DIZEMOS NÃO AOS LEILÕES EDITORIAL - aepet.org.br · houver pressa nas licitações da ANP, o...

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1 AEPET INFORMATIVO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA PETROBRÁS Edição 393 Setembro - Outubro2012 Ano 42 www.aepet.org.br 21 2277-3750 Av.Nilo Peçanha, 50 / 2409 - Centro - RJ-CEP: 20020-906 O direito de ter ideias se fortalece com a defesa do direito de contestá-lasBarbosa Lima Sobrinho O *** DESTAQUE *** Traga um associado O associado que indicar um novo associado ganha um Card Drive e concorre a um sorteio de um TABLET no final de outubro. Leia o regulamento no site ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou recentemente que o governo deverá retomar no próximo ano os leilões de blocos petrolíferos, que estavam suspensos desde 2009. Segundo ele, haverá duas sequências de licitações em 2013, sendo que a 11ª Rodada está prevista para maio, com a oferta de 174 blocos de petróleo e gás, dos quais 87 em terra e 87 em áreas do pós-sal no mar, principalmente no litoral Norte e Nordeste. A realização desses leilões, no entanto, ainda está condicionada à aprovação do novo modelo de distribuição dos royalties do pré-sal, cujo Projeto de Lei do governo continua aguardando votação na Câmara dos Deputados Federais. DIZEMOS NÃO AOS LEILÕES AEPET E ENTIDADES SE MOBILIZAM NA LUTA PELO FIM DOS LEILÕES A AEPET é contra os leilões. A Petrobrás é mais do que competente para produzir óleo. Esta pressão vem do interesse dos importadores de óleo, para que a gente acabe o mais rápido possível a nossa reserva. Isso não nos interessa, o pré-sal tem que ser explorado no ritmo do interesse da população brasileira” Silvio Sinedino-Presidente da AEPET O presidente da AEPET, Silvio Sinedino contestou as matérias veiculadas no jornal O GLOBO que in- centivam a volta dos leilões. “A AEPET é contra os leilões, não há necessidade destes leilões porque a Petrobrás é mais do que competente para pro- duzir óleo. Esta pressão vem do interesse dos importadores de óleo, para que a gente acabe o mais rápido possível a nossa reserva. Isso não nos interes- sa, o pré-sal tem que ser explorado no ritmo do interesse da população brasileira. Temos que desenvolver não só a indústria do petróleo, mas sim a indústria naval e toda indústria que vem atrás da indústria do petróleo. Temos que usar equipamento nacional, son- das e navios.Qual destas multinacionais está produzindo uma sonda no Brasil ou navio? Nenhuma. Eles estão produzindo empregos para os países deles.Temos que defender o nosso lado, temos que criar empregos aqui. Não interessa ao país exaurir rapida- mente o pré-sal; se formos explorar no ritmo ditado pelas multinacionais, pelas contas do Fernando Siqueira, em 13 anos acabamos com o pré-sal. Em 13 anos, o petróleo pode chegar a 200 dólares, o barril. A gente vai exportar agora a 115 pra depois importar a 200, 300 dó- lares? Isso não pode acontecer.Quem tem óleo tem dinheiro! A Petrobrás é campeã de perfuração offshore. A nova Lei do Petróleo diz que a Petrobrás será a exploradora de todos os blocos. Não precisamos de leilão, damos conta, o Brasil, a Petrobrás e o povo brasileiro, forta- lecendo a nossa indústria nacional e os empre- gos dos brasileiros e não gerando empregos lá fora”, diz Sinedino. Em relação à discussão sobre a divisão dos royalties, Sinedino foi enfático: “Esta discussão dos royalties é caolha. Ficam brigando pela divisão, enquanto os royalties estão sendo desenvolvidos em óleo o que é pago em dinhei- ro. Qual a lógica disso? Os royalties não têm que ser devolvidos. É um pagamento. Silvio Sinedino Presidente da AEPET A AEPET ganhou um novo gás com a nova direção e comemora a entrada de cerca de 200 novos sócios. Questões como repactuação, Grupo Pós-82, Defesa do Salário Mínimo Profissional vêm atraindo sócios da ativa e aposentados. Aos novos, a AEPET vem lutando pela reformulação do PCAC-Plano de Cargos e Avaliação de Carreira. Para o diretor Jurídico da AEPET, Paulo Brandão “é importante ressaltar que a “prestação de serviço” referente à boa informação em tempos de crise, e a defesa institucional dos direitos dos asso- ciados é uma forma de retribuir o que se espera de uma instituição associativa e a AEPET, além das atividades institucionais referen- tes aos seus associados, tem ainda como obrigação estatutária a defesa da própria empresa empregadora dos associados e a sobe- rania nacional através da luta pelo monopólio da exploração das reservas petrolíferas da nação brasileira. É a confiança e o reco- nhecimento por essa luta da AEPET que tem elevado o número de associados”, disse Brandão. Quanto ao processo da Pós 82, o diretor informou que “estamos aguardando a marcação da primeira audiência do processo 82 que marcará o inicio da vitória da categoria”, finaliza.. O presidente da AEPET, Silvio Sinedino disse que a luta pelos direitos dos Pós-82 na AEPET já é antiga. “Tentamos inicialmente uma solução administrativa, o que, apesar dos esforços de todos, não conseguimos. De posse de novos do- cumentos que viabilizam uma vitória na Justiça, decidimos entrar com uma Ação Judicial em nome dos associados da AEPET. Ocorre que na Justiça só podemos representar nos- sos sócios, e mesmo assim, com sua autorização expressa. Todos os Companheiros que se associam são muito bem vin- dos e se juntarão aos nossos esforços em defesa da Sobera- nia Nacional, da Petrobrás e do seu Corpo Técnico, como é o caso da presente Ação Judicial”, disse Sinedino. Em relação aos novos empregados da Petrobrás, Sinedino garante que eles podem também contar com a AEPET. “Não só na luta em defesa do piso da categoria dos engenheiros onde temos Ação Judicial junto com o Sindicato dos Enge- nheiros, como também na luta pela revisão do PCAC que já não era bom e perdeu o objetivo com as mudanças pontuais e equivocadas feitas pelo RH”; A AEPET comemora entrada de novos sócios EDITORIAL Não aos leilões Página 2 CAMPANHA Sindipetro fará Manifesto Página 2 OPINIÃO Autoridades criticam novas rodadas de leilão Página 3 PETROBRÁS Companhia comemora 59 anos Página 3 CARTA AO C.A Silvio Sinedino fala sobre lei das concessões Página 4

