DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 3.10 Cut-off dos estoques 40 CONCLUSÃO 42...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AUDITORIA EXTERNA RELEVANTE PROCESSO APLICADO À
GESTÃO DE ESTOQUES
Por: Júlio César Guerreiro da Silva
Orientadora
Prof. Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AUDITORIA EXTERNA RELEVANTE PROCESSO APLICADO À
GESTÃO DE ESTOQUES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Auditoria e Controladoria
Por: . Júlio César Guerreiro da Silva
3
AGRADECIMENTOS
À minha família, namorada, amigos e
professores que me conduziram até
hoje.
4
DEDICATÓRIA
Dedico a minha mãe que não se encontra
mais entre nós, meu pai, irmã, familiares,
namorada e amigos que foram
testemunhas da caminhada para lograr
êxito na minha vida educacional e
profissional.
5
RESUMO
Este trabalho explicará que a área de estoques oferece ao auditor
excelentes oportunidades para ele desenvolver recomendações construtivas
através de procedimentos técnicos. A auditoria externa verifica o planejamento
da produção, os procedimentos de compra, a recepção dos materiais,
armazenamento dos mesmos, as quantidades de bens declarados, exames de
documentos, inventários físicos, confirmação de estoques de terceiros, assim
fazendo um maior número de testes onde necessário, mostrando como a
auditoria em estoques ajuda a melhorar o controle interno e respondendo ao
problema que vai ser investigado. Chegando a conclusão que a auditoria
externa em estoques requer um planejamento e investimentos substanciais de
tempo, custo e empenho. Como as chances de ocorrerem fraudes são grandes
e a auditoria ajudará nesse trabalho para a administração da empresa.
6
METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida através de levantamento
bibliográfico/documental e pesquisas em artigos da internet. Para sua
realização foram necessárias obras baseadas em autores nos últimos 17 anos,
sendo os principais autores pesquisados: José Carlos Carvalho, Marcelo
Almeida e Osni Moura Ribeiro no tema de auditoria.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I - A Auditoria 11
1.1 Origem e evolução da auditoria 11 1.2 Objetivo da auditoria 12 1.3 Objeto da auditoria 12 1.4 Finalidade da auditoria 13 1.5 Auditoria Interna 13 1.6 Etapas do ciclo de vida da auditoria interna 14 1.7 Objetivo da auditoria interna 15 1.8 Requisitos da vida de auditoria interna 16 1.8.1 Objetividade 16 1.8.2 Competência técnica 16 1.8.3 Zelo profissional 17 1.8.4 Comunicação 17 1.9 Auditoria externa 17 1.10 Auditoria externa 18 1.10.1 Etapas do ciclo de vida da auditoria independente 19 1.10.2 Independência da auditoria externa 19 1.10.3 Utilização dos trabalhos de auditoria interna 20 1.10.4 Auditoria interna x auditoria externa 20 CAPÍTULO II - Controle Interno 22
2.1 A importância do controle interno 23 2.2 Material de aplicação sobre o controle interno 25 2.2.1 Natureza e características gerais do controle interno 25 2.2.2 Componentes do controle interno 25 2.2.3 Controles relevantes para a auditoria 26 2.2.4 Natureza e extensão do entendimento dos controles relevantes 27 2.3 Princípios fundamentais dos controles contábeis 27 2.3.1 Responsabilidades 28 2.3.2 Rotinas Internas 29 2.3.3 Acesso aos ativos 29 2.3.4 Segregação de funções 29 2.4 Testes de observância do sistema de controle interno 30 CAPÍTULO III – Auditoria em Estoques 31
3.1 A importância das auditorias nos estoques 32 3.2 Contabilização 33 3.3 Objetivos dos procedimentos de auditoria 33 3.4 Controle interno nos estoques 33
8
3.5 Inventários físicos 34 3.6 Teste de avaliação 37 3.7 Outros procedimentos 39 3.8 Ajustes do inventário 39 3.9 Avaliação dos estoques 40 3.10 Cut-off dos estoques 40
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43
ÍNDICE 45
9
INTRODUÇÃO
Os estoques são bens destinados á venda ou fabricação, relacionados
com os objetivos e atividade da empresa. Eles são importantes na apuração do
lucro líquido de cada exercício social e na determinação do valor capital
circulante líquido representando uma parcela significativa do ativo de uma
empresa comercial ou industrial, por isso, são motivos de atenção especial por
parte dos auditores. Considera-se o fato deles representarem bens físicos
suscetíveis de cobiça por parte de seus manuseadores ou mesmo de terceiros.
Sob este contexto, o problema a ser investigado na presente pesquisa será:
como a auditoria externa através de seus procedimentos ajuda na detecção e
correção de falhas nesta atividade?
Dessa forma, o objetivo da pesquisa busca analisar como a auditoria
externa em estoques ajuda a melhorar o controle interno da empresa. Esta
pesquisa é importante para que a auditoria externa apure falhas nos controles
de estoques e os corrija para a administração da empresa. Através do controle
de estoques os auditores irão conferir se as normas de estocagem estão
sendo feitas de forma correta no intuito de ajudar as empresas com a detecção
de possíveis erros e fraudes nas suas gestões.
A auditoria é importante na gestão de estoques porque tem a função de
descobrir erros e fraudes, indagações e determinações sobre o controle interno
e assessoramento econômico-financeiro. Os auditores externos através de
testes verificarão se as normas de estocagem estão sendo feitas de forma
correta, as possíveis falhas serão informadas a administração para que a
empresa auditada corrija e tenha um controle de estoque melhor e mais
confiável, gerando assim mais confiança aos investidores devido a
demonstrações mais confiáveis.
Nos três capítulos deste trabalho serão abordados os seguintes temas
respectivamente: Um resumo sobre o que é auditoria e sua história, a
importância do controle interno para a empresa e os procedimentos da
auditoria em estoques, bem como sua importância.
10
Palavras Chave: Auditoria, Controle Interno, Estoques, Procedimentos de
Auditoria.
CAPÍTULO I
A AUDITORIA
O CONCEITO
11
A definição para auditoria de Ribeiro (2013), é a seguinte: “
Auditoria é uma técnica contábil que consiste na verificação da exatidão e
fidedignidade dos dados contidos nas demonstrações contábeis, por meio do
exame minucioso dos registros de contabilidade e dos documentos que deram
origem a eles ” (p.01). Outra definição para auditoria, conforme Carvalho, diz
que:
A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de
procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer
sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais da
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for
pertinente, a legislação específica. (CARVALHO, 2008, p.01)
1.1 – Origem e evolução da auditoria
De acordo com Ribeiro (2013), surgiu da necessidade de se garantir a
veracidade das informações derivadas dos registros contábeis. Embora a
auditoria tenha surgido em decorrência da evolução da contabilidade, sua
origem também se perde no tempo. Não é fácil precisar o exato momento em
que sua os usuários da informação contábil passaram a aplicar essa
importante técnica. Segundo os historiadores, as práticas contábeis existem
desde os primórdios da civilização.
