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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO “A VEZ DO MESTRE” INTERVENÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE EM DISTÚRBIOS FONOAUDIOLÓGICOS GISELLE SAMPAIO LIMA ORIENTADORA: PROFESSORA MARIA ESTHER DE ARAUJO OLIVEIRA BRASILIA NOVEMBRO 2010 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

INTERVENÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE EM

DISTÚRBIOS FONOAUDIOLÓGICOS

GISELLE SAMPAIO LIMA

ORIENTADORA:

PROFESSORA MARIA ESTHER DE ARAUJO OLIVEIRA

BRASILIA

NOVEMBRO 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

INTERVENÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE EM

DISTÚRBIOS FONOAUDIOLÓGICOS

GISELLE SAMPAIO LIMA

Trabalho monográfico apresentado como

Condição prévia para a conclusão do Curso

de Pós-Graduação “Lato Sensu” em

Psicomotricidade.

Brasília

NOVEMBRO 2010

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela minha existência e força espiritual.

Aos meus familiares pela força e compreensão.

As tutoras Professoras Kelly Cristine e Natália Pacheco

quem me orientaram para a construção desta monografia.

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DEDICATÓRIA

À Fonoaudiologia, que foi a profissão que escolhi.

Às crianças que durante esses anos me estimularam a estudar

cada vez mais.

À minha família.

Duas pessoas em especiais , que já estão lá em cima com o “Papai

do Céu”, mas estarão sempre vivas no meu coração, fazendo com

que eu nunca pare de caminhar.

Dedico à vocês: “MEUS QUERIDOS MÃE E PAI”.

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo uma explanação sobre a

importância da Psicomotricidade e sua intervenção nos distúrbios

fonoaudiológicos, trazendo as imaturidades psicomotoras e possíveis causas

que provocam dificuldades fonoaudiológicas e por conseqüência dificuldades

no âmbito escolar.

A Psicomotricidade está intimamente ligada à aprendizagem da leitura,

da escrita e do calculo, crianças com problemas fonoaudiológicos sempre que

for evidenciada uma perturbação da relação fundamental entre o individuo e o

meio, teremos excelentes resultados na sua adaptação através da reeducação

psicomotora, portanto busquei pesquisar esta relação Psicomotricidade X

Fonoaudiologia.

A escola muitas vezes não vêem as crianças em sua individualidade, por

isso incluir no meu trabalho essa dificuldades e orientações a pais e

professores sobre como lidar com crianças com essas dificuldades.

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METODOLOGIA

Para este trabalho busquei enfoque de vários estudiosos em

fonoaudiologia e psicomotricidade como Vitor da Fonseca, Ajuriaguerra,

Jorge Perelló entre outros, sobre a intervenção da psicomotricidade no

tratamento fonoaudiológico através de pesquisas bibliográficas.

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SUMÁRIO

Introdução. Capitulo 1 - Distúrbios Fonoaudiológicos.

1.1 – Dislalia. 10

1.2 – Disgrafia. 13

1.3– Disortografia. 17

Capitulo 2 – Psicomotricidade.

2.1 – Conceituação. 20

2.2 – Terapia Psicomotora. 21

Capitulo 3 – Psicomotricidade em Distúrbios

fonoaudiológicos.

3.1 – Problemas psicomotores em crianças com dificuldades

fonoaudiológicas. 25

3.2 – Distúrbios Fonoaudiológicos no Âmbito Escolar. 26

3.3 – Dislalia e o Aprendizado Escolar. 26

3.4 – Disgrafia e o Aprendizado Escolar. 27

3.5 – Disortografia e o Aprendizado Escolar. 29

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Capitulo 4 – Orientações a pais e professores.

4.1- Sugestões aos Pais. 31

4.2- Conscientização dos professores. 32

Conclusão. 37

Bibliografia. 38

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INTRODUÇÃO.

O presente trabalho tem como objetivo uma explanação sobre a

importância da psicomotricidade nos distúrbios fonoaudiológicos.

A criança desde o inicio da vida, apresenta uma tendência natural a

aprender, ela aprende por suas próprias experiências e por estímulos

oferecidos a ela, mas se apresentar alguma imaturidade psicomotora, terá

grandes dificuldades no desenvolvimento da fala , linguagem e posteriormente

no âmbito escolar. Para a maioria destas crianças a causa do problema não

está a nível da classe a que chegaram, mas nos elementos básicos ou pré-

requisitos, que são condições mínimas necessárias para uma boa

aprendizagem e desenvolvimento.

Grande maioria das crianças que apresentam distúrbios psicomotores

também apresenta problema de fala, linguagem, escrita e aprendizagem. Estes

problemas revela-se mais frequentemente sob a forma de atraso , por

exemplo: a criança começa a falar muito mais tarde, geralmente, após os 4

anos de idade cronológica e o faz com grande lentidão. Apresenta dificuldades

para organizar sentenças, cometendo mais erros gramaticais do que as

crianças “normais” da mesma idade, a letra é feia e ininteligível . Sua

articulação é pobre, com dificuldades também no ritmo da fala.

Portanto, a reeducação psicomotora para crianças com problemas é

indispensável . Não compreendo um programa de reabilitação onde a

reeducação psicomotora não assuma lugar de destaque. Devemos como

profissional começar sempre por ela, e com ela continuarmos até chegarmos

ao final do nosso trabalho. Através dele procuramos adaptar, readaptar,

substituir ou complementar as funções prejudicadas, que deram origem a uma

serie de problemas apresentados pela criança.

Este trabalho expõe um pouco da psicomotricidade assim como da

fonoaudiologia, considerando os aspectos de maior contribuição de uma área

para a outra.

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CAPÍTULO 1- DISTÚRBIOS FONOAUDIOLÓGICOS

Os distúrbios de comunicação se manisfetam em varias modalidades de

elementos que participam no processo de transmissão da informação, portanto

neste capítulo, será abordado três distúrbios fonoaudiológicos, dislalia,

disgrafia e disortografia, conceitos, suas causas e classificações.

