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DIVISÓRIAS INTERNAS DE EDIFÍCIOS EM ALVENARIA DE BLOCOS DE GESSO- vantagens técnicas, econômicas e ambientais CARLOS WELLIGTON DE AZEVEDO PIRES SOBRINHO ITEP-Instituto de Tecnologia de Pernambuco NATALIA DE MORAIS BEZERRA A5-ENGENHARIA TATIANA DE CASTRO TRAJANO COSTA A5-ENGENHARIA CAROLINA BUARQUE A. SILVA A5-ENGENHARIA RESUMO A utilização de alvenaria em blocos de gesso em substituição ás tradicionais alvenarias em blocos cerâmicos ou de concreto se constitui em uma alternativa viável na vedação vertical de edifícios. Do ponto de vista do comportamento estrutural, as vedações em alvenaria em blocos de gesso mostram resistência e rigidez superior que as construídas com blocos cerâmicos argamassados, correspondendo a um melhor comportamento no travamento as movimentações horizontais da estrutura. Além disso, por serem mais leves sobrecarregam menos a estrutura conduzindo a uma economia em torno de 30% no concreto da fundação e 15% das armaduras da superestrutura. Do ponto de vista da sustentabilidade a adoção de alvenarias de blocos de gesso conduzem a uma redução em torno de 16% na Energia interna incorporada dos materiais utilizados na estrutura, 63% da energia elétrica utilizada na mistura e transporte interno dos materiais e mais de 53% na água utilizada na construção dessas divisórias em relação as construídas com blocos cerâmicos argamassados. Este artigo apresenta os elementos básicos para o desenvolvimento de projetos de vedação vertical em alvenaria de blocos de gesso para edificações aporticadas em concreto armado, bem como detalhes construtivos e de projeto. Apresentam também resultados de avaliação de desempenho, segundo a NBR 15575 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho em elementos divisórios de um edifício residencial no Recife e uma abordagem ambiental comparativa no que se refere ao consumo de água e energia nas diversas etapas de produção (fabrico e aplicação) entre os sistemas analisados. ABSTRACT 1. INTRODUÇÃO Quando tecnicamente bem construídas, respeitando o limite do material e do sistema de vedação e da interação com demais sistemas de um edifício, as divisórias internas construídas em blocos de gesso apresentam vantagens significativas quando comparadas á construção de divisórias em alvenaria de blocos cerâmicos e/ou de concreto. As de ordem técnica se destacam: a) apresentam maior resistência mecânica; b) podem ser aplicado sobre piso acabado sem precisar escariar; c) podem ser removíveis facilmente sem deixar marcas; d) apresentam maior isolamento térmico e acústico por unidade de espessura; e e) conduzem a menor peso nos elementos estruturais. As de ordem econômicas se destacam: a)maior produtividade e menor custo global das vedações; b) maior área interna dos cômodos; c) menor utilização de área de canteiro na construção. As de ordem ambiental se destacam: a) menor quantidade de Energia Incorporada na produção e na aplicação dos constituintes por unidade de área; b) menor degradação ambiental por unidade de volume e de produção dos materiais e componentes constituintes; e) menor energia (KW/h) utilizada nas etapas de transporte e produção dos materiais constituintes e f) menor quantidade de água utilizada na produção das vedações internas. Este artigo apresenta os principais elementos que devem ser considerados no desenvolvimento de projetos em alvenaria interna de blocos de gesso e as principais características de ordem técnica, econômica e ambiental comparativas entre o sistema de divisórias internas construídas em alvenaria de blocos de gesso e de blocos de concreto e/ou cerâmicos assentados e revestidos com argamassa de mista de cimento e cal, tendo como base o levantamento de produção dos materiais utilizados na construção desses sistemas aplicados em estudo de caso. 2. ASPECTOS COMPARATIVOS ENTRE OS TIPOS DE ALVENARIAS 2.1 Comportamento compressivo As alvenarias em blocos de gesso são mais leves, variando entre 0,6 kN/m 2 à 1,0 kN/m 2 , quando comparadas as alvenaria tradicionais em blocos cerâmicos revestidos com argamassa, que variam entre 1,2 kN/m 2 à 1,8 kN/m 2 ,

