Dízimos, é correto cobrar safo

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DÍZIMOS, É CORRETO COBRAR? Quanto ao dízimo, acredito ser mais difícil de explicar que o anterior. Pois como diz o dito popular “o homem é movido pelo dinheiro”. Deus não inventou o dinheiro, este é uma invenção humana e acima de tudo uma convenção. Poderíamos de certa forma afirmar que dinheiro não existe. Deus criou o que poderíamos chamar de “bens naturais” o que seriam a terra, os frutos da terra, os animais marinhos e terrestres assim como as aves. Portanto, tudo o que é produzido à partir dessas coisas podemos chama- las de bens naturais. E esses bens davam aos homens antigos a idéia de posse, poder. Riqueza é uma palavra que não existia. Se um homem possuía algumas cabeças de animais, um pedaço de terra para trabalhar nela, já se poderia dizer que ele era um homem de posses. O dinheiro surge depois. Quando o homem inventou o que hoje chamamos de comercialização, no princípio o que havia mesmo era o escambo, troca de produto. Uma pessoa trocava aquilo que tinha por aquilo que lhe interessava e lhe era útil. Mas aí com o passar do tempo o homem passou a se deslocar mais e mais de sua localidade afim. Criaram-se os aglomerados ou agrupamentos de pessoas e daí cidades e nestas criou-se quase que automaticamente, pois ninguém pensou em uma feira. Mas surge de repente um espaço onde as pessoas se reuniam para trocarem seus excedentes ou adquirir algo de que lhe era necessário. Com o ajuntamento das pessoas as moradas passaram cada vez mais a se distanciar da área de troca, ou escambo. O homem então descobre os metais e ninguém sabe explicar como, mas ele passa a garimpar, tratar, fundir e moldar esses metais. No começo não era chamado de dinheiro. Utilizavam-se esses minerais trabalhados e avaliava-se alguma coisa e refereciava-se através do peso destes metais. Por isso o valor do dinheiro era dado em peso. Mas a riqueza e o poder de posse dominaram a homem, ele quer mais e mais e não consegue parar. Ele está dominado. A Bíblia nos diz que não podemos adorar a dois senhores, a Deus e a Mamon, o deus do dinheiro. Com o tempo o homem foi se apegando ao dinheiro e hoje ele vive em função disso. Há na vida social do homem três poderes, que são: o poder do Estado, o poder da Religião e o poder Militar. Nossa atenção estará voltada para o segundo poder. Este, nos domina mais que os outros dois pois, ele atua a nível espiritual, transcendental. Atinge nossa alma. O homem tem um desejo inato de adorar alguma coisa, acreditar em alguma coisa por isso ele precisa estar ligado a alguma coisa. E só existe algo que aparentemente o completa. Esse algo, é um deus em sua vida. O homem foi criado para amar e reverenciar o seu Criador. Este é seu propósito, pois isto é inato. A fé de que existe um Deus em nossa vida nos dá ânimo de seguir em frente em vista das dificuldades. O conforto e o bem estar pessoal e familiar é algo que todos desejamos alcançar, alguns mais do que outros. Deus nos criou para sermos fiéis a Ele, mas, esta fieldade deve ser voluntária, livre de pressão, por isso o Senhor nos deus o livre arbítrio – o poder de escolha. Só existe um Deus verdadeiramente criador, criar significa criar alguma coisa do nada e, somente Deus é capaz disso. Mas infelizmente algo inexplicável aconteceu. Em meio a tanta bondade e perfeição surgiu a maldade e imperfeição. A própria Bíblia define isto como um mistério. Este mistério foi a conversão do anjo da luz em anjo das trevas. Desenvolveu-se nele o sentimento de cobiça, inveja, desunião, usurpação, entre outros adjetivos negativos. A idéia dele era sentar-se no lugar de Deus. E para isso ele começou a causar discórdia entre os anjos, caluniando a Deus. Os anjos ficaram divididos, em meio às acusações, graças a Deus a maioria ficou do lado do nosso Criador e uma terça parte ficou do lado do caluniador. Em meio a esta sedição, Deus teve que tomar uma decisão, decisão esta que implicaria na expulsão do caluniador e todos os seus seguidores. Não sabemos por que Deus o expulsou para cá mas, certamente Ele tem os seus propósitos. E o inimigo de toda a humanidade foi banido para a Terra, e, aqui, ele vive a atormentar os humanos e tentando desvia- los de seu Pai eterno, através de mentiras, e calúnias. Deus, conhecedor de nossas fraquezas determinou então que deveria surgir um Campeão, para lutar por nós e nos livrar das armadilhas do inimigo. Para conseguir esta Salvação, o homem apenas deveria seguir os ensinamentos deste Campeão, e o que Ele nos ensinou foi apenas adorar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos. Mas muito antes dos anjos maus serem lançados aqui na Terra, eles já tentavam os homens a blasfemarem contra Deus. Colocou em seus corações deuses falsos, adoração aos corpos celestes, adoração a natureza, aos animais, a terra, aos próprios homens, a imagens de esculturas, aos bens materiais, ao ouro, a prata, aos minerais, e por fim ao dinheiro. Mas como podemos ver eles fizeram de tudo em matéria de adoração exceto, a adoração ao Criador.

