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GUILHERME REZENDE REHDER UM ESTUDO SOBRE MODELOS DE GOVERNANÇA DE TIC

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GUILHERME REZENDE REHDER

UM ESTUDO SOBRE MODELOS DE GOVERNANÇA DE TIC

LONDRINA - PR

2014

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GUILHERME REZENDE REHDER

UM ESTUDO SOBRE MODELOS DE GOVERNANÇA DE TIC

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Bacharelado em Ciência da

Computação do Departamento de Computação

da Universidade Estadual de Londrina, como

requisito parcial para a obtenção do título de

Bacharel em Ciência da Computação.

Orientador: Prof. Dr. Nome do Orientador

LONDRINA - PR

2014

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GUILHERME REZENDE REHDER

UM ESTUDO SOBRE MODELOS DE GOVERNANÇA DE TIC

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Bacharelado em Ciência da

Computação do Departamento de Computação da

Universidade Estadual de Londrina, como

requisito parcial para a obtenção do título de

Bacharel em Ciência da Computação.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________

Prof. Dr. Nome do Orientador

Universidade Estadual de Londrina

____________________________________

Prof. Dr. Jacques Duílio Brancher

Universidade Estadual de Londrina

____________________________________

Prof. Ms. Rafael Robson Negrão

Universidade Estadual de Londrina

Londrina-PR, _____de ___________de 2014.

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Este trabalho é dedicado a todos que participaram positivamente da minha vida acadêmica durante os últimos sete anos.

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AGRADECIMENTOS

Os agradecimentos principais são direcionados aos meus pais, cujo apoio foi

fundamental a cada segundo.

Agradeço também ao meu orientador, Dr. Rodolfo Miranda de Barros, pela

confiança nos últimos 4 anos.

Agradecimentos especiais aos meus amigos Bruno Merotti, Dilson Sciud e

Carolina Marini que gerenciam as minhas loucuras de forma que nenhum psicólogo faria.

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“When you drink a good cup of coffee, you’re

only drinking that one cup…But when you

drink a bad cup of coffee, you remember every

good cup you ever drank.”

(Xycon, the sorcerer)

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SOBRENOME, P. S. UM ESTUDO SOBRE MODELOS DE GOVERNANÇA DE TIC.

n de pagins p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciência da

Computação) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR, 2014.

RESUMO

No cenário econômico atual, as empresas precisam tomar boas decisões cada vez mais

rapidamente. Dessa forma, devem se organizar e desenvolver suas TICs de uma forma mais

bem definida, estruturada e que vá de acordo com os próprios interesses de negócio, e para

isso, utilizar a Governança de TIC. Considerando os vários modelos de framework de

Governança de TIC existentes, como COBIT e ITIL, este trabalho visa detalhar e avaliar os

modelos mais consolidados no mercado de acordo com suas principais características.

Palavras-chave: Governança, COBIT, ITIL, Framework, Gestão.

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SOBRENOME, P. S.. A STUDY ON IT GOVERNANCE MODELS. numero de paginas

p. Final Project (Bachelor of Science in Computer Science) – State University of

Londrina, Londrina-PR, 2014.

ABSTRACT

In the current economic environment, companies need to make good decisions ever more

rapid. In order to do this, they organize and develop their ICT in a well-defined and structured

way that works according to their own business interest, and to do that, they use ICT

Governance. Considering the various models of existing ICT governance framework, such as

COBIT and ITIL, this study aims to detail and evaluate established model in the market

according to their main characteristics.

Keywords: Governance, COBIT, ITIL, Framework, Management.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Os cinco princípios do COBIT 5...............................................................................23

Figura 2 - Cascata de Objetivos do Cobit 5..............................................................................25

Figura 3 - Objetivos Corporativos do COBIT 5(“P” significa relação primária e “S” reação

secundária) ...............................................................................................................................26

Figura 4 - Objetivos de TI ........................................................................................................27

Figura 5 - Governança e Gestão de TI no COBIT 5 ................................................................29

Figura 6 - Funções, Atividades e Relacionamentos de Governança.........................................30

Figura 7 - Habilitadores Corporativos do COBIT 5 ................................................................31

Figura 8 - Dimensões dos Habilitadores ..................................................................................32

Figura 9 - Principais Área de Governança do COBIT 5...........................................................34

Figura 10 - As Sete Fases do Ciclo de Vida da Implementação do COBIT 5 .........................39

Figura 11 - O Ciclo de Vida de Serviço do ITIL......................................................................41

Figura 12 - Mapeamento dos Objetivos Corporativos do COBIT 5 em Perguntas sobre

Governança e Gestão (1) ..........................................................................................................61

Figura 13 - Mapeamento dos Objetivos Corporativos do COBIT 5 em Perguntas sobre

Governança e Gestão (2) ..........................................................................................................62

Figura 14 - Mapeamento dos Objetivos Corporativos do COBIT 5 em Perguntas sobre

Governança e Gestão (3) ..........................................................................................................63

Figura 15- Mapeamento dos Objetivos Corporativos do COBIT 5 em Objetivos de TIC.......65

Figura 16 - Mapeamento detalhado dos objetivos de TIC para processos de TIC (1)..............67

Figura 17- Mapeamento detalhado dos objetivos de TIC para processos de TIC (2)...............68

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1.1.1.1.1.1

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Processos EDM x ITIL............................................................................................49

Tabela 2 - Processos APO x ITIL.............................................................................................50

Tabela 3 - Processos BAI x ITIL..............................................................................................51

Tabela 4 - Processos DSS x ITIL..............................................................................................52

Tabela 5 - Processos MEA x ITIL............................................................................................53

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

COBIT Control Objectives for Information and related Technology

ITIL Information Technology Infrastructure Library

TI Tecnologia da Informação

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação

BSC Balanced Scorecard

EDM Evaluate, Direct and Monitor

APO Align, Plan and Organise

BAI Build, Acquise and Implement

DSS Deliver, Service and Support

MEA Monitor, Evaluate and Assess

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1.1.1.1.1.2

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................23

2 COBIT 5.......................................................................................................................25

2.1 O 1º Princípio: Atender As Necessidades Da Empresa..........................................26

2.1.1 A Cascata De Objetivos......................................................................................................27

2.2 2º Princício: Cobrir Toda A Organização...............................................................30

2.3 3º Princípio: Aplicar Um Modelo Unico Integrado................................................32

2.4 4º Princípio: Permitir Uma Abordagem Holística..................................................32

2.5 5º Princípio: Separar A Governança Da Gestão.....................................................35

2.6 Implementação Do COBIT 5..................................................................................38

2.6.1 O Ciclo De Vida Da Implementação Do COBIT 5............................................................40

3 ITIL..............................................................................................................................43

3.1 Estratégia De Serviço.............................................................................................44

3.2 Design De Serviço..................................................................................................45

3.3 Transição De Serviço..............................................................................................47

3.4 Operação De Serviço..............................................................................................48

3.5 Melhoria Contínua..................................................................................................49

4 COMPARANDO O COBIT 5 E ITIL.......................................................................51

4.1 Os processos e seus objetivos.................................................................................51

4.1.1 Avaliar, Dirigir e Monitorar...............................................................................................51

4.1.2 Alinhar, Planejar e Organizar.............................................................................................52

4.1.3 Construir, Adquirir e Implementar.....................................................................................53

4.1.4 Entregar, Serviço e Suporte................................................................................................54

4.1.5 Monitorar, Avaliar e Analisar.............................................................................................54

5 CONCLUSÃO.............................................................................................................57

REFERÊNCIAS......................................................................................................................59

ANEXO A - NECESSIDADES DAS PARTES INTERESSADAS E OBJETIVOS

CORPORATIVOS..................................................................................................................62

ANEXO B – MAPEAMENTO DETALHADO DOS OBJETIVO OS CORPORATIVOS

PARA OBJETIVOS DE TIC.................................................................................................66

ANEXO C - MAPEAMENTO DETALHADO DOS OBJETIVOS DE TI PARA

PROCESSOS DE TI...............................................................................................................68

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INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, diante da rápida velocidade na qual o mercado se

transforma, cresce cada vez mais a necessidade das empresas se modernizarem para que se

tornem mais eficientes e estruturadas e, assim, atingirem suas metas. O cenário organizacional

atual usufrui de um ambiente de TIC cada vez mais complexo, e a Governança de TIC garante

que a empresa tenha uma base forte para uma prestação de serviço sempre efetiva, tomadas de

decisões informadas, gerenciamento de riscos e otimização de valores [1].

