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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU A QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS: PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR. Por: Paulo Antonio da Silva Orientador: Professor Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro - RJ 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

A QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS:

PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR.

Por: Paulo Antonio da Silva

Orientador:

Professor Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro - RJ

2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

A QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS:

PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR.

Apresentação de monografia à AVM – Faculdade Integrada, como

requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista em MBA

em Qualidade, Saúde, Meio Ambiente, Segurança do Trabalho, no

Sistema de Gestão Integrado.

Por: Paulo Antonio da Silva

Rio de Janeiro - RJ

2016

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais e irmãos, por terem acreditado

em mim, depois à minha esposa Priscila e meu

sogro Francisco, que tiveram grande relevân-

cia na minha vida acadêmica e contribuiram

para que este projeto se tornasse realidade.

Obrigado a todos vocês.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a DEUS, por todas

as bênçãos concedidas durante este período, e

por ter colocado em minha vida pessoas mara-

vilhosas: Amigos, colegas de classe e professo-

res que me apoiaram e incentivaram, sem eles

eu não teria conseguido mais esta conquista.

Ao professor e orientador: Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Por seu apoio, inspiração e paciência que nos levou ao amadurecimento dos nos-

sos conhecimentos que resultaram na execução e conclusão desta monografia.

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RESUMO

Esta monografia estuda a utilização da qualidade total que ocorre em

uma entidade, caracterizado por pesquisa exploratória, de campo e entrevista.

Este trabalho foi realizado em uma empresa fictícia, baseada em um caso real

cuja identidade não pode ser revelada. A entidade esta denominada como:

ZRQYW Segurança Ltda, com o objetivo de verificar a influência da qualidade

total na prestação de serviços. A monografia trata sobre a importância da gestão

da qualidade total no setor de serviços para efetuar a entrega de “valor” aos

consumidores, que só conseguem mensurá-la através da comparação com outros

serviços prestados anteriormente. No mercado atual, onde o setor de serviços

cresce cada vez mais a cada ano e a concorrência está cada vez mais acirrada, é

fundamental para a empresa ter uma administração eficiente e focada na

realização das expectativas dos consumidores, visto isso, a gestão da qualidade

consegue melhorar o desempenho, elaborando processos de informações

internos e externos que possam contribuir na tomada de decisões rápidas e

seguras, porque a dinâmica do ambiente concorrencial e o problema de

sobrevivência exigem que as empresas assimilem, adotem e incorporem novas

técnicas e tecnologias que permitam a obtenção de diferenciais que possam

superar a concorrência e atingir o consumidor com mais eficácia, aumentando a

receita da empresa e fidelizando os clientes.

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METODOLOGIA

A empresa ZRQYW, como dito anteriormente, é uma entidade fictícia com as

inicias dos nomes de meus parentes: Zélia, Renato, Quésia, Yuri e Wilma, todos

são pessoas físicas, não há pessoa jurídica nesta citação, onde todos nós

imaginamos e chegamos à conclusão da criação desta organização, e que

prestaria o serviço de vigilância e segurança patrimonial dentro do Estado do RJ.

Enquanto a norma ISO 9000 tem o enfoque de sistema de qualidade,

de garantia da qualidade do produto, a GQT tem um enfoque de método de

gestão, mais amplo, incluindo além da norma ISO 9000, a garantia do lucro, a

garantia da segurança individual, a garantia da satisfação dos clientes, a garantia

da satisfação dos funcionários, entre outros.

O importante é nos concentrarmos em tudo que pode ser comum a

GQT e à norma ISO 9000 para tirarmos proveito do que cada um tem de melhor.

Há semelhanças entre a GQT e a norma ISO 9000, pois as mesmas

são inter-relacionadas, pois uma entidade que aplica a norma ISO 9000 em um

método básico, pode na próxima fase implantar a GQT.

Tanto a norma ISO 9000 quanto a GQT tem valor dentro da

organização e promovem a qualidade dentro da mesma, cada uma com seu foco,

mas é bom lembrar que somente a norma ISO 9000 também traz consigo a

implantação e o certificado, que inúmeras vezes serve como pré- requisitos em

contratos de clientes e parceiros.

As semelhanças são decorrentes dos princípios da qualidade, que são

únicos.

A filosofia do GQT está descrita numa série de livros publicados pelos

principais autores, conhecidos como gurus da qualidade (Deming, Juran,

Ishikawa, etc). Não existe uma publicação única, uma norma, que resuma os seus

principais conceitos.

Já a norma ISO 9000 é um modelo que sumariza os requisitos

necessários à implantação de um sistema de qualidade.

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A norma ISO 9000 é uma norma fortemente baseada na

documentação, necessária para comprovar nas auditorias (internas, de clientes e

de certificação) que os procedimentos estão sendo seguidos na prática. A GQT

tem como uma de suas bases à padronização.

Para a ampliação dessa monografia serão implementadas estratégias

de investigação através de levantamento de material bibliográfico e análise dos

mesmos. Inicialmente será feita uma pesquisa bibliográfica com o propósito de se

investigar sobre a Gestão da Qualidade Total da empresa; e aplicada uma

entrevista ao gestor do QSSMA; e um questionário composto por questões

objetivas aos funcionários e clientes da ZRQYW Segurança Ltda. No segundo

momento serão analisadas todas as fontes bibliográficas levantadas sobre o

assunto e agrupadas as respostas dos questionários para fins de análise e

conclusão.

A coleta de informações será de dois tipos: Primários e secundários.

Os dados primários são aqueles obtidos a partir de informações da própria

organização estudada, ao passo que os dados secundários que procede de

outras fontes.

Os dados primários serão extraídos por meio da realização de

entrevista estruturada com o coordenador do QSSMA da firma escolhida, com

base num roteiro previamente estabelecido. Nesta entrevista serão obtidas

informações sobre os objetivos estratégicos e as ideias preliminares da empresa.

Após a entrevista, será realizada uma análise da consistência das respostas

obtidas, destacando os aspectos importantes para preparar uma relação

preliminar de objetivos e medidas.

Os dados secundários serão conseguidos através de relatórios de

atividade e outras publicações, consultas em revistas, jornais e livros

especializados, bem como artigos científicos, dissertações e teses.

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Segundo Markoni e Lakatos (2005 p. 185),

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia

já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas,

boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material car-

gráfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita mag-

nética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisa-

dor em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre deter-

minado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido

transcritos por alguma forma, que publicadas, quer gravadas.

Os principais autores que fundamentarão o trabalho são: Las Casas

(1999), Paladini (2000, 2002, 2009), Chiavenato (2003), Lakatos e Marconi

(2005), Tófoli (2006), Gaither e Frazien (2006), Kotler e Keller (2006).

Finalmente os resultados serão sistematizados na forma de gráficos e

análise textual mediante comparação com os dados apresentados.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CQ Círculos de Qualidade

DCQ Departamento de Controle da Qualidade

DFQ Desdobramento da Função Qualidade

GQT Gestão da Qualidade Total

SGQ Sistema de Gestão da Qualidade

SM Solicitação de Melhoria

VPC Valor percebido pelo consumidor

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 14

CAPÍTULO I-INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. 16

1.1 – Surgimeto e importância da gestão da qualidade total na prestação de

serviços ................................................................................................................ 18

CAPÍTULO II – HISTÓRIA DA EMPRESA: ZRQYW SEGURANÇA LTDA ....... 20

2.1 – Missão ........................................................................................................ 20

2.2 – Visão ........................................................................................................... 20

2.3 – Valores ........................................................................................................ 20

2.4 – Produtos e serviços oferecidos .................................................................. 21

2.5 – Marketing .................................................................................................... 21

2.6 – Fornecedores .............................................................................................. 22

2.7 – Funcionários ................................................................................................ 22

CAPÍTULO III – A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL NA PRESTAÇÃO DE

SERVIÇOS ........................................................................................................... 24

3.1 – Conceito ...................................................................................................... 24

3.1.1 – A história e evolução da gestão da qualidade total ................................. 24

3.1.2 – Qualidade ................................................................................................. 28

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3.1.3 – Planejamento e controle da qualidade ..................................................... 29

3.1.4 – Definição da gestão da qualidade total .................................................... 31

3.2 – Dimensões da qualidade dos serviços prestados ....................................... 37

3.3 – Caracterísitcas da qualidade dos serviços .................................................. 37

3.4 – Gestão da qualidade no processo .............................................................. 38