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DÍZIMOS, É CORRETO COBRAR? Quanto ao dízimo, acredito ser mais difícil de explicar que o anterior. Pois como diz o dito popular “o homem é movido pelo dinheiro”. Deus não inventou o dinheiro, este é uma invenção humana e acima de tudo uma convenção. Poderíamos de certa forma afirmar que dinheiro não existe. Deus criou o que poderíamos chamar de “bens naturais” o que seriam a terra, os frutos da terra, os animais marinhos e terrestres assim como as aves. Portanto, tudo o que é produzido à partir dessas coisas podemos chama-las de bens naturais. E esses bens davam aos homens antigos a idéia de posse, poder. Riqueza é uma palavra que não existia. Se um homem possuía algumas cabeças de animais, um pedaço de terra para trabalhar nela, já se poderia dizer que ele era um homem de posses. O dinheiro surge depois. Quando o homem inventou o que hoje chamamos de comercialização, no princípio o que havia mesmo era o escambo, troca de produto. Uma pessoa trocava aquilo que tinha por aquilo que lhe interessava e lhe era útil. Mas aí com o passar do tempo o homem passou a se deslocar mais e mais de sua localidade afim. Criaram-se os aglomerados ou agrupamentos de pessoas e daí cidades e nestas criou-se quase que automaticamente, pois ninguém pensou em uma feira. Mas surge de repente um espaço onde as pessoas se reuniam para trocarem seus excedentes ou adquirir algo de que lhe era necessário. Com o ajuntamento das pessoas as moradas passaram cada vez mais a se distanciar da área de troca, ou escambo. O homem então descobre os metais e ninguém sabe explicar como, mas ele passa a garimpar, tratar, fundir e moldar esses metais. No começo não era chamado de dinheiro. Utilizavam-se esses minerais trabalhados e avaliava-se alguma coisa e refereciava-se através do peso destes metais. Por isso o valor do dinheiro era dado em peso. Mas a riqueza e o poder de posse dominaram a homem, ele quer mais e mais e não consegue parar. Ele está dominado. A Bíblia nos diz que não podemos adorar a dois senhores, a Deus e a Mamon, o deus do dinheiro. Com o tempo o homem foi se apegando ao dinheiro e hoje ele vive em função disso. Há na vida social do homem três poderes, que são: o poder do Estado, o poder da Religião e o poder Militar. Nossa atenção estará voltada para o segundo poder. Este, nos domina mais que os outros dois pois, ele atua a nível espiritual, transcendental. Atinge nossa alma. O homem tem um desejo inato de adorar alguma coisa, acreditar em alguma coisa por isso ele precisa estar ligado a alguma coisa. E só existe algo que aparentemente o completa. Esse algo, é um deus em sua vida. O homem foi criado para amar e reverenciar o seu Criador. Este é seu propósito, pois isto é inato. A fé de que existe um Deus em nossa vida nos dá ânimo de seguir em frente em vista das dificuldades. O conforto e o bem estar pessoal e familiar é algo que todos desejamos alcançar, alguns mais do que outros. Deus nos criou para sermos fiéis a Ele, mas, esta fieldade deve ser voluntária, livre de pressão, por isso o Senhor nos deus o livre arbítrio – o poder de escolha. Só existe um Deus verdadeiramente criador, criar significa criar alguma coisa do nada e, somente Deus é capaz disso. Mas infelizmente algo inexplicável aconteceu. Em meio a tanta bondade e perfeição surgiu a maldade e imperfeição. A própria Bíblia define isto como um mistério. Este mistério foi a conversão do anjo da luz em anjo das trevas. Desenvolveu-se nele o sentimento de cobiça, inveja, desunião, usurpação, entre outros adjetivos negativos. A idéia dele era sentar-se no lugar de Deus. E para isso ele começou a causar discórdia entre os anjos, caluniando a Deus. Os anjos ficaram divididos, em meio às acusações, graças a Deus a maioria ficou do lado do nosso Criador e uma terça parte ficou do lado do caluniador. Em meio a esta sedição, Deus teve que tomar uma decisão, decisão esta que implicaria na expulsão do caluniador e todos os seus seguidores. Não sabemos por que Deus o expulsou para cá mas, certamente Ele tem os seus propósitos. E o inimigo de toda a humanidade foi banido para a Terra, e, aqui, ele vive a atormentar os humanos e tentando desvia-los de seu Pai eterno, através de mentiras, e calúnias. Deus, conhecedor de nossas fraquezas determinou então que deveria surgir um Campeão, para lutar por nós e nos livrar das armadilhas do inimigo. Para conseguir esta Salvação, o homem apenas deveria seguir os ensinamentos deste Campeão, e o que Ele nos ensinou foi apenas adorar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos. Mas muito antes dos anjos maus serem lançados aqui na Terra, eles já tentavam os homens a blasfemarem contra Deus. Colocou em seus corações deuses falsos, adoração aos corpos celestes, adoração a natureza, aos animais, a terra, aos próprios homens, a imagens de esculturas, aos bens materiais, ao ouro, a prata, aos minerais, e por fim ao dinheiro. Mas como podemos ver eles fizeram de tudo em matéria de adoração exceto, a adoração ao Criador.

