DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORALAos meus filhos, Fernando, Reinaldo Junior e Matheus...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LEITURA – UM DESAFIO SEMPRE ATUAL
NÉLIA VICENTINA SANTOS BENVIDES PÓVOA
ORIENTADOR:
PROFESSOR: VILSON SERGIO DE CARVALHO
POSSE - GOIÁS DEZEMBRO/2008
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LEITURA – UM DESAFIO SEMPRE ATUAL
NÉLIA VICENTINA SANTOS BENVIDES PÓVOA
Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista em Docência do Ensino Superior.
POSSE - GOIÁS DEZEMBRO/2008
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiro a Deus, por todo o meu percurso de vida com a graça Dele,
esta etapa está sendo vencida.
Aos meus filhos, Fernando, Reinaldo Junior e Matheus que me dão muito
apoio emocional para enfrentar os desafios que me têm surgido ao longo da
minha vida.
Às colegas: Natália Resende e Rosangela da Glória, com quem tive todo
o prazer em trocar experiências e saberes, pela amizade solidificada, que
sempre me incentivou ao longo deste trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este estudo aos meus filhos
Fernando, Júnior e Matheus
Pela compreensão em todos os momentos desta e de outras
caminhadas.
“porque quem ama nunca sabe o que ama.”
(poema de Fernando Pessoa)
RESUMO
5
A pouca leitura dos estudantes tem sido preocupação constante de
professores de todos os níveis de ensino e muitos esforços têm sido feito para
modificar esta triste realidade, mas, apesar disto, muitos jovens ainda ingressam
na universidade sem terem o hábito da leitura, o que acaba por interferir na
aprendizagem destes alunos, pois, a leitura é determinante na construção do
conhecimento do acadêmico. Diante disso a universidade precisa repensar sua
prática quanto ao trabalho com a leitura, pois, o aluno que chegou ao ensino
superior lendo pouco, pode ter sua ultima oportunidade de se tornar leitor nesta
modalidade de ensino. Diante desta problemática surge a presente pesquisa.
METODOLOGIA
6
Considerando a importância da leitura em qualquer fase do ensino, e
especialmente no ensino superior surge a presente pesquisa com o objetivo de
realizar uma investigação em torno do assunto. A metodologia a ser utilizada no
trabalho será uma pesquisa bibliográfica, envolvendo livros que tratam do
assunto, sites da internet, artigos eletrônicos, revistas e artigos de jornais..
Dentre as obras utilizadas na pesquisa estão:
* Lendo e Formando Leitores;
* Parâmetros Curriculares e Literatura;
* Parâmetros Curriculares Nacionais V. 2 Língua Portuguesa;
* De olhos abertos: reflexões sobre o desenvolvimento da leitura no
Brasil;
* Oficina de leitura: teoria e prática;
* Avaliação da Educação a Distância;
Os autores das obras acima norteiam o presente trabalho além de outros
consultados ao longo da construção do mesmo.
SUMÁRIO
7
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULOI 10
O ESSENCIAL PAPEL DA LEITURA NO ENSINO SUPERIOR 10
1.1 A Pouca Prática de Leitura por Parte dos Jovens Brasileiros 10
1.2 O Trabalho com a Leitura nas Universidades 11
1.3 A Pouca Importância dada aos Livros em nossa Sociedade 13
1.4 A Importância da leitura na Universidade 14
CAPÍTULO II 15
O TRABALHO COM A LEITURA NO ENSINO SUPERIOR 15
2.1 Alunos com Baixo nível de Desempenho em leitura nas Universidades 15
2.2 O Papel do Professor Universitário na construção do aluno leitor 16
2.3 A influência da Leitura na Produção Científica do aluno Universitário 17
CAPÍTULO III 20
RESGATE DA LEITURA NO ENSINO SUPERIOR 20
3.1 Incluindo a Leitura no Cotidiano da Universidade 20
3.2 A Leitura Mapeando os Caminhos do Conhecimento 21
3.3 Descobrindo o encanto da Leitura 22
3.4 Ressignificando a Leitura No Ensino Superior 24
CONCLUSÃO 26
BIBLIOGRAFIA 28
INTRODUÇÃO
8
A leitura tem sido centro de discussão, nos últimos tempos, trazendo uma
polêmica sobre a prática de leitura entre os brasileiros. Nesse sentido, a leitura
na Universidade não poderia ser diferente.
Referindo-se a problemática da leitura com a qual se vem passando nas
Instituições de ensino superior, Thomas e Moorman, afirmam: “o estudante que
pode ler, mas opta por não ler, é provavelmente o problema mais crucial com
que se defrontam hoje nossas instituições de ensino”. Não é o analfabetismo
que estamos combatendo, mas a ”aliteratura”. (K. Thomas e G. Moorman apud
Cramer, Eugene, 2001, p. 21.).