Com o desenvolvimento das atividades econômicas, especialmente
relativas ao comércio, as funções do contador e do auditor foram sendo
reconhecidas nos países onde essas atividades eram praticadas pela
necessidade co controle do patrimônio e das operações.
O que acelerou o desenvolvimento dos procedimentos de auditoria no
início do século XX foi o surgimento das grandes corporações norte-
americanas. Com a abertura de seus capitais, as companhias precisavam
oferecer credibilidade e segurança a seus investidores. Os investidores,
12
usuários externos das informações contábeis, ficam conhecendo a situação
patrimonial, econômica e financeira das entidades nas quais pretendem
investir por meio das informações contidas nas demonstrações contábeis
elaboradas por essas entidades.
1.2 – Objetivo da auditoria
Conforme Ribeiro (2013) é aumentar o grau de confiança dos usuários
em relação a seu objeto. Quando se tratar de auditoria independente, por
exemplo, cujo objeto são as demonstrações contábeis, seu objetivo será
aumentar o grau de confiança dos usuários em relação às informações
contidas nessas demonstrações que foram examinadas, corroborando desta
forma (MARCONDES, 2003, p.4), “é a emissão do parecer sobre a adequação
com que as demonstrações financeiras representam a posição financeira.”
Desta forma ambos autores expressam que o objetivo da auditoria
denota transparência a partir dos pareceres, aumentando a confiança na
empresa.
1.3 – Objeto da auditoria
Para Ribeiro (2013), o objetivo da auditoria é aumentar o grau de
confiança dos usuários em relação a documentos, informações, controles,
procedimentos etc., seu objeto variará conforme o fim a que se destina ou que
se tem em vista.
O objetivo da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle
do patrimônio administrado, os quais compreendem registros contábeis,
papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a
veracidade dos registros a legitimidade dos atos da administração, bem como
sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais. (Franco e Marra, 2001,
p.31)
13
1.4 – Finalidade da auditoria
Tendo em vista que a auditoria é uma técnica contábil com múltipla ação
para Ribeiro (2013). Sua finalidade variará conforme os objetivos desejados.
Quando o objetivo da auditoria for o exame das demonstrações contábeis, sua
finalidade será expressar a opinião que assegure aumentar o grau de
confiança dos usuários em relação às respectivas demonstrações contábeis.
Quando se tratar de auditoria independente das demonstrações
contábeis, o auditor expressará a opinião garantindo, por exemplo, que as
demonstrações contábeis tenham sido elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
1.5 – Auditoria Interna
Para Ribeiro (2013) é a atividade de avaliação estabelecida ou fornecida
como um serviço para a entidade. Suas funções incluem, dentre outras:
exame, avaliação e monitoramento da adequação e efetividade do controle
interno.
Segundo estabelecem as normas internacionais para o exercício
profissional da auditoria interna, derivadas do Institute of Internal Auditors, a
auditoria interna é uma atividade independente e objetiva, que presta serviços
de avaliação e de consultoria e tem como objetivo adicionar valor e melhorar
as operações de uma organização.
Portanto, a auditoria interna, também conhecida por auditoria
operacional, desenvolve-se, principalmente, por meio do exame, da avaliação
e do monitoramento da adequação e efetividade do controle interno, com o
propósito, conforme vimos, de adicionar valor e melhorar as operações de uma
organização.
A principal função da auditoria interna é auxiliar a organização a
alcançar seus objetivos. Ela pode ser realizada tanto por auditores internos,
14
empregados da própria empresa, como por auditores independentes
contratados para esse fim. Os auditores internos são as pessoas que
executam as atividades da função de auditoria interna. Eles podem fazer parte
de um departamento de auditoria interna ou de uma função equivalente,
corroborando desta forma Carvalho (2008, p.305), o auditor interno “é um
empregado da empresa e, dentro de uma organização, não deve estar
subordinado àqueles cujo trabalha examina. Além disso, o auditor interno não
deve desenvolver atividades que possa vir um dia a examinar.”
1.6 – Etapas do ciclo de vida da auditoria interna
Conforme Ribeiro (2013), o ciclo da vida da auditoria interna pode ser
dividido em quatro etapas: planejamento, execução, relatório e follow-up.
O planejamento consiste na definição de estratégia global para o
trabalho e para o desenvolvimento de plano de auditoria. A execução consiste
no desenvolvimento dos trabalhos de auditoria com a realização dos testes
necessários. É o trabalho de campo realizado nas dependências da empresa
auditada. Nesta etapa, o auditor ou a equipe de trabalho aplica os
procedimentos de auditoria conforme o planejamento. O relatório de auditoria,
que será entregue ao cliente, é um documento no qual o auditor interno
expressa sua opinião como resultado dos trabalhos de auditoria. Follow-up
consiste na auditoria das ações que foram implementadas pela administração
após tomar conhecimento das evidências de distorções existentes e
devidamente incluídas no relatório.
1.7 – Objetivos da auditoria interna
Segundo Ribeiro (2013) as atividades da função de auditoria interna
podem incluir um ou mais dos itens a seguir:
- Monitoramento do controle interno – compreendem as responsabilidades
específicas de revisão de controles, monitoramento de sua operação e
recomendação de melhorias nestes.
15
- Exame das informações contábeis e operacionais – compreendem as
responsabilidades pela revisão dos meios usados para identificar, mensurar,
classificar e reportar informações contábeis e operacionais e fazer indagações
específicas sobre itens individuais, incluindo o teste detalhado de transações,
saldos e procedimentos.
- Revisão das atividades operacionais – compreendem as responsabilidades
por revisar a economia, eficiência e eficácia das atividades operacionais,
incluindo as atividades não financeiras de uma entidade.
- Revisão da conformidade com leis e regulamentos – compreendem as
responsabilidades por revisar a conformidade com leis, regulamentos e outros
requerimentos externos e com políticas e normas das administração e outros
requerimentos internos.
- Gestão de risco – corresponde a ajudar a organização mediante a
identificação e avaliação das exposições significativas a riscos e a contribuição
para a melhoria da gestão de risco e dos sistemas de controle.
- Governança – consiste em avaliar o processo de governança quanto à
realização de seus objetivos de ética e valores, administração de desempenho
e prestação de contas, comunicando informações sobre risco e controle para
as áreas apropriadas da organização, e da eficácia da comunicação entre as
pessoas responsáveis pela governança, os auditores internos e independentes
e a administração.