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Excetuando-se aí também que o chefe deles se insinuava para os povos usurpando o lugar do Deus todo poderoso e criador, colocando-se em seu lugar como várias divindades pagãs, tais como: Marduque, Osíris, Zeus, etc. Das inúmeras maneiras que o inimigo se utiliza para enganar a humanidade, uma delas é utilizando a própria Bíblia. A esta ele deturpa, distorce, e influencia homens a seguirem o caminho errado acreditando que estão servindo ao Deus Criador. Mas também há homens e mulheres que tem o entendimento, mas seguem o caminho da perdição por livre arbítrio. Os líderes religiosos são alguns deles. E onde eles mais eram é na questão do dinheiro. Em uma igreja regular, existem muitas maneiras de se conseguir dinheiro, exemplo: doação, caridade, oferta e o dízimo. As outras três não é tão importante para eles, sabe por quê? Porque nelas não está especificado o quanto você tem que lhes entregar. Nelas você dá o que quiser, há a liberdade de “doação”. Por outro lado a Bíblia não estipula quanto você deveria dar. Mas os dez por cento – o dízimo, este não tem para onde correr, dizem eles. Pos está escrito em Malaquias 3:8. Roubará o homem a Deus? todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te

roubamos? nos dízimos e nas ofertas alçadas. Os pastores que pregam a dizimação dos bens chegam a ensinar que se você não entrega o dízimo isso pode levar você a perdição eterna. Mas tenha em mente uma coisa meu irmão quem rouba não é você, são eles. Como eles têm preferência pelo capítulo três, versículo oito, então sugiro ao irmão estudar o capítulo dois do mesmo livro. Não que não existam outros livros que tratem da mesma questão, mas, cito este para que vocês vejam que a verdade está no próprio livro citado por eles. E não é necessário ser um excelente leitor, um professor de Português para entender o que está escrito e também não há necessidade de interpretação divina para isso. Pois o texto é literal, assim como o texto explorado por eles. O irmão só tem que estudar o texto com atenção. Veja, estou dizendo estudar, não apenas ler. Há diferença entre estudar e ler. O capítulo dois deste livro trata da questão do roubo que os sacerdotes estavam praticando no templo, roubando não só o dízimo como tudo o mais. Perceba que Malaquias é o último livro do Velho Testamento. Este livro mostra os últimos períodos da história do Antigo Testamento. Ele mostra a necessidade de uma reforma antes da vinda do Messias, nosso Senhor Jesus Cristo. Os pastores só estão preocupados com o dinheiro, alguns têm até a pretensão de construir uma réplica do templo de Salomão. Vejamos biblicamente a questão do dízimo no Velho e no Novo Testamento.

