DIVEMAG | Edição 05 | International Dive Magazine

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Turismo Fotografia Mergulho Técnico Naufrágios Cavernas Equipamentos Meio Ambiente Novidades Descobrindo os segredos de BONAIRE DIVEMAG International Dive Magazine www.divemag.org Edição 05 - 2012 Feita por quem mergulha !! Fotógrafo convidado Ary Amarante Adventure Sports Fair 2012 + Água e Vinho Mergulhos na costa Italiana

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Revista de mergulho mensal gratuita em formato PDF

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Turismo Fotografia Mergulho Técnico Naufrágios Cavernas Equipamentos Meio Ambiente Novidades

Descobrindo os segredos de BONAIRE

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www.divemag.org

Edição 05 - 2012

Feita por quem mergulha !!

Fotógrafo convidado Ary Amarante Adventure Sports Fair 2012+

Água e VinhoMergulhos na costa Italiana

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Scorpaena Vs. nudipor Piñatel

TOP 05 ABRIL DE 2012

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Scalefin anthia (13)por Paul Flandinette

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ABRIL DE 2012

TOP 05

Flabellina affinispor Giuseppe Suaria

Fly with dragon.por Petr Kleiner

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ABRIL DE 2012

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TOP 05Roarpor Pietro.Cremone

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DIVEMAGInternational Dive MagazineA DIVEMAG está disponível para ser visualizada em qualquer ta-blet ou smartphone com capa-cidade de ler arquivos em PDF, iPad, Android e outros. É simples e grátis: baixe a revista no seu device, entre no site da DIVE-MAG selecione a edição e faça o donwload, assim que terminar, a revista será exibida no seu na-vegador e você poderá optar por gravá-la em sua biblioteca de arquivos. Ex: iBooks ou simi-lar dependendo da plataforma que você utiliza.

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Mergulhe no fantástico mundo subaquático de Curaçao

Curaçao é uma ilha formada originalmente por pedras vulcânicas onde os corais se formaram ao longo dos séculos. Isto pode ser visto imediatamente no primeiro mergulho. Na costa do lado direito da ilha os mergulhadores poderão observar belos recifes de corais. Essa é uma das razões que tornou Curaçao um dos destinos mais populares de mergulho do mundo. Fauna e flora subaquática de rara beleza formada ao longo de milhões de anos.

• Destino top para mergulhadores – você não achará no mundo um local de tamanha beleza e variedades para prática de mergulho.

• Seleção de três grandes áreas para mergulho – Curaçao é cercada por fantásticas áreas para mergulho.

• Curaçao também é um fantástico destino para a prática de snorkel – até mesmo da superfície pode-se observar as belezas do mundo subaquático de Curação.

• Um destino para todos – Além do fantástico mundo subaquático, Curaçao oferece muita diversidade para os que preferem ficar em terra – compras, lazer, esportes, praias, cultura e gastronomia.

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CONTEÚDO

SOCIAL

EDITOR KADU PINHEIRO

Feita por quem mergulha !!

>> Nesta edição <<Estamos em Maio de 2012, edição de número 05, mais um especial, agora de Bonaire, um dos destinos internacionais mais visitados por mer-gulhadores Brasileiros. São quase 30 páginas sobre essa fantástica ilha do Caribe com tudo o que você precisa saber e mais um pouco, para usufruir de tudo que a ilha oferece para nós mergulhadores. Vinho e mergulho, nosso colaborador foi desbravar a região da Ligúria na Itália e nos trouxe uma matéria explosiva, romântica, charmosa e ainda de quebra com mergulhos em naufrágios técnicos da época da primeira e segunda guerras. A estréia de nosso mais novo conselheiro e colaborador Gabriel Gamne com sua coluna sobre tubarões, sem censura, sem cortes, tudo o que você precisa, para conhecer a fundo, esse animal que hoje é uma das espécies mais ameaçadas dos oceanos, pois sem conhecimento, não há como protegê-los. Ary Amarante nos brinda com seu brilhante portfólio, nosso convidado do mês apresenta as fotos do seu mais recente livro ”Vida Marinha”. Cobertura exclusiva da Adventure Sports Fair, Lançamentos, novidades, o que aconteceu no mundo do mergulho de importante nos últimos dias, tudo isso e muito mais, aqui na DIVEMAG. Fecho essa edição fazendo as malas para o Shootout Brasil Curaçao, o evento de foto mais esperado do ano, Junto com Daniel Botelho, Ca-rolina Schrappe, Cristian Dimitrius e Reinaldo Aberti Vamos receber mais de 40 mergulhadores nas águas quentes de Curaçao, para Workshops, palestras, uma gincana e muita diversão !!!

Águas claras e boa leitura.

Kadu Pinheiro>> Editor <<

14.BONAIRE

14 :: Descobrindo Bonaire 45 :: Meio Ambiente: Restauração de Corais 51 :: Adventure Sports Fair 2012 61 :: Itália: água e vinho 79 :: O Mundo dos Tubarões: com Gabriel Gamne 85 :: Fotografia: Lançamentos 87 :: Série >> Cuidando do seu equipamento 94 :: Teste >> Nós Usamos 98 :: Sea Shepherd 100 :: Fotógrafo Convidado: Ary Amarante112 :: Certificadoras e mercado

61.ITÁLIA

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PRESIDENTE: Flávio [email protected]

REDAçãO

DIRETOR DE PRODUTO E EDITOR: Kadu Pinheiro [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Fernanda Boaro | MTb 35867.

COLABORARAM NESTA EDIçãO: Bruno Borelli, Denis Fioranelli, Jay O’Donnell, Daniel Mantovanelli, Kadu Pinheiro, Reinaldo Alberti, Ary Amarante, Gabriel Ganme

REVISãO FINAL: Reinaldo AlbertiTRADUçãO ESPANHOL: Hector MañonTRADUçãO INGLÊS: José Truda Palazzo

PUBLICIDADEGERENTE: ReinaldoAlberti [email protected]

ATENDIMENTO AO LEITOR SAC :: [email protected]

DIVEMAG é uma publicação on-line mensal e gratuita da Editora Dive Ltda.

Maio de 2012. Ar ti gos as si na dos não re pre sen tam ne ces sa ri a men te a opi ni ão da re vis ta.

ENDEREçORua da Consolação, 3483º andar :: São Paulo :: SPCEP 01302-000 :: Tel.: 55 11 3259.4263

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Conselho Editorial

O conselho editorial foi formado com o intuito de manter a revista alinhada com as melhores publicações de mergulho mundiais. Os membros do nosso conselho são referências junto ao mercado de mergulho, figuras publicamente conhecidas que representam nossa atividade perante a mídia e o trade.

Foto capa: Kadu Pinheiro

Cristian Dimitrius

Daniel Botelho

Lawrence Wahba

Carolina Schrappe

Reinaldo Alberti

Rodrigo Figueiredo

EXPEDIENTE

Maio 2012

ED.05

[email protected]

ATENDIMENTO

Gabriel Ganme

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NOVOS MATERIAIS PARA O TREINAMENTO DE PROFISSIONAIS SSIA Scuba Schools International (SSI), empresa pioneira em suporte aos Negó-cios e Educação, anunciou recentemente seu NOVO ITC em Nova Orleans, LA, onde o programa foi recebido com muito entusiasmo.

Desde 1970, a SSI é líder na Educação de Profissionais e nos últimos 18 me-ses, reescreveu e reestruturou seu Material para Profissionais de Mergulho de uma maneira muito lógica e progressiva, para atender as necessidades atuais do mercado consumidor e reforçar seu comprometimento com a qualidade.

O objetivo é simples: adquirir novos e dedicados profissionais de mergulho !

Com as novas mudanças, a carreira do Profissional de Mergulho SSI segue por estas etapas:

DIVE GUIDE SSI: Dive Guide é o primeiro passo para se tornar um Profissional de Mergulho SSI, e o Guia de Mergulho pode guiar mergulhadores certificados no turismo subaquático. Dive Guide é o passo inicial para os mergulhadores que querem estar mais envolvidos, mas não estão prepara-dos para ser um Instrutor SSI. O curso de Dive Guide aborda Treinamento usando uma aplicação prática, informaçãoes e flexibilidade. O objetivo é criar Profissionais de Mergulho mais prepara-dos, versáteis e de acordo com as necessidades do mercado.

DIVEMASTER SSI: Após o Dive Guide, o próximo passo é Divemaster. A fim de alcançar esse objeti-vo, os Guias de Mergulho devem completar o curso de Ciência do Mergulho, uma especialidade sem obrigatoriedade de mergulho, que incorpora informações mais aprofundadas sobre a física, fisiologia, teoria da descompressão, equipamentos e ambiente aquático. Uma vez concluída esta etapa, o Dive Guide vai ser automaticamente reconhecido como Divemaster SSI. Os Dive-masters podem ajudar os Instrutores Open Water SSI durante o treinamento de águas confinadas e abertas, sob supervisão direta.

DIVE CONTROL SPECIALIST SSI :Profissionais de Mergulho devotados e motivados a dividir sua pai-xão pelo Mergulho Recreacional com outros encontrarão no Curso de DiveCon uma experiência gratificante, que vai abrir as portas para a Instrução na prática. Como DiveCon, os Profissionais podem ensinar habilidades em sala de aula e piscina, sob supervisão indireta de um Instrutor Open Water SSI (com exceção de habilidades de emergência), podem conduzir o programa de Atualização das Habilidades de Mergulho Scuba (Scuba Skills Update), o curso de Snorkeling SSI e o programa de Try Scuba SSI (somente na piscina).

Nos dias 7 e 8 de Fevereiro, a SSI anunciou o fechamento desse NOVO caminho: o ITC – Curso de Treinamento de Instrutores. Os 25 Instrutores Trainer presentes foram os primeiros em uma série de 9 Atualizações para Trainers agendadas para o ano de 2012 nos EUA.

Watson DeVore, Diretor de Educação da SSI, anunciou “O objetivo do novo ITC é superar o mer-cado. Não somente treinar uma pessoa que possa ensinar alguém a mergulhar. Queremos treinar TODOS os novos candidatos a Instrutor para que eles possam passar a melhor experiência de mergulho e a criar mergulhadores! A conclusão desse NOVO programa vai criar novos Profissio-nais SSI e fazer com que a indústria cresça.”

Em breve, a SSI também vai implementar a mesma metodologia no dentro do mercado brasileiro.

INFORME PUBLICITÁRIO | DIVEMAG.org | SSI

Estreiou no dia 15 de maio, o primeiro do-cumentário sobre um dos principais pontos de mergulho do país. Com apoio do Pro-gramade Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo (ProAc), o filme “Laje dos Sonhos” teve sua primeira sessão aberta no Museu da Imagem e do Som (MIS), com entrada gratuita.

O documentário apresentou a única área de conservação marinha do Estado de São Paulo, o Parque Estadual Marinho da Laje de Santos (PEMLS). O filme é o resultado de 22 dias de gra-vações realizadas entre janeiro e fevereiro des-te ano. Em “Laje dos Sonhos”, a diretora Raquel Pellegrini retratou a interação do homem com o PEMLS e resgatou interessantes histórias: “um dos personagens principais do documentário é o mergulhador Clóvis Benno de Carvalho, que frequenta o local desde a década de 60”. DIVEMAG

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CURTAS | CINEMA | Por: Redação

ESTRéIA DO DOCuMENTÁRIO SOBRE A LAjE DE SANTOS FOI NA TERçA-FEIRA DIA 15 DE MAIO NO MISBig Paul e Clóvis Benno

Ricardo e Ana Paula Baldoni com Amigos

Kadu Pinheiro, Paulão e Clécio com pessoal do laje viva

Equipe de produção do filme

Cinema lotado

Rafael Fuganti e Big Paul

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Descobrindo BONAIRETexto e fotos: Kadu Pinheiro

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Com a missão de escrever um completo e refinado artigo sobre Bonaire, preparei meus equipa-mentos fotográficos e de mergu-lho e rumei para essa ilha que há tempos sonho conhecer. Muito se fala sobre Bonaire, sobre a fa-cilidade com que se realizam os mergulhos de praia, sobre a hos-pitalidade da ilha e sobre as be-lezas naturais de suas águas.

Agora falando sério, ouvir falar muito sobre um destino cria uma expectativa nem sempre cor-respondida, ainda mais para al-guém que já viajou pelos 4 can-tos do mundo. Mas Bonaire me surpreendeu. Sempre me intrigou a quantidade de artigos escritos e a paixão de alguns amigos e fotógrafos por essa pequena ilha caribenha, mas agora pude conferir com meus próprios olhos e lentes o porque desta ilha con-quistar tantos corações e o por-que dos mergulhadores brasilei-ros considerarem a ilha como o quintal de suas casas.

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A convite do TCB (Tourism Corporation Bonaire) e devida-mente hospedado no Plaza Resort Boniare, iniciei minha visita e minha exploração pela ilha, contando com uma pick-up gentilmente cedida pela Budget Rental Car. Com certeza a melhor maneira de conhecer a ilha em todos seus aspectos é alugando um carro, apesar de existirem opções de pacotes apenas com saídas embarcadas, pois o verdadeiro espírito da ilha é o “drive and dive”.

Originalmente Bonaire era um dos cinco territórios insula-res das Antilhas Holandesas, junto com Aruba e Curaçao, sem dúvida as três ilhas mais importantes para mergulha-dores brasileiros.

A partir do dia 10 de outubro de 2010, as Antilhas dei-xaram de ser uma entidade política unificada, Bonaire, Saba e São Eustáquio tornaram-se municípios Holande-ses, enquanto as ilhas de Curaçao e Saint Martin se tor-naram estados independentes da Holanda.