1.1 – Dislalia.

“É um transtorno especifico do desenvolvimento no

qual a capacidade da criança de utilizar a linguagem

expressiva falada está marcadamente abaixo do nível

apropriado para a sua idade mental”. (Pamplona, 1999,

p.111).

A dislalia é um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de

articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras

de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou

acrescentando fonemas ou sílabas a elas.

Quando se encontra um paciente dislálico, deve-se examinar os órgãos

da fala e da audição a fim de se detectar se a causa da dislalia é orgânica

(mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos

da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer

alteração física a que possa ser atribuída à dislalia).

A dislalia também pode interferir no aprendizado da escrita tal como

ocorre com a fala.

A maioria dos casos de dislalia ocorre na primeira infância, quando a

criança está aprendendo a falar. As principais causas, nestes casos, decorrem

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11de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais novo que

nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse

problema (babás ou responsáveis, por exemplo, que dizem “pobrema”,

“Framengo”, etc.), e a criança acaba assimilando essa deficiência.

A articulação defeituosa pode ser analisada em termos de uma ou mais

das cinco alterações que se seguem: omissão, substituição, distorção, troca e

transposição.

• Omissão:

Por Aférese – no inicio das palavras – ex: bar fala ar.

Síncope – no meio das palavras – ex: cantor fala cator.

Apócope – no final das palavras – ex: amor fala amo.

• Substituição:

Neste caso a criança substitui um fonema por outro. Ela possui o ponto

articulatório, substituindo os fonemas homorgânicos entre si. Ex: bola fala

póla.

• Distorção:

A criança distorce as palavras. Ex: levantar fala alevantar.

• Trocas:

Neste caso a criança troca o ponto articulatório. Ex: livro fala mivro.

• Transposição:

Por Metátese – troca na mesma silaba. Ex: prova por porva.

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12Hipertese – troca de uma silaba por outra. Ex: macarrão por camarrão.

Sístole – em relação a acentuação tônica, ele atrasa. Ex: ídolo fala ídolo.

Diástole – em relação a acentuação tônica, ele adianta. Ex: austero fala

austero.

A classificação das dislalias apoiada na visão lingüística,

psicológica e pedagógica, são as fonéticas e fonológicas.

• Dislalias fonéticas.

São as de caráter de realização articulatórias e seus processos

fisiológicos, correspondendo unicamente a problemas práxicos (de

movimento), derivados de uma mobilidade deficiente ou insuficiente para

conjugar atos coordenados da língua com os lábios, com os alvéolos e

com o palato. Normalmente tem como causa: problemas de imaturidade

ou estruturas orgânicas mal formadas, apresentando tipos de alterações

tais como: trocas, substituições e omissões.

• Dislalias fonológicas.

As alterações ocorrem por problemas cognitivos-linguisticos e

seus processos no estabelecimento de um sistema de sons fonêmicos,

que na forma aproximada de usá-los no contexto, estariam envolvidos no

processo de discriminação auditiva, afetando os mecanismos de

conceituação dos sons, falhas de organização lingüística (conteúdo),

incompreensão e não assimilação da realidade fonética. Normalmente

tem como causa: Bilingüismo, atraso no processo perceptivo-motor,

alterações na recepção auditiva, alterações na discriminação e na

memória auditiva e debilidade mental.

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1.2- Disgrafia.

“ Disgrafia é um transtorno da escrita que afeta

forma ou o significado e é de tipo funcional. Mostra-se em

crianças com uma capacidade intelectual normal com

uma adequada estimulação ambiental e sem transtornos

neurológicos, sensoriais, motores ou afetivos

intensos”.(Lofiego,1995, pag.131).

“Disgrafia é uma deficiência na qualidade do traçado

gráfico sendo que, essa deficiência, não deve ter como

causa um “déficit” intelectual e/ou neurológico. Está-se ,

portanto falando de crianças de inteligência média ou

acima da média, que por vários motivos apresentam uma

escrita ilegível ou demasiadamente lenta, o que lhes

impede um desenvolvimento normal da escolaridade”.

(Ajuriaguerra, 1980, pag.252).

Disgráficas são aquelas crianças que apresentam dificuldades no ato

motor da escrita, tornando a grafia praticamente indecifrável.

Então, disgrafia é a perturbação da escrita no que diz respeito ao

traçado das letras e à disposição dos conjuntos gráficos no espaço utilizado.

Relaciona-se, portanto, a dificuldades motoras e espaciais.

Porém, é preciso entender que uma criança em processo de construção

da escrita naturalmente apresenta dificuldades no traçado das letras, até

dominá-lo corretamente. Durante esse período, o professor deverá orientar os

alunos a realizarem adequadamente a escrita para evitar a permanência de

traçados incorretos e, consequentemente, a disgrafia.

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14 Podemos apontar como causas prováveis da disgrafia os distúrbios de

motricidade ampla e, especialmente, fina, os distúrbios de coordenação

visomotora, a deficiência da organização temporo espacial, os problemas de

lateralidade e direcionalidade e o erro pedagógico.

As disgrafias tem como etiologia possíveis causas orgânicas ou causas

funcionais.

Como causas orgânicas podemos citar:

Epilepsia – podem ocasionar perdas de consciência, crises de

ausências, gestos estranhas ou movimentos desordenados dos olhos, costume

de dormir em sala, dores de cabeça, enurese, desatenção, lentidão e etc.

Agrega à escrita rasgos que chamam vivamente a atenção, sobretudo quando

perde seu controle por alguns segundos e deixa correr inconscientemente seu

lápis pelo caderno. Sua escrita é ziguezagueante, irregular e alterna traços

grossos com finos.

Miopia – a criança que não enxerga bem, dificilmente manterá a

regularidade do tamanho da sua letra. Fazem-nas muito pequenas ou muito

grandes e às vezes desfigura sua forma.

