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Hospital São Paulo SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento
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Sistema de Gestão da Qualidade
DOCUMENTO: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES Página: 1/12
CATEGORIA: DIRETRIZES INSTITUCIONAIS Data Emissão: 20/06/2012
TIPO: DIRETRIZES TÉCNICO/ASSISTENCIAIS Validade: 20/06/2014
DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): limpeza, desinfecção, superfícies Indexação:
DEFINIÇÃO:
As superfícies ambientais são freqüentemente contaminadas com microrganismos. Vários
estudos têm demonstrado a capacidade de resistência de alguns microrganismos em
superfícies ambientais e em matéria orgânica ressecada.
O vírus da Imunodeficiência Humana - HIV pode sobreviver até três dias no ambiente enquanto
o vírus da Hepatite B - HBV até uma semana, Enterococcus spp até uma semana, o
Acinetobacter baumanniii até dois dias, o Vírus Sincicial Respiratório de 30 minutos até 8 horas
e o Rotavírus de 12 a 35 dias.
As áreas próximas ao paciente são as que merecem maior atenção na limpeza concorrente e
terminal: cama, grades da cama, mesa de cabeceira, mesa de refeição, maçanetas,
interruptores de luz, descarga, bomba de infusão, e outros equipamentos em uso pelo paciente.
CLASSIFICAÇÕES DAS ÁREAS HOSPITALARES:
Segundo o Manual de Limpeza e Desinfecção de Superfícies (ANVISA, 2010), as áreas
hospitalares estão assim classificadas, conforme o risco potencial de transmissão de infecções:
▪ Áreas Críticas: são aquelas em que existe o risco aumentado de transmissão de
infecções, por serem locais onde se realiza grande volume de procedimentos de risco, com ou
sem pacientes ou onde se encontram pacientes com seu sistema imunológico deprimido. P.ex.:
salas de cirurgia, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Berçário de Alto Risco, Pronto-Socorro,
Unidade de Queimados e de Isolamento de Doenças Transmissíveis, Unidade de Transplantes,
Central de Material e Esterilização, Salas de Hemodiálise e Hemodinâmica, Laboratório de
Análises Clínicas e de Anatomia Patológica, Banco de Sangue, Serviço de Nutrição e Dietética,
Lactário, Lavanderia, Farmácia etc.
▪ Áreas Semicríticas: são todas aquelas ocupadas por pacientes com doenças
infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não-infecciosas, excluindo as incorporadas
às áreas críticas. P.ex.: enfermarias, quartos de pacientes internados, ambulatórios, banheiros,
posto de enfermagem, elevador, corredores etc.
▪ Áreas Não-Críticas: são todas aquelas não ocupadas por pacientes e onde não se
realizam procedimentos de risco. P.ex.: áreas administrativas, vestiário, copa etc.
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CATEGORIA: DIRETRIZES INSTITUCIONAIS Data Emissão: 20/06/2012
TIPO: DIRETRIZES TÉCNICO/ASSISTENCIAIS Validade: 20/06/2014
DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): limpeza, desinfecção, superfícies Indexação:
PRINCIPAIS CONCEITOS
a. Desinfecção:
Processo de destruição de microrganismos em forma vegetativa em objetos
inanimados.
▪ Desinfecção de alto nível: elimina bactérias vegetativas, bacilo da tuberculose, fungos,
vírus e alguns, mas, não necessariamente todos esporos bacterianos.
▪ Desinfecção de nível intermediário: elimina bactérias vegetativas, maioria dos fungos,
bacilo da tuberculose, e maioria dos vírus, mas não esporos bacterianos.
▪ Desinfecção de nível baixo: elimina a maioria das bactérias vegetativas, alguns fungos,
e alguns vírus. Não mata micobactérias e esporos bacterianos.
b. Descontaminação
Processo ou tratamento utilizado na superfície ambiental ou em artigo médico
hospitalar, tornando-os seguro para manuseio.
c. Limpeza
É a remoção de sujeira, mau odor e conseqüente redução da população microbiana de
artigos e superfícies através de substâncias tensoativas.
d. Saneantes
Segundo a RDC Anvisa nº. 184, de 22/10/ 2001, saneantes são substâncias ou
preparações destinadas à limpeza, desinfecção, desinfestação, desodorização/odorização de
ambientes domiciliar, coletivos e/ou públicos, para utilização por qualquer pessoa, para fins
domésticos, para aplicação ou manipulação por pessoas ou entidades especializadas, para fins
profissionais.