Assim, nos faz ampliar a discussão e pensar sobre a qualidade de
formação destes que aprenderam a ler e não lêem. Levando a crer, que a
prática de leitura, na Universidade é ministrada de forma inadequada, sendo que
os alunos não têm consciência da importância dessa prática em sua formação,
fazendo com que se reflita no seu crescimento pessoal e profissional.
Diante do acima exposto surgiu um questionamento. Apesar do acesso
mais fácil aos materiais impressos que a Universidade atual tem possibilitado,
por que os alunos ainda possuem uma freqüência de leitura
superficial/mecânica, dedicando pouco tempo a essa prática? Qual é a visão
apresentada pela Comunidade Universitária no que se refere à prática e
inserção de leitura no contexto Educacional do Ensino Superior?
No entanto, a leitura é a matéria do processo de aquisição de
conhecimento, reflexão e construção de novos saberes. O estudante
universitário está definitivamente exposto a ela e dependente do processo leitor
para avançar em sua formação. Se de uma maneira geral o alunado chega à
universidade sem que tal competência esteja desenvolvida, cabe, então, propor
uma pedagogia e uma política da leitura no âmbito dos cursos universitários
(CARVALHO, 2002).
Sendo assim, surgiu à necessidade de conhecer mais sobre o assunto
com intuito de analisar e compreender como as universidades têm reagido
9
mediante a falta de leitura, como tem se apropriado dessas práticas para uma
educação mais eficaz, voltada para o desenvolvimento pleno do universitário.
Dessa forma, apresenta-se como objetivo dessa pesquisa sistematizar
conhecimentos, embasados em referenciais teóricos, sobre a metodologia
adotada pelos profissionais que atuam na docência em Instituições do Ensino
Superior. No primeiro capítulo a discussão gira em torno da importância da
leitura nas praticas educativas do Ensino Superior.
No segundo capítulo, aborda-se o papel da leitura na metodologia
aplicada pela Universidade.
O terceiro e último capítulo traz como tema as novas possibilidades de
aprendizagens envolvendo a leitura, para o sucesso dos alunos e para a
melhoria da qualidade do trabalho docente.
O estudo conclui que a leitura é essencial para o pleno desenvolvimento
do aluno que cursa o ensino superior, sendo assim as instituições de ensino
superior precisam repensar suas práticas de leitura, visando ajudar o educando
a tornar-se um leitor competente a fim de lhe dar condições entre coisas de
realizar bem as atividades de produção científica, colaborando assim para uma
formação de qualidade dos alunos que passam pelas universidades.
10
1 O ESSENCIAL PAPEL DA LEITURA NO ENSINO
SUPERIOR
1.1 A Pouca Prática de Leitura por Parte dos Jovens Brasileiros
Um dos maiores desafios da educação brasileira, hoje, como promotora
de competências indispensáveis a transmissão de cultura de valores, é efetivar a
prática da leitura, já que essas aptidões são indispensáveis para o sucesso
acadêmico em todas as disciplinas. Porém, pesquisas indicam que a falta de
leitura não se concentra apenas no Ensino Fundamental, mas prossegue no
Ensino Médio e, por efeito dessa constatação, alcança o Ensino Superior.
No ultimo exame do Pisa (exame que mede a quantidade de livros lidos
em um ano), os alunos brasileiros obtiveram resultado notoriamente
insatisfatório. O Brasil ficou em 52° lugar no ranking de 57 países, o Pisa avaliou
as competências de mais de 400 mil estudantes de 15 anos de idade em 57
países, por meio de um teste abrangente com o foco sobre a Leitura e
Matemática, há muito tempo que as autoridades de ensino têm tentado reverter
essa situação através do incentivo à leitura.
Sendo assim, a problemática da leitura esta em todos os níveis da
educação. Essa dificuldade, no contexto Universitário, se deve, principalmente, á
ausência das práticas de leitura que conduzam à formação de um leitor
proficiente, Certamente o trabalho de incentivar, motivar e levar o aluno ao
hábito da leitura deve necessariamente acontecer no início de sua vida escolar,
no entanto, na Universidade este trabalho deve continuar ou ter início se for o
caso.
A leitura tem papel determinante na vida de uma pessoa, pois lhe dar uma
visão mais ampliada do mundo, tornando-a mais crítica, capaz de perceber com
mais clareza o que para a maioria passa despercebido, sendo assim ela é capaz
de descortinar a sociedade, diante dos olhos do leitor.
11
“Nas sociedades autoritárias e conservadoras (e aqui incluímos a
brasileira), onde a ideologia de uma classe dominante impera e é
reproduzida ao longo da história, os mecanismos de esquecimento e
de acobertamento dos fatos são acionados a bel-prazer, fazendo com
que o povo praticamente não aprenda o significado de dados
históricos relevantes. Podemos até afirmar que a classe dominante
brasileira é perita na prática desses mecanismos, impedindo uma
leitura crítica de nossa realidade social, na ótica da história concreta.”.