Bonaire tem uma superfície de 288 km² (111 milhas qua-dradas), enquanto Klein Bonaire tem 6 km² (2,3 milhas quadradas), uma pequena ilha desabitada que possuí um recife de corais bem preservado e que depois do fu-racão que atingiu a ilha há alguns anos ficou parcialmen-te devastado, e somente agora apresenta bons sinais de recuperação.

DESTINO | BONAIRE | Por: Kadu Pinheiro

MERG

uLHO

ILIM

ITADO

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DESTINO | BONAIRE | Por: Kadu Pinheiro

Segundo o último censo, a população era de 14.006 habitantes em dezembro de 2006. A ilha está rodeada por um mágico arrecife de coral que é facilmente acessível a par-tir da costa, ao longo dos lados ocidental e meridional, aspecto que encanta os aman-tes dos esportes aquáticos. Além disso, todo o litoral da ilha foi declarado um santuário para a preservação da vida marinha e seu ecossistema.

A ilha está repleta de trilhas e caminhos pelos quais você chega às maravilhas do seu interior: lagos de águas salgadas, como o Lago Goto, lar de 20.000 flamingos; ou a flora e a fauna nativa, protegidas no Parque Nacional de 55 km2 criado em 1969, que abri-ga mais de 195 espécies de aves.

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DESTINO | BONAIRE | Por: Kadu Pinheiro

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Os idiomas oficiais são o holandês, o pa-piamento e o inglês. O Inglês se tornou língua oficial das Antilhas Holandesas em março de 2007. Na prática, o espa-nhol e o inglês são amplamente falados na ilha, mas o interesse turístico permitiu ampliar suas fronteiras de idiomas, en-contrando-se facilmente pessoas que dominam muitas outras línguas como o português, o francês e o italiano, entre outras.

Na Ilha de Bonaire o movimento da economia baseia-se principalmente no turismo. Fiéis zeladores do seu ambien-te, o governo trabalha em conjunto com os investidores turísticos e comer-ciais da ilha, no cuidado e manuten-ção do ambiente natural, possuidor do encanto que atrai os turistas do mundo e recebe mergulhadores e nadadores em seus arrecifes que rodeiam a ilha e são de fácil acesso a partir da costa.

Bonaire é conhecida mundialmente pelo excelente mergulho e constante-mente é classificada entre os melhores lugares de mergulho do planeta. Abrin-do seus espaços, no sudeste o visitante encontra águas mais profundas e bom vento, portanto é considerado um ex-celente lugar para navegantes de nível intermediário. Para os aventureiros que desejarem melhorar suas habilidades no kitesurf têm seu espaço garantido em Lac Bay, no lado oriental da ilha, que também é o paraíso do windsurf. Taty Frans Tonky, junto com outros locais foram classificados em 2004 entre os Top 5 atletas de free style no windsurf mundial.

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Hoje em dia, o esforço unificado para o saudável crescimento da ilha oferece ao visitante novas atividades como o ciclismo, espaços para descansar e relaxar, ativida-des para as famílias e para os pequenos também, uma variedade gastronômica que encanta o seu paladar, noites de ati-vidades e lazer, destacando-se, também, como destino romântico no Caribe. Referência Histórica de BonairePor sua localização como ponto chave no Mar do Caribe, está refletida na sua histó-ria a influência de muitas culturas. Existem vestígios de restos arqueológicos da cultura de índios caquetios encontrados em luga-res ao nordeste de Kralendijk, acreditando--se que possam ter chegado de canoa. Em 1499, Alonso de Ojeda descobriu Curaçao, acompanhado por Américo Vespúcio e Juan de La Cosa, chamando-o de Ilha do Pau Brasil ou “Ilha do Brasil”. Os conquista-dores espanhóis decidiram que as ilhas não tinham interesse de exploração. A partir de 1526, Juan de Ampiés trouxe alguns dos ha-bitantes originais índios caquetios à Bonaire e Curaçao. Também foram importados al-guns animais domésticos da Espanha como cabras, cavalos, vacas, burros, entre outros, principalmente para os setores de Rincón.

Em 1623, a West India Company, compa-nhia holandesa, mostra seu interesse de abastecimento para obter carne, água e madeira de Bonaire. Os holandeses e os es-panhóis lutaram alí desde 1568 até 1648 na Guerra dos Oitenta Anos. Em 1633 os holan-deses, após ter perdido a ilha de San Mar-tin para os espanhóis, tomaram represálias atacando Curaçao, Bonaire e Aruba.

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A ilha de Bonaire foi conquistada em março de 1636 e os holandeses construíram o Forte Orange em 1639. Nessa época, um pequeno número de escravos africanos foram postos para trabalhar junto com os índios e os con-denados, em uma plantação de pau-brasil e de milho, além de trabalhar na coleta de sal.

Refúgios construídos totalmente de pedra e muito baixos para um homem estar de pé nele ainda permanecem na zona de Rincón, ao longo das salinas, como uma triste lembrança do passado de Bonaire e muitas culturas.

Após uma longa espera, muitos escravos fo-ram sendo libertados aos poucos e se torna-ram homens livres com a obrigação de pres-tar alguns serviços ao governo. O restante dos escravos foi libertado em 30 de setembro de 1862 no marco do regulamento de Emanci-pação. Muitos habitantes se viram obrigados a trasladar-se a Aruba, Curaçao e Venezuela no final desse século, pois as terras foram ven-didas a particulares.

Durante a Segunda Guerra Mundial o exérci-to norte-americano construiu o aeroporto Fla-mingo como uma base aérea. Depois que a Alemanha invadiu os Países Baixos em 10 de maio de 1940, muitos cidadãos holandeses e alemães foram internados em um acampa-mento em Bonaire durante a guerra. Depois da guerra, a economia de Bonaire continuou se desenvolvendo. O aeroporto tornou-se de uso civil e começou a construção hoteleira na ilha. A produção de sal foi retomada em 1966. Bonaire Petroleum Corporation (BOPEC), a terminal petroleira, foi aberta em 1975 para o óleo de transbordo. Até os dias de hoje mantém sua beleza natu-ral disposta a receber todos os que quiserem usufruir do seu encanto.

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Toda a costa que contorna a ilha foi decla-rada oficialmente um parque marinho, e os mergulhos são ilimitados, podendo-se entrar na água a qualquer hora do dia ou da noite. Na ilha, mergulha-se 24h, bastando pegar os cilindros, parar o carro em uma das dezenas de praias e entrar na água.

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Considerada um paraíso dos mergulhado-res, Bonaire é uma ilha localizada na parte sul do Caribe, sob a administração do governo holandês, e que está próxima da Venezuela, onde encontramos um mar extremamente calmo, com águas claras e quentes, propi-ciando excelentes mergulhos para todos os níveis. A ilha faz parte do ABC do Caribe, sendo a segunda maior ilha na região.

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DESTINO | BONAIRE | Por: Kadu PinheiroA ILHA

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Ao longo de todo o ano a temperatura média da água gira em torno dos 27°C e a visibilidade, por volta dos 20m a 30m. Com 60 dos 86 pontos de mergulho oficiais locali-zados junto a ilha, são facilmente acessíveis pelos mergu-lhadores saindo pelas praias, o que fez a ilha de Bonaire ser reconhecida como um dos principais destinos de mer-gulho de costa do mundo.

A maioria dos mergulhos são realizados saindo de praia, pois não há ondas e correnteza na parte interna da ilha. Os pontos de mergulho são identificados através de pe-quenas pedras amarelas com o nome do local escrito na cor preta. Basta pegar o mapa, parar o carro e ir mergulhar. É muito comum também, encon-trar mergulhadores com idade avançada, devido as facilida-des em se praticar o mergulho neste local.

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MERGuLHOSEncontra-se muita vida marinha, água quente, calma e extrema-mente clara. Durante os mergulhos nos mais de 60 pontos existentes e devidamente identificados nos ma-pas, o mergulhador poderá avistar desde pequenos seres até tartaru-gas, tarpões e arraias xita.

O fundo de Bonaire é sempre mul-ticolorido, face a diversidade de cores dos corais, seres e peixes que habitam o local. É como mergulhar em um grande aquário marinho, esquecendo-se a hora, o stress e a loucura do nosso dia a dia.Na ilha existem naufrágios, como o Hilma Hooker, que naufragou em 1984, sendo um dos naufrágios mais famosos e visitados do mundo. Ou-tro importante naufrágio é o Wind-jammer, que por se tratar de um mergulho técnico, já que o navio repousa a 60 metros de profundida-de, não foi visitado, desta vez.

Tive o prazer de ser acompanhado pela nossa colunista e atleta Ca-rol Schrappe, que já esteve outras vezes na ilha, e com a alegria de sempre, me serviu de guia e mode-lo para as fotos que acompanham esta matéria. Carol estava por lá também para um treinamento com o super recordista de mergulho livre, o venezuelano Carlos Coste, como informamos na terceira edição da Divemag.

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O HILMA HOOKERHoje repousando a cerca de 30 metros de profundidade, o Hilma Hooker não é um ponto de mergulho somente para aqueles que tem paixão por mergulho em naufrágio, é um local para todos os mergulhadores, pois tornou-se um ver-dadeiro oasis de vida, no fundo arenoso e coralíneo de Bonaire.

A HISTóRIA DO HILMA HOOKERConstruído na Holanda no ano de 1951, esse cargueiro foi renomeado diversas vezes (uma prática que é ligada à má--sorte na cultura naval), tendo sido an-teriormente Doric Express, The Anna, The William Express, The Mistral and The Mids-land. Seu último registro foi como Hilma Hooker e navegava com bandeira Co-lombiana.

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A APREENSãO

Em 1984, o Hilma Hooker teve problemas de perda de potên-cia nos motores, acabando por atracar no porto de Bonaire, as autoridades das Antilhas Holan-desas estranharam a falta de documentação do navio, tal qual seu manifesto de carga, e resolveram promover uma ins-peção a bordo.

Durante esta vistoria foi encon-trado um fundo falso aonde escondiam-se mais de onze to-neladas de maconha, o que levou o navio a ser apreendido no porto e sua tripulação presa. Como não foi possível encontrar o verdadeiro dono do navio, o mesmo ficou ancorado em Bo-naire, gerando gastos para a autoridade portuária da Ilha.

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O NAuFRÁGIOEm setembro de 1984 as autoridades decidiram que seria melhor ancorar o navio sobre o fundo arenoso entre dois bancos de corais na costa da ilha, próximo à Angel City e neste mesmo mês o navio afundou. Algumas pessoas dizem que a falha de uma das bombas que retirava água que vinha por um dano ao casco fez com que o cargueiro naufragasse, outros dizem que mergulhadores locais compraram-no da autoridade portuária e o afundaram, e existem aqueles que dizem que o naufrágio foi uma opera-ção proposital e ilegal, com o intuito de se produzir um novo ponto de mergulho.

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O MERGuLHOCom seu boreste, lado direito, repousando no fundo do mar, este nau-frágio oferece um grande mergulho, para todos os nívels de mergulha-dores, começando aos 16 metros de profundidade e indo até os 30. É possível fazer excelentes mergulhos apenas na área externa do naufrá-gio, com muita vida, tarpões, arraias e barracudas que são facilmente avistados ao redor do navio.

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Para quem tem especialidade de naufrágio, existem diversos pontos de penetração, onde dois mergulhadores passam lado a lado, com ótima visu-alização do interior do navio que está bem conservado, sendo a ponte de comando uma atração a parte.

É possível realizar penetrações mais técnicas indo até a sala de máquinas e outras áreas do navio menos acessíveis, lembrando que para tal é im-portante possuir treinamento adequado e muita experiên-cia. Tivemos a oportunidade de explorar alguns comparti-mentos do navio com muita tranquilidade o que resultou em ótimas fotos.

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SALT PIER:Devido a questões de segurança, este mergulho requer autorização da autoridade portuária e acom-panhamento de divemaster. As colunas que sustentam o píer e os peixes que vivem entre elas são as grandes atrações deste mergulho. Barracudas, tarpões e cardumes de xaréus estão sempre ao redor. Esponjas em forma de cesta e ár-vores de corais-moles decoram as colunas. A luz do sol através dos pilares cria um lindo visual para fo-tos grandeangulares. O mergulho noturno neste local também é ex-celente. Vale sem dúvida o investi-mento de contratar um guia para mergulhar lá, e mais de uma vez em uma semana de mergulhos em Bonaire.

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ANGEL CITy: Este ponto de mergulho caracteriza-se por um recife duplo locali-zado na costa sudoeste da ilha, ao lado Hilma Hooker. O mergulho é caracterizado por uma área arenosa a 18 metros de profundi-dade. O recife duplo encontra-se repleto de fendas e cavidades habitadas por uma grande variedade de vida marinha. O nome do ponto Angel City se deve à grande proliferação de peixes--anjo que fazem deste local o seu lar. Este local apresenta uma excelente topografia de fundo, correntes leves e uma paisagem subaquática fascinante.

Além dos peixes-anjo, podemos também observar esponjas, co-rais, gorgonias, nudibrânquios, e enguias de areia.

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1000 STEPS:Este ponto de mergulho caracteriza-se por um recife que se localiza na costa Noroeste da ilha de Bonaire. Este ponto é provavelmente o mais famoso de Bonaire devido à sua excelente visibilidade e abundância de vida marinha e foi nomeado 1000 Steps devido à escadaria com 64 de-graus que os mergulhadores de costa terão de descer até chegar à água. Depois do mergulho os 64 degraus parecem ser 1000 no caminho de volta para cima.