Governança de TIC é um braço importante da Governança Corporativa, que

é um conjunto de processos, costumes e leis que afetam como uma empresa deve ser dirigida

e administrada, incluindo também as relações entre as partes envolvidas, e os objetivos

principais da empresa. Criar estruturas de governança significa definir dinâmicas de papéis e

interações entre membros da organização, de maneira que se desenvolva a participação e o

engajamento dos membros nas decisões estratégicas. A Governança de TIC é uma estrutura

de relações e processos que controla uma organização para que a mesma atinja seus objetivos

através do uso da TIC. [2]

Algumas das metodologias disponíveis já são altamente aceitas no mercado,

como o COBIT para gestão de TIC, inovando através da Governança Tecnológica, e o ITIL

que padroniza vários processos operacionais e de gestão também ligados a TI da organização.

O objetivo dessas metodologias é criar um sistema padrão suportado por processos

automáticos que seja compreendido por todos os integrantes da organização para que ela

possa ser replicada, permitindo evolução da empresa.

Uma questão importante a ser tomada é como e qual modelo de Governança

de TIC aplicar, visto que, apesar do propósito dos vários modelos ser o mesmo, o foco e a

metodologia a ser utilizada de cada um é diferente, dessa forma, pode ser que faça mais

sentido para uma empresa utilizar um modelo do que o outro e que os resultados mudem

conforme o modelo aplicado. Por essa razão, é necessário um estudo aprofundado sobre cada

modelo antes de sua aplicação

O objetivo deste trabalho de conclusão de curso é mostrar a importância da

Governança de TIC, detalhando os frameworks de Governança de TIC, levando em conta os

seus focos primários, as principais características e as limitações e carências de cada um

deles.

2

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Este trabalho está dividido da seguinte forma: no Capítulo 2 será detalhado

o modelo COBIT 5 com foco em seus cinco princípios, no capítulo 3 será detalhado o modelo

ITIL e seu Ciclo de Vida de Serviços, no capítulo 4 serão apresentadas semelhanças entre os

processos do COBIT 5 e do ITIL, e em seguida, serão apresentadas as conclusões deste

trabalho.

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COBIT 5

O COBIT (Control Objectives for Information and related Technology)

representa a visão de um grupo de especialistas em Governança em TIC, e se baseia num ciclo

onde os requisitos de negócios determinam os investimentos sobre os recursos de TIC, que

são utilizados pelos seus processos e que respondem aos requisitos de negócio [3].

Ele se encontra na sua versão 5, e sua missão é pesquisar, desenvolver,

publicar e promover um conjunto de objetivos de controle de TIC aceitos globalmente que

seja dominante e atualizado, e que ajude seus desenvolvedores a entender melhor seus

próprios sistemas e que saibam decidir o nível de segurança e controle necessário para

proteger a sua companhia [4].

O COBIT 5 possui cinco princípios genéricos, mostrados na Figura 1

abaixo, e são úteis para companhias de todos os tamanhos, sejam comerciais, de setores

públicos ou sem fins lucrativos. [5]

Figura 1 – Os cinco princípios do COBIT 5 [5]

2

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O primeiro princípio se baseia em atender as necessidades dos stakeholders

da empresa. O segundo princípio é a necessidade do modelo de governança cobrir todas as

partes da empresa. O terceiro princípio é sobre a aplicação de um único framework de

governança integrado. O quarto permite criar uma abordagem holística, analisando fatores que

individualmente e coletivamente, podem dizer se algo vai funcionar ou não. E o quinto

princípio fala da necessidade de distinguir a governança e a gestão, que reflete diretamente no

modelo de referência dos processos, dividindo as práticas e atividades relacionadas a TIC

nesses dois domínios principais.

Ele é voltado para três níveis diferentes na organização: Gerentes, usuários e

auditores. No nível gerencial, o primeiro nível, os gerentes precisam avaliar os riscos e

controlar os investimentos em TIC. No nível dos usuários, o segundo nível, é necessário

garantir a qualidade dos serviços prestados aos clientes da empresa, e no nível da auditoria, o

terceiro nível, deve-se avaliar o trabalho de gestão de TIC e também aconselhar o controle

interno da organização.

O COBIT vem sendo usado cada vez mais por um diverso número de

organizações pelo mundo inteiro, e é indiscutivelmente um dos frameworks de controle mais

apropriado para garantir o alinhamento entre o uso de TIC e os objetivos da empresa, já que

coloca em ênfase as necessidades do negócio que são satisfeitas por cada um de seus objetivos

de controle [6].

2.1 O 1º Princípio: Atender As Necessidades Da Empresa

Corporações existem para criar valor para as suas partes interessadas. Dessa

forma, toda empresa, seja ela comercial ou não, tem como objetivo de governança a criação

de valor. Essa criação de valor significa conseguir benefícios a um custo ideal de recursos,

enquanto tenta diminuir os riscos. Os benefícios podem assumir diversas formas, por

exemplo, benefícios financeiros para empresas comerciais ou serviços públicos para entidades

do governo. Todo o texto desse sub-capítulo é baseado no livro COBIT 5: A Business

Framework for the Governance and Management of Enterprise IT, do COBIT 5.

As chamadas partes interessadas, ou stakeholders da empresa possuem

motivos variados, e “criação de valor” pode significar coisas diferentes e até mesmo

conflitantes para cada um deles. Governança é negociar e decidir entre os diferentes interesses

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dos stakeholders. Logo, um sistema de governança deve considerar a opinião de todos ao

tomar decisões sobre os benefícios, seus riscos e os recursos a serem utilizados. Para cada

uma dessas decisões, é necessário que as seguinte questões sejam feitas:

Quem vai receber os benefícios?

Quem vai suportar os riscos?

Quais são os recursos necessários?

2.1.1 A Cascata De Objetivos

Cada corporação opera num contexto diferente que é determinado por

fatores externos, como o mercado e a indústria, e fatores internos, como a cultura da

corporação e sua organização, e isso faz com que cada uma necessite de um sistema de

governança e gerenciamento customizado. Através de uma cascata de objetivos o COBIT 5

transforma as necessidades dos stakeholders gerando metas para toda a empresa, como pode

ser visto na Figura 2.

Figura 1- Cascata de Objetivos do Cobit 5 [5]

2

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Pela cascata de objetivos são geradas metas corporativas, metas de TIC e

metas dos habilitadores da corporação, todas especificamente adaptadas à empresa. Essa

tradução permite que seja criado um objetivo específico em cada nível e área da empresa

apoiando seus os objetivos gerais e os requisitos dos stakeholders, e assim auxiliando

efetivamente o alinhamento entre as necessidades da empresa e os serviços que a TIC pode

oferecer.

A cascata de objetivos do COBIT 5 possui 4 passos. No primeiro passo, os

direcionadores dos stakeholders, como mudanças de estratégia e novas tecnologias,

influenciam suas necessidades.

No segundo passo são analisadas as necessidades dos stakeholders, que são

transformadas em objetivos corporativos, que foram desenvolvidos utilizando as dimensões

de um Balanced Scorecard(BSC)1, mostrados na Figura 3. O Anexo A contém uma tabela

para mapear as necessidades dos stakeholders e os respectivos objetivos corporativos.