3.5 – Programas de gestão da qualidade ............................................................ 40

3.6 – Ferramentas da qualidade .......................................................................... 44

3.6.1 – Ciclo PDCA .............................................................................................. 44

3.6.2 – Fluxograma .............................................................................................. 46

3.6.3 – Folha de Verificação ................................................................................ 47

3.6.4 – Estratificação ............................................................................................ 47

3.6.5 – Diagrama de Pareto ................................................................................. 48

3.6.6 – Diagrama de Causa e Efeito .................................................................... 49

3.6.7 – Histograma ............................................................................................... 50

3.7 – Qualidade do produto .................................................................................. 51

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3.8 – Qualidade do serviço .................................................................................. 51

3.9 – Diferenças do produto através do serviço ................................................... 54

3.10 – Cliente ....................................................................................................... 55

3.10.1 – Satisfação dos clientes .......................................................................... 55

3.10.2 – Fidelizando os clientes ........................................................................... 55

3.10.3 – Foco no cliente ....................................................................................... 56

3.11 – A importância do colaborador na qualidade do serviço prestado ............. 57

3.12 – Concorrência ............................................................................................. 57

CAPÍTULO IV – QUALIDADE DOS SERVIÇOS COM A PERCEPÇÃO DO

CONSUMIDOR .................................................................................................... 59

4.1 – Gerência da qualidade no setor de serviços ............................................... 59

4.1.1 – Qualidade e competitividade .................................................................... 63

4.1.2 – Processo de entrega de valor do produto e/ou serviço ............................ 65

4.1.3 – Competência central ................................................................................ 70

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CAPÍTULO V – PROPOSTA .............................................................................. 72

CONCLUSÃO ..................................................................................................... 73

REFERÊNCIAS ................................................................................................... 75

ÍNDICES ............................................................................................................... 80

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................ 83

APÊNDICES ........................................................................................................ 84

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INTRODUÇÃO

Conhecer e entender o controle de qualidade e sua aplicação no

âmbito das organizações é de suma importância na atualidade, onde a prática da

qualidade é uma realidade através de programas de qualidade que com sua

implementação geram o desenvolvimento de novos conceitos, ou seja, a teoria é

comprovada em validade com a prática, gerando mudanças culturais profundas

na instituição. Deste modo, o tema escolhido, somado à necessidade de melhoria

contínua dos processos das organizações permitirá conhecimento teórico,

baseado nas obras dos autores pesquisados, contribuindo para a área

acadêmica, no crescimento pessoal e profissional através do fornecimento de

subsídios para o aumento do conhecimento, o que é fator determinante em um

mercado cada vez mais acirrado e competitivo. Produzir um bem e/ou serviço

com qualidade, mesmo que de maneira discreta, sempre foi um dos objetivos das

empresas, ainda quando tudo era feito manualmente, de forma artesanal.

Com a Revolução Industrial, onde a produção em massa mudou a

forma de trabalho, a produção visando grande produtividade e garantir produtos

com qualidade tornou-se um desafio cada vez maior, vindo a tornar-se estratégica

básica para a competitividade, o que gerou um grande número de estudos que

levassem a esse fim.

A iniciativa desta pesquisa surgiu da necessidade de conhecer a

história da Qualidade, seu desenvolvimento ao longo do tempo até os dias atuais

e os diferentes enfoques dados ao tema.

A partir disto, surge pergunta da pesquisa: “Como garantir a

satisfação dos consumidores e entregar o valor desejado através da qualidade?”.

O presente trabalho constitui-se de pesquisa de natureza bibliográfica, entrevista

e pesquisas, visando compreender os aspectos relacionados à sua aplicabilidade

na empresa; trata-se de uma pesquisa básica, havendo, portanto, uma

investigação sobre sua ocorrência na prática; este trabalho possui abordagem

qualitativa, referindo-se a conhecimentos teóricos da entidade.

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Analisar o desenvolvimento da qualidade ao longo do tempo,

principalmente a partir da Revolução Industrial e mostrar a sua importância nas

organizações nos dias atuais. Apresentar o conceito de qualidade, a história e os

precursores da qualidade, o planejamento e controle da qualidade, a qualidade

total, as ferramentas da qualidade e o sistema da norma ISO 9001.

O presente trabalho foi estruturado da seguinte forma:

Capítulo I – No capítulo apresenta a história do sistema da norma ISO

9000, surgimento e importância da Gestão da Qualidade Total.

Capítulo II – ZRQYW Segurança Ltda – Neste capítulo apresenta-se a

empresa ZRQYW Segurança, seu histórico, objetivos atuais, produtos e serviços,

marketing, fornecedores, funcionários a preocupação com a qualidade.

Capítulo III – Qualidade Total – Apresenta os conceitos de qualidade

total na prestação de serviços, assim como também apresenta algumas

ferramentas de gestão da qualidade.

Capítulo IV – Qualidade dos serviços com a percepção do consumidor

– Qualidade no setor de serviços, entrega do produto e/ou serviço ao cliente.

Capítulo V – Processos metodológicos.

Finalizando, será apresentada uma proposta, a conclusão, em seguida

será a vez da pesquisa que apresenta os dados junto às apêndices que

demonstram a preocupação da empresa em relação à qualidade no atendimento

ao consumidor.

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CAPÍTULO I

International Organization for Standardization

De acordo com Martins e Laugeni (2005), o sistema da norma ISO

9000 foi desenvolvido no Japão pela International Organization for

Standardization, orgão europeu para a qualidade e padrões, sediado em

Genebra, na Suíça.

Para Paladini (2002), a norma ISO 9000 pode ser considerada o

referencial mais relevante para a avaliação da qualidade em nível de processo

hoje que, a rigor, vale-se do princípio de Gestão da Qualidade, segundo o qual,

garantindo-se a qualidade dos processos, garante-se a qualidade de produtos e

serviços deles procedentes. De acordo com o autor, o Sistema da norma ISO

9000 foi proposto pelo Comitê Técnico 176 da Organização Internacional para a

Normalização (ISO) e aprovado em 1987, sendo que o sistema envolve

elementos de conceituação da qualidade e mecanismos relativos ao seu

planejamento, gestão, implementação e avaliação e a sua aceitação em grande

parte do mundo atesta a validade do sistema que é detalhado abaixo:

1 – Norma ISO 9000: Trata de conceitos básicos sobre qualidade, sendo

chamada no texto original de “Padrões de administração da qualidade e garantia

da qualidade – diretrizes para seleção e uso” e tendo apenas seis páginas e

listando cinco conceitos de fundamentais: política da qualidade, administração da

qualidade, sistema da qualidade, controle da qualidade e garantia da qualidade;

2 – Norma ISO 9001: Apresenta as normas contratuais para sistemas de

garantia da qualidade em nível de projeto, desenvolvimento, produção, instalação

e assistência técnica; a norma original tem sete páginas e chama-se “Sistemas da

Qualidade – Modelo para a garantia da qualidade em projeto, desenvolvimento,

produção, instalação e assistência”. A maior parte da norma refere-se aos

requerimentos do sistema da qualidade;

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3 – Norma ISO 9004: O formato original possui dezesseis páginas e fornece as

diretrizes gerais para o desenvolvimento e implementação dos sistemas da

qualidade. Os elementos listados nesta norma são os objetivos organizacionais,

responsabilidades da administração, princípio dos sistemas da qualidade,

qualidade em marketing, qualidade e controle na produção, entre outros aspectos

relevantes para um conceito global do ciclo da qualidade de um produto, dede sua

concepção até após sua efetiva utilização.

Segundo Martins e Laugeni (2005), a norma ISO 9000 é um sistema

elaborado e testado por especialistas de todo o mundo para o gerenciamento da

empresa, com o objetivo de atender às especificações e expectativas do

comprador, sendo que corresponde a uma família de normas que dá diretrizes de

como construir um sistema de gerenciamento de qualidade efetivo e como o

auditar para garantir à empresa e ao consumidor que o sistema está realmente

funcionando.

Para Willians (1995), quase todos os elementos da norma ISO 9000

são inter-relacionados e, por isso, é difícil trabalhar em um elemento sem

considerar os demais, sendo que a maioria dos seus compradores acredita que

isto representa uma vantagem, uma vez que o esforço abrange um sistema de

qualidade completo. Segundo esse autor, existem duas razões para se certificar

pela norma ISO 9000, pois, primeiramente, ela garante ao cliente o produto e o

serviço tal qual eles encomendaram e; segundo, ela assegura que processo de

fornecimento do produto ou serviço é feito do modo mais eficaz e ao preço mais

justo possível.