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1AEPET

INFORMATIVO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA PETROBRÁS

Edição 393 Setembro - Outubro2012 Ano 42 www.aepet.org.br 21 2277-3750 Av.Nilo Peçanha, 50 / 2409 - Centro - RJ-CEP: 20020-906

“O direito de ter ideias se fortalece com a defesa do direito de contestá-las” Barbosa Lima Sobrinho

O

*** DESTAQUE ***

Traga umassociado

O associado que indicarum novo associadoganha um Card Drive econcorre a um sorteiode um TABLET no finalde outubro.Leia o regulamento no site

ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou recentemente que o governo deverá retomar no próximo ano os leilões de blocos petrolíferos, que estavam suspensos desde 2009. Segundo ele, haverá duas sequências de licitações em 2013, sendo que a 11ª Rodada está prevista para maio, com a oferta

de 174 blocos de petróleo e gás, dos quais 87 em terra e 87 em áreas do pós-sal no mar, principalmente nolitoral Norte e Nordeste. A realização desses leilões, no entanto, ainda está condicionada à aprovação do novomodelo de distribuição dos royalties do pré-sal, cujo Projeto de Lei do governo continua aguardando votaçãona Câmara dos Deputados Federais.

DIZEMOS NÃO AOS LEILÕESAEPET E ENTIDADES SE MOBILIZAM NA LUTA PELO FIM DOS LEILÕES

A AEPET é contra os leilões. A Petrobrás é mais do que competente para produzir óleo. Esta pressãovem do interesse dos importadores de óleo, para que a gente acabe o mais rápido possível a nossa reserva. Isso não nos interessa,o pré-sal tem que ser explorado no ritmo do interesse da população brasileira” Silvio Sinedino-Presidente da AEPET

O presidente da AEPET, Silvio Sinedino contestou asmatérias veiculadas no jornal O GLOBO que in-centivam a volta dos leilões. “A AEPET é contra osleilões, não há necessidade destes leilões porque a Petrobrás é mais do que competente para pro-duzir óleo. Esta pressão vem do interesse dosimportadores de óleo, para que a gente acabe omais rápido possível a nossa reserva. Isso não nos interes-sa, o pré-sal tem que ser explorado no ritmo do interesse dapopulação brasileira. Temos que desenvolver não só a indústriado petróleo, mas sim a indústria naval e toda indústria que vem atrásda indústria do petróleo. Temos que usar equipamento nacional, son-das e navios.Qual destas multinacionais está produzindo uma sondano Brasil ou navio? Nenhuma. Eles estão produzindo empregospara os países deles.Temos que defender o nosso lado, temos que criar empregos aqui. Não interessa ao país exaurir rapida-mente o pré-sal; se formos explorar no ritmo ditado pelasmultinacionais, pelas contas do Fernando Siqueira, em 13 anos

acabamos com o pré-sal. Em 13 anos, o petróleo podechegar a 200 dólares, o barril. A gente vai exportar agora

a 115 pra depois importar a 200, 300 dó-lares? Isso não pode acontecer.Quemtem óleo tem dinheiro! A Petrobrás écampeã de perfuração offshore. A

nova Lei do Petróleo diz que a Petrobrásserá a exploradora de todos os blocos.

