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Ano 90 Fevereiro 2018 nº 2147 Clube do Livro Circulam neste mês: Divaldo em Franca Políticos Necessário e supérfluo Pág. 6 Pág. 4 Dos mais consagrados médiuns e oradores atuais, Divaldo, fiel mensageiro das palavras de Jesus, volta a Franca trazendo a lógica, o consolo e a emoção da Doutrina Espírita. Com mais de 250 obras publicadas em vários idiomas, tem levado a luz do Evangelho a todas as partes deste mundo sedento de paz e fraternidade. Dia 17 poderemos assisti-lo no Ginásio da Fundação Educan- dário Pestalozzi falando-nos sobre “Constelação familiar”, tema sempre atual e necessário, uma vez que o núcleo familiar é nos- sa primeira escola. Os convites estão sendo distribuídos no Idefran ao custo de R$ 35,00 com direito a um dos livros: Constelação Familiar ou S.O.S. Família, ambos de Joanna de Ângelis, psicografados por Divaldo. Os valores arrecadados serão destinados à Mansão do Ca- minho, obra assistencial implantada pelo médium há mais de 60 anos na capital de seu estado. Com sua habitual sabedo- ria, Chico Xavier ensinou que “Devemos orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do poder é muito grande. Eu não gostaria de estar no lugar de nenhum deles. A omissão de quem pode e não Veja na página 8 os livros do próximo mês Nosso Clube é a forma mais econômica de comprar livros espíritas Aconteceu em fevereiro... 06/02/1832 Casam-se, Allan Kardec e a professora Amélie-Gabrielle Boudet 10/02/1919 Nasce Olavo Rodrigues, maior divulgador do livro espírita em Franca 15/02/1925 Cairbar Schutel lança a Revista Internacional de Espiritismo 17/02/1927 Desencarna Johann Heinrich Pestalozzi, mestre de Allan Kardec 20/02/1822 Desencarna em Salvador, Joanna Angélica de Jesus (Joanna de Angelis) auxilia o povo, é comparável a um crime que se pratica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos espíritos dos que foram homens públicos na Ter- ra, em lastimável situação na Vida Espiritual...”

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Ano 90 Fevereiro 2018 nº 2147

Clube do LivroCirculam neste mês:

Divaldo em Franca

Políticos

Necessário e supérfluoPág. 6

Pág. 4

Dos mais consagrados médiuns e oradores atuais, Divaldo, fiel mensageiro das palavras de Jesus, volta a Franca trazendo a lógica, o consolo e a emoção da Doutrina Espírita. Com mais de 250 obras publicadas em vários idiomas, tem levado a luz do Evangelho a todas as partes deste mundo sedento de paz e fraternidade.

Dia 17 poderemos assisti-lo no Ginásio da Fundação Educan-dário Pestalozzi falando-nos sobre “Constelação familiar”, tema sempre atual e necessário, uma vez que o núcleo familiar é nos-sa primeira escola.

Os convites estão sendo distribuídos no Idefran ao custo de R$ 35,00 com direito a um dos livros: Constelação Familiar ou S.O.S. Família, ambos de Joanna de Ângelis, psicografados por Divaldo.

Os valores arrecadados serão destinados à Mansão do Ca-minho, obra assistencial implantada pelo médium há mais de 60 anos na capital de seu estado.

Com sua habitual sabedo-ria, Chico Xavier ensinou que “Devemos orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do poder é muito grande.

Eu não gostaria de estar no lugar de nenhum deles. A omissão de quem pode e não

Veja na página 8 os livros do próximo mês

Nosso Clube é a forma mais econômica de comprar livros

espíritas

Aconteceu em fevereiro...06/02/1832 Casam-se, Allan Kardec e a professora Amélie-Gabrielle Boudet10/02/1919 Nasce Olavo Rodrigues, maior divulgador do livro espírita em Franca 15/02/1925 Cairbar Schutel lança a Revista Internacional de Espiritismo17/02/1927 Desencarna Johann Heinrich Pestalozzi, mestre de Allan Kardec20/02/1822 Desencarna em Salvador, Joanna Angélica de Jesus (Joanna de Angelis)

auxilia o povo, é comparável a um crime que se pratica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos espíritos dos que foram homens públicos na Ter-ra, em lastimável situação na Vida Espiritual...”