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DIVISÓRIAS INTERNAS DE EDIFÍCIOS EM ALVENARIA DE BLOCOS DE GESSO- vantagens técnicas, econômicas e ambientais

CARLOS WELLIGTON DE AZEVEDO PIRES SOBRINHO

ITEP-Instituto de Tecnologia de Pernambuco

NATALIA DE MORAIS BEZERRA A5-ENGENHARIA

TATIANA DE CASTRO TRAJANO COSTA A5-ENGENHARIA

CAROLINA BUARQUE A. SILVA A5-ENGENHARIA

RESUMO A utilização de alvenaria em blocos de gesso em substituição ás tradicionais alvenarias em blocos cerâmicos ou de concreto se constitui em uma alternativa viável na vedação vertical de edifícios. Do ponto de vista do comportamento estrutural, as vedações em alvenaria em blocos de gesso mostram resistência e rigidez superior que as construídas com blocos cerâmicos argamassados, correspondendo a um melhor comportamento no travamento as movimentações horizontais da estrutura. Além disso, por serem mais leves sobrecarregam menos a estrutura conduzindo a uma economia em torno de 30% no concreto da fundação e 15% das armaduras da superestrutura. Do ponto de vista da sustentabilidade a adoção de alvenarias de blocos de gesso conduzem a uma redução em torno de 16% na Energia interna incorporada dos materiais utilizados na estrutura, 63% da energia elétrica utilizada na mistura e transporte interno dos materiais e mais de 53% na água utilizada na construção dessas divisórias em relação as construídas com blocos cerâmicos argamassados. Este artigo apresenta os elementos básicos para o desenvolvimento de projetos de vedação vertical em alvenaria de blocos de gesso para edificações aporticadas em concreto armado, bem como detalhes construtivos e de projeto. Apresentam também resultados de avaliação de desempenho, segundo a NBR 15575 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho em elementos divisórios de um edifício residencial no Recife e uma abordagem ambiental comparativa no que se refere ao consumo de água e energia nas diversas etapas de produção (fabrico e aplicação) entre os sistemas analisados. ABSTRACT 1. INTRODUÇÃO Quando tecnicamente bem construídas, respeitando o limite do material e do sistema de vedação e da interação com demais sistemas de um edifício, as divisórias internas construídas em blocos de gesso apresentam vantagens significativas quando comparadas á construção de divisórias em alvenaria de blocos cerâmicos e/ou de concreto. As de ordem técnica se destacam: a) apresentam maior resistência mecânica; b) podem ser aplicado sobre piso acabado sem precisar escariar; c) podem ser removíveis facilmente sem deixar marcas; d) apresentam maior isolamento térmico e acústico por unidade de espessura; e e) conduzem a menor peso nos elementos estruturais. As de ordem econômicas se destacam: a)maior produtividade e menor custo global das vedações; b) maior área interna dos cômodos; c) menor utilização de área de canteiro na construção. As de ordem ambiental se destacam: a) menor quantidade de Energia Incorporada na produção e na aplicação dos constituintes por unidade de área; b) menor degradação ambiental por unidade de volume e de produção dos materiais e componentes constituintes; e) menor energia (KW/h) utilizada nas etapas de transporte e produção dos materiais constituintes e f) menor quantidade de água utilizada na produção das vedações internas. Este artigo apresenta os principais elementos que devem ser considerados no desenvolvimento de projetos em alvenaria interna de blocos de gesso e as principais características de ordem técnica, econômica e ambiental comparativas entre o sistema de divisórias internas construídas em alvenaria de blocos de gesso e de blocos de concreto e/ou cerâmicos assentados e revestidos com argamassa de mista de cimento e cal, tendo como base o levantamento de produção dos materiais utilizados na construção desses sistemas aplicados em estudo de caso. 2. ASPECTOS COMPARATIVOS ENTRE OS TIPOS DE ALVENARIAS

