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Orizzonti Competition MORA ARENILLAS PRESSBOOK Do diretor de AS ACÁCIAS CAMÉRA D’OR FESTIVAL DE CANNES

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OrizzontiCompetition

MORA ARENILLASPRESSBOOK

Do di retor de

AS ACÁCIAS

CAMÉRA D’ORFESTIVAL DE CANNES

01

PRODUÇÃOTAREA FINA (Argentina), AIRECINE (Argentina)

SANCHO & PUNTA (Brasil)

SEACUATICO (Uruguai)

AUGENSCHEIN FILMPRODUKTION (Amelanha)

URBAN FACTORY - GOOD FORTUNE FILMS (França)

MARA BESTELLI DIEGO CREMONESI AGUSTINA FERNANDEZ

UM FILME DE PABLO GIORGELLI

INVISÍVEL

INVISÍVEL 03

"Uma história poderosa e emocionante."Hollywood Reporter

"Um retrato rigoroso de uma marginalizada classe social argentina."Variety

Ely tem 17 anos, está no ensino médio e trabalha num pet

shop no bairro da Boca em Buenos Aires.

Ao descobrir que está grávida, seu mundo interno colapsa.

Ela tem que tomar uma decisão que mudará sua vida para

sempre.

SINOPSE CURTA

Ely tem 17 anos, mora no bairro da Boca em Buenos Aires e

está grávida. Ela tem que tomar uma decisão que mudará

sua vida para sempre.

LOGLINE

Ely tem 17 anos e mora no bairro da Boca em Buenos Aires.

Ela cursa o último ano do ensino médio e trabalha num pet

shop para completar a renda familiar. Ao descobrir que está

grávida do Raúl, dono do Pet Shop, seu mundo interno

colapsa. Enquanto tenta manter sua rotina diária como se

nada tivesse acontecido ela é tomada pelo medo e

angústia. A sociedade que a pressiona e o estado de saúde

frágil da sua mãe a isolam e a obrigam a amadurecer

precocemente. Tomar a decisão que mudará sua vida para

sempre lhe permitirá ter um novo começo.

SINOPSE LONGA

INVISÍVEL 04

"Sempre me comovi pela gente que se

sente sozinha. Esse momento de

vulnerabilidade em que um se sente

desamparado e deve superar na solidão

a dor e a tristeza. É dai que nasce este

�lme. Da minha própria tristeza e

desamparo. Vem também de gente que

conheci no meu conjunto habitacional

no bairro da Boca em Buenos Aires. Os

cidadãos invisíveis, anônimos. Gente que

trabalha e sobrevive e ocupa esta cidade

sem ser ocupante. Gente que tem a

necessidade instintiva da rebeldia frente

a um futuro que dizem não lhes pertencer.

Gente que sabe conviver com as

consequências do sistema que os exclui

um pouco mais a cada dia. Gente que

no quer estar mais sozinha e resiste como

pode. Gente invisível como a gente."

COMENTÁRIO DO DIRETOR

INVISÍVEL 05

INVISIBLE 0306INVISÍVEL

SOBRE INVISÍVEL por Pablo Giorgelli

"Invisible" é um retrato, mostra o cotidiano de Ely, uma garota de 17 anos, a partir do momento em que ela descobre que está grávida. Mas apesar desse ser o con�ito que atravessa a personagem durante todo o �lme, não é o tema principal. Para mim o essencial é a solidão e o desamparo em todos os aspectos da sua vida: Ely no seu desamparo familiar e social, em um mundo de adultos que não sabem se comunicar com seus jovens e de um Estado que ignora e crimi-naliza uma problemática real e crescente. Para mim era importante poder mostrar o contexto social e político de "Invisible": a cidade de Buenos Aires, a Argentina de hoje, um país onde o aborto é ilegal e os casos de gravidez adolescente aumentam.“Invisible” está contado a partir do ponto de vista da personagem e isso de�ne a proposta estética: planos que nos permitem senti-la, estar com ela, deixá-la ser, sem alterações de tempo. Eu quis trabalhar especial-mente com o som para contar o contexto habitado por Ely, sua casa, a escola, o trabalho, a cidade... um mundo que quase não vemos, mas ouvimos e que

de alguma maneira condiciona sua existência alienada. É dentro desse contexto que Ely deve tomar uma decisão que mudará drasticamente a sua vida.Me interessava trabalhar um processo no qual eu pudesse descobrir quais decisões a personagem quer ou precisa tomar. Escutá-la, entendê-la, e não ser eu quem decida o que ela faz. O �lme não julga suas decisões, só acompanha Ely durante esses dias e a respeita.O tratamento do roteiro passou por um longo proces-so até que começaram a aparecer algumas ima-gens que me conectaram com a ideia do desampa-ro e da solidão. E isso me transportou à adolescência. Rapidamente, meu personagem se de�niu como mulher e logo, talvez apoiado na minha própria adolescência, apareceu Catalinas Sur (La Boca), meu bairro, o bairro onde nasci e me criei, e onde ainda mora a minha mãe. Lá �lmei "Invisible".