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02 A Nova Era - Fevereiro 2018 A Nova Era - Fevereiro 2018

EditorialMais um carnaval

Com total dedicação, os fo-liões se preparam por meses.

Apesar das dificuldades fi-nanceiras da maioria, milhares de brasileiros se esforçam por momentos felizes no intenso gozo dos prazeres oferecidos naqueles poucos dias de folia. O próprio governo, que tem pouco dinheiro para projetos de real interesse social, desti-na verbas consideráveis à or-ganização do carnaval.

E então a alegre festa acon-tece e os irresponsáveis, os inocentes úteis e os crimino-sos têm liberdade de ação, acobertados pela multidão que festeja. O consumo de álcool e de drogas ilícitas explode, pro-vocando os mais diversos ti-pos de comportamentos inde-sejáveis, geradores de tristes consequências.

Esta é a visão, muito resu-mida, que os encarnados ob-servam.

Todo evento, porém, tem também seu lado espiritual. E no carnaval ele é de grande magnitude, com multidões de espíritos de baixo nível vibra-tório invadindo os espaços e propiciando um triste espetá-culo. Por sintonia de irrespon-sabilidades íntimas, vinculam--se aos foliões encarnados em um intercâmbio vibratório de conseqüências infelizes.

Vinganças há muito aguar-dadas e planejadas encon-tram o momento oportuno

AOS DOMINGOS - 9 horasPROGRAMA ESPÍRITA

“SEMENTEIRA CRISTÔRÁDIO FRANCA DO IMPERADOR

para, com a irresponsabilida-de reinante e a influência es-piritual inferior, ser desenca-deadas em orgias, acidentes e diversos tipos de doenças e sofrimentos, decorrentes dos excessos cometidos.

E, como grande complica-dor, nem tudo o que ocorre no carnaval termina com ele. Conseqüências negativas são observadas ao longo do tem-po: abortos, aprofundamen-to de viciações, desencarnes precoces, etc, etc.

No “reinado de momo”, se a maioria dos encarnados percebe apenas uma festa iluminada, alegre e bela, a es-piritualidade superior vê um ambiente espiritual denso e escuro, resultante das massi-vas vibrações de baixo teor.

Carnaval é evento que bem reflete nosso atual estado evolutivo voltado aos praze-res materiais. Vale perguntar: compensa participar de uma festa tão curta e que pode nos trazer tantos dissabores ao longo da vida?

Procuremos sintonia com nossos bons e verdadeiros amigos espirituais, reflitamos sobre os objetivos maiores de nossa encarnação e, no uso do livre arbítrio, tomemos a decisão de participar ou não dessa festa, tendo sempre em mente a sábia advertência de Paulo de Tarso: “tudo me é lícito, mas nem tudo me con-vém”...

Aprendendo com os Espíritos

Perante os parentes Os parentes são os marcos vivos das primeiras gran-des responsabilidades do Espírito encarnado. Intensificar os recursos de afeto, compreensão e boa--vontade para os afins mais próximos que não lhe compreen-dam os ideais. Dilatar os laços da estima além do círculo da parente-la. A humanidade é a nossa grande família. Acima de todas as injunções e contingências de cada dia, conservar a fidelidade aos preceitos espíritas cristãos, sendo cônjuge generoso e melhor pai, filho dedicado e com-panheiro benevolente. Cada semelhante nosso é degrau de acesso à Vida Superior, se soubermos recebê-lo por verdadeiro irmão. Melhorar, sem desânimo, os contatos diretos e indire-tos com os pais, irmãos, tios, primos e demais parentes, nas lides do mundo, para que a Lei não venha a cobrar-lhe novas e mais enérgicas experiências em encarnações próximas. O cumprimento do dever, criado por nós mesmos, é lei do mundo interior a que não poderemos fugir. Imprimir em cada tarefa diária os sinais indeléveis da fé que nutre a vida, iniciando todas as boas obras no âmbito estreito da parentela corpórea. Temos, na família consanguínea, o teste permanente de nossas relações com a Humanidade.