Paresias – é um processo traumático ou infeccioso do sistema nervoso

correspondente ao membro superior dominante, pode produzir uma redução da

força e do tônus muscular. A criança terá dificuldade em segurar corretamente

o lápis e em distribuir os esforços necessários para registrar os traços no papel,

daí vem a má letra.

Problemas motores e neuro-motores – para escrever com rapidez,

legivelmente e sem cansaço, a motricidade deve ser boa, o braço e a mão

devem estar livres para se mexerem, não devem ficar bloqueados, nem

crispados, nem rígidos ou dependentes um do outro. A inaptidão manual,

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15especialmente a que afeta a motricidade digital fina e os problemas do tônus

são fatores importantes de disgrafia.

Como causas funcionais, podemos citar:

Esquerdo contrariado – a maioria dos esquerdos contrariados em sua

tendência natural possuem letra ruim. Isto é explicado pelo fato fisiológico de

que os dois hemisférios cerebrais são desiguais, ocorrendo sempre a

predominância de um sobre o outro, em função de seu maior desenvolvimento.

Como conseqüência existe uma maior amplitude funcional dos membros

motores regidos pelo hemisfério predominante. Nos esquerdos, há o

predomínio do hemisfério direito, o que lhes assegura uma função normal do

membro superior esquerdo, ao ser obrigado a utilizar a mão direita, o

hemisfério menos desenvolvido se transforma no “posto de comando motor”

com a imaturidade, o desequilíbrio e a desorientação que isto pressupõe,

manifestando-se tais aspectos nos movimentos da mão que escreve.

Destro forçado – a criança deveria ser esquerdo, por sua predominância

cerebral. Entretanto, por causas patológicas, traumáticas ou paralisia, o

membro superior esquerdo é imobilizado total ou parcialmente, levando o aluno

a compensar a deficiência com o uso do outro membro.

Escrita em espelho – é a escrita em que os traços estão invertidos, de tal

maneira que refletindo em um espelho, pode-se ler sem dificuldade. Persiste

este tipo de escrita das letras /p/, /q/, /d/, /b/, /s/, dos números /3/, /6/, /7/, /9/ e

/5/.

Principais sintomas que as crianças disgraficas apresentam:

- Insegurança.

- Frustração.

- Isolamento ou Hiperatividade.

- Agressividade.

- Crises de birra ou de choro.

- Necessidade de afirmação.

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16- Indisciplina.

- Hostilidade das pessoas para com a criança.

E como características da evolução motora temos que a criança:

- Cai e tropeça muito.

- Deixa cair objetos com facilidade.

- Dificuldades para vestir-se e calçar-se.

- Imagem corporal deficiente.

- Inabilidade para manusear objetos (recortar e etc).

- Inabilidade para subir e descer escadas.

Em decorrência dessas características temos as características

especificas do traçado da criança disgráfica, que são:

- Incoordenação de movimentos.

- Repasses e rasuras.

- Alterações direcionais das letras.

- Escrita espelhada.

- Letra muito grande ou ininteligível.

- Traçado leve, débil ou muito forte.

- Dificuldade de copiar do quadro para o caderno.

- Lentidão exagerada na escrita ou para executar tarefas.

- Caderno Sujo.

- Páginas amassadas e furadas por tentar apagar os erros.

- “Orelhas” ou capas despencadas.

- Mau uso do espaço gráfico, etc.

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171.3- Disortografia.

“ Crianças inteligentes nas quais se encontram

numerosas falhas de leitura e de separação e que não

parecem ter automatizado a aquisição

ortografica.(Ajurriaguerra, 1980, Pag.319).

A Disortografia caracteriza-se por troca de fonemas na escrita, junção

(aglutinação) ou separação indevidas das palavras, confusão de sílabas,

omissões de letras e inversões. Além disso, dificuldades em perceber as

sinalizações gráficas como parágrafos, acentuação e pontuação.

Devido à essas dificuldades o indivíduo prepara textos reduzidos e

apresenta desinteresse para a escrita. A Disortografia não compromete o

traçado ou a grafia. Um sujeito é disortográfico quando comete um grande

número de erros. Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões

ortográficas porque a relação com sons e palavras impressas ainda não estão

dominadas por completo.

Os principais tipos de erros que a criança com disortografia costuma

apresentar são:

• Confusão de letras.(trocas auditivas).

- consoantes surdas por sonoras: /t/-/v/, /p/-/b/.

- vogais nasais por orais: /an/-/a/, /en/-/e/.

• Confusão de silabas com tonicidade semelhante: /cantarão/-

/cantaram/.

• Confusão de letras (trocas visuais).

- simétricas: /b/-/d/, /p/-/q/.

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18- semelhantes: /e/-/a/, /f/-/t/.

• Confusão de palavras com configurações semelhantes: /pato/-/pelo/.

• Uso de palavras com um mesmo som para varias letras: /casa/-

/caza/, /exame/-/ezame/.

As Disortografias podem ser classificadas em:

• Trocas auditivas.

As trocas auditivas caracterizam-se por ocorrerem entre sons

acusticamente próximos. Especificamente, podem-se citar, as trocas entre

consoantes surdas e sonoras, entre vogais nasais e orais e entre silabas com

tonicidade semelhantes.

Além destas trocas, também podem surgir dificuldades em guardar e

recordar a seqüência sonora das palavras, que são ditadas ou elaboradas

mentalmente. Neste caso, na escrita das palavras, surgem inversões, omissões

e adições de letras.

• Trocas visuais.

Os erros classificados de visuais, caracterizam-se por trocas entre letras

que diferem quanto à orientação espacial (b-d); quanto à discriminação de

detalhes (f-t); em relação às configurações gerais semelhantes (pato-pelo) e,

na escolha da grafia adequada para representar determinado som, quando

este pode ser representado por duas ou mais grafias (casa-caza). Neste caso,

a escolha correta da grafia está intimamente ligada à memória visual.

Nas trocas do tipo visual, também se registram erros relativos à

seqüência visual das letras dentro das palavras. Ao se realizar uma copia a

seqüência dos grafemas tem de ser respeitada, caso isso não ocorra podem

surgir erros de inversões, omissões ou adições de letras.