De acordo com Paladini (2002), a norma ISO 9000 possui benefícios,

como o investimento na qualidade do processo e limitações, como a

burocratização dos procedimentos e, frequentemente, impostos às empresas,

com geração de conflitos. Além disso, a norma ISO 9000 introduz uma entidade

no roteiro das atividades, pois para ser certificada a empresa deve selecionar os

modelos de sistemas; implantar, preparar a documentação dos procedimentos;

estruturar manuais da qualidade para, então, submeter o sistema implantado a

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processos de auditoria independente, sendo que, como um mecanismo de Gestão

da Qualidade, a melhoria contínua é enfatizada e a para a certificação disto, a

empresa certificada é auditada periodicamente.

Para esse autor, mesmo com falhas estruturais e nos últimos tempos,

sofrendo com problemas de credibilidade, a norma ISO 9000 acrescenta aos

modelos de avaliação tradicionais algo novo no que tange a gestão, pois com

norma ISO 9004, cria-se um processo gerencial, que apesar de ter

direcionamentos específicos, ajusta-se melhor aos princípios de Gestão da

Qualidade do que aos modelos de controle estatístico de processo.

1.1 Surgimento e importância da gestão da qualidade total na

prestação de serviços

De acordo com Araújo (2007), na década de 50 as organizações não

se preocupavam com os consumidores, pois, como não tinham concorrência e

não havia variedade de produtos, eles acreditavam que os clientes consumiriam

seus produtos sem exigências quanto a preço e qualidade.

Ainda segundo o autor, em meio à expansão industrial, começou a

aumentar o número de organizações que ofereciam os mesmos produtos, porém,

com algumas melhorias. Assim, com o aumento da concorrência e com a

globalização surgiu a necessidade de investir em clientes, oferecendo produtos e

serviços com qualidade, inovação e preços atrativos.

A Gestão da Qualidade Total (GQT), de acordo com o autor acima

citado, é um modelo gerencial que foi desenvolvido e aplicado no Japão após a II

Guerra Mundial pelos norteamericanos e contém alguns princípios da

administração de Taylor, Shewart, Maslow e o conhecimento ocidental da

qualidade principalmente de Deming e Juran.

Segundo Barbosa (1995), na época em que os produtos japoneses

eram considerados como “lixo” no exterior e com a necessidade da reconstrução

nacional e retomada econômica no período pós-guerra, o processo de

implantação da GQT foi extremamente importante, pois graças à qualidade total,

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hoje, o Japão é uma das maiores potências econômicas do mundo e referência

em produtos altamente valorizados pela qualidade e tecnologia avançada.

Essa técnica vai além dos ganhos quantitativos de compradores. As

organizações não podem se limitar a atrair consumidores e aumentar as vendas,

mas também permanecer em serviço (pós-venda, por exemplo).

Segundo Juran (1992 apud ARAÚJO 2007), a falta de qualidade

representa perda de vendas, geram custos devido às reclamações dos clientes

ocasionando o retrabalho, representa ameaça à sociedade porque os produtos

devem trazer benefícios aos seus consumidores e não o contrário.

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CAPÍTULO II

HISTÓRIA DA EMPRESA: ZRQYW Segurança Ltda

Desde 1993, que a ZRQYW Segurança Ltda, atua no ramo de

prestação de serviços de vigilância, mas naquela época a mesma ainda tinha um

primeiro nome que era chamada de ZRQYWJA Ltda, e logo a seguir passou a se

chamar ZRQYW Segurança Ltda, nome pelo qual estaremos abordando e

estudando. Esta empresa está caracterizada pela prestação de serviços de

vigilância e segurança patrimonial.

Atualmente a empresa está com escritórios administrativos em alguns

contratos, onde são prestados os atendimentos aos colaboradores e

consumidores, diagnosticando as necessidades, que são encaminhadas na forma

de ordem de serviço para que sejam executadas.

2.1 Missão

“Todos servindo com orgulho, dedicação e criatividade, nos tornando

essenciais aos nossos clientes.”

2.2 Visão

“Ser a referência no mercado de prestação de serviços de vigilância,

respeitada por oferecer soluções inovadoras, pela qualidade de sua entrega e

pela capacidade de oferecer a melhor relação custo x benefício para seus

clientes.”

2.3 Valores

• Espírito de servir;

• Comprometimento;

• Disciplina;

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• Auto-desenvolvimento;

• Trabalho em equipe;

• Empreendedorismo;

• Criatividade e inovação.

2.4 Produtos e serviços oferecidos

A empresa ZRQYW oferece prestação de serviço que visa garantir a

tranquilidade dos compradores por meio de proteção de serviços do patrimônio

físico e humano.

A ZRQYW desenvolve meios em segurança patrimonial, segurança

pessoal privada, escolta armada e segurança eletrônica. A empresa desenvolve

profissionais competentes e capacitados, aliado a procedimentos rigorosos e

inovação contínua, que asseguram a principal meta: Excelência.

2.5 Marketing

A ZRQYW, não dispõe de um setor específico de marketing, as

propagandas são planejadas conforme suas necessidades. Através de

identificação dos mais variados veículos de mídia como rádio, jornal, internet etc.

Contudo as negociações e decisões são responsabilidades da direção da

empresa.

Visto que a prestação de serviços em si, é um produto intangível e

variável, no qual o consumidor não poderá prever com exatidão o resultado final

do serviço solicitado, pois este resultado dependerá de diversos fatores.

Observou-se que a propaganda mais eficaz para a empresa tem sido

os próprios clientes, que sempre acabam indicando outros clientes para a

empresa, pois neste segmento, adquirir a confiança de um cliente se torna um

trabalho árduo, logo, esse tipo de indicação por cliente satisfeito é um ponto

importante para o crescimento e o sucesso da empresa.

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Conforme Tófoli, Tófoli (2006) o cliente satisfeito retorna e divulga a

empresa aos amigos, familiares, enquanto o cliente insatisfeito, descontente dos

serviços prestados, divulga a informação a tantas quantas pessoas encontrar.

2.6 Fornecedores

A empresa procura fornecedores confiáveis, que tenham preços

atrativos, também sejam pontuais, forneçam produtos de qualidade e boa

procedência para que a execução final do serviço atinja um nível que possa

superar as expectativas do comprador.

A escolha de um fornecedor que trabalhe com muita seriedade

reflete diretamente no resultado final da prestação de serviços da empresa, tanto

neste segmento como em qualquer outro, pois fica claro que se o fornecedor não

for de uma empresa com comprometimento no seu trabalho, a empresa

contratante não conseguirá manter seus prazos e sua qualidade, gerando assim

insatisfação em seus consumidores.

O fator que mais pesa na decisão da escolha de um fornecedor é o

“mix” de produto. O compromisso de oferecer produtos de primeira linha e de alta

qualidade aos clientes é fundamental para um bom relacionamento com o

fornecedor.

Analisando todos esses fatores, a empresa ZRQYW mostra-se como

uma empresa preparada para o sucesso, permitindo que cada vez mais seus

clientes tenham suas expectativas atingidas.

2.7 Funcionários

A empresa possui um quadro que conta com aproximadamente 1250

funcionários, sendo distribuidos em diversos contratos da empresa, além de

conter alguns em sua sede administrativa/operacional.

A direção juntamente com os outros gestores acredita que a

empresa por ter seu foco principal na prestação de serviços, visa muito à impor-

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tância do funcionário para o seu crescimento, pelo fato que nesse segmento,

acontece com muita freqüência, à fidelização do cliente a um determinado

vigilante, o que fica claro que perder um profissional dessa área, pode determinar

uma queda considerável na receita da empresa, pois além de tudo é notável

acrescentar que o mercado da região carece, de profissionais confiáveis e com

experiência nessa área, fazendo com que a empresa, considere a existência e a

importância do capital intelectual, embora não sendo possível mensurar seu real

valor em moeda.

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CAPÍTULO III

A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL NA PRESTAÇÃO DE

SERVIÇOS

3.1 Conceito

A palavra qualidade significa aquilo que caracteriza uma pessoa ou

coisa, que a distingue das outras como: modo de ser, atributo, aptidão,

disposição, moral entre outros fatores.