Figura 1 - Objetivos Corporativos do COBIT 5(“P” significa relação primária e

“S” reação secundária) [5]

1 Metodologia de medição e gestão de desempenho

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No terceiro passo, vemos que para atingir os objetivos corporativos é

exigido uma série de resultados derivados dos objetivos de TIC. Esses objetivos estão

estruturados pelas dimensões de um BSC focado em TIC(IT BSC), como mostra a Figura 4, e

existe também uma tabela para mapear os objetivos de TIC com os objetivos corporativos,

incluída no Anexo B.

Figura 1 - Objetivos de TI [5]

No quarto e último passo, os objetivos de TIC se desdobram nas metas dos

habilitadores da empresa, que incluem processos, estruturas organizacionais e informações.

Para cada habilitador pode ser definido um conjunto específico de objetivos para auxiliar os

objetivos de TIC. O Anexo C contém o mapeamento entre os objetivos de TIC e os processos

do COBIT 5 para que sejam encontrados os respectivos objetivos do processo.

A cascata de objetivos define prioridades para a implementação, para

melhorias e para a garantia de governança corporativa de TIC baseadas em objetivos

estratégicos da empresa e os riscos relacionados. Na prática, a cascata de objetivos tem três

finalidades principais:

Definir objetivos e metas tangíveis e relevantes em vários níveis de

responsabilidade

2

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Filtrar a base de conhecimento do COBIT 5, com base em metas

empresariais, para extrair orientações relevantes para inclusão em

projetos de implementação, de melhoria ou de garantia

Identificar e comunicar como os habilitadores são importantes para

que os objetivos corporativos sejam alcançados

É importante dizer que a cascata de objetivos não contém uma verdade

universal, e os seus usuários não devem tentar usá-la de forma puramente mecânica, mas

como uma orientação. Entre as razões disso, podemos citar:

Cada organização tem suas próprias prioridades diferentes em seus

objetivos, e essas prioridades podem mudar com o tempo.

As tabelas de mapeamento não fazem distinção entre o tamanho da

corporação em que ela está inserida. Elas simplesmente definem

comum de como, no geral, os diferentes níveis de objetivos se inter-

relacionam.

Os indicadores usados no mapeamento consideram dois níveis de

importância ou relevância, sugerindo a existência de ‘discretos’

níveis de relevância, considerando que, de fato, o mapeamento será

parecido com uma constante com vários níveis de correspondência.

Com a primeira razão citada acima, fica evidente que, ao utilizar a cascata

de objetivos, o primeiro passo a ser tomado é personalizar o mapeamento levando em

consideração a situação específica da organização, então pode ser interessante definir a

importância de cada um dos objetivos corporativos.

2.2 2º Princício: Cobrir Toda A Organização

O COBIT 5 aborda a governança e gestão da informação e da tecnologia a

partir da perspectiva de toda a organização, de ponta a ponta. Dessa forma, o o objetivo do

segundo princípio do COBIT 5 é:

Integrar a governança corporativa de TIC à governança corporativa

da organização.

Cobrir todas as funções e processos necessários para regular e

controlar as informações da organização.

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O COBIT 5 fornece um escopo geral e contínuo sobre a governança e gestão

de TIC da organização que tem por base diversos habilitadores que servem para toda a

empresa, incluindo todos os seus recursos, internos e externos, pertinentes à governança e

gestão das informações e TIC da organização, inclusive as atividades e responsabilidades das

funções corporativas de TIC ou as que não estão relacionadas com essas funções. Essa

abordagem pode ser observada na Figura 5 a seguir.

Figura 1 - Governança e Gestão de TI no COBIT 5 [5]

Os habilitadores da governança são os recursos organizacionais da

governança, tais como modelos, princípios, processos e práticas, onde a ação é orientada e os

objetivos podem ser alcançados. Os habilitadores também incluem os recursos da

organização, que podem ser capacidades do serviço (infraestrutura de TIC, aplicativos, etc.),

pessoas e informações. A falta de recursos ou habilitadores poderá afetar a capacidade da

organização na criação de valor.

A governança pode ser aplicada a toda a organização, uma entidade, um

ativo tangível ou intangível, etc. Dessa forma, podem ser definidas diferentes visões da

organização às quais a governança será aplicada, e é fundamental definir bem este escopo do

sistema de governança. O escopo do COBIT 5 é a organização, porém, ele pode tratar de

qualquer uma dessas diferentes visões.

O último elemento refere-se aos papéis, atividades e relacionamentos de

governança. Ele define quem está envolvido, como estão envolvidos, o que fazem e como

interagem, dentro do escopo de qualquer sistema de governança. O COBIT 5 define

3

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claramente as atividades e a gestão nos domínios de governança, os especialistas envolvidos e

as interações entre os envolvidos. A Figura 6 abaixo demonstra isso mais claramente, já toda

ela é a parte inferior da Figura 5.

Figura 1 - Funções, Atividades e Relacionamentos de Governança

2.3 3º Princípio: Aplicar Um Modelo Unico Integrado

Ter um modelo único principal serve como uma fonte consistente e

integrada de orientação em uma linguagem de fácil entendimento para todos os envolvidos. O

COBIT 5 foi desenvolvido para se alinhar com outros padrões e modelos mais recentes,

permitindo assim que a organização o utilize como o principal integrador do modelo de

governança e gestão.

A proposta do COBIT 5 é cobrir toda a organização fornecendo uma base

para integrar de forma eficiente outros modelos, padrões e práticas utilizadas com uma

arquitetura simples para a estruturação dos materiais de orientação e produção de um conjunto

consistente de produtos, integrando todo o conhecimento disperso em vários outros modelos

de governança, como o Val IT, Risk IT e BMIS e até mesmo conhecimentos do COBIT 4.1

[7]

2.4 4º Princípio: Permitir Uma Abordagem Holística

Habilitadores são fatores que influenciam se algo irá funcionar, no caso, a

governança e a gestão corporativas da TIC. Funcionando em conjunto ou individualmente, os

habilitadores são orientados pela cascata de objetivos, ou seja, são os objetivos de TIC em

níveis altos que definem o que os diferentes habilitadores deverão alcançar. O modelo do

COBIT 5 descreve sete categorias de habilitadores que podem ser vistos na Figura 7. [7]

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Figura 1 - Habilitadores Corporativos do COBIT 5 [5]

A primeira categoria, Princípios, Políticas e Frameworks são formas para

traduzir o comportamento desejado da empresa para orientações práticas para a gestão da

empresa. A categoria Processos descreve um conjunto de práticas e atividades para o

atingimento dos objetivos da empresa e produzem um conjunto de resultados que auxiliam o

cumprimento dos objetivos de TIC. Estruturas organizacionais são as principais entidades de

tomada de decisão em uma organização.

Cultura, ética e comportamento é a categoria que trata das pessoas e da

organização, que são muitas vezes subestimadas como um fator de sucesso nas atividades de

governança e gestão.

A categoria Informação está difundida por toda a organização e inclui todas

as informações produzidas e usadas pela organização. Importante para que a organização seja

mantida em funcionamento e bem governada.

Na categoria Serviços, infraestrutura e aplicativos temos a inclusão da a

infraestrutura, a tecnologia e os aplicativos que fornecem à organização os serviços de TIC. A

última categoria, Pessoas, habilidades e competências, está associadas às pessoas e são

necessárias para que as atividades da empresa sejam executadas com sucesso e também como

para a tomada de decisões corretas.

Todos os habilitadores têm um conjunto de quatro dimensões comuns, como

mostra a Figura 8, que fornecem uma maneira comum, simples e estruturada para lidar com os

habilitadores, permitindo que a organização gerencie suas interações complexas e facilita o

uso dos habilitadores para que sejam obtidos bons resultados.