PROPRIEDADES DE UM DESINFETANTE IDEAL
▪ Amplo espectro de ação – contra bactérias Gram positivas e negativas, vírus e fungos;
▪ Ação rápida: morte rápida dos microrganismos;
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TIPO: DIRETRIZES TÉCNICO/ASSISTENCIAIS Validade: 20/06/2014
DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): limpeza, desinfecção, superfícies Indexação:
▪ Não ser afetado por fatores ambientais: ter atividade na presença de matéria orgânica,
ser compatível com sabões, detergentes e outras soluções químicas utilizadas no processo;
▪ Não tóxico: não ser irritante para o usuário;
▪ Compatibilidade: não corroer superfícies metálicas; e não causar deterioração de
tecido, borracha, plásticos e outros materiais;
▪ Efeito residual na superfície tratada: deixar filme antimicrobiano na superfície tratada;
▪ Facilidade de uso;
▪ Odor: ser agradável ou ser inodoro;
▪ Econômico: não ter custo proibitivo;
▪ Solubilidade: ser solúvel em água;
▪ Estabilidade: ser estável na concentração e diluição de uso;
▪ Limpeza: ter boas propriedades de limpeza;
▪ Não poluente ambiental.
Tabela 1. Saneantes mais utilizados
Solução Indicação Vantagens Desvantagens
Álcool: etílico ou
isopropílico
Desinfecção de
superfície de mobiliário
e equipamentos.
Proceder a fricção,
com álcool 70%, por
30 segundos até
evaporação.
Efetivo contra
fungos,
bactérias
vegetativas,
micobactéria e
vírus (o
isopropílico não
é ativo contra
vírus hidrofílicos
– echovírus,
Coxsackie
vírus);
Ação rápida e
não deixa
resíduo;
Não mancha.
Não tem
atividade
residual.
Fixa a matéria
orgânica, sendo
necessário
remover e limpar
previamente a
superfície
contaminada,
antes de aplicar
o produto;
É volátil e
inflamável;
Evapora
rapidamente,
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TIPO: DIRETRIZES TÉCNICO/ASSISTENCIAIS Validade: 20/06/2014
DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): limpeza, desinfecção, superfícies Indexação:
sendo difícil
precisar o tempo
de exposição , a
menos que
artigos sejam
imersos;
Pode ressecar e
irritar a pele;
pode opacificar
acrílico e
ressecar
plásticos e
borrachas.
Compostos
liberadores de cloro
ativo
- Cloro inorgânico:
Hipocloritos de
sódio, cálcio ou lítio
Apresentações:
líquida ou pó
- Cloro orgânico:
Ácidos
dicloroisocianúrico
(DCCA) e
tricloroisocianúrico
(TCCA)
Apresentação: pó
Desinfecção de
superfícies da unidade
de diálise, hemodiálise,
banco de sangue,
laboratórios e qualquer
superfície
contaminada: 1%
(10.000 ppm) por 10
minutos.
Lactários, cozinhas,
depósitos de água e
bebedouros: 0,02%
cloro ativo (200 ppm)
por uma hora (não
necessita enxágüe)
Descontaminação de
superfícies: 1% cloro
ativo (10.000 ppm) por
10 minutos.
Efetivo contra
bactérias,
fungos,
micobactéria,
vírus, esporos
(alta
concentração);
Baixo custo e
ação rápida;
Baixa toxicidade
e fácil manuseio.
Corrosivo para
metais;
Instável: afetado
pela luz solar,
temperatura
maior que 25
graus e pH
ácido;
É inativado em
presença de
matéria
orgânica;
Odor forte e
irritante para
mucosas;
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TIPO: DIRETRIZES TÉCNICO/ASSISTENCIAIS Validade: 20/06/2014
DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): limpeza, desinfecção, superfícies Indexação:
* fórmula para auxiliar na
diluição.