As espécies mais comuns são corais, esponjas, peixes papagaio, frade, ci-rurgião, cirurgião listado, peixes-porco, peixes-cofre e trombetas.

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KARPATANesse ponto a entrada e a saída do mergu-lho requerem um pouco mais de atenção por parte do mergulhador, uma escadaria com cerca de vinte degraus leva ao ponto de en-trada, onde há uma pequena plataforma fre-quentemente encoberta por ondas. Procure entrar no mar pelo lado direito e utilize a pla-taforma como apoio para calçar as nada-deiras. O fundo é bem pedregoso e é preciso cuidado para não torcer o pé. Assim que al-cançar uma profundidade em que fique con-fortável é só desinflar o colete e começar o mergulho. O esforço vale a pena:

o paredão começa a pouca dis-tância da costa e cai quase na vertical para além dos 50 me-tros, bem recoberto por tufos de esponjas-vermelhas e tubulares, gorgônias gigantescas, árvores de corais-moles, anêmonas e va-riedade absurda de invertebra-dos. É comum avistar tartarugas, barracudas e peixes-papagaio de grande porte neste local, uma grande corrente de navio é en-contrada aos 18 metros e segue até o abismo, e claro, ficou a curiosidade de saber até onde ela me levaria...

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BuDDy’S REEF: Esse é um dos pontos mais conheci-dos de Bonaire: o reef logo a frente do Hotel Buddy Dive, lar de tarpões e peixes sapos, é uma ótima pedida para o noturno, muito bem sinaliza-do e com cabeamento até o pier do hotel onde é possível entrar e sair com conforto usando as escadas de acesso.

ALICE IN WONDERLAND: O mergulho caracteriza-se por um recife que se localiza na costa Su-doeste da ilha de Bonaire, perto de Angel City. A encosta desce até uma área arenosa a 24 metros até atingir o recife que se inclina até os 30 metros de profundidade. Há também um canal arenoso habita-do por uma grande variedade de vida marinha. Este local está sujeito a correntes fortes, portanto redobre os seus cuidados. 32

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INVISIBLES:O mergulho começa em um platô de areias brancas, que se es-tende por cerca de cem metros em direção ao mar aberto. Nes-te percurso é comum cruzar com cardumes de lulas, que alias deram um show a parte durante nosso mergulho, raias-chitas e raias-prego camufladas na areia também são comuns. Antes de chegar à parede há um jardim de corais e logo depois, a profun-didade cai repentinamente dos 12 para os 30 metros. Seguindo na direção sul, um canal de areia divide o recife. As formações neste local são diferentes de qualquer outro ponto de Bonaire, por que o recife não é continuo e forma grandes cabeços, que parecem ilhas sobre a areia. Normalmente, o segundo recife é avistado deste canal, com o topo aos 24 metros e caindo nova-mente pelo lado de fora para baixo dos 45 metros.

Neste local é frequente a presença de grandes cardumes de xa-réus, sardinhas e barracudas. As paredes são recobertas basica-mente por corais pétreos. No fundo de areia entre os cabeços há diversos “jardins de enguias”. A visibilidade da água no local é top 10 no Caribe !

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18TH PALM:Localizado em frente ao Plaza Resort, este recife tem algumas características únicas visto que se inclina até uma superfície arenosa com um declive de areia ao Sul. Ao percorrer esta superfície encontrará outro recife a cerca de 24 metros de profundidade. Neste recife encontrará espécies de maiores dimensões. Este é um local ideal para fotografia subaquáti-ca devido à excelente visibilidade e abundância de vida e vegetação marinha presente nesta área de mergulho.

As espécies mais comuns são esponjas, corais, gorgônias, plumas-do-mar, chicotes-do-mar, línguas-de-flamingo, ver-mes árvore-de-natal, tarpões, lírios, raias-leopardo, caran-guejos-aranha, caranguejos eremitas, lagostas, camarões e frog fish.

Além dos pontos descritos acima Bonaire possui uma infini-dade de outros pontos e basicamente os mergulhos são fei-tos em paredões, onde a profundidade pode variar entre 3 e 45m.

Os mergulhos noturnos são muito tranquilos e para os téc-nicos, é possível visitar o naufrágio Windjammer, que está a 60m de profundidade e requer embarcação e um guia para conhecê-lo.

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KLEIN BONAIRE

Ao lado de Bonaire há uma ilha chamada Klein Bonaire, que é inabitada, porém, bem visitada pelas embarcações de mergulho, o lado de fora de Klein Bonaire possibilita encon-tros com pelágicos e até pequenos tubarões se você tiver alguma sorte.

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SOROBON (EAST COAST)No outro lado da ilha, também conhecido como “mar de fora”, praticamente não se mergulha saindo de praia, devido às condições do mar serem bem agita-das. A operação de mergulhoé feita em um enorme bote inflável, no mais puro estilo Seals (marinha ame-ricana), são no máximo 5 minutos de rock in roll total, saltando ondas e com mar bem agitado, depois um mergulho em drift, com possibilidade de avistar muita vida grande, tartarugas aos montes (contei mais de 30 em um único mergulho), arraias xitas, tarpões em quan-tidade e até tubarões que são facilmente vistos nesse lado da ilha, para quem gosta de aventura esse mer-gulho é obrigatório. Naturalmente, pela descrição do ponto, é recomendado para avançados que tenham já alguma experiência em mar mais agitado.

Mais informações: www.bonaireeastcoastdiving.com

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CAVERNAS:Bonaire também possuí algu-mas cavernas maravilhosas, onde se pode mergulhar com snorkel acompanhado de guias locais. Para mim que sou mergulhador de caverna te-nho certeza que existe muito mais a ser explorado na ilha em termos de mergulho técnico e “cavern e cave dive”, depois de muitas conversas e muita expectativa para uma futura expedição de exploração só para este tipo de mergulho.

Mais informações:www.jentis-tours.com

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PLAZA RESORT BONAIREUm hotel muito bem localizado com 200 confortáveis apartamentos, que se dividem entre quartos e vilas, com vista para o mar ou para sua lagoa particular. Todos equi-pados com ar condicionado, TV, telefone e frigobar. As vilas são apartamentos para 4 pessoas com cozinha completa e sala. O hotel oferece toda infra estrutura para mer-gulhadores, através da Tucan Dive, uma das mais tradicionais da ilha. Além disso, ou-tra facilidades como salão de convenções, centro de fitness, piscina, quadra de tênis, salão de beleza, lojas diversas e 3 restauran-tes. Como grande diferencial, é o único da ilha, até o momento, que oferece regime de alimentação “all inclusive”, onde todas as refeições, lanches e bebidas estão inclu-ídos no pacote. Foi o que fiquei hospedado e agradeço aqui a cortesia (e mordomia).

ONDE FICAR EM BONAIRE Há uma infinidade de opções de hospedagem em Bonaire, que vão de resorts luxuosos até mesmo os mais simples “bad & breakfast”. A maioria absoluta loca-lizadas em frente a costa, muitos deles, com operadoras de mergulho. Visitamos a convite do TCB alguns deles, que nos recepcionaram muito bem, abrindo a casa para que conhecêssemos detalhes que incluíram seus quartos, áreas de lazer e claro, os mergulhos a poucos passos de suas dependências. Vamos a eles:

EDEN BEACHA Carol ficou hospedada neste simpático hotel, que os donos fazem questão de estar presentes o tempo todo. Não foi à toa, pois possui estrutura para treinamento e cursos de apnéia. Além disso, a Wanna Dive, ope-radora dentro do hotel, também é uma das poucas preparadas para o mergulho técni-co. O hotel se reformulou e seu diferencial é estilo “boutique” em que está se transfor-mando, com uma área comum muito tran-sada, piscina com deck de madeira, praia com espreguiçadeiras (o nome diz tudo) e um restaurante muito bom, o Spice. Os quartos se dividem em suítes e apartamen-tos que recebem também 4 pessoas e pos-suem cozinha completa.

BuDDy DIVE RESORTJunto com o Plaza Resort Bonaire, é um dos mais tradicionais para os mergulhadores brasileiros. Sua localização é privilegiada para esportes náuticos. São 4 prédios com apartamentos singles, duplos, quádruplos e sêxtuplos, equipados também com cozi-nha, TV, fone e outras facilidades. Belo por do sol de fronte a Klein Bonaire, e com um dos melhores noturnos da ilha, sem dúvida. Sua operadora é bem conhecida dos bra-sileiros, oferecendo todo tipo de mergulhos, incluindo uma das poucas na ilha com es-trutura completa (equipamentos e gases) para o mergulho técnico.

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HABITAT

Se você é do tipo ambientalista ao extremo, o conceito de sustentabilidade, bem an-tes de ter sua definição usada atualmente, sempre foi praticado neste hotel de 1976, mas constantemente renovado e sempre pensando no uso de energias alternativas, sistemas de tratamentos de sua água e em quase todos os detalhes. Seu proprietário, Capitão Don Stewart, pra se ter uma idéia, foi o grande idealizador e lutador para que Bonaire se transformasse no que hoje é um modelo de Parque Marinho. Possui confor-táveis apartamentos, boa comida, e uma estrutura completa de mergulho, incluindo muitas possibilidades de saídas de barco.

SOROBONBonaire tem se esforçado para mostrar ao mundo que é sim um dos principais desti-nos de mergulho do planeta, e certamen-te o mais fácil para mergulho de praia. Mas também para mostrar que praticantes que gostam de mergulhar, mas também de ou-tras atividades de aventura, náuticas ou não, e para aqueles acompanhantes que não mergulham. O Sorobon fica do lado leste da ilha, que venta mais, mas tem mer-gulhos realmente diferenciados para serem feitos de bote inflável. E para quem não mergulha ou quer dividir a atividade com outros esportes, tem aulas e equipamentos para vela, windsurf, kaiak e mountain bike. Vale a visita, além do charme do hotel que mistura um estilo rústico e ao mesmo tempo sofisticado, ideal para casais.

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SuN RENTALSAmigos e famílias que gostam de alugar um con-domínio, tem neste local uma das melhores op-ções da ilha, com casas completas e uma ope-radora de mergulho com 10 anos de tradição em Bonaire. Tudo é muito caprichado e bem cuida-do. Como diferencial para mergulhadores, ofere-cem o Kaiak Diving, para que se possa ter acesso a pontos da costa que não se chega de carro, por exemplo. Sugere-se que se faça um peque-no curso de como usar o kaiak nas entradas e sa-ída da água, além de ancoragem, e o primeiro mergulho, seja guiado. É diferente e uma opção bacana para mergulhar de um novo modo.

SAND DOLLARCom estúdios para dois, três e até 6 pessoas, cozinha completa e excelente restaurante, o Eddy’s, este resort está a 4 km do centro da ilha, nem tão perto do agito, nem tão longe que não se possa visitá-lo constan-temente. A estrutura de mergulho é muito profissional, com um bom mergulho em sua frente, especialmente para snorkeling no Bari Reef, mas também toda estrutra para Scuba.

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CITy CAFépara curtir a noite depois dos mergulhos esse é o lugar certo com jantar e happy hour, músi-ca ao vivo e boa cerveja, um dos poucos lugares onde a mo-çada da ilha e turistas podem curtir depois das 22:00 hs

DIVI FLAMINGOCom dois restaurantes muito bons, duas piscinas, quartos para casais ou para grupos maiores, como quase to-dos os demais visitados na ilha, o Divi Flamingo se destaca pelas cores vi-brantes que representam muito bem a festividade e a alegria caribenha. É um dos poucos que possui uma pe-quena praia de areia (a maioria dos hotéis da ilha estão em costões ro-chosos). O mergulho é feito através do seu carro, mas possuem também lanchas muito rápidas, boa opção para aqueles que vão sozinhos, sem um dupla, pois nos barcos sempre encontrará alguém e os mergulhos normalmente são guiados.

DIVE FRIENDS BONAIREOperadora de mergulho, com várias lojas na ilha, ótima para compras, mi-nistra cursos de Full face, e atende vá-rios hotéis que não possuem dive cen-ters próprios, como o Sand Dollar

www.dive-friends-bonaire.com

BuDGET RENT A CARPróximo ao aeroporto e do mesmo dono do Sorobon Resort, essa locadora de veículos oferece aluguel de pick-ups para pacotes de uma semana de mer-gulho, atendimento rápido e eficiente, e a comodidade de estar apenas algu-mas dezenas de passos do saguão de desembarque do aeroporto.

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Bem, nosso objetivo não é fazer um guia, mas resumir o que os hotéis que abriram suas portas para conhecermos têm a ofe-recer. Uma coisa importante, é que em qualquer um deles, você estará respiran-do mergulho o tempo todo. E a dica, é que mesmo que esteja hospedado em um deles, você pode fazer mergulhos em outros, e aproveitar também os bons restaurantes para suas refeições, ou um suco, ou uma sobremesa... após o prato principal da ilha: os seus mergulhos !

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CURTAS | Novidades | Por: Redação

HARD ROCK INTERNATIONAL ABRE AS PORTAS DO SEu PRIMEIRO HOTEL NA AMéRICA LATINA

A rede de hotéis Hard Rock International selecionou o Panamá como o local de seu primeiro hotel grande na América La-tina: O Hard Rock Hotel Panama Mega-polis, localizado no coração da avenida Balboa, iniciou sua operação em 16 de abril de 2012.

