Djumbai Regional de Quinara Ambiente e Desenvolvimento: As ... · Parque Natural das Lagoas de...

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1 Djumbai Regional de Quinara Ambiente e Desenvolvimento: As Lagoas de Cufada como Zona Húmida de Importância Internacional Fase di Kambansa

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Djumbai Regional de Quinara Ambiente e Desenvolvimento: As Lagoas de Cufada como

Zona Húmida de Importância Internacional

Fase di Kambansa

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ÍNDICE

FICHA TÉCNICA.................................................................................................................. 3

Enquadramento ................................................................................................................ 4

Resumo ............................................................................................................................. 4

Painel I: “Parque de Cufada: Processo e classificação e sua importância Social,

Económica e Ambiental” .................................................................................................. 5

Painel II: “Buba, cidade iluminada: um projeto viável com impacto ambiental mínimo”

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Recomendações .............................................................................................................. 20

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FICHA TÉCNICA

Redação:

Eng.º João Sousa Cordeiro - Engenheiro Zootécnico, Coordenador do Departamento

de Proteção e Governação Partilhada do IBAP

Eng.º Marcos Mané – Coordenador Regional de avaliação da execução do Projeto

de Construção da Central Termoelétrica de Buba, Ministério da Energia e Indústria.

Revisão:

UE-PAANE

Grafismo:

UE-PAANE

Data de realização do Djumbai:

24 de março de 2017

Local de realização do Djumbai:

Sede da ONG RA, Buba (região de Quinara)

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Enquadramento

A realização do 2º Djumbai Regional, em Quinara (na cidade de Buba), subordinado

ao tema “Ambiente e Desenvolvimento: As Lagoas de Cufada como Zona Húmida

de Importância Internacional” enquadra-se no âmbito da atividade A.1.1 Promover

espaços de partilha e debate sobre temáticas de interesse para a sociedade civil,

mais concretamente a atividade A.1.1.4. Realização dos djumbais, tal como previsto

pelo projeto UE-PAANE Fase di Kambansa.

Resumo

O Djumbai Regional realizado no dia 24 de março de 2017 em Buba (no espaço da

ONG Rede de Ajuda - RA), contou com a participação de dois (2) oradores

convidados, distribuídos pelos seguintes painéis:

Painel I: “Parque de Cufada – Processo de classificação e sua importância

Social, económica e Ambiental” – Engº João Sousa Cordeiro (Coordenador

do Departamento de Proteção e Governação Partilhada do IBAP);

Painel II: “Buba, cidade iluminada: um projeto viável com impacto

ambiental mínimo?” – Engº Marcos Mané (Coordenador Regional de

avaliação da execução do Projeto de Construção da Central Termoelétrica

de Buba).

A moderação do djumbai ficou a cargo do consultor externo contratado, Raul

Mendes Fernandes.

A atividade contou com a participação dos representantes das Organizações da

Sociedade Civil (OSC) e Órgãos de Comunicação Comunitárias (OCC), do Diretor do

Parque Natural das Lagoas de Cufada e alguns cidadãos comuns, num total de 45

pessoas.

Em anexo encontram-se as recomendações extraídas do debate em torno da

temática em apreço.

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Painel I: “Parque de Cufada: Processo e

classificação e sua importância Social, Económica e

Ambiental”

João Sousa Cordeiro

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Pertinência do IBAP

Mapa 1: Sistema Nacional das Áreas Protegidas da Guiné-Bissau

Visão

“A biodiversidade da Guiné-Bissau é conservada de forma sustentável em benefício do

desenvolvimento das gerações presentes e futuras”

Missão

“Gerir de forma participativa e eficaz as Áreas Protegidas e os recursos estratégicos da

biodiversidade, valorizando os conhecimentos científicos e saberes tradicionais, favorecendo

sinergias e parcerias ao nível local, regional e internacional”

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Objetivos da criação do Parque Natural das Lagoas de Cufada

Mapa 2: Localização do Parque Natural de Cufada

A preservação, conservação e defesa dos sistemas vivos marginais dos rios Corubal,

Grande de Buba e Fulacunda;

A preservação, conservação e defesa dos ecossistemas associados à floresta densa sub-

húmida e floresta seca e semi-seca densa;

A salvaguarda das espécies animais, vegetais e dos habitats ameaçados;

A conservação e recuperação dos habitats da fauna migratória;

A proteção da floresta sagrada localizada na zona de Incassol;

A defesa, valorização e manutenção das atividades e formas de vida tradicionais não

lesivas do património ecológico, visando o desenvolvimento económico, social e cultural

das populações residentes;

A valorização das riquezas naturais renováveis e a gestão da sua utilização de forma

sustentável, visando o desenvolvimento económico e bem-estar das populações

residentes;

A promoção de atividades de ecoturismo, em termos do uso ordenado do território e dos

seus recursos naturais e paisagísticos, como forma de valorização económica da região.