André Luiz/Waldo VieiraTrecho do Livro Conduta Espírita

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03A Nova Era - Fevereiro 2018

O ESPIRITISMOO Evangelho segundo o Espiritismo

Eurípedes B. Carvalho

O vocábulo “Espiritismo” foi criado por Kardec para designar a doutrina revela-da pelos Espíritos (3ª Reve-lação) e por ele codificada.

A primeira edição de “O Li-vro dos Espíritos” – arcabouço de seu corpo de doutrina-, da-tada de 18 de abril de 1857, assinala o cumprimento da promessa de Jesus de que nos enviaria o Consolador, cujo objetivo maior é o de im-plantar, no solo sagrado des-te planeta, O Reino de Deus.

Esse acontecimento me-morável para a história da Humanidade fecha, com a su-pervisão do Espírito de Ver-dade, a etapa final de um sá-bio plano divino, representado nas três grandes revelações: Moisés, Jesus e o Espiritismo.

Os Dez Mandamentos - Pri-meira Revelação -, têm como personagem central a emblemá-tica figura de Moisés. A Segunda, contida em o Novo Testamento, se personifica na enérgica, bran-da e amorável figura de Jesus. Mas o Espiritismo, na condição de Terceira Revelação, cumprin-do o papel histórico e profético de O Consolador Prometido, não se centraliza em um persona-gem, mas, sim, “nos Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos céus que, como um imenso exér-cito que se movimenta ao receber a ordem de comando espalham--se sobre toda a face da Terra”.(1)

“Trata-se, de qualquer ma-neira, de um ser coletivo, com-preendendo o conjunto dos se-res do mundo espiritual, cada qual trazendo aos homens o tributo de suas luzes, para fazê--los conhecer esse mundo e a sorte que nele os espera”.(2)

O Espiritismo por sua nature-za é ao mesmo tempo: religião, ciência e doutrina filosófica. Como religião, ele também não veio destruir a lei cristã, mas dar-lhe cumprimento. Tudo que ele ensina se baseia nos ensi-namentos de Jesus. Ao mesmo tempo em que a complementa e desenvolve, explica, de for-ma clara para todos, o que foi dito pelo Mestre em suas pré-dicas, parábolas e alegorias.

Como ciência, ele pesqui-sa, estuda e explica a natureza,

origem e destino dos Espíritos, bem como suas relações com o mundo material ou corporal e os fenômenos que os cercam.

Como filosofia, compreende todas as consequências mo-rais decorrentes dessas rela-ções. Seu conteúdo doutrinário acentua o valor das virtudes e a necessidade indispensável de adquiri-las. Mostra a carida-de como mãe de todas elas, a síntese, a essência de todos os valores morais que nos elevará à suprema condição de pureza.

Revela aos homens, pela me-diunidade, o esplendor das esfe-ras espirituais mais elevadas, e a dura e dolorosa realidade das re-giões umbralinas. Retoma a ver-dade milenar da doutrina reen-carnacionista e do livre- arbítrio, cujos mecanismos consagram

e esclarecem a Justiça Divina. Descortina a realidade da vida futura. Relata a necessidade da caminhada do Espírito em bus-ca de sua evolução. Comprova a pré-existência da alma e sua so-brevivência após a morte física, proclamando a sua imortalidade.

Enaltece a misericórdia do Pai, mostrando-O não como um Deus antropomórfico, mas sim, como “Inteligência Suprema, cau-sa primária de todas as coisas”.

Assim como o Cristo resu-miu toda a lei e os profetas em dois únicos mandamen-tos, também a Doutrina Espí-rita nos assevera: “Amai-vos, eis o primeiro mandamento.

Instruí-vos, eis o segundo”.Como doutrina, o Espiritis-

mo não disse e nem irá dizer a última palavra. No seu dinamis-mo, está sempre aberto a no-vas revelações. Na medida em que a humanidade cresce em conhecimento e evoluí moral e intelectualmente, ele cresce-rá com ela ou à frente dela, in-corporando novas verdades.

Já se disse com muita pro-priedade e pertinência: “O Espi-ritismo não será a religião do fu-turo, mas o futuro das religiões”.

