DIVERSIDADE CULTURAL NO HOSPITAL: CRENÇAS, RITUAIS E … · 2019-05-21 · Área da Mulher,...
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Área da Mulher, Criança e Adolescente
Contactos:
Palmira Silva: Enfermeira Directora Adjunta, CHULC, Área da Mulher, Criança e Adolescente (AMCA), Hospital D. Estefânia, Anabela Namora:
Enfermeira, CHULC, Área da Mulher, Criança e Adolescente (AMCA), Hospital D. Estefânia, – Unidade de Intervenção de Ambulatório – Cirurgia de Ambulatório
Ivete Monteiro: Enfermeira, CHULC, Área da Mulher, Criança e Adolescente (AMCA), Hospital D. Estefânia, Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais; Centro de Estudos das Migrações e Relações Interculturais, CEMRI, Universidade Aberta
Data de realização: Maio 2019
DIVERSIDADE CULTURAL NO HOSPITAL: CRENÇAS, RITUAIS E PRÁTICAS …
INTRODUÇÃO
A saúde é uma das vertentes mais afetadas em contexto migratório, resultado do desconhecimento do acesso aos serviços de saúde, da insegurança económica, das dificuldades
comunicacionais e do isolamento com que o migrante frequentemente é confrontado. O recurso a rituais e a práticas de proteção da saúde do país de origem é uma realidade, permitindo manter
a sua identidade cultural, e simultaneamente, garantindo e resolvendo problemas de saúde menos complexos. A prática da medicina tradicional, respeita as crenças individuais e coletivas de
uma comunidade, e ocorre em simultâneo com os cuidados preconizados em contexto hospitalar.
O conhecimento das práticas relacionadas com a saúde da população migrante assume particular importância para um cuidar individualizado e que respeite as crenças e o migrante como
PESSOA e ser único. Em contexto pediátrico, as práticas de saúde estão intimamente relacionadas com rituais de proteção e com prátic as curativas que afastam o “mau-olhado” e
que ajudam a prevenir e a curar rapidamente as doenças.
ASSIM SENDO, SABIA QUE…?
CONCLUSÃO
As comunidades migrantes que acorrem ao Hospital Dona Estefânia apresentam inúmeras crenças e práticas tradicionais relacionadas com a saúde, que os profissionais de saúde devem
conhecer e integrar nos seus cuidados. O cuidar culturalmente competente assume-se como uma prática de excelência, por forma a compreender e ir ao encontro das verdadeiras necessidades
de saúde destas comunidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Na Comunidade Cigana A família cigana é uma família alargada onde os avós, os tios e os primos têm um papel muito importante na educação e no desenvolvimento da criança. Os elementos mais velhos da família são muito respeitados, sendo comum os outros membros pedirem-lhes conselhos e opiniões. A hospitalização é vista como um “mal maior”, pois é um meio hostil, onde ocorre a separação do grupo. Existe a crença de que o “leite materno dá força” pelo que a criança decide quando deixa de amamentar podendo este processo durar alguns anos.
Na Comunidade Africana A alimentação é entendida como uma fonte de força e de saúde. Os alimentos são preparados com condimentos e com sal. Povo muito supersticioso, pelo que o uso de amuletos é frequente, funcionando como proteção. O uso do amuleto colocado na região umbilical destina-se a afastar o mal e não deve ser retirado sem antes se explicar aos familiares essa necessidade. Recorrem com frequência a curandeiros e feiticeiros utilizando mistura de folhas e outros produtos naturais para a confeção de “remédios”.
Na Comunidade Hindu O preto é tipo como uma cor que desvia a atenção. É comum o uso diário do cajal que pode ser colocado nos olhos, na cabeça, na palma das mãos, na planta dos pés ou ainda atrás das orelhas. Também são utilizadas pulseiras pretas nas mãos ou pulseiras de ouro ou prata com bolinhas pretas, entendidas como objetos que afastam o mau-olhado.
Na Comunidade Chinesa Após o nascimento do bebé, a mulher deve respeitar 1 mês de resguardo em casa, evitando o frio (andar descalça, sair à rua, ingerir líquidos e alimentos frios). A mãe recusa amamentar se não cumprir este resguardo, pois acredita que o seu leite não se adequa às necessidades do bebé. Nessa fase quem cuida do bebé é o pai, as avós e as tias. Os chineses são muito supersticiosos e receiam a morte, preferindo não falar no assunto, uma vez que está relacionada com a finitude do tempo. Evitam o número 4, devido à parecença com a palavra “morte” em mandarim. No processo de luto, os familiares vestem roupa branca e/ou faixa preta colocada no braço esquerdo e enrolam tiras de pano brancas atadas à cabeça.
Na Comunidade Nepalesa O parto é habitualmente realizado em casa e assistido por parteiras tradicionais. Após o parto, a placenta, designada de ‘bucha-co-satthi’ que significa “amiga do bebé”, é geralmente enterrada. Entre o 4º e o 12º dia, após o nascimento, acorre o ritual no qual a criança é formalmente apresentada à sua família e recebe o seu nome.
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