3

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Figura 1 - Dimensões dos Habilitadores [5]

Partes Interessadas: Cada habilitador tem seus stakeholders, internos ou

externos, que desempenham um papel ou tem um interesse próprio no habilitador.

Objetivos: Cada habilitador tem diversos objetivos e criam valor ao atingir

esses objetivos. Os objetivos de um habilitador são o último passo da cascata de objetivos do

COBIT 5, e são definidos pelos resultados esperados do habilitador e da operação do

operador.

Ciclo de vida: Cada habilitador tem um ciclo de vida definido desde sua

criação que ao final dela pode ser atualizado ou descartado. As fases desse ciclo são: Planejar,

Projetar, Desenvolver, Usar, Avaliar e Descartar.

Boas Práticas: Para cada habilitador podem ser definidas boas práticas.

Elas auxiliam a realização dos seus objetivos e fornecem exemplos ou sugestões sobre a

melhor forma de implementar o habilitador e os produtos de trabalho, entradas e saídas que

serão necessários.

Uma organização sempre deverá considerar trabalhar com um conjunto de

habilitadores interligados, pois cada habilitador precisa das informações dos demais

habilitadores para ser plenamente efetivo, por exemplo, processos precisam de informações e

modelos organizacionais necessitam de habilidades e comportamento. Mas essa necessidade

também produz resultados bons para o funcionamento dos outros habilitadores, uma vez que

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processos também geram novas informações e isso pode afetar positivamente os demais

habilitadores. [7]

As organizações esperam resultados positivos da aplicação e uso dos

habilitadores. Para controlar o desempenho dos habilitadores, as perguntas abaixo têm de ser

monitoradas e respondidas periodicamente:

As necessidades das partes interessadas foram consideradas?

As metas do habilitador foram atingidas?

O ciclo de vida do habilitador é controlado?

Boas práticas foram aplicadas?

Os dois primeiros pontos tratam dos resultados efetivos do habilitador e são

chamados “Indicadores de resultado”. Os dois últimos tratam do funcionamento do próprio

habilitador, e podem ser chamadas de “indicadores de progresso”.

2.5 5º Princípio: Separar A Governança Da Gestão

O COBIT 5 torna clara a distinção entre governança e gestão. Essas duas

áreas abrangem diferentes tipos de atividades, exigem diferentes estruturas organizacionais e

tratam de diferentes funções. [5]

A governança assegura que as necessidades, as condições e as opções dos

stakeholders sejam avaliadas para determinar os objetivos de negócio que vão ser alcançados,

define a direção por meio de priorização e tomada de decisão e monitora o desempenho e

conformidade com relação aos objetivos.

Já a gestão consiste no planejamento, desenvolvimento, execução e

monitoramento de todas as atividades estratégias estabelecidas pela governança para que os

objetivos de negócio sejam alcançados.

O COBIT 5 inclui um modelo de referência que detalha uma série de

processos de governança e gestão comumente encontrados em uma corporação relacionada às

atividades de TIC, como mostra a Figura 9. O modelo proposto é abrangente, mas não é o

único modelo de processo possível, cada organização deverá definir seu próprio conjunto de

processos, levando em consideração sua situação e seus objetivos específicos. [7]

3

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Figura 1 - Principais Área de Governança do COBIT 5 [5]

O modelo de referência de processos do COBIT 5 divide os processos de

governança e processos de gestão da seguinte forma:

Governança – Contém cinco processos de governança e dentro de cada um

são definidas as práticas para Avaliar, Dirigir e Monitorar e possuem a sigla EDM.

EDM01: Garantir a Definição e Manutenção do Modelo de

Governança

EDM02: Garantir a Realização de Benefícios

EDM03: Garantir a Otimização do Riscos

EDM04: Garantir a Otimização dos Recursos

EDM05: Garantir Transparência para os Stakeholders

Gestão – Com quatro domínios(Planejar, Construir, Entregar e Monitorar),

cada processo exige planejamento, construção, entrega e monitoria, porém cada um é alocado

em um domínio mais relevante com sua área de atividade.

Planejar – Contém 13 processos voltados para o planejamento, alinhamento

e organização dos serviços. Sua sigla é APO.

APO01: Gerenciar a Estrutura de Gestão de TIC

APO02: Gerenciar a Estratégia

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APO03: Gerenciar Arquitetura da Organização

APO04: Gerenciar Inovação

APO05: Gerenciar Portfólio

APO06: Gerenciar Orçamento e os Custos

APO07: Gerenciar Rrecursos Humanos

APO08: Gerenciar Relacionamentos

APO09: Gerenciar Contratos de prestação de Serviços

APO10: Gerenciar Fornecedores

APO11: Gerenciar a Qualidade

APO12: Gerenciar Riscos

APO13: Gerenciar Segurança

Construir – Contém 10 processos voltados para a construção, aquisição e

implementação dos serviços e possuem a sigla BAI.

BAI01: Gerenciar Programas e Projetos

BAI02: Gerenciar Definição de Requisitos

BAI03: Gerenciar Identificação e Desenvolvimento de Soluções

BAI04: Gerenciar Disponibilidade e Capacidade

BAI05: Gerenciar a Capacidade de Mudança Organizacional

BAI06: Gerenciar Mudanças

BAI07: Gerenciar Aceitação e Transição da Mudança

BAI08: Gerenciar Conhecimento

BAI09: Gerenciar Ativos

BAI10: Gerenciar Configuração

Entregar – Com 6 processos, esse domínio controla a entrega e o suporte

aos serviços. A sigla para seus processos é DSS.

DSS01: Gerenciar Operações

DSS02: Gerenciar Solicitações

DSS03: Gerenciar Problemas

DSS04: Gerenciar Continuidade

DSS05: Gerenciar Serviços de Segurança

DSS06: Gerencar Controles do Processo de Negócio

3

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Monitorar – O último domínio dos processos de gestão corporativa tem a

função de monitorar, avaliar e analisar os serviços. Sua sigla é MEA.

MEA01: Monitorar, Avaliar e Analisar Desempenho e

Conformidade

MEA02: Monitorar, Avaliar e Analisar o Sistema de Controle

Interno

MEA03: Monitorar Avaliar e Analisar Conformidade com

Requisitos Externos

2.6 Implementação Do COBIT 5

O COBIT 5 possui um guia de implementação, que é baseado em um ciclo

de vida de melhoria contínua. Não se destina a ser uma abordagem prescritiva ou uma solução

completa, mas um guia para evitar os problemas mais comuns encontrados, alavancar boas

práticas e ajudar na geração dos resultados esperados pela organização. O guia também é

apoiado por um conjunto de ferramentas de implementação contendo uma variedade de

recursos, incluindo auto avaliações e ferramentas de diagnóstico, apresentações destinadas a

vários tipos de público. [7]

É importante considerar que cada empresa é diferente, assim como suas

necessidades, por isso é necessário considerar o contexto da organização e elaborar seu

próprio plano de implementação, levando em conta os vários fatores específicos do seu

ambiente externo e interno. Dentre esses valores podemos citar: [7]

Ética e cultura

Leis, regulamentos e políticas aplicáveis

Missão, visão e valores

Políticas e práticas de governança

Plano de negócios e intenções estratégicas

Modelo operacional e nível de maturidade

Estilo de gestão

Apetite ao risco

Capacidades e recursos disponíveis

Práticas da indústria

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Para indicar a necessidade de uma melhor governança e gestão de TIC

corporativa podem existir uma série de fatores denominados pontos de ou eventos

desencadeadores que podem ser utilizados como o ponto de partida para iniciativas de

implementação.