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• Trocas mistas.

As disortografias do tipo misto, englobam as características apontadas

tanto para as trocas auditivas como para as trocas visuais. Casos de crianças

que apresentam disortografias do tipo misto são muito raros e sua reeducação

é bem difícil.

Com essa explanação podemos perceber que os distúrbios

fonoaudiológicos impedem um desenvolvimento eficiente da fala e da escrita,

dependem de condições biológicas e de fatores ambientais e da interação dos

dois aspectos para que a criança não apresente problemas de comunicação.

O tratamento fonoaudiológico pode visar apenas a linguagem, fala e

motricidade, necessitando ainda de estudos e atendimentos ligados a

psicomotricidade, pois as duas áreas estão intimamente ligadas e portanto

iremos ver a seguir a terapia psicomotora e sua importância junto a

fonoaudiologia.

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CAPÍTULO 2 – PSICOMOTRICIDADE.

Neste capitulo irei conceituar psicomotricidade e terapia psicomotora.

2.1- Conceituação.

Segundo Le Boulch (1981),

“No meio psiquiátrico, numerosos autores têm posto

em evidencia que, em certos casos, o tratamento das

enfermidades chamadas “mentais” passava pela ação

sobre o corpo e seus movimentos”(pag.20).

Para Vitor da Fonseca, (2004) conceitua psicomotricidade como:

“ A Psicomotricidade considera a motricidade

humana uma ação e uma conduta relativas a um sujeito,

isto é uma ação que só pode ser concebida e abordada

nos substratos psiconeurológicos que a integram,

elaboram, planificam, regulam, controlam e

executam.”(pag.10).

A psicomotricidade é a área que trabalha a relação cognição-movimento-

afeto. Nós seres humanos, aprendemos através da nossa relação com o

meio, através dos sentidos e, especialmente, pelo movimento.

A psicomotricidade existe nos menores gestos e em todas as atividades

que desenvolve a motricidade da criança, visando ao conhecimento e ao

domínio do seu próprio corpo. Por isso dizemos que a mesma é um fator

essencial e indispensável ao desenvolvimento global e uniforme da criança. A

estrutura da Educação Psicomotora é a base fundamental para o processo

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21intelectivo e de aprendizagem da criança. O desenvolvimento evolui do geral

para o específico; quando uma criança apresenta dificuldades de fala, escrita

ou aprendizagem, o fundo do problema, em grande parte, está no nível das

bases do desenvolvimento psicomotor.

O ato antecipa a palavra, e a fala é uma importante ferramenta

psicológica organizadora. Através da fala, a criança integra os fatos culturais ao

desenvolvimento pessoal. Quando, então, ocorrem falhas no desenvolvimento

motor poderá também ocorrer falhas na aquisição da linguagem verbal e

escrita. Faltando a criança um repertório de vivências concretas que serviriam

ao seu universo simbólico constituído na linguagem, conseqüentemente,

afetando o processo de aprendizagem. A criança, cujo desenvolvimento

psicomotor é mal constituído, poderá apresentar problemas na escrita, na

leitura, na direção gráfica, na distinção de letras (ex: b/d), na ordenação de

sílabas, no pensamento abstrato (matemática), na análise gramatical, dentre

outras.

Durante o processo de aprendizagem, os elementos básicos da

psicomotricidade são utilizados com freqüência. O desenvolvimento do

Esquema Corporal, Lateralidade, Estruturação Espacial, Orientação Temporal

e Pré-Escrita são fundamentais na aprendizagem; um problema em um destes

elementos irá prejudicar uma boa aprendizagem.

2.2- Terapia Psicomotora.

A educação psicomotora, no entender de Lagrange. “não é um treino

destinado à automatização, à ‘robotização’ da criança”. Ele cita Vayer para

reforçar sua opinião: Trata-se de uma educação global que, associando os

potenciais intelectuais, afetivos, sociais, motores e psicomotores da criança, lhe

dá segurança, equilíbrio, e permite o seu desenvolvimento, organizando

corretamente as suas relações com os diferentes meios nos quais tem de

evoluir.

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22 Lapierre (1986) e Le Boulch (1984) têm a mesma posição quando

afirmam que a educação psicomotora deve ser ma formação de base

indispensável a toda criança.

Ajuriaguerra (1980) afirma ser um erro estudar a

psicomotricidade apenas sob o plano motor, dedicando-se

(...) exclusivamente ao estudo de um “homem motor”. Isto

conduziria a considerar a motricidade como uma simples

função instrumental de valor puramente efetuador e

dependente da mobilização de sistemas por uma força

estranha a eles, quer seja exterior ou interior ao individuo,

despersonalizando, assim, completamente a função

motora.(pag.211).

Lê Boulch (1984) apresenta o objetivo da educação

psicomotora proposta pela comissão de renovação

pedagógica para o 1° grau na França: “ A educação

psicomotora deve ser considerada como uma educação

de base na escola primaria. Ela condiciona todos os

aprendizados pré-escolares; leva a criança a tomar

consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no

espaço, a dominar seu tempo, a adquirir habilmente a

coordenação de seus gestos e movimentos. A educação

psicomotora deve ser praticada desde a mais tenra idade;

conduzida com perseverança permite prevenir

inadaptações difíceis de corrigir quando já

estruturadas...”.(pag.24).