Com um estilo único e ousado, este hotel de 66 andares, conta com 500 quartos espetaculares no melhor estilo Hard Rock, um átrio impressionante, lojas e a agência Megapolis Explorer, que irá orientar os turistas para desfrutar dos destinos mais excitantes do Panamá. Tem também o “Base Bar” fascinante, que será sem dú-vida o lugar da moda para os amantes da vida noturna.

“Essa infra-estrutura espetacular, vai fortalecer o Panamá como um centro de recreação, turismo e convenções mais importante da região.”, Disse Leonardo Gonzalez, Diretor Geral do hotel.

Hard Rock International, tem uma forte presença nas capitais mun-diais, à disposição para oferecer um estilo único e contemporâ-neo em todos os seus hotéis, proporcionando o melhor serviço aos seus clientes e unir o mundo através da música. Agora o Panamá está prestes a experimentar o estilo de vida Hard Rock.

O novo Hard Rock Panamá Megapolis opera sob a administração do Grupo Decameron.

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BONAIRE LANçA PROjETO PILOTO DE RESTAuRAçãO DE CORAISNo ano passado, o Coral Restauração Foundation (CRF) foi convidado para ajudar o grupo local para restauração do recife em Bonaire. No início de fevereiro, a Ilha de Bonaire concedeu uma licença para o grupo para permitir o trabalho para começar a desenvolver um berçário e progra-ma de restauração na ilha principal de Bonaire e ilhas adjacentes de Bonaire Klein. O conselheiro do CRF Ken Nedimyer e Denise Nedimyer, junto com a equipe do CRF vão viajar para as ilhas das Antilhas Holandesas durante o mês de abril para começar a trabalhar no Projeto Piloto do Bonaire Reef.

Além de trabalhar com as autoridades locais de Bonaire para identificar locais específicos para os viveiros de corais e recifes, o CRF irá recolher as diferentes linhagens genéticas de staghorn (Acropora cervicornis) e (Acroporapalmata) elkhorn coral, que serão utilizadas para preencher as árvores que crescem em dois viveiros de corais. Estes corais serão monitorados e mantido s pelo grupo de apoio local treinado pelo CRF e vão formar o viveiro de base que será fragmentado a cada seis meses para desenvolver os corais de segunda e terceira geração em cada sub grupo genético. No final de 2013, estes corais de segunda e terceira geração serão formados a partir do infantário para popular os próximos recifes degradados.

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Bonaire, muitas vezes chamado de “Paraíso dos mer-gulhadores”, é bem conhecida por suas regras de preservação dos recifes marinhos, e tem alguns dos recifes mais bem preservados do Caribe.

No entanto, como muitos recifes nas Florida Keys e todo o Caribe, as áreas de recifes de coral Bonaire sofreram danos devido a furacões, doenças e branqueamento de corais. Os objetivos da CRF em Bonaire são de ajudar os ambientalistas do governo local a preservar a diversi-dade genética existente de staghorn e corais Elkhorn, e estabelecer um berçário e programa de restauração projetado para restaurar os recifes rasos, além de trabalhar com a comunidade para identificar e reduzir em terra causas de degradação adicionais, tais como escoamento des-controlado da água da chuva e as práticas de tratamento de esgoto.

O principal viveiro de corais será em Klein Bonaire, onde o acesso ao público é limitado gerando um mínimo de impacto para os corais que crescem. O viveiro segundo da ilha principal de Bonaire será usado como para treinamento e demonstração de como gerir o berçário, e será acessível a voluntários hospedados no Buddy Dive Resort, Habitat Captain Don, e o do Sand Dollar. O CRF estará trabalhando com estas e outros dive centers e resorts da ilha para oferecer maiores oportunida-des de educação, de formação de voluntários para monitorar o cresci-mento dos corais.

O CRF está ansioso para que a comunidade de Bonaire envolva-se no projeto e gostaria de agradecer o apoio permanente da gestão e do pessoal do Buddy Dive Resort, Ramon de Leon do parque marinho de Bonaire, Frank von Slobbe do DROB, e do conselho da ilha pelo que eles fizeram e continuam a fazer na preservação dos recifes de corais de Bonaire.

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O Berçário de Coral no extremo sul do Buddy reef. O plano é cultivar os co-rais staghorn para substituir os que foram perdidos durante as últimas gran-des tempestades que assolaram a ilha

O viveiro de corais em Klein Bonaire tem um total de 20 “árvores de Natal”

Para mais informações: [email protected] contato: (305) 767-2133. www.coralrestoration.org

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Até o fechamento desta edição da Re-vista DiveMag, o Capitão Watson per-manece sob custódia das autoridades alemães. Watson, de 59 anos, foi detido na cidade de Frankfurt por causa do pe-dido de extradição solicitado pelas auto-ridades costarriquenhas, que o acusam de “violação do tráfego marítimo”, em águas de alto-mar, perto da Guatemala. O mandado para a prisão do Capitão Paul Watson foi emitido na Costa Rica, em outubro de 2011, curiosamente, quando o Instituto de Pesquisa de Cetá-ceos arquivou seu processo civil contra a Sea Shepherd Conservation Society, nos Estados Unidos. A pergunta permanece: o que fez a Costa Rica emitir um manda-do de prisão para o Capitão Paul Watson em outubro de 2011? Enquanto questões “burrocráticas” barram o trabalho, justo e legal, de um dos maiores defensores do planeta, o genocídio marinho sacia sua sede de sangue.

Abaixo, a carta enviada, pelo diretor ge-ral do ISSB, a ministra da justiça alemã, Sabine Leutheusser Schnarrenberger:Meu nome é Wendell Estol, sou o Diretor da Sea Shepherd no Brasil.

Escrevo para solicitar, encarecidamente, a vossa senhoria a revogação da senten-ça de primeira instância que determina a extradição do capitão Paul Watson. Pois não se trata de um criminoso ou algo do gênero, e sim de um herói do século 21. Através de sua luta diversas vidas foram salvas, vidas que para quem o acusa são apenas cifras, recursos financeiros.

Os pretextos crimes por ele cometido na Costa Rica não se comparam as atrocidades, cometi-das por seus acusadores, contra a vida marinha como um todo, assasinando cerca de 100 mi-lhoes de tubarões por ano no mundo todo, para simplesmente extrairem suas barbatanas para servir um prato de sopa o qual atribuem poderes afrodisíacos.

Esta pode não ser a sua realidade na Alemanha, mas é a de muitos países como a Costa Rica e o Brasil, que tem seu oceanos saqueados, todos os dias, por esta máfia mundial que se instalou no meracdo dos recursos pesqueros mundiais. Para sua informação, aqui no Brasil, movemos diver-sos processos judiciais contra esta máfia, inclu-sive com o apoio da Polícia Federal e Ministério Público Federal Brasileiros, sendo a última dela a cerca de um mês, onde foram apreendidas cer-ca de 8 toneladas de barbatanas de tubarões que seria contrabandeadas para países da Ásia. Hoje, se tem alguém, no mundo, que pode ser de grande valia no combate a estes criminosos, este é Paul Watson.

Não mantenha preso uma das únicas pessoas do mundo que sabem como combater este ex-terminio em massa que vem ocorrendo nos oce-anos do mundo todo. Pois por justiça, o direito a vida sempre será maior que qualquer direito a propriedade privada, por isso faça a justiça, liberte aquele que defende a vida, não interessa de que tipo, apenas a vida de qualquer criatura que seja.

Agradeço muito, sua consideração em ler esta carta e saiba, tenho convicção de que, a minis-tra de um país tão civilizados e desenvolvido não cometerá a injustiça de prender e extraditar um dos maiores defensores da vida no planeta.

Wendell Estol - Diretor da Sea Shepherd no Brasil.

PRISãO DE uM LIBERTÁRIO DA VIDA MARINHA

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arte: Denis Fioranelli

fotos: Kadu Pinheiro

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INTERATIVIDADE. Esta palavra, como descrita no depoimento ao final des-ta cobertura, foi vista, ouvida e sen-tida nos 4 dias do evento. Destinos que proporcionam caminhadas, es-caladas, passeios leves e pesados de bike, muito ar puro, em campos, montanhas verdes ou geladas, lagos e muito mar, acima e abaixo da linha d’água. Claro, o mergulho também, apesar de modesto, estava presente na feira.

Texto: Reinaldo AlbertiFotos: Kadu Pinheiro e Denis Fioranelli

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Até o Pequeno aventureiro teve seu mo-mento de gloria puxado por uma pick-up de controle remoto2012

De 18 a 21 de abril a Adventure Sports Fair reuniu público de 54 mil pessoas no pavilhão da Bienal no Ibirapuera, em São Paulo. Desde sua primeira edi-ção, em 1999, nenhuma outra feira do segmento conseguiu deslanchar tan-to como esta. Foram várias experiên-cias com diferentes segmentos nestes anos. E ela voltou no ano passado ao seu berço, no Ibirapuera, para consoli-dar seu DNA de reunião de aventurei-ros, desportistas e turistas que gostam de estar nos lugares mais ermos, ex-perimentando as melhores sensações que a natureza pode proporcionar. 54 MIL VISITANTES

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Durante a feira várias mini-palestras aconteceram com es-pecialistas de diversas áreas, foram as oficinas de aventura, com duração de 1 hora, essas palestras tinham como objeti-vo apresentar determinadas atividades aos visitantes de for-ma mais simplificada, muitas delas com parte prática onde eram mostrados equipamentos específicos de utilização no tema abordado.

Reinaldo Alberti apresentou uma pa-lestra no sábado sobre o a melhor viagem de mergulho da sua vida, ex-plicando um pouco sobre o como usu-fruir da melhor forma da sua próxima viagem de mergulho.

EVENTO | ADVENTURE SPORTS FAIR 2012 | Texto: Reinaldo Alberti | Fotos: Kadu Pinheiro e Denis FioranelliDesafios da Fotografia Subamrina

Palestra | Kadu Pinheiro A camiseta mais disputada do pedaço

Palestra | Reinaldo Alberti

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OFICINAS DE AVENTuRA Ainda no circuito das Oficinas de aventura Kadu Pinheiro apresentou palestras diárias sobre o tema desafios da fo-tografia submarina, abordando aspectos básicos desse tipo de fotografia e seus desdobramentos, falando um pouco sobre equipamentos e técnicas além de orientar os presentes com relação aos passos a serem seguidos na carreira de fotógrafo submarino.

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Atividades práticas durante a feira

Tanque de Caiaque, Stand Up PaddleNa verdade, uma piscina ampla onde as atividades de caiaque (tradicional e de manobras) eram realizadas. A brincadeira mais procurada neste tan-que no entanto foi o Stand Up Paddle (ou simplesmente SUP), um esporte originário do Havaí que vem ganhando muitos adeptos no país, como opção de condicionamento físico, além de melhorar o equilíbrio e a concentração, e que na natureza pode se praticar em lagos, praias calmas e até para pegar grandes ondas.

Tanque de MergulhoPresente há várias edições, foi comandado pela equipe da Scafo de São Paulo e não teve um minuto de folga durante os 4 dias de feira, onde qualquer um podia experimentar por alguns minutos o mergulho SCUBA, respirando com equipamentos apropriados embaixo d’água.

EVENTO | ADVENTURE SPORTS FAIR 2012 | Texto: Reinaldo Alberti | Fotos: Kadu Pinheiro e Denis Fioranelli

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EVENTO | ADVENTURE SPORTS FAIR 2012 | Texto: Reinaldo Alberti | Fotos: Kadu Pinheiro e Denis Fioranelli

Tanque de mergulho

Novo regulador Legend Aqua lung Regulador Micron em versão femininina

Lançamentos da Aqua lung

Walter apresentando a nova roupa semi-seca da Aqua lung

Segundo o Willian Spinelli, da Scafo, único representante do mergulho, “a Adventure traz muitas oportunidades para captação de novos alunos e venda de equipamentos e turismo”. A Scafo es-teve presente na feira com um grande stand em parceira com a Aqualung para venda de equi-pamentos e cursos, alem de tomar conta do concorrido tanque de mergulho onde a atividade de discovery dive rolou com enormes filas durante todos os dias do evento, provando que o mergulho é uma das atividades que mais despertam curiosidade nos visitantes. DIVEMAG

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FALA CHEFIA !No último dia de Feira, em uma entrevista exclusiva para DIVEMAG, Sergio Bernardi, Diretor da Promotra-de, empresa responsável pela organização da Ad-venture Sports Fair, falou sobre a edição desse ano, alem de adiantar algumas expectativas para a edi-ção de 2013. Durante nosso bate papo tivemos a incidência da palavra ‘interatividade’, então fomos a fundo nesse conceito e conseguimos captar exatamente o que o Sergio nos expôs. “O evento ofereceu inúmeras atracões abertas ao público. Todas as atividades eram gratuitas. Contan-do com filas consideráveis para a participação, não há dúvidas que a interação foi garantida. Tivemos o espaço Adventure Congress onde tive-mos palestras que foram organizadas pela Brazilian Adventure Society, ministradas por grandes nomes do esporte de aventura.

Quando o assunto foi o Outdoor Business, minhas ex-pectativas foram superadas,entre as mais de 1000 reuniões realizadas, a interatividade fez jus a relação entre fabricantes e lojistas.

Quanto a edição de 2013, o evento está previsto para acontecer no pavilhão da Bienal no Ibirapuera entre os dias 01 à 05 de maio. Serão mais dias cheios, pois contamos com um feriado, a tradicional sexta cheia, e principalmente o domingo, que não podemos ter este ano.

Por se tratar de um evento ligado à cadeia de es-portes de aventura, o bom momento dos esportes no mundo nos faz cogitar a criação de novas área, in-cluindo o mergulho”.