(SILVA, 1991, p.75,76).
É bastante cômodo que parte da população, e essa parte geralmente é a
maioria, seja facilmente manipulada, por uma minoria elitizada e neste contexto
a falta ou a pouca leitura contribui sob maneira para isso, pois não é possível
dominar pessoas dotadas de conhecimentos específicos que em sua maioria
são adquiridos por meio de muita leitura.
1.2 O trabalho com a Leitura nas Universidades
O papel da universidade relativo à prática da leitura é crucial, pois nossos
universitários só terão essa amplitude de conhecimento e visão por meio da
leitura constante de obras e autores diversos, e se esta prática por lapso não foi
construída na educação básica, então este trabalho é essencial e urgente.
Estudos realizados por Witter (1997, p. 11) nos alerta para a importância
da leitura na Universidade. Segundo ela a leitura é um comportamento essencial
para o ensino-aprendizagem no ensino superior. É a última oportunidade para
tornar o cidadão um leitor competente, crítico, freqüente, criativo, que
compreende e usa de forma adequada ás informações obtidas via texto, mas,
infelizmente ainda é comum vermos pessoas concluírem o estudo superior e não
ser necessariamente um leitor o que deixa claro que não houve um trabalho
eficaz com a leitura em todas as etapas de ensino pelas quais ele passou.
Nessa concepção, afirmamos que a leitura é essencial para a formação
do aluno, pois ajuda a desenvolver a capacidade de interpretação, de
12
compreensão, relacionar idéias e fatos, facilita para o aluno se inteirar do que é
relevante, compreendendo os textos para além das linhas, identificando seu
sentido, expondo opiniões e raciocínio próprio sobre o conteúdo lido e,
conseqüentemente implicando na sua formação acadêmica e no seu
desempenho como futuro profissional.
Daí faz-se necessário trabalhar de forma vinculada á leitura, ou seja, fazer
da leitura, não apenas a decodificação de códigos e sim interpretando o que se
lê para novas descobertas do mundo que o rodeia.
Dentre tantos problemas que afetam o trabalho com leitura em todas as
etapas da educação, um tem grande destaque, o fato de muitos educadores
também não serem leitores, e isso, infelizmente não é raro de se ver.
“Os meus alunos não gostam de ler é. Sem dúvida, a queixa mais
comumente ouvida entre os professores. É um dos primeiros
comentários a serem feitos quando, ao terminar uma palestra sobre a
leitura, abre-se a sessão para perguntas ou esclarecimentos. Por que
essa realidade? Referimo-nos, por exemplo, ao lugar cada vez menor
que a leitura tem no cotidiano brasileiro, à pobreza no seu ambiente
de letramento (o material escrito com o qual ele entra em contato,
tanto dentro como fora da escola), ou ainda, própria formação precária
de grande número de profissionais de escrita que não são leitores,
tendo, no entanto, que ensinar a ler e a gostar de ler” (KLEIMAN,
1995, p.15).
Ler é extremamente importante, no contexto atual, onde as informações
são muitas e a velocidade com que chegam e são substituídas é espantosa,
sendo assim, nunca foi tão importante ser um leitor, diante disso, é
imprescindível que as universidades formem profissionais leitores, seja de que
área for, pois o sucesso desse profissional estará atrelado a sua capacidade de
compreensão, que é adquirida por meio da leitura.
Visando um trabalho mais efetivo com relação à leitura é preciso que as
universidades oportunizem aos universitários o contato com textos literários,
com doutrinas clássicas, com oras de relevo, aguçando o pensamento crítico, de
forma a estimular a leitura e a reflexão sobre o que foi lido. O papel da
13
universidade na consolidação de leitores é fundamental, pois é quase impossível
formar pesquisadores, o que deve ser intuito desta instituição de ensino, sem
muita leitura.
1.3 A Pouca Importância dada aos Livros em Nossa Sociedade
Infelizmente as pesquisas apontam o Brasil um dos países em que o
consumo anual de livros é muito baixo, nós brasileiros não temos o costume de
comprar livros e muito menos de ler e esta desvalorização dos livros acaba por
afetar nosso desempenho de leitor. A maior alegação para este fato é de que os
livros são muito caros, mas, se pensarmos bem, este não é o verdadeiro e único
problema.
Livros são caros, dizem muitas pessoas, e por isso não os compram.
Mas celulares são caros, brinquedos mais ainda, revistas são caras e
superficiais (além de questionáveis em seus conteúdos), TVs, DVDs,
equipamentos de som são caros. E as famílias brasileiras “de todas as
camadas sociais” disponibilizam a seus filhos tais objetos. Só não
disponibilizam livros. .(Revista Direcional Educador – Edição 33 p.21- out.2007).