INVISÍVEL 07

CATALINAS SUR, LA BOCA,BUENOS AIRES, ARGENTINACatalinas Sur é um bairro de edifícios construído nos anos 60, um conjunto de moradias populares, dentro do bairro de La Boca, na parte não-turística do bairro, zona sul da cidade de Buenos Aires. Um bairro bonito localizado ao lado do rio e do antigo porto. Uma zona em que convivem pessoas da classe trabalhadora, imigrantes, artistas e um setor cada vez maior de marginais e excluídos.Para mim era importante de�nir a personagem como alguém que ainda está dentro do sistema, colocá-la dentro de uma classe trabalhadora, cuja sorte sempre está atada às �utuações sociais e políticas do momento. Quando surgiu a person-agem de Ely, eu comecei imediatamente a imag-iná-la nesses espaços, nessas ruas, e depois não pude deixar de vê-la como alguém que pertence a Catalinas Sur. De algum modo, “Invisible” tem parte da sua origem nesse lugar. Está inspirada nesses edifícios, nesses jardins e nessas calçadas. Nas pessoas que conheci ali e, claro, também na minha família.

08INVISÍVEL

AS MULHERES NO CINEMA DE PABLO

ESCOLHAS ESTÉTICAS

Desde as primeiras ideias, a personagem de "Invisible" se de�niu como mulher, e logo em seguida, apareceu a mãe. Nunca o pai,

que sempre foi uma ausência. E a ideia original de "Invisible", que depois não prosperou dessa maneira, estava inspirada na

minha avó. Sempre me interessaram as mulheres, desde criança. Sempre tive fascinação por elas e um interesse especial pelo

mundo feminino. E hoje em dia, minha família está composta exclusivamente por mulheres: minha mulher, minhas duas �lhas,

minha mãe, minha irmã…

O �lme transita um código naturalista em todas as suas resoluções estéticas. Quis ser muito rígido com o ponto de vista, tentar não

rompê-lo nunca. Ely é uma adolescente que se sente sozinha e percebe que o mundo ao seu redor não a vê, então a proposta

visual funciona como oposição a essa sensação que a personagem tem de si mesma. O �lme foca exclusivamente nela, estamos

com ela o tempo todo. Isso foi o que me levou a conceber a ideia de trabalhar uma sensação de tempo contínuo, com planos

únicos que a acompanham, e colocar a câmera em lugares estratégicos, onde fosse possível observá-la quase como uma

testemunha invisível que habita a sua intimidade. Ficar invisível como diretor para que seja ela quem nos conta sua historia.

Por outro lado, eu queria mostrar o mundo adulto como uma ausência, um mundo invisível para ela, por isso quase não vemos

esses personagens, apenas os ouvimos, estão fora do plano visual. Assim como a televisão, uma presença sonora quase

constante no �lme que de alguma maneira nos conta um relato alienado de uma sociedade através do �ltro da mídia.

Essa dinâmica de campo e fora de campo, o que vemos e o que não, por um lado, e o que escutamos pelo outro, foi um dos

recursos que encontrei para contar de modo mais preciso o desamparo, a falta de comunicação e a solidão de Ely que é a

questão central do �lme.

09INVISÍVEL

O ABORTO NA ARGENTINANa Argentina o aborto além de ser ilegal, é um tema tabu. Não

está sendo possível falar disso seriamente nos âmbitos

correspondentes e colocá-lo em pauta para discutir em

profundidade, com sensibilidade e realismo. Existem setores

que resistem diretamente a que este tema seja tratado e o

problema se agrava porque os abortos igualmente

continuam sendo realizados clandestinamente, com tudo o

que isso implica e com uma alta taxa de risco principalmente

para as mulheres pobres. Além disso, a presença quase nula

do Estado com um programa forte e a longo prazo de

educação sexual para crianças e adolescentes nas escolas,

também não contribui para que os índices de gravidez

adolescente diminuam.