Pode-se afirmar por outro ponto de vista, que qualidade também

pode ser considerada como a maneira como é desejado que um objeto ou um

acontecimento fosse, de forma que satisfaça as mais profundas expectativas,

gerando uma espontânea e imediata aprovação.

Observa-se que é fundamental entender, que antes de qualquer

coisa, entender o conceito de qualidade depende da percepção de cada um,

sendo, portanto, função da cultura do grupo que se considera. (GRIFO, 1998).

A estrutura e o funcionamento do processo de Gestão da Qualidade

Total envolvem um conjunto de referenciais que direcionam todas as suas ações.

Os mais relevantes, é evidente, referem-se à forma como se entende a qualidade,

ou seja, o conceito de qualidade adotado em cada organização. (PALADINI,

2009).

3.1.1 História e evolução da gestão da qualidade total

Engana-se quem pensa que a preocupação com o nível de qualidade

dos produtos e serviços ofertados aos compradores é algo recente na

humanidade.

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Por volta de 2150 A.C, o código de Hamurabi, que foi um dos conjuntos

mais antigos de leis escritas pelo homem, já demonstrava uma preocupação com

a durabilidade e funcionalidade das habitações produzidas na época, de tal forma

que, se um construtor negociasse um imóvel que não fosse sólido o suficiente

para atender a sua finalidade e desabasse, o construtor era penalizado com a

morte, enquanto os fenícios amputavam a mão do fabricante de determinados

produtos que não fossem produzidos, segundo as especificações

governamentais, com perfeição. (OLIVEIRA et al, 2006).

Contudo, foi no século XX, após o fim da II Guerra Mundial que a

qualidade começou a ser pouco a pouco, observada e praticada com mais

atenção pelas organizações.

O movimento da qualidade tem contribuído de forma marcante até

os dias atuais na obtenção das vantagens competitivas junto às empresas.

De acordo com Ribeiro (2008), a evolução da qualidade pode ser

analisada sob as várias etapas, tais como:

a) 1ª etapa (1900) - Controle da Qualidade pelo Operador: Um

trabalhador ou um grupo pequeno era responsável pela fabricação do produto por

inteiro, permitindo que cada um controlasse a qualidade de seu serviço;

b) 2ª etapa (1918) - Controle da Qualidade pelo supervisor: Um

supervisor assumia a responsabilidade da qualidade referente ao trabalho da

equipe, dirigindo as ações e executando as tarefas onde fosse necessário e

conveniente em cada caso;

c) 3ª etapa (1937) - Controle da Qualidade por inspeção: Esta fase

surgiu com a finalidade de verificar se os materiais, peças, componentes,

ferramentas e outros estão de acordo com os padrões estabelecidos. Deste modo

seu objetivo é detectar os problemas nas organizações;

d) 4ª etapa (1960) - Controle Estatístico da Qualidade: Esta etapa

ocorreu através do reconhecimento da variabilidade na indústria. Numa produção

sempre ocorre uma variação de matéria-prima, operários, equipamentos etc. A

questão não era distinguir a variação e sim como separar as variações aceitáveis

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daquelas que indicassem problemas. Deste modo surgiu o Controle Estatístico da

Qualidade, no sentido de prevenir e atacar os problemas. Surgiram também as

sete ferramentas básicas da qualidade na utilização da produção: Fluxograma,

folha de verificação, Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito,

Histograma, Diagrama de Dispersão e Carta de Controle. Esta etapa permaneceu

restrita às áreas de produção e em nível de chão de fábrica, se desenvolveu de

forma lenta e é aplicada nas organizações até os dias de hoje;

e) 5ª etapa (1980) - Controle da Qualidade Total: A qualidade passou

de um método restrito para um mais amplo, o gerenciamento. Mas ainda

continuou com seu objetivo principal de prevenir e atacar os problemas, apesar de

os instrumentos se expandirem além da estatística, tais como: quantificação dos

custos da qualidade, controle da qualidade, engenharia da confiabilidade e zero

defeito.

Conforme figura 1: Etapas da evolução da Qualidade Total – (Elaborado pelo

autor, 2015.)

Oliveira et al (2006) apresenta em uma abordagem mais clara, as três

fases da administração da qualidade que mais se destacaram, foram elas:

a) Era da Inspeção: Compreendida entre o final do século XVIII e o

início do século XIX.Nesta época a qualidade tinha por objetivo a inspeção, onde

um ou mais atributos de um produto eram examinados, medidos ou testados, a

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fim de assegurar sua qualidade. Toda ênfase do Controle da Qualidade esteve

voltada para os procedimentos da avaliação da qualidade de produtos e serviços,

com a estruturação de técnicas de inspeção;

b) Era do Controle Estatístico: As décadas de 1930 e 1940 foram

marcadas pela utilização das aplicações estatísticas nos processos produtivos.

Um grupo de pesquisadores composto por nomes como: W. A. Shewart, Harold

Dodge, Harry Roming, G.D. Edwards e, posteriormente, Joseph Juran, dedicou

boa parte de seus esforços em pesquisas que levaram ao surgimento do Controle

Estatístico de Processo. Além disso, Shewart desenvolveu o Gráfico de Controle

de Processo, uma poderosa ferramenta até hoje largamente utilizada;

c) Era da Qualidade Total: Iniciou-se no ocidente como uma resposta

à invasão de produtos japoneses de alta qualidade no final dos anos 70.

Conforme figura 2: Eras da Qualidade - (Extraída de OLIVEIRA, O.J., 2006, p.4)

Para Cordeiro (2004), embora tenha havido uma mudança contínua na

forma pela qual se busca aumentar a qualidade nas empresas, a definição implíci-

ta do termo “qualidade” para as empresas pouco se modificou ao longo dessas

eras. A conformidade do produto com as especificações de projeto permaneceu

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como a definição mais utilizada na prática, apesar de na teoria tivesse havido

grandes avanços.

3.1.2 Qualidade

Antes de definir-se o que é a GQT, é preciso entender o conceito de

qualidade. De acordo com Paladini (2000), o conceito sobre qualidade se

desdobra em dois planos: um espacial e outro temporal. É fundamental entender

que os conceitos sobre qualidade devem refletir a realidade em que vivemos, ou

seja, os referenciais considerados naquele momento no processo gerencial das

organizações, pois tudo que é moderno poder virar velho e obsoleto, daí a

questão de se considerar a qualidade sob o aspecto temporal.

Por ser uma palavra de domínio público, é comum que ocorram

definições equivocadas a cerca do conceito da palavra qualidade, e segundo

Paladini (2000) definir qualidade de forma errônea leva a Gestão da Qualidade a

adotar ações que podem comprometer seriamente a entidade.

Há alguns aspectos que são relacionados à qualidade, mas que se

vistos individualmente proporcionam um conceito equivocado, porém, se

analisados em conjunto nos ajudam a ter uma idéia sobre o conceito mais

adequado à palavra qualidade. Estes aspectos de acordo com o autor acima

citado são:

• Considerar a qualidade como algo abstrato, pois, nem sempre os clientes

conseguem definir quais são as suas preferências e necessidades;

• Considerar a qualidade como sinônimo de perfeição;

• Considerar que qualidade nunca se altera;

• Considerar que a qualidade é subjetiva, variando de pessoa para pessoa;

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• Considerar qualidade como capacidade de fabricação, onde um produto ou

serviço deve-se concretizar de acordo com seu projeto;

• Considerar a qualidade como um requisito mínimo de funcionamento;

• Considerar a qualidade como a diversidade de opções que um produto ou

serviço oferece;

• Considerar a qualidade como a área onde todo o processo de produção da

qualidade se desenvolve.

Esses elementos compõem o conceito básico da qualidade, entretanto,

centrar atenção exagerada em algum deles ou deixar de considerar outros pode

fragilizar estrategicamente a empresa.

Portanto, de acordo com Paladini (2000), o conceito correto da

qualidade deve envolver dois elementos:

• O componente espacial onde a qualidade envolve muitos aspectos simulta-

neamente, ou seja,uma multiplicidade de itens;

• E o componente temporal onde a qualidade sofre alterações conceituais ao

longo do tempo.

À Gestão da Qualidade, caberá operacionalizar ambos os aspectos.

3.1.3 Planejamento e controle da qualidade

De acordo com Juran (1997, p. 13), “planejamento da qualidade é a

atividade de (a) estabelecer as metas de qualidade e (b) desenvolver os produtos

e processos necessários à realização dessas metas”. Segundo esse autor o uso

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dessa definição é necessário para que se observe que o planejamento da

qualidade está inserido em numerosos produtos, não apenas para bens e

serviços vendidos aos consumidores, mas também para muitos produtos internos,

numerosos processos, muitos dos quais são processos internos da empresa.