Não precisamos de leilão, damos conta, oBrasil, a Petrobrás e o povo brasileiro, forta-

lecendo a nossa indústria nacional e os empre-gos dos brasileiros e não gerando empregos lá fora”,

diz Sinedino. Em relação à discussão sobre a divisãodos royalties, Sinedino foi enfático: “Esta discussão dos

royalties é caolha. Ficam brigando pela divisão, enquanto osroyalties estão sendo desenvolvidos em óleo o que é pago em dinhei-ro. Qual a lógica disso? Os royalties não têm que ser devolvidos.

É um pagamento.

Silvio SinedinoPresidente da AEPET

A AEPET ganhou um novo gás com a nova direção e comemoraa entrada de cerca de 200 novos sócios. Questões como repactuação,Grupo Pós-82, Defesa do Salário Mínimo Profissional vêm atraindosócios da ativa e aposentados. Aos novos, a AEPET vem lutandopela reformulação do PCAC-Plano de Cargos e Avaliação deCarreira.

Para o diretor Jurídico da AEPET, Paulo Brandão “é importanteressaltar que a “prestação de serviço” referente à boa informaçãoem tempos de crise, e a defesa institucional dos direitos dos asso-ciados é uma forma de retribuir o que se espera de uma instituiçãoassociativa e a AEPET, além das atividades institucionais referen-tes aos seus associados, tem ainda como obrigação estatutária adefesa da própria empresa empregadora dos associados e a sobe-rania nacional através da luta pelo monopólio da exploração dasreservas petrolíferas da nação brasileira. É a confiança e o reco-nhecimento por essa luta da AEPET que tem elevado o número deassociados”, disse Brandão.

Quanto ao processo da Pós 82, o diretor informou que “estamosaguardando a marcação da primeira audiência do processo 82 quemarcará o inicio da vitória da categoria”, finaliza..

O presidente da AEPET, Silvio Sinedino disse que a lutapelos direitos dos Pós-82 na AEPET já é antiga. “Tentamosinicialmente uma solução administrativa, o que, apesar dosesforços de todos, não conseguimos. De posse de novos do-cumentos que viabilizam uma vitória na Justiça, decidimosentrar com uma Ação Judicial em nome dos associados daAEPET. Ocorre que na Justiça só podemos representar nos-sos sócios, e mesmo assim, com sua autorização expressa.Todos os Companheiros que se associam são muito bem vin-dos e se juntarão aos nossos esforços em defesa da Sobera-nia Nacional, da Petrobrás e do seu Corpo Técnico, como é ocaso da presente Ação Judicial”, disse Sinedino.

Em relação aos novos empregados da Petrobrás, Sinedinogarante que eles podem também contar com a AEPET. “Nãosó na luta em defesa do piso da categoria dos engenheirosonde temos Ação Judicial junto com o Sindicato dos Enge-nheiros, como também na luta pela revisão do PCAC que jánão era bom e perdeu o objetivo com as mudanças pontuaise equivocadas feitas pelo RH”;

A AEPET comemora entrada de novos sócios

EDITORIAL

Não aos leilõesPágina 2

CAMPANHA

Sindipetro faráManifesto

Página 2

OPINIÃO

Autoridades criticamnovas rodadas deleilão

Página 3

PETROBRÁS

Companhia comemora59 anos

Página 3

CARTA AO C.A

Silvio Sinedinofala sobre lei dasconcessões

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2 AEPET

*** ESPAÇO DO ASSOCIADO ***

*** EDITORIAL ***

Não aos leilões A Plenária da Campanha OPetróleo Tem Que Ser Nosso reu-niu no Sindipetro-RJ militantes sin-dicais e sociais que discutiram osúltimos acontecimentos e a libera-ção dos novos leilões do petróleo edo gás pelo governo federal.Nareunião foi defendida a publicaçãode um MANIFESTO de várias en-tidades como a AEPET, o Senge-RJ, o Sindipetro-RJ, a FNP, a FUP,a OAB, a ABI, a CNBB entre ou-tros movimentos sociais e sindicaiscontra os leilões do petróleo. O pre-sidente da AEPET, Silvio Sinedino, afirmouque estes leilões são um absurdo e que sehouver pressa nas licitações da ANP, o Pré-sal pode se esgotar em cerca de 13 anos,mas se a produção atender o interessenacional dura 45.

Foi levantada a questão dos royalties que

CAMPANHA DO PETRÓLEO FARÁ MANIFESTO

a ONU está querendo cobrar sobre o Pré-Sal do Brasil em suas áreas maritimas aci-ma das 200 milhas na exploração dos seusrecursos minerais. “A consulta à legislaçãode direito internacional sobre a soberaniaem águas internacionais tem muitos aspec-tos obscuros como tratados mundiais, masa grande verdade é que existem alguns pon-

tos ainda não esclarecidos nestas leis”,disse Francisco Soriano, diretor doSindipetro-RJ e da AEPET. A utiliza-ção da grande imprensa para divulgaros manifestos da campanha foi outroassunto polêmico discutido na plená-ria. Fernando Sqiueira, vice-presiden-te da AEPET e do Clube de Enge-nharia, falou que o manifesto deve serpublicado na mídia alternativa e sindi-cal e principalmente na internet paraatingir o maior número possível de pes-soas.

