Docente: Médica especialista em Medicina da Família e Comunidade Lisete Fronza.
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Docente: Médica especialista em Medicina da Família e Comunidade Lisete Fronza
Refere-se aos efeitos que as mudanças nos níveis de fecundidade, natalidade e mortalidade provocam sobre o ritmo de crescimento populacional e sobre a estrutura por idade e sexo.
A composição de uma população é reflexo de sua dinâmica ao longo do tempo.
NATALIDADENATALIDADE: relação entre o número de nascidos vivos e o total da população em um dado lugar, num dado período de tempo. Nº de NV em um ano
Nº de habitantes
FECUNDIDADEFECUNDIDADE: é a capacidade de reprodução de determinada sociedade.
Nº de filhos NV número de
mulheres entre 15 e 49 anos
2,1 Taxa de Reposição
7. 283. 248.1653 673 278 288 População masculina atual (50.4%)
3 610 004 727 População feminina atual (49.6%)
EXEMPLOS DE PAÍSES E SUAS TAXAS DE CRESCIMENTO
• > 3-5 %: Libéria, República do Congo, Uganda, Yemen, Oman, Madagascar, Emirados Árabes e Kuwait;
• 2-3 %: Grande parte da África, Paraguai, El Salvador, Honduras, Haiti, Ásia (Afeganistão, Arábia Saudita, Nepal, Laos, Cambodja, ...), Oceania (Papua Nova Guiné);
• 1-2 %: > parte da América Central e do Sul, Ásia (Índia, Mongólia...)
DEVIDO A INTER-RELAÇÃO ENTRE O CRESCIMENTO DEVIDO A INTER-RELAÇÃO ENTRE O CRESCIMENTO POPULACIONAL E O IMPACTO NA ECONOMIA E NA QUALIDADE DE VIDAPOPULACIONAL E O IMPACTO NA ECONOMIA E NA QUALIDADE DE VIDA
DA POPULAÇÃO A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA SEMPRE FOIDA POPULAÇÃO A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA SEMPRE FOI CENTRO DE GRANDES DISCUSSÕESCENTRO DE GRANDES DISCUSSÕES.
IMPACTO DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICOIMPACTO DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO
1. Teoria do economista Thomas Malthus (1766-1834).
2. Os Neomalthusianos (1960):
3. Os antineoalthusianos
4. Teoria da Demanda por filhos: (balanço econômico)
TEORIA DE MALTHUS
-Pop. Mundial duplicaria a cada 25 anos;
-Produção de alimentos estaria limitada pela extensão continental;
Solução-Controle da natalidade.
Um rápido crescimento populacional ligado as elevadas taxas de natalidade seria um obstáculo ao desenvolvimento econômico de um país;
SoluçãoSoluçãoControle de natalidade;Não reprimir abortos;Esterilização em massa.
A miséria é a causa do rápido crescimento demográfico;
o maior contraceptivo está relacionado aos investimentos públicos nas áreas sociais, especialmente na educação saúde e infraestrutura.
O planejamento dos filhos é realizado a partir de um balanço econômico das implicações decorrentes sobre a decisão de tê-los ou não tê-los;
1. Pré-industrial ou primitiva.
2. Intermediária de divergência dos coeficientes.
3. Intermediária de convergência dos coeficientes.
4. Moderna ou de pós-transição
FASE 1 FASE 2
FASE 3
FASE 4
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NA INGLATERRA
1º 2º 3º 4º
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL 1900-2050
HOJE
1. Diminuição da mortalidade de crianças e adultos jovens;
2. Diminuição da Natalidade
As mudanças na TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA provocam o envelhecimento da população devido a:
CV anual de 3%
ESTIMA-SE QUE EM 2025 15% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA TERÁ MAIS DE 60 ANOS
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para você:
Define-se como transição epidemiológica “o processo de mudanças seculares dos padrões de saúde e incidência ou na prevalência de doenças, bem como nas principais causas de morte, ao longo do tempo.