Percebe-se que os objetivos das funções de auditoria interna variam
amplamente e dependem do tamanho e da estrutura da entidade e dos
requerimentos da administração.
1.8 – Requisitos da função de auditoria interna
1.8.1 – Objetividade
A objetividade segundo Ribeiro (2013):
16
- A situação da função de auditoria interna na entidade e o efeito que essa
situação tem na capacidade dos auditores internos de serem objetivos;
- Se a função de auditoria interna apresenta relatórios para os responsáveis
pela governança ou para um executivo com a autoridade apropriada e se os
auditores interno têm acesso direto aos responsáveis pela governança;
- Se os auditores internos estão livres de qualquer responsabilidade conflitante;
- Se os responsáveis pela governança supervisionam de modo geral as
decisões de contratação de pessoas relacionadas com a função de auditoria
interna;
- Se existem quaisquer limitações ou restrições estabelecidas para a função de
auditoria interna pela administração ou pelos responsáveis pela governança; e
- Se e em que extensão a administração age de acordo com as
recomendações da função de auditoria interna e como essa ação é
evidenciada.
1.8.2 – Competência técnica
A competência técnica conforme Ribeiro (2013):
- Se os auditores internos são membros de órgãos profissionais relevantes;
- Se os auditores internos têm competência e treinamento técnico adequados
como auditores internos; e
- Se existem políticas estabelecidas para a contratação e o treinamento de
auditores internos.
1.8.3 – Zelo profissional
O zelo profissional corroborado por Carvalho (2008):
- Se as atividades da função de auditoria interna são planejadas,
supervisionadas, revisadas e documentadas adequadamente; e
- A existência e a adequação de manuais de auditoria, ou de outros
documentos semelhantes, de programas de trabalho e da documentaçãode
auditoria interna.
17
1.8.4 – Comunicação
A comunicação segundo Ribeiro (2013):
- As reuniões sejam realizadas em intervalos apropriados durante todo período;
- O auditor independente seja informado sobre relatórios de auditoria interna
relevantes, tenha acesso a esses relatórios e seja informado sobre quaisquer
assuntos significativos dos quais os auditores internos tomaram conhecimento
nos casos em que esses assuntos possam afetar o trabalho do auditor
independente; e
- O auditor independente informa os auditores internos sobre quaisquer
assuntos significativos que possam afetar a função de auditoria interna.
1.9 – Relatório de auditoria interna
Para Ribeiro (2013), os resultados dos trabalhos de auditoria realizados
por auditores internos são consubstanciados em um relatório de auditoria
dirigido à alta administração ou à governança da própria organização auditada,
a quem, normalmente cumpre definir o escopo da auditoria interna.
Os trabalhos de auditoria interna são realizados pelo staff (corpo de
auditores), sendo o relatório finalizado pelo gerente da área com a devida
aprovação do diretor executivo do departamento de auditoria interna, se houver
esse cargo na organização. Os relatórios da auditoria interna podem versar
sobre vários assuntos, relacionados ou não ao controle interno. Por esse
motivo, eles não são padronizados como aqueles elaborados por auditores
independentes quando realizam auditoria nas demonstrações contábeis.
1.10 – Auditoria externa
Ribeiro (2013) explica que é uma técnica contábil que consiste na
verificação da exatidão e fidedignidade dos dados contidos nas demonstrações
18
contábeis, por meio do exame minucioso dos registros de contabilidade. A
auditoria externa é realizada por auditores independentes contratados pela
organização para examinar as suas demonstrações contábeis e expressar
opinião por intermédio do relatório de auditoria.
Segundo Almeida (2012, p.2) ”o profissional que examina as
demonstrações contábeis da empresa e emite sua opinião sobre estas, é o
auditor externo ou auditor independente.”
Conforme Ribeiro (2013), as companhias de capital aberto, assim como
as sociedades de grande porte, por força de determinações legais, contratam
os serviços de auditores independentes para examinar suas demonstrações.
Segundo Araújo (2002, p.44), o trabalho da auditoria independente se
materializa com a emissão do parecer. “A finalidade principal do parecer
consiste em divulgar a opinião do auditor sobre a fidedignidade das
demonstrações contábeis”.
“A auditoria independente tem o objetivo de expressar uma opinião
sobre as demonstrações contábeis das entidades por meio do parecer, que é
um relatório resumido ou chamado também de relatório sintético”.
(ALBERTON, 2002, P.23)
Observa-se que o auditor externo têm o serviço contratado para
examinar as demonstrações contábeis e emitir um parecer corroborando a
veracidade das demonstrações auditas, desta forma emitindo um parecer
técnico.
1.10.1 – Etapas do ciclo de vida da auditoria independente
Segundo Ribeiro (2013), o ciclo de vida da auditoria independente é
desenvolvido em três etapas: planejamento, execução e relatório.
O planejamento consiste na definição de estratégia global para o
trabalho e para o desenvolvimento de plano de auditoria. A execução consiste
no desenvolvimento dos trabalhos de auditoria. O relatório é um documento no
qual o auditor independente expressa a opinião como resultado dos trabalho
de auditoria.
19
1.10.2 – Independência da auditoria externa
Para Ribeiro (2013), é a capacidade que a entidade de auditoria tem de
julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a emissão de
relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos
sócios, aos cotistas, aos cooperadores e as todas demais partes que possam
estar relacionadas com o seu trabalho. Objetivando o aumento no grau de
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. No caso da
maioria das estruturas conceituais para fins gerais, a opinião do auditor
evidenciará se as demonstrações contábeis estão apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro. Em algumas situações, porém, lei e
regulamento aplicáveis podem exigir que o auditor forneça opinião sobre outros
assuntos específicos, como a eficácia do controle interno ou a compatibilidade
de um relatório separado da administração com as demonstrações contábeis.
1.10.3 – Utilização dos trabalhos de auditoria interna
Para Ribeiro (2013), o auditor independente, ao desenvolver os
trabalhos de auditoria em uma entidade que tenha a função de auditoria
interna, poderá optar pela utilização do trabalho dos auditores internos para
modificar a natureza. Entretanto, essa opção somente será adotada quando o
auditor independente tiver certeza de que a função de auditoria interna da
entidade seja relevante para os trabalhos da auditoria externa.