2.1 Comportamento compressivo

As alvenarias em blocos de gesso são mais leves, variando entre 0,6 kN/m2 à 1,0 kN/m2, quando comparadas as alvenaria tradicionais em blocos cerâmicos revestidos com argamassa, que variam entre 1,2 kN/m2 à 1,8 kN/m2,

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contribuindo para diminuição das cargas permanentes nas lajes/vigas. Esta diminuição também influencia na redução das flechas imediatas e deformação lenta das lajes de concreto. No que se refere à resistência de compressão e módulo de deformação, PIRES SOBRINHO (2007) e PIRES SOBRINHO et all (2009) realizaram ensaios em paredinhas de dimensões de 0,6m x 1,2m, cujas características e resultados de ensaio são apresentados na tabela 1.

Tabela 1- Características e resultados dos ensaios das paredinhas

Material usado

Dimensões do bloco

Assentamento Revestimento Espessura

final Carga ruptura (kN)

Tensão na ruptura (MPa)

Rigidez* (kN.m/m)

Blocos de gesso

10,0cm x 66,67cm x 50,0cm

Gesso cola Pasta de gesso

10 cm

21,40

3,57

81.000

Blocos cerâmicos

9,0cm x 19,0cm x 19,0cm

Argamassa mista de

cimento e cal (traço

volumétrico 1:1:6)

Chapisco de cimento nas duas faces

10 cm

8,49

1,41

21.600

Blocos cerâmicos

9,0cm x 19,0cm x 19,0cm

Argamassa mista de

cimento e cal (traço

volumétrico 1:1:6)

Argamassa mista de

cimento e cal no traço 1:2:9 nas duas faces

13 cm

15,65

1,74

48.000

Observa-se que as alvenarias em blocos de gesso apresentam rigidez 69% maior que as alvenarias de blocos cerâmicos revestidas com argamassa, devendo, desta forma, concentrar igual proporção nas tensões. Por outro lado, a resistência das alvenarias em blocos de gesso de 10cm de espessura apresenta o dobro da capacidade resistente das paredes, respondendo satisfatoriamente no comportamento global 2.2 Comportamento estrutural

No sentido de comparar a influência dos dois tipos de alvenaria de divisória interna (gesso e cerâmica) em edifícios, foram analisadas em modelo de cálculo computacional de dimensionamento de uma estrutura. Para tanto, foram mantidas as dimensões e posições dos elementos estruturais (pilares, vigas e lajes) e foram consideradas as alterações nas armaduras de pilares e vigas, mantendo as formas destes elementos constantes (CIARLINI, et al 2001). O edifício analisado possui seis apartamentos por pavimento. Cada apartamento é composto por sala, quarto, banheiro e cozinha, totalizando uma com lâmina 17,05 m x 15,30 m. A figura 3 apresenta o pavimento tipo da edificação analisada. Na análise do comportamento da estrutura foram seguidos os procedimentos usuais de projeto, cálculo e detalhamento das estruturas de concreto armado, respeitando-se os preceitos das normas técnicas pertinentes, em especial os da NBR-6118/80 – “Calculo e execução de estruturas de concreto armado”, da NBR – 6120/80 “Cargas para o cálculo de estruturas” e da NBR – 6123/87 – “Forças devidas ao vento em edificações”, considerada uma velocidade básica de vento (V

0) de 30 m/s.

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Figura 1- parte simétrica da Planta estrutural do pavimento tipo do edifício

Na análise comparativa foram considerados três gabaritos verticais: 6, 14 e 22 pavimentos, todos com a mesma planta baixa. A comparação das cargas nas fundações para estes prédios foi feita considerando somente as cargas verticais, já que as cargas horizontais e os momentos fletores são os mesmos em todos os casos. Na tabela 2, estão apresentados os resultados dos quantitativos das cargas totais nas fundações, a armadura total da estrutura e o volume de concreto da fundação, bem como a análise de custos, tomando por base o valor praticado por tabela EMLURB jan/2009. Nesta tabela, a indicação de tipo 6, 14 e 22, refere-se aos prédios com 6, 14 e 22 pavimentos com alvenaria de blocos cerâmicos nas paredes internas e externas; As indicadas com tipo 6G, 14G e 22G, refere-se aos prédios com 6, 10, 14, 18 e 22 pavimentos com paredes internas de blocos de gesso e externas com blocos cerâmicos.