EVENTO | ADVENTURE SPORTS FAIR 2012 | Texto: Reinaldo Alberti | Fotos: Kadu Pinheiro e Denis Fioranelli

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EVENTO | ADVENTURE SPORTS FAIR 2012 | Texto: Reinaldo Alberti | Fotos: Kadu Pinheiro e Denis Fioranelli

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Conheça as mais belas paisagens sub do México, no Pacífico, Mar de Cortez, Caribe e cavernas de Yucatan, o que torna nosso país um dos mais completos destinos de mergulho do planeta !

foto: Kadu Pinheiro

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O velho país, como chamado pelos seus cidadãos, não é só um lugar do passado e de belas his-tórias, mas também um local do presente. Renova sua história na indústria do mergulho e também na indústria do vinho.

Pela segunda vez resolvi apro-veitar a primavera na península para desfrutar de duas paixões, vinho e mergulho.

ÁGuA E VINHO: MERGuLHANDO NA ITÁLIA Por: Daniel Mantovanelli

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foto: Bruno Borelli

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PRIMEIRO, OS VINHOS

A maior feira de vinhos do mundo acontece em Verona, região do Vê-neto, nordeste da Itália. Com 95.000 m2, a feira e seus mais de 4.000 expo-sitores receberam em 2012, 156.000 visitantes. Mais de 2.500 jornalistas alimentaram milhares de periódicos ao redor do mundo a partir dos pa-vilhões da “Vinitaly”.

Fazendo parte de uma pequena delegação de membros da Asso-ciação Brasileira de Sommeliers de Campinas, pude me deleitar com produtos maravilhosos, alguns úni-cos, outros particularmente fantásti-cos. Centenas deles nunca chega-rão a terras brasileiras, infelizmente.

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DESTINO | ÍTALIA - ÁGUA E VINHO | Por: Daniel Mantovanelli

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DESTINO | ÍTALIA - ÁGUA E VINHO | Por: Daniel Mantovanelli

Cada vez mais procurados por consumidores ao redor do mundo e com preços aumentando em seus países de origem, os vinhos de qualidade estão prestes a sofrer outro duro golpe por parte do nosso governo, o aumento do imposto de importação. Sim, mais uma vez! A medida, chamada de salvaguarda, além de não proteger o vinho nacional, causará prejuízo enorme para a difusão de sua cultura e assim para toda sua cadeia em nosso país.

Fato interessante de mergulhar na Itália é a grande variedade de coisas que podem ser exploradas pelo mergu-lhador turista ou até por um acompanhante não mergulhador! Foi essa minha ideia.

Desta vez parti de Verona em direção a Alba, epicentro do vinho no Piemonte, de onde montei meu quartel general para explorar Barolos e Barbarescos. Dois dias ali foram suficientes para começar a entender a comple-xidade e riqueza destes vinhos milenares, e cada vez mais modernos, daquela região.

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VINHOS, COMIDA EXCEPCIONAL E MERGuLHOS !Depois de algumas visitas e muito aprendizado é hora de me afas-tar dos vinhos, fazer as malas e checar os equipamentos para ou-tros dias de exploração, desta vez a duas horas de Alba, em Santa Margherita Ligure na Riviera italiana, região da Ligúria, noroeste da Itália, e a poucos quilômetros da tão conhecida Portofino.

Além das atividades esportivas à vela, Santa Margherita também conta com boa estrutura para o mergulho. É mais tranquila do que Rapallo e mais barata do que Portofino, ou seja, o melhor dos mundos quando o plano é se hospedar por ali.

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fotos: Bruno Borelli

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O mediterrâneo, apesar de em geral apresentar pouca vida quando nos referimos à ictiofauna, pos-sui alguns oásis a serem explorados por mergulha-dores. Um deles no mar Ligure, o parque marinho de Portofino.

Ao mar Ligure, porção do mediterrâneo que banha a costa da Ligúria, cuja capital é Gênova, foi reser-vado, a partir de 1998, uma área de proteção. O parque, passou a partir daquele ano a testemunhar aumento de seus peixes e outros aninais com as ati-vidades de conservação.

A Itália possui ao todo 26 áreas marinhas protegidas, cada uma gerida por um consórcio que além de prover medidas de proteção, angaria fundos para pesquisas sobre a vida marinha local.

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foto: Bruno Borelli

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foto: Bruno Borelli

foto: Bruno Borelli

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O mediterrâneo pode chegar a uma visibilidade de 30 m, ou até mais, nos meses de verão.

Desde antes do início da regulamentação do par-que marinho, o instrutor GUE (Global Underwater explorers), Bruno Borelli mergulha naquelas águas e conhece muito bem todos os pontos destina-dos ao mergulho recreativo e técnico.

Em Santa Margherita, no centro de mergulho GUE dirigido por Bruno, Portofino Divers, é que minha aventura começa. O “dive center” conta com todo equipamento necessário para mergu-lhos recreativos e técnicos orientados pela filoso-fia DIR (Do It Right), além de uma equipe muito hábil e experiente. Possui embarcação própria e perfeita para a atividade de mergulho, que pode transportar até oito mergulhadores técni-cos. O embarque é feito a uma distância de 50 m do centro que possui vestiário amplo e chuvei-ros quentes à disposição.

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foto: Bruno Borelli

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As misturas Nitrox e Trimix são feitas ali mesmo, através de uma estação de recarga moderna, recentemente adquirida, rápida e precisa. O hélio é cobrado por metro cúbico consumido, muito honesto na conta final!

Para aqueles que preferem se hospedar próximo ao dive center, sugiro um dos três quartos oferecidos pelo próprio centro de mergulho. É só descer a escada e pronto, seu equipamento está ali esperando para ser montado! Além desta facilidade é mais econômico e possui ótimo conforto. Na mesma rua charmosa é fácil encontrar restaurantes para deliciar-se com a cozinha local. A grande característica da culinária Lí-gure são os pratos a base de frutos do mar, e os restaurantes “Trattoria Da Pino” e a “Osteria no. 7”, a 100 m e 15 m dali, já são grandes exemplos do que esta culinária milenar pode fazer com nosso palato. Não se pode deixar de provar também o verdadeiro pesto genovês!

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fotos: Bruno Borelli

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Em frente ao deck onde fica ancorada a embar-cação encontramos um excelente cappuccino. Ao lado da cafeteria há uma enoteca cujos vi-nhos e pratos são cuidadosamente escolhidos por Matheo, seu entusiasmado proprietário. Ao fi-nal das atividades de mergulho é uma boa ideia provar suas especialidades enogastronômicas!Os ícones da Ligúria são seus grandes vinhos brancos da uva Pigato, feitos tradicionalmente no norte da região, e os vinhos de sobremesa, amáveis e pouco usuais, da D.O.C. “Sciacche-trà” feito na zona de “Cinque Terre”.

DESTINO | ÍTALIA - ÁGUA E VINHO | Por: Daniel Mantovanellifoto: Bruno Borelli

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Uma sugestão ao amante do vinho é o U Baccan, um “Riviera Li-gure di Ponente D.O.C.”, feito pela vinícula Bruna e várias vezes premiado por muitos críticos de vinho. A potência, mineralidade e frescor fazem dele uma grande escolha para muitos pratos típicos da região.

A época do ano pode ser um problema para aqueles que ainda não mergulham de roupa seca. Na primavera a temperatura da água é de cerca de 13ºC a 15ºC, mas no verão atinge os 25ºC.

Mergulhar “seco” nos traz muitas oportunidades e sugiro fortemen-te esse investimento, mesmo aos mergulhadores recreativos.

No primeiro dia de atividades fizemos dois mergulhos não descom-pressivos, usando duplas de 12 litros e nitrox, de cerca de 70 minu-tos cada um, até uma profundidade de 25 metros. Um côngrio de cerca de 1,6 m e uma linda barracuda nos recepcionaram já no primeiro mergulho.

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DESTINO | ÍTALIA - ÁGUA E VINHO | Por: Daniel Mantovanelli foto: Bruno Borelli

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Os corais vermelhos nos paredões de pedra chamam a atenção. Algo diferente e interessante são os jardins de possidônia, alga de rara beleza que forma microambien-tes particulares no mediterrâneo. O parque marinho é re-fúgio dos maiores polvos que já vi.

As anêmonas e gorgônias são frequentemente avistadas.Para os apaixonados em foto macro não falta diversão. Dezenas de nudibrânquios podem ser vistos num único mergulho. Cerca de vinte espécies destes moluscos habi-tam a costa mediterrânea da Itália, dentre elas o carac-terístico “vacca di mare”.

Garoupas de 20 a 30 kg são frequentemente flagradas movendo-se com maestria no fundo e sem muito medo dos seus admiradores que respiram gás comprimido.Completam as possibilidades em Portofino Atuns, Mola Mola e os “amberjacks”, além de toda a flora e fauna bentônica típicas do norte do Mediterrâneo.

O quE PODE SER VISTO POR AquI:Pelágicos mais avistados: Atunídeos, Mola Mola e “amberjack”,

- Flora e fauna bentônica são as típicas do mediterrâneo norte.- O mar Ligure foi proclamado santuário dos cetáceos.- Nudibrânquios mais comuns: Discodoris atromaculata, Hypselodoris tricolor, Janolus cristatus, Cratena peregrina, Flabellina affinis e babai, Hypselodoris infucata, Dondice Banyulensis e moltissimi altri

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foto: Bruno Borelli

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No segundo dia fizemos dois mergulhos técnicos, também usando duplas de 12 litros, ago-ra com Trimix 21/35 e stages de EAN50. Um deles no Naufrágio Mohawk Deer, a 10 minutos de navegação, localizado na Baía dos Ingleses, dentro do parque marinho. Encontra-se desman-telado, começa aos 18 m e se estende até os 50m.

É habitado por côngrios, mo-reias, lagostas, pequenos crus-táceos e até um tubarão “pa-ta-roxa” ou “gata” chamado localmente de “gattucio”, es-pécie comum, mas ameaçada na Europa.

Outros naufrágios do parque são: Gênova, UJ2216, UJ2210, Saint Nazaire, Bolzaneto, Amo-co Milford Haven, La Foce, Is-chia, Washington e Calábria. Praticamente todos são reser-vados somente ao mergulho técnico. Uma grande dica para próximas aventuras, àqueles que além de técnicos, são apai-xonados por naufrágios.

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foto: Bruno Borelli

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No segundo mergulho acompanha-mos lindos paredões, repletos de corais vermelhos e nudibrânquios, surpreendendo lindos polvos que se deslocavam verticalmente numa fa-cilidade e rapidez que parecia que aquela parede vertical era na verda-de o fundo. O “ballet” de tentáculos não sairá tão fácil da minha memória.

Outra curiosidade do parque é o cris-to do abismo. Uma estátua de bron-ze foi colocada no fundo da baia de San Fruttuoso, a 15 metros de pro-fundidade. Ela se tornou um ponto de peregrinação de mergulhadores e um símbolo da paixão pelo mar e pelo mergulho.

Ainda em San Fruttuoso, local esco-lhido para a construção de um mo-nastério no século VIII, por uma inicia-tiva da Portofino Divers, chamada de “agridiving”, mergulhadores podem experimentar o mergulho e o “agri-turismo”. Esse é nome dado ao tu-rismo realizado em pequenos hotéis em meio a fazendas, florestas ou par-ques, geralmente de administração familiar.

A hospedagem é feita ali, na porção florestal do parque, a 20 minutos a pé da antiga abadia. Uma grande opor-tunidade para um grupo de amigos dividir experiências culinárias e de mergulho, num local isolado, bucóli-co e cheio de história.

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Curiosamente a Baía dos Ingleses tam-bém foi palco de uma grande ideia de marketing de uma vinícola local! O vinho “Abissi” da vinícola Bisson, um espumante engarrafado a poucos quilômetros dali, passa seus 18 meses de maturação, se-gundo a empresa que o produz, repou-sando a 60 m de profundidade e, portan-to, a uma temperatura ideal e constante de cerca de 13ºC durante todo o perío-do. Todo ano 6500 garrafas sofrem um processo exclusivo de encrustração pelos seres que passam a fazer delas sua mo-radia. Seu aspecto é maravilho! A ideia é interessante aos olhos dos enófilos e tam-bém dos curiosos...

VAI LÁO mergulho acontece de março a outubro, ou até todo o ano em alguns centros de mergulho, mas a melhor época vai de junho a setembro.

Santa Margherita encontra-se a duas horas de Milão, duas horas e meia de Florença e a quarenta e cinco minutos de Gênova. Este última, cidade natal de Cristóvão Colombo, além de ter o maior porto da Itália é também sede do maior aquário da Europa. Vale pensar em pelo menos dois dias para caminhar e conhecer muito por ali.

Há três horas e meia, em Ravenna, existe o Museu Nacio-nal da Atividade Subaquática, único do gênero na Itália.

A Sardenha, segunda maior ilha do mediterrâneo, depois da Sicília, rivaliza com Portofino pelo melhor mergulho ita-liano. Essa ilha porém, fica para uma próxima edição...

Bons vinhos, boa comida e bons mergulhos... Não é para qualquer viagem!

A maior Barreira de Corais do Caribe, praias paradisíacas e um resort exótico.Centro PADI 5 Estrelas, centro de fotografia, câmara hiperbárica própria.Mergulhos com golfinhos, tubarões,tartarugas, naufrágios e milhares depeixes. Passeios a cavalo, caiaque,passeios pela selva, canopy ousimplesmente relaxar embaixo daspalmeiras. No AKR, as aventurassurgem naturalmente. Roatan • Bay Islands

Honduras

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Suas sonhadas férias viram realidadeem um lugar maravilhoso.