Um pequeno resumo de Malaquias.

Malaquias. O lado obscuro do panorama.

Os pecados de um povo sem honra e ingrato e de um sacerdócio infiel. Roubar a Deus.

Ao deixar de responder ao amor divino, 1:2. Ao desonrar o nome de Deus, 1:6.

Ao apresentar ofertas imundas, 1:7, 8, 13-14. Por causa do seu mau exemplo, os sacerdotes se

converteram em pedras de tropeço em vez de serem líderes espirituais, 2:1-8. Ao honrar a pecadores, 2:17; 3:15.

Ao não dar os dízimos, 3:8.

Ao justificar a impiedade, 3:14. Tratos enganosos, 2:10.

Casamentos com incrédulos, 2:11. Deslealdade para com as esposas, 2:14-16.

Feitiçaria, impureza, opressão, 3:5.

O lado brilhante do panorama.

Promessas gloriosas. Da vinda do mensageiro da aliança, 3:1-4.

Do derramamento de uma grande bênção, 3:10-12. Dos santos ao converter-se em tesouro especial do Senhor, 3:16-18. Do amanhecer de um novo dia no qual a justiça triunfará, 4:2-3.

Da aparição de um reformador espiritual antes da vinda do dia do Senhor, 4:5-6.

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A palavra dízimo aparece 25 vezes no Velho Testamento e apenas 7 no Novo Testamento. Veja a seqüência em que aparecem a palavra dízimo e em que livro e quantas vezes nestes livros em questão.

VELHO TESTAMENTO. Gênesis – 2 vezes. Levítico – 1 vez. Número – 4 vezes. Deuteronômio – 7 vezes. II Crônicas – 3 vezes. Neemias – 5 vezes. Amós – 1 vez. Malaquias – 2 vezes. NOVO TESTAMENTO. Lucas – 1 vez. Hebreus – 7 vezes.

Gen. 14:20. E bendito seja o Deus altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o

dízimo de tudo.

Em Gênesis, aparece duas vezes e esta é a primeira vez que isto acontece. Abraão, depois de libertar a Ló e sua família das mãos dos conquistadores. Melquisedeque vem a seu encontro e o abençoa. Abraão então, resolve dar os dez por cento de tudo quanto tinha. Mas podemos ver que se trata de um ato voluntário e não obrigatório. E veja, o dízimo que Abraão deu não foi de tudo o que tinha, mas sim, dos despojos do combate que ele travou com os reis que levaram Ló, como cativo de Sodoma. Coloco aqui transcrito a confirmação disto. Heb.7:4. Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos.

Gen. 28:20-22. E Jacob votou um voto, dizendo: Se Deus for comigo e me guardar nesta viagem que faço,

e me der pão para comer, e vestidos para vestir; E eu em paz tornar à casa do meu pai, o Senhor será o meu Deus;

E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo. A outra vez que surge esta palavra já é com Jacó e também não é um ato obrigatório mas, podemos ver aí algo interessante. Jacó é quem faz um acordo com Deus e não o contrário. Por isso ele diz, que se Deus fizer o que ele espera, então ele se compromete a dar os dez por cento daquilo que ele conseguir. Note, ele não continua a dizimar, isto só acontece uma vez.