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Tabela 2- Quantitativos e de análise de custos

Os resultados mostram que é possível reduzir mais de 15% nas cargas totais da fundação com a utilização de paredes internas em alvenaria de blocos de gesso em substituição as paredes tradicionais. 2.3 Comparativo econômico Outras economias de custo e tempo produzidas com a opção tecnológica de se utilizar paredes internas em alvenaria de blocos de gesso em substituição às alvenarias tradicionais também podem ser avaliadas. No que se refere a economia na estrutura, a tabela 2 mostrou que é possível reduzir entre 11,4% à 12,2% dos custos com a armadura da superestrutura e entre 32,0% à 35,6% nas fundações. No que se refere à execução, a tabela 3 mostra que a produtividade dos serviços de paredes acabadas em alvenaria de blocos de gesso é 67% maior que a soma dos serviços necessários a conclusão das paredes de blocos cerâmicos. Cabe ressaltar ainda que as alvenarias de gesso apresentam um número de atividades, uma movimentação de material no canteiro, e o tempo total das atividades bem menores.

Tabela 3- Produtividade nas atividades das alvenarias internas Sistema Serviços envolvidos Produtividade

(hora / m2) Tempo de serviço

acabado (hora / m2)

Elevação(marcação, elevação, tubulação e cxs elétricas

0,45

Chapisco 0,08 Emboço 0,45

Alvenaria em bloco

cerâmico

Aparelhamento e pintura 0,15

1,13

Elevação 0,36 Colocação de tubulação

e cxs elétricas 0,20

Alvenaria de

blocos de gesso Aparelhamento e pintura 0,12

0,68

Na avaliação dos custos unitários diretos para execução dos serviços, a diferença não é significativa, sendo 5,2% a favor da alvenaria tradicional em blocos cerâmicos revestidos com argamassa, ver tabela 4. Porém, se levar em consideração o ganho de área, em torno de 2,3%, na menor espessura das grades de porta e a possibilidade de poder ser construída o revestimento de piso antes da execução das paredes de alvenaria em blocos de gesso, com sensível economia de material e mão de obra, as vantagens desse sistema é bem maior.

Tabela 4- Custos unitários de execução dos sistemas

Sistema Serviços envolvidos Custos Unitário

(R$ / m2) Custo Total (R$ / m2)

Elevação(marcação, elevação, tubulação e cxs elétricas 22,96 Aperto na alvenaria 1,63

Chapisco 1,69 Emboço sarrafedo/desempenado 8,38

Alvenaria em bloco cerâmico

Aparelhamento e pintura 8,57

43,23

Elevação 36,20 Fixação alvenaria/laje 0,41 Colocação de tubulação

e cxs elétricas 1,60

Alvenaria de

blocos de gesso

Aparelhamento e pintura 7,30

45,51

Os dados apresentados nas tabelas 3 e 4 foram extraídos de um levantamento feito por MENDONÇA (2008) em obra de edifício residencial no Recife.