Pontos de dor são problemas que a organização está enfrentando e/ou os

pontos fracos da organização. Exemplos de alguns dos pontos de dor comuns são:

Frustração com iniciativas fracassadas, elevando os custos de TIC e

uma percepção de baixo valor para o negócio

Incidentes significativos relacionados com riscos de TIC, tais como

perda de dados

Ausência de cumprimento de requisitos legais ou contratuais;

Falha de transparência nos gastos de TI;

Desperdício de recursos em projetos que não geram valor para o

negócio;

Insatisfação da equipe de TI;

Relutância dos membros do conselho ou diretores em se envolver

com a implementação.

Além dos pontos de dor, alguns eventos podem desencadear uma mudança

na empresa, com um fogo na governança e gestão de TIC, por exemplo:

Novas estratégias de negócio

Fusão ou aquisição da empresa

Uma mudança no mercado, posição econômica ou competitiva

Novo CEO, CFO, CIO, etc.

Novos requisitos de conformidade

Mudança significativa de tecnologia ou de paradigma

Foco ou projeto de governança em toda a organização

Para que a implementação de um modelo de governança obtenha sucesso é

necessária a mudança adequada dos habilitadores da governança ou gestão apropriados. Em

muitas organizações, há um foco significativo no primeiro aspecto, com muitas mudanças no

núcleo de governança e na gestão de TIC, mas há pouca ênfase na gestão dos aspectos

humanos, comportamentais e culturais da mudança e motivação das partes interessadas para

aceitar a mudança.

3

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Não se deve pensar que os habilitadores, novos ou revisados, serão aceitos

pelas várias partes interessadas envolvidas da empresa. A possibilidade de ignorarem e/ou

resistirem à mudança deve ser tratada por meio de uma abordagem estruturada e proativa. É

necessária uma conscientização ideal do programa de implementação através de um plano de

comunicação eficiente que defina o que vai mudar, o que vai ter de novo, de que forma e por

quem, ao longo das várias fases do programa. [5]

2.6.1 O Ciclo De Vida Da Implementação Do COBIT 5

O ciclo de vida da implementação do COBIT 5 apresenta uma forma das

organizações usarem o próprio framework para tratar da complexidade e os desafios

geralmente encontrados durante as implementações. Existem três componentes inter-

relacionados do ciclo de vida da implementação são:

Ciclo de vida da melhoria contínua

Habilitação da mudança

Gestão do programa

O ciclo de vida possui 7 fases como está ilustrado na figura 10 abaixo:

Figura 1 - As Sete Fases do Ciclo de Vida da Implementação do COBIT 5 [5]

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A Fase 1 começa com o reconhecimento e aceitação da necessidade de uma

implementação ou melhoria. Identificar os pontos fracos atuais da empresa para incitar a

mudança nos níveis de gestão executiva é parte de seus objetivos.

A Fase 2 está focada em definir o escopo da iniciativa de implementação ou

melhoria utilizando o mapeamento dos objetivos de negócio com os objetivos de TIC para os

processos associados, considerando como os cenários de risco poderiam destacar os

processos-chave nos quais a governança deve concentrar. É feito então uma avaliação do

estado atual para encontrar problemas ou deficiências da organização.

Na Fase 3 é definida uma meta de melhoria, seguira por uma análise

detalhada para identificar as necessidades e como atingi-las, com prioridade as mais fáceis de

realizar e que podem produzir um maior benefício.

A Fase 4 consiste em planejar soluções práticas através da definição de

projetos apoiados por casos de negócios justificáveis. Também deve ser desenvolvido um

plano de mudança. Um estudo de caso bem desenvolvido ajuda a identificar e monitorar os

benefícios do projeto.

Na Fase 5 são implementadas as soluções propostas nas práticas do dia-a-

dia. Medidas podem ser definidas utilizando metas e métricas do COBIT para garantir que o

alinhamento de negócios seja alcançado e o desempenho possa ser medido.

A Fase 6 foca na operação dos habilitadores novos ou melhorados e o

monitoramento da realização dos benefícios esperados.

Durante a Fase 7 o sucesso global da iniciativa é analisado, assim como

novas exigências para a governança ou gestão de organizações de TI são identificadas e a

necessidade de melhoria contínua é reforçada. [7]

4

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ITIL

O ITIL (Information Technology Infrastructure Library) é um framework britânico

criado em 1980 devido a insatisfação do governo com o nível de qualidade dos serviços de TIC

prestados a ele. Por isso, as práticas de gerenciamento de serviços do ITIL não são baseados em um

tipo único de indústria e podem ser aplicadas amplamente. Hoje em dia, o ITIL está sendo

desenvolvido e disseminado pelo internacionalmente ativo IT Service Management Forum. [8]

O ITIL é organizado em volta de um Ciclo de Vida de Serviço de cinco elementos,

cada uma com um objetivo em particular, como pode ser visto na Figura 11. Os elementos são:

Estratégia de Serviço, que é onde são definidas as características principais da organização e de seus

produtos; Design de Serviço, onde trata-se da construção de uma integridade estrutural do serviço da

empresa; Transição de Serviço, que é a preparação para o lançamento do serviço oferecido; Operação

de Serviço, que se resume na entrega e no suporte do serviço; e Aperfeiçoamento Contínuo de Serviço

que cuida das práticas para avaliar e melhorar a qualidade dos serviços. [9]

Figura 1 - O Ciclo de Vida de Serviço do ITIL

4

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3.1 Estratégia De Serviço

O pensamento estratégico tem como objetivo definir um plano que,

utilizando um conjunto claro de princípios, irá fornecer uma solução para um problema de

negócio em uma situação particular. É voltada para o valor para o cliente e identifica ativos

estratégicos que serão usados para vantagem competitiva. [10]

Compreender as necessidades dos clientes, descobrir quais são elas, quando

e suas razões também requer uma compreensão clara de exatamente quem é um cliente ou

pode vir a ser. No núcleo do Ciclo de Vida de Serviço do ITIL reside a Estratégia de Serviço.

Ela dá diretrizes sobre os provedores de serviços de TIC e seus clientes, definindo alguns

conceitos chaves do ITIL como:

Atingir os “4 Ps da Estratégia”

o Perspectiva – Visão e direção

o Posição – A base na qual os provedores de serviço vão

competir

o Plano – Como o provedor vai atingir sua visão

o Padrão – O jeito fundamental de fazer negócio

Definir os serviços a serem fornecidos e o seu valor

Definir a abrangência desse serviço, se vai ser para a empresa toda

ou se vai ser disponível para terceiros

Gerenciar os serviços como parte de um recurso estratégico

Identificar e avaliar os fatores críticos de sucesso

Definir estratégias para a entrega dos serviços

Alcançar uma estrutura que possibilite as estratégias de serviço

A estratégia de serviço também trata de alguns processos chaves para a

governança da empresa. Gerenciamento Estratégico para serviços de TI é o processo que

trata da produção e da manutenção dos planos de estratégia e garante que eles são traduzidos

em planos táticos e operacionais e leva em conta qualquer alteração do ambiente de negócios,

o que garante a relevância da estratégia de serviço.

O processo Gerenciamento do Portfolio de Serviços garante que o

fornecedor de serviços tenha a quantidade certa para balancear o investimento em TIC com a

capacidade de atender os resultados do negócio.

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Já o processo Gerenciamento Financeiro para serviços de TIC abrange a

função responsável pela gestão de orçamento de um fornecedor de serviços de TIC, os

requisitos de contabilidade e de cobrança. Ele fornece aos negócios e a TIC quantificações

financeiras em valores chamados Serviços de TIC e as qualificações desses serviços. O

objetivo desse processo é garantir o nível de financiamento adequado para projetar,

desenvolver e entregar os serviços que atenda a estratégia da organização.

O processo Gerenciamento da Demanda é um aspecto crítico para a gestão

de serviços. Uma demanda má gerenciada é a fonte do risco dos fornecedores de serviço por

causa da incerteza na demanda. O excesso de capacidade gera gasto sem a criação de valor

que fornece uma base para a recuperação desse custo e a falta de capacidade impede a geração

de lucros.