(1) Prefácio de O Evangelho Segundo o Espiritismo

(2) Cap. I de O Evangelho Segundo o Espiritismo - item O Espiritismo

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fazer uma figura tão grande, ter aquilo que chama sua posição, ter cavalos, lacaios, satisfazer todas as suas pai-xões, etc. Ele crê faltar-lhe o neces-sário. Mas, francamente, o crês com direito a lamentar-se, quando ao seu lado há os que morrem de fome e de frio, sem ter um refúgio para repousar

a cabeça? O sábio – con-cluem -, para ser feliz, olha abaixo de si e jamais aci-ma, a não ser para ele-var sua alma até o infinito.” Quer dizer, para enobre-cer-lhe, mais ainda, a qua-lificação mo-ral.

E, aqui, nos cabe voltarmos à questão 715 do LE, que nos chama a atenção para a necessida-

de de conhecermos o limite do neces-sário. Ensina a resposta que o sábio o conhece por intuição e que muitos o conhecem às custas das próprias ex-periências. E, ao indagar se a Natureza não traçou o limite das nossas necessi-dades em nossa organização, Kardec obteve a seguinte resposta, segundo a questão 716: “Sim, mas o homem é insaciável. A Natureza traçou o limite

Necessário e supérfluoJoão Batista Vaz

O tempo já deve ter apagado das mentes telespectadoras a importância de certo evento que sempre tive vonta-de de relembrar a quantos interessem. No estudo que fazemos de O Livro dos Espíritos, alcançada a sua Parte III, capítulo V, ao deparar com o item “Ne-cessário e supérfluo”, fui cobrado pela lembrança da importante lição:

Há muitos anos, certo dono de ex-pressivo complexo empresarial, sendo entrevistado num programa de TV, a certa altura da entrevista, responden-do a inteligente pergunta do entrevis-tador, fez o que nos pareceu sábio e proposital ensinamento aos milionários como ele. Considerou que o ser huma-no, para garantir-se estável, tranquilo e feliz nada mais é necessário do que o que lhe basta para alimentar-se, mo-rar, vestir-se, recrear-se, educar-se, instruir-se e manter-se saudável. O entrevistador, todavia, por si e, quem sabe, pelos milhões de telespectado-res que, por certo, representava, inco-modado por saber enorme a fortuna do entrevistado, o inquiriu, incisivo: “Mas, e sua crescente fortuna? A resposta veio tranquila e serena, como serena e tranquila parecia ser a vida daquele mi-lionário: “O patrimônio cresce indepen-dentemente da minha vontade”, disse. E continuou: “Nem todos os ricos dese-jariam sê-lo, porém, em sendo, de ma-neira a não poder sufocar o próprio enri-quecimento, há de destinar sua riqueza ao bem-estar, à educação, à instrução, à saúde da sociedade a que pertence, especialmente dignificando a vida dos seus colaboradores e respectivas famí-lias. Se ao contrário, tudo o que excede os recursos necessários às despesas

pessoais e familiares de nada serve ao possuidor, senão para causar-lhe inse-gurança que o intranquiliza e infelicita.” E arrematou: “O homem está aqui, ocu-pando o seu espaço, vestindo, alimen-tando-se, divertindo-se, trabalhando, e o dinheiro que lhe excede o limite das necessidades, está lá, e de nada lhe serve, se misant ropo e indiferen-te ao que se passa com seus irmãos em Deus.”

( A d e -mais) Volte-mos a nossa atenção para a questão 923 da obra citada, que indaga aos I ns t ru to res espirituais se o que é su-pérfluo para uns não se torna neces-sário para outros, e reci-procamente, e veremos que a resposta vem afirma-tiva, a ensinar-nos que, de acordo com as nossas ideias materiais, nossos pre-conceitos, nossa ambição e todos os nossos defeitos ridículos, o futuro fará justiça, quando compreendermos a verdade. E exemplificam: “Sem dúvida, aquele que tinha cinquenta mil libras de renda e se encontra reduzido a dez, se crê bem infeliz porque não pode mais

de suas necessidades em sua orga-nização, mas os vícios alteraram sua constituição e ele criou para si neces-sidades que não são reais.”

E expõem os Instrutores ao nosso entendimento que aqueles que mono-polizam os bens materiais para obter o supérfluo em prejuízo daqueles a quem falta o necessário, desconhecem a lei de Deus e responderão pelas priva-ções que terão feito experimentar.