Cloro Orgânico:
dicloroisocianurato
de sódio (DCCNA)
Limpeza/desinfecção
superfícies
hospitalares;
absorção/descontamin
ação de matéria
orgânica por 10
minutos.
Maior pureza
(ausência de
metais pesados
e de
contaminantes)
, menor
toxicidade,
menor
corrosividade,
maior
estabilidade,
menor
inativação por
matéria
orgânica e
compatibilidad
e com
tensoativos.
Odor forte e
aerossolização
do pó.
Quaternário de
Amônio
Desinfecção de
superfícies, incluindo
neonatologia (sem a
presença de neonatos)
e unidades de
manuseio de
alimentos.
Bactericida (+/-),
fungicida,
viruscida (+/-).
Não é
tuberculicida
nem esporicida;
Baixa toxicidade
e bom poder de
Espectro de
ação reduzido
(desinfetante de
baixo nível) e
pode ser
inativado por
matéria
orgânica.
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TIPO: DIRETRIZES TÉCNICO/ASSISTENCIAIS Validade: 20/06/2014
DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): limpeza, desinfecção, superfícies Indexação:
limpeza.
Ácido Peracético Desinfetante de
superfícies fixas na
concentração de 0,5%.
O tempo de contato
será o indicado no
rótulo do produto.
Obs; pode ou não ser
associado a peróxido
de hidrogênio
Ação rápida,
inclusive frente
sobre esporos
bacterianos em
concentrações
de 0,001 a 0,2%
É efetivo na
presença de
matéria orgânica
Baixa toxicidade
Instável,
principalmente
quando diluído;
Causa irritação nos olhos e trato respiratório;
Corrosivo para metais
Monopersulfato de
Potássio
Desinfetante de
superfícies na
concentração de 1%
Amplo espectro de ação
Ativo na
presença de
matéria orgânica
Não corrosivo
para metais
Reduz a contagem de micobactérias somente após 50 min. de exposição, na concentração de 3%
Fonte: Brasil7, Rutala
2
* A seguir fórmula para auxiliar na diluição do hipoclorito de sódio Para transformar Unidade:
% em ppm = multiplicar por 10.000
ppm em % = dividir por 10.000
Diluir solução:
VR= CF. VF
Ci
INDICAÇÃO: Superfícies com sujidade.
VR = volume retirado da solução inicial
CF = concentração final (desejada)
VF = volume final (desejado)
Ci = concentração inicial
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TIPO: DIRETRIZES TÉCNICO/ASSISTENCIAIS Validade: 20/06/2014
DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): limpeza, desinfecção, superfícies Indexação:
EXECUTANTES: Equipe de higienização e equipe multiprofissional envolvida na assistência ao paciente.
ORIENTAÇÕES SOBRE O PROCEDIMENTO:
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES COM MATÉRIA ORGÂNICA
Segundo o Centro de Controle de Doenças, EUA (CDC, 2003), o método a ser utilizado
para tratamento de superfícies contendo matéria orgânica (sangue, secreção, excreção e
outros fluídos corporais), dependerá do volume e local do derramamento:
Técnica de desinfecção para superfícies com PEQUENAS quantidades de matéria
orgânica
1. Recolher a matéria orgânica da superfície com material absorvente: Ex. papel toalha.
2. Realizar a limpeza da superfície, da qual a matéria orgânica foi removida com água e
detergente: mobiliário, piso, parede etc.
3. Enxaguar e secar.
4. Aplicar o desinfetante na superfície onde a matéria orgânica foi removida e
posteriormente limpa.
5. Deixar o desinfetante na superfície durante o tempo necessário para a ação do
produto. Obs: seguir recomendação do fabricante.
6. Remover o desinfetante e se necessário, enxaguar e secar.
Obs: no caso de superfícies com GRANDES quantidades de matéria orgânica remover a
matéria orgânica com material absorvente, rodo ou pá (dependendo da natureza e quantidade
da matéria orgânica) e desprezar a matéria orgânica sólida ou o material absorvente contendo
matéria orgânica em saco plástico de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos. A
seguir, realizar a limpeza e desinfecção conforme descrito acima.