Para Siqueira, a cada documentoenviado ao Jornal “O Globo” serão veicu-ladas quatro matérias jornalísticas defenden-do uma posição contrária a nossa, ou seja,apoiando claramente os leilões do petróleocom uma série recursos visuais, gráficos etelevisivos. Como foi feito no recente con-gresso de petróleo. (Redação)

Plenária pretende fazer ATO contra volta dos leilões

ADELMAR BONFIM E SILVAALBERTO ARAUJO DA COSTAALCIDES PALHARES JUNIORALMERINDA MARIA DE A. PEREIRAALMIR JOSÉ ANGELIALTAMIRANDO . DOS SANTOSALVANIR TORRES DE ARAUJOANA MARIA C.ANDRESANDERSON M. GOMESANDRÉ LUIZ A. DE MOURAÂNGELA DE OLIVEIRA DIEBÂNGELO MILANI JUNIORANSELMO JOSÉ GLEZ DE ALMEIDA,ANTENOR CESAR ANDRADEANTIÓGENES M. DOS SANTOSANTONIO CARLOS O. DE CASTROANTONIO L. DE ALMEIDAANTONIO M. P. FORTE MOREIRAANTONIO ROBERTO A. COSTAARIOSMAR F. SANTANAARTHUR F. JANSEN FERRARICAETANO FRISOLICARLOS ALVES DA C. FILHOCARLOS CESAR M. E SUCUPIRACARLOS H. DE ALBRECHTCRISTINA AIEX SIMÃODENIS LEÃO CRUZEDUARDO P. DA MOTTAERNESTO EDOARDO DENTIFERNANDA A. DE CASTRO THEDYFILOMENA DA SILVA BLANCO DEALBUQUERQUEFLÁVIO LUÍS DA COSTA GUIMARÃES,FRANCISCO C. CHAVES E SÁGILBERTO A. R. MARTINSGILBERTO H. N. MASIEROGILSON DA S. FIGUEREDOGILSON VALLE DA ALCÂNTARA,GUILHERME P CARVALHO PINTOIVAIR SILVAIVAN BENTO VALENTE

IVAN DANIEL DELLA GIUSTINAJOÃO A. DE M. OGLIARIJOÃO BATISTA R. DA SILVEIRAJOÃO CARLOS N. CALMETOJOÃO F. DE M. MARQUES,JORGE LUIZ S. TEIXEIRAJORGE WAGNER RIBEIRO SILVAJOSÉ CARLOS RODRIGUESJOSE EDUARDO COSTAJOSÉ FRANCISCO LESSA CONDINOJOSÉ HUGO EDER MARTINSLAURA MARIA N. AMARANTELELIO CARDOSO HALL M FILHOLEONARDO MUNIZ CARNEIROLUCIANO JOSÉ COSTA LARRÉLUCIANO OTAVIO FEIJÃO LIMA,LUCIENE CARNEIRO F. DE A. PAIVALUCIO M. PEIXOTOLUIS A. MAURIZ SANCHEZLUIS E. L. VALADÃOLUIS TADEU FURLANLUIZ A.DA SILVA GOMESLUIZ CARLOS MARTINS LARICCHIALUIZ EDUARDO SEABRA VARELLA,LUIZ FERNANDES MENINI PEDRONILUIZ GUILHERME C. DE CASTROLUIZ MAURICIO LOBO BARTOLOTTIMARA REGINA DA C. MAGALHÃESMARCELO MEIRELES MARTINSMARCELO SCOLFIELD DE LEMOSMÁRCIA DE B. PIMENTELMARCO A. G. DE MATTOSMARCOS A. AFFONSOMARCOS DIASMARCOS DOMINGUESMARCOS T. ALVES,MARCUS A. SOARESMARIA DE F. MORAIS COSTAMARLY GRINAPEL LACHTERMACHERMARTIM HEBERLEMAUREN PAULA RUTHNER

MAURICIO V. DE AQUINOMAURO BLOCHMAURO TORELLIMUNIR ABDO BAARININAJLA M. ESTRADANEIVA TEREZINHA ZAGOOSWALDO ALVIM CORTESPAULO C. FERNANDESPAULO M. T. DA SILVAPAULO SMANIA FILHOREGINA C. DA S. PEÇANHAREINALDO ABRAHÃORENATA G. DE A. DAVICORENATO LUIZ DE CASTRORICARDO G. DA ROZARICARDO GOMES DE PAIVA DE FARIA,RICARDO LOMBA DE ARAUJORICARDO LUIZ DE MACEDORICARDO MUNOZ FREITASRICARDO PORTO BERARDINELLIRINALDO CARDOSO BUSCHRITA DE CASSIA S. NAKAO CALMETOROBERTO DA SILVA GUIMARÃESRORE DRUMOND CARVALHOROSA MARILIA R. FERNANDESROSANA VILLELA SANTOSROSANGELA FOLETTO DE CASTRORUY ANTONELLO LAVIGNERUY BENEVIDES DE OLIVEIRASÁVIO ARAÚJO CHAVESSELMA BAYER ADDORSERGIO ARAUJO POSTIGOSERGIO CESÁRIO NUNESSERGIO DE ARAUJO COSTASERGIO DELLA LIBERASILLAS OLIVA FILHO (BR)VALTER JOSÉ CRUZVALTER JOSÉ CRUZVÂNIA LUCIA DE ALBUQUERQUEMACHADO,VÂNIA MARINHO DA R. CORREIAVLADIMIR JOSÉ DA SILVAWALTER DA S. FABRICIOWELLINGTON C. LIMAWILSON SILVA OLIVEIRA