E como que aplicável à ambição desmedida dos nossos homens públi-cos da atualidade, Kardec expendeu a seguinte consideração a respeito do tema, já preocupante ao seu tempo: “O limite do necessário e do supérfluo nada tem de absoluto. A civilização criou necessidades que os selvagens não têm, e os Espíritos que ditaram esses preceitos não pretendem que o homem civilizado deva viver como selvagem.” Mas, terminou asseveran-do: “Os que vivem às custas das pri-vações alheias exploram os benefícios da civilização em seu proveito; não têm da civilização senão o verniz, como há pessoas que não têm da religião senão a máscara.”

O que disse, então, Kardec, senão que, ambiciosos e egoístas, tais deten-tores do poder não são nem civilizados, nem têm compromissos com a moral cristã, ou religiosa?

É tudo por quanto somos levados à consideração do que dizem os Es-píritos na questão 922, quanto a haver uma medida de felicidade comum para todos os homens: “para a vida material é a posse do necessário, para a vida moral, é a consciência tranquila e a fé no futuro.”

O Livro dos Espíritos

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05A Nova Era - Fevereiro 2018

AJE - BrasilO exemplo das meninas

Há matérias jornalísticas que reno-vam as esperanças para um mundo melhor, e com isso ressaltam o valor de um bom jor-nalismo para o progresso social. É o caso do texto “As minhas meni-nas”, de Mônica Bergamo, publicado na Fo-lha de S. Paulo (C2 Ilustrada, 14/01/2018). Nele, a jornalista discorre sobre a vida do casal Débora de Freitas Santos, 27, e Die-go de Freitas Santos, 27, do interior cearen-se, desde a imensa vontade de terem filhos, passando pelo início da gravidez, até a atual situação das filhas gêmeas Maria Ysabelle e Maria Ysadora, que nasceram unidas pela cabeça, em julho de 2016. Se a gravidez só trazia alegria, o ce-nário começou a mudar quando aos oito me-ses de gestação o casal descobriu que havia algo de errado com as filhas. E daí em diante surgiu o drama, que só foi aumentando com a colaboração de diversas pessoas que pas-saram pela vida de Débora e de Diego. Segundo Bergamo, ao fim do exame que detectou o problema, o médico disse que “os bebês eram ‘malformados. Muito mes-mo’”. Depois que a ressonância mostrou que as meninas eram unidas pela cabeça, outro médico disse: “Só Deus sabe o que vai ser”. Um terceiro profissional ainda afirmou: “Vou dizer uma coisa: é melhor que elas nas-çam mortas”. Mas Débora e Diego também conta-ram com a presença do amor divino, revelado nas atitudes da mãe de Débora: “Minha filha, se não der para operar, é coisa de Deus. Nós vamos cuidar das duas do mesmo jeito”. Depois de tantas humilhações vindas de profissionais despreparados, a família contou com a sensibilidade do neurocirur-gião Eduardo Jucá, que resolveu operar as meninas. Cearense, formando em medicina em Ribeirão Preto, buscou o apoio de antigos mestres do Hospital das Clínicas da Faculda-de de Medicina de Ribeirão Preto. O caso foi acolhido pela instituição. A equipe médica que cuida dele se desdobra para viabilizar as cirurgias, e desconectar as

irmãs fisicamente. Relata Bergamo, que “de-pois de um ano de exaustivo planejamento que envolveu mais de 30 pessoas, as meni-nas serão operadas em 17 de fevereiro no HC Criança, a unidade infantil do hospital”. “Serão quatro cirurgias em datas diversas. Em cada uma delas, uma parte do crânio será aberta. Veias e partes sobrepostas de uma área dos cérebros serão separadas. Tudo será fechado”. Após um ano é que há previsão para a quarta e última cirurgia, a que afastará as meninas uma da outra em definitivo. “Podemos ter que virar a noite ope-rando”, diz o doutor Hélio [Rubens Macha-do, neurocirurgião da equipe]. “Vai ser a última separação das veias, do cérebro, do osso. Vamos reconstruir a cabeça de cada uma delas – o crânio e a pele. Deixaremos por último o momento mais grave”. Afirma Bergamo, que “o procedimento mobilizará equipes de neurocirurgia, cirurgia plástica,