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SOBRE NOSSO MERGuLHADOR ESPECIALISTA EM VINHOS DANIEL MANTOVANELLO

É mergulhador desde 2009, onde investiu em mais de 130 mergulhos no Brasil, Hawaii, Bonaire e claro, Itália. É Divemaster PADI e Mergulhador Técnico IANTD.

É Médico Radiologista e sua paixão por vinhos o tornou um enófilo (veja quadro a seguir). Desde 2007 é Diretor de Degustação da Associação Brasileira de Sommeliers, Seção Campinas.

MERGuLHO E ENOLOGIA

Para mergulhar em Portofino, apesar de não obrigatório, é recomendado que seja Mer-gulhador Técnico. O mergulhador recreacional é aquele que mergulha com apenas um cilindro, sem mergulhos com teto (cavernas ou naufrágios) e nem mergulhos descom-pressivos. O mergulhado técnico divide-se também em distintas especialidades, po-dendo ser de Cavernas, para mergulhos nestes locais, técnicos descompressivos, para mergulhar normalmente mais fundo e/ou por períodos mais extensos que no mergulho recreacional, portanto entrando em descompressão. Há ainda os técnicos em naufrá-gios, onde além do conhecimento sobre mergulhos descompressivos, visita-se naufrá-gios mais fundos e que merecem mais tempo embaixo d’água.

Da mesma forma que no mergulho, o conhecimento do vinho tem seus especialistas, para saber e diferenciar:

Enófilo (caso do nosso especialista, o Daniel), é quem estuda e tem paixão por vinho. Já o Sommelier, que é formado em curso específico, orienta o cliente na compra de um vinho, com qual comida harmoniza melhor e orienta donos de restaurantes e de lojas de vinho a comprar e armazenar de forma correta os melhores vinhos. Por fim, o Enólogo é um indivíduo formado numa Faculdade de Enologia, num Curso Superior, e é quem orienta o processo de produção do vinho, desde a videira até o engarrafamento do produto.

MAIS INFORMAÇõES:

http://www.acquariodigenova.ithttp://www.portofinodivers.com/ção Campinas.

DESTINO | ÍTALIA - ÁGUA E VINHO | Por: Daniel Mantovanelli

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(11) [email protected]

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O MuNDO DOS TuBARõESTexto: Gabriel Ganme | fotos: Kadu Pinheiro e Gabriel Ganme “Estou nadando próximo da superfície. Não encontro alimento, a água está com um odor diferente, e minha sensibilidade fica toda alterada. Vou para o fundo, continuo sem encontrar comida.

De repente, fácil demais, comida na área, posso perceber 1 partícula por milhão de sangue na água. Navego como um louco, seguindo meu nariz super especializado.

Triste surpresa, o que encontro são diversos irmãos, tubarões com suas nadadeiras cor-tadas, mortos ou agonizando, e chego a uma triste conclusão, os tempos medievais não acabaram, ao invés de cortar cabeças (pelo menos a morte é instantânea), cortam braços e pernas, e deixam as vítimas ao leo, para agonizar e morrer.”

foto: Gabriel GanmeDIVEMAGInternational Dive Magazine

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O leitor pode não compartilhar deste ponto de vista, e pode até não gostar de tubarões. Mas te-nho certeza que não aprovaria o abate de um boi, cortando suas patas, esperando que sangras-se, para depois aproveitar apenas a carne do cupim. Não só a prática da pesca de barbatana de tubarão é cruel, como ecologicamente não sustentável. Joga-se um absurdo de carne de peixe fora, para aproveitamento de um alimento não essencial.

O desequilíbrio causado pela perda das populações das mais diversas espécies de tubarão, é nítido e traz consequências gravíssimas aos nossos oceanos.

O Tubarão: Conhecido como um predador quase perfeito, o tubarão tem um equipamento sen-sorial fantástico. Tem uma olfação bastante apurada, e suas incríveis fossas nasais lhes deram o apelido de narizes nadadores.

TUBARõES | O MUNDO DOS TUBARõES | Por: Gabriel Ganme

foto: Kadu Pinheiro

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DIFERENçAS ENTRE CAçõES E RAIAS

DIFERENçAS ENTRE PEIXES óSSEOS E CARTILAGINOSOS

Agradecimento e colaboração: Marcelo Szpilman

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foto: Kadu Pinheiro

Tubarões podem perceber campos eletromag-néticos através de estruturas localizadas no seu focinho e na linha lateral do corpo. É muito co-mum vermos um tubarão fucinhando lentes de câmaras fotográficas, para perceber do que se trata, afinal, o mesmo não tem mãos.

Podemos dizer que nossos amigos têm uma exce-lente “audição”, percebendo as mais variadas vibrações. Em diversas operações de mergulho, vemos guias amassando garrafas plásticas, cujo som emitido parece atrair tubarões.

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E, ao contrário do que se imagina, o tubarão ainda enxerga bem, apenas não usa tanto a visão, num ambiente onde nem sempre ela é vantajosa. Mesmo assim, através do Tapetum Lu-cidum, conseguem enxergar com baixíssima lu-minosidade, podendo caçar a noite.

Junto com as raias, tubarões são peixes com es-queletos cartilaginosos. Não têm bexiga natató-ria e suas nadadeiras peitorais são fixas. Então, à exceção de situações com correntes extremas, é basicamente impossível ver um tubarão para-do a meia água ou dando ré.

TUBARõES | O MUNDO DOS TUBARõES | Por: Gabriel Ganme

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De uma maneira geral, o tubarão tem um corpo fusifor-me, com tremenda capacidade hidrodinâmica, auxi-liada pela sua pele especializada (as famosas escamas placóides). Um exemplo é o Mako, que pode nadar a 60 km/h. E tem também uma incrível capacidade de ca-muflagem tridimensional: seu dorso escuro dificulta que o animal seja visto quando passa por baixo da presa, e sua barriga branca faz o mesmo, quando passa por cima.

Para tornar este bate-papo mais dinâmico, vamos dis-cutir e tirar do nosso sistema os mitos e verdades sobre ataques de tubarões:

Tubarões comem seres humanos?? Mito. Mesmo quan-do um ser humano é mordido ou atacado por um tuba-rão, quase sempre isto ocorre por um erro de identifica-ção, e nestes casos o tubarão morde, mas não come. A maioria dos casos ocorre na zona de arrebentação, com pouca visibilidade e diversas confusões sensoriais para o bicho. Outro fato é que ocorrem menos de 100 ataques por ano no mundo inteiro.

Nos raros casos em que numa autopsia de um tubarão encontramos humanos na sua barriga, pode apostar, a vítima deve ter morrido afogada, e aí sua carniça, um tanto atraente, acaba sendo devorada.

TUBARõES | O MUNDO DOS TUBARõES | Por: Gabriel Ganme

foto: Kadu Pinheiro

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Tubarões são carniceiros. Para que entrar numa briga onde você pode apanhar, se pode comer tranquilo. Quase que invariavelmente, comem animais mortos ou feridos. Existem exceções, como o tubarão branco, que usa um padrão de ataque chamado emboscada verti-cal, para atordoar os leões marinhos, sua presa predile-ta. Mesmo assim, este padrão de ataque visa atordoar ou incapacitar a presa num primeiro tempo, para depois partir para a refeição. Para fazer a emboscada, o tuba-rão branco vem do fundo, verticalmente (onde é difícil enxerga-lo), em grande velocidade, e abalroa o leão marinho.

Cada espécie tem sua predileção por um tipo de co-mida, que varia de crustáceos, invertebrados, aos sucu-lentos atuns e tartarugas. Os dentes super especializa-dos dos tubarões ajudam nesta seleção. Por exemplo, os dentes serrilhados dos tubarões-tigre são verdadeiros serrotes, que permitem que os mesmos degustem as tar-tarugas. Já o tubarão mako tem dentes que prendem a vítima, o que associado a sua alta velocidade, ajuda a comer os atuns.

ANATOMIA BÁSICA DO TuBARãOQuase toda espécie de tubarão tem estes componentes. Biólogos e mer-gulhadores usam estes detalhes anatômicos para identificar o animal.

01 Cabeça, com boca ventral02 Nadadeiras dorsais (1a e 2a)03 Nadadeira peitoral04 Nadadeira pélvica05 Nadadeira anal06 Nadadeira caudal com lobo superior e inferior

Existem espécies onde alguns detalhes fogem desta linha básica. Por exemplo, tubarões-baleia tem a boca e olhos bem na frente do corpo, enquanto que a maioria dos tubarões tem a boca ventral e os olhos um pouco para trás.

Bom, esta foi uma pincelada inicial. Estaremos presentes com vocês fa-lando destes incríveis animais, e torcendo para que os mesmos conti-nuem existindo.

Boas águas !

Gabriel Ganme

TIPOS DE DENTES DE TuBARãO

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Agradecimento e colaboração: Marcelo Szpilman

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COquETEL DE LANçAMENTO DO LIVRO VIDA MARINHA DE ARy AMARANTEAconteceu em São Paulo na noite de 17 de maio, na sede da Photo Travel, rua Antônio de Macedo Soares 1883, em Campo Belo, o lançamento do Livro do fotógrafo Ary Amarante - VIDA MARINHA. Diversos amigos e pessoal ligado ao mergulho e fotografia compareceram para tomar um vinho e prestigiar o amigo Ary em seu novo projeto, um book em formato “Coffe Table”, editado pela Cultura Sub.

Confira fotos de como foi a noite:

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Meninas da Cultura Sub

Montechi e Ary Cristian, Nando e Marcelo

Ary, Faustino, Denise e Kadu

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SéRIE: CuIDANDO DO SEu EquIPAMENTO DE MERGuLHO

PARTE IV

Continuado a série de artigos para você cuidar bem do seu equipa-mento de mergulho, uma revisão: já falamos de manutenção pre-ventiva e o que fazer antes de sair de casa para mergulhar; falamos também do transporte correto de seu equipamento. Se você está lendo esta matéria e não leu ou baixou as edições anteriores, volte pra www.divemag.org e baixe gratuitamente !

Mais uma vez, bom senso é a palavra chave.

É hora de montar seu equipamento, no barco ou praia, ou lago ou na beira de uma caverna, e configurá-lo da forma mais adequada para o mergulho que irá fazer, tomando o cuidado de clipar todos os acessórios como lanternas, carretilha, deco mark, mangueiras, etc.

Já separe computadores ou gauges, além das nadadeiras, máscara, snorkel e acessórios de neoprene, colocando-os em um lugar seguro, para que não esqueça de nada, e que nenhum incidente seja sofrido por estes equipamentos.

Nunca esqueça de prender o cilindro na embarcação, antes e após mon-tar seu equipamento, só soltando-o na hora de vestir a unidade SCUBA.

Na edição anterior falamos de transporte dos equipamentos, e lá expli-camos a melhor maneira de montar sua mala ou caixa, já prevendo a retirada do equipamento na ordem correta de montagem. Fazer o que recomendamos já é um bom começo para nada ficar solto na embarca-ção ou areia, comprometendo seu mergulho com perdas ou danos em algumas peças.

Sua roupa de mergulho deve ser colocada com cuidado. No caso de ne-oprene, um saco plástico nas mãos e pés durante o processo ajudarão a roupa vestir mais facilmente. Fabricantes recomendam que ao retirar sua roupa, o mergulhador o faça deixando-a do lado do avesso. Roupas que tenham punhos e tornozelos de neoprene puro devem ser vestidas com estas partes dobradas para fora, evitando assim que se rasgue. Roupas secas ou semi-secas têm de ser fechadas com cuidado, para que não se quebre nenhum dente do zíper seco. Recomendamos sempre a ajuda do seu dupla para esta operação, tanto ao fechar quanto ao abrir o zíper.

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EQUIPAMENTOS | MANUTENÇÃO PARTE IV | Por: Reinaldo Alberti

Mergulhos de praia sempre mere-cem uma atenção especial, pois a areia é um grande inimigo de qualquer equipamento de mergu-lho. Procure sempre por uma área livre de areia para montar, vestir e desmontar seu equipamento. Caso não haja, crie esta área com um pedaço de lona plástica, por exemplo, ou um tapete que sirva para tal.

É fundamental que os reguladores e instrumentos estejam longe da areia, clipados ou mesmo no bolso de seu colete equilibrador durante estes processos. Cuidado também ao calçar suas nadadeiras em mergulhos de praia, tendo certeza que não há grãos de areia dentro delas ou presos à bota antes de calçá-las, pois além de poder ma-chucar os pés, podem provocar rasgos e furos.

Finalmente, há o tempo entre estar equipado e pronto pra entrar na água e a entrada propriamente dita. Evite andar com as nadadei-ras já calçadas em qualquer situa-ção (praia/lago ou embarcação) pois além de poder se machucar, os equipamentos – nosso tema principal aqui – poderão também quebrar e fazer com que abor-temos a missão ! Peça ajuda ao seu dupla mais uma vez e procu-re calçá-las apenas muito próximo (como na plataforma do barco), senão já dentro da água (praias, lagos e cavernas).