BOAS VINDAS AOS NOVOS SÓCIOS DA AEPET:

AO SE APOSENTAR,CONTINUE SÓCIO DAAEPET

Presidente: Silvio Sinedino

Vice-Presidente: Fernando Siqueira

Diretor Administrativo: Henrique Sotoma

Vice-Diretor Administrativo: Pedro Francisco de Castilho

Diretor de Comunicações: Ronaldo Tedesco

Vice-Diretor de Comunicações: Paulo Sérgio Decnop Coelho

Diretor de Assuntos Jurídicos: Paulo Teixeira Brandão

Vice-Diretor de Ass. Jurídicos: Carlos Roberto dos S. Caldeira

Diretor de Pessoal: Francisco Soriano de Souza Nunes

Vice-Diretor de Pessoal: Raul Tadeu Bergman

Diretor Cultural : Rogério Loureiro Antunes

Vice-Diretor Cultural: Francisco Isnard Barrocas

Conselho Fiscal

Efetivos: Ricardo Moura de A. Maranhão, Sydney Granja Afonso,

Ricardo Latgéde Azevedo

Suplentes: Guilherma Vaz do Couto, Artur de O. Martins, Clóvis C. Rossi

Núcleos

Aepet-Bahia: Jorge Gomes de Jesus / Aepet-BR: Paulo Teixeira Brandão

/ Aepet-Macaé: José Carlos L. de Almeida / Aepet-NS: Ricardo Pinheiro

Ribeiro / Aepet-SE/AL: Francisco Alberto Cerqueira de Oliveira

Delegados

Juiz de Fora: Murilo Marcatto / Espírito Santo: Paulo W. Magalhães /

S.José dos Campos: Clemente F. da Cruz / Curitiba: Ernesto G. R. de

Carvalho / Pernambuco: Adelmo José Leão Brasil /

Brasília: Velocino Tonietto

Redação

Editora e Jornalista Responsável:

Renata Idalgo - MTB 23489 JP

Reportagem: Julio César Lobo

Fotografia: Alessandra Bandeira

Projeto Gráfico: Alessandra Bandeira

Arte / Ilustração: Alessandra Bandeira

Diagramação: Alessandra Bandeira

Impressão: Mestre ArteGráfica

Tiragem: 6.000 mil exemplares

E-mail: [email protected]

Permitida a reprodução na íntegra ou em parte, desde que citada a fonteExpediente

A AEPET se posiciona sobre as notí-cias veiculadas na imprensa, principal-mente no Jornal O Globo, sobre assun-tos relacionados ao setor do petróleo noBrasil. Em um Congresso realizado noRio, todos os setores interessados emabrir o mercado de petróleo ao capitalestrangeiro fizeram um grande lobby paraque os leilões voltem a ocorrer. Somostotalmente contrários à privatização dopetróleo, inclusive, porque os investimen-tos externos foram nulos em relação aogrande esforço feito pela Petrobrás nacapacitação e nos recursos que desen-volveu para a descoberta do Pré-Sal. AAEPET é contra os leilões e a 11ª Roda-da de Licitações da ANP e junto com ou-tros setores estará organizando um mo-vimento na sociedade civil brasileira paramostrar que leilão é desnacionalização dosrecursos naturais do Brasil.

Nos 13 anos em que vigoraram os Con-tratos de Risco, envolvendo vários blo-cos do Pré-sal, nenhuma descoberta novafoi feita pelas empresas estrangeiras, oque mostra que a Petrobrás é a mais ca-pacitada para explorar o Pré-Sal. Umapressão aos interesses internacionais foifeita sobre o governo brasileiro por devários lobistas que defenderam com oapoio da mídia a volta dos leilões da ANPe os investimentos externos no setor depetróleo.

Depois de uma mudança na legislaçãodas licitações do Pré-Sal que antes eramuito mais prejudicial à soberania do Bra-sil, agora o lobby externo trama a devo-lução dos royalties pagos pelos produtos, e, pior, em óleo. Por isso a AEPET seposiciona a todo o momento contra esteabsurdo que é um segredo de estado namídia.

Entendemos e afirmamos quePetrobrás tem toda capacitaçãotecnológica e financeira o que faz delauma empresa a ser usada para fomentaro mercado interno do Brasil para quemais empregos e mais renda sejam gera-dos na nossa sociedade.