Armadura nas estruturas Concreto nas fundações Cargas nas fundações Tipo (t) (R$) % (m3) (R$) % (t) %

6 17 110500 41,9 50280 1.386 6G 15 97500 -11,8% 30,9 37080 -35,6% 1.158 -16,4% 14 55 357500 166,02 199224 3.927 14G 49 318500 -12,2% 125,79 150948 -32,0% 3.315 -15,6% 22 114 741000 322,96 387552 6.282 22G 101 656500 -11,4% 244,62 293544 -32,0% 5.309 -15,5%

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3 SISTEMA CONSTRUTIVO DE DIVISÓRIAS INTERNAS EM ALVENARIA DE BLOCOS DE GESSO Este sistema construtivo é constituído de blocos pré-moldados intertravados de dimensões nominais de 50 cm x 66,7cm x esp. As espessuras comercializadas no país são de 7cm(vazado ou compacto) e 10cm(compacto) unidos com fina camada de cola de gesso. A figura 2 (a, b e c) mostra detalhes destes produtos.

a)Bloco vazado b)Bloco compacto(maciço) c) Cola de gesso Figura 2- Aspectos dos componentes do sistema

3.1 Aspectos construtivos As principais características técnicas das alvenarias em blocos de gesso, são:

• Dimensões grandes (três blocos forma um metro quadrado de área), elevando a produtividade; • Precisão milimétrica, com superfícies planas e encaixe do tipo macho-fêmea, facilita a elevação das paredes, a

conferência do alinhamento e planicidade; • A união dos blocos se faz com fina camada de cola de gesso, não necessitando de controle de espessura; • Possibilita corte com serrote/serra com praticidade e precisão, as sobras são facilmente reaproveitadas na

própria elevação, gerando pouco resíduo; • Instalações elétricas podem seguir os vazios dos blocos ou em rasgos na alvenaria; • As alvenarias podem ser aplicadas sobre piso pronto, sem necessitar de apicoamento, possibilitando sua

remoção. Aumentando a produtividade e redução de trinchos em pisos; • A cola de gesso possui excelente aderência entre blocos de gesso e com outros materiais (concreto, cerâmica,

madeira, materiais fibrosos, entre outros); • Deve-se evitar contato direto entre componentes de gesso com componentes ferrosos.

Detalhes do processo de construção de paredes internas em alvenaria de blocos de gesso são mostradas nas figuras 3.

a) marcação primeira fiada-detelhe linha guia

b) colocação primeira fiada fixados com cola de gesso

c)corte de blocos para amarração

d)assentamento das primeira fiadas-blocos hidrofogos

e)detalhe blocos sobre vão de porta

f)construção de shaft

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g)encontro de paredes- detalhe blocos distintos

h)fixação de parede com espuma de poliuretano

i)fixação de parede com isopor e cola de gesso

Figura 3- Detalhes das etapas do sistema construtivo em alvenaria de blocos de gesso 3.2 Detalhes de projeto O desenvolvimento de um projeto para produção de paredes internas de edifícios cumpre importante papel no desempenho do sistema construtivo e integração com os demais projetos que compõe a edificação. No desenvolvimento do projeto é possível interagir com os demais projetos (arquitetônico, instalações, estrutural e de revestimento) de forma a compatibilizar as interfaces dos sistemas e subsistemas da edificação. Há algumas premissas importantes a serem consideradas no projeto de alvenaria de blocos de gesso:

• Faz-se necessário conhecer as deformações potenciais da estrutura para evitar concentrar esforços demasiados (acima do limite de serviço) e/ou localizados nas paredes. De posse desses dados, torna-se possível dimensionar elementos de fixação e a capacidade resistente das alvenarias.

• Considerar os limites e a aplicação do sistema. Aspectos técnicos apresentados em THIÉBAUT (1999) e DOMINGUEZ & SANTOS(2001), podem ser tomados como referência.

• Considerar o projeto de alvenaria como compatibilizador dos demais projetos que compõe a edificação. • Modular as alvenarias de forma a: aproveitar o maior número de blocos inteiros, evitando amarração inferior

ao mínimo necessário; iniciar a disposição dos blocos pelos vãos de porta; determinar a utilização de vergas, quando necessário; indicar interface com as redes de instalações.

• Estudar as formas de ligações entre paredes de blocos de gesso com alvenaria de contorno e com elementos estruturais (pilares, vigas e lajes).

• Utilizar tipos de blocos com características hidrofugantes para a primeira fiada e áreas molhadas, detalhando a impermeabilização.