A educação psicomotora se limitava a tentar tratar e solucionar os

problemas revelados através dos sintomas; trabalhava a nível preventivo e a

nível corretivo-terapêutico. Estes dois aspectos caminham juntos e se acham

envolvidos com os problemas de instabilidade, inibição, angústia, coordenação

geral defeituosa, problemas de orientação espacial e temporal, de ritmo, de

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23consciência de si, da imagem de si, do esquema corporal. Na prática da

psicomotricidade, a relação mente-corpo passa pela ação motora e pela ação

psíquica que permitem efetuar o despertar da consciência corporal, através dos

movimentos e dos pensamentos, passando também pela história afetiva do

indivíduo, a maneira de viver o seu corpo dá origem à elaboração e a evolução

da imagem do corpo e a psicomotricidade permite descobrir, redescobrir e viver

melhor o corpo, o mais importante não são os métodos, as técnicas e os

instrumentos, apesar de indispensáveis, mas sim permitir desabrochar a

evolução positiva do ser tanto na relação consigo mesmo, como com o mundo

externo. Noções de aqui e ali, esquerda, direita, frente, atrás, de cima, de

baixo, de dentro e fora são fundamentais para a orientação do ser humano, no

sentido de sua autonomia e de sua independência. Portanto, a Educação

Psicomotora deve ser a ação , sobretudo na pré-escola e nos primeiros anos

escolares, pois existe uma necessidade de se introduzir este conhecimento

nestas idades, mas o que não significa que não possa se aplicar nas séries

finais ou em adultos que por sinal, muitas vezes são os que mais precisam,

pois além de não se controlarem, não dominam o seu corpo.

A educação psicomotora é uma técnica e utilizamos etapa por etapa,

pelos mesmos caminhos dos da aprendizagem natural.

Primeiro através de exercícios motores, isto é , exercícios em que o

corpo se desloca e o sujeito percebe as diferentes noções de maneira interna.

Depois através de exercícios sensoriomotores, a manipulação de objetos

possibilita a percepção de diversas noções.

E finalmente através de exercícios perceptomotores, em que as

manipulações são mais sutis e a percepção visual é muito importante.

Alem disso esses exercícios possibilitam uma analise profunda das

funções intelectuais motoras.

A educação realiza-se em todos os momentos da vida da criança; a

educação psicomotora também, mas é necessário reservar-lhe tempos

intensos, por exemplo:

Quando uma criança pede um lenço para sua mãe, ela mesma poderá

entregá-lo à criança. Mais corretamente ela lhe dirá: “Vá para o seu quarto,

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24abra a segunda gaveta de seu armário, os lenços estão no lado direito (ou “do

lado desta mão”, caso a criança seja muito pequena)”. Esse trecho tirado do

livro “Psicomotricidade, Educação e Reeducação”, é um bom exemplo de

Educação Psicomotora tarefa realizada pelos pais que são os primeiros

educadores e, no dia-a-dia dispõem de momentos privilegiados para ajudar a

criança.

As professoras também estão no primeiro plano da educação

psicomotora, por exemplo: deixará que as crianças vistam sozinhas os casacos

e, quando forem maiores, que façam sozinhas o laço dos cordões dos sapatos.

A terapia psicomotora - como qualquer outra reeducação – deve

começar o mais cedo possível.

Embora não exista uma “escala de idades” real, Meur deu algumas

indicações:

A reeducação pode começar em idade que varia entre 18 e 24 meses

para as crianças que acusam atraso motor, grande déficit motor ou bloqueio

afetivo. Será mais educação do que reeducação.

Quanto aos problemas de esquema corporal e de estruturação espacial,

trabalhamos com crianças de aproximadamente 5 anos.

Certas dificuldades motoras e certos casos de instabilidade psicomotora

podem, desde a idade de 4 anos.

A idade de 6 anos é a mais comum para as reeducações. É na primeira

serie que o professor constata mais seguramente as deficiências de

organização espacial ou temporal da criança, sua lentidão no trabalho, sua falta

de concentração.

As idades citadas são as “ideais” para o inicio de uma reeducação, mas

é freqüente termos de reeducar crianças com mais idade, às vezes até jovens

de 16 ou 17 anos. Deve-se esse fato à negligencia: os pais ou os educadores

deixaram que as dificuldades se acumulassem (e até as reprovações

escolares), por não terem compreendido que o problema estava na própria

base das aprendizagens, ou por não terem se convencido bem cedo da

pertinência de uma reeducação.

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25

CAPÍTULO 3 – PSICOMOTRICIDADE EM DISTÚRBIOS

FONOAUDIOLÓGICOS.

3.1 – Problemas psicomotores em crianças com dificuldades fonoaudiológicas. A Psicomotricidade é a área que trabalha a relação cognição-

movimento-afeto. Nós seres humanos, aprendemos através da nossa relação

com o meio, através dos sentidos e, especialmente, pelo movimento.

A estimulação motora do bebê e da criança, sempre respeitando as

etapas do desenvolvimento, pode ser determinante no sucesso ou fracasso de

todo o seu desenvolvimento. Assim precisamos estimular os bebês a rolar no

berço, a segurar os objetos, no período correto, a comer sozinho( mesmo que

isso represente trabalho dobrado de limpeza depois), a utilizar as duas mãos

para as diversas atividades diárias, mesmo que uma das mãos como auxiliar.

Tarefas e brincadeiras simples podem ajudar muito, como: correr, pular,

brincar com bolas, bicicletas, massinhas, pinturas, picar papeis, recorte com

tesoura e etc. Essas brincadeiras vão trabalhar os equilíbrios estático e

dinâmico, orientação espacial e temporal, motricidade ampla e fina.

Uma criança cujo o esquema corporal é mal constituído não coordena

bem os movimentos e as habilidades manuais lhe são difíceis. Na escola a

caligrafia é feia, a leitura expressiva não harmoniosa: o gesto vem após a

palavra, a criança não segue o ritmo da leitura ou então para no meio de uma

palavra.

Uma criança cuja lateralidade não está bem definida encontra problemas

de ordem espacial, não percebe diferença entre seu lado dominante e o outro

lado, não distingue a diferença entre esquerda e a direita é incapaz de seguir a

direção gráfica (leitura começando pela esquerda).

Problemas de percepção espacial uma criança terá dificuldades em

distinguir um “b” de um “d”, um “p” de um “q”, “21” e “12”. Se não distinguir bem

o alto e o baixo, poderá confundir o “b” e o “p”, o “n” e o “u”, o “ou” e o “on”.