A mídia prega um consumismo devastador em quase todas as áreas,
passando por produtos alimentícios, de beleza, eletrodomésticos e tantos outros,
que a partir da propaganda parecem extremamente necessários a ponto de
passarem aos consumidores a idéia de que adquirir tal objeto trará felicidade, no
entanto, há pouca propaganda em torno dos livros e cabe aos pais e professores
o papel fundamental de fazer a propaganda dos livros, “vende-los” como
essenciais aos jovens.
É pouco comum ver pessoas lendo em nosso país, nas praças, nos
aeroportos, nas rodoviárias e outros locais, até mesmo nas salas de espera, o
muito que se vê é pessoas folheando revistas velhas, sem muito interesse, é
difícil ver alguém carregar um livro para ler enquanto espera, parece melhor
14
aguardar nas filas reclamando da demora do atendimento e de outras coisas, do
que lendo. Que pena, poderiam viajar nas páginas fabulosas de um livro
enquanto aguardam a vez.
1.4 A importância da Leitura na Universidade
Segundo Marine (1986), no ensino superior o estudo é algo que exige
uma porção significativa de leitura, sendo assim, seria necessário que o aluno
universitário já trouxesse consigo o hábito de ler, no entanto, nem sempre isto
ocorre, o que dificulta na aprendizagem deste, além de tornar o trabalho docente
mais difícil.
Podemos entender a leitura como um processo que se inicia a partir da
alfabetização e se desenvolve ao longo da vida, sendo uma cultura aprendida
predominantemente na escola, portanto deve ser praticada em todos dos níveis
de ensino, e dada a sua importância consolidar-se no Ensino Superior.
Segundo oliveira (1983), o aluno já deveria apresentar comportamento de
leitor assíduo, ao entrar na universidade considerando que a leitura se constitui
um dos elementos fundamentais na metodologia de estudo ao longo do ensino
superior.
A leitura é um dos meios mais importantes de aquisição de conhecimento,
sendo assim, o aluno agrega ao seu saber anterior o conhecimento adquirido
por meio da leitura recém feita, conforme afirma Freire (1982), “Uma
compreensão crítica do ato de ler não se esgota na decodificação pura da
palavra escrita ou da linguagem escrita, mas se antecipa e se alonga na
inteligência do mundo. A leitura da palavra (...)”.
15
CAPÍTULO II
2 O TRABALHO COM A LEITURA NO ENSINO
SUPERIOR
2.1 Alunos com Baixo Nível de Desempenho em Leitura nas
Universidades
Em todas as modalidades de ensino, desde a educação infantil, passando
pelo ensino fundamental e médio, até o ensino superior, os docentes têm grande
preocupação em tornar os alunos leitores e comumente realizam atividades
voltadas para a formação do hábito da leitura.
Apesar de todos os esforços emanados, percebe-se que nem sempre o
objetivo é alcançado em especial quando este êxito não é obtido na infância,
pois é bastante comum que jovens não gostem muito de ler.
O trabalho mais consistente com a leitura geralmente faz parte da prática
docente dos professores que atuam nas séries iniciais do Ensino Fundamental,
já nas séries finais desta modalidade de ensino e no Ensino médio, as atividades
pertinentes à leitura são relegadas apenas ao professor de língua portuguesa,
que sozinho, na tarefa de tornar o aluno leitor, nem sempre, alcança sucesso e
na seqüência muitos alunos chegam às universidades sem gostarem de ler, e,
portanto sem o hábito da leitura.
“Esse distanciamento é mais facilmente percebido quando o aluno
adentra na universidade. Sabe-se, mais ou menos objetivamente, que
existe uma insatisfação generalizada dos professores universitários
quanto ao nível de desempenho de leitura dos alunos” (SILVA, 1984,
p.47,48).
Como se vê, apesar de toda seleção que há até se chegar à universidade,
seja por falta de vagas, no caso das públicas, ou de poder aquisitivo, no caso
16
das privadas, nossos universitários muitas vezes também não são leitores, o que
certamente comprometerá a sua formação e atuação profissional. As
dificuldades contemporâneas, para ingresso no ensino superior, que conduz a
uma seleção muitas vezes cruel, não é suficiente para abrir as portas desta
modalidade de ensino apenas a alunos leitores. Este fato requer uma postura
mais aberta das universidades quanto ao trabalho com a leitura com objetivo de
despertar nos educandos o gosto pela leitura.
Diante disso o trabalho com a leitura no interior das faculdades é
essencial, pois se esta não recebe um aluno leitor terá que trabalhar o suficiente
para torná-lo leitor.