Nossa mobilização é para que a presi-dente Dilma suspenda uma nova rodadade leilões e para que elas sejam extintas,definitivamente no nosso país

A AEPET não ficará neutra se o Go-verno Federal promover leilões do petró-leo e gás do povo brasileiro, favorecen-do multinacionais em prejuízo do Brasil.Lutamos pelo fim dos leilões e pela reto-mada do monopólio estatal do petróleo.

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3AEPET

*** ESPAÇO DO ASSOCIADO***

R O B E R T OREQUIÃO: “Atualgoverno brasileiro deuguinada para direita”

O Senador RobertoRequião (PMDB/PR) se

mostrou cético com um movimento de apoio aPetrobrás, principalmente com a atual classe políticabrasileira que deu uma guinada para a direita nos últimostempos. Requião ressaltou que existe um projeto dedesnacionalização da maior empresa do país com integrantesinternos e externos para que este processo se concretize. Osenador paranaense fez críticas à atual presidente da Petrobrás, Graça Foster, umavez que ela afirmou que o futuro do Brasil está no etanol e não somente no petróleo.

Esta tese, na opinião de Requião, está fadada ao fracasso. Ele elogiou a administraçãode José Sérgio Gabrielli que no seu ver teve muitos pontos positivos à frente daPetrobrás.

Roberto Requião disse que a Petrobrás como uma empresa pública deve seradministrada de uma forma republicana. “Para conseguir quadros para administrá-ladevem se buscar os melhores, sejam eles técnicos de carreira da companhia ou não.A Petrobrás deve estar a serviço da nação e do estado brasileiro por ser uma empresaestatal e controlada pela sociedade brasileira e não ter um sentido de maximizar alucratividade como quer o mercado”,concluiu o político peemedebista.

Emanuel Cancella:” Foi uma pressão muito violenta. Éinaceitável o leilão de petróleo”.

O diretor do Sindipetro-RJ e Coordenador da FNP(FederaçãoNacional dos Petroleiros), Emanuel Cancella comentou sobre avolta dos leilões de petróleo.”Foi uma pressão muito violenta. Éinaceitável o leilão de petróleo. O professor Carlos Lessa dizque o pré-sal tem que pagar a dívida social que temos com onosso povo com saúde, educação, transporte, e reforma agrária.

Estes leilões só servem para acelerar a produção do pré-sal e para transformar oBrasil num grande exportador de petróleo. A Petrobrás administra muito bem o petróleo

Autoridades criticam Novos Leilões!do Brasil mas não podemos aceitar os leilões que são um crime de lesa pátria. Segundoo magnata do petróleo John Davidson Rockefeller: “O melhor negócio do mundo éuma empresa de petróleo bem administrada; o segundo melhor é uma empresa de

petróleo mal administrada”.”Não vamos entregar onosso passaporte para o futuro.Faremos uma plenária

da campanha “O Petróleo tem que ser Nosso” contraos leilões e vamos organizar uma grande ofensiva contra

estes privatistas, pois leilão é privatização. A presidente Dilmatem que parar com estes leilões de petróleo.”Ricardo Maranhão - “Essa

história de que é preciso investir ede que o país não tem recurso é uma cantilena

cansada, esgotada e mentirosa”

O ex-deputado federal e conselheiro da AEPET, RicardoMaranhão criticou a volta dos leilões do petróleo e também oartigo do senador Lindbergh Farias publicado no GLOBOdesta semana sob o título: Investir é preciso, onde o senador incentiva a volta dosleilões como forma de fomentar o cenário econômico mundial que exige que o Brasiltenha a obsessão do investimento. Para Maranhão, “essa história de que é precisoinvestir e de que o país não tem recurso é uma cantilena cansada, esgotada e mentirosaEla foi lançada há mais de 40 atrás na Campanha do Petróleo. “O grande argumentoera esse de que a indústria do petróleo é sofisticada e exige recursos vultosos e quenós brasileiros não tínhamos este recurso.É um discurso antiquado e não tem nada denovo. Este discurso foi vencido na época de criação da Petrobrás. Hoje a Petrobrástem um plano de investimentos de 236 bilhões de dólares. A Petrobrás tem recursos etecnologia respeitados em todo o mundo”

“Quando mais aceleradamente você quiser explorar o pré-sal, maior será o volume de recursos a curto prazo e médio prazo. Não devemos ter pressa, a exploração dopré-sal deve ser de acordo com as necessidades do país, da nossa soberania, para queas empresas de engenharia e fornecedores de materiais e equipamentos possam secapacitar para fornecer estes materiais e serviços para a Petrobrás, estabelecendoum novo patamar para a indústria de óleo e gás. Será que as empresas privadas vãoproduzir petróleo a preços inferiores ao da Petrobrás? Será que não vão impactar omeio ambiente? Será que vão assinar a carteira de seus funcionários?”