Segundo Paladini (2009), o planejamento é considerado essencial no

esforço de produzir qualidade, sendo que essa área tem, inclusive, recebido

grande atenção no atual modelo de Gestão da Qualidade, em parte por sua

importância natural e também porque foi considerada uma área de pouca

relevância em passado recente. Para esse autor, é possível que a ação de

planejamento seja a de maior relevância na arte do gerenciamento da qualidade,

havendo muitas razões para isso; inicialmente observe-se que gerenciar é tomar

decisões e planejar significa tomar decisões sem as pressões requeridas pelo

momento, ou seja, as decisões são tomadas com certa folga em comparação ao

momento em que deverão ser implantadas, o que geram, obviamente, decisões

tomadas com tempo maior análise, maior segurança para decidir o que fazer,

avaliação mais cuidadosa sobre possíveis efeitos etc.

Para Juran (1997), A gerência para a qualidade é realizada através

de três processos gerenciais de planejamento da qualidade, controle da qualidade

e melhoramento da qualidade, que são inter-relacionados e denominados Trilogia

de Juran.

1) Planejamento da Qualidade: É a etapa de desenvolvimento dos produtos

e processos que são exigidos para a satisfação das necessidades dos clientes;

2) Controle de Qualidade: Consiste em avaliar o desempenho real da quali-

dade, comparar o desempenho real com as metas de qualidade e agir a de

acordo com o resultado;

3) Melhoramento da Qualidade: É a forma de elevar o desempenho da qua-

lidade a níveis sem precedentes.

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De acordo com Paladini (2009), planejar a qualidade significa escolher

a melhor maneira de fazer as coisas, selecionar os recursos mais adequados para

cada ação, adquirir mão de obra mais qualificada e, principalmente, definir a

melhor forma de adequação do produto ao uso que dele se espera, estruturando

serviços fundamentais a serem agregados ao modelo de atuação da empresa,

definindo as melhores estratégias de competitividade e, significando ainda o

processo de selecionar com calma e de maneira convicta a melhor forma de

atender o mercado. Segundo o autor, o planejamento da qualidade elimina

improvisações, decisões com base intuitiva e subjetivismo e que a maior

dificuldade na implementação do planejamento da qualidade no processo

gerencial não está relacionada à forma como o planejamento é executado, mas

ao reconhecimento da importância de planejar.

Para Paladini (2002), a importância da avaliação da qualidade torna-

se mais evidente a partir do momento em que se percebe que variados conceitos

de Gestão da Qualidade investem nessa direção, ou seja, consideram que a ação

da avaliação é, muitas vezes, a própria razão de ser do processo gerencial da

qualidade. Segundo esse autor, pode-se assim observar que, enquanto processo

de avaliação, a Gestão da Qualidade Total refere-se a um conjunto de estratégias

que objetivam acompanhar as ações em desenvolvimento na organização,

justamente para monitorá-las quanto ao alcance dos objetivos gerais, ou seja, da

empresa, ou específicos, isto é, das próprias ações sob-análise.

3.1.4 Definição da Gestão da Qualidade Total

De acordo com Barbosa (1995), a Gestão da Qualidade Total

estabelece condições para que todas as pessoas se capacitem para planejar e

gerenciar o seu próprio trabalho recebendo treinamento específico. A GQT é

voltada para o atendimento das necessidades das pessoas de dentro e de fora da

companhia, mas o consumidor é o alvo principal.

De acordo com Barbosa (1995), para uma implantação eficiente é

necessário uma mudança de atitude, hábitos e modos de pensar das pessoas

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principalmente das que ocupam cargos altos da hierarquia, que devem ser

convencidas dessas necessidades de implantação e jamais serem obrigadas a

aceitar (por imposição).

Sendo assim, será disseminado na organização que “cada um é

responsável pelo resultado do seu próprio trabalho” (BARBOSA et al. 1995), pois

o resultado final da companhia só será satisfatório se houver qualidade no

trabalho individual e em equipe. Diante de um problema devem-se buscar as

causas e soluções ao invés de culpados.

Por isso a GQT pode ser entendida como:

A gerência exercida por todas as pessoas, de todos os níveis

hierárquicos e de todos os setores da mesma, visando o atendimento

das necessidades de todas as pessoas envolvidas, de dentro e de

fora dela, especialmente daquelas a quem se destinam os resultados

do seu trabalho, ou seja, os seus clientes finais. (BARBOSA et al.1995, p. 6).

De acordo com Araújo (2007), a Qualidade também pode ser definida

como a busca pela perfeição visando agradar os clientes que são cada vez mais

exigentes e conscientes da quantidade de organizações e o que elas têm para

oferecer. Essa filosofia busca a eliminação do retrabalho (fazer novamente devido

à falha) e visa o defeito zero, assim as organizações permanecem no mercado e

obtém mais lucros.

Segundo Araújo (2007), existem dois pontos de vista da Qualidade: de

quem produz e de quem consome.

Quem produz possui visão objetiva e segue normas e procedimentos

de fabricação, onde a qualidade deve “estar em conformidade” com

especificações para a produção (garantia técnica).

Quem consome tem visão subjetiva, ou seja, aquilo que ele espera

do produto, onde a qualidade precisa se adequar as expectativas dos clientes.

(BARROS, 1996, apud. ARAUJO, 2007).

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Qualidade Total, de acordo com Paladini (2000) é uma decorrência

natural da qualidade definida enquanto “adequação ao uso”. Quando se analisam

as dimensões da Gestão da Qualidade e suas ações diante desse conceito,

entende-se que a qualidade passa a ser característica que atende totalmente ao

consumidor.

Conforme autor acima citado, para que haja Gestão da Qualidade

Total, todas as atividades precisam envolver todos os requisitos que os produtos

e serviços devem ter para atender totalmente o que o consumidor deseja em

termos de necessidades, preferências ou conveniências.

O primeiro indicativo, da GQT é o grau de fidelidade do consumidor,

ou seja, cativar o cliente satisfazendo ou até mesmo superando suas

necessidades atendendo suas expectativas, conquistando assim um mercado

garantido o que proporciona maiores chances de sobrevivência da instituição.

Segundo Chiavenato (2003), qualidade total é uma decorrência da

aplicação da melhoria contínua, ela significa o atendimento das exigências do

cliente, ou seja, é ter como objetivo as necessidades do comprador. Qualidade

total também pode ser entendida como o total das características de um produto

ou serviço que atenderá as expectativas do cliente.

Chiavenato (2003) aponta que por trás dos conceitos de qualidade

existe a figura do cliente que pode ser interno ou externo, pois na organização

existe uma infinidade de cadeias de fornecedores e compradores, onde cada em-

pregado é um cliente do anterior (do qual recebe as entradas) e um fornecedor do

posterior (para onde entrega as saídas), constituindo assim o núcleo da qualidade

total.

Para Chiavenato (2003) a melhoria contínua da qualidade é aplicável

no nível operacional e a qualidade total abrange todos os níveis da organização e

ambas são abordagens importantes para obter a excelência em qualidade dos

produtos e processos e seguem as seguintes etapas:

• Escolha de uma área de melhoria: Para redução da percentagem defei-

tos, do tempo de ciclo de produção, no tempo de parada de máquinas e do ab-

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senteísmo do pessoal;

• Definição da equipe de trabalho que tratará da melhoria: Ênfase no tra-

balho em equipe para mobilizar as pessoas na derrubada de barreiras à

qualidade;

• Identificação do Benchmarking: Ele deve ser identificado, conhecido, co-

piado e ultrapassado. O “benchmarking” pode ser interno (de outro departamento)

ou externo (uma empresa concorrente ou excelente), servindo como guia de

referência;

• Análise do método atual: A equipe de melhoria analisa o método atual de

trabalho para comparar e verificar como ele pode ser melhorado para alcançar ou

ultrapassar o “benchmarking” focalizado;

• Estudo piloto da melhoria: Desenvolvimento de um esquema piloto para

solucionar um problema e melhorar a qualidade testando sua relação custo

benefício;

• Implementação de melhorias: A equipe propõe a melhoria e a direção as-

segura a sua implementação. A melhoria fortalece a competitividade da organiza-

ção e aumenta a motivação das pessoas envolvidas no processo incremental;

“O gerenciamento da qualidade total (GQT) é um conceito de controle que

atribui às pessoas, e não somente aos gerentes a responsabilidade pelo alcance de

padrões de qualidade”. (CHIAVENATO, 2003, p. 582).