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Parque Natural das Lagoas de Cufada (PNLC)

Imagens 1, 2, 3 e 4: Lagoas

Processo de criação

Desde meados do século xx, vários autores têm referido a importância de três lagoas (Frade et al.,

1946; Ferreira, 1948), que a nível regional, constituem das maiores massas de água doce

superficiais permanentes. Cufada, Badasse e Bionra.

O processo de criação de APs iniciou-se nos anos de 1990. Fez-se estudo científico da zona para o

conhecimento sobre a diversidade biológica e aspetos socioeconómicos e concluiu-se que o PNLC

constitui um conjunto de ecossistemas de grandes riquezas quanto à diversidade biológica, como

o comprova o número de espécies aquáticas, de mamíferos, de répteis e formações florestais, o

que justifica que lhe seja atribuído um estatuto de proteção e conservação através da sua

classificação como Parque Natural.

Só pode ser assim classificada por decreto de criação que deverá precisar, através de um mapa

com a sua nota explicativa anexa da área a proteger cuja escala é igual ou inferior a 1/50.000 os

limites da área e da zonagem; licença ambiental a emitir pela autoridade competente nos termos

da lei; acordo com as comunidades e ONGs concernentes relativos a zonagem e regulamentações;

os pareceres das autoridades administrativas centrais concernentes e locais da região onde se

instalará a área protegida.

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Concluído o processo de classificação de Área Protegida deverá o IBAP comunicar ao

departamento governamental tutelar dos serviços cadastrais para a representar nos mapas do

País e lançar nos respetivos atlas.

Mapas 3 e 4: Zonagem do Parque Natural das Lagoas de Cufada

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Devido à sua importância em termos de biodiversidade e por ser uma das maiores reservas de

água doce, servindo de fonte de abastecimento de lençóis freáticos da zona, assim como de

nutrientes às diversidades biológicas existentes.

Imagens 5 e 6: Reservas de água doce

A importância ornitológica das lagoas baseia-se no facto de serem os únicos corpos de água doce

permanentes na região de África Ocidental costeira (e.g. Araújo, 1994) e constituem as estações

finais das rotas de migração de muitas espécies de aves boreales e de refúgio permanente pelas

espécies de aves residentes da própria região.

Imagens 7 e 8: Espécies de aves nas Lagoas

A importância desta zona para espécies de aves migratórias com concentrações importantes de

pelicano branco (Pelecanus onocrotalus) vindos de Mauritânia e Senegal e de corvo marinho

africano (Phalacrocora africanus), foi o objeto de reconhecimento e classificação internacional

como “Sítio Ramsar” em 1990, razão pela qual a Guiné-Bissau integra a Convenção de Ramsar.

A fauna na área do Parque Natural das Lagoas de Cufada é bastante diversificada com uma

importante área de Antílopes e uma Fauna ornitológica variada com 203 espécies de aves entre

as quais 37 são aquáticas. Existem 53 espécies de mamíferos e 11 espécies de répteis.

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Imagens 9, 10 e 11: Exemplos de animais existentes no Parque Natural das Lagoas de Cufada

Além da importância ornitológica, o parque se caracteriza pelas paisagens extraordinárias das

lagoas e por uma riqueza significativa em macro fauna de mamíferos de grande interesse em que

se distinguem alguns ungulados como Boca-branco (Hippotraugus equinus), o Sim-sim (Kobus

defessa), o Búfalo (Syncerus caffer, Leopardos, hienas, 7 a 8 espécies de primatas entre os quais o

Chimpanzé (Pan troglodytes) presente em quase toda a área do Parque. Algumas das suas áreas

são reconhecidas como corredores da macro-fauna. Também de registar a presença de Crocodilo-

preto (Osteolaemus tetraspis).

Imagens 12 e 13: Mamíferos no Parque Natural das Lagoas de Cufada

Depois das Matas de Cantanhez, o Parque Natural das Lagoas de Cufada é dos Parques mais ricos

em floresta seca e semi-seca e floresta sub-húmida, com 22.200 ha e 13.500 ha de área

respetivamente

Características essas, conhecidas no Parque até os inícios dos anos oitenta: as espécies Bissilão

(Kaya senegalensis), Pau-sangue (Pterocarpus erinacens), Pau-conta (Afezélia africana), Farroba

(Parkia biglobosa) e Pau-incenso (Daniella oliver).

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Imagens 14, 15, 16 e 17: Recursos florestais

Os valores culturais, expressos na existência de florestas sagradas, quer os sistemas de vida

tradicionais baseados na exploração equilibrada dos recursos naturais, devem ser protegidos e

reforçados de forma coerente

A utilização sustentável dos recursos, tendo em conta o respeito das práticas e valores

tradicionais, possibilitam a melhoria das condições de vida das populações residentes, por

exemplo através de atividades de ecoturismo.

Imagens 18 e 19: potencialidades turísticas do Parque Natural das Lagoas de Cufada

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Importância socioeconómica

QTD Microprojectos Custos FCFA Impacto /Beneficiário

Emprego direto 1.313.723,00 x

12=15.764.676

13 x 10 pessoas =130 pessoas

1 Projeto Rias de Sul/UEMOA

Componentes:

1. Pesquisa sobre os recursos

haliêuticos

2. Direito de acesso a cogestão

dos recursos haliêuticos

Os pescadores têm acesso a

materiais de pesca responsável em

Buba

1 Fábrica de gelo A população de Buba consegue

comprar gelo para conservar os

pescados

2 Pirogas para atividades de pesca e

evacuação de gelo

Aumento de captura e

disponibilidade de gelo

QTD Microprojectos Custos FCFA Impacto /Beneficiários

Colmeias modernas 40.000 x

20=800.000?

Os apicultores produzem mel

Criação de hortas para

horticultura

10.000.200? Garantia de segurança alimentar

Prensa de óleo de palma 450.000 x

20=9.000.000?

Aumento de produção de óleo de palma

Fogões melhorados 10.000 x 2x

40=800.000?

Diminuição do esforço físico das mulheres

na procura de lenha

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QTD Microprojectos Custos FCFA Impacto /Beneficiários

Painéis solares para jovens que

leem alcorão a noite

225.000/260W x

2=450.000?

Melhoria dos conhecimentos

Melhoramento e construção de

poços de água

3.500.000 x

5=17.500.000?

Acesso a água potável

Melhoramento de pistas rurais ? Desenclavamento

Construção duma pequena rampa

de passagem de veículos

? Melhoria de vias de cesso na zona

de Salamine norte

QTD Microprojectos Custos FCFA Impacto /Beneficiários

Reabilitação e construção de

escolas comunitárias

Aumento de índice de

escolaridade

Atrelados para transporte de

cargas

Diminuição de esforço físico

Máquina descascadora do arroz Valorização de produção local

Redes e motores para pesca no Rio

Grande de Buba

Acesso a materiais de pescas

Transporte para o Rio Corubal Desenclavamento

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QTD Microprojectos Custos FCFA Impacto /Beneficiários

Materiais para a conservação e

transformação do pescado

(Bubacalhau)

Melhoria de nível de vidas das

mulheres e luta contra a pobreza

Microcréditos para associação das

mulheres em Buba e Cacine

25.250.000 C

Cantede, Gadamael,

Cassumba, Cadico,

Campeane, Cacine,

Canamine

Melhoria de nível de vidas das

mulheres e luta contra a pobreza

Criação de cabras

Garantir a segurança alimentar

em Bodjol estrada principal

Ameaças

Ocupação do espaço (imigração);

Desflorestação e queimadas para construções e agricultura itinerante;

Mudanças climáticas;

Assoreamento das lagoas;

Extinção das espécies;

Contaminação ambiental (Exploração de Bauxite);

Fraqueza Institucional;

Construção de estrada para Porto;

Caça para comercialização;

Pesca ilegal, madeireiros e “cibeiros” ilegais;

Construção do porto de águas profundas “Rio Grande de Buba” .

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Mapa 5: Zonagem do Parque e área de influência do Projeto de construção do

Porto de água profunda do Ri o Grande de Buba

Mapa 6: Área de concessão, vias de acesso e porto proposto pelo projeto

Mapa 7: Proposta alternativa de acesso ao futuro Porto

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Painel II: “Buba, cidade iluminada: um projeto viável com

impacto ambiental mínimo”

Marcos Mané

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República da Guiné-Bissau

Ministério da Energia e Indústria

I. A construção da central elétrica de buba: um risco para o meio ambiente?

II. Que alternativa?

A central elétrica de buba não constitui nenhum risco para o meio ambiente.

1. Em termos de emissão de dióxido de carbono na atmosfera, está muito aquém das normas

internacionais;

2. Em termos de barulho, os grupos de geradores são silenciosos e estão em contentores;

3. Mudanças de óleo nos motores serão feitas através de bombagem. Todo o óleo retirado

nos blocos será incinerado.

Em nosso entendimento não há outra alternativa a esta central elétrica.

III. Buba, cidade iluminada:

Um projeto viável com impacto ambiental mínimo.

O projeto é viável tendo em conta o crescimento demográfico e também as infraestruturas

existentes e habitações.

Como é possível no pleno século XXI ter uma cidade como BUBA sem energia elétrica?!

Garantindo energia elétrica através da sua produção e distribuição é que podemos falar de

desenvolvimento sustentável. A energia elétrica é um sector transversal.

O impacto ambiental é mínimo, porque existe uma rede de distribuição de 0,4 e 10kv que exige

desmatação entre eles:

Rede 0,4 kv 36----km

Rede 10kv 3----km

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Podem comparar se o impacto ambiental é mínimo ou não?

O nível do desenvolvimento energético e a eletrificação, como sabemos, na larga escala influencia

técnica e economicamente na potencialização de qualquer país.

A eletrificação joga um grande papel no desenvolvimento de todos os sectores industriais.

Também é pedra angular de construção de uma economia.

Existem diferentes tipos de centrais elétricas:

1. Central térmica – constrói-se nas proximidades de centro de carga;

2. Central hidroelétrica - constrói-se onde há recursos hídricos e condições da sua construção

e evacuação da energia elétrica;

3. Central diesel - constrói-se nas proximidades de centro de carga utiliza-se como grupo de

emergência;

4. Central solar - constrói-se onde existe radiação solar no período anual;

5. Central geotérmica - constrói-se onde existe recursos no subsolo também condição o

explorar;

6. Central atómica - projeta-se e constroem-se fora da cidade com diferentes tipos de

reatores com aquecimento e velocidade de neutrões rápido utiliza-se sempre urânio 235U

(92 protões e 143 neutrões) em tipo de concentração de mistura U3O3. Se consumi-o um

neutron 235 U divide-se em duas partes com partilha de 1kg de uranio 235 U produz-se

21,6 milhão de kwh.com equivalência carvão na produção de energia igual a 2.900

toneladas;

7. Central maré motris - constrói-se onde há condições para fazer;

8. Central eólica - constrói-se onde há condições favorável do vento.

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Recomendações

Extraídas do Painel I

Que haja o maior engajamento do Estado da Guiné-Bissau no cumprimento das

convenções na área do ambiente;

Que seja organizada e patrocinado pela UE-PAANE um seminário em Buba para a discussão

de diferentes Planos Estratégicos já existentes de diferentes instituições de modo que haja

uma coerência e coordenação entre os Planos (Ex: Plano urbanísticos de Buba, Plano

estratégico de Energia, Plano Estratégico de Cadastro? Plano Estratégico de Pesca,

Estratégia Nacional para as Áreas Protegidas e a Conservação da Biodiversidade na Guiné-

Bissau 2014-2020;

Encorajar o Governo a respeitar os engajamentos internacionais e estimular as ações que

visam promover uma gestão racional e durável de zonas húmidas através de sensibilização

aos diferentes atores;

Que o Governo da Guiné-Bissau respeite o comunicado de GENEBRA de 1 de março de

2017 do John H. Knox, relator especial da ONU em que os Especialistas das Nações Unidas

apela aos governos de todo o mundo que cumpram as suas obrigações de direitos

humanos de proteger as plantas e animais insubstituíveis do mundo;

Que seja criada uma comissão interinstitucional na qual o IBAP fará parte quando se

pretende fazer a concessão e ou venda de terreno em Buba para fins de construção de

infraestruturas e/ou investimentos público e ou privado para evitar o eventual conflito de

ocupação ilegal de terreno, como aconteceu neste momento com a instalação de central

elétrica dentro dos limites do Parque Natural das Lagoas de Cufada.

Extraídas do Painel II

Que sejam desclassificadas algumas áreas protegidas e também vedar o parque;

Evitar interferir em matérias desconhecidas;

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Não usar a rádio como lugar de resolução de problemas;

Priorizar o diálogo.

Extraídas das intervenções dos participantes

Criar mais fóruns de debate com a participação dos responsáveis políticos/administração

local;

Trabalhar no sentido de maior e melhor coordenação entre as OSC de modo a atuarem de

forma “linear”;

Alargar os dias do djumbai (pelo menos 3 dias);

Fazer um melhor agendamento das atividades, para que não coincidam com outras

atividades (de forma a que haja um maior numero de cidadãos que possam participar);

Ao IBAP: delimitar fisicamente o espaço correspondente aos limites do parque;

À administração local: promover mais transparência na gestão da “coisa pública”;

Fazer um levantamento dos custos reais da deslocação da Central através de

técnicos independentes;

Informar os consumidores sobre os custos de fornecimento/consumo da

corrente elétrica;

Divulgar informação clara sobre o Plano Urbanístico de Buba.

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Fase di Kambansa.

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