Os problemas quanto à orientação temporal e orientação espacial, como

por exemplo noção “antes-depois”, acarretam principalmente confusão na

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26ordenação dos elementos de uma silaba. A criança sente dificuldade em

reconstruir uma frase cujas palavras estejam misturadas, sendo a análise

gramatical um quebra cabeça para ela.

3.2 – Distúrbios Fonoaudiológicos no Âmbito Escolar.

Pacheco & Caraça (1998),relata a a importância da

interação criança-meio, pois é a partir desta que o

processo de comunicação se consolida e que a linguagem

se desenvolve. O meio social e as experiências da vida da

criança são papeis importantes para o processo de

comunicação, tendo em vista que a criança recebe vários

estímulos, os quais iram promover o seu

desenvolvimento.

A escola é uma fonte riquíssimas de estímulos, influenciando a criança

numa faixa de idade em que seu desenvolvimento está em andamento.

O professor deve estar bem atento às etapas de desenvolvimento do

aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e fazendo seu

trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. A importância do trabalho

da psicomotricidade no processo de ensino-aprendizagem está intimamente

ligada aos aspectos afetivos com a motricidade, com o simbólico e o cognitivo.

Portanto a seguir vou explanar dos distúrbios fonoaudiológicos como:

dislalia, disgrafia e disortografia , as suas conseqüências no aprendizado das

crianças.

3.3 – Dislalia e o Aprendizado Escolar.

A criança que aos 6, 7 e 8 anos que tem o seu sistema de linguagem

oral desorganizado, evidentemente terá problemas em transcrever a linguagem

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27escrita-lida. A dislalia poderá somar-se outro problema que é um desastre na

escolaridade.

Para a criança com dislalia, a convivência com o código fica

impraticável, a criança fala, lê ou escreve diferente de outras crianças falantes

da mesma língua, portanto, ninguém consegue entende-la.

Há na criança uma inabilidade dos órgãos fonadores devido a uma

imperfeita mobilidade; a musculatura desses órgãos ainda não adquiriu o

tônus e a coordenação necessária para a agilidade e sincronia motora

indispensável à rápida mudança de posição que exige a sucessão de

fonemas variados de que se compõe as palavras.

Conforme o tecido nervoso se vai mi-elinizando assim se vai

realizando a motricidade, coordenação motora e correlação psicomotora; ao

mesmo tempo, vão-se estabelecendo conexões do influxo nervoso aos

órgãos da linguagem; a articulação das palavras evolue no aperfeiçoamento

e estas dislalias vão desaparecendo.

A linguagem, é essencialmente um modo de expressão e de

comunicação. Entretanto, a linguagem é anterior ao grafismo e o

aprendizado da leitura e da escrita apóia-se numa linguagem expressiva em

cujo nível a sucessão sonora e a qualidade dos sons emitidos não

manifestem déficits patentes. Em outras palavras, antes do aprendizado da

leitura, é preciso ajudar a criança a utilizar a linguagem mais rica e correta

possível.

3.4- Disgrafia e o Aprendizado escolar.

Quando a criança entra para as classes de alfabetização, parte-se do

pressuposto de que a criança esteja pronta para enfrentar esta complexa

forma de comunicação – a ler e escrever. Num tempo curto deve aprender a

transformar em símbolos gráficos as diversas expressões fonéticas, isto é ,

escrever e a traduzir a linguagem falada sob diversos símbolos gráficos.

A criança necessita compreender a escrita com linguagem. As letras

são signos, símbolos como tais devem ser legíveis.

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28 É necessário passar à criança a calma e o relaxamento; ensiná-la a

usar o braço e a mão que guiam o lápis; ensiná-la a posição correta para o

corpo e para a folha.

Quando a criança se inicia na escrita tem importância para o

aprendizado da caligrafia, a postura física e as posições adequadas de

papel e dos instrumentos utilizados, além do mobiliário e da iluminação

adequados na sala.

A posição do papel, também é muito importante que o professor veja,

pois dela dependem o bom aproveitamento dos movimentos musculares,

com a diminuição da fadiga, a eliminação de vícios antiestéticos e o bom

talho da letra.

O instrumento da escrita, deve ser segurado de forma suave e natural,

devendo a sua apreensão ser feita com os dedos médios, indicador e polegar.

Portanto, a disgrafia é uma alteração da escrita que a afeta na forma ou

no significado, sendo do tipo funcional. É dificuldades motora do ato de

escrever, provocando compressão e cansaço muscular, que por sua vez são

responsáveis por uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal

elaboradas e mal proporcionadas.

De forma geral, a criança com disgrafia apresenta uma série de sinais ou

manifestações secundárias motoras que acompanham a dificuldade no

desenho das letras, e que por sua vez a determinam. Entre estes sinais

encontram-se uma postura incorreta, forma incorreta de segurar o lápis ou a

caneta, demasiada pressão ou pressão insuficiente no papel, ritmo da escrita

muito lento ou excessivamente rápido.

A criança pode apresentar imaturidade física, imaturidade motora,

inaptidão para a aprendizagem das destrezas motoras, pouca habilidade para

pegar no lápis, adoção de posturas incorretas, déficits em aspectos do

esquema corporal e da lateralidade.

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293.5 – Disortografia e o Aprendizado Escolar.

As trocas ortográficas são normais durante a 1ª. e 2ª. series do primeiro

grau, porque a relação entre a palavra impressa e os sons ainda não está

totalmente dominada. A partir daí os professores devem avaliar as dificuldades

ortográficas apresentadas por seus alunos, principalmente por aqueles que

trocam letras ou silabas de palavras já conhecidas e trabalhadas em sala de

aula.

Ao se falar em disortografia, três critérios devem ser levados em

consideração: o nível de escolaridade, a freqüência e os tipos de erros. Estes

critérios permitem a realização do diagnostico de uma criança disortográfica de

forma objetiva e concreta, pois nem todas as crianças que apresentam

dificuldades para escrever corretamente a língua falada, podem ser chamadas

de disortográficas.