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Page 89: DIVEMAG | Edição 05 | International Dive Magazine

O INSTRuTOR DE MERGuLHO EFICAZJay O’Donnell, NAUI 9305, traduzido por Marcos Molina, NAUI 45523, contato [email protected]

O instrutor de mergulho competente domina muitas áreas do saber e várias habilidades práticas. A parte difícil é encontrar uma forma de transmitir esses conhecimentos e habilidades para outras pessoas, especialmente para um grupo. Existem literalmente centenas de métodos e escolas de pensamento sobre como fazer isso, modos demais para citar aqui, e para cada caso mais de um método ou escola funcionará. O instrutor de sucesso molda suas au-las aos alunos, de forma individualizada, considerando o histórico das experiências de aprendizado e, em especial, a motivação pessoal deles.

Não existe um método de ensino amplo e perfeito, igualmente eficaz para todos os alunos. O instrutor, entretanto, deve entender os fundamentos e conceitos básicos do ensino para adultos para desenvolver os modos mais efi-cientes de transmitir informações.

Aprender é geralmente definido como uma mudança de comportamento resultante de uma experiência. Este comportamento pode ser óbvio e físico, ou pode ser intelectual e baseado em atitudes, sendo difícil de perceber. Embora complexo, existem características amplamente aceitas do processo de aprendizagem que podem ser aplicadas de modo eficiente na instrução de mergulho. Apesar de todos nós termos aprendido essas característi-cas em nosso ITC, vale a pena fazermos uma revisão periódica e reconsiderá-las conforme progredirmos em nossas carreiras profissionais.

MOTIVAçãOMotivação é provavelmente a força dominante que governa o progresso de um aluno e sua habilidade de apren-der. Quedas de aprendizado são freqüentemente associadas a quedas de motivação. A motivação pode ser po-sitiva ou negativa, tangível ou intangível, sutil ou óbvia.

Motivações negativas são aquelas que o aluno pode perceber como ameaças que geram medo. Por exemplo: dizer a um aluno de mergulho que nunca, em hipótese alguma, prenda sua respiração, pois seus pulmões explo-dirão, ao invés de explicar o motivo real. Enquanto as motivações negativas tem seu uso em algumas situações específicas com alunos super confiantes ou impulsivos, elas não são tão eficientes quanto as motivações positivas.Motivação positiva é essencial para o verdadeiro aprendizado. Ela usa a promessa de recompensas e conquistas. Estas recompensas e conquistas podem ser pessoais (o aluno assistiu a reprises de Cousteau quando criança e sem-pre quis aprender a mergulhar), financeiras ou educacionais (o curso de mergulho pode contar créditos em alguma disciplina da faculdade), ou sociais (para conseguir a aprovação de outros e para estabelecer uma auto-imagem favorável).

Alunos adultos querem um retorno real para seus esforços. Eles devem acreditar que os mesmos serão adequada-mente recompensados e isto deve estar constantemente em evidência. O instrutor deve apresentar as razões ou recompensas para um exercício dado, mesmo que óbvias, principalmente se a aplicação deste exercício só for acontecer muito adiante. De forma similar, o dispêndio de tempo com exercícios e aulas não diretamente ligados ao objetivo do curso, ou difíceis de executar no tempo dado, devem ser evitados. Se os estudantes não vêem ou não conseguem perceber como um exercício tem aplicações práticas no mergulho autônomo (não perceber, por exemplo, qual a importância de desenvolver habilidades de mergulho livre) eles estarão menos motivados e con-seqüentemente se esforçarão menos para aprender coisas que consideram inúteis.

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OS NíVEIS DE APRENDIZAGEMO aprendizado pode ser atingido em um de vários níveis. O nível mais baixo, aprendizagem linear, é atingido quando o aluno tem apenas a capacidade de repetir ou apenas memo-rizou alguma coisa que foi ensinada, sem realmente entender ou estar apto a aplicar o que foi aprendido. Um exemplo: um aluno que pode recitar o Princípio de Arquimedes, mas não entende como ele se relaciona com o Colete Equilibrador, ou seja, o papagaio que apenas repete o que foi dito para ele por uma pessoa.

Um aluno que entende o que foi ensinado atinge o segundo nível de aprendizagem, a com-preensão. Quando o aluno utiliza o que compreendeu para desenvolver uma habilidade apli-cável, tal como usar o Colete para conseguir um equilíbrio neutro debaixo d’água, o nível da aplicabilidade foi então atingido. Finalmente, ao associar a compreensão e a aplicabilidade com as lições previamente aprendidas, o aluno atinge o último nível de aprendizagem, a cor-relação. Continuando com o exemplo, o mergulhador que tem entendimento prático e experi-ência em controle de flutuabilidade pode correlacionar a lição sobre compressão, previamen-te aprendida, e determinar os motivos pelos quais o Colete deve ser inflado ou esvaziado com as mudanças na profundidade.

Correlação é, portanto, o nível de aprendizado em que o aluno esta apto a associar um ele-mento, que foi aprendido em uma parte de um curso ou uma experiência deste aprendizado, com outro elemento ou experiência. Este nível de aprendizagem mais alto deve ser o objetivo de toda e qualquer instrução.

PASSANDO A MENSAGEMInicialmente, toda aprendizagem vem da percepção que o cérebro tem através de um ou mais sentidos. Estudos revelam que, quanto mais sentidos estão envolvidos no processo de aprendizagem, maior será a incorporação do conteúdo. Por exemplo, a visão é responsável por 75% do aprendizado, enquanto apenas 13% é obtido pela audição. Estimulando mais de um sentido em uma aula, o aprendizado é aumentado. Ao utilizar uma tabela de mergulho, em uma apresentação oral ou um cilindro, quando discutindo as marcações no mesmo, vi-são e audição estarão estimulando uma a outra. Existem auxiliares de instrução (training aids) como o toque e, até mesmo, o cheiro e o sabor, que estimulam ainda mais sentidos.

AS LEIS DO APRENDIZADOEmbora existam muitas escolas de pensamento sobre o processo de aprendizagem, existem várias leis aceitas de forma ampla pelos psicólogos. Nós aprendemos estas leis, quando fizemos nosso curso de instrutor, e elas nos deram ferramentas para percebermos o processo de apren-dizagem relacionado ao ensino de mergulho:

TREINAMENTO | O INSTRUTOR EFICAZ | Por: Jay O’Donnell

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A lei da primazia ensina que o que foi ensinado tem que estar correto da primeira vez. As pri-meiras experiências causam uma importante impressão e são usadas como base para tudo o que será ensinado a seguir. “Desensinar” é mais difícil do que ensinar. Não apenas será uma tarefa mais difícil para o instrutor, “desensinar” hábitos ruins e então reensinar os corretos, como o aluno perderá a confiança na instrução e sua motivação será impactada. Esta deve ser uma preocupação entre os novos instrutores e entre instrutores e instrutores assistentes, que traba-lhem juntos sem estar familiarizados uns com os outros. Instrutores devem evitar contradições, revisando os planos de aula com toda a equipe e treinando os Standards com o material a ser utilizado em um briefing pré-aula. Tenha certeza de que os mesmos materiais, técnicas e con-ceitos são ensinados da mesma forma (standard) por todos os envolvidos.

A lei da prontidão simplesmente diz que os indivíduos aprendem melhor quando estão prontos para aprender, ou aprendem menos quando eles não vêem razão para aprender. O aluno com uma forte razão para aprender, com um objetivo claro, estará motivado para fazer gran-des progressos. Existem muitos obstáculos ao aprendizado durante a instrução de mergulho: medo, ansiedade, frio, ou, simplesmente, problemas com o controle da flutuabilidade. Todos eles grandes fatores de distração no processo de aprendizagem. O aluno desconfortável esta-rá mais envolvido em solucionar seus problemas imediatos do que em se concentrar na aula.

A lei do efeito afirma que os alunos aprendem melhor quando eles percebem o material como real e útil. Se o aluno entende a razão, pela qual deve dominar uma técnica e sua aplicação, ele vai querer aprender e aplicará esta técnica para aprendê-la.

A lei do exercício determina que aquelas coisas que são mais repetidas são também as mais lembradas e é a base da prática e repetição. A mente, apenas após uma exposição, raramen-te pode reter conceitos complexos e exercitá-los. Nós aprendemos pela aplicação daquilo que nos foi mostrado e explicado; a todo momento que praticamos nós chegamos mais perto de nosso objetivo e o aprendizado continua. Portanto o instrutor deve criar amplas oportuni-dades para o aluno praticar e repetir os exercícios. Os instrutores podem incluir habilidades aprendidas anteriormente em novos planos de aula, como em exercícios envolvendo másca-ra, regulador e desalagamento do snorkel, enquanto o aluno veste o equipamento scuba.

A lei da intensidade simplesmente afirma que um maior aprendizado é promovido quando o instrutor utiliza sua imaginação, tanto quanto possível, ao abordar a realidade durante as apre-sentações. Apresentações vívidas e excitantes são mais lembradas do que aquelas rotineiras e morosas. Em outras palavras, um aluno aprenderá mais com a realidade do que com um substituto qualquer.

A lei da aprendizagem recente. Coisas aprendidas mais recentemente são melhor lembradas. Reciprocamente, conhecimentos apresentados em momentos mais distantes, especialmente se não excitantes, serão menos lembrados. A lei da aprendizagem recente nos manda introdu-zir novos conhecimentos assim que eles se tornarem relevantes e úteis. Se ensinarmos sobre o nitrogênio 3 ou 4 aulas antes de falarmos sobre doença descompressiva ou tabelas de mergu-lho, a maioria dos alunos já terá esquecido e precisará de uma revisão. A lei da aprendizagem recente deve impactar a ordem relativa das aulas e exercícios no currículo de seu curso.

TREINAMENTO | O INSTRUTOR EFICAZ | Por: Jay O’Donnell

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AVALIAçãO E CRíTICAUma habilidade importante do instrutor eficaz é a habilidade de analisar, avaliar e julgar performance. Uma vez que a aula seja apresentada é necessário determinar se a mensagem realmente foi entendida. Alguma forma de ter esse retorno (exa-mes orais, avaliações práticas, testes escritos) é necessária, não apenas para registrar o progresso do aluno, mas é mais impor-tante, ainda, para avaliar a efetividade do instrutor e dos métodos usados.

É fácil determinar a performance do instrutor em um grande grupo de alunos, se todos eles “bombarem” ou forem mal em um exame válido, é aposta ganha que o instrutor falhou também. Entretanto, em um grupo pequeno isto nem sempre é claro. Fazer perguntas relevantes, concisas e justas durante um segmento de aprendizado é, normalmente, o método mais eficiente com um ou poucos alunos. Tente evitar perguntas com respostas “sim” ou “não”. Prefira perguntas que requerem um maior nível de entendimento para serem respondidas. Uma sessão de perguntas e respostas é uma parte importante do processo de aprendizagem.

A crítica do instrutor pode ser tão eficaz quanto o processo de aprendizagem. Ela deve dar ao aluno alguma coisa efetiva sobre o que construir e identificar pequenos deslizes onde mais estudo e trabalho são necessários. Uma crítica não deve ser uma etapa na nota deste aluno para ser eficaz, mas sim, uma etapa no processo de aprendizagem. A crítica não é necessa-riamente negativa em conteúdo, mas deve considerar o bom e o ruim juntos. Normalmente, ela é feita em particular, instrutor e aluno somente. Criticas em grupo podem ser úteis e apropriadas, quando cobrem problemas comuns de alguns estudantes em um determi-nado exercício. Uma pré crítica de erros freqüentes, mesmo depois do início de exercício, pode ser útil também.

O INSTRuTOR COMO uM MODELO.Independente da Certificadora o instrutor de mergulho é o único determinante do processo de aprendizagem. Além de montar os planos de aula e exercícios, de acordo com os Standards de sua certificadora, o instrutor é responsável por ser um mergulhador que é um exemplo de proficiência e segurança, de acordo com o “manual”. Os alunos vão imitá-lo em todos os casos.

Os alunos também perderão a confiança nas aulas, se o instrutor utilizar técnicas e habilidades diferentes das ensinadas. Eu tinha o hábito de vestir meu colete e equipamento por sobre minha cabeça, embora eu sempre ensinasse de acordo com os Standards o método ajudado pelo companheiro de mergulho, até que um de meus alunos tentou fazer o mesmo que eu, só que em um barco de mergulho. Infelizmente ele perdeu o equilíbrio e enquanto cambaleava com o cilindro sobre sua cabe-ça, derrubou ele sobre os pés descalços de outro mergulhador, os meus. Seja consistente com o que você está ensinando. Se realmente existir um método melhor, deixe o aluno descobrir após dominar o básico, ou durante uma instrução mais avançada.

Sempre amplie o conteúdo de seus cursos se uma oportunidade aparecer e o tópico for relevante, tal como explicar aos alu-nos a flutuação positiva ao final de um mergulho com o cilindro mais leve ou vazio, ou a razão do regulador requerer mais es-forço, quando olhando diretamente para cima. Dê informações adicionais mais cedo no currículo do curso, se o aluno estiver pronto para isso.

RESuMOA vasta quantidade de material e a diversidade de alunos combinam-se e demandam que o instrutor tenha um entendimento prático dos conceitos de ensino, para continuamente desenvolver um currículo eficaz. Conhecer de forma básica o modo como um aluno aprende permite ao instrutor desenvolver e modificar para obter o curso mais eficiente possível.

TREINAMENTO | O INSTRUTOR EFICAZ | Por: Jay O’Donnell

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NóS uSAMOS !Olá leitores, Nossa equipe aproveita vários de seus mergulhos para usar equipamen-tos cedidos por nossos anunciantes. Vamos nesta seção passar a vocês nossas percepções sobre os produtos que são novidades, os mais ven-didos e cobiçados do mercado e os que nos parecem ser muito interes-santes para mergulhadores livres, recreativos ou técnicos. Não trata-se de um teste didático, rigoroso, mas sim, ver se o equipamento manda tão bem na água como descrito em seus manuais ou sites. Espalhados pela revista, numa linguagem simples e objetiva vamos contar por que gostamos, porque usaríamos sempre ou qualquer informação que um mergulhador experiente gostaria de passar para um amigo que deseje ou precise de tal item.

