indicando uma ação direta doCr sobre o SNC. Estes autores sugeriramque o CrPic pode atuar sobre os sinaisfisiológicos de saciedade e inibir centralmente o consumo durante períodos

de restrição calórica. Em pelo menos maisum estudo, com suínos (Page et al., 1993),CrPic inibiu o consumo voluntário quandomaiores doses de CrPic foram utilizadas. Omecanismo proposto por Anton et al. (2008)

 para estes efeitos é que o CrPic poderiaaumentar a sensibilidade à insulina no SNC,o que seria crítico para regular o consumo eo peso corporal. Baseado nesses trabalhosesperava-se que o Cr pudesse reduzir oconsumo alimentar e aumentar a eficiênciaalimentar das éguas deste atual

experimento, pelo concomitante aumento damassa magra.

A suplementação dietética com 10 mg de Cr quelato pode não ter alterado o consumoalimentar destas éguas pelo fato do tempode adição deste mineral na dieta ter sido deapenas 29 dias no período pré-experimental.Contudo, os resultados deste trabalho atualconcordam com os dados de Ott e Kivipelto(1999), cuja suplementação dietética de

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 potros sobreanos com 175 a 700 µgCrPic/kg do concentrado durou 112 dias.

O NRC (2007) preconizou um consumo deMS para equinos em trabalho de intensidademoderada entre 2,25 % a 2,5 % do pesovivo. No presente trabalho, o consumomédio total de MS de ambos os grupos Cr e

 placebo (2 % PV) se apresentou abaixodestes limites (Tab. 21), provavelmente

 porque a raça Mangalarga Marchador emtreinamento para prova de marcha no climatropical e subtropical necessite de um menor consumo energético do que o recomendado

 pelo NRC (2007). Isto porque as exigênciasnutricionais dos equinos são dependentes,dentre outros fatores, da categoria animal,do exercício, do estado fisiológico, dacapacidade digestiva e metabólica, do climae das condições ambientais, e porque deacordo com Frape (2004), o consumo deMS da dieta é limitado principalmente pelaenergia contida nos alimentos. Asexigências nutricionais desta raça ainda

 precisam ser definidas nas condições brasileiras de criação de equinos.

O consumo voluntário de MS de volumoso(Tab. 20) variou de 0,84 a 0,90 % PV,obtendo a média de 0,87 % PV, o que foi

 bem abaixo do esperado, pois Jackson ePagan (2002) afirmaram que o mínimo defibra recomendado na dieta é 1 % PV.Também, a relação volumoso : concentradode ambos os grupos para o períodoexperimental foi menor do que 50:50, comorecomendado por Lewis (2000). O elevadoconsumo proporcional de ED do

concentrado explica o baixo consumo devolumoso e justifica em parte o menor consumo de MS total em relação aorecomendado pelo NRC (2007).

Mais estudos devem ser realizados a fim deesclarecer o metabolismo energético da

 prova de marcha com marcadoresradioisótopos, as exigências nutricionais e otipo e o comportamento das fibrasmusculares da raça Mangalarga Marchador 

em diferentes condições ambientais, buscando determinar o momento ideal defornecimento do concentrado em equinossuplementados ou não com Cr.

5. CONCLUSÕES

O trabalho mostrou que a suplementação

dietética com cromo carboquelato nãoafetou o intervalo entre o fornecimento deconcentrado e o início da prova de marchanos equinos da raça Mangalarga Marchador,mas preveniu a fadiga dos animais durante a

 prova. A ração concentrada deve ser oferecida aos eqüinos que irão participar das

 provas de marcha com um intervalo de maisde duas horas entre seu fornecimento e oinício da prova. Os resultados da frequênciacardíaca e da lactatemia caracterizaram a

 prova de marcha como um exercício

submáximo, de intensidade moderada e predominantemente aeróbico.

6. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS; GERAISCOMITÊ DE ÉTICA EM EXPEIRIMENTAÇÃO ANIMAL

-CETEA-

CERTIFICADO

Certificamosque o Protocolo nO230/2007, relativo ao projeto intitulado "Horá,-io

de fornecÍmento do alimento ,'Oncentrado at,tes da prova df.~,marcha em

eqüinos n7ang.'1larga nJarchador alimentados (':tJmdietas enriquecitias com

cromd', ql.~eem cornoresponsávelAdalgiza Sou:z:aCarneh-o de Rezendf! , está

de acordo com os PrincípiosÉticos da E,<perimentaç~ionimal, adotados pelo

Comitê de ÉtlCê.,em Experimentação j.lnin1,'ll(!:E:TEA/IJFMG),tendo sido

aprovadona reulli~iode 121 03/:Z008.

Este certificado expira-se em 121 03 1 2013.

tCE:RTIFICATE

We hereby c:ertif{::héJi:he Protocol nO 230/2007, n~lated to the project entitied

\\ HOJ-ary IfJl milrislratiDn of cO/Jcentrate J"efoic~ the test Df nJarch i."

m.rIr.rgalal!li1 n7arcl7ador 110n;es /'ed witJ7 ,c.f,ro.m'ÍlJmuen.riched tfic~tS', under

the slJpervisionof lf\d~;lniza Souza Carneir'cl de Re!zende,r is in agreementwit:~~

the EthicalPrincipies in Animal Exp'=rirnentaeon,"c/opte::iby the Ertl7icsC'Jmmittf'e

iJ7 ,4n;lnal ExpeJ'iÍJ1rentation(C:E:1'EA/UFMG),nelW03Sapproved in ~',ard. 12,

2008.

This certificate expires in fv1arf:h 1.:!, 2013.

BeloHorizonte, 14 deMarçodE}..2008.

OO~iwtProf. Humberto Pereira 0ztvk:iraCoordenador do CETEA/lrFMGUniversidadeFederaldeMinasGerais

AvenidaAntôni,)Carlos, 6627- CampusPampulhaUnidade Administrativa 11-2°Andar, S~lIa2005

31270-~O'1- Belo Horizonte, MG -E;~I$iI

Telefone: (31) 3tI9!1-4516- Fax: (31) 3499.4fi16~w.uf!!lq.pr/bioelic:a/cetea - ~~!!!!!@!lli~fi:lIfmQ.b!

(Mod.Cert.v1.0)

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Tabela 22 - Seleção dos animais.

Animal Garanhão IdadePeso(Kg)

EC1 FCM2 FCR53  ∆  ∆%4 Grupo

I A 5 385 3 159 65 94 59,12 cromoII A 5 334 2 164 134 30 18,29 controle

III A 3 348 3 141 90 51 36,17 cromo

IV A 4 331 3 138 61 77 55,80 controle

V A 4 350 3 182 193 -11 - cromo

VI A 4 348 2,5 178 110 68 38,20 controle

VII B 4 328 2,5 127 58 69 54,33 cromo

VIII B 4 319 3 124 100 24 19,35 controle

IX B 5 329 3 163 89 74 45,40 cromo

X B 5 296 2 148 69 79 53,38 controle

XI B 4 369 2,5 181 62 119 65,75 cromo

XII B 4 336 3 142 48 94 66,2 controle

Média±DP - 4,24±0,62339,42

±23,092,78±0,44 153,92±20,29 89,92±41,04 - 48,94±16,5 -

CV (%) - 14,62 6,8 15,83 13,18 45,64 - 33,71 -1Escore corporal (1 – 5), segundo Carrol e Huntington (1988). 2Frequência cardíaca média da marcha. 3Frequência

cardíaca em cinco minutos de recuperação. 4∆%: índice de recuperação cardíaca.

Tabela 23: Data de nascimento, idade, escore corporal1 e pesagens (Kg), dos animais utilizados no

experimento.Escore corporal1 Peso (Kg)