No processo Gerenciamento das relações de negócio temos dois

propósitos. Estabelecer e manter uma relação de negócio entre o fornecedor de serviços e o

consumidor que se baseia em entender o que o consumidor deseja. E identificar as

necessidades do consumidor e garantir que o fornecedor de serviços tem a capacidade de

atendê-las.

3.2 Design De Serviço

O objetivo do Design de Serviço é assegurar que os serviços novos ou

alterados sejam projetados para atender as novas exigências do negócio. Nesse estágio é onde

um novo requisito de estratégia de serviço é transformado em um projeto para auxiliar a

realização dos objetivos de negócio. [11]

Os princípios chave do Design de Serviço são:

Atingir os “4 Ps do Design”

o Pessoal – As pessoas e as suas habilidades envolvidas na

prestação de serviços de TIC

o Produtos – A tecnologia envolvida na entrega dos serviços de

TIC

o Processos – Os processos usados no fornecimento dos

serviços de TIC

4

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o Parceiros – Os fornecedores utilizados para auxiliar a

prestação dos serviços de TIC

Definir os aspectos do serviço e suas necessidades

Garantir a integração de todas as atividades de TIC e seus processos

Encontrar um equilíbrio entre os requisitos de funcionalidade,

desempenho, disponibilidade dos recursos e prazos.

Os processos tratados pelo Design de Serviço são detalhados a seguir.

O propósito do processo Coordenação de Design é garantir que as metas da

fase de projeto sejam atendidas. Ele fornece um ponto único de coordenação e controle para

todas as atividades e processos.

Gerenciamento de Catálogo de Serviço é a fonte central de informações

sobre os serviços de TIC entregues ao negócio pela organização prestadora de serviços,

garantindo que as áreas podem visualizar uma imagem precisa, consistente e detalhada de

todos os serviços disponíveis de TIC.

Gerenciamento de Nível de Serviço negocia e documenta as metas de

serviços de TIC adequadas com o negócio em acordos de nível de serviço e monitora e produz

relatórios sobre a entrega contra o nível de serviço contratado.

Gerenciamento de Disponibilidade é o processo cujo propósito é fornecer

um ponto de foco e gestão para todas as questões relacionadas à disponibilidade que podem

ser aplicadas aos serviços, componentes e recursos, garantindo que os alvos de

disponibilidade em todas as áreas sejam medidos e alcançados e que eles igualem ou até

mesmo excedem as atuais e futuras necessidades do negócio de forma eficiente.

O processo Gerenciamento de Capacidade inclui a gestão da capacidade

de negócios, serviços e componentes do Ciclo de Vida de Serviço. Um fator chave no sucesso

do gerenciamento de capacidade é garantir que ele seja visto durante a fase de projeto.

Gestão da Continuidade do Serviço de TIC é um processo cujo objetivo é

manter a capacidade de recuperação dos serviços de TIC de forma que atendam às

necessidades, requisitos e prazos do negócio.

Gerenciamento da Segurança da Informação trata de alinhar a segurança

de TIC com a segurança de negócio e garantir que a segurança da informação seja gerida de

forma eficaz em todas as atividades de serviços para que as informações da empresa estejam

disponíveis e acessíveis quando necessário e somente para aqueles que têm o direito de

acessá-las.

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O processo Gerenciamento dos Fornecedores garante que os fornecedores

e seus serviços são gerenciados de forma que auxiliem as metas dos serviços de TIC e as

expectativas de negócios.

3.3 Transição De Serviço

O objetivo da Transição de Serviço é asseguras que os serviços novos,

modificados ou aposentados atendam as expectativas do negócio como documentado na

estratégia de serviço e nas fases de concepção dos serviços do Ciclo de Vida do Serviço. As

principais atividades durante esta etapa inclui o planejamento e gerenciamento das mudanças,

gerenciamento de riscos, transferência de conhecimento, definição de expectativas e assegurar

que o valor de negócio esperado seja entregue. [12]

Os princípios chave da Transição de Serviço são os seguintes:

Entender todos os serviços e suas utilidades

Gerenciar a complexidade associada às mudanças dos serviços,

tecnologias e processos

Antecipar e gerenciar “correções de curso” que podem ocorrer com o

tempo

Apoiar a transferência de conhecimento para garantir que todos da

organização tenham o conhecimento dos processos disponíveis

Estabelecer um framework global para a implementação de

mudanças

Os processos detalhados pela Transição de Serviço são:

Planejamento e suporte da transição é o processo que inicia a fase de

transição através do planejamento e coordenação de recursos para se colocar em

funcionamento um serviço novo ou modificado, mantendo todos os custos e requisitos dentro

do planejado e assegurando a qualidade e prazo definidos.

O processo Gerenciamento de mudanças controla o ciclo de vida de todas

as mudanças, permitindo que mudanças benéficas de um serviço sejam implementadas

causando o mínimo de impacto negativo possível aos outros serviços. Ela garante que as

mudanças sejam documentadas e avaliadas, e que as mudanças autorizadas sejam priorizadas,

planejadas, testadas e implementadas de forma controlada.

4

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O processo de Gerenciamento da configuração e de recurso de serviço

tem o propósito é fazer com que os recursos necessários para a entrega de serviços sejam

controlados apropriadamente e que a informação desses recursos esteja disponível quando for

requisitada.

O Gerenciamento de liberação e implantação é o processo onde são

planejadas, agendadas e controladas a construção e implantação dos serviços a serem

lançados. Também tem a função de entregar novas funcionalidades exigidas pela organização

enquanto protege a integridade dos serviços existentes.

Validação e teste de serviço é o processo que faz com que serviços de TIC

novos ou alterados correspondam com as suas especificações de design e que vão se adequar

às necessidades do negócio.

O processo Avaliação das mudanças tem como propósito fornecer um

meio formal e padronizado para determinar o desempenho da mudança de um serviço

considerando o impacto nos resultados do negócio e nos processos e estruturas de TIC

existentes da organização.

Gerenciamento do conhecimento é o processo que faz com que várias

informações sejam compartilhadas, como as perspectivas da empresa, ideias, experiências, de

forma que esteja acessível sempre que necessário para permitir a tomada de decisões

informadas e rápidas.

3.4 Operação De Serviço

Operação de serviço é o passo do Ciclo de Vida de Serviço que tem o

propósito de entregar os serviços de acordo com o que foi contratado pelos clientes. Também

são gerenciadas as aplicações, tecnologias e infraestrutura que suporta a entrega dos serviços.

É durante esse estágio do Ciclo de Vida que os serviços realmente entregam valor ao negócio.

[13]

Os processos chave de Operação de Serviço são detalhados a seguir:

Gerenciamento de Evento é o processo que age durante o todo ciclo de

vida de processo para detectar e informar sobre qualquer tipo de ocorrência, seja uma

operação normal, exceção ou incomum ao processo.

Gerenciamento de Incidentes. Um incidente é uma interrupção não

planejada do serviço de TIC ou uma redução de sua qualidade. Esse processo trata de

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restabelecer os níveis normais dos serviços da forma mais rápida e menos impactante

possível.

Cumprimento de Requisição é o processo que possibilita os usuários

pedirem e receberem serviços padrões, sejam mudanças ou informações sobre os serviços da

organização. Devido ao tamanho e a frequência desses requisitos foi preparado esse processo

para que os processos Gerenciamento de Evento e Gerenciamento de Incidentes não fiquem

congestionados.

Gerenciamento de Problemas. Para o ITIL um problema é a causa de um

ou mais incidentes. Esse processo trata de gerenciar o ciclo de vida de todos os problemas,

desde a sua identificação até a sua investigação e finalmente, remoção. É um processo que

tenta, fundamentalmente, buscar problemas e corrigi-los antes mesmo que gerem incidentes.