Foto: Samuel Tosta

Na comemoração do aniversáriodos 59 anos da Petrobrás váriosmovimentos sindicais, sociais e po-pulares estiveram presentes a umato em defesa da estatal do petró-leo no dia 3 de outubro no EdifícioSede(EDISE). Foi ressaltado porvárias pessoas que fizeram uso dapalavra a importância da Petrobráspara a economia brasileira no pas-sado e no presente. Foi contada ahistória gloriosa da maior empresabrasileira através do movimento cí-vico “O Petróleo é Nosso” que uniumilhões de pessoas de inúmerossegmentos sociais e políticos paraa criação da Petrobrás.

Silvio Sinedino, Presidente daAEPET e membro do Conselho deAdministração(CA) da Petrobrás,falou que é um grande absurdo estaretomada dos leilões do petróleopelo governo Dilma e que não de-

Petrobrás 59 anos : Ato combate a política de terceirização e retomada dos leilõesJulio Cesar de Freixo Lobo

vemos vender o patrimônio do nos-so país aos setores externos. “Estedia é histórico não somente para aPetrobrás e para os petroleiros, maspara todo o povo brasileiro que con-seguiu através de uma campanhahistórica como a do “Petróleo é nos-so” unir vários setores e criar aPetrobrás. Faço uma critica tambéma terceirização na Petrobrás que criaum grande nepotismo na ocupaçãode cargos na empresa. Afirmo cla-ramente que defendo que os funcio-nários da empresa entrem nela atra-vés de concurso público e não se-jam apadrinhados”.

Sinedino disse ainda que estãoquerendo detonar a Petrobrás, quefica em uma situação muito difícilcom os preços dos derivados con-trolados e que dificulta os investimen-tos da Companhia. E concluiu que aPetrobrás é capaz de atender as ne-

cessidades da popula-ção brasileira sem a ne-cessidade de leilões edefendeu a volta do mo-nopólio estatal do petró-leo tendo a Petrobráscomo a sua executora.

O Diretor do Sindi-petro-RJ e da CUT, EdsonMunhoz, falou da felicida-de que é comemorar o aniversáriode uma das maiores empresas domundo no setor de energia que é aPetrobrás. Apesar desta data festi-va Munhoz fez uma crítica à atualpostura da empresa em relação àterceirização que continua uma polí-tica clara da administração da com-panhia. Ele disse ainda que mesmoapós a decisão do TCU contrária aoprocesso de terceirização, aPetrobrás continua com este proce-dimento e que todos sabem quem

são os donos destas empresasterceirizadas que estão ligadosa Petrobrás há muito tempo eque fazem isso para ganhar di-nheiro e retirar direitos dos tra-balhadores. Munhoz falou aindasobre a posição clara de rejei-ção aos leilões do petróleo porparte de todos os que estão pre-sentes a este ato dos 59 anos daPetrobrás e defendeu que estariqueza do petróleo seja divididaentre todos os brasileiros.

Vários movimentos sindicais, sociais e populares estiveram pre-sentes a um ato em defesa da estatal do petróleo no dia 3 deoutubro no Edifício Sede(EDISE)

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*** ENTREVISTA - Paulo Metri- Conselheiro do Clube de Engenharia e da Febrae ***

AEPET: Nas últimas semanas a grande mídia tem feitoataques à Petrobrás. Qual a sua posição sobre estaquestão?

Metri: Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que a grandemídia brasileira, incluindo televisões, rádios, jornais e revistas,com raras exceções, não está a serviço da sociedade brasileira.Ela está a serviço do capital, principalmente o internacional. APetrobrás é a única empresa, dentre as que atuam no Brasil, quecompra plataforma no Brasil, encomenda desenvolvimentotecnológico aqui, mais emprega brasileiros, aceita segurar ospreços dos derivados para ajudar o governo a atingir metas sociais(como contenção da inflação), dentre outras ações positivas paraa sociedade. Além disto, ela também dá um destino social ao lucro excepcional queo setor proporciona. Obviamente, a fúria das empresas estrangeiras é exatamenteporque elas não conseguem ficar com todo o lucro excepcional oriundo do petróleobrasileiro. Assim, a mídia a serviço do capital internacional faz a campanha dedifamação contra a Petrobrás que presenciamos.

AEPET: É preciso que aconteça um grande movimento em defesa da maiorempresa brasileira. Você estaria de acordo com esta campanha de apoio aPetrobrás?

METRI- É claro que sim! Mas, uma campanha a favor da Petrobrás não podeparecer ser um movimento corporativista. É preciso que seja um movimento deconscientização da população contra as versões erradas sobre a Petrobrás queprocuram incutir no povo.

É preciso deixar claro para a população que o monopólio estatal sociamente

O Conselheiro do Clube de Engenharia e da Febrae, engenheiro Paulo Metri, falou à Redação da AEPET sobre as últimas matérias da imprensa contra aPetrobrás. Metri defendeu a maior empresa brasileira como um símbolo de unidade nacional e de excelência tecnológica no setor onde atua. Ele falou aindaque é preciso uma campanha de esclarecimento à população brasileira sobre a importância da empresa para a economia do Brasil. Paulo Metri respondeu umasérie de questões relativas à Petrobrás e o incômodo que ela causa aos setores neoliberais da sociedade brasileira.

controlado é muito melhor, sob o ponto de vista da sociedade,para atuar no setor de petróleo, que um oligopólio privadoestrangeiro. Ou seja, a atuação da Petrobrás no setor do petróleonão deixa uma riqueza imensa se esvair para o exterior.