No processo de escolaridade, a ocorrência de trocas ortográficas é

esperada dependendo da série em que a criança se encontra. Assim, numa 1ª.

serie, é esperado que a criança apresente uma grande quantidade e variedade

de trocas entre letras, porque a relação entre palavra impressa e som, ainda

não está totalmente automatizada. Da mesma forma, numa 2ª. serie é aceitável

que uma criança cometa erros quando escreve palavras como “necessidade”,

“sucesso” e etc.

Normalmente, para verificar se houve ou não, a aquisição das

dificuldades ortográficas presentes na linguagem escrita, o professor utiliza-se

de um ditado. Esse ditado tem que ter palavras que estão inseridas em seu

vocabulário ambiental. É avaliado somando-se o numero de palavras mal

escritas. Se obtiver um numero grande de erros, o professor deve encaminhar

o aluno para avaliação fonoaudiológica.

Para que uma criança não tenha dificuldades na escrita (disortografia) é

necessário um desenvolvimento psicomotor harmonioso, sem apresentar

dificuldade ou imaturidade em: coordenação motora ampla, fina e viso-motor;

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30esquema corporal, orientação temporo-espacial,percepções sensoriais e

lateralidade.

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31

CAPÍTULO 4 – ORIENTAÇÕES A PAIS E

PROFESSORES.

A presença do adulto.

A educação psicomotora é um modo de abordagem global da criança e

de seus problemas, é um estado de espírito e faz parte integrante das

correntes mais atuais referentes à psicologia da criança e da psicopedagogia.

Entretanto, no âmago desta educação do ser, visto na sua globalidade,

na sua unidade, isto é, aspectos afetivos, emocionais e relacionais da

educação pelo movimento.

O que é principalmente evidente é que a educação psicomotora, tal

como tentamos definir: educação do ser integral através de seu corpo e através

da ação corporal é, em todos os casos, personalizada pelo adulto que a utiliza

e todos os aspectos do relacionamento estão ligados à sua presença, por isso

coloquei no trabalho orientações a família e a professores que são os adultos

que estão direta ou indiretamente envolvidos também no seu desenvolvimento.

4.1- Sugestões aos Pais. O homem desde o inicio de sua vida manifesta suas necessidades e

pouco a pouco vai aperfeiçoando seus meios de expressão.

Contudo, isto não se trata de um problema “puramente mecânico”. Por

detrás está o pensar bem, o sentir-se bem, o ter segurança; sem o que muitas

crianças poderão apresentar problemas. O papel da família é favorecer o desenvolvimento de todos os aspectos

da personalidade e bem estar da criança, de inicio e antes de tudo ele deve,

nas variadas situações educativas e familiares, criar um clima a uma relação

que corresponda às necessidades fundamentais da criança, por isso, a família

é de grande importância na reeducação de uma criança , por esta razão,

apresento algumas sugestões importantes.

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32- Mantenha um lar bem estruturado.

- Demonstre a seu filho que o ama.

- Dedique a ele parte do seu tempo, diariamente, com exclusividade.

- Demonstre interesse pelo que ele faz.

- Aceite com compreensão suas limitações.

- Evite qualquer referencia à dificuldade de seu filho.

- Elimine as situações de comparação ou de competição.

- Procure diminuir o clima de ansiedade, nas situações verbais orais, escrita e

linguagem.

- Ajude- o sempre que for solicitado por ele ou por profissional que o atenda.

- Permita-lhe uma certa liberdade, ajudando-o em sua auto-disciplina.

- Ofereça a seu filho boas condições físicas e ambientais. Observe se seu

descanso é suficiente.

- Procure dirigir suas atividades, mas dando-lhe personalidade e segurança em

si mesmo, de modo que possa vencer suas dificuldades.

Para os pais estimularem seus filhos, ofereço algumas sugestões para

que a família trabalhe o desenvolvimento psicomotor de suas crianças.

- Brincadeiras com bolas, cordas, correr, saltar, pular e etc.

- Bonecos articulados.

- livros de historias.

- material diversos de sopro: penas, algodão, papeis de balas, apitos e etc.

- Instrumentos musicais diversos como: tambor, chocalho e etc.

- Cubos de madeiras coloridos.

- Recortes com a mão, tesoura.

- Lápis de cor, tintas e etc.

4.2 – Conscientização dos Professores.

É comum, nas escolas, crianças com distúrbios psicomotores. Embora

aparentemente normais muitas vezes são incapazes de ler ou escrever,

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33apresentando vários outros problemas que interferem no processo escolar.

Pode até ser gerado por uma disfunção cerebral mínima, por um

problema físico ou até mesmo emocional.

O ideal seria que todos os educadores tivessem como alicerce para as

suas atividades a psicomotricidade, pois fariam com que as crianças tivessem

liberdade de realizar experiência com o corpo, sendo indispensável no

desenvolvimento das funções mentais e sociais.

Desenvolvendo, assim, pouco a pouco, a confiança em si mesma e o

melhor conhecimento de suas possibilidades e limites, condições necessárias

para uma boa relação com o mundo. É interessante levar a criança a expor

fatos vivenciados, com a finalidade de estabelecer uma ligação entre o

imaginário e o real.

Na escola, é importante que se leve em consideração os aspectos:

1. Socioafetivo: Favorecer sua auto-imagem positiva, valorizando suas

possibilidades de ação e crescimento à medida que desenvolve seu processo

de socialização e interage com o grupo independente de classe social, sexo ou

etnia;

2. Cognitivo: Acreditar que, através das descobertas e resoluções de

situações, ele constrói as noções e conceitos. Enfrentando desafios e trocando

experiências com os colegas e adultos, ele desenvolve seu pensamento;

3. Psicomotor: Através da expansão de seus movimentos e exploração do

corpo e do meio a sua volta. Realizando atividades que envolvam esquema e

imagem corporal, lateralidade, relações têmporoespaciais.