Lev. 27:28-34 Todavia, nenhuma coisa consagrada, que alguém consagrar ao Senhor de tudo o que tem, de homem, ou de animal, ou do campo da sua possessão, se venderá nem resgatará; toda a coisa consagrada será uma coisa santíssima ao Senhor. Toda a coisa consagrada, que for consagrada do homem, não será resgatada; certamente morrerá. Também, todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor. Porém, se alguém, das suas dízimas, resgatar alguma coisa, acrescentará o seu quinto sobre ela. No tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao Senhor. Não esquadrinhará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas, se em alguma maneira o trocar, o tal e o trocado serão santos; não serão resgatados. Estes são os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte de Sinai

Aqui em Levítico, vemos que agora se trata das orientações que Moisés está passando para o povo e aqui o dízimo passa a ter uma conotação de Lei, a chamada Lei Mosaica. E nesta passagem está-se referindo às coisas consagradas a Deus. Ou seja, o que se consagra a Deus não pode ser resgatada. Mas vejamos uma coisa, Deus não é homem como nós, Ele não come, não bebe, etc., mas muitos bens eram

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consagrados, oferecidos, doados, a Ele. Exceto o cheiro suave dos incensos e o cheiro dos holocaustos, o que se fazia com todo o resto? Veremos na quarta passagem do dízimo. A partir daqui, passaremos a juntar os versículos dos livros subseqüentes. Para não enfadar o leitor. Num.18:21,24,26,28. E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo

seu ministério que exerce, o ministério da tenda da congregação. Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao Senhor em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel, nenhuma herança herdarão. Também falarás aos levitas, e dir-lhes-ás: Quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu deles vos tenho dado em vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao Senhor; os dízimos dos dízimos. Assim, também, oferecereis ao Senhor uma oferta alçada de todos os vossos dízimos que receberdes dos filhos de Israel, e deles dareis a oferta alçada do Senhor a Aarão, o sacerdote.

Vemos aqui que a pergunta feita à cima está sendo respondida. As doze tribos de Israel quando conquista seu objetivo que é, expulsar os abomináveis povos que moravam na terra que o Senhor Deus prometeu-lhe dar, esta terra é repartida entre onze tribos, exceto a tribo de Levi. Por tanto, o dízimo que pertence a Deus, Ele passa para os levitas. Como foi dito, Deus não come e não bebe. Portanto, o que fazer com o dízimo? A missão dos Levitas era “cuidar” das coisas de Deus. A atividade deles era servir no templo, eles não tinham tempo para mais nada, por isso as outras tribos tinham que cuidar deles porque eles cuidavam de Deus. Por isso também os levitas moravam em meio a todo o Israel em todos os territórios ficou definido que algumas cidades pertenceriam aos levitas, isto sem falar nas seis cidades de refúgio. Num.35:6,7 Das cidades, pois, que dareis aos levitas, haverá seis cidades de refúgio, as quais dareis para que o homicida ali se acolha: e, além destas, lhes dareis quarenta e duas cidades. Todas as cidades que dareis aos levitas serão quarenta e oito cidades, juntamente com os seus arrabaldes.

Podemos comprovar que o dízimo pertencia aos levitas mas, eles também tinha que dizimar do dízimo isto, era chamado de dízimo do dízimo, ou oferta alçada. Este dízimo dos dízimos tinha uma finalidade, era para doar aos necessitados, aos órfãos, às viúvas, etc. ou seja era o dízimo do templo. E deste ainda teria que retirar a parte de Arão e de seus descendentes. Pois Arão foi o primeiro sumo sacerdote. Deut. 12:6,11,17; 14:22,23,28; 26:12. E ali trareis os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os

vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas. Então haverá um lugar que escolherá o Senhor, vosso Deus, para ali fazer habitar o seu nome; ali trareis tudo o que vos ordeno: os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e toda a escolha dos vossos votos que votardes ao Senhor. Nas tuas portas, não poderás comer o dízimo do teu grão, nem do teu mosto, nem do teu azeite, nem as primogenituras das tuas vacas, nem das tuas ovelhas; nem nenhum dos teus votos que houveres votado, nem as tuas ofertas voluntárias, nem a oferta alçada da tua mão. . Certamente darás os dízimos de toda a novidade da tua semente, que cada ano se recolher do campo. E, perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas: para que aprendas a temer ao Senhor, teu Deus, todos os dias. Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua novidade, no mesmo ano, e os recolherás nas tuas portas: Quando acabares de dizimar todos os dízimos da tua novidade, no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então o darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem.