2.2 O Papel do Professor Universitário na Construção do
Aluno Leitor
Diante de todos os problemas que ocorrem com relação à leitura, em
todos os níveis de ensino, no ensino superior, o professor ao perceber que o
aluno universitário apresenta deficiências na área de leitura precisa propor a
este educando leituras de um nível mais baixo, menos intelectualizado, sugerir
leituras complementares, visando melhorar sua compreensão, deixando claro
para ele que pouca leitura vai levá-lo a ter dificuldade de compreender, pois à
medida que lemos nos tornamos mais capazes de compreender os textos, pois
ampliamos nosso conhecimento e vocabulário.
Às vezes será preciso partir de leituras que não são pertinentes ao curso,
que o aluno esta fazendo, mas, será importante para que o aluno vá se
acostumando com a leitura, para depois, ir introduzindo textos e livros voltados
para o curso.
Outro ponto importante a ser observado é que mesmo a leitura inerente à
área cursada pelo aluno, deve partir de uma leitura mais simples para uma mais
complexa, pois o aluno tem um tempo durante o período de estudo de se
familiarizar e identificar com termos próprios da profissão em que atuará.
17
Chegar ao ensino superior ainda é privilégio de uma minoria, e mesmo
estas minorias às vezes não têm uma formação sólida e eficaz, pois, muitos
durante o curso lêem muito pouco e seguem assim depois de concluírem, o que
é lastimável, considerando que após terem tido uma oportunidade relegada a
poucos, não fez o devido proveito. Diante disso é preciso fazer valer a
passagem deste aluno pelos bancos universitários. Neste sentido é essencial
que ele ao concluir seu curso superior, entre as muitas habilidades que precisa
ter adquirido, deve sobre tudo ser um leitor. Isso de certa forma garantirá a ele
novas descobertas e uma atualização constante, mesmo depois de sua
formação.
2.3 A influência da Leitura na Produção Científica do Aluno
Universitário
A leitura é a forma mais eficaz de se adquirir conhecimentos, ler pouco
significa aprender menos, quando se pode aprender muito mais. Muitas são as
causas e as circunstâncias que contribuíram para a chegada de jovens que lêem
pouquíssimo, a universidade, mas, certamente um dos mais fortes é o fato de
que historicamente, nós brasileiros somos um povo que pouco lê.
“Por outro lado, parece certo dizer que não existe tradição de leitura
no Brasil. Dada às condições do desenvolvimento histórico e cultural
do país, a leitura, enquanto atividade de lazer e atualização, sempre
se restringiu a uma minoria de indivíduos que teve acesso à educação
e, portanto, ao livro. A grande massa da população, sem condições
para estudar, sempre aderiu aos meios diretos de comunicação, que
não exigem educação formal para sua recepção”. (SILVA, 1984, p. 37)
Porem é sabido que os universitários em sua maioria não fazem parte da
grande massa da população que, por diversas circunstâncias, não lêem mais
que o essencial, no entanto, muitos alunos do ensino superior não são leitores e
este fato acaba por afetar sua formação.
18
Considerando ainda que a construção de trabalhos científicos é algo
pertinente ao ensino superior, e para tanto, é há a exigência de um vocabulário
adequado e o aluno que não tem costume de ler, tem uma restrição neste
sentido, o que dificulta uma boa dissertação, já que não se apropriou de uma
linguagem mais vasta e abrangente, ou seja, não sabe utilizar a norma culta
adequadamente.
Vivemos na era da tecnologia e hoje mais do que em qualquer outra
época os alunos têm acesso a um número maior de informações e numa
velocidade bem maior, se outrora os alunos só tinham acesso a textos por meio
de livros nem sempre acessíveis, hoje por meio da internet é possível ter acesso
a uma gama muito maior, no entanto, é perceptível que os jovens preferem
jogos eletrônicos, filmes e programas em que são meros ouvintes platéia muda,
tudo isso é muito fácil e a leitura exige interpretação, participação, para
compreensão, mas, os resultados são bem maiores e melhores.
Muitas vezes o professor universitário ignorando a deficiência de leitura
de seus alunos parte de uma leitura mais específica do curso o que dificulta a
interpretação do aluno e o seu gosto pelo texto. Neste caso seria mais viável o
docente atacar a capacidade de compreensão por meio de textos curtos de mais
fácil compreensão até chegar aos escritos mais longos e finalizar com leitura
completa de obras ligadas ao universo da formação do educando.
“A leitura amplia e integra os conhecimentos (...). Abrindo cada vez
mais os horizontes do saber (...). Quem lê constrói sua própria ciência;
quem lê constrói sua própria ciência; que não lê memoriza elementos
de um todo que não se atingiu”. (RUIZ, 1998, p.17).