anestesistas, neurorradiologistas, pediatras e intensivistas. Tudo em dobro, pois serão duas na mesa de operação”. Débora e Diego nos ensinam o que é verdadeiramente exercer a missão de ser pai e mãe; de amar incondicionalmente. Toda equipe médica envolvida no caso, a começar por Eduardo Jucá, permite--nos compreender a importância do exercí-cio profissional fundado no respeito, na éti-ca, no amor, na esperança. Nossas vibrações de paz e luz a to-dos citados, em especial às meninas Maria Ysabelle e Maria Ysadora, almas imortais que muito nos ensinam sobre nossa transi-tória, mas importante passagem terrena.

Maria Auxiliadora Santos Essado é defensora pública e membro da Associação Jurídico-Espírita de São Paulo.

Tiago Cintra Essado é promotor de justiça e presidente da Associação Jurídico-Espírita do Brasil.

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Grupo Espírita Hotto Paiva – Início = 28/FEV – às 20h Informações: Tereza/Zenaide Branquinho – 9.9340.1403

Grupo Espírita Luz e Amor - Início – 20/FEV – às 20h Informações: 9.9989.2439

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06 A Nova Era - Fevereiro 2018 A Nova Era - Fevereiro 2018

POLÍTICOS A verdadeira política: a divina

Com sua habitual sa-bedoria, Chico Xavier en-sinou que “Devemos orar pelos políticos, pelos ad-ministradores da vida pú-blica. A tentação do poder é muito grande. Eu não gostaria de estar no lugar de nenhum deles. A omis-são de quem pode e não auxilia o povo, é compará-vel a um crime que se pra-tica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos espíritos dos que foram homens públicos na Terra, em lastimável situação na Vida Espiritual...”

São ensinamentos e advertências úteis e atu-ais, pois muitos de nossos dirigentes reiteradamente têm desprezado os eleva-dos ideais de que se dizem adeptos.

Lembremo-nos dos “coronéis” de antigamente, que possuíam, formados por pessoas simples e mi-seráveis, seus “currais de eleitores”. Com o passar dos anos o processo foi se sofisticando até chegar-mos à “perfeição” dos dias atuais, em que recursos públicos são desviados aos bilhões.

Com visão precipita-

da dos fatos, a maioria de nós se revolta com tal es-tado de coisas. Cabe-nos, porém, serenidade, pois “à medida que formos estu-dando o Evangelho e es-forçando-nos por viver de conformidade com ele, a lei divina será gravada em nosso perispírito, e che-gará então o dia em que saberemos cumpri-la ...”

(Eliseu Rigonatti – O Evan-gelho dos humildes)

Tenhamos convic-ção e fé plenas de que as ações humanas inevitavel-mente evoluirão, ao ponto em que, um dia, todos, po-líticos ou não, saberemos honrar os compromissos assumidos com a prática da lei divina de Justiça e de amor ao próximo em sua plenitude de honesti-dade e de ética.

Tristes tempos atu-ais, tristes resgates futu-ros! Nesta difícil fase, a melhor atitude é seguir o conselho de Chico e orar por todos, aí incluídos os dirigentes públicos, con-fiando que Jesus está no leme e o que for necessá-rio e justo, em seu devido tempo será derramado so-bre toda a Humanidade!

Ademir Gomes Pinheiro

No livro A Arte da Política, de Mansour Challita, editado no Rio de Janeiro, há passagens que merecem estudo aprofundado so-bre o assunto do qual tenho me valido ultimamente. Ao demons-trar que a sede do poder é a tôni-ca de todos os chefes-de-Estado, tanto nos países ditos democráti-cos tanto nos que usam a força para se manterem de pé, o autor, que com carinho tem divulgado a literatura árabe entre nós, cita esses conselhos de Émile Ollivier (1825-1913), os quais são, a seu ver, também a descrição do que a grande maioria dos políticos sen-te e faz em quase todos os países do mundo: “Consideras o mundo digno de tua atenção? Sê ambi-cioso, não de dinheiro (é ser pe-queno), mas de poder. Procura-o, conquista-o, goza dele, agarra--te a ele e abandona-o somente quando tuas forças estiverem tão esgotadas que não mais o possas segurar nem com as mãos nem com os dentes.”