De acordo com Chiavenato, a qualidade total está baseada no

“empowerment” das pessoas, ou seja, habilidade e autoridade para tomar

decisões que tradicionalmente eram dadas aos gerentes, resolvendo problemas

do cliente sem consumir tempo para aprovação do gerente.

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“A qualidade total se aplica a todas as áreas e níveis da organização

e deve começar no topo da empresa”. (CHIAVENATO, 2003, p.582).

Este comprometimento é indispensável para garantir uma profunda

mudança na cultura organizacional. Segundo Chiavenato (2003), o gerenciamento

da qualidade trouxe técnicas conhecidas, tais como:

• Enxugamento (downsizing): A qualidade total representa uma revolução

na gestão da qualidade, por que os antigos Departamentos de Controle da

Qualidade (DCQ) é que detinham essa responsabilidade, então a Qualidade Total

provocou o enxugamento dos DQCs e sua descentralização para o nível

operacional. Essa técnica reduz os níveis hierárquicos e suas operações ao

essencial (core business) do negócio promovendo o comprometimento e

autonomia das pessoas, além do investimento em treinamento para melhorar a

produtividade;

• Terceirização (outsourcing): Ocorre quando uma operação interna da or-

ganização é transferida para outra organização que consiga fazê-la melhor e mais

barato. Na prática, a terceirização representa uma simplificação da estrutura e do

processo decisório das organizações e uma focalização maior no “core business”

e nos aspectos essenciais do negócio;

Ainda de acordo com Paladini (2000), o segundo indicativo da GQT é a

adequação ao uso, onde o objetivo é o processo produtivo. Se for necessário

adequar o produto ou serviço inteiramente ao uso, todos os elementos, pessoas

ou áreas, que tiverem participação direta ou indireta em sua produção são

igualmente responsáveis pela qualidade. Qualquer item de produção que não

estiver comprometido com o empenho da qualidade, não contribui para o objetivo

e, portanto se torna dispensável.

Essa dimensão envolve a coordenação de todos os elementos da

empresa no esforço de adequar o produto ao uso baseado em suas atividades no

processo produtivo, assim, a Gestão da Qualidade começa sua atividade com

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contribuições individuais que precisam se engajar em um movimento organizado

e bem direcionado. Assim como a adequação de um produto ao uso é um

processo gradativo, o esforço de todos pela qualidade é um processo evolutivo

por excelência.

A Gestão da Qualidade Total utiliza-se, segundo Paladini (2000), do

conceito de melhoria contínua.

O autor acima citado, mensiona dois exemplos de desenvolvimento

do processo de melhoria que caracterizam a ação da Gestão da Qualidade:

• Otimização do Processo: Esforços destinados a minimizar custos

reduzirem defeitos, eliminar perdas e falhas e racionalizar as atividades

produtivas;

• Generalização da noção de perda: Toda a ação, procedimento, operação

ou atividade que não acrescente valor ao produto acabado é uma perda, ou seja,

considera-se como perda toda ação, procedimento ou atividade que não contribui

de forma efetiva para o aumento do grau de ajuste do produto à demanda em

termos de atendimento às necessidades, expectativas, preferências de quem já é

consumidor.

Para o autor, é difícil diferenciar a Gestão da Qualidade da Gestão da

Qualidade Total, porque envolveria diferenciar qualidade de qualidade total, mas a

própria evolução do conceito da qualidade mostra que se saiu de uma situação

onde o esforço se concentrava na atividade de inspeção, para um ambiente onde

a qualidade é definida de forma mais ampla.

Joseph Juran é considerado um dos autores mais ilustres da qualidade

de nosso tempo e foi ele quem definiu a qualidade criando a sigla TQM (Total

Qualitiy Management) que pode ser traduzida como Gestão da Qualidade Total

cuja sigla é GQT.

Juran definiu a GQT como “a extensão do planejamento dos

negócios da empresa que inclui o planejamento da qualidade”. (JURAN; GRYNA,

1991 p. 210; apud. PALADINI, 2000 p. 32).

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Juran afirma que a organização para a GQT exige uma definição de

um nível de envolvimento de cada setor no processo da qualidade e a

estruturação de um fluxo de informações exclusivo para a qualidade, ou seja, um

sistema de avaliação de desempenho para acompanhar permanentemente as

ações que serão desenvolvidas. (JURAN; GRYNA, 1991, p. 212; apud.

PALADINI, 2000,p. 34).

“A qualidade de um produto ou serviço é a percepção do cliente do grau que

o produto ou serviço atende as suas expectativas”. (GAITHER; FRAZIEN, 2006, p 489).

De acordo com Gaither (2006), os clientes levam em consideração

vários aspectos diferentes dos produtos e serviços e as empresas têm de

procurar os clientes para definir os padrões de medida da qualidade. As

pesquisas e sugestões dos clientes podem ser usadas como dados a respeito da

qualidade.

3.2 Dimensões da qualidade dos serviços prestados

Conforme Las Casas (1999) A Qualidade dos serviços prestados é a

capacidade que uma experiência ou qualquer outro fator tenha para satisfazer

uma necessidade, resolver um problema ou fornecer benefícios a alguém. Em

outras palavras, serviço com qualidade é aquele que tem a capacidade de

proporcionar satisfação.

3.3 Características da qualidade dos serviços

De acordo com Las Casas (1999), os serviços apresentam as

seguintes características: São intangíveis, inseparáveis, heterogêneos e

simultâneos.

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a) Intangibilidade: Significa que os serviços são abstratos, isto é, não podem ser

tocados e nem medidos;

b) Inseparabilidade: Refere-se a outro importante determinante mercadológico

de comercialização, não se pode produzir ou estocar serviços como se faz com os

bens, na maioria das vezes os serviços são prestados quando o vendedor e o

comprador estão frente a frente;

c) Heterogeneidade: Trata-se da impossibilidade de se manter a qualidade do

serviço constante, pois como os serviços são produzidos pelo ser humano, que é

de natureza instável, a qualidade da produção será também instável;

d) Simultaneidade: Refere-se que a produção e o consumo ocorrem ao mesmo

tempo e sendo assim, será necessário sempre considerar o momento de contato

com a clientela como fator principal de qualquer esforço mercadológico.

3.4 Gestão da qualidade no processo

De todos os componentes operacionais que sofreram alterações devido

à adoção da qualidade total o que mais sofreu impacto foi a Gestão da Qualidade

no Processo. De acordo com Paladini (2000) esse modelo tem foco no processo

produtivo onde a qualidade deve ser gerada a partir exatamente das operações

do processo produtivo.

Há um roteiro prático, de acordo com Paladini (1995-2000) que viabilize

a Gestão da Qualidade no Processo envolvendo a implantação de atividades agru

-padas em três etapas: a eliminação de perdas; a eliminação das causas das

perdas e a otimização do processo. De acordo com essas etapas que se

desenvolvem de forma evolutiva, pode-se incrementar a adequação do produto ao

uso, onde eliminando os defeitos, garante-se um produto em condições de ser

utilizado; eliminando as causas, garante-se maior confiabilidade ao produto e

otimizando o processo, garante-se um produto com máxima eficiência e eficácia.

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Ainda de acordo com o autor acima citado, a gestão da qualidade no

processo se caracteriza por alterações no processo produtivo para atingir

objetivos bem definidos e se bem conduzida, gera mudanças positivas devido aos

efeitos imediatos dos resultados rápidos produzindo benefícios para todos os

envolvidos.

A gestão da qualidade no processo gerou alguns princípios simples

de operação e Paladini (2000) cita alguns:

• Não há melhoria no processo se não houver adequação ao uso do produto;

• Quem avalia as melhorias no processo é o consumidor final;

• Tudo o que se faz no processo pode ser melhorado;

• As ações que não agregam valor ao produto devem ser eliminadas;

• Ações normais não podem gerar falha, erro, desperdício ou perda;

• Não há área ou elemento do processo produtivo que não seja relevante.