Podemos ver que os versos seis e onze e dezessete, tratam da questão de onde o povo deveria consumir os holocaustos, ofertas, dízimos, etc. mas isso só poderia ser feito no local apropriado. No verso dezessete também vem explicitamente que o dízimo aí já não é mais opcional, mas, obrigatório, pois aí já existe a doação voluntária. Estes versos de Deuteronômio estão mais voltados para a questão do consumir o que foi separado para ofertas, e etc. também vemos que estava na lei que ao final de três anos as pessoas que foram agraciadas com boas safras, boas crias, etc., deveriam colocar o dízimo disto frente a sua porta para que os necessitados recolhessem conforme suas necessidades. Estes eram os levitas, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. E eu lhe pergunto caro irmão, quando foi que você viu uma igreja dizimar? Quando foi que você viu a igreja se preocupar com os órfãos e viúvas? Certamente nunca. Outra coisa também muito importante, note, dízimo, nunca foi dinheiro. Era o fruto da terra, dos animais e dos produtos manufaturados. E esta

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comida era para alimentar os levitas. Outra pergunta para você meu caro irmão. Quando você viu alguma igreja cobrar o dízimo do feijão, do tomate, da cebola, do carneiro, do azeite, do coco, do gado, etc., nunca. E por que? Eu lhe pergunto? Também não está na lei do dizimista? Segundo o Velho Pacto? Então por que as igrejas só se preocupam com o dinheiro, se isto não faz parte do dizimista bíblico? Pense bem? O verso 10 do capítulo três de Malaquias nos mostra claramente para que serviam os dízimos. Veja. “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.”

II Cro. 31:5,6,12. E, depois que este dito se divulgou, os filhos de Israel trouxeram muitas primícias de trigo, mosto, e azeite, e mel, e de toda a novidade do campo: também os dízimos de tudo trouxeram em abundância. E os filhos de Israel e de Judá, que habitavam nas cidades de Judá, também trouxeram dízimos das vacas e das ovelhas, e dízimos das coisas sagradas que foram consagradas ao Senhor, seu Deus: e fizeram muitos montões. Ali meteram, fielmente, as ofertas, e os dízimos, e as coisas consagradas; e tinha cargo disto Conanias, o levita maioral, e Simei, seu irmão, o segundo.

Aqui, no livro, II Crônicas, a menção do dízimo não tem nada de novo. Trata-se apenas de recolocar em prática o que havia sido perdido por tantos anos. Ezequias, filho do rei Acabe, age diferentemente do pai com relação a adoração ao Deus Altíssimo. Ele abole a idolatria entre outras coisas em Jerusalém e assim seguindo restabelece o culto ao Deus de Israel e através do livro da lei ele restabelece os turnos dos sacerdotes, as funções de todos os que serviriam no templo e consequentemente restabelece a lei das ofertas e dízimos. Resumindo, nada de novo. Neem.10:37,38; 12:44; 13:5,12. E que as primícias da nossa massa, e as nossas ofertas alçadas, e o fruto de

toda a árvore, o mosto e o azeite, traríamos aos sacerdotes, às câmaras da casa do nosso Deus; e os dízimos da nossa terra aos levitas; e que os levitas receberiam os dízimos em todas as cidades da nossa lavoura. E que o sacerdote, filho de Aarão, estaria com os levitas quando os levitas recebessem os dízimos, e que os levitas trariam os dízimos dos dízimos à casa do nosso Deus, às câmaras da casa do tesouro. Também, no mesmo dia, se nomearam homens sobre as câmaras, para os tesouros, para as ofertas alçadas, para as primícias, e para os dízimos, para ajuntarem nelas, das terras das cidades, as porções designadas pela lei para os sacerdotes e para os levitas, porque Judá estava alegre por causa dos sacerdotes e dos levitas que assistiam ali. E fizera-lhe uma câmara grande, onde, dantes, se metiam as ofertas de manjares, o incenso, e os vasos, e os dízimos do grão, do mosto e do azeite, que se ordenaram para os levitas, e cantores, e porteiros, como, também, a oferta alçada para os sacerdotes. Então todo o Judá trouxe os dízimos do grão, e do mosto, e do azeite, aos celeiros.