O Espírito de Emmanuel, pelo médium Xavier, em seu livro Vinha de Luz (Rio, FEB, cap.59, “Política divina”), afirma peremp-tório: “O discípulo sincero do Evangelho não necessita respi-rar o clima da política adminis-trativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido./ O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora./ Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo./ Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado./ Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemu-nhou a sua grandeza celestial./ Que seria das organizações cris-tãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a

reis e ministros, câmaras e parla-mentos transitórios?/ Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho.”

Em seguida, recomenda--nos o amor a Deus e ao próxi-mo como a nós mesmos; cessar o egoísmo da animalidade pri-mitiva; fazer o bem aos que nos fazem mal; abençoar os que nos perseguem e nos caluniam; orar pela paz dos que nos ferem; ben-dizer os que nos contrariam o co-ração inclinado ao passado infe-rior; repartir as alegrias de nossos espíritos e os dons de nossas vi-das com os menos afortunados e mais pobres do caminho; dissipar as trevas, fazendo brilhar a nos-sa luz; revelar o amor que acalma as tempestades do ódio; manter viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento; levantar os caídos; ser a muleta benfeito-ra dos que arrastam sob aleijões morais; combater a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação; amar, compreender e perdoar sempre. Depois de nos inquirir se depen-deremos, acaso, de decretos hu-manos para meter mãos à obra, conclui:

“Lembra-te, meu amigo, de que os administradores do mun-do são, na maioria das vezes, ve-neráveis prepostos da Sabedoria Imortal, amparando os potenciais econômicos, passageiros e pere-cíveis do mundo; todavia não te esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida Eter-na, na execução das quais deve-mos edificar o Reino Divino, den-tro de nós mesmos.”

Qual a política que ado-tamos leitor amigo, em nossas vidas?

Dr. Elias Barbosa (1934-2011)

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O nome de Jesus tem um significado especial

07A Nova Era - Fevereiro 2018

Este mês, quem vai ensinar a todos os leitores infantis do Cantinho Scheilla é o cândido¹ Chico Xavier. Através de uma bela e comovente narrativa, o médium nos mostra que Jesus é sempre o socorro que faz presença na dor.

Cantinho Infantil “Scheilla”Vera Márcia SilvaScheilla

Diga “Jesus”, Valéria!

Entre os anos 1952 e 1958, na cidade de Pedro Leopoldo (Minas Gerais), o médium Francisco Cândido Xavier e alguns amigos visitavam, aos sábados, doentes e necessitados. O pequeno grupo de visita fraterna e carinhosa, além de doar pedaços de bolo, balas, biscoitos e alguns pães, fazia orações em favor dos enfermos.

Uma delas era Valéria, que não andava e não falava. A moça morava com a irmã e as duas passavam grandes dificuldades materiais. Durante seis anos, Chico Xavier a visitou e, todo sábado, depois da oração, ele insistia:

- Valéria, fala “Deus!”. Agora fala “Jesus!”Ela entendia tudo, mas não conseguia falar. Fazia força, a língua

enrolava, mas não conseguia. Um dia, quando Chico chegou para ver Valéria, soube que ela estava doente. Embora medicada, não melhorava, a febre alta era por causa da pneumonia². Depois da prece, ele disse:

- Valéria, fala “Jesus”, fala “Deus!”E ela:- Ã, ã, ã, ã, ã, ã, mas não falava.Chico então comentou:- Valéria, Jesus andou no mundo, curou tanta gente, tantos iam buscá-

lO nas estradas, na casa onde Ele permanecia, pediam a Ele a graça da melhora, da cura, e foram curados... Lembra-se de Jesus andando, você caminhando e chegando aos pés Dele... Diga “Jesus, Jesus”, Valéria!

Ela então falou com muito esforço:

- Josusu... Josusu!Chico Xavier chamou a irmã dela para ouvir. Foi uma alegria imensa!