TIPOS DE LIMPEZA
A limpeza do ambiente além de proporcionar conforto, bem estar físico e psicológico ao
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TIPO: DIRETRIZES TÉCNICO/ASSISTENCIAIS Validade: 20/06/2014
DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): limpeza, desinfecção, superfícies Indexação:
paciente e a equipe de saúde, é também uma ferramenta eficaz e importante para o controle de
infecção hospitalar.
A - Limpeza concorrente
É realizada diariamente em todas as áreas do hospital. Tem como objetivo a remoção
do pó, sujidades, resíduos e reposição de material de higiene. É mais superficial quando
comparada à limpeza terminal.
Nos quartos e enfermarias a limpeza concorrente contempla:
Unidade do paciente: criado mudo, mesa de refeições, cadeira ou poltrona do paciente,
escada, controle remoto, parte externa do recipiente para resíduos, telefone,
maçanetas, interruptores etc.;
Piso;
Banheiro.
A limpeza do piso é realizada através de mops:
Seco: para remover pequenas partículas, poeira etc.
Úmido: para realizar a limpeza com solução detergente
B - Limpeza terminal
É realizada em todas as superfícies horizontais e verticais das diferentes dependências do
hospital.
Nos quartos e enfermarias a limpeza terminal ocorre após alta, transferência, óbito ou
periodicamente seguindo protocolo da instituição. Contempla:
Unidade do paciente: cama, colchão, criado mudo, mesa de refeições, cadeira ou
poltrona do paciente, escada, suporte de soro, painel de gases, controle remoto,
recipiente para resíduos (interna e externamente), telefone, campainha, suportes,
interruptores etc.;
Piso, parede, portas, janelas e teto
Banheiro
C - Limpeza de manutenção
Objetiva a vistoria contínua dos padrões de limpeza concorrente ou terminal.
A revisão da limpeza realizada no turno da manhã, deve ser feita nos turnos subseqüentes:
tarde e noite. Os principais pontos da vistoria são:
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TIPO: DIRETRIZES TÉCNICO/ASSISTENCIAIS Validade: 20/06/2014
DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): limpeza, desinfecção, superfícies Indexação:
Mobiliário: verificar se houve derramamento de líquidos, necessidade de remoção de
sujidades como migalhas, cascas de frutas etc.
Piso: verificar necessidade de mopeamento (presença de cabelo, papéis, migalhas,
água etc.)
Banheiro: verificar necessidade de secagem, reposição de materiais de higiene etc.
Recipiente de resíduos do quarto e banheiro: verificar necessidade de troca e
reposição do saco plástico.
BOAS PRÁTICAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA NOS PROCESSOS DE LIMPEZA
Estes princípios asseguram o cumprimento das técnicas de barreira, controle de
infecções hospitalares e minimizam risco ocupacional e ao ambiente.
Nunca realizar limpeza de superfícies a seco para não dispersar poeira;
Identificar e/ou sinalizar a área durante o processo de limpeza;
Utilizar carro funcional para transporte dos materiais e equipamentos de limpeza (NR
32);
Para o processo de limpeza do piso, paredes e teto:
o Passo 1- utilizar mop seco (ou mop pó) para remoção de pó e pequenas
partículas. Obs: a estática dos mops impedem a dispersão das partículas.
o Passo 2 – utilizar mop água umedecido com solução detergente para limpeza
Para o processo de limpeza de mobiliário (criado mudo, mesa de refeições, poltronas
etc.):
o Utilizar pano de limpeza manual umedecido em solução detergente.
o A utilização de desinfetantes ou soluções detergente-desinfetantes é restrita às
superfícies contendo matéria orgânica ou de quarto/enfermarias com
indicações específicas de precauções de isolamento.