1.10.4 – Auditoria interna X auditoria externa
Segue abaixo as características entre os dois tipos de auditoria:
- Enquanto as funções de auditoria interna são desenvolvidas por auditores
pertencentes ao quadro de empregados da própria organização ou por
20
auditores independentes contratados para esse fim, as funções de auditoria
externa são realizadas exclusivamente por auditores independentes;
- Enquanto as etapas do ciclo de vida da auditoria independente são realizadas
parte na firma de auditoria e parte na organização auditada, essas etapas do
ciclo da vida da auditoria interna, quando executadas por auditores da
organização auditada, são realizadas dentro da própria organização auditada;
- Enquanto o principal objetivo do auditor independente é expressar uma
opinião que possibilite aumentar o grau de confiança dos usuários externos em
relação às demonstrações contábeis, os objetivo das funções de auditoria
interna variam amplamente e dependem do tamanho e da estrutura da
entidade e dos requerimentos da administração e, quando aplicável, dos
responsáveis pela governança. As atividades da função de auditoria interna
podem incluir: monitoramento do controle interno, exame das informações
contábeis e operacionais, revisão das atividades operacionais etc;
- Enquanto o ciclo da vida da auditoria independente pode ser dividido em três
etapas: planejamento, execução e relatório, o ciclo da vida da auditoria interna,
que é mais abrangente, pode ser dividido em quatro etapas: planejamento,
execução, relatório e follow-up;
- Enquanto a atitude dos auditores internos, embora independente, é limitada
aos interesses da organização, os auditores externos têm independência plena
para expor suas opiniões em seus relatórios de auditoria; e
- Enquanto, para exercer as atividades de auditoria independente, o auditor
precisa ser obrigatoriamente contador, estar devidamente registrado em
Conselho Regional de Contabilidade e no Cadastro Nacional de Auditores
Independentes, para exercer as funções de auditoria interna, o auditor não
precisa ser contador e também não está sujeito a se cadastrar nos órgãos
citados.
No próximo capítulo será abordado o tema sobre controle interno.
21
CAPÍTULO II
CONTROLE INTERNO
O CONCEITO
A definição para controle interno de Carvalho (2008), é a
seguinte: “O controle interno compreende o conjunto de procedimentos
adotados pela auditada com vistas à salvaguarda dos ativos e à eficácia
operacional ” (p.60). Outra definição para controle interno, conforme Almeida,
diz que:
O controle interno representa em uma organização o conjunto de
procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os
ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração
na conduta ordenada dos negócios da empresa. (ALMEIDA, 2012,
p.57).
22
Para Carvalho (2008), o controle interno pode ser dividido em duas
categorias: contábeis e administrativos. Os primeiros estão relacionados à
proteção do patrimônio da empresa e aos diversos sistemas de informações.
Os controles administrativos intentam proporcionar eficácia às operações,
abrangendo estudos de tempos e movimentos, controle de qualidade, análise
de lucratividade por linha de produtos, etc.
Segundo Almeida (2012), são exemplos de controles contábeis e
controles administrativos.
Controles contábeis:
- Sistemas de conferência, aprovação e autorização;
- Segregação de funções (pessoas que têm acesso aos registros contábeis
não podem custodiar ativos da empresa);
- Controles físicos sobre ativos; e
- Auditoria interna.
Controles administrativos:
- Análises estatísticas de lucratividade por linha de produtos;
- Controle de qualidade;
- Treinamento de pessoal;
- Estudos de tempos e movimentos;
- Análise das variações entre os valores orçados e os incorridos; e
-Controle dos compromissos assumidos, mas ainda não realizados
economicamente.
2.1 – A importância do controle interno
Segundo Ribeiro (2013), uma das responsabilidades do auditor
independente quando desenvolve auditoria de demonstrações contábeis é
identificar e avaliar possíveis riscos de distorção que possam influenciar a
veracidade dos dados informados nas respectivas demonstrações contábeis
23
por ele auditadas. As falhas que, porventura, ocorrem no controle interno
podem afetar diretamente os resultados apurados pela organização.
Conforme Carvalho (2008), o auditor deve efetuar o estudo e a
avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade, como base
para determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos
procedimentos de auditoria, considerando:
- O tamanho e a complexidade das atividades da entidade;
- Os sistemas de informação contábil, para efeitos tanto internos quanto
externos;
- As áreas de risco de auditoria;
- A natureza da documentação, em face dos sistemas de informatização
adotados pela entidade;
- O grau de descentralização de decisão, adotado pela administração da
entidade; e
- O grau de envolvimento da auditoria interna.
Na avaliação do sistema contábil e de controles internos pelo auditor
devem ser considerados os seguintes aspectos:
- O ambiente de controle existente na entidade; e
- Os procedimentos de controle adotados pela administração da entidade.
O primeiro grupo contempla:
- A definição de funções de toda a administração;
- O processo decisório adotado na entidade;
- A estrutura organizacional da entidade e os métodos de delegação de
autoridade e responsabilidade;
- As políticas de pessoal e a segregação de funções; e
- O sistema de controle de administração, incluindo as atribuições da auditoria
interna, se existente.
Os procedimentos de controle incluem:
- As normas para a elaboração de demonstrações contábeis e quaisquer
outros informes contábeis e administrativos, para fins internos ou externos;
- A elaboração, a revisão e a aprovação de conciliações de contas;
24
- A sistemática revisão da exatidão aritmética dos registros;
- A adoção de sistemas de informação computadorizados e os controles
adotados na sua implantação, alteração, acesso a arquivos e geração de
relatórios;
- Os controles adotados sobre as contas que registram as principais
transações da entidade;
- O sistema de aprovação e a guarda de documentos;
- A comparação de dados internos com fontes externas de informação;
- Os procedimentos de inspeções físicas periódicas em ativos da entidade;
- A limitação do acesso físico a ativos e registros; e
- A comparação dos dados realizados com dados projetados.
Um sistema de controle interno adequado garante não só ao auditor
independente obter maior credibilidade nas informações contidas nas
demonstrações contábeis, como também auxilia a administração no
aperfeiçoamento das suas operações em busca dos seus objetivos,
aprimorando a eficiência dos processos produtivos com a redução de custos e
melhoria na qualidade dos produtos e serviços.
2.2 – Material de aplicação sobre o controle interno
Para Ribeiro (2013), o material de aplicação sobre o controle interno é
apresentado em quatro seções: natureza e características gerais do controle
interno, componentes do controle interno, controles relevantes para a auditoria
e natureza e extensão do entendimento dos controles relevantes.
2.2.1 – Natureza e características gerais do controle interno
Segundo Ribeiro (2013), o controle interno é planejado, implementado e
mantido para enfrentar riscos de negócios identificados que ameacem o
cumprimento de qualquer um dos objetivos da entidade com relação à:
- confiabilidade das informações e demonstrações contábeis da entidade;
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- efetividade e eficiência de suas operações; e
- conformidade com leis e regulamentos aplicáveis.