E, mesmo com febre, satisfeita, repetia Josusu, Josusu...Valéria desencarnou no dia seguinte.Em janeiro de 1959, Chico Xavier se mudou para Uberaba. Muitos

anos depois, em 1976, ele teve um enfarto (doença no coração) e precisou fazer repouso durante vinte dias. Sentia fortes dores no peito. Vários Benfeitores Espirituais o visitavam diariamente.

Uma tarde, Chico recebeu a visita de um Espírito muito bonito, era uma moça. Ela não quis lhe dizer o nome e pediu para ele adivinhar quem ela era. Falou também que eram amigos desde quando ele morava em Pedro Leopoldo e que ela o queria muito bem. Chico não conseguiu se lembrar. Ela então explicou:

- Eu vou falar um nome só; quando eu falar, você vai se lembrar de mim - Josusu!

Emocionado, Chico exclamou:- Meu Deus, é a Valéria! Eu não mereço sua visita! - Eu vim lembrar os nossos sábados quando orávamos tanto. Vim lhe

trazer confiança em Jesus. Valéria-Espírito pôs a mão no coração de Chico Xavier e a dor

desapareceu.

Livro “Jesus em Nós” - Francisco C. Xavier/Emmanuel (Adaptado para o público infantil)Vocabuláriocândido¹ = puropneumonia² = inflamação dos pulmões, provocada por bactéria ou

vírus

Até a próxima

edição, amiguinhos!

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IDEFRAN - Livraria espírita

ROGANDO PAZSenhor Jesus! Tu disseste: “a minha paz vos dou...”Entretanto, Senhor, muitos de nós andamos distraídos;Atribulados, às vezes, por bagatelas;Aflitos sem razão;Sequiosos de aquisições desnecessárias;Irritadiços por dificuldades passageiras;Dobrados ao peso de cargas formadas por desilusões e discórdias que nós mesmos inventamos;Ocupados em dissenções infelizes;Hipnotizados por tristeza e azedume que nos inclinam à separativi-dade e ao pessimismo;Entendemos, sim, Jesus, que nos disseste: “a minha paz vou dou...”Diante, porém, de nossas inibições e obstáculos, nós te rogamos, por acréscimo de misericórdia:Senhor, concedeste-nos a paz, no entanto, ensina-nos a recebê-la.

EmmanuelLivro Tesouro de Alegria

Page 8: Divaldo em Franca Clube do Livro - idefran.com.br · Dos mais consagrados médiuns e oradores atuais, Divaldo, ... O ESPIRITISMO O Evangelho segundo o Espiritismo Eurípedes B. Carvalho

08 A Nova Era - Fevereiro 2018

PAIXÃO & SUBLIMAÇÃO – Romance de Ana Maria de Almeida/Josafat, narrando, desde a época do cristianismo nascente, passando pela Codificação Espírita e terminando em nosso sertão nordestino, a saga de Vir-na e Marcus Flávius, almas ligadas pela eternidade. Foram vivências que neles despertaram os valores do Cristo.

O EVANGELHO DE MARIA MADALENA – Baseando-se em tex-to encontrado no Egito (séc. IV), em que Maria de Magdala narra episódios da vida de Jesus, José Lázaro Boberg busca reconstruir a verdade sobre essa incompreendida personagem tão cita-da no Evangelho. Teria sido a mais fiel dos apóstolos? Livro que nos desperta grande interesse.

HISTÓRIA DE MUITAS HISTÓ-RIAS – Wanda A. Canutti relata as ale-grias e as dificuldades dos treze anos de parceria mediúnica com o espírito do escritor português Eça de Queirós. Nesse largo período, ligados por laços de afetividade produziram uma série de obras repletas de questões fundamen-tais na trajetória do espírito imortal.

SABIA DO SABIÁ? – Re-gina Timbó traz ao público infan-til um divertido livro. Na Floresta Encantada, o sabiá era o grande cantor do momento. Infelizmente, por se achar melhor que todos, não se misturava com ninguém, até que um dia surgiu o concur-so “Som da Natureza”. E agora, o que será do sabiá? História muito instrutiva!

Opções para o próximo mêsClube do Livro Espírita do Idefran

Preferindo, o associado poderá optar por dois exemplares das obras de Kardec, editadas pelo IDE.Associe-se! Mensalidades a partir de R$ 15,00

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