Não utilizar panos de chão para a limpeza, já que os mesmos, representam riscos
ocupacionais aos trabalhadores do serviço de limpeza, pois ao serem manipulados,
podem ocasionar ferimentos com materiais perfuro cortantes;
As cabeleiras dos mops devem ser enviadas à lavanderia diariamente. Os mops não
devem ser lavados manualmente devido ao risco de acidentes com pérfuro-cortante;
Separar panos de limpeza manual e fibras para diferentes superfícies e áreas;
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TIPO: DIRETRIZES TÉCNICO/ASSISTENCIAIS Validade: 20/06/2014
DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): limpeza, desinfecção, superfícies Indexação:
Utilizar equipamento de proteção individual (EPI) para a realização da limpeza de
acordo com as recomendações do serviço de controle de infecção hospitalar e
segurança do trabalho;
Utilizar preferencialmente dois baldes de cores diferentes; trocando as soluções e os
panos/mops freqüentemente. Se utilizar um balde, a solução deve ser trocada com
freqüência maior;
Desprezar a água suja de baldes em local exclusivo para este fim. Não desprezar em
pias destinadas à lavagem das mãos, vasos sanitários etc.
Não misturar as soluções de limpeza, utilizando-as sempre como indicado e
padronizado;
Todos os produtos devem estar devidamente identificados com data de validade,
número do lote e data do re-envase e diluição (quando houver) seja no carro funcional
ou no DML;
Não improvisar ou reutilizar embalagens de produtos de limpeza ou desinfecção;
Sistematizar os processos de limpeza:
o Iniciar a limpeza da área mais limpa para a suja.
o Sentido unidirecional da limpeza e de cima para baixo e do fundo para a porta
de entrada.
Utilizar luvas de cores diferentes para quarto/enfermarias e banheiros;
Em caso de precauções de contato, utilizar preferencialmente luvas e panos de limpeza
manuais descartáveis para limpeza do mobiliário e demais superfícies próximas ao
paciente;
Higienizar as mãos antes e após o uso das luvas de EPI e após o término das
atividades que dispensam o uso deste EPI;
A higienização das mãos deve ser realizada apenas em pia destinada exclusivamente
para este fim;
Não usar esmaltes ou unhas artificiais;
Não utilizar anéis, pulseiras, brincos, aliança, relógios, piercings (em área do corpo
expostas) durante o desempenho das atividades de trabalho;
REGISTROS:
As limpezas e desinfecções ambientais realizadas devem ser registradas em impressos
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DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): limpeza, desinfecção, superfícies Indexação:
próprios de cada unidade e estarem disponíveis para controle, consulta e auditorias.
REFERÊNCIAS:
Rutala WA, Weber DJ. Selection and use of disinfectants in healthcare. In: Mayhall CG,
editor. Hospital epidemiology and infection control. - Baltimore: Williams & Wilkins;
2004. P. 1475-1522.
Weber DJ, Rutala WA. The environment as a source of nosocomial infections. In: Wenzel
RP, editor. Prevention and control of nosocomial infections. Baltimore: Williams &
Wilkins; 2003. P. 575-97.
APECIH - Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Monografia:
Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e anti-sepsia. São Paulo.
APECIH, 1999.
BASSO M, ABREU ES. Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e anti-
sepsia. 2 ed. São Paulo: APECIH, 2004
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do
Paciente em Serviços de Saúde: Limpeza e Desinfecção de Superfícies: prevenção e
controle de riscos. Brasília: Anvisa, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC
nº 14, de 28 de fevereiro de 2007.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora nº. 32, de 11 de novembro de
2005.
TORRES S, LISBOA TC. Gestão dos Serviços de Limpeza, Higiene e Lavanderia em
Estabelecimentos de Saúde. São Paulo: Sarvier, 2008
ELABORAÇÃO DESTA REVISÃO
Elaborado por: Revisado por: Aprovado:
Daniela Escudero - COREN:100767
Serviço Controle de Infecção Hospitalar/HSP/UNIFESP
Prof. Dr. Eduardo Medeiros CRM: 53440 Comissão de Epidemiologia
Hospitalar – HSP/UNIFESP
Fernanda Parreira – COREN: 22380
Serviço Controle de Infecção Hospitalar/HSP/UNIFESP
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Luciana Perdiz – COREN: 100800
Serviço Controle de Infecção Hospitalar/HSP/UNIFESP
Paula Zanellatto – COREN – 154429
Serviço Controle de Infecção Hospitalar/HSP/UNIFESP