A administração da companhia é responsável pelos controles internos
determinados por ela como necessários para permitir a elaboração de
demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro.
2.2.2 – Componentes do controle interno
Para Ribeiro (2013), a divisão do controle interno fornece uma estrutura
útil para que os auditores considerem como diferentes aspectos do controle
interno da entidade podem afetar a auditoria:
- Ambiente de controle;
- Processo de avaliação de risco da entidade;
- Sistema de informação, inclusive os processos relacionados de negócio
relevantes para os relatórios financeiros e comunicação;
- Atividades e controle; e
- Monitoramento de controles.
2.2.3 – Controles relevantes para a auditoria
Conforme Ribeiro (2013), há uma relação direta entre os objetivos da
entidade e os controles que ela implementa para fornecer segurança razoável
a respeito do seu cumprimento. Os objetivos e, portanto, os controles da
entidade relacionam-se com as demonstrações contábeis, as operações e a
conformidade, contudo, nem todos esses objetivos e controles são relevantes
para a avaliação de riscos pelo auditor. Os fatores relevantes para o
julgamento do auditor ao determinar se um controle, individualmente ou em
combinação com outros, é relevante para a auditoria podem incluir assuntos
como os seguintes:
- Materialidade;
26
- Importância do risco relacionado;
- Tamanho da entidade;
- Natureza do negócio da entidade, inclusive suas características de
organização e propriedade;
- Diversidade e complexidade das operações da entidade;
- Exigências legais e regulatórias aplicáveis;
- Circunstâncias e o componente aplicável do controle interno;
- Natureza e complexidade dos sistemas que fazem parte do controle interno
da entidade, inclusive o uso de organizações de serviços; e
- Se, e como, um controle específico, individualmente ou em combinação com
outros, impede ou detecta e corrige distorção relevante.
2.2.4 – Natureza e extensão do entendimento dos controles
relevantes
Para Ribeiro (2013), na obtenção do entendimento dos controles que
são relevantes para a auditoria, o auditor deve avaliar o desenho desses
controles e determinar se eles foram implementados, por meio da execução de
procedimentos, além das indagações junto aos funcionários da entidade.
A implementação de um controle significa que ele existe e que a
entidade o está usando. Há pouco sentido em avaliar a implementação de
controle que não seja efetivo e, portanto, a concepção do controle é o primeiro
a ser considerado. Um controle inadequadamente planejado pode representar
uma deficiência significativa no controle interno.
Os procedimentos de avaliação de risco para obter evidência de
auditoria a respeito do desenho e implementação dos controles relevantes
podem incluir:
- Indagações junto ao pessoal da entidade;
- Observação da aplicação de controles específicos;
- Inspeção de documentos e relatórios; e
- Acompanhamento das transações por meio de sistema de informação
relevante para as demonstrações contábeis.
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2.3 – Princípios fundamentais dos controles contábeis
Os controles contábeis estão relacionados à proteção do patrimônio da
empresa e aos diversos sistemas de informação. A definição dos princípios
fundamentais dos controles contábeis segundo (ALMEIDA, 2012, P.58):
A administração da empresa é responsável pelo estabelecimento do
sistema de controle interno, pela verificação de se está este sendo
seguido pelos funcionários, e por sua modificação, no sentido de
adaptá-lo às novas circunstâncias.(ALMEIDA, 2012, P.58)
Desta forma evita-se a ocorrência de fraudes e desvios dentro da
empresa.
2.3.1 – Responsabilidades
Para Almeida (2012), as atribuições dos funcionários ou setores internos
da empresa devem ser claramente definidas e limitadas, de preferência por
escrito, mediante o estabelecimento de manuais internos de organização. As
razões para se definirem as atribuições são: assegurar que todos os
procedimentos de controles sejam executados, detectar erros e irregularidades
e apurar as responsabilidades por eventuais omissões na realização das
transações da empresa.
Segue abaixo alguns exemplos de tarefas internas de controle segundo
Almeida (2012), para as quais precisam ser definidos os empregados
responsáveis:
- Aprovação de aquisição de bens e serviços;
- Execução do processo de aquisição;
- Certificação do recebimento de bens ou prestação dos serviços;
- Habilitação do documento fiscal do fornecedor para pagamento;
- Assinatura de cheques;
28
- Aprovação de venda;
- Depósito do numerário em banco;
- Pagamentos aos empregados;
- Recebimento de numerário;
- Guarda de talonários de cheque em branco;
2.3.2 – Rotinas internas
Conforme Almeida (2012), a empresa deve definir no manual de
organização todas as suas rotinas internas, essas rotinas compreendem:
- Requisição de material ou serviços;
- Formulário de cotação de preços;
- Mapa de licitação;
- Ordem de compra;
- Aviso de recebimento de material;
- Mapa de controle de programação financeira; e
- Pedido de vendas.
2.3.3 – Acesso aos ativos
A empresa deve limitar o acesso dos funcionários a seus ativos e
estabelecer controles físicos sobre esses. O acesso aos ativos da empresa
representa:
- Manuseio de numerário recebido antes de ser depositado em conta corrente
bancária;
- Emissão de cheque sozinho;
- Manuseio de envelopes de dinheiro de salários; e
- Custódia de ativos;
Exemplos de controles físicos sobre ativos:
- Local fechado para o caixa;
- Guarda de títulos em cofre; e
29
- A fábrica deve ser totalmente cercada e na saída os funcionários ou terceiros
com embrulhos e carros devem ser revistados.
2.3.4 – Segregação de funções
É o princípio básico do controle interno essencial para a sua efetividade,
consistindo na separação de atribuições ou responsabilidades entre diferentes
pessoas, especialmente as funções ou atividades chaves. Segue a definição
para segregação de funções, segundo Almeida:
“A segregação de funções consiste em estabelecer que uma mesma
pessoa não pode ter acesso aos ativos e aos registros contábeis,
devido ao fato de essas funções serem incompatíveis dentro do
sistema de controle interno.”(ALMEIDA, 2012, p.61)
2.4 – Testes de observância do sistema de controle interno
Almeida (2012) explica que os testes de observância consistem em o
auditor se certificar de que o sistema de controle interno levantado é o que
realmente está sendo utilizado. Acontece com freqüência que uma empresa
tem um excelente sistema de controle interno descrito em seu manual de
procedimentos, entretanto, na prática, a situação é totalmente diferente. Caso
o sistema em uso seja diferente do descrito nos manuais internos, o auditor
deve alterar as informações sobre o sistema, anteriormente levantadas, de
forma ajustá-las à situação real existente. Isso quer dizer que o auditor deve
avaliar o sistema que efetivamente está sendo praticado no controle dos ativos
da empresa e na produção de dados contábeis confiáveis.