• Detalhar a forma de fixação de esquadrias, quadros de instalações e shafts. • Definir forma de locação das paredes, conforme eixo de estrutura ou eixo próprio para alvenaria. Principais detalhes de projeto são mostrados nas figuras 4 a 6.

Figura 4-Modulação de parede com vão de porta, detalhes e especificação

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As juntas de ligação estrutura-parede devem ser dimensionadas para possibilitar a deformação vertical total prevista para cada parte da estrutura, conforme figura a seguir:

Figura 5 – Detalhes de ligação estrutura-parede em blocos de gesso

A bandagem de tela poliéster aplicada nos encontros de materiais distintos tem a função de prevenir e dissipar fissuras de ligação entre elementos da edificação.

Figura 6- Detalhes de encontros com parede de alvenaria e com estrutura

4. ANÁLISE DE DESEMPENHO DO SISTEMA Objetivando avaliar o desempenho de paredes construídas em blocos de gesso, foi aplicada a metodologia preconizada na norma NBR15575-2-Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos - Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais (ABNT, 2006). Os testes de desempenho foram realizados em paredes de alvenaria de blocos de gesso vazado de 7mm de espessura, construídas em ambientes internos de apartamentos de um edifício residencial na cidade do Recife e constantes dos relatórios técnicos do ITEP (2008). 4.1 Desempenho de segurança estrutural ao impacto de corpo mole Consiste na avaliação do comportamento de um trecho de parede submetida a choques, numa seqüência de energia e quantidades pré-estabelecida, de forma a avaliar as patologias (fissuras e destacamento) e da amplitude do deslocamento linear (instantâneo e residual) sofridas no trecho de parede ensaiada. As figuras 7a e 7b mostram o esquema de ensaio realizado.

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a) esquema de ensaio b) detalhe do ensaio realizado Figura 7- Esquema e detalhe de ensaio de corpo mole

Não foram observadas fissuras ou danos significativos na parede durante a aplicação de energia até 120J. Após o último choque de 180J foi observada fissuras e início de destacamento no apoio superior da parede. Os deslocamentos máximos registrados não ultrapassaram 10mm no instantâneo e 2,0mm no residual para o choque de 240J. Os resultados estão apresentados na tabela 5.

Tabela 5- Resultados de ensaio de trecho de parede em alvenaria de blocos de gesso

Deslocamentos horizontais(mm)

Componente

Energia (J) instantâneo

dh residual dhr

Observações

60 0,0 0,0 Sem apresentar fissuras

120 0,2 0,0 Sem apresentar fissuras

180 0,6 0,4 Aparecimento de fissura e indicativo de destacamento trecho superior.

Parede interna espessura de

70mm

240 1,0 0,6 Crescimento de fissura e de destacamento no trecho superior entre apoios da parede

4.2 Desempenho para corpo suspenso Consiste na avaliação do comportamento de sistemas de fixação. No presente caso, foi avaliada a capacidade de fixação do sistema de um sistema bucha-parafuso de especificação S10GKS de marca FISCHER. O aparato de ensaio, recomendado pela NBR15575 (ABNT, 2006), está apresentado nas figuras 8a, 8b e 8c.

a) aparato de ensaio b) detalhes do ensaio c) detalhes do ensaio

Figura 8 – Esquema e detalhe de ensaio de corpo suspenso

4.3 Desempenho de interação de portas com paredes em alvenaria de blocos de gesso Consiste na avaliação do comportamento do sistema porta-fixação e de sua interação com as paredes que a confina. O sistema aplicado é submetido a uma seqüência de 10 choques, conforme metodologia de norma, de forma a avaliar as

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patologias (fissuras e destacamento) sofridas no sistema e na parede ensaiadas. As figuras 9a, 9b e 9c mostram o esquema de ensaio.

a) esquema de ensaio b) detalhes do ensaio c) detalhes do ensaio

Figura 9 – Esquema e detalhe de ensaio interação porta-parede A tabela 6 apresenta o comportamento da parede após cada impacto de fechamento de porta.