O autor acima citado, também aponta quais os indícios mais usuais na

gestão inadequada da qualidade no processo:

• Desorganização do processo produtivo e operações duplicadas;

• Custos elevados de produção;

• Altos níveis de estoque;

• Freqüente retrabalho;

• Ordens contraditórias no processo;

• Altos níveis de defeitos;

• Uso freqüente de equipamentos para reprocessamento;

• Projetos que consome mais tempo na prática do que o previsto;

• Rejeições;

• Perda de insumos;

• Freqüentes alterações no planejamento devido às falhas de processo;

• Atrasos na finalização de lotes;

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• Erros de manuseios gerando perdas de materiais;

• Erros no ajuste de equipamentos gerando condições inadequadas de

operação.

O objetivo básico da gestão da qualidade no processo, de acordo com

Paladini (2000), é definir estratégias que busque a otimização do processo

produtivo para atender às expectativas dos consumidores finais.

3.5 Programas de gestão da qualidade

De acordo com Gaither (2006), o objetivo dos programas de

qualidade total é criar uma organização que produza produtos e serviços que

sejam considerados de primeira classe por seus consumidores, ou seja, para

obter excelência em qualidade, tudo deve ser feito da maneira correta da primeira

vez e estar em constante melhoria.

A GQT começa com o compromisso da alta administração, pois sem o

apoio da alta administração, estes programas serão vistos apenas como modismo

que logo cairão no esquecimento.

“Criar um produto de qualidade superior na estratégia de negócios é

a base para uma organização atingir a TQM.” (GAITHER; FRAZIEN, 2006, p.

498).

Para que a GQT seja bem sucedida é necessário que haja mudanças

fundamentais na cultura da instituição, como buscar o envolvimento dos

consumidores, produtos e processos de produção baseados nas necessidades

dos compradores, formar parcerias com os fornecedores e criar equipes com mais

poder e “benchmarking”. Essas mudanças, segundo Gaither (2006) só serão

possíveis com o comprometimento da alta administração.

É preciso envolver os clientes nas organizações criando grupos

focalizados, que são grupos de consumidores que se reúnem com executivos

para discutirem e avaliarem a qualidade. De acordo com Gaither (2006), eles são

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úteis, pois ajudam a empresa a entender o que os consumidores querem dos

produtos antes que estes sejam criados.

O autor acima mencionado, também cita a importância das

pesquisas de mercado e os questionários dos clientes como excelentes

ferramentas para se obter informações sobre o que os consumidores esperam de

determinado produto ou serviço.

“O desdobramento da função qualidade (DFQ) é um sistema formal

para identificar os desejos dos clientes e eliminar características de produtos e

atividades que não contribuem em nada.” (GAITHER; FRAZIEN, 2006, p. 499).

Este sistema teve origem no final da década de 1960 na Bridgeston

Tire Corporation e na Mitsubishi Heavy Industries Ltd., este conceito foi

popularizado pelos professores Yoji Akao e Shigeru Mizuno no final da década de

1970, e consiste na inclusão dos requisitos do cliente no projeto do produto onde

são listadas todas as expectativas possíveis dos clientes em relação ao produto,

sendo posteriormente, desdobradas em características mais específicas.

Ainda de acordo com Gaither (2006), o DFQ atribui pesos às

demandas do cliente e uma classificação das características funcionais do

produto em relação ao dos concorrentes. Seu objetivo é identificar características

que ainda precisam ser melhoradas e o processo é repetido até que a satisfação

do consumidor com o projeto do produto não consiga mais identificar algo que

ainda possa ser melhorado.

Os fornecedores, conforme o autor acima citado, também deve ser

incluído no programa de GQT da companhia para assegurar que os materiais dos

fornecedores também serão da mais alta qualidade.

Para se obter equipes com mais poder é necessário que haja um trei-

namento dos funcionários, equipes de trabalho e poder, qualidade na fonte e

círculos da qualidade (CQ). Equipes com poder, segundo Gaither (2006), são

funcionários que têm autoridade para agir.

Segundo o autor acima mencionado, ao implantar a GQT, todos os

funcionários, assim como compradores e fornecedores, devem participar de um

programa de treinamento abrangente.

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A qualidade na fonte visa colocar o trabalhador no comando do

controle da qualidade do produto e/ou serviço, ou seja, cada trabalhador deve

produzir produtos ou serviços de qualidade perfeita, de acordo com Gaither

(2006), a qualidade na fonte segue os seguintes princípios:

• O trabalho de cada um se torna uma estação de controle da qualidade, on-

de os trabalhadores são responsáveis pela inspeção de seu próprio trabalho,

identificação de defeitos, retrabalho e correção das causas de qualquer situação;

• Utilização de técnicas de controle estatístico da qualidade em cada posto

de trabalho para informar o progresso aos trabalhadores e gerentes;

• Cada trabalhador pode parar um pouco para relaxar, para evitar que o pro-

duto e/ou serviço, seja realizado da forma correta;

• Organização de círculos da qualidade (CQ) para implantar programas de

melhoria da qualidade do produto.

Estes princípios, de acordo com Gaither (2006) ajudam na atribuição

da responsabilidade pela qualidade do produto e/ou serviço aos trabalhadores do

setor tornando-os mais comprometidos com a alta qualidade, permitindo ao

pessoal do controle da qualidade realizar um trabalho que tem impacto direto dos

produtos ou serviços de alta qualidade: eliminação das causas do defeito,

treinamento de controle da qualidade e orientação a fornecedores para que

melhorem a qualidade. Isso faz com que haja mais colaboração entre os setores

envolvidos.

Os círculos de qualidade ou CQ são grupos de funcionários que se

reúnem para empreender projetos relacionados ao trabalho desenvolvido fazendo

com que a companhia avance melhorando as condições de trabalho e

estimulando o auto-desenvolvimento mútuo, utilizando as técnicas do controle da

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qualidade. De acordo com Gaither (2006), estes grupos analisam problemas da

qualidade e trabalham para solucioná-los.

Esse esforço, ainda conforme o autor acima citado, isso contribui

para uma elevação geral da gerência da qualidade na consciência dos

trabalhadores, resultando em soluções únicas e inovadoras para os problemas da

qualidade.

Outro programa de melhoria de qualidade é o “benchmarking”. “A

prática de estabelecer padrões internos de desempenho examinando como as

empresas de classe mundial dirigem seus negócios.” (GAITHER; FRAZIEN, 2006,

p. 507).

Fazer o “benchmarking” da empresa, de acordo com o autor acima

citado, em uma área de atendimento ao cliente envolve as seguintes atividades:

• Examinar empresas que estão entre as melhores na obtenção de satisfa-

ção do cliente;

• Descobrir com detalhes como essas empresas realizam o atendimento ao

cliente;

• Prever como as melhores práticas de atendimento mudarão no futuro;

• Desenvolver estratégias para mudar as práticas atuais da empresa para o

que será melhor no futuro.

Uma vez que a companhia estabelece o “benchmarking” e elabora

um plano, entra em ação um elemento essencial da GQT, a melhoria contínua,

que permite de acordo com Gaither (2006), que a entidade busque pequenas

melhorias em direção a excelência. Esse processo deve ser gradativo e contínuo,

pois, a organização nunca pode aceitar que o que ela é seja o melhor que pode

ser.

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3.6 Ferramentas da qualidade

É um fato notável que atualmente, as empresas estão navegando em

um mercado cada vez mais disputado, o que representa um grande desafio para

pessoas e empresas, que a todo o momento já estão certas de que vivendo

dentro dessa realidade, somente o melhor e mais preparado irá sobreviver.

De acordo com Faria (2008) desde a década de 50 passamos por

uma verdadeira revolução, nunca a qualidade dos produtos/serviços foi tão

discutida, estudada e aplicada.

Mestres como Walter Shewart, William E. Deming e Kaoru Ishikawa,

para citar apenas três, desenvolveram ou ajudaram a disseminar algumas das

técnicas conhecidas como ferramentas da qualidade que permitem o maior

controle dos processos ou melhorias na tomada de decisões.

Visto isso, serão apresentadas algumas ferramentas da qualidade

que deverão ser consideradas úteis ao presente trabalho.

3.6.1 Ciclo PDCA

Segundo Grifo (1998) W. E. Deming criou um ciclo que consistia em

estreitar cada vez mais as atividades de pesquisa, projeto, produção e vendas,

afirmando que após a atividade de venda deveriam continuar a pesquisar,

modificar e aperfeiçoar o projeto, produzir e tentar vender novamente, em um

ciclo sem fim.