Gerenciamento de Acesso é o processo que controla o acesso de um

serviço ou grupo de serviços, dando permissão ou não aos usuários.

Atividades Comuns de Operação de Serviço é um processo que inclui

atividades variadas que não são descritas pelos outros processos de Operação de Serviço. Elas

incluem:

Monitorar e detectar o estado dos serviços

Gerenciamento da infraestrutura

Gerenciamento das aplicações que entregam os serviços aos

clientes

Gerenciamento dos aspectos operacionais dos processos de

outros estágios do ciclo de vida

Comunicação entre usuários, clientes, times de TIC e gerentes

3.5 Melhoria Contínua

A Melhoria Contínua é o estágio que envolve todo o Ciclo de Vida de

Serviços. Ele buscando manter o valor dos serviços de TIC para os clientes através de

avaliações e melhorias contínuas da qualidade. [14]

Esse estágio possui os seguintes processos:

4

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O Processo de Melhoria em Sete Etapas define e gerencia os passos

necessários para identificar e acumular dados significativos cuja análise pode mostras

tendências e questões a serem priorizadas e melhoradas. As sete etapas são:

Definir o que deve ser medido;

Definir o que vai ser medido;

Obter os dados;

Processar os dados;

Analisar os dados;

Apresentar e utilizar as informações;

Implementar ações corretivas.

No processo de Medição de Serviço temos quatro razões básicas para

monitorar e medir os processos.

Validar decisões anteriores

Direcionar atividades para atingir as metas definidas

Justificar uma decisão a ser feita

Intervir no momento apropriado para corrigir um processo

Relatório de Serviço é o processo que trata de emitir relatórios que sejam

de interesse para o negócio, já que os dados coletados e monitorados pela TIC diariamente são

inúmeros e podem não mostrar algo significativo.

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COMPARANDO O COBIT 5 E ITIL

Com o que foi visto nos capítulos anteriores é possível perceber que embora

os dois frameworks tenham o mesmo objetivo geral, auxiliar uma organização a atingir seus

objetivos utilizando a TIC de forma eficiente, cada um tem sua própria forma de abordar um

assunto ou problema.

Esse capítulo tem o objetivo de mostrar as relações entre os processos dos

dois frameworks com o intuito de compreender suas semelhanças e diferenças.

4.1 Os processos e seus objetivos

Alguns processos dos dois frameworks possuem objetivos específicos em

comuns e por isso, podem ser relacionados. Os processos do COBIT 5 foram separados pelos

seus cinco domínios e foram selecionados quais os processos do ITIL que possuem a mesma

função.

4.1.1 Avaliar, Dirigir e Monitorar

Na tabela 1 abaixo são analisados quais processos do domínio Avaliar,

Digirir e Monitorar do COBIT 5 possuem semelhanças com os processos do ITIL. É

possível notar que o processo EDM01, que trata da configuração e manutenção do framework

de governança, e o processo EDM03 que garante a otimização dos riscos tomado pela

organização, não possuem um igual no ITIL.

 Estratégia de

ServiçoGerenciamento do Portfolio de

Serviços

Gerenciamento da

Demanda

Gerenciamento

das relações de

negócio

E      

5

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DM01EDM02 x    EDM03      EDM04   x  EDM05     x

Tabela 1 - Processos EDM x ITIL

4.1.2 Alinhar, Planejar e Organizar

A tabela 2 possui a relação com os processos do domínio Alinhar, Planejar

e Organizar do COBIT 5 com os processos do ITIL. O processo APO03, que gerenciar a

arquitetura da Organização não possui um semelhante no ITIL. É interessante notar também

que alguns processos do ITIL possuem alguns objetivos em comum com mais de um processo

do COBIT 5, como o processo Gerenciamento da Demanda, que se relaciona com os

processos APO09 e APO08, assim como alguns processos do COBIT 5 se relacionam com

mais de um processo do ITIL.

 

Estratégia de Serviço

Design de Serviço

Melhoria

Contínua

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  Ger

enci

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TIC

Ger

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o

APO01                       xAPO02 x                      APO03                        APO04                        APO05   x       x            APO06     x                  APO07               x        APO08       x x              APO09   x   x   x x       x  APO10                   x    APO11                     xAPO12                 x      APO13                

x     

Tabela 1 - Processos APO x ITIL

5

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4.1.3 Construir, Adquirir e Implementar

O resultado do relacionamento dos processos do domínio Construir,

Adquirir e Implementar do COBIT 5 com os processos do ITIL é a tabela 3. Mais uma vez,

vemos processos do COBIT 5 que não podem ser relacionados com o ITIL, BAI03, que trata

de identificar e construir soluções e BAI05, que trata de habilitar mudanças organizacionais.

 Design de Serviço

Transição de Serviço

  Coo

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ação

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BAI01 x                    BAI02   x                  BAI03                      BAI04     x x              BAI05                      BAI06           x          BAI07 x       x     x x x  BAI08                     xBAI09             x        BAI10             x        

Tabela 1 - Processos BAI x ITIL

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4.1.4 Entregar, Serviço e Suporte

A tabela 4 relaciona os processos do domínio Entregar, Serviço e Suporte

do COBIT 5 com os processos do ITIL. Nota-se que o processo DSS03, que trata do

gerenciamento de problemas se relaciona com dois processos do ITIL.

 

Design de

ServiçoOperação de Serviço

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DSS01     x        DSS02       x x    DSS03           x  DSS04 x            DSS05   x          DSS06             x

Tabela 1 - Processos DSS x ITIL

4.1.5 Monitorar, Avaliar e Analisar

Relacionando os processos do quinto domínio de processos do COBIT 5,

Monitorar, Avaliar e Analisar, com os processos do ITIL é possível verificar que ambos os

frameworks tratam os processos de forma semelhante, monitorando, medindo e analisando o

desempenho de seus serviços, como é possível ver na tabela 5 a seguir.

5

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  Melhoria Contínua  Medição de Serviço Relatório de Serviço MEA01 x  MEA02   xMEA03   x

Tabela 1 - Processos MEA x ITIL

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5

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CONCLUSÃO

Estre trabalho apresentou um estudo dos modelos de Governança de TIC COBIT 5

e ITIL.

Em muitas organizações, a TIC parece não estar inserida de verdade na empresa,

sendo somente mais um departamento, sendo difícil para os stakeholders compreenderem como os

investimentos aplicados na área podem auxiliar no crescimento da organização.

A Governança de TIC é um mecanismo organizacional para gerenciar processos

em geral, sendo para isso utilizado um guia de boas práticas no auxílio das partes interessadas em

decisões estratégicas para a maximização dos seus investimentos.

Os modelos COBIT e ITIL têm sido utilizados por profissionais da área de

gerenciamento de serviços de TIC já há muitos anos, onde neste conjunto de aplicações fornecem

orientações com certificação para a governança e gestão de TIC relacionadas a serviços por parte das

empresas, sendo esses serviços todos fornecidos pela própria empresa ou obtidos por terceiros como

fornecedores de serviços ou parceiros dos negócios.

O COBIT 5 tem como objetivo principal auxiliar as organizações a atingirem suas

metas e criar valor por meio da TIC mantendo o equilíbrio entre a otimização dos riscos e da utilização

dos seus recursos.

O objetivo do ITIL é aumentar a satisfação das pessoas envolvidas nos serviços de

TIC, desde a organização que o presta até seu usuário, criando valor ao negócio através de serviços

que condizem com os objetivos organizacionais da empr2esa.

No capítulo 4 foi mostrado que os processos dos modelos podem se relacionar pois

possuem objetivos semelhantes, e ainda assim, devido a forma de implementação de cada um, é

possível extrair benefícios diferentes e eliminar possíveis carências de cada modelo.

O COBIT 5 permanece mais amplo que o ITIL em seu âmbito de cobertura.