Tabela 6- Resultados dos ensaios de interação porta-parede

Ensaio Ação Comportamento

1º Impacto Formação de pequena fissura por sobre o marco da grade superior da porta

2º Impacto Formação de pequena fissura e pequeno destacamento

3º Impacto Maior nível de fissuração e diminutos destacamentos

4º Impacto Extensão dos destacamentos, na parte superior.

5º Impacto Extensão dos destacamentos, na parte superior.

6º Impacto Extensão dos destacamentos, em todo contorno lateral de fechamento.

7º Impacto Extensão dos destacamentos, em todo contorno lateral de fechamento.

8º Impacto Extensão dos destacamentos, em todo contorno lateral de fechamento.

9º Impacto Extensão dos destacamentos, em todo contorno lateral de fechamento.

Fechamento brusco

10º Impacto Extensão dos destacamentos, em todo contorno lateral de fechamento.

Os resultados apresentados atendem aos requisitos mínimos da Norma NBR15575-2 no que refere aos critérios analisados.

5. ASPECTOS SOBRE SUSTENTABILIDADE

Na avaliação comparativa entre os sistemas construtivos utilizados na construção das divisórias internas dos apartamentos no modelo estrutural analisado.

São 6 aptos por pavimento, cada apto com área útil de 30,2 m2. A quantificação das paredes que compõe um apartamento foram analisados em duas hipóteses:

a) Paredes divisórias convencionais, em blocos cerâmicos de vedação (19x19x)cm, assentados e revestidas com argamassa mista de cimento e cal 1:2:8, a espessura de revestimento interna de 2cm para cada lado, totalizando 13cm, ver figura 10;

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Figura 10- Aspectos construtivos do sistema convencional(alv. de blocos cerâmicos e argamassa de cimento)

Área de parede interna total= 55,80m2, área de parede externa =30,47m2 (para um apto) Peso estimado paredes em alvenaria de blocos cerâmicos revestidas com argamassa (esp=13cm) = (55,80 +30,47)x 140 Kg/m2 = 12,08ton x 6 pav = 72,48 ton / pav Atividades utilizadas: Área de estoque de areia = 27 m3/ pav ocupa área de 11 m2/pav Área de estoque de sacos de cimento/50kg = 216 sc/pav �3,5m2 Área de estoque de sacos de cal/40kg = 270 sc/pav � 6,5 m2 Área de estoque de blocos cerâmico=10.400blocos�37,44m2 =�58,44m2/pav Mistura (uso de betoneira) 2,05 Kw; Guincho de carga 75Kw �77,05Kw/pav Consumo de da água na produção das alvenarias= 6 .480lts/pav

b) Paredes divisórias internas em alvenaria de blocos de gesso (66,6x50,0x7,0)cm, revestidas com pasta de gesso mas áreas secas, 5mm para cada lado, e com revestimento cerâmico nas áreas molhada assentadas com gesso-cola. As paredes externas no sistema convencional, ver figura 11.

Figura 11- aspectos construtivos do sistema de divisórias internas em blocos de gesso