Mesmo diante da importância da leitura, constata-se que, que grande
parte dos estudantes do ensino superior lê por obrigação e não por prazer e
tendo o ato da leitura como obrigação, ocorre uma leitura desinteressada, que
leva a resultados que permeiam mais por decorar do que de aprender de fato.
O professor universitário precisa refletir sobre a importância da leitura no
ensino superior, para a partir disto buscar trabalhar, voltado seus esforços para
que seu aluno seja um leitor assíduo, isso, que a princípio parece tomar o tempo
19
de trabalhar conteúdos pertinentes ao currículo, pode ter um efeito muito positivo
a medida que capacitar o aluno para contribuir efetivamente na construção do
seu próprio conhecimento por meio da leitura constante.
20
CAPÍTULO III
3 RESGATE DA LEITURA NA UNIVERSIDADE
3.1 Incluindo a Leitura no cotidiano da Universidade
Despertar nos alunos o gosto pela leitura é uma prática que precisa
acontecer bem cedo, no início da vida escolar, mas, por inúmeros problemas
nem sempre isso ocorre e, por conseguinte chegam alunos a universidade que
lêem muito pouco e o resultado disso é uma formação deficiente deste
educando que esta ali se profissionalizando e logo estará no mercado de
trabalho, atuando com as conseqüências da falta de leitura.
A leitura está extremamente ligada ao sucesso acadêmico de quem se
propõe a aprender, e por estar contribuindo para a aprendizagem, evita a
evasão que é uma realidade curiosa no ensino superior, considerando as
dificuldades para o ingresso nesta modalidade de ensino.
Diante do exposto, é papel das universidades trabalharem essa
deficiência na área da leitura, visando tornar seu aluno mais competente e
capaz, certamente esta não é uma tarefa fácil, no entanto é prioritária.
A tarefa de formar leitores não é fácil e para executa-la o professor
precisa ser critico e refletir muito sobre sua prática pedagógica e se preciso for,
transformá-las, isso requer novos embasamentos, a fim de se orientar no
exercício de sua profissão.
Para tornar os alunos bons leitores – para desenvolver, muito mais do
que a capacidade de ler, o gosto e o compromisso com a leitura -, a
escola terá que mobilizá-los internamente, pois aprender a ler (e
também ler para aprender) requer reforço. Precisará fazê-los achar
que a leitura é algo interessante e desafiador, algo que, conquistado
plenamente, dará autonomia e independência. Precisa torná-los
confiantes, condição para poderem se desafiar a “aprender fazendo”.
21
Uma prática de leitura que não desperte e cultive o desejo de ler não é
uma prática pedagógica eficiente. (BRASIL, 2001, p.58).
Infelizmente, no nosso país não há uma cultura de leitura, pelo contrário
as pessoas lêem muito pouco, e nem sempre a escola tem conseguido reverter
esse quadro, o que acaba fazendo com que alguns jovens cheguem às
universidades pouco praticantes de leitura. Agrava essa situação o fato dos
professores universitários às vezes agirem como se todos dos alunos fossem
leitores em potencial, e não realiza um trabalho adequado com relação à leitura.
Às vezes a preocupação excessiva do docente com a qualidade do texto,
o faz buscar materiais de leitura, às vezes, de difícil compreensão do aluno e ao
invés de conseguir com isto que o nível de aprendizagem e conhecimento do
aluno aumente o que geralmente é o objetivo do professor, faz com que o aluno
se afaste da leitura, o que é altamente negativo.
“Não se trata saber qual o tipo de texto é mais adequado para o
trabalho a ser feito em sala de aula. Trata-se de saber qual o melhor
trabalho a ser feito em sala de aula para que os alunos (...) sejam
cidadãos leitores numa sociedade que tem expulsado, historicamente,
os trabalhadores, qualificados ou não, das bibliotecas, das livrarias,
dos cinemas, dos teatros etc.” (GERALDI, 1996, p.124).
É essencial que o aluno universitário seja um freqüentador assíduo da
biblioteca da faculdade, que tenha acesso a livros variados e deles faça uso
constante, que conheça muitos autores que se prestam a escrever sobre a área
de formação deste aluno, tudo isso faz parte de uma formação sólida e
competente.
3.2 A Leitura Mapeando os Caminhos do conhecimento
A leitura como já dito, tem um papel essencial na vida do estudante de
qualquer modalidade de ensino, mas esta só terá êxito, na medida em que o
leitor for capaz de compreender o que lê que aprenda a ler o que não esta
22
escrita, percebendo elementos implícitos, que o permita fazer a ligação entre o
deste que lê e outros já lidos.
O hábito da leitura dá ao leitor, uma capacidade maior de argumentação,
o que é extremante importante em todas as áreas profissionais, sendo assim,
não dá para ignorar a importância de continuar um trabalho de leitura no ensino
superior, pois é lendo que os alunos irão adquirir a competência necessária para
realizar bem a profissão para a qual se prepara na universidade.