Animal8/1 16/1 23/1 30/1 6/2 13/2 20/2 8/1 16/1 23/1 30/1 6/2 13/2 20/2

I 3 33-

3,53,5 3,5 3

3,-

3,5385 393 388 382 395 394 399

II 2 2,5 3 3 3 3 3 334 348 353 355 365 365 378

III 3 3 3 3 3,5 3 3 348 359 363 355 373 363 365

IV 3 3 3 3,5 3 3 3 331 350 350 385 345 351 349

V 3 3 3 3 3 3 3 350 367 361 359 371 378 384

VI 2,5 3 3 3 3,5 3 3 348 368 361 363 368 369 374VII 2,5 3 3 3 3 3 3 328 350 352 352 358 361 366

VIII 3 3 3 3 3,5 3 3 319 340 342 340 342 349 355

IX 3 3 3 3,5 3,5 3 3 329 340 341 343 348 352 355

X 2 2,5 3 3 3 3 3 296 300 302 305 310 312 320

XI 2,5 2,5 3 3,5 3,5 3 3 369 374 385 388 390 399 407

XII 3 3 33-

3,53,5 3 3,5 336 349 355 351 361 361 368

Média 2,71 2,88 3,00 3,17 3,29 3,00 3,04 339,42 353,17 354,42 356,5 360,5 362,83 368,33

 s 0,40 0,23 0 0,25 0,26 0 0,14 23,09 22,77 22,021 22,69 22,76 22,554 23,14

CV(%)

14,64 7,87 0 7,77 7,82 0 4,75 6,8 6,45 6,21 6,37 6,31 6,21 6,28

1Conforme Carrol e Huntington (1988).

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Tabela 24 - Consumo alimentar (estimado do concentrado, do volumoso e da dieta total) e produção

fecal dos animais do experimento, em kg de MS/ dia.

Animal

Volumoso

(kg MS/ dia)

Concentrado

(kg MS/ dia)

Total

(kg MS/ dia)

Produção Fecal

(kg MS/ dia)I  3,26 4,34 7,60 3,72

II  3,53 3,98 7,52 3,95

III  3,39 3,98 7,37 3,81

IV  3,17 4,34 7,51 3,63

V  2,52 4,07 6,59 2,95

VI  3,12 4,07 7,19 3,55

VII  3,18 3,98 7,16 3,60

VIII  2,76 3,89 6,65 3,17

IX  2,88 3,89 6,77 3,29

X  2,54 3,44 5,98 2,91

XI  3,00 4,43 7,44 3,48

XII  3,81 3,98 7,79 4,23

Média 3,10 4,03 7,13 3,52

Tabela 25 - Temperatura ambiente (TA ºC) e umidade relativa do ar (UR %) em diferentes horários nas1°, 2° e 3° provas de marcha.

Hora do dia (h:min)

6:00 8:00 09:30Prova

TA UR TA UR TA UR 

1° 21,1 68 22,8 74 - -

2° 22,8 77 24,4 70 25,9 61

3° 19,6 91 25,8 71 25,6 67

Média 21,17 78,67 24,33 71,67 25,75 64,00

DP 1,60 11,59 1,50 2,08 0,21 4,24

Hora do dia (h:min)

12:00 14:00 15:30 18:00ProvaTA UR TA UR TA UR TA UR 

1° 31,5 48 33,1 43 33,6 37 29,8 41

2° 32,1 38 30,9 36 34,4 32 30,9 39

3° 34,4 40 28,9 59 32,3 49 31,6 46

Média 32,67 42,00 30,97 46,00 33,43 39,33 30,77 42,00

DP 1,53 5,29 2,10 11,79 1,06 8,74 0,91 3,61

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92

Tabela 26 – Temperatura de Globo Negro (TGN ºC), temperatura de bulbo seco (TBS °C) e temperatura

de bulbo úmido (TBU °C) em diferentes horários nas 1°, 2° e 3° provas de marcha.

Hora do dia (h:min)

6:00 8:00 09:30Prova

TGN TBS TBU TGN TBS TBU TGN TBS TBU

1° 20,5 21,00 18,00 22,10 22,00 19,10 - - -

2° 21,00 21,50 19,90 23,50 22,10 20,00 26,00 24,50 20,00

3° 19,10 19,90 19,10 24,10 22,80 20,50 23,80 22,50 20,00

Média 20,20 20,80 19,00 23,23 22,30 19,87 24,90 23,50 20,00

DP 0,80 0,67 0,78 0,84 0,36 0,58 1,10 1,00 0,00

Hora do dia (h:min)

12:00 14:00Prova

TGN TBS TBU TGN TBS TBU

1° 35,00 27,50 21,50 38,00 31,00 24,00

2° 37,00 39,50 21,10 36,90 30,90 20,50

3° 31,10 28,00 22,40 28,00 25,80 21,90

Média 34,37 31,67 21,67 34,30 29,23 22,13DP 2,45 5,54 0,54 4,48 2,43 1,44

Hora do dia (h:min)

15:30 18:00Prova

TGN TBS TBU TGN TBS TBU

1° 35,00 30,00 21,00 35,00 32,00 20,50

2° 36,50 33,00 22,00 36,10 34,00 21,50

3° 32,30 27,90 22,20 33,00 29,00 22,00

Média 34,60 30,30 21,73 34,70 31,67 21,33

DP 2,13 2,56 0,64 1,57 2,52 0,76

Tabela 27 - Valores de referência e de repouso das principais variáveis analisas.

Valores de referência 

Glicose sanguínea (mg/dL) 70,00 – 140,00 Rose e Hodgson (1994). Lactato sanguíneo (mmol/L) 1,11 - 1,78 Kaneko et al. (2008).

Insulina (µUI/mL) 1,00 – 50,00 BET Laboratories (2007).Cortisol (ng/mL) 20,00 – 90,00 BET Laboratories (2007).

Triacilglicerol (mg/dL) 6,00-54,00 Kaneko et al. (2008).Glicerol (mg/dL) < 9,21 Vetlab (2008).

Valores de repouso 

Frequência cardíaca (bpm) 42,19±1,66  Diniz et al. (2008).

Frequência respiratória (mrpm) 8,00 – 16,00  Houston e Radostits (2002).Temperatura Retal (°C) 37,50-38,50  Houston e Radostits (2002).

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93

Tabela 28 – Hemograma completo (série vermelha) de equinos MM no início do período pré-

experimental.

ANIMAL Eritrócitos (x 106

céls/µL) Hemoglobina(g/dL) Hematócrito(%) VGM(µ3) H.C.M(µµ3) CHCM(%)

I 8,9 11,6 28,0 31,5 13,0 41,4

VI 10,0 12,7 32,0 32,0 12,7 39,7

II 9,5 10,9 27,0 28,4 11,5 40,4

X 8,2 13,6 34,0 41,5 16,6 40,0

IX 8,0 12,7 30,0 37,5 15,9 42,3

IV 8,9 12,1 31,0 34,8 13,6 39,0

VII 8,0 12,8 32,0 40,0 16,0 40,0

XII 9,0 12,3 31,0 34,4 13,7 39,7

VIII 8,0 14,9 40,0 50,0 18,6 37,3

XI 9,7 13,4 35,0 36,1 13,8 38,3

III 7,5 12,6 33,0 44,0 16,8 38,2

V 9,5 12,9 31,0 32,6 13,6 41,6

Média 8,8 12,7 32,0 36,9 14,6 39,8

Desvio

padrão0,8 1,0 3,4 6,1 2,1 1,5

CV (%) 9,3 7,9 10,6 16,5 14,3 3,8

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94

Tabela 29 – Hemograma completo (série branca) de equinos MM no início do período pré-experimental.

ANIMALLeucócitos

(cél/mm3)

Basófilos

(%)

Neutrófilos

(%)

Eosinófilos

(%)

Basófilos

(%)

Linfócitos

(%)

Monócitos

(%)

I 14500 0 55 5 0 38 2

VI 14100 0 44 4 1 50 1

II 17500 0 50 9 0 40 1

X 21500 0 51 7 0 40 2

IX 19100 0 48 7 0 44 1

IV 19100 0 58 6 1 34 1

VII 15900 0 48 6 1 44 1

XII 12900 0 47 5 1 45 2

VIII 18600 0 47 6 0 46 1

XI 17000 0 51 7 0 40 2

III 17500 0 52 6 0 41 1

V 17200 0 50 6 1 42 1

Média 17075,00 0 50,08 6,17 0,42 42,00 1,33

Desviopadrão

2426,79 - 3,78 1,27 0,51 4,16 0,49

CV (%) 14,21 - 7,54 20,55 123,58 9,90 36,93

Tabela 30 – Proteínas totais e frações de equinos MM no início do período pré-experimental. 

ANIMALProteína total

(g/dL)

Albumina (g/dL) Globulina (g/dL)Relação

albumina/globulina

I 4,40 2,80 1,60 1,75

VI 4,50 3,30 1,20 2,75

II 4,70 3,10 1,60 1,94

X 4,30 2,80 1,50 1,87

IX 4,70 3,10 1,60 1,94

IV 4,50 2,30 2,20 1,05

VII 4,70 3,20 1,50 2,13

XII 4,30 3,00 1,30 2,31

VIII 4,50 3,10 1,40 2,21

XI 4,40 2,90 1,50 1,93

III 4,60 3,40 1,20 2,83

V 4,60 3,40 1,20 2,83

Valor de referência* 5,50-7,50 2,60-3,70 2,60-4,00 0,60-0,90

Média 4,52 3,03 1,48 2,13

Desvio padrão 0,15 0,31 0,28 0,51

CV (%) 3,25 10,17 18,59 24,19

*Valores de referência para animais adultos (Kaneko et al., 2008).

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Tabela 31 - Horário de fornecimento do concentrado antes da prova de marcha e hemograma (série

vermelha) de equinos suplementados ou não com cromo, antes da prova (AP), depois da prova (DP) e 25min após a prova (25min) de marcha (P>0,05).

Fornecimento da Ração (h:min) Dieta4:00 2:00 0:30

Eritrócitos (x 106 céls/µL) 

Cromo 8,72 8,60 8,82

Controle 8,80 8,76 8,98

CV (%) 19,12

Valor de referência 6,4-10

Hemoglobina (g/dL)

Cromo 11,3 11,47 11,63

Controle 11,9 11,75 12,32

CV (%) 17,54

Valor de referência 11-17

Hematócrito (%) 

Cromo 30,17 30,5 31,5

Controle 30,83 31,0 32,33

CV (%) 17,92

Valor de referência 32-47

VCM (µ3) 

Cromo 34,60 35,47 35,71

Controle 35,03 35,39 36,00

CV (%) 17,58

Valor de referência 37-59

HGM. (µµ3) 

Cromo 12,96 13,34 13,19

Controle 13,52 13,41 13,72

CV (%) 6,7

Valor de referência 15-17

CHCM (%) 

Cromo 37,45 37,61 36,92

Controle 38,60 37,90 38,11

CV (%) 5,53

Valor de referência 30-36Valores de referência para animais adultos (Jain, 1993; Meyer et al., 1995).

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Tabela 32 - Horário de fornecimento do concentrado antes da prova de marcha e hemograma (série

 branca) de equinos suplementados ou não com cromo, antes da prova (AP), depois da prova (DP) e 25min após a prova (25min) de marcha (P>0,05).

Leucócitos (células/mm3)Fornecimento da Ração (h:min)Dieta

4:00 2:00 0:30

Cromo 12.683,33 12.133,33 12.550,00

Controle 13.050,00 12.633,33 12.366,67

Valor de referência* 6.000 – 12.500

CV (%) 8,67

Neutrófilos Segmentados (células/mm3)

Fornecimento da Ração (h:min)Dieta

4:00 2:00 0:30

Cromo 6637,19 6248,66 6672,84

Controle 6547,19 6295,19 6430,67

Valor de referência* 2.200-8.500

CV (%) 8,54

Eosinófilos (células/mm3)

Fornecimento da Ração (h:min)Dieta

4:00 2:00 0:30

Cromo 570,75 404,04 480,67

Controle 434,57 442,17 432,84

Valor de referência* 100-1.000

CV (%) 34,89

Linfócitos (células/mm3)

Fornecimento da Ração (h:min)Dieta

4:00 2:00 0:30

Cromo 5.326,99 5277,99 5166,84

Controle 5872,5 5748,17 5296,64

Valor de referência* 1.500-7.700

CV (%) 9,69

Monócitos (células/mm3)

Fornecimento da Ração (h:min)Dieta

4:00 2:00 0:30

Cromo 148,39 202,63 229,67

Controle 195,75 147,81 185,51

Valor de referência* 100-1.000

CV (%) 39,07

*Valores de referência para animais adultos (Jain, 1993; Meyer et al., 1995).