O professor deve estar sempre atento às etapas do desenvolvimento do

aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu

trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. Ele deverá estabelecer

com seus alunos uma relação de ajuda, atento para as atitudes de quem ajuda

e para a percepção de quem é ajudado.

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34 Diante disso, percebe-se a importância do trabalho da psicomotricidade

no processo de ensino-aprendizagem, pois a mesma está intimamente ligada

aos aspectos afetivos com a motricidade, com o simbólico e o cognitivo.

O professor não deverá esquecer que o material de seu trabalho é o seu

aluno. Portanto, não deverá preocupar-se apenas em preparar o ambiente

escolar com cartazes, painéis, faixas. Mas em preparar a si mesmo. É

necessário que ele conheça seu aluno, torne-se seu amigo.

É a partir de uma relação autêntica e de confiança estabelecida entre

professor e aluno que se poderão propor dinâmicas que auxiliem o

desenvolvimento infantil, contribuindo na capacidade de expressão e de

habilidades motoras das crianças.

A autenticidade e a cumplicidade das relações no campo educacional,

que podem ocorrer espontaneamente favorecem enormemente o

desenvolvimento das habilidades psicomotoras de forma motivante e altamente

significativa, facilitando assim, a aprendizagem e o desenvolvimento global das

crianças.

Para que haja intercâmbio entre professor X aluno X aprendizagem, o

trabalho da psicomotricidade é da mais valiosa função, tanto no maternal como

na pré-escola e alfabetização, por haver um estreito paralelismo entre o

desenvolvimento das funções psíquicas que são as principais responsáveis

pelo bom comportamento social e acadêmico do homem.

É inegável que o exercício físico é muito necessário para o

desenvolvimento mental, corporal e emocional do ser humano e em especial da

criança. O exercício físico estimula a respiração, a circulação, o aparelho

digestivo, além de fortalecer os ossos, músculos e aumentar a capacidade

física geral, dando ao corpo um pleno desenvolvimento.

No âmbito escolar cabe ao professor, o reconhecimento da criança que

apresenta distúrbios de aprendizagem. Estando em contato direto com a

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35criança durante o processo de ensino/aprendizagem, o professor percebe de

imediato o aluno que apresenta dificuldades para ler, ou trocas, ou lentidão

para realizar as atividades escolares. Após esse reconhecimento, é importante

que os “problemas” que a criança apresenta, sejam vistos como decorrentes de

dificuldades e não como fruto da “preguiça” ou de “desleixo” do aluno.

As atitudes do professor podem minimizar o problema ou agravá-lo. Seu

papel é muito importante na integração do aluno, porque a criança com

dificuldades é mais suscetível a conflitos emocionais.

Dentre as atitudes que devem ser evitadas (negativas), as mais

freqüentes são:

- Ressaltar as dificuldades do aluno; distinguindo-o dos demais. Essa atitude

faz surgir ou agravar sentimentos de inferioridade e frustrações.

- Corrigir o aluno com freqüência perante a classe (faz com que ele se torne

alvo de risos dos colegas e fique exposto ao ridículo).

- Mostrar impaciência ante as dificuldades da criança.

- Relegar ou ignorar a criança que não consegue superar sua dificuldade.

Por outro lado, existem varias atitudes a serem adotadas pelo professor

que ajudam ou minimizam muito as dificuldades das crianças.

- Não esquecer de que, embora cada criança seja diferente uma da outra,

todas de igual faixa etária têm as mesmas necessidades de amor,

compreensão e aceitação.

- Evitar que o aluno se sinta inferior pelo seu defeito.

- Considerar o problema de maneira serena e objetiva.

- Não exigir que a criança faça melhor do que pode; considerar seu esforço.

- Avaliar o desempenho do aluno pela qualidade de seu trabalho, com o

mesmo critério que adotou para os outros. Ele não deve receber nota mais

baixa por causa de sua dificuldade ou mais alta por compaixão.

No entanto, não se espera que o professor resolva sozinho todas as

dificuldades pedagógicas e emocionais da criança. Na verdade, raramente o

aluno consegue superá-las sem a ajuda de profissionais( fonoaudiólogos,

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36psicólogos, neurologistas e etc). É papel destes profissionais, detectar as

causas e as áreas que se encontram deficitárias e estimulá-las. Espera-se que

o professor contribua com o processo reeducativo não exigindo do aluno

tarefas que este ainda não pode cumprir, a medida que a criança vai

progredindo no tratamento clinico, o educador poderá ir solicitando

determinadas atividades que o aluno já domina.

Com isso o fonoaudiólogo, o professor e família trabalhando

juntos, trará ao aluno, a sensação e a certeza de que conseguirá superar os

obstáculos já que, está sendo apoiado por pessoas nas quais ele confia e que,

em contrapartida confiam nele.

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CONCLUSÃO

Que com este trabalho foi possível mostrar que é importante associar a

psicomotricidade nos atendimentos fonoaudiológicos, que com essa integração

só vai favorecer o desenvolvimento harmônico da criança.

A criança quando apresenta uma estruturação social, cultural, emocional

e seu esquema corporal bem estruturado, terá bom desenvolvimento na fala,

linguagem, leitura, escrita e por conseqüência no aprendizado escolar.

Com base neste contexto, percebemos a importância das atividades

motoras , pois elas contribuem para o desenvolvimento global das crianças.

Entretanto, as crianças passam por fases diferentes uma das outras e cada

fase exige atividades propicias para cada determinada faixa etária.

A psicomotricidade precisa ser vista com bons olhos pelos profissionais

da educação e saude, pois ela vem auxiliar o desenvolvimento motor e

intelectual da criança, sendo que o corpo e a mente são elementos integrados

da sua formação.

Para os profissionais e responsáveis é importante que olhem a criança

na sua individualidade e estimulá-la de acordo com o seu potencial, sem

compará-la a padrões normais. A criança deve ser sempre comparada a ela

mesma e o grau de exigência em relação a ela deverá ser aumentado

gradualmente, de acordo com seu desenvolvimento e interesse.

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BIBLIOGRAFIA

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