Pensando no trabalho mais consistente com a leitura no ensino superior,
é preciso às universidades incluam em suas propostas curriculares atividades
que estimulem os alunos a se interessarem pela leitura.
A universidade pode iniciar este trabalho, por meio de um diagnóstico das
dificuldades dos alunos com relação à leitura e a partir disto promover algum tipo
de intervenção que favoreça as capacidades lingüísticas por ela esperada nos
alunos ingressantes no ensino superior.
Todo este trabalho em torno da leitura é fundamental na universidade à
medida que a pouca leitura vai implicar em universitários que não escrevem bem
e em virtude disso terão uma formação comprometida e assim sendo suas
chances de ascensão profissional são mínimas.
3.3 Descobrindo o Encanto da Leitura
Em todas as etapas da educação o professor tem um papel determinante
na formação do habito da leitura nos discentes, no entanto, muitos têm grande
dificuldade de realizar um bom trabalho, porque também eles não são leitores e
fica difícil convencer o outro de algo que não cremos. É muito fácil para um
professor apaixonado por livros convencer seus alunos de qualquer modalidade
de ensino a ler.
Quando se é um leitor, a leitura tem o poder de encantar. Por meio dos
livros podemos viajar, conhecer lugares que jamais fomos ou iremos, através
dos textos e descrições dos autores penetramos nos mais variados mundos e é
essa magia e esse encanto que precisamos passar para os nossos alunos. A
leitura que nos permite ter acesso a informações diversas e assim ao
23
conhecimento, pode e deve ser agradável sendo também ocasião de lazer e
diversão.
“E sabemos também que a maioria dos professores no início de suas
vidas, enquanto alunos, não vivenciaram as situações que hoje são
apontadas como fundamentais para a formação do leitor. Como
resultado, encontramos uma grande quantidade de professores que,
embora conscientes da necessidade de ler, e da sua responsabilidade
na formação de alunos leitores, sentem muita dificuldade em sua
atuação e reconhecem, inclusive, que não são leitores”. (ANTUNES,
2005, p.19).
É uma atividade muito importante, na faculdade a produção de texto, por
meio de pesquisas científicas e essa produção requer dos alunos um bom
domínio da língua portuguesa e vocabulário apropriado, tudo isto esta presente
no texto de um escritor competente. Construir este escritor passa pela
construção anterior de um leitor, pois, adquiri se a competência de escrever bem
por meio de uma leitura constante.
“O trabalho com a leitura tem como finalidade a formação de
leitores competentes e, conseqüentemente, a formação de escritores,
pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na
prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de
referências modeladoras”. (PCN Vol. 2, 2001, p. 53)
O fato dos professores universitários esperarem que os alunos
provenientes da educação básica cheguem à faculdade preparados com relação
à leitura, faz com que o trabalho com livros seja pouco agradável e afaste um
pouco mais os alunos da leitura o que é extremamente prejudicial nesta
modalidade de ensino.
A imposição de certos livros e textos que são de difícil compreensão para
o aluno, costuma ser um erro grave, pois, ao tentar continuar lendo um livro que
não esta compreendendo a leitura se torna extremamente desagradável e vai
desencadeando um desencanto por ler.
24
‘Impor a literatura erudita porque é a literatura de prestígio a alunos
despreparados, com outras raízes culturais, é transformá-la em
dogma, o que lhe tira a possibilidade de discuti-la, de avaliar autor e
literariedade e, sobretudo uma leitura prazerosa” (FARIA, 1999, p.92).
Às vezes é preciso dar passos mais lentos em relação à leitura, começar
por textos mais acessíveis, deixando claro para o universitário a importância
dele se tornar um leitor, pois, esta condição essencial para sua formação e
sucesso profissional.
A leitura na universidade tem a finalidade de ajudar o aluno a aprender,
pois é o caminho mais viável para adquirir conhecimentos.
“É através da leitura que o estudante constrói, ele mesmo, o próprio
curso universitário. Na leitura crítica e constante, ele assume
pessoalmente o processo de sua aprendizagem. Aprende a discernir,
discriminar, organizar, coordenar, compreender, explicitar,
caracterizar, formular, confrontar e interpretar, incorporar e assimilar
os conteúdos apresentados”. (MOROBIN, 1983, p.102).
3.4 Ressignificando a Leitura no Ensino Superior
É indiscutível que o aluno deve ser despertado para a leitura o mais cedo
possível, sendo assim seria viável que isto ocorresse nas séries iniciais do
Ensino Fundamental, tão logo este aluno se alfabetizasse, no entanto,
infelizmente, parte os alunos passam por esta etapa do ensino e às vezes até
pelo Ensino Médio, sem habituar-se a leitura, tão essencial no processo ensino
aprendizagem.