No próximo capítulo abordaremos o tema auditoria em estoques.
30
CAPÍTULO III
AUDITORIA EM ESTOQUES
O CONCEITO
Os estoques são bens destinados à venda ou fabricação, relacionados
com os objetivos e atividades da empresa. Eles são importantes na apuração
do lucro líquido de cada exercício social e na determinação do valor capital
circulante líquido representando uma parcela significativa do ativo de uma
empresa comercial ou industrial, por isso, são motivos de atenção especial por
parte dos auditores. Considera-se o fato deles representarem bens físicos
suscetíveis de cobiça por parte de seus manuseadores ou mesmo de terceiros.
Sob este contexto, o problema a ser investigado na presente pesquisa
será: como a auditoria externa através de seus procedimentos ajuda na
detecção e correção de falhas nessa atividade?
Dessa forma, o objetivo da pesquisa busca analisar como a auditoria
externa em estoques ajuda a melhorar o controle interno da empresa. Esta
pesquisa é importante para que a auditoria externa apure falhas nos controles
de estoque e corrija para a administração da empresa. Através do controle de
estoques os auditores irão conferir se as normas de estocagem estão sendo
feitas de forma correta no intuito de ajudar as empresas com a detecção de
possíveis erros e fraudes nas suas gestões.
A auditoria é importante na gestão de estoques porque tem a função de
descobrir erros e fraudes, indagações e determinações sobre o controle interno
e assessoramento econômico-financeiro. Os auditores externos através de
testes verificarão se as normas de estocagem estão sendo feitas de forma
correta, as possíveis falhas serão informadas a administração para que a
31
empresa auditada corrija e tenha um controle de estoque melhor e mais
confiável, gerando assim mais confiança aos investidores devido a
demonstrações mais confiáveis.
3.1 – A importância das auditorias nos estoques
Segundo Almeida (2012), a verificação dos estoques para o trabalho de
auditoria é de extrema importância, nos últimos anos têm se verificado que
alterações nos estoques podem ocasionar mudanças importantes nas
empresas. Os próprios empresários têm mostrado interesse nos estoques
devido a pressão sobre preços e lucros e a informatização que acaba ajudando
no controle de estoques evitando assim erros e fraudes tendo assim
demonstrações contábeis mais concretas.
O trabalho de João Lúcio (1998) “auditoria dos estoques”, diz que a
auditoria nos estoques têm a importância de conferir a exatidão dos saldos
demonstrados no Balanço Patrimonial e/ou declarado no livro próprio de
registro de inventário das empresas, utilizando alguns procedimentos que
visam assegurar a existência e a propriedade dos estoques. O auditor deve
efetuar testes de contagem, anotando-os em seus papéis de trabalho e
examinar as folhas do inventário para confirmar a existência dos itens por ele
testados. Esses testes devem ser tanto mais numerosos quanto maior for ou
mais complexo e diversificado for o inventário.
Pela auditoria em estoques, pode-se descobrir métodos utilizados pelos
sonegadores para tentar ocultar do auditor fiscal, tal prática, como é o caso da
superavaliação e a subavaliação de estoques.
Dentre os procedimentos de auditoria dos estoques, o levantamento
específico, tem sido uma técnica útil. Alguns consideram indiferente o
procedimento de auditoria dos estoques, porém, nunca deixará de ser sempre
uma questão atual e um instrumento de grande valia para o auditor.
Para Gellati e Meneghetti (2007) que em seu trabalho “a importância da
auditoria nos estoques”, explica sobre a avaliação do controle interno feito
pelos auditores dentro da empresa:
32
Para avaliar a confiabilidade dos registros e das demonstrações
contábeis, a contabilidade vale-se da auditoria, que nada mais é que o
exame analítico e pericial seguido do desenvolvimento das operações
contábeis desde o início até o balanço. A auditoria visa avaliar o
controle das principais áreas da empresa, buscando protegê-las
contra situações propiciadoras de fraudes, simulações, desfalques,
dentre outras, através de técnicas próprias. (GELLATI e
MENEGHETTI, 2007, p.2)
3.2 – Contabilização
Os estoques são classificados no ativo circulante, observando sempre
os produtos acabados em primeiro lugar, os produtos acabados em
primeiro lugar, os produtos em processo em segundo e as matérias-
primas em terceiro, sendo classificados em ordem decrescente de
grau de liquidez. (ALMEIDA 2012, p.177)
3.3 – Objetivos dos procedimentos de auditoria
Attie (1998) explica que a auditoria dos estoques tem a finalidade de:
- Determinar sua existência, que poderá estar na companhia, em custódia com
terceiros ou em trânsito;
- Determinar se pertence à companhia;
- Determinar se foram aplicados os princípios de contabilidade geralmente
aceitos, em bases uniformes;
- Determinar a existência de estoques penhorados ou dados em garantia; e
- Determinar se estão corretamente classificados nas demonstrações
financeiras.
3.4 – Controle interno nos estoques
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Attie (1998) comenta em seu trabalho que o controle interno tem por
objetivo a determinação do escopo de trabalho para o auditor, os
procedimentos a utilizar, a data e a extensão dos trabalhos. Cada companhia
tem seu controle interno de acordo com suas necessidades, muito embora isto
seja variável de companhia para companhia, a administração deve estabelecer
os controles internos que lhe concedam alguma segurança para efeito de sua
gestão. Para Attie, alguns exemplos de controle interno são:
- Segregação de funções entre a guarda física dos estoques e a
contabilização;
- Autorização de compra por pessoa de nível;
- Utilização de requisição de materiais para produção;
- Utilização de coleta de preços para compra;
- Apontamentos das horas trabalhadas na produção;
- Registro perpétuo do estoque;
- Determinação de ponto mínimo de estoque;
- Conciliação periódica entre o registro perpétuo e o razão sintético de
estoques;
- Contagens rotativas de estoques;
- Sistema de custo integrado à contabilidade;
- Segregação de funções entre o setor de compras e o de recebimento; e
- Contagem física quando da recepção e emissão de documento
comprobatório.
3.5 – Inventários físicos
Segundo Franco e Marra (2001), o inventário físico faz a contagem e
inspeção de todos os estoques existentes, fazendo também a avaliação dos
mesmos. Estoque geralmente é um dos maiores itens do ativo no balanço e
dependendo do seu tamanho e do número de itens será uma tarefa difícil.
Franco e Marra explicam que:
34
Ao auditor cabe observar o desenvolvimento do inventário físico.