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Page 97: DIVEMAG | Edição 05 | International Dive Magazine

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Instituto Sea Shepherd Brasil age contra a pesca industrial ilegal e a indústria do petróleo

As ações realizadas em 2011 e 2012 pela Sea She-pherd Brasil (ISSB) estiveram focadas principalmente

em duas frentes de batalha: trabalho de fiscalização e contenção de derrames de petróleo no litoral brasileiro

e fiscalização da pesca predatória e ilegal.

Infelizmente, diversos vazamentos de óleo ocorreram em águas brasileiras, afetando diretamente os ricos e complexos ecossistemas destas regiões costeiras. O ISSB além de, atuar diretamente nas áreas atingidas, au-xiliou e auxilia o Ministério Público Federal e a Polícia Federal nas investiga-ções para punir as empresas e instituições responsáveis por estes crimes am-bientais. “Nossa cooperação tem sido decisiva para que os órgãos públicos responsáveis identifiquem e punam os criminosos que agridem nosso ecossis-tema marinho”, afirma Wendell Estol, diretor geral do ISSB.

A pesca ilegal e predatória ainda é uma triste realidade no litoral brasileiro. O ISSB, sabendo desta prática, está constantemente fiscalizando e monito-rando estas atividades.

O Instituto foi firme em pressionar o Governo Brasileiro na defesa da cota ZERO, junto a Comissão Baleeira Internacional (CIB), para a caça as baleias, no Santuário de Baleias do Atlântico Sul.

Além das ações citadas acima, mais de 300 pessoas, de diversos Estados brasileiros foram capacitadas pelo Instituto para auxiliarem nos desastres causados pelo derramamento de petróleo, diversas praias brasileiras foram monitoradas com o objetivo de identificar e interceptar possíveis embarca-ções que praticassem a pesca predatória e ilegal.

Também foram feitas as ações de limpeza de praias, limpeza do fundo mari-nho, plantio de árvores e outras ações que envolvem a preservação do meio ambiente nacional. “Nosso trabalho segue forte aqui no Brasil. Defender um dos ecossistemas marinho mais ricos do mundo não é tarefa fácil, porém se-guimos nesta luta sem recuarmos diante das dificuldades. Se o inimigo não descansa, nós também não descansaremos”,

Wendell Estol. 97

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FOTóGRAFO CONVIDADO: ARy AMARANTE99

Ary Amarante é fotógrafo de natureza, especializado em fo-tografia subaquática. Analista de sistemas por formação, Ary tinha a fotografia inicialmente como um hobby, e assim que acabou seu curso de mergulho autônomo em 1986 já fez seu primeiro mergulho empunhan-do uma câmera sub, uma Ni-konos V que já usava antes em suas aventuras de barco e mer-gulhos em apnéia.

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FOTÓGRAFO CONVIDADO | ARY AMARANTE | A fotografia deu uma nova di-mensão ao seu relacionamen-to com o mar, e Ary seguiu em frente, aprendendo de forma autodidata (na época só revis-tas estrangeiras tinham artigos sobre foto sub), até começar a aparecer dentro da comuni-dade de mergulho ao vencer alguns concursos de foto sub; após ter seu primeiro portfolio publicado em revistas, já instru-tor de mergulho, Ary foi incen-tivado a ensinar a atividade, e assim nasceu seu primeiro curso próprio de foto sub, um dos pio-neiros. Em 2002 Ary iniciou o en-sino da foto sub digital no Brasil, e até hoje ministra cursos dife-renciados e exclusivos, como o PADI ADVANCED DIGITAL UW PHOTOGRAPHER, MARINE LIFE PHOTOGRAPHER, MASTER UW PHOTOGRAPHER, entre outros.

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FOTÓGRAFO CONVIDADO | ARY AMARANTE | Com vários trabalhos publicados na área e artigos em diversas revistas nacionais e in-ternacionais o fotógrafo Ary tem como no-vidade o livro VIDA MARINHA, editado pela Cultura Sub, comercializado nas melhores livrarias, e encontrado para venda persona-lizada (dedicatória e assinatura do autor) no site www.phototravel.com.br, empresa atra-vés da qual Ary organiza eventos e viagens ligadas à fotografia.

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FOTÓGRAFO CONVIDADO | ARY AMARANTE |

“Os lugares mais interessantes que já conheci para mergulho... Maldivas, Malásia, Indonésia, Noronha, Recife, Bonaire, Galápagos, Cayman Islands, Cuba, Mar Vermelho, Roatan, e mesmo Arraial do Cabo, Ilha Grande... cada qual com suas peculiaridades, suas vantagens e desvan-tagens, mas todos marcantes, cada um à sua maneira. Os mergulhos geram lembranças, te-nho boas lembranças em todos esses locais.

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FOTÓGRAFO CONVIDADO | ARY AMARANTE | DIVEMAGInternational Dive Magazine

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Próximos passos: Desenvolver mais a Phototravel, escola de fotografia em São Paulo, onde são mi-nistrados cursos das mas diversas vertentes da fotografia, assim como workshops com persona-lidades diversas da foto e viagens temáticas. A Phototravel é a única escola de fotografia que tem cursos regulares de foto sub, ou seja, foto-grafia sub sendo lecionada em escola de foto-grafia, de forma especializada.

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FOTÓGRAFO CONVIDADO | ARY AMARANTE |

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ESSENTIALS DIVEREste nível intermediário de educação contínua é desenhado para permitir que mergu-lhadores certificados melhorem sua performance no mergulho, revisem e coloquem em prática o essencial aprendido em qualquer programa de mergulho da IANTD. As técnicas e conhecimentos adquiridos neste programa preparam o mergulhador para mergulhos mais avançados. O programa de Essentials Diver é recomendado para todos os mergu-lhadores que desejam melhorar a performance e competência durante seus mergulhos. Este programa não qualificará o mergulhador a mergulhar mais fundo do que é permiti-do pela sua certificação prévia.

Quem pode lecionar este programa?

Um Advanced EANx Instructor ou de graduação maior e certificado como IANTD Essen-tials Diver É requerido um instrutor de rebreather para que um mergulhador seja certifica-do como rebreather diver neste nível.

Pré-requisitos:

Certificação de Open Water (Nitrox) Diver ou equivalenteIdade mínima de 15 anos com autorização dos pais ou responsáveis legais, ou um mínimo de 12 anos para qualificação de Junior Diver, ou 18 anos sem autorização prévia

Limites do programa:

• Nenhum mergulho pode ser conduzido em profundidades maiores que a qualificação do aluno

• Todos os mergulhos devem enfatizar o trabalho em equipe e a interação com o dupla

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BRIGHT FUTURECURSO DE FORMAÇÃO DE INSTRUTORES NAUI

ITCO Curso de Treinamento de Instrutor NAUI (ITC) é designado para treinar, qualificar e assegurar que o candidato graduado com sucesso adquira conhecimentos técnicos e didáticos, habilidades e postura profissional para ser apto para se tornar membro instrutor NAUI. O ITC qualifica o candidato através do aprendizado de métodos efetivos para ensinar mergulho autônomo e livre em conformidade com as regras e padrões NAUI. O ITC pode ser apresentado em duas fases. A primeira fase, chamada de Programa de Treinamento de Instrutor (ITP), consiste do treinamento para preparação do candidato sem caráter avaliativo. Durante o ITP cada candidato passa em teste por dois avaliadores qualificados, sendo pelo menos um Diretor de Curso (CD - Course Director) ou Treinador de Instrutor (IT - Instructor Trainer) e um STW (Staff Training Workshop). O ITP pode ser realizado em diversos formatos, com variações de período, compreendendo de uma semana a um período bem mais extenso.A segunda fase ou final, também chamada de Programa de Qualificação de Instrutor (IQP), compreende as avaliações finais, contando obrigatoriamente com um Diretor de Curso. O candidato deverá obter 75% de aproveitamento nas avaliações do curso. PRÉ - REQUISITOSCertificação de Mergulho. Ser um Assistente de Instrutor NAUI (AI) ou Divemaster NAUI (DM); ou ter realizado com sucesso o Programa Preparatório para Instrutor NAUI (PREP) no máximo com 12 meses de validade.Equipamento. Providenciar e ser responsável pelo próprio equipamento adequado para o ensino.Experiência. Ter no mínimo 120(cento e vinte) mergulhos registrados. Os mergulhos devem variar nos aspectos: ambiente, profundidade e tipo de atividade.Materiais. Contate o Departamento de Treinamento NAUI para os requerimentos atuais.

PRÓXIMA DATA ITC

12 a 22/04

PROXIMA TURMA - ITC

12 a 22 de Abril

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16º ENCONTRO INSTRUTORES NAUI

13 a 18 de Agosto de 2012www.naui.com.br

Page 113: DIVEMAG | Edição 05 | International Dive Magazine

NOVO PRODUTO (PORTUGUÊS)

As metas do curso AWARE Shark Conservation Diver são informar os alunos sobre a importância dostubarões para os ecossistemas marinhos e para a economia, educá-los sobre as causas do declínio naspopulações de tubarões, desenvolver conhecimentos sobre o que está faltando atualmente na gestãoda pesca de tubarões, rebater concepções equivocadas que possam impedi-los de partir para a ação eincentivá-los a ajudar a proteger os tubarões através da tomada de atitude. Use o curso AWARE SharkConservation Diver para transformar seus alunos em defensores informados e apaixonados que partempapara ação na proteção dos tubarões.

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INFORMATIVO MENSAL | PADI |

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DOENÇAS DO MERGULHOAconselhamento em Emergências

24 horas, 7 dias por semana

■ DOENÇA DESCOMPRESSIVA (DD) São comuns: dores nas articulações, dormência, formigamento, fraqueza muscular,

descoordenação motora, coceira e manchas na pele (cutis marmorata), com ou sem dor. Não tão comuns, mas possivelmente como indicador de maior gravidade: dor intensa nas costas ou abdômen, paralisia dos membros, incontinência ou retenção urinária, distúrbios visuais, confusão mental, tontura, mal estar, falta de ar, dor torácica, tosse ou outros sinais neurológicos incomuns. A desidratação é comum em DD. O quadro pode aparecer em minutos ou até horas após o mergulho e seu desenvolvimento é geralmente progressivo

e gradual.

■ EMBOLIA ARTERIAL GASOSA (EAG) Perturbações sensoriais, paralisia ou paresia das extremidades, distúrbios visuais, dores

de cabeça, convulsões ou outros alterações neurológicas localizadas. O quadro pode ser associado à lesão Pulmonar (pneumotórax, enfisema subcutâneo ou mediastinal). O EAG pode ser o resultado do mergulho a profundidades tão insignificante como um metro de profundidade. Sinais e sintomas geralmente se desenvolvem em poucos minutos após

o termino do mergulho, e sua apresentação é geralmente aguda.

■ BAROTRAUMA (BTP) Dispnéia, dor torácica, pneumotórax, enfisema subcutâneo, pneumomediastino, mudanças no

tom de voz, tosse, escarro sanguinolento, pode haver comprometimento neurológico resul-tado de uma Embolia Arterial Gasosa (EAG). NOTA: A recompressão é contra-indicada em pneumotórax não tratado, já que poderia atuar como um pneumotórax hipertensivo durante a fase de descompressão.

Além de assegurar os primeiros-socorros habituais, o tratamento de emergência para lesões causadas por atividades relacionadas com o mergulho de ar comprimido inclui:1. A administração de Oxigênio em altas concentrações (de preferência em uma fração inspirada de - FiO2 de 100%). 2. Avaliar a necessidade de hidratação. Se necessário, administrar soluções cristalóides isotônicas (não são recomendadas soluções glicosadas). 3. Executar e documentar um exame neurológico completo. 4. Em caso de emergência, ligue para a DAN e peça atendimento em português 0800-684-9111. Este serviço é gratuito e prestado em caráter humanitário para obter orientação imediata sobre o diagnostico, cuidados imediatos, transporte ou remoção para um serviço de medicina hiperbárica apropriado.

Divers Alert Network (DAN)

0800-684-9111 e fora do Brasil +1-919-684-9111

Para informações relacionadas a acidentes de mergulho envie um email para: [email protected] ou visite www.danbrasil.org.br

A Divers Alert Network (DAN) é uma organização sem fins lucrativos dedicada a segurança e saúde de mergulhadores recreativos.

* Em caso de suspeita de qualquer um dos quadros clínicos acima, o mergulhador deve ser imediatamente examinado por um médico, independentemente de sua especialidade. Os sinais e sintomas mencionados não são estranhos e podem ser óbvios para qualquer medico. O reconhecimento precoce dos sintomas, juntamente com a anamnese

compatível fazem o diagnóstico da patologia. Entrar em contato com o Divers Alert Network (DAN) pode ajudar os profissionais que não estão familiarizados com as doenças de mergulho a chegar ao diagnóstico precoce, alem disso a DAN pode oferecer recomendações para um tratamento adequado.

Após um mergulho, os sinais e sintomas abaixo podem indicar a necessidade de tratamento de recompressão em câmara hiperbárica. Em caso de suspeita, o mergulhador deve ser examinado por um Profissional de Saúde*.

INFORMATIVO MENSAL | DAN |

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