Logo após isso, os japoneses modificaram o ciclo de Deming,

transformando-o no Ciclo do PDCA que consiste em percorrer continuamente as

atividades de planejamento (plan), execução (do), verificação (check) e ação

corretiva (act).

Barbosa (2010) define as atividades do ciclo PDCA como:

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a) Planejamento (Plan): É estabelecer um plano que pode ser um cronograma,

um pode decorrer do plano ou vice versa;

b) Execução (Do): Execução das tarefas exatamente como previstas no plano e

coleta de dados para verificação do processo. Nessa etapa é essencial o

treinamento no trabalho decorrente do plano;

c) Verificação (Check): A partir dos dados coletados na execução, compara- se

a meta realizada com a planejada;

d) Atuação Corretiva (Act): Esta é a etapa onde o responsável pelo processo

detectou desvios e atuará no sentido de fazer correções definitivas de tal modo

que o problema nunca mais volte a ocorrer.

Conforme figura 3: Ciclo PDCA – (Extraída de: DE GODOY, L. ADELICE, 2010).

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3.6.2 Fluxograma

Fluxograma é um tipo de diagrama, e pode ser entendido como uma

representação esquemática de um processo, muitas vezes através de gráficos

que ilustram de forma descomplicada a transição de informações entre os

elementos que o compõem. Podemos entendê-lo, na prática, como a

documentação dos passos necessários para a execução de um processo

qualquer, como exemplo na figura 4. Muito utilizada também em fábricas e

indústrias para a companhia de produtos e processos.

Lócio (2010) descreve os principais objetivos da utilização do

fluxograma como:

a) Uma padronização na representação dos métodos e os procedimentos

administrativos;

b) Podem-se descrever com maior rapidez os métodos administrativos;

c) Pode facilitar a leitura e o entendimento das rotinas administrativas;

d) Podem-se identificar os pontos mais importantes das atividades

visualizadas;

e) Permite uma maior flexibilização e um melhor grau de análise.

Conforme figura 4: Fluxograma – (Extraída de: DE GODOY, L. ADELICE, 2009).

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3.6.3 Folha de Verificação

Segundo Vieira (1999) a folha de verificação é uma planilha para o

registro de dados. O uso de uma folha de verificação torna a coleta de dados

rápida e automática.

Conforme Vieira (1999) toda folha de verificação deve ter espaço onde

registrar local e data da coleta.

Conforme figura 5: Folha de Verificação – (Extraída de: DE GODOY, L. ADELICE,

2009).

3.6.4 Estratificação

“O processo de dividir o todo heterogêneo em subgrupos homogêneos

denomina-se estratificação”. (VIEIRA, 1999, p.7)

A ferramenta de estratificação tem como função analisar os dados para

buscar oportunidades de melhoria, sempre utilizada nos casos cujos dados

mascaram os fatos reais. Isto geralmente ocorre quando os dados registrados

provêm de diferentes fontes, mas são tratadas igualmente sem distinção.

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Vieira (1999) ilustra esse processo na figura abaixo:

Conforme figura 6: Estratificação – (Extraída de VIEIRA, S. 1999)

Estratificar é dividir as informações (dados) em grupos (ou estratos),

constituindo-se numa ferramenta para a busca das causas ou origens de um

problema. Os dados devem ser agrupados por tempo, local, tipo, sintoma ou

outros fatores. A estratificação é fundamental para a construção de outra

ferramenta da qualidade, o Gráfico de Pareto.

3.6.5 Diagrama de Pareto

Conforme Barbosa (2010) o Diagrama de Pareto é um gráfico de

barras mostrando uma estratificação de várias causas ou características de

defeitos, falhas, reclamações e outros problemas. O número ou custos dessas

causas ou fenômenos são mostrados em ordem decrescente através de barras de

tamanhos diferentes.

Através do diagrama, é possível ter uma idéia clara da relação entre

causas e problemas a fim de priorizar a ação que trará melhor resultado.

As etapas para a construção do Diagrama de Pareto são as

seguintes:

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a) Determinar o objetivo do diagrama, ou seja, que tipo de perda se quer

investigar;

b) Definir o aspecto do tipo de perda, ou seja, como os dados serão

classificados;

c) Em uma tabela, ou folha de verificação, organizar os dados com as

categorias do aspecto que se definiu;

d) Fazer os cálculos de freqüência e agrupar as categorias que ocorrem com

baixa freqüência sob a denominação outros, calculando também o total e a

porcentagem de cada item sobre o total e o acumulado;

e) Traçar o diagrama.

Conforme figura 7: Diagrama de Pareto - (Extraída de VIEIRA, S. 1999,p.16)

3.6.6 Diagrama de Causa e Efeito

Conforme Vieira (1999) o diagrama de causa e efeito é uma ferramenta

utilizada para investigar as causas prováveis de um problema de qualidade

durante um determinado processo.

De acordo com Barbosa (2010), na solução de problemas, é seleciona-

do como efeito o problema no qual seria desejada uma solução, após isso serão

buscadas suas causas.

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Conforme figura 8: Esquema do diagrama de causa e efeito - (Extraída de

VIEIRA, S. 1999,p.31)

As causas primárias dos problemas que ocorrem na indústria em geral

são materiais, métodos, mão de obra e máquinas. Todas essas palavras

começam com a letra M, logo, o diagrama de efeito também é conhecido como

4M, entretanto, mais recentemente foram identificadas outras duas causas

primárias: meio ambiente e medidas. Como essas duas palavras também

começam com a letra M, o diagrama de causa e efeito pode ser chamado em tais

casos de 6M.

Em serviços as causas primárias de problemas em geral são

equipamentos, políticas, procedimento e pessoal. (VIEIRA,1999)

3.6.7 Histograma

Um histograma é uma ferramenta de análise e representação de dados

quantitativos, agrupados em classes de freqüência que permite distinguir a forma,

o ponto central e a variação da distribuição, além de outros dados como amplitude

e simetria na distribuição dos dados.

De acordo com Vieira (1999) o histograma permite que se possa con-

seguir uma visão rápida e objetiva de uma grande quantidade de dados contida

em uma tabela de distribuição de freqüências muito longa, permitindo que as

conclusões sejam tomadas com mais facilidade.

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Conforme figura 9: Histograma – (Extraída de: DE GODOY, L. ADELICE, 2009).

3.7 Qualidade no produto

A qualidade do serviço recebe influência direta da qualidade do

produto oferecido junto a esse serviço, que será de fundamental importância para

o comprador obter a sua desejada satisfação pessoal. De nada adiantaria um

serviço prestado com rapidez, bom atendimento e vantagens, se os produtos

utilizados como matéria prima são de baixa qualidade e apresentam defeitos.

(VIEIRA,1999)

3.8 Qualidade no serviço

O termo qualidade passou a ser de grande importância nos dias atuais,

devido a grandes exigências dos consumidores por serviços/produtos de

qualidade, obrigando as empresas a investirem nessa área, não mais para esta-

rem nos grupo de melhores empresas e inovadoras, mas sim pela necessidade

de se manter a um mercado exigente e competitivo.

A qualidade de um serviço pode ser definida pela relação entre as

expectativas do consumidor antes do serviço e a sua percepção após o serviço

prestado, de acordo com Zeithaml, Parasuraman e Berry (1990).

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As lacunas ou gaps tem origem de estudos de Zeithaml;

Parasuraman e Berry (1990), apud LEONARDO NETO. A pesquisa foi feita por

meio de entrevistas com clientes de quatro setores de serviços, onde durante a

entrevista foi abordado os assuntos satisfação e insatisfação em relação ao

serviço, descrição do serviço ideal, significado de qualidade do serviço, pontos

importantes para avaliação da qualidade do serviço e a performance de

expectativas em relação ao serviço. Segundo os autores o resultado principal

foram às falhas (gaps), entre a percepção do serviço e as tarefas associadas ao

serviço.

Esse modelo é composto com cinco gaps onde do um ao quatro

representam as causas referente ao prestador do serviço, e o quinto é o cliente.

Conforme figura 10: Modelo Conceitual da Qualidade de Serviço – (Extraída de:

DE FARIA. A CARLOS. 2003).

Para uma melhor compreensão sobre os gaps é feito uma explicação a

seguir:

• Lacuna da expectativa: A gerência não percebe quais são as expectativas

reais do consumidor;

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• Lacuna da especificação: A empresa não consegue projetar corretamente

o serviço de modo a atender às expectativas dos consumidores;

• Lacuna do desempenho: a execução do serviