Dissidências

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Dissidências O que não é espiritismo? Ana Cláudia M. Leal Estudo para Mocidade Espírita Joanna de Ângelis

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As diferenças entre espiritismo e outras teorias espiritualistas como roustenguismo

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DissidênciasO que não é espiritismo?

Ana Cláudia M. Leal

Estudo para

Mocidade Espírita

Joanna de Ângelis

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Ensino de Kardec- O que é o espiritismo?

0 Dois meios podem servir para fixar as ideias sobre as questões duvidosas: o primeiro é submeter as comunicações ao controle severo da razão, do bom senso e da lógica. É uma recomendação que fazem todos os bons Espíritos, e que procuram não fazer os Espíritos enganadores que sabem muito bem não poder senão perder com um exame sério e, por isso, evitam a discussão e querem ser acreditados sob palavra.

0 O segundo critério da verdade está na concordância do ensinamento. Quando o mesmo princípio é ensinado sobre vários pontos, por diferentes Espíritos e médiuns estranhos uns aos outros, e que não estão sob a mesma influência, pode-se disso concluir que ele é mais verdadeiro que aquele que emana de uma só fonte e se encontra em contradição com a maioria

(O Livro dos Médiuns, cap. XXVII: As contradições e as mistificações – Revista Espírita, abril, 1864, pág. 99: Autoridade da Doutrina Espírita - A Moral do Evangelho Segundo o Espiritismo, introdução, pág. VI).

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Revista Espírita de Fevereiro de 1859Escolho dos Médiuns

(...)“Os Espíritos que nos cercam não são passivos; trata-se de uma população essencialmente inquieta, que pensa e age sem cessar, que nos influencia mau grado nosso, que nos excita ou nos dissuade, que nos impele ao bem ou a mal, o que não nos tira o livre-arbítrio mais do que os bons ou maus conselhos que recebemos de nossos semelhantes.

Todavia, quando os Espíritos imperfeitos instigam alguém a fazer uma coisa má, sabem muito bem a quem se dirigir e não vão perder o tempo onde veem que serão mal recebidos. Eles nos excitam conforme nossas inclinações ou conforme os germes que em nós veem e de acordo com nossa disposição em ouvi-los. Eis por que o homem firme nos princípios do bem não lhes dá oportunidade.” (...)

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(...)“Pelo próprio fato de o médium

não ser perfeito, Espíritos levianos, embusteiros e mentirosos

podem interferir em suas comunicações, alterar-lhes a pureza e

induzir em erro o médium e os que a ele se dirigem. Eis aí o maior

escolho do Espiritismo e nós não lhe dissimulamos a gravidade.

Podemos evitá-lo? Dizemos altivamente: sim, podemos. O meio

não é difícil, exigindo apenas discernimento.”

(...)

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Kardec alerta:

"Reconhece-se a qualidade dos Espíritos pela sua linguagem; a dos Espíritos verdadeiramente bons e superiores é sempre digna, nobre, lógica, isenta de contradições; respira a sabedoria, a benevolência, a modéstia e a moral mais pura; é concisa e sem palavras inúteis. Nos Espíritos inferiores, ignorantes, ou orgulhosos, o vazio das ideias é quase sempre compensado pela abundância de palavras. Todo pensamento evidentemente falso, toda máxima contrária à sã moral, todo conselho ridículo, toda expressão grosseira, trivial ou simplesmente frívola, enfim, toda marca de malevolência, de presunção ou de arrogância, são sinais incontestáveis de inferioridade num Espírito."

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J. B. RountaingJean-Baptiste Roustaing (Bègles, 15 de outubro de 1805 - Bordeaux, 2 de janeiro de 1879) foi advogado,

jurisconsulto, bastonário da Ordem do Advogados de Bordeaux e autor de diversos trabalhos jurídicos. Espírita francês, foi o coordenador da obra Les Quatre Évangeles –

Spiritisme Chrétien ou Révélation de la Révélation ("Os Quatro Evangelhos - Espiritismo Cristão ou Revelação

da Revelação'"), obra psicografadapela médium belga Émilie Collignon.

Os quadro

evangelhos

Foi publicado pela

FEB

E está no seu

Estatuto

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A Anunciação... ! ? Por Mme. Collignon

“É transitória a época em que vos achais; em toda parte os obreiros da destruição se esforçam por derruir os antigos monumentos, já solapados nas suas bases; outros procuram construir novos monumentos, onde se possam abrigar as almas inquietas; mas, em geral, os que destroem não se preocupam com o que deva substituir o que for destruído; os que tratam de construir não se mostram seguros a respeito das bases em que hajam de assentar o monumento do futuro. A vós, espíritas, é que incumbe reunir os materiais esparsos, escolher as pedras boas para sustentarem o edifício do futuro, eliminar cuidadosamente tudo o que do tempo tenha recebido a marca da vetustez e dispor os fundamentos do templo onde a verdade terá seus altares e donde espargirá sua luz.

Metei mãos à obra, pois que os espíritos indecisos flutuam entre a dúvida que lhes é semeada nos corações e a fé de que precisam; seus olhos nada mais podem distinguir nas trevas de que os cercaram e buscam no horizonte uma luz que os ilumine e sobretudo que os tranquilize. Cumpre que essa luz lhes seja mostrada, porquanto desapareceu a confiança que depositavam nos dogmas da Igreja; falta-lhes esse apoio.

Apresentai-lhes o esteio sólido da nova revelação. "Que eles enfim reconheçam que o Cristo, a nobre e grandiosa figura que lhes foi mostrada pairando, do alto da cruz ignominiosa, sobre o mundo, não é um mito, uma legenda. Mostrai-lhes também que os véus em que o envolveram é que o roubaram aos olhares deles, não lhes permitindo ver mais do que uma forma indecisa, incapaz de lhes satisfazer à razão.

Mostrai-lhes a verdade naquilo que comumente se considera mentira, conforme à palavra de quem repele os Evangelhos e o que eles encerram. Mostrai-lhes que os milagres, proclamados maquinalmente por uns e negados por outros sistematicamente, são atos naturais derivados do curso ordinário das leis da Natureza e cuja impossibilidade só existe na ignorância do homem relativamente a essas leis.

A vós, pioneiros do trabalho, cabe a tarefa de preparar os caminhos, enquanto esperais que aquele que há de vir para traçar o roteiro comece a sua obra.

Com esse objetivo nós, oh! bem-amados, vimos incitar-vos a que empreendais a explicação dos Evangelhos em espírito e verdade, explicação que preparará a unificação das crenças entre os homens e à qual podeis dar o nome de Revelação da Revelação.

São chegados os tempos em que o espírito que vivifica substituirá a letra que produziu seus frutos, de acordo com as fases e as condições do progresso humano, e que agora mata, se mal interpretada.

Ponde-vos à obra; trabalhai com zelo e perseverança, coragem, atividade e não esqueçais nunca que sois instrumentos de que Deus se serve para mostrar aos homens a verdade; aceitai com simplicidade de coração e reconhecimento o que o Senhor vos dá; tende sempre nos vossos pensamentos e atos a humildade, a caridade, a abnegação, o amor e o devotamento aos vossos irmãos e sereis amparados e esclarecidos.

Quando todos os materiais estiverem reunidos e for chegado o momento de se tornar conhecida, de publicar-se esta obra, destinada a congregar todos os dissidentes de boa fé, ligando-os por um pensamento

comum, sereis prevenido. Dezembro de 1861.

Mateus, Marcos, Lucas, João

Assistidos pelos apóstolos."

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Roustainguismo - Alguns pontos:0 O corpo fluídico de Jesus – Agênere - Jesus “não nasceu do homem; a matéria perecível não

entrou por coisa alguma no conjunto das suas perfeições”; “não esperou, sepultado no seio de uma mulher, a hora do nascimento; tudo foi aparência, imagem, no ‘nascimento’ do mestre, na ‘gravidez’ e no ‘parto’ de Maria”; “o aparecimento de Jesus na terra foi uma aparição espírita tangível”; portanto, não nasceu, não viveu e não morreu, senão aparentemente, “de maneira a produzir ilusão”; começou enganando a própria mãe, que “teve completa ilusão do parto e da maternidade”. (Os Quatro Evangelhos, Vol. I, n. 47, p. 166/67 e 243/44.)

0 A evolução espiritual se dá em duas linhas: a dos espíritos que se desviaram para o mal no início de suas jornadas e, portanto, ficaram sujeitos às reencarnações humanas, e a dos espíritos que nunca se afastaram do bem e, por isto, evoluem pelos mundos etéreos, em linha reta, após superarem os reinos inferiores, como se o homem não fosse acontecimento natural, mas desastre espirítico. Estes mesmos espíritos bons, contudo, são passíveis de cometer um destes três “pecados”: o ciúme, a inveja e o ateísmo; quando, então, cometem um deles, são obrigados a encarnar em “substâncias humanas”, descritas — pasmem — como “larvas informes” e chamadas “criptógamos carnudos”, “uma massa quase inerte, de matérias moles e pouco agregadas, que rasteja ou antes desliza, tendo os membros, por assim dizer, em estado latente”. (Os Quatro Evangelhos, Vol. I, n. 57 a n. 59, p. 307-313.)

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0 “A encarnação humana não é uma necessidade, é um castigo; [...] em princípio, é apenas consequente à primeira falta, àquela que deu causa à queda”. (Os Quatro Evangelhos, Vol. I, n. 59, p. 317 e 324.) Por isto, Roustaing submete um texto de Kardec, da Revista Espírita de junho de 1863 (Do Princípio da Não Retrogradação dos Espíritos), ao exame dos seus “evangelistas”, que concluem dizendo que os que pensam ser a encarnação uma necessidade geral (Kardec à frente) “ainda não foram esclarecidos, ou não refletiram bastante”. (Os Quatro Evangelhos, Vol. I, n. 59, p. 321.)

0 “[...] o Espírito que, desde a sua origem, progrediu sem se afastar nunca do caminho que lhe é traçado, está sempre mais adiantado em ciência universal do que outro que se purificou depois de haver falido. Ora, naturalmente aos mais adiantados devem tocar as missões mais importantes no universo.” (Os Quatro Evangelhos, Vol. I, n. 60, p. 330.)

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0 N. 58. Haveis dito que os Espíritos destinados a ser humanizados, por terem errado muito gravemente, são lançados nas terras primitivas, virgens ainda do aparecimento do homem, do reino humano, mas preparadas e prontas para essas encarnações e que aí encarnam em substâncias humanas, às quais não se pode dar propriamente o nome de corpos, nas condições de macho e fêmea, aptos para a procriação e para a reprodução. Quais as condições dessas substâncias humanas?0 São corpos rudimentares. O homem aporta a essas terras no estado de esboço, como tudo que se forma nas terras primitivas. O macho e a fêmea não são nem desenvolvidos, nem fortes, nem inteligentes. Mal se arrastando nos seus grosseiros invólucros, vivem, como os animais, do que encontram no solo e lhes convenha. As árvores e o terreno produzem abundantemente para a nutrição de cada espécie. Os animais carnívoros não os caçam. A previdência do Senhor vela pela conservação de todos. Seus únicos instintos são os da alimentação e os da reprodução. As gerações se sucedem desenvolvendo-se. As formas se vão alongando e tornando aptas a prover às necessidades que se multiplicam. Mas, não é nossa tarefa traçar aqui a história da Criação. O Espírito vai habitar corpos formados de substâncias contidas nas matérias constitutivas do planeta. Esses corpos não são aparelhados como os vossos, porém os elementos que os compõem se acham dispostos por maneira que o Espírito os possa usar e aperfeiçoar. Não poderíamos compará-los melhor do que a criptógamos carnudos. Podeis formar idéia da criação humana, estudando essas larvas informes que vegetam em certas plantas, particularmente nos lírios. São massa, quase inerte, de matérias moles e pouco agregadas, que rasteja, ou antes desliza, tendo os membros, por assim dizer, em estado latente. Eis, oh! homem, a tua origem, o teu ponto de partida, quando o orgulho, a inveja, o ateísmo, surgindo mesmo no centro da luz, a indocilidade e a revolta te fizeram falir em condições que exigem a primitiva encarnação humana. Não desvies horrorizado o olhar, antes bendize do Senhor que te permite elevar os olhos para ele e entrever a imagem da perfeição nos Espíritos radiosos que o cercam.

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Opinião de Kardec sobre Os Quadros Evangelhos

Essa obra compreende a explicação e a interpretação dos Evangelhos, artigo por artigo, com a ajuda de comunicações ditadas pelos Espíritos. É um trabalho considerável e que tem, para os Espíritas, o mérito de não estar, em nenhum ponto, em contradição com a doutrina ensinada pelo Livro dos Espíritos e o dos Médiuns. As partes correspondentes às que tratamos no Evangelho Segundo o Espiritismo o são em sentido análogo. Aliás, como nos limitamos às máximas morais que, com raras exceções, são claras, estas não poderiam ser interpretadas de diversas maneiras; assim, jamais foram assunto para controvérsias religiosas. Por esta razão é que por aí começamos, a fim de ser aceito sem contestação, esperando, quanto ao resto, que a opinião geral estivesse mais familiarizada com a Idéia espírita.

O autor desta nova obra julgou dever seguir um outro caminho. Em vez de proceder por gradação, quis atingir o fim de um salto. Assim, tratou certas questões que não tínhamos julgado oportuno abordar ainda e das quais, por consequência, lhe deixamos a responsabilidade, como aos Espíritos que as comentaram. Consequente com o nosso princípio, que consiste em regular a nossa marcha pelo desenvolvimento da opinião, até nova ordem não daremos às suas teorias nem aprovação nem desaprovação, deixando ao tempo o trabalho de as sancionar ou as contraditar. Convém, pois, considerar essas explicações como opiniões pessoais dos Espíritos que as formularam, opiniões que podem ser justas ou falsas e que, em todo o caso, necessitam da sanção do controle universal, e, até mais ampla confirmação, não poderiam ser consideradas como partes integrantes da doutrina espírita.

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Quando tratarmos destas questões fa-lo-emos decididamente. Mas é que então teremos recolhido documentos bastante numerosos nos ensinos dados de todos os lados pelos Espíritos, a fim de poder falar afirmativamente e ter a certeza de estar de acordo com a maioria. É assim que temos feito, todas as vezes que se trata de formular um princípio capital. Dissemo-lo cem vezes, para nós a opinião de um Espírito, seja qual for o nome que traga, tem apenas o valor de uma opinião individual. Nosso critério está na concordância universal, corroborada por uma rigorosa lógica, para as coisas que não podemos controlar com os próprios olhos. De que nos serviria dar prematuramente uma doutrina como uma verdade absoluta se, mais tarde, devesse ser combatida pela generalidade dos Espiritas?

Dissemos que o livro do Sr. Roustaing não se afasta dos princípios do Livro dos Espíritos e do dos médiuns. Nossas observações são feitas sobre a aplicação desses mesmos princípios à interpretação de certos fatos. É assim, por exemplo, que dá ao Cristo, em vez de um corpo carnal, um corpo fluídico concretizado, com todas as aparências da materialidade e de fato um agênere. Aos olhos dos homens que não tivessem então podido compreender sua natureza espiritual, deve ter passado em aparência, expressão incessantemente repetida no curso de toda a obra, para todas as vicissitudes da humanidade. Assim seria explicado o mistério de seu nascimento. Maria teria tido apenas as aparências da gravidez. Posto como premissa e pedra angular, este ponto é a base em que se apoia para a explicação de todos os fatos extraordinários ou miraculosos da vida de Jesus.

Nisso nada há de materialmente impossível para quem quer que conheça as propriedades do envoltório perispirital. Sem nos pronunciarmos pró ou contra essa teoria, diremos que ela é, pelo menos, hipotética, e que se um dia fosse reconhecida errada, em falta de base todo o edifício desabaria. Esperamos, pois, os numerosos comentários que ela não deixará de provocar da parte dos Espíritos, e que contribuirão para elucidar a questão. Sem a prejulgar, diremos que já foram feitas objeções sérias a essa teoria e que, em nossa opinião, os fatos podem perfeitamente ser explicados sem sair das condições da humanidade corporal.

Essas observações, subordinadas à sanção do futuro, em nada diminuem a importância da obra que, ao lado de coisas duvidosas, em nosso ponto de vista, encerra outras incontestavelmente boas e verdadeiras, e será consultada com fruto pelos Espíritas sérios.

Se o fundo de um livro é o principal, a forma não é para desdenhar e contribui com algo para o sucesso. Achamos que certas partes são desenvolvidas muito extensamente, sem proveito para a clareza. A nosso ver, se, limitando-se ao estritamente necessário a obra poderia ter sido reduzida a dois, ou mesmo a um só volume e teria ganho em popularidade.

(Allan Kardec, "Revista Espírita", ed. Julho de 1866 - Ed. Edicel)

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Opinião de Dr. Bezerra de Menezes, quando encarnado,sobre a obra "Os Quatro Evangelhos"

"O Espiritismo não é, com julgam os padres ser a revelação messiânica, a última palavra sobre as verdades que Deus, em seu amor pela humanidade, faz baixar do céu à Terra.

Enquanto o homem não chegar ao último grau da perfeição intelectual, o de penetrar todas as leis da criação, a revelação não chegará a seu termo, pois que ela é progressivamente mais ampla, na medida do desenvolvimento da faculdade compreensiva do homem.

O Espiritismo, pois, tendo dado mais do que as anteriores revelações, muito terá ainda que dar, porque muito terá ainda que progredir a humanidade terrestre.

Allan Kardec, Espírito preposto por Jesus para reunir em um corpo de doutrina ensinos confiados, pelo mesmo Jesus, ao Espírito da Verdade, constituído por uma legião de Altíssimos Espíritos, só apanhou o que estes deram - e estes só deram o que era compatível com a compreensão atual do homem terreal.

Mas o homem, como já foi dito, não cessa de desenvolver a sua faculdade compreensiva e, pois, os principais fundamentos da revelação espírita, compreendidos nas obras fundamentais de Allan Kardec, tendem constantemente a se alargar em extensão e compreensão, como ele mesmo veio alargar os princípios fundamentais do ensino ou revelação messiânica - e como esta veio alargar os da revelação mosaica.

A Allan Kardec sobrevivem outros missionários da verdade eterna que, sem destruir a obra feita, porque esta é firmada na lei e a lei é imutável, darão mais luz, para mais largo conhecimento das faces mais obscuras daquela verdade.

Eis aí que já apareceu Roustaing, o mais moderno missionário da lei, que em muitos pontos vai além de Allan Kardec, porque é inspirado como este, mas teve por missão dizer o que este não podia, em razão do atraso da humanidade.

Não divergem no que é essencial, mas sim nos modos de compreender a verdade, porque esta, sendo absoluta, nos aparece sob mil fases relativas - relativas ao nosso grau de adiantamento intelectual e moral, que um não pode dispensar o outro, como as asas de um pássaro não se podem dispensar, para o fim de ele se elevar às alturas.

Roustaing confirma o que ensina Allan Kardec, porém adianta mais que este, pela razão que já foi exposta acima.

É, pois, um livro precioso e sagrado o de Roustaing..."

(Bezerra de Menezes - em "A Gazeta de Notícias, de 22/04/1897, respondendo a um leitor acerca da obra "Elucidações Evangélicas", de Antônio Luiz Sayão, que resume num único volume o conteúdo da obra de Roustaing)

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Edgard ArmondAliança

Nasceu a 14 de

junho de 1894, em

Guaratinguetá,

Estado de São

Paulo.

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Breve Biografia0 Em 1910, na cidade natal, iniciou estudos sobre religiões e filosofias, demorando-se mais nos conhecimentos orientais, mais ricos de ensinamentos e de tradições. Em 1921, comandando na cidade de Amparo, entrou para a Maçonaria, para conhecimento desse setor tradicional, deixando de frequentá-la alguns anos depois, no grau de mestre.

Regressando à capital, fez contatos pessoais com líderes esoteristas, ocultistas e espíritas, entre outros Krishnamurti, Krum Heler, Jenerajadasa, Raul Silva (sobrinho de Batuíra) e o famoso médium Mirabelli, então em franco destaque no setor de efeitos físicos.

Dessa data até 1935, os acontecimentos políticos do país absorveram-no nas funções militares no Estado e fora dele. Em 1936 concorreu a formar, a convite de Canuto Abreu, um grupo de estudos e praticas espirituais, que funcionava na residência do referido Canuto, nessa época visitou vários Centros Espíritas particulares, que se dedicavam exclusivamente a trabalhos de efeitos físicos nos arrabaldes da capital, todos animados pelos resultados notáveis obtidos pela família Prado, em Belém do Pará.

Lera, a essa altura, grande parte da literatura espírita e, um domingo à tarde, anos mais tarde (1939), passando pela rua do Carmo, notou aglomeração à porta da Associação das Classes Laboriosas; indagando, soube que ali estava se realizando uma comemoração de Kardec. Entrou e assistiu parte dela, ali vendo e ouvindo alguns líderes espíritas antigos, estando também presente o médium Chico Xavier, que apenas iniciava sua tarefa mediúnica, que nessa reunião recebeu um livreto intitulado Palavras do Infinito, de Humberto de Campos, contendo mensagens avulsas de entidades desencarnadas, distribuído pela recém-formada Federação Espírita do Estado de São Paulo.

Em 1939, já estando licenciado para reforma do serviço ativo, passou pela rua Maria Paula, para onde a Federação havia se mudado há poucos dias e, vendo à porta uma placa com o letreiro "Casa dos Espíritas do Brasil", entrou, sendo muito bem recebido, no corredor, pelo confrade João dos Santos, e por este apresentado a outros que ali se encontravam, com os quais palestrou algum tempo, sendo em seguida, convidado a colaborar, convite que aceitou. Dias depois, recebeu um memorando assinado por Américo Montagnini, presidente recém-eleito, comunicando haver sido eleito para o cargo de secretário-geral da Federação. Com essa eleição imprevista, fechou-se o círculo de sua integração no Espiritismo, sendo o primeiro ato de uma série de árduos e prolongados trabalhos, somente encerrados quando, por moléstia e velhice, retirou-se da Administração da Casa em 1967.

Como a Federação apenas se instalara naquele prédio, adaptado para sua sede própria, nada encontrou organizado ou em funcionamento regular, estando tudo por fazer, em todos os setores. João Batista Pereira, na eleição então realizada, deixara a presidência para Américo Montagnini e na sigla "Casa do Espíritas do Brasil" se fundiram a Sociedade Espírita São Pedro e São Paulo, até então dirigida pelo Dr. Augusto Militão Pacheco, a Sociedade de Metapsíquica de São Paulo, dirigida pelo dr. Shalders (que era um desdobramento do grupo de estudos de 1936) e a própria Federação.

O primeiro contato mediúnico na Casa foi com o auxílio da médium particular Sra. N. A., esposa de um tabelião da capital, e foi por ela que dr. Bezerra (na ocasião assumindo a direção espiritual da Casa) transmitiu a frase conhecida: "No mundo, o Brasil; no Brasil, esta terra que tem o nome do grande apóstolo; e aqui, esta nossa casa, que será um farol a iluminar a Humanidade".

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0 Naqueles primeiros dias, predominavam por toda parte os efeitos físicos e era marcante a falta de médiuns de confiança para o intercâmbio com o Plano Espiritual Superior; atendendo a um pedido, o Espírito Bezerra de Menezes prometeu sanar a lacuna; passados poucos meses, apareceu na Casa um rapaz moreno escuro, que se dizia graxeiro da Sorocabana, em Assis, e médium de incorporação. Submetido a uma prova, satisfez plenamente. Chamava-se Ary Casadio e ficou combinada sua mudança para a capital, sob a proteção da Casa, onde ficou alojado. Mais tarde, trouxe esposa e filhos pequenos e se dedicou inteiramente aos trabalhos da Casa, prestando durante longo tempo ótimos serviços, tanto internos como externos, em ocasiões solenes e em trabalhos práticos, inclusive depois dos congressos de unificação realizados a partir de 1947, acompanhando, inclusive, como médium, a Caravana da Solidariedade, que viajou por vários estados do País, na propaganda da unificação doutrinária. Para melhorar as condições da família, arranjou-se-lhe um emprego no Tribunal de Justiça, como escrevente; bem mais tarde formou-se em Direito e abandonou o serviço por conveniência familiar, mudando-se para Osasco.

O Grupo funcionou bem até 1950, data em que foi dissolvido por não haver concordado com a criação da Escola de Aprendizes do Evangelho, exceto dois membros: Paulo Vergueiro e Carlos Jordão, que fora convidado e passou a fazer parte do Grupo nos últimos dois anos.

Durante suas reuniões, duas coisas importantes aconteceram: 1) Manifestou-se pela primeira vez a entidade feminina designada pelo nome de "Castelã", que a partir de então, dispensou ao Grupo valiosíssima colaboração e 12 anos mais tarde, em 1953, pelo médium Divaldo, se identificou como protetora pessoal do comandante, tendo sido, na Itália papal, rainha de Nápoles, em 1481, como Margarida de Médicis. 2) Em uma de suas reuniões, em 1941, surgiu de improviso um médium desconhecido, jovem, que se dizia médico e se chama Élio.

Foi nesta imprevista reunião que foram feitos os primeiros contatos com Ismael, o preposto de Jesus para a condução espiritual do Brasil, o qual, incorporado no referido médium e sob controle do vidente Verri, transmitiu suas primeiras instruções ao comandante, investindo-o na tarefa de dirigir a Federação, estabelecendo a prevalência do Espiritismo Evangélico e construindo, oportunamente, as bases para o êxito desse transcendente empreendimento espiritual.

E como o comandante alegasse que isso era tarefa não para um, mas para muitos, Ismael respondeu dizendo: "Você foi o escolhido e aqui será o chefe; e terá todo nosso apoio enquanto for fiel ao programa que estabelecemos, com toda liberdade para realizá-lo".

O comandante ponderou mais uma vez que estava apenas iniciando a organização da Casa, estando quase que só, ao que Ismael respondeu, abrindo os braços e mostrando ao vidente uma vasta planície a perder-se no horizonte e toda tomada por guerreiros vestidos de armaduras antigas, cobertos de capacetes brilhantes: “Não estarás só; terás o apoio de todos”; e repetindo energicamente a frase e entregando-lhe um montante luminoso (espada antiga manejada com as duas mãos): "Aqui serás o chefe e esta é a espada do comando".

E rematou a entrevista dizendo: “Para te auxiliar nos primeiros dias como conselheiros e elementos de ligação conosco, colocaremos junto a ti três companheiros valorosos. Este, disse apontando o primeiro deles, chamarás Lorenense; este, mostrando o segundo, chamarás Lusitano; e este, apontando o terceiro, chamarás Britânico”.

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Aliança Espírita Evangélica

A Aliança é um ideal de vivência

espírita consubstanciado em um

programa de trabalho e fraternização.

Não é uma nova sociedade espírita nem

representa divisão ou competição em

relação a quaisquer instituições ou

sistemas, mas sim uma realização

simples, honesta e positiva de

fraternização integrada para se efetivar

o Ideal de vivência evangélica na

comunidade dos adeptos, com

desprendimento e humildade cristãos.

QUAIS SÃO AS SUAS FINALIDADES:Tornar efetivo o ideal de vivência do Espiritismo Religioso na

comunidade de seus adeptos.Difundir o Espiritismo Religioso, como revivescência do Cristianismo

Primitivo, agremiando instituições espíritas que comunguem os mesmos

ideais.Propugnar pela criação e funcionamento nos Grupos Integrados, de

Escolas de Aprendizes do Evangelho, de Cursos de Médiuns e de

Assistência Espiritual nos termos estabelecidos na década de 1940 pelo

Plano Espiritual Superior, em caráter gratuito, aberto e livre de

quaisquer restrições ou discriminações, inclusive religiosas.

Estimular a aplicação dos programas de Mocidade Espírita e de

Evangelização Infantil nos seus Grupos Integrados.

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Aliança Espírita e Federação Espírita

0 26/06/2003 - Por que a disciplina dos centros da aliança espírita é mais rigorosa que outros centros? Qual a diferença entre Edgar Armond e Allan Kardec? Qual a diferença entre a Federação Espírita e Aliança Espírita?

0 Os centros espíritas são instituições livres, que quando adotam a orientação Kardecista, se obrigam a ser coerentes com o que ensinou Allan Kardec. Maior ou menor rigor nesta ou noutra face das atividades dos centros, dependem de cada diretoria.

0 Não sabemos no que a Aliança Espírita Evangélica é mais rigorosa, pois não conhecemos a sua intimidade. Sabemos sim, que eles tem em alta conta os evangelhos, e acham que através dos evangelhos que o mundo pode se regenerar.

0 Há um estímulo muito forte para o que eles chamam de reforma íntima. Allan Kardec foi o codificador do Espiritismo, mas não foi apenas isto, pois ele foi também, elaborador, construtor da doutrina, juntamente com os espíritos superiores. Edgard Armond foi um seguidor do Espiritismo. Grande organizador, fez todo o plano das escolas da Federação Espírita do Estado de São Paulo, dando a impulsão para as escolas de espiritismo que depois surgiram em muitos lugares.

0 A sua tese no 1º Congresso Espírita do Estado de São Paulo, em 1947, foi vitoriosa e dali nasceu a União Social Espírita, que se transformou mais tarde em União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo.

0 Foi o criador da Aliança Espírita Evangélica, juntamente com alguns dos seus mais diretos colaboradores. Entretanto, Edgard Armond tinha grande conhecimento das doutrinas orientalistas e há os que o acusam de orientalizar o Espiritismo.

0 Criou os passes padronizados e os denominou Pasteur 1 – 2 – 3 etc – sendo cada tipo de passes, com inúmeros movimentos das mãos, para cada tipo de problema. Tanto a FEESP como a Aliança são entidades que federam centros espíritas e colocam nos centros federados os seus modelos de Doutrina e os seu cursos de Espiritismo.

0 Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/p0925.html

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RamatisRamatís é um Mestre espiritual, proveniente do sistema estelar de

Sírius, onde logrou a libertação do ciclo reencarnatório, vindo para

a Terra há mais de 40 mil anos atrás, trazendo consigo

conhecimentos ocultos que compuseram a milenar Aumbandhã, em

transmigração missionária, acompanhando um grupo de espíritos

aqui exilados à época das extintas civilizações da Lemúria e da

Atlântida, cuja evolução assumiu o compromisso de acompanhar, e,

desde então, vem contribuindo ininterruptamente para a evolução e a conscientização crística da humanidade terrena.

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Breve Biografia0 Viveu uma encarnação física na antiga Lemúria, cujos registros se perderam no tempo, sobre a qual não se tem maiores informações.

0 Ramatís viveu depois encarnado na Atlântida há 28 mil anos, ao tempo de Antúlio de Maha-Ethel, quando pertenceu à classe sacerdotal, na figura do grande filósofo Shy Ramat, integrante de um dos santuários da época, o Templo do Sol e da Paz, onde foi contemporâneo do Espírito que mais tarde seria conhecido sob o pseudônimo de Allan Kardec, o posterior codificador do Espiritismo, que então era profundamente dedicado à matemática e às chamadas ciências positivas.

0 Foi então um iniciado nos conhecimentos ocultos da Aumbandhã, a Lei Maior Divina, Sabedoria Secreta ou Conhecimento Integral, sistema religioso-filosófico-científico setenário esotérico, cultuado nos Templos da Luz atlantes, trazido de outras constelações do infinito cósmico para contribuir com a evolução da humanidade terrena, e que embasou as filosofias espiritualistas posteriormente formadas, principalmente as filosofias herméticas.

0 No século XIV a.C, no antigo Egito, Ramatís foi o grão-sacerdote Merí Rá, no reinado do faraó Amenhotep IV (1372 a.C – 1354 a.C), promotor de uma grande reforma religiosa, substituindo as antigas divindades do panteão egípcio pelo culto monoteísta a Aton, o disco solar, tendo mudado seu próprio nome para Akhenaton.

0 Nessa ocasião, Merí Rá teve a oportunidade de salvar da execução sumária um modesto aguadeiro, que, inadvertidamente, respingou água nas sandálias de uma dama da nobreza egípcia, assumindo para si a sua tutela perante o faraó, e que, mais tarde, reencarnou na figura de seu médium Hercílio Maes.

0 Posteriormente, em nova passagem pelo Egito, Ramatís teve outro encontro encarnatório com Kardec, que foi então o sacerdote Amenófis, médico e estudioso do “Livro dos Mortos” e dos fenômenos do Além, ao tempo do faraó Merneftá (1225 a.C. – 1215 a.C), filho de Ramsés II.

0 Segundo o mestre Hilarion de Monte Nebo, e outros sublimes mensageiros espirituais, Ramatís ainda viveu anteriormente na figura de Essen, filho de Moisés e fundador da Fraternidade Essênia, fiel seguidora dos ensinamentos Kobdas; mais tarde, viveu na Hebréia sob a roupagem de Nathan, o grande conselheiro de Salomão. (...)

0 Fonte: http://www.fraternidaderamatis.org/novo/component/content/article/35-conteudo-geral/53-quemehramatis.html

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Pensamentos de Ramatis e da doutrina Espírita

1- Astrologia:Doutrina Espírita – Kardec deixa bem claro a posição do Espiritismo em “A Gênese” e há respostas dos espíritos indicando claramente que essa é uma crença supersticiosa e sem fundamento. O Espiritismo se baseia no livre-arbítrio;Ramatis – Aceita a astrologia plenamente, e diz ainda que Jesus teve que esperar uma conjunção astrológica em Peixes para vir à Terra.2- JesusDE – O modelo e guia da humanidade. Espírito perfeito. O Cristo, o Ungido;Ramatis – Um espírito que, embora superior, foi um aprendiz dos essênios, tendo inclusive encarnado outras vezes na Terra. Numa dessas encarnações, segundo Ramatis, Jesus fora Antúlio de Maha-Ettel, líder da mitológica Atlântida. Para Ramatis, Jesus não é o Cristo, mas um médium do mesmo;3- Métodos ContraceptivosDE – Só é prejudicial se utilizado para satisfação da sensualidade, o que seria sinal de egoísmo. Apóia o planejamento familiar;Ramatis- Condenados todos. Para o casal não ter filhos, tem que praticar a abstinência. Sexo só foi feito para procriação. Todo casal tem que ter, no mínimo, quatro filhos para estar quite com a lei;4- Fim dos temposDE – Não acredita. Fala de uma renovação gradual através do avanço moral da humanidade. Fala em convulsões sociais, embates de idéias como sinais da renovação futura;Ramatis – Aposta em um cataclisma de proporções globais, com elevação abrupta do eixo da Terra, que ceifará a vida de 2/3 da população. Após essa hecatombe, a Terra se tornará um planeta mais adiantado. Um suposto astro intruso, vulgarmente apelidado de “planeta chupão”, causaria tal destruição;5 – VegetarianismoDE – Deixa-nos à vontade para escolher, embora alerte em relação a crueldade com os animais. Deixa a entender que essa será uma opção predominante no futuro, mas que não representa uma transgressão “uma vez que a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece”.Ramatis – O consumo de carne é um grave erro do ponto de vista espiritual, além de causar prejuízos à saúde.6- Incensos, defumadores, amuletos, talismãs, ação de objetos materiais sobre os espíritos e sobre os fluidosDE – Não admite qualquer ação da matéria sobre os espíritos ou sobre os fluidos ambiente;Ramatis – Os defumadores e incensos são “detonadores de miasmas astralinos”, i.é, teriam efeito sobre os fluidos ambiente. A palavra AUM, quando pronunciada, nos ligaria ao Cristo Planetário;7 – Médiuns Receitistas e médiuns curadoresDE – O médium receitista é psicógrafo;Ramatis – O médium receitista é curador;8 – Planeta Marte e vida extraterrestreDE – Não se imiscui em questões que dizem respeito aos esforços da ciência humana. Espíritos podem trazer contribuições esporádicas, que no entanto deverão aguardar confirmação para serem plenamente aceitas;Ramatis – Descreve vida material em Marte, com existência de vegetação abundante, oceanos, mares e florestas. Vai além e arrisca “revelar” a existência de 12 planetas no Sistema Solar, que comporiam a côrte dos “dozes apóstolos planetários do Cristo Solar”.

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Mais alguns conceitos e ideias de Ramatis:

1- As plantas carnívoras possuem o eterismo (?) empregado de desejos e de paixão, porque elas participam do sexto mundo astral, que é a dos desejos e que precede o mundo etéreo. (in “Mensagens do Astral”, p.269)

2- A órbita do planeta que teria destruído a Terra até 1999 é de 6.666 anos. (Ele previu a data da destruição, mas nada aconteceu) (idem)

3- Marcianos teriam atirado contra um caça americano F-15 e o reencarnado em Marte para compensar. (“O Planeta Marte e os Discos Voadores”)

4- Os essênios já conheciam o Espiritismo. (“O Sublime Peregrino”)

5- Aqueles que não alcançam uma evolução razoável na Terra no período exato de 2160 anos são exilados para outro orbe. (Mensagens do astral, p.255)

6- Ramatis prevê uma guerra com emprego de armas atômicas no último terço do séc. XX entre os dois continentes mais poderosos (quais?) (“Mensagens…”, p. 230)

7- Até o ano 2000, os pólos estariam livres do gelo. (idem, p.228)

8- Gigantes (pessoas altas?) são provenientes dos satélites jupiterianos, enquanto os anões são antigos emigrados do satélite de Marte. (idem, p.212)

9 – O espírito do homem é um fragmento do espírito de Deus. (idem, p.207)

10- Rituais, mantras, etc. são meios de se alcançar o “Cristo Planetário”. (idem, p. 302)

11- Júpiter é descrito por Ramatis como um planeta de substância rígida, contundente, enquanto, na verdade, é um planeta eminentemente gasoso. (“A Vida no Planeta Marte”, cap. V)

12- A calvície masculina e feminina seria causada pelo não acompanhamento das fases da Lua para o corte. (“Magia de Redenção”)

Fonte: studosespiritas-milsoliva.blogspot.com.br/2011/04/diferencas-entre-ramatis-e-doutrina.html

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Herculano Pires escreve sobre RamatisAlém das confusões habituais entre Umbanda e Espiritismo, Esoterismo, Teosofia, Ocultismo e Espiritismo, há outras formas de confusão que vêm sendo amplamente espalhadas no meio espírita. São as confusões de origem mediúnica, oriundas de comunicações de espíritos que se apresentam como grandes instrutores, dando sempre respostas e informações sobre todas as questões que lhes forem propostas. Um exemplo marcante é o de Ramatis, cujas mensagens vêm sendo fartamente distribuídas.

Qualquer estudioso da Doutrina percebe logo que se trata de um espírito pseudo-sábio, segundo a “escala espírita” de Kardec. Não obstante, suas mensagens estão assumindo o papel de sucedâneos das obras doutrinárias, levando até mesmo oradores espíritas a fazerem afirmações ridículas em suas palestras, com evidente prejuízo para o bom conceito do movimento espírita.

Não é de hoje que existem mensagens dessa espécie. Desde todos os tempos, espíritos mistificadores, os falsos profetas da erraticidade, como dizia Kardec, e espíritos pseudo-sábios, que se julgam grandes missionários, trabalham, consciente ou inconscientemente, na ingrata tarefa de ridicularizar o Espiritismo. Mas a responsabilidade dos que aceitam e divulgam essas mensagens não é menor do que a dos espíritos que as transmitem.

Por isso mesmo, é necessário que os confrades esclarecidos não cruzem os braços diante dessas ondas de perturbação, procurando abrir os olhos dos que facilmente se deixam levar por elas.

O Espiritismo é uma doutrina de bom senso, de equilíbrio, de esclarecimento positivo dos problemas espirituais, e não de hipóteses sem base ou de suposições imaginosas. As linhas seguras da Doutrina estão na Codificação Kardeciana.

Não devemos nos esquecer de que a Codificação representa o cumprimento da promessa evangélica do Consolador, que veio na hora precisa.

Deixar de lado a Codificação, para aceitar novidades confusas, é simples temeridade. Tanto mais quando essas novidades, como no caso de Ramatis, são mais velhas do que a própria Codificação.”

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Pietro UbaldiPietro Ubaldi, filho do casal Lavínia e Sante Ubaldi, nasceu em 18 de Agosto de 1886, Nasceu em terras

franciscanas, na cidade de Foligno, Província de Perúgia, na Itália .

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Princípios da Obra de Pietro Ubaldi

0 0 1) “O primeiro dever de qualquer movimento que nasce é orientar, claramente, seu pensamento e declarar com sinceridade seus objetivos : uma linha de

conduta segundo princípios aos quais, depois, deverá permanecer fiel.

0 2) O que importa não é a pessoa, mas a ideia.

0 3) Todos nós temos o dever do exemplo, primeiro dever, somente com o qual se podem pregar quaisquer princípios, demonstrando, antes com fatos que com palavras, que eles podem ser vividos.

0 4) Oferecer, nunca impor a verdade. Eis o patrimônio espiritual de cada consciência. Nunca introduzir-se na alma alheia com a violência da argumentação, numa guerra de ideias, para subjugar o semelhante; antes, procurar todos os meios de comunicação que conduzam à compreensão.

0 5) A nova era é a da bondade na compreensão recíproca: da convicção de todos no seio de um mesmo Deus: é a era do amor. O princípio é: procurar o que une e evitar o que divide.

0 6) Evitar o espírito de polêmica, pois este é considerado como expressão na psicologia de um tipo biológico atrasado, que está sendo, cada vez mais, superado pela evolução.

0 7) Compreendamos que a verdade é relativa e progressiva e que nos foge em seu aspecto absoluto. Nós relativos, não podemos possuí-la senão por progressivas aproximações.

0 8) Sejamos sempre construtivos, isto é, operemos em sentido positivo, unitário, como é o bem, e jamais sejamos destrutivos, isto é, nunca sejamos em sentido negativo, separatista, como é o mal.

0 9) Que o Evangelho, tão pouco vivido até hoje, transforme-se na forma de vida do homem novo, num novo método de viver, que penetre cada ato nosso, demonstre que somos evolvidos e se manifeste com nosso exemplo a cada momento.

0 10) Nosso lema é: Universalidade e Imparcialidade”.

0 Fonte: http://www.ubaldi.org/biblioteca/reflexoes/1322-principios-da-obra-de-pietro-ubaldi

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A mensagem que Pietro Ubaldi enviou ao VI Congresso Espírita Pan-Americano, realizado neste mês em Buenos Aires [outubro de 1963], vem causando estranheza nos meios doutrinários. Depois de discorrer sobre a estagnação das religiões, o autor de A

Grande Síntese chega às seguintes conclusões:

1 - O Espiritismo estacionou na teoria da reencarnação e na prática mediúnica;2 - Não possuindo “um sistema conceptual completo”, não pode ele ser levado a sério pela cultura atual;3 - A filosofia espírita é limitada, não oferece uma visão completa do Todo e “não abrange todos os momentos da lei de Deus;4 – O Espiritismo não construiu uma “teologia espírito-científica, que explique o que a católica não explica”;5 - O Espiritismo “corre o perigo de ficar parado no nível Allan Kardec, como o catolicismo ficou no nível São Tomás e o protestantismo no nível Bíblia”.Diante dessa situação, propõe Ubaldi a adoção, pelo Espiritismo, dos livros de sua autoria, abrangendo a “série italiana” e a “série brasileira”. E explica: “Trata-se de um produto realizado de uma forma que permite que ele caiba dentro do Espiritismo, porque atingido por inspiração, que é por ele julgada a mais alta forma de mediunidade, aquela consciente, controlada pela razão”. E logo mais afirma: “Só assim o Espiritismo poderá avançar paralelo à ciência e exigir atenção de parte dos materialistas, porque usa a forma mental e os métodos racionais dele. Só assim o Espiritismo poderá sair do trilho dos costumeiros conceitos que se repetem nas sessões mediúnicas e colocar-se no nível do mais adiantado pensamento moderno, penetrando no terreno da filosofia e da ciência e situando-se na sua altura”.

Fonte: http://coerenciaespirita.blogspot.com.br/2005/03/herculano-pires-responde-proposta-de.html

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Pensamentos dos seguidores de Ubaldi

0 Encarnações

Pietro Ubaldi teria sido Simão Pedro, o apóstolo que traiu Cristo três vezes. A ele teria sido confiada a missão de trazer para a humanidade as chaves do reino dos céus. Como Simão Pedro ele fracassou em sua missão, mas como Pietro Ubaldi trouxe para a humanidade as chaves do conhecimento divino através dos 24 livros publicados. Um pouco sobre essa encarnação pode ser encontrada no último capítulo do livro “História de um Homem” . Outra encarnação teria sido na figura do frei Leão, companheiro íntimo de São Francisco de Assis, Tal convívio poderá ser percebido no capítulo “São Francisco de Assis” , do livro “Ascese Mística” e no capítulo “São Francisco no Monte Alverne” do livro “A Nova Civilização do Terceiro Milênio”. Aí se pode perceber que Pietro Ubaldi estava junto ao santo quando ele recebeu os estigmas, dada a força da linguagem usada e a descrição detalhada que só quem viveu aquele momento poderia fazê-lo. Isso explica o motivo de Pietro Ubaldi ter sido um franciscano por natureza.