AEPET: É necessário que a Petrobrás seja administradade uma forma mais eficiente sem ingerências políticaspartidárias. Você concorda com esta tese?

METRI- Resta definir melhor o que consideram “ingerênciaspolíticas partidárias”. Se for o uso da Petrobrás para o empreguismoe para gerar lucro para empresas contratadas de forma fraudulenta,é óbvio que não! Se for para atender a políticas públicas de interesseda sociedade, a resposta é sim! Além disto, a Petrobrás deve ser

gerida de forma a apresentar o máximo de eficiência social. A eficiência financeirasó deve ser perseguida à medida que muito lucro irá permitir maiores realizações daempresa. É um conceito bastante neoliberal (e errado) pensar que uma empresa dopovo não pode se dedicar prioritariamente a satisfazer objetivos dele.

AEPET: A retomada de um projeto que volte às origens da Petrobrás commobilizações populares, a cidadania na luta pela volta do monopólio estataldo petróleo são pontos a serem retomados em uma campanha por uma novaPetrobrás?

METRI- Sou favorável a uma campanha de conscientização da nossa sociedadesobre a necessidade de um projeto nacional de desenvolvimento, chegando a serum projeto de orgulho nacional. É preciso priorizar a empresa genuinamente nacional,a engenharia e a tecnologia nacional, e o trabalhador brasileiro. Nesta campanha, aPetrobrás aparecerá certamente como uma empresa exemplo.

*** Palavra do Presidente - Silvio Sinedino ***

Silvio Sinedino critica lei dasconcessões em reunião do C.A

O presidente da Aepet e conselheiro eleito para o Conselho deAdministração da Silvio Sinedino leu carta durante a reunião do Conselhorealizada no dia 28 de setembro em que colocou a defesa do fim das licitações de blocos para exploração e produção de petróleo no Brasil.De acordo com Sinedino,”os petroleiros da Petrobrás são majoritariamente contrários à nociva lei das concessões, estabelecida em meio à avalanche liberal e desnacionalizante no mundo, com o ex-Presidente FHC assumindo o papel de capataz no Brasil para aaplicação desta política”.

Sinedino enfatizou que “com grande apoio na mídia, ouve-se a mesmaladainha sobre a “incapacidade da Petrobrás produzir o Pré-Sal”, que“concorre com outras áreas e por isto não atinge suas metas de produção”e que a política de conteúdo nacional definida pelo Governo Federal fazatrasar as entregas de equipamentos prejudicando a estatal. “É normal queuma companhia do tamanho e da importância da Petrobrás tenha problemas.Aliás, superá-los sempre motivou seus empregados e assegurou aconfiança e o crédito da população, tornando-se o maior valor imaterialque possui a estatal. Por isto, um eventual ajuste nas metas de produçãonão deveria ser apresentado como o foi, muito menos deixar de fazer justiçaà dedicação de milhares de trabalhadores da valiosa Unidade de Operaçãoda Bacia de Campos, que desde os anos oitenta seguram a produçãobrasileira, e que hoje, sabidamente, se encontra num estágio de baciamadura”.

Silvio ressaltou também na carta que além do Pré-Sal, a Petrobrás fezimportantes descobertas de petróleo recentes em águas profundas em

Sergipe e no Ceará. Em contrapartida, quase nadasignificativo foi anunciado por concorrentes e, ondedescobriram, não raros estavam associadas àPetrobras. Assim, como demonstraram os resultadosdos Contratos de Risco na década de setenta, é um equívoco ancorar nossofuturo energético na disposição ao risco de empresas privadas, em especialas majors, atuando no Brasil sob regime de concessão. “Aliás, a área dopré-sal estava nos contratos de risco e elas não investiram na suaexploração. A Petrobrás tem totais condições de atender às demandasenergéticas do Brasil nos próximos decênios. Naturalmente, cumprirámelhor esta tarefa se puder atuar sem estar a todo o momento submetida atorpes instrumentos de pressão e ameaças. A reativação da Quarta Frotanorte americana após a descoberta da Pré-Sal explicita bem estas pressões.”

Ele cita também que uma ação essencial é promover uma ampliação docontrato de Cessão Onerosa entre a Petrobrás e a União. “Mesmo compoucos poços perfurados em comum acordo com a ANP, a competênciatécnica dos brasileiros foi capaz de comprovar em menos de dois anosvolumes superiores aos 5 bilhões de barris inicialmente contratados depetróleo em Franco, e outras áreas menores, além de Libra que apósperfurado, foi excluído da Cessão Onerosa. Será enorme equívoco a nãoincorporação destas novas reservas prováveis identificadas com o avançoda exploração nas áreas envolvidas na Cessão Onerosa.”, disse.

Confira a carta na íntegra no site da AEPET: www.aepet.org.br