O livro de Neemias, não é muito diferente do livro de II crônicas citado a cima. A diferença é apenas que neste momento da existência deste povo, ele está cativo do rei da Pérsia, Artaxerxes. Jerusalém é uma das muitas províncias do reino deste rei. Por isso para que Neemias vá até Jerusalém reconstruir os muros e restaurar as pendências no templo. Neste tempo já havia ladroagem entre os sacerdotes. Eles só estavam acumulando riquezas e sobrecarregando o povo de impostos. Na verdade o povo estava pagando dois impostos, um para o rei dominante, Artaxerxes e o outro para os governantes das províncias e os sacerdotes. O rei concede que Neemias regresse a Jerusalém e lhe dá poder e dinheiro e autoridade sobre o governadores da províncias para que cumpram todos os seus desígnios. A partir daí, ele começa a colocar a “casa em ordem”, é isto que essas passagem acima relatam. Na própria leitura das mesmas o caro leito poderá por si só tirar suas conclusões. Amós. 4:4. Vinde a Betel, e transgredi; a Gilgal, e multiplicai as transgressões; e cada manhã trazei os vossos

sacrifícios, e, de três em três dias, os vossos dízimos. Aqui em Amós, o que está ocorrendo é o mesmo que iremos ver mais abaixo no livro de Malaquias, ou seja, é só aperto. As palavras que Deus envia através de Amós para o povo judeu são de advertência. O governo, os sacerdotes, o povo, estão todos transgredindo os mandamentos de Deus. Não existe mais amor pelo próximo, a roubalheira é uma só, é como em Brasília. É Alibabá, e os seus companheiros, pois fica difícil enumerar, já que não se tem mais idéia da quantidade, de tantos que são. Deus então, pacientemente mais uma vez admoesta o povo e seus governantes. Mas tudo em vão. O governador de qualquer grupo representa para este grupo um exemplo, não importando se este governante é licito ou ilícito. A verdade é que o povo vai atrás e as lideranças religiosas não ficam a trás. O povo vê que os

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governantes civil e religioso estão indo pro “brejo”, o povo vai também. E se o povo se desvia do bom caminho de quem é a culpa? Dos seus líderes. É isso o que estamos vendo aqui. Amós está repreendendo os líderes e o povo. Quando Malaquias assume a situação não é diferente. Agora vamos para a mais esperada das passagens. A passagem preferida dos cobradores do dízimo. Mal.3:8. Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos

dízimos e nas ofertas alçadas. Mal. 3:10. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois

fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.

DÍZIMOS NO N.T.

Lc. 18:12 Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. He. 7:2,4,-6,8,9. A quem, também, Abraão deu o dízimo de tudo; primeiramente é, por interpretação, rei de

justiça, e depois, também, rei de Salém, que é, rei de paz; Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. Pois os que, de entre os filhos de Levi, recebem o sacerdócio, têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, dos seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. E aqui, certamente, tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.

E finalmente Hebreus. Aqui temos uma carta escrita aos cristão hebreus, estes agora convertidos ao cristianismo estavam vivendo uma crise cultural relacionada às suas tradições. O escritor preocupado com o risco de voltarem para o judaísmo ou de pelo menos darem mais importância aos costumes cerimoniais, por isso ele procura mostrar a glória transcendente da era cristã com o Antigo Testamento. E o capítulo sete prende-se na exaltação do messias. No seu sacerdócio o qual teve como tipo Melquisedeque. Ele está procurando fazer um paralelo entre Jesus e Melquisedeque. Assim como o povo tinha Abraão como o pai de todos e ele foi o maioral entre eles, e sendo maioral entre eles deu o dízimo dos seus despojos. E ele procura exemplificar que o sacerdócio de Jesus é semelhante ao de Melquisedeque, o qual pertencia a uma ordem eterna e foi confirmado pelo juramento divino. Espero ter sido suficientemente claro nesta exposição. É claro que o assunto não fica por aqui, porque há a retórica. Mas confiante no Senhor como estou, acredita que biblicamente e honestamente falando o exposto não está deficiente. Preferi não utilizar nomes de pessoas ou denominações para não haver o constrangimento ou a idéia de preconceito. Pretendi apenas contribuir com o que penso sobre esses assuntos. João. 8:32 E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Autor: Romeu Juliet.