Baseado nos seus cinco princípios, sua cascata de objetivos e seus sete habilitadores, o COBIT 5

auxilia uma organização a alcançar as necessidades dos seus stakeholders, especialmente aqueles

relacionados ao uso das TICs e dos recursos espalhados por toda empresa.

O ITIL contribui dando foco no gerenciamento de serviços das TICs e fornecendo

orientações mais detalhadas nesta área através das com suas cinco fases do Ciclo de Vida de Serviço.

A conclusão primordial que citamos aqui é que os dois modelos não são

mutuamente exclusivos, e podem ser implementados em conjunto. Uma empresa que queira atender às

necessidades dos negócios na área de TIC pode muito bem aproveitar os pontos fortes de ambas as

estruturas e assim adaptá-los para o seu próprio caso para obtenção de ajuda na solução dos problemas

geralmente presentes nos seus negócios e apoiaria seus objetivos.

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Para trabalhos futuros, é sugerido um estudo de caso de uso da implementação dos

dois modelos em conjunto, analisando as dificuldades e os benefícios encontrados.

5.1.1.1.1

5

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REFERÊNCIAS

[1] OVUM. IT Governance and Planning. Introduction, p. 915-923. Disponivel em:

<http://governance-planning.ovumevents.com/introduction/>. Acesso em: 30 mar. 2014.

[2] LUNA, A. MAnGve: Implantando Governança Ágil. Rio de Janeiro: Brasport, 2011.

[3] COMER, D. E. Redes de Computadores e Internet. 2ª. ed. São Paulo: Bookman, 2001.

[4] SAHIBUDIN, S.; SHARIFI, M.; AYAT, M. Combining ITIL, COBIT and ISO/IEC

27002 in Order to Design a Comprehensive IT Framework in Organizations. Disponivel

em: <http://navus.sc.senac.br/index.php/navus/article/download/77/63>. Acesso em: 31

mar. 2014.

[5] ISACA. COBIT 5 - A Business Framework for the Governance and management of

Enterprise IT. ISACA, 2012. Disponivel em:

<http://www.isaca.org/COBIT/Documents/COBIT5-Ver2-FrameWork.pdf>. Acesso em:

20 set. 2014.

[6] RIDLEY, G.; YOUNG, J.; CARROLL, P. COBIT and its utilization: A framework from

the literature, p. 915-923. Disponivel em:

<http://www.acc.ncku.edu.tw/chinese/faculty/shulc/courses/cas/articles/COBIT.pdf>.

Acesso em: 30 mar. 2014.

[7] DOURADO, L. Framework de Governança e Gestão Corporativa de TI, 2014.

Disponivel em: <http://lmdourado.wordpress.com/2013/10/22/apostila-cobit-5/>. Acesso

em: 20 out. 2014.

[8] HOCHSTEIN, A.; ZAENEKOW, R.; BRENNER., W. ITIL as Common Practice

Reference Model for IT Service Management: Formal Assessment and Implications for

Practice. Disponivel em: <http://ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?

tp=&arnumber=1402383>. Acesso em: 30 mar. 2014.

[9] OFFICE OF GOVERNMENT COMMERCE. The Official introduction to the ITIL

Service Lifecycle. The Stationery Office, 2007. Disponivel em:

<http://si.lopesgazzani.com.br/docentes/marcio/itil/OGC_ITIL_v3_1_Study_Guide.pdf>

. Acesso em: 30 mar. 2014.

[10] AXELOS. ITIL® SERVICE STRATEGY. [S.l.]: [s.n.], 2011.

[11] AXELOS. ITIL® SERVICE DESIGN. [S.l.]: [s.n.], 2011.

[12] AXELOS. ITIL® SERVICE TRANSITION. [S.l.]: [s.n.], 2011.

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[13] AXELOS. ITIL® SERVICE OPERATION. [S.l.]: [s.n.], 2011.

[14] AXELOS. ITIL® CONTINUAL SERVICE IMPROVEMENT. [S.l.]: [s.n.], 2011.

6

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Anexos

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ANEXO A - NECESSIDADES DAS PARTES

INTERESSADAS E OBJETIVOS CORPORATIVOS

O Capítulo 2.1 ilustrou as etapas individuais da navegação pela cascata de

objetivos, desde as necessidades das partes interessadas até as metas dos habilitadores.

As tabelas contidas nas figuras abaixo podem ser usadas para ajudar a

definir e priorizar objetivos corporativos ou objetivos de TI específicos, com base nas

necessidades especificas das partes interessadas. A situação de cada organização é diferente,

por isso é necessário que estas tabelas não sejam ser usadas de forma mecânica, e são somente

uma sugestão de um conjunto de relacionamentos genéricos. Uma intersecção da necessidade

de uma parte interessada com o objetivo corporativo é preenchida se aquela necessidade tiver

de ser considerada para aquele objetivo.

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Figura 12 - Mapeamento dos Objetivos Corporativos do COBIT 5 em Perguntas

sobre Governança e Gestão (1) [5]

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Figura 13 - Mapeamento dos Objetivos Corporativos do COBIT 5 em Perguntas

sobre Governança e Gestão (2) [5]

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Figura 14 - Mapeamento dos Objetivos Corporativos do COBIT 5 em Perguntas

sobre Governança e Gestão (3) [5]

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ANEXO B – MAPEAMENTO DETALHADO

DOS OBJETIVO OS CORPORATIVOS PARA

OBJETIVOS DE TIC

A cascata de objetivos do COBIT 5 é explicada no capítulo 2.1.

O objetivo das tabelas de mapeamento contidas nas figuras abaixo é

demonstrar como os objetivos corporativos são apoiados (ou como se traduzem em) objetivos

de TIC. Por esse motivo, a tabela contém as seguintes informações:

Nas colunas, todos os 17 objetivos corporativos genéricos definidos no

COBIT 5, agrupados pela dimensão BSC.

Nas linhas, todos os 17 objetivos de TIC, também agrupados nas dimensões

BSC de TIC.

As imagens são um mapeamento de como cada objetivo corporativo é

apoiado pelos objetivos de TI. Este mapeamento é expresso usando a seguinte escala:

‘P’ significa primário, quando houver uma relação importante, ou seja,

quando o objetivo de TIC representar um apoio fundamental para o objetivo corporativo.

‘S’ significa secundário, quando houver uma relação ainda forte, mas menos

importante, ou seja, quando o objetivo de TIC representar um apoio secundário para o

objetivo corporativo.

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Figura 15- Mapeamento dos Objetivos Corporativos do COBIT 5 em Objetivos de

TIC [5]

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ANEXO C - MAPEAMENTO DETALHADO

DOS OBJETIVOS DE TI PARA PROCESSOS DE TI

Este anexo contém a tabela de mapeamento entre os objetivos de TI e como

estes são apoiados pelos processos de TIC como parte da cascata de objetivos explicada no

capítulo 2.1.

As figuras abaixo contém:

Nas colunas, todos os 17 objetivos de TIC genéricos definidos no capítulo 2.1.,

agrupados nas dimensões do BSC de TIC

Nas linhas, todos os 37 processos do COBIT 5, agrupados por domínio

Um mapeamento de como cada objetivo de TIC é apoiado por um processo de TIC do

COBIT 5. Este mapeamento é expresso usando a seguinte escala:

o ‘P’ significa primário, quando houver uma relação direta importante, ou seja,

quando o processo do COBIT 5 for um apoio fundamental para a consecução

de um objetivo de TIC.

o ‘S’ significa secundário, quando houver uma relação ainda forte, mas menos

importante, ou seja, quando o processo do COBIT 5 for um apoio secundário

para o objetivo de TIC.

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Figura 16 - Mapeamento detalhado dos objetivos de TIC para processos de TIC

(1) [5]

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Figura 1- Mapeamento detalhado dos objetivos de TIC para processos de TIC (2)

[5]

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