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Tabela 33 - Horário de fornecimento de concentrado e proteinograma antes da prova de marcha de

equinos suplementados ou não com cromo (P>0,05).

Proteína total (g/dL) Albumina (g/dL)Fornecimento da Ração

(h:min) Cromo Controle Cromo Controle

4:00 7,53 7,18 2,83 2,82

2:00 7,9 7,22 2,68 2,83

0:30 8,13 8,02 2,85 2,95

CV (%) 19,36 6,96

Valor de Referência* 5,5-7,5 2,6-3,7

Globulina (g/dL) Relação albumina/globulinaFornecimento da Ração

(h:min) Cromo Controle Cromo Controle

4:00 4,7 4,37 0,65 0,67

2:00 5,22 4,83 0,52 0,62

0:30 5,28 5,07 0,53 0,58

CV (%) 16,73 25,81

Valor de referência* 2,6-4 0,6-0,9

*Valores de referência para animais adultos (Kanekoet al

., 2008).

Tabela 34 - Horário de fornecimento de concentrado e proteinograma antes da prova de marcha de

equinos MM (P>0,05). 

Fornecimento da Ração

(h:min)

Proteína

TotalAlbumina Globulina Relação Albumina/globulina

4:00 7,36 2,83 4,53 0,66

2:00 7,56 2,76 5,03 0,57

0:30 8,08 2,9 5,18 0,56

Valor de referência* 5,5-7,5 2,6-3,7 2,6-4 0,6-0,9

CV (%) 9,36 6,96 16,73 25,81

* Valores de referência para animais adultos (Kaneko et al., 2008).

Vento (Km/dia)

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 

Figura 7 - Velocidade do vento no mês de janeiro de 2008. Fonte: Estação Meteorológica; Departamentode Geociências – Unimontes.

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98

Evaporação (mm/dia)

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31

 Figura 11 - Evaporação no mês de janeiro de 2008. Fonte: Estação Meteorológica; Departamento de

Geociências – Unimontes.

Horas / Sol

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31

 

Figura 12 - Horas de sol no mês de janeiro de 2008. Fonte: Estação Meteorológica; Departamento deGeociências - Unimontes

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99

Precipitação (mm)

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 

Figura 13 - Taxa de precipitação no mês de janeiro de 2008. Fonte: Estação Meteorológica;

Departamento de Geociências – Unimontes.

Temperaturas Máximas e Mínimas(ºC)

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 

Figura 14 - Temperaturas máximas e mínimas no mês de janeiro de 2008. Fonte: Estação Meteorológica;Departamento de Geociências – Unimontes.

Umidade Relatriva 21TMG (%)

0

20

40

60

80

100

120

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31

 Figura 15 - Umidade relativa do ar no mês de janeiro de 2008. Fonte: Estação Meteorológica;Departamento de Geociências – Unimontes.

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100

Vento(Km/dia)

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29

 Figura 16 - Velocidade do vento no mês de fevereiro de 2008. Fonte: Estação Meteorológica;Departamento de Geociências – Unimontes.

Brilho Solar (Horas)

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29

 Figura 17 - Brilho solar no mês de fevereiro de 2008. Fonte: Estação Meteorológica; Departamento deGeociências – Unimontes.

Evaporação(mm/dia)

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29

 Figura 18 - Taxa de evaporação no mês de fevereiro de 2008. Fonte: Estação Meteorológica;Departamento de Geociências – Unimontes.

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101

Precipitação(mm)

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29

 Figura 19 - Precipitação no mês de fevereiro de 2008. Fonte: Estação Meteorológica; Departamento deGeociências – Unimontes.

Temperaturas Máximas e Mínimas (ºC)

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29

 Figura 20 - Temperaturas máximas e mínimas no mês de fevereiro de 2008. Fonte: EstaçãoMeteorológica; Departamento de Geociências – Unimontes.

Umidade Relativa TMG(%)

0

20

40

60

80

100

120

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 

Figura 21 - Umidade relativa do ar no mês de fevereiro de 2008. Fonte: Estação Meteorológica;Departamento de Geociências – Unimontes.