De todo modo, meu �lme não tem a ver especi�camente com

a situação do aborto na Argentina, ele se enfoca na solidão e

na falta de comunicação durante uma etapa crucial de

fragilidade e vulnerabilidade, como é a adolescência, onde a

ausência da família, de projetos e perspectivas de futuro e a

falta de uma política de Estado efetiva que se encarregue de

dar contenção às diversas problemáticas dos jovens, levam a

esses resultados desastrosos que indicam as estatísticas hoje

em dia.

INVISÍVEL

MORA – ATRIZ PRINCIPALEu sabia da importância de chegar a um estado com a

atriz que me permitisse expressar o con�ito interior da

personagem quase sem verbalizá-lo. Mora é uma atriz

incrível, muito intuitiva, e entendia perfeitamente o estado

de Ely. Seu trabalho é impressionante, sutil, belíssimo. Ela é a

alma do �lme.

O processo de casting foi muito longo, quase um ano e

meio. Eu gosto de trabalhar desse jeito, usar o tempo

necessário para encontrar a pessoa ideal para cada

papel (no meu �lme anterior foi parecido, estive mais de

um ano procurando os atores), e mais ainda neste caso

que o �lme todo está apoiado quase exclusivamente na

personagem de Ely.

Vimos muitas garotas e foi curioso como aconteceu,

tínhamos visto Mora no começo do processo, e apesar de

eu ter gostado muito dela, a descartamos pela idade:

nesse momento ela tinha 15 anos e era muito nova. Mas

isso �cou dando voltas na minha cabeça. Finalmente, um

ano e meio depois, já com o �nanciamento garantido e

mais perto das �lmagens, pedi para vê-la novamente e

não tive dúvidas, con�rmei o que tinha intuído desde a

primeira vez que a vi. Ela era Ely.

10INVISÍVEL

09

PABLO GIORGELLI

INVISÍVEL

Nasceu em Buenos Aires, Argentina em 1967 e foi criado no

bairro da Boca.

Trabalha com cinema desde 1993 como diretor de curtas

e montador.

Seu primeiro longa metragem, Las Acacias estreou em

2011 na Semana da Crítica do Festival de Cannes. No festi-

val, o �lme recebe a CAMERA D'or para melhor �lme de

estreia no festival e consagra Pablo como um dos diretores

argentinos mais promissores da sua geração. O �lme rece-

beu também o prêmio ACID e o Prêmio da Crítica Jovem

na Semana da Crítica, melhor primeiro �lme no BFI de Lon-

dres, melhor �lme Latino em San Sebastian e muitos outros.

O �lme foi lançado no Brasil em 2013 pela Vitrine Filmes.

Pablo também é co-diretor do programa JANELA ABERTAS

do Canal Brasil junto ao Felipe Nepomuceno.

Seu novo �lme, INVISIBLE participou do prestigioso Atelier de

cannes para desenvolvimento de projetos e tem sua

estreia marcada para a competitiva ORIZZONTI do festival

de VENEZA 2017.

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PRODUÇÃO: Tarea Fina (Argentina)/Aire Cine (Argentina),Sancho Filmes - Punta Colorada (Brasil), Seacuatico (Uruguai), Augenschein Filmproduktion (Alemanha),Urban Factory, Good Fortune Films (França)

EQUIPE:Direção: Pablo GiorgelliRoteiro: Pablo Giorgelli, Maria Laura Gargarella Produção: Juan Pablo Miller, Ariel RotterJulia Alves, Michael Wahrmann e Silvia Cruz (Bra)Produção Associada: Groch Filmes (Bra)Diretor de Fotogra�a: Diego PoleriMontagem: Maria AstrauskasDireccão de Arte: Aili ChanSom Direto: Juliano Zoppi (Bra)Direção musical: Patrick de Jongh (Bra)Desenho de Som: Edson Secco (Bra) e Martin Litmanovich Finalização de Som: Sonideira Finalização de Imagem: Clandestino

ELENCO:Ely - Mora ArenillasSusana - Mara BestelliRaúl - Diego Cremonesi Professora - Estrela Strauss (Bra)Professor - Andrés Schaffer (Bra)Farmaceutico - Michael Wahrmann (Bra)Medica - Fabiana Uría (Bra)

DISTRIBUIÇÃO:Vitrine Filmes

INVISÍVEL

DCP, 87', Ficção, Argentina, Brasil, Uruguay, AlemanhaDrama social

Um �lme de Pablo Giorgelli (Camera de Ouro, Cannes 2011)

12INVISÍVEL

13INVISIBLEINVISÍVEL

SANCHO & PUNTAA SANCHO & PUNTA se estabelece em São Paulo em 2016, através da parceria entre as produtoras Sancho Filmes e Punta Colora-

da de Cinema, com o objetivo de compartilhar uma plataforma de produção destinada à realização de projetos indepen-

dentes de diretores brasileiros e internacionais.