Segundo Witter (1997), no ensino superior esta a ultima oportunidade
para tornar o cidadão um leitor competente, crítico, freqüente, criativo que
compreende e usa de maneira adequada as informações obtidas por meio dos
textos.
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A leitura e apresentada ao aluno ao longo de sua jornada escolar sempre
em forma de cobrança, quem não se lembra de ter lido um livro sem se envolver
de fato com ele por estar demasiadamente preocupado com as questões que
teria que responder na ficha literária e desta forma sempre havia uma atividade
pós leitura, que tirava um pouco da graça do texto. Segundo Kleiman (1993), as
ações pedagógicas voltadas para a leitura, com o objetivo de mostrar ao aluno a
importância de ler, não precisa estar atrelada a uma cobrança, desde que haja
um programa de leitura que permita ao aluno entrar em contato com um
universo textual amplo e diversificado.
Estimular os alunos a lerem é tarefa de todo e qualquer docente, e não é
diferente no ensino superior, para tanto, o docente deve, segundo Geraldi
(1996), neste processo ter um papel ativo, perguntando, levando o aluno a
refletir sobre o texto lido e especialmente compreender que a leitura é um
diálogo entre autor e leitor.
Por fim se depois de passar pela educação básica o aluno entrou no
ensino superior, lendo menos que o necessário para sua formação plena, a
universidade terá que tornar este aluno leitor, pois, esta pode ser a ultima
oportunidade deste cidadão ser um leitor competente, o que certamente fará a
diferença na sua formação final e atuação profissional.
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CONCLUSÃO
Ao longo da história, o pouco habito de leitura dos estudantes, tem sido
uma das maiores preocupações de educadores de todos os níveis de ensino,
dada a sua importância para uma formação integral do educando. Mesmo no
ensino superior é comum encontrarmos alunos que não gostam de ler e o fazem
muito pouco o que acaba interferindo em seu rendimento acadêmico fato este
que motivou a presente pesquisa que buscou ao longo de sua construção
compreender as causas da pouca apreciação da leitura por parte de alguns
educandos e ainda a forma como as universidades concebem este problema.
No capítulo I, a presente pesquisa abordou a pouca prática leitora dos
jovens brasileiros, o que é bastante pernicioso, considerando que a leitura é um
dos principais meios para se adquirir conhecimentos. Este fato que afeta a
grande maioria das pessoas ocorre também no meio universitário e tem graves
conseqüências, pois é extremamente necessário que o acadêmico seja um
leitor, para que sua formação tenha a excelência esperada de um profissional de
nível superior, sendo assim, se a universidade recebeu um aluno que não lê o
suficiente, que não adquiriu o hábito de ler nas modalidades de ensino cursadas
anteriormente, é papel da universidade torna-lo leitor.
O presente trabalho que investigou os problemas relativos a leitura no
Ensino Superior, trouxe a tona no segundo capítulo o papel na universidade na
formação do hábito da leitura, fato ignorado por parte de muitos professores
universitários, que consideram que esta tarefa deve ser relegada aos docentes
da educação básica. De fato o ideal é que os alunos chegassem a faculdade
leitores, mas, nem sempre isso ocorre e esta pode ser a ultima oportunidade de
uma instituição de ensino fazer esta tão necessária intervenção.
O trabalho com a leitura é essencial em qualquer fase de ensino, mas, no
superior é determinante, pois o aluno dependerá e muito da sua habilidade de
ler para ter uma aprendizagem devida, portanto, os docentes precisam trabalhar
com a leitura, às vezes partindo de textos mais simples até chegarem aos mais
complexos voltados para textos próprios da área de formação destes alunos.
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A leitura é que dar subsídios para a escrita, toda pessoas que tem
facilidade de se expressar é antes de tudo um leitor. Na universidade a maioria
dos cursos requer uma produção científica que exige do aluno trabalhos que
requerem vocabulário próprio e adequado, portanto, a leitura nesta fase da vida
educacional é essencial. No capítulo 3 deste trabalho a abordagem é em torno
da importância do resgate da leitura no ensino superior, trabalho que é
indiscutivelmente necessário que precisa ser pensado pelos docentes, pois, se o
foco é uma formação adequada e de qualidade, não podemos deixar um aluno
entrar e sair da universidade sem se tornar um leitor, pois é a leitura que lhe
garantirá novos aprendizados e uma formação contínua que o tornará um
profissional de excelência.
Em suma a leitura é determinante em todos os níveis de ensino e
essencial no ensino superior, portanto, o papel da universidade é intensificar o
hábito da leitura, e para tanto deve lançar mãos de vários meios para isso, pois
uma formação só é completa quando da ao formando a condição de continuar
aprendendo sempre.
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