Todavia, o auditor deve inteirar-se antecipadamente do programa de
realização de inventário, não só para comparecer, mas, para verificar
se o programa é satisfatório e para poder sugerir procedimentos que
julgar necessários. (FRANCO e MARRA, 2001, p.400)
Franco e Marra (2001) estabelecem os principais pontos que merecem
atenção do auditor para ter um inventário físico sem anormalidades:
- Estabelecer horário para a realização do inventário;
- Estabelecer que haja arrumação adequada dos estoques;
- Definir quantas contagens serão necessárias;
- Realizar antecipadamente um pré inventário, em alguns setores, quando
possível;
- Determinar que os produtos acabados sejam os primeiros a serem
inventariados;
- Determinar que seja efetuada com antecedência a indicação quanto aos itens
com pouca movimentação ou obsoletos;
- Determinar quais os critérios de contagem;
- Determinar que as fichas de controle dos estoques fiquem sob custódia do
responsável pelo setor e sejam liberadas somente quando do final do
inventário;
- Indicar pessoa exclusiva para ser responsável pelos serviços de “corte” de
documentação, isto é, entradas, saídas, requisições, ordens de produção e
etiquetas;
- Estipular a paralisação da produção e de setores do almoxarifado;
- Determinar que no controle das etiquetas de inventário seja elaborado um
quadro de distribuição, que identifique as emitidas, canceladas e rasuradas; e
- Na ocorrência de etiquetas rasuradas, sejam estas canceladas, emitindo-se
outras.
Segundo Franco e Marra (2001), o auditor deve acompanhar a
contagem e verificar se os itens contados foram incluídos nas folhas de
inventário. O auditor deve fazer testes nas contagens anotando todas suas
35
observações no seu papel de trabalho, e quanto maior o estoque maior o
número de testes.
Poderá ter situações em que parte dos estoques esteja com terceiros,
se o valor desses estoques for irrelevante, a simples confirmação por parte do
armazenador é o suficiente. Se o valor for relevante cabe a contagem física,
inclusive para avaliar suas condições de conservação, defeitos ou
obsolescência.
A arrumação dos estoques deve ser objeto de observação, para evitar
fraudes. Podem existir embalagens vazias que estão sendo contadas
como se estivessem completas, quando tiver motivos de suspeita
deverá pedir que determinadas embalagens sejam abertas para
verificações. (FRANCO e MARRA, 2001, p.401).
Para facilitar o inventário físico o auditor deve tomar algumas
preocupações de acordo com Franco e Marra:
Para realização de inventário o ideal é que a empresa suspenda suas
atividades, normalmente essa tarefa é mais fácil de se fazer no fim de
semana. Caso não consiga a paralisação da empresa, será
necessário estudar as condições de armazenagem e o sistema de
controle dessa movimentação, para tomar providências adequadas.
(FRANCO e MARRA, 2001, p.402).
O inventário deve ser antecipado à época do balanço, para o auditor
fazer o maior número de testes antes do fechamento do balanço. “Na data do
balanço, faz-se o exame das entradas e saídas referentes ao período
intermediário, para se determinar a razoabilidade dos valores dos estoques
que irão figurar no balanço”. (FRANCO e MARRA, 2001, p.402).
Segundo Franco e Marra (2001), o inventário deverá ser feito em
intervalos, isso diminui o risco de incluir duplamente alguns lotes de materiais,
ou deixar de incluí-los. O levantamento físico deve ser feito em dias diferentes
quando os materiais forem fáceis de identificar, de forma que não causem
confusão, e quando houver um sistema de controle de grande confiança.
36
O auditor deve verificar se todos lotes foram etiquetados quando este
sistema for adotado, e depois verificar se foram transcritas nas folhas
de inventário. Antes ele deve segurar de que todas etiquetas foram
identificadas, seriadas e numeradas. (FRANCO e MARRA,
2001, P.402)
O auditor deve prestar atenção na identificação dos materiais
inventariados de acordo com as folhas de inventário como explica Franco e
Marra:
É importante o auditor prestar atenção à correta identificação dos
materiais inventariados, observando se a denominação constante das
folhas de inventário é aquela pela qual os materiais são faturados e
registrados. Pode ter casos em que os materiais são conhecidos sob
mais de uma denominação, o que pode causar confusão e dúvidas no
momento de se fazer avaliação. (FRANCO e MARRA, 2001,
p.402).
3.6 – Teste avaliação
De acordo com Almeida (2012), alguns testes de avaliação são:
- Verificar se o sistema de alocação de custo está de acordo com as operações
da empresa e com os princípios de contabilidade;
- Rever o somatório das relações finais de inventário com os saldos das
respectivas contas do razão geral da contabilidade;
- Selecionar matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados para
testes;
- Conferir os registros perpétuos de estoques com as informações das
matérias-primas;
- Rever as quantidades multiplicadas pelo custo unitário, se elas são iguais ao
custo total das matérias-primas;
37
- Revisão dos cálculos de apuração dos custos unitários durante o exercício
social sob exame, de acordo com o método utilizado na empresa;
- Comparar o custo unitário com o do ano anterior e investigar as
discrepâncias;
- Fazer a comparação do custo unitário atual com o custo de reposição, a fim
de constatar se o custo não está inferior ao valor de mercado. Caso o valor de
mercado ou de reposição esteja menor, deve-se ter a certeza de que os
produtos acabados, em que matérias-primas seriam transformadas, ainda
podem ser vendidos com lucro, depois da incorporação das matérias-primas a
seu custo. Caso isso não aconteça, a empresa deve constituir provisão para
desvalorização de estoques;
- Conferir as informações dos produtos em processo com os registros
analíticos;
- Verificar se os produtos em processo recebem débitos normalmente;
- Conseguir estimativas dos custos necessários para completar o produto em
processo, fazer a comparação do custo unitário total com custo unitário do ano
anterior de um produto terminado da mesma natureza e analisar as
discrepâncias;
- Confrontar custo unitário total com valor de mercado. Se o valor de mercado
for inferior, a empresa deve constituir provisão para desvalorização de estoque;
- Verificar informações dos registros perpétuos de estoques dos produtos
acabados;
- Conferir se o cálculo das quantidades multiplicadas pelo custo unitário é igual
ao custo total dos produtos acabados;
- Fazer a revisão igual ao das matérias-primas, dos cálculos de apuração dos
custos unitários durante o exercício sob exame;
- Confrontar o custo unitário com o do ano anterior dos produtos acabados;
- Comparar o custo unitário com o valor de mercado. Se o valor de mercado
estiver abaixo do custo, a empresa deve constituir provisão para
desvalorização de estoques. O auditor deve estar atento para a possível
necessidade de constituir provisão para o estoque de matérias-primas que no
futuro irão se transformar em produtos acabados.