A Sancho Filmes foi criada em 2009 pelos cineastas Michael Wahrmann, Bruno Risas e Diogo Hayashi, com o intuito de desenvolv-

er e produzir seus �lmes autorais.

A Punta Colorada de Cinema foi criada em 2014 pela produtora Julia Alves e a empresária Silvia Cruz, com o objetivo de desen-

volver projetos brasileiros autorais e coproduções internacionais junto a realizadores promissores.

Ao aliar a experiência das duas empresas na criação, produção e distribuição de �lmes independentes e à presença no

mercado internacional, a SANCHO & PUNTA expande a diversidade de seus projetos e abre espaço para novos encontros cine-

matográ�cos.

Entre os lançamentos da SANCHO & PUNTA em 2017 estão: LOS TERRITORIOS (Rotterdam 2017) de Ivan Granovsky, ELON NÃO

ACREDITA NA MORTE (Rotterdam 2017, coprodução com a Entre Filmes/MG) de Ricardo Alves Jr., INVISIBLE (Veneza 2017) de

Pablo Giorgelli, ERA UMA VEZ BRASILIA (Locarno 2017, coprodução com a 5 da Norte/DF) de Adirley Queirós e ZAMA de Lucrecia

Martel (Veneza 2017, produção associada com a Bananeira Filmes/RJ).

Alguns projetos em desenvolvimento e produção são: EL EMPLEADO Y EL PATRON de Manuel Nieto (uma coprodução com a

Tokyo Filmes/RS), MATO SECO EM CHAMAS de Adirley Queirós e Joana Pimenta (uma coprodução com a 5 da Norte/DF), HIV VHS

de Gustavo Vinagre e Fábio Leal (em coprodução com Ponte Produções/PE) , FORQUILHAS, de Phillipp Hartman e Danilo Carval-

ho (uma coprodução com a Tardo Filmes/CE), ROSA de Pedro Jorge, BICHA MORTA de Felipe Santo e ENCRENCA de Michael

Wahrmann, entre outros.

SESSÃO VITRINE PETROBRASA Sessão Vitrine Petrobras realiza a distribuição coletiva de �lmes brasileiros, incluindo coproduções internacionais, exibindo um

recorte da produção audiovisual contemporânea. O projeto acontece em pelo menos vinte cidades, com programação

contínua lançando um �lme por mês, realizando pré estreias com os diretores e sessões seguidas de debates. O preço praticado

nas salas participantes do projeto não ultrapassa o valor de R$ 12,00 (inteira), pelo menos nas duas semanas consequentes a

sua estreia. Dentro do projeto já foram lançados �lmes de diretores como Gabriel Mascaro, Kleber Mendonça Filho, Marília Rocha,

Vincent Carelli, Leandra Leal e Adirley Queirós, consolidando assim o projeto como uma vitrine de novos e já respeitados realiza-

dores.

A Sessão Vitrine Petrobras é um projeto da distribuidora Vitrine Filmes, que em sete anos de atuação já distribuiu mais de 100

�lmes. Entre seus maiores sucessos estão Hoje eu quero voltar sozinho, que alcançou mais de 200 mil espectadores; O Som ao

Redor, de Kleber Mendonça Filho, considerado pelo New York Times um dos melhores �lmes de 2012; o americano Frances Ha,

indicado ao Globo de Ouro em 2014; Califórnia, �lme de estreia de Marina Person, selecionado para o Festival de Tribeca; Mãe

só há uma, de Anna Muylaert, diretora do premiado Que Horas ela Volta?; Aquarius, segundo longa de Kleber Mendonça Filho

que competiu no Festival de Cannes e já levou mais de 360 mil espectadores aos cinemas; e o documentário Cinema Novo, de

Eryk Rocha, também selecionado e premiado no festival.

ASSESSORIA DE IMPRENSA Paula C. Ferraz

[email protected]. 11 97067-8585

PRODUTORAMichael Wahrmann / Julia Alves

Sancho & [email protected]@sanchopunta.comwww.sanchopunta.com

Tel. 11 3862-6440

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