DIP1930= 46%2004= 5%
DCV1930= 12%2004= 30%
1º Mudanças associadas à estrutura etária da população, ocorridas ao longo do processo de transição demográfica e propiciadas pela rápida queda da fecundidade em um contexto mais suave de declínio da mortalidade;
2º Mudanças no grau e no estilo de desenvolvimento, caracterizando a passagem de sociedades rurais para urbanas, bem como na elevação dos níveis de assalariamento e monetarização da sociedade, aumento na cobertura dos serviços sociais básicos de saúde, educação, aumento na distribuição da renda nacional, etc
Os 5 ESTÁGIOS DA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
1. Período das pragas e da fome: mortalidade e fecundidade elevadas, esperança de vida de 20 a 40 anos, 30-40 nascimentos/ano, por 1000 habitantes.
2. Período do desaparecimento das pandemias: ↓ mortalidade, com preservação da fecundidade.3. Período das doenças degenerativas e provocadas pelo
homem. Mortalidade e fecundidade baixas.4. Período do declínio da mortalidade por doenças
cardiovasculares, envelhecimento populacional, modificações no estilo de vida, doenças emergentes e ressurgimento de doenças.
5. Período de longevidade paradoxal: doenças avanço tecnológico nos procedimentos médicos e na mudança nos hábitos de vida (vale a pena?).
Eo- Esperança de Vida ao Nascer
Evolução da Curva Nelson de Moraes
Análise realizada com dados da pesquisa PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar) do IBGE, mostrado a mudança no perfil da população brasileira.
Diagrama mostrando a diminuição da taxa de fecundidade, que desde 2002 não atinge a taxa de reposição da população.
Como conseqüência ocorre diminuição no crescimento da população, que segue uma tendência decrescente com uma projeção negativa a partir de 2030. Ou seja a partir de 2030 a população brasileira tende a diminuir.
Atualmente a população idosa representa 30-40% da demanda por serviços de saúde (9% idosos atualmente);
Em 2020 a população idosa representará 15% da população representando até 70% da demanda por serviços de saúde;
Necessidade de reforma da previdência social e saúde pública
ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BR
No Brasil, a Transição Epidemiológica não tem ocorrido de acordo com o modelo experimentado pela maioria dos países industrializados;
Há uma superposição entre doenças transmissíveis e crônico degenerativas, há reintrodução de doenças como dengue e cólera ou o recrudescimento de outras como malária, hanseníase e leishmaniose;
A morbi-mortalidade persiste elevada para ambos os padrões, caracterizando uma transição prolongada; as situações epidemiológicas de diferentes regiões dentro do Brasil tornam-se contrastantes( polarização epidemiológica)
- Redução do coeficiente de mortalidade infantil - Redução da natalidade- Aumento da expectativa de vida- Redução das doenças infecciosas- Elevação de doenças não infecciosas: DCV, neoplasias, diabetes- Elevação das mortes violentas- Persistência das doenças da pobreza- Emergência de doenças infecciosas e parasitárias
REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL
REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA
COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR TUBERCULOSE POR 100.000 HABITANTESTUBERCULOSE POR 100.000 HABITANTES
BRASIL 1980-1999 BRASIL 1980-1999
FONTE: SIM
DIP1930= 46%2004= 5%
Neoplasia1930=3%2004= 15%
DCV1930= 12%2004= 30%
C.Externa1930= 3%2004= 12%
CENÁRIO MUNDIAL COMPLEXO – muitos paradoxos
Globalização mercado comanda a vidaAbismo entre Países Abismo de Desigualdades dentro dos PaísesDireitos do capital não vêem fronteirasDireitos dos trabalhadores desaparecem com seus empregosDesigualdade + Super-exploração + Miséria + Velocidade dos Meios de Transporte + Novas tecnologias + Desorganização dos Estados
África, Ásia, América Latina, Europa OrientalSuperexposição + Fragilidade
Doenças Emergentes e Reemergentes:AIDS, Tbc, Cólera, Dengue, Malária, Febre Amarela, Hantaan, Ebola, Hepatites, Anthrax, Gripes, Coronavírus (SRAG), Escherichia coli...