38
3.7 – Outros procedimentos
Para estoques obsoletos e de lento movimento proceda da seguinte
forma segundo Almeida (2012):
- Fazer a investigação dos procedimentos da empresa para distinguir esses
dos materiais normais;
- Se as anotações nos papéis de trabalho estão de forma correta;
- Examinar os registros perpétuos dos estoques de matérias-primas e produtos
sem movimento nos últimos 12 meses;
- A verificação dos estoques obsoletos e de baixo movimento, se foram
adequadamente avaliados no balanço;
- Verificação dos lucros não realizados nas transferências de estoques entre
departamentos ou filiais ou nas vendas entre companhias no mesmo grupo se
foram eliminados para fins de combinação, consolidação e avaliação de
investimento pelo método de equivalência patrimonial;
- Cálculo da rotação de cada classe de estoque e compare com o resultado
encontrado com o do ano anterior;
- Investigação dos estoques penhorados ou dados em garantia, caso que sim,
verificar se consta na nota explicativa;
3.8 – Ajustes do inventário
O ajuste no inventário apura e corrige as diferenças após os inventários,
conforme corrobora Franco e Marra:
Depois do inventário é normal que sejam apuradas diferenças em
relação aos registros. Se tais diferenças forem relevantes, devem ser
propostos ajustes nos registros apara que o montante que venha a
figurar no ativo do balanço que seja correto e adequado.(FRANCO
e MARRA, 2001, p.403)
39
3.9 – Avaliação dos estoques
A avaliação dos estoques segundo Franco e Marra (2001) deve ser feita
pelos preços de custo ou mercado, escolhendo o menor. É um princípio
derivado na prudência administrativa, do conservadorismo. Os critérios são
utilizados baseados na função da empresa, organização e seu controle.
Segundo Franco e Marra (2001), depois de escolher o critério de
avaliação, este deve ser conservado exercício após exercício, para que os
próximos resultados que vierem a ser apurados sejam uniformes. Caso não
ocorra, há o risco de se chegar a um resultado operacional errado.
“As mudanças não são proibidas, mas quando ocorrer, seus efeitos
devem ser quantificados e revelados. A revelação é feita através de nota
explicativa esclarecedora”. (FRANCO e MARRA, 2001, p.405)
Os métodos de avaliação mais conhecidos são:
- Custo real específico, onde cada item dos estoques tem seu custo conhecido
e por ele é avaliado;
- Custo médio ponderado, onde se apura o custo ponderado de cada espécie
de produto, durante o exercício, aplicando-se essa média ao estoque final
desse produto;
- Sistema de custo peps, onde se fez a avaliação pelo custo da primeira
entrada;
- Sistema ueps, onde a avaliação é pelo custo da última entrada.
3.10 – Cut-off dos estoques
Segundo Attie (1998), o cut-off tem como meta a correta contabilização
das transações em seus períodos de competência. O auditor deve verificar se
todos os estoques existentes de propriedade da companhia foram
apropriadamente incluídos nos estoques, e os que não pertencem foram
retirados. O cut-off trabalha com a independência de dois exercícios sociais
separados apenas pela mudança cronológica de uma data previamente
40
definida pela administração, como sendo a de encerramento do exercício
social.
Pode acontecer de mercadorias terem sido incluídas no estoque sem
que tenham feito a devida contabilização, ou de vendas realizadas em
períodos errados. Com o tempo esses feitos irão se compensar, mas o
exercício social ora auditado, terá sido influenciado pelos erros da
contabilização em exercícios errados.
CONCLUSÃO
Como a auditoria externa através de seus procedimentos ajuda na
detecção e correção de falhas nesta atividade?
A auditoria nos estoques propõe a verificação da organização, o
planejamento e o controle do estoque, adotando alguns procedimentos para
41
verificar o inventário físico, para ter a certeza de que os materiais existem nos
devidos estoques, evitando assim erros ou fraudes. A auditoria em estoques
requer um planejamento cuidadoso e investimentos em tempo, empenho e
custo. O auditor efetuará testes de contagem, fazendo anotações em seus
papéis de trabalho. Esses testes devem ser mais numerosos o quanto maior
for o tamanho do estoque e a quantidade de seus itens. Algumas empresas
tratam os estoques apenas como despesas já pagas, em outras representam o
ativo mais importante a ser auditado, por isso as chances de ocorrerem erros
ou frades são grandes e a auditoria através de seus procedimentos ajudará
nesse trabalho para a administração da empresa ter um controle melhor neste
setor evitando tais problemas, acarretando desta forma em mais credibilidade
no seu ativo e maior transparência.
42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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independentes na perspectiva comportamental. Tese de Doutorado.
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis 2002.
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RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria Fácil. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
44
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
2
AGRADECIMENTO
3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I - A Auditoria 11
1.2 Origem e evolução da auditoria 11 1.2 Objetivo da auditoria 12 1.3 Objeto da auditoria 12 1.4 Finalidade da auditoria 13 1.5 Auditoria Interna 13 1.6 Etapas do ciclo de vida da auditoria interna 14 1.7 Objetivo da auditoria interna 15 1.8 Requisitos da vida de auditoria interna 16 1.8.1 Objetividade 16 1.8.2 Competência técnica 16 1.8.3 Zelo profissional 17 1.8.4 Comunicação 17 1.9 Auditoria externa 17 1.10 Auditoria externa 18 1.10.1 Etapas do ciclo de vida da auditoria independente 19 1.10.2 Independência da auditoria externa 19 1.10.3 Utilização dos trabalhos de auditoria interna 20 1.10.4 Auditoria interna x auditoria externa 20 CAPÍTULO II - Controle Interno 22
2.1 A importância do controle interno 23 2.2 Material de aplicação sobre o controle interno 25 2.2.1 Natureza e características gerais do controle interno 25 2.2.2 Componentes do controle interno 25 2.2.3 Controles relevantes para a auditoria 26 2.2.4 Natureza e extensão do entendimento dos controles relevantes 27 2.3 Princípios fundamentais dos controles contábeis 27
45
2.3.1 Responsabilidades 28 2.3.2 Rotinas Internas 29 2.3.3 Acesso aos ativos 29 2.3.4 Segregação de funções 29 2.4 Testes de observância do sistema de controle interno 30 CAPÍTULO III – Auditoria em Estoques 31
3.1 A importância das auditorias nos estoques 32 3.2 Contabilização 33 3.3 Objetivos dos procedimentos de auditoria 33 3.4 Controle interno nos estoques 33 3.5 Inventários físicos 34 3.6 Teste de avaliação 37 3.7 Outros procedimentos 39 3.8 Ajustes do inventário 39 3.9 Avaliação dos estoques 40 3.10 Cut-off dos estoques 40
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43
ÍNDICE 45