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Área de parede blocos 7cm= 30,13m2, Área de parede blocos 10cm= 26,67m2 área de parede externa =30,47m2 Peso estimado paredes em alvenaria de blocos de gesso = (30,13 x 45 +26.67*102)Kg/m2 = 4,07 + 4,27 = 8,34 ton x 6 pav = 50,04 ton / pav ( 30% menor) Atividades utilizadas: Área de estoque de blocos de gesso = 24 m3/ pav ocupa área de 8 m2/pav Área de estoque de sacos de gesso-cola/20kg = 151 sc/pav �7,5m2 Área de estoque de areia = 8,4 m3/ pav ocupa área de 3,4 m2/pav Área de estoque de sacos de cimento/50kg = 67 sc/pav �1,1m2 Área de estoque de sacos de cal/40kg = 83 sc/pav � 2,0 m2 Área de estoque de blocos cerâmico=3.300blocos�11,62m2 =�33,52m2/pav (43% menor) Mistura (uso de betoneira) =0,64 Kw; Guincho de carga= 75Kw �28,50Kw/pav (63% menor) Consumo de água na construção das alvenarias de blocos de gesso = 3.020 lts/pav�(53% menor) A energia incorporada é uma forma de mensurar o impacto ambiental das construções (ABEYSUNDARA et al 2008), sendo esta considerada um indicador de sustentabilidade das edificações. Esta energia considera toda energia utilizada na fabricação, transporte e utilização do material na construção. A tabela 7 mostra uma análise comparativa em função da energia incorporada apenas no que se refere à armadura dos pilares da superestrutura, do concreto da fundação e da alvenaria dos apartamentos, para as edificações dimensionadas com 6, 14 e 22 pavimentos, sendo esta construída com base nos valores unitários de Energia Incorporada apresentada por Tavares (2006). Também nesta tabela, a indicação de tipo 6, 14 e 22, refere-se aos prédios com 6, 14 e 22 pavimentos com alvenaria de blocos cerâmicos nas paredes internas e externas; As indicadas com tipo 6G, 14G e 22G, refere-se aos prédios com 6, 14 e 22 pavimentos com paredes internas de blocos de gesso e externas com blocos cerâmicos.

Tabela 7- Análise comparativa em função da energia incorporada Tipo Armadura superestrutura Concreto Fundações Alvenaria Interna Totalização peso (t) EE(MJ) % vol(m3) EE(MJ) % peso(t) EE(MJ) % EE(MJ) % 6 17 510000 41,9 311736 434,88 1100 822836 6G 15 450000 -11,8 30,9 229896 -26,3 300,24 975 -11,4 680871 -17,3 14 55 1650000 166,02 1235189 1014,72 2567 2887756 14G 49 1470000 -10,9 125,79 935878 -24,2 700,56 2275 -11,4 2408153 -16,6 22 114 3420000 322,96 2402822 1594,56 4034 5826857 22G 101 3030000 -11,4 244,62 1819973 -24,3 1100,88 3575 -11,4 4853548 -16,7

6. CONCLUSÕES Em edifícios estruturados em pórtico de concreto armado comparando sistemas de vedação vertical em alvenaria de blocos cerâmicos revestidos com argamassa e em alvenaria de blocos de gesso foi possível concluir que as vantagens da utilização de alvenaria em blocos de gesso nas vedações internas de edifícios produz uma economia substancial de cerca de 14% nas armações da superestrutura e de cerca de 32% no consumo de concreto, há ainda um aumento de produtividade 66%, uma redução de resíduo da ordem de 75%, economia de 63% da energia elétrica utilizada na produção e transporte em canteiro, e 53% de água utilizada no processo de aplicação entre esses sistemas, além de cerca de 16,8% da Energia Incorporada na produção da estrutura aporticada de concreto armado. A utilização de vedações verticais em alvenaria de blocos de gesso ainda é muito pouco utilizada no Brasil, embora seja pratica tradicional em países europeus, esta pouca utilização decorre do pouco conhecimento do desempenho técnico-econômico-ambiental deste tipo de sistema. Na avaliação pós-ocupacional de edifícios altos construídos na região metropolitana do Recife, em 15 empreendimentos, os mais antigos com mais de 15 anos, as poucas manifestações patológicas deveram-se as falhas de projeto. As vantagens técnicas, econômicas e ambientais são significativas podendo ser considerada uma alternativa viável para utilização deste sistema nas obra de edifícios habitacionais. Agradecimentos Ao SINDUSGESSO pelos trabalhos desenvolvidos na Referência Técnica de casas Térreas em blocos de gesso; As Construtoras Moura Dubeux e LPriori pelos mais de 20 empreendimentos de vedação de edifícios altos em alvenaria de blocos de gesso; A Construtora INORTE pelos primeiros edifícios construídos em alvenaria interna de blocos de gesso no Recife.

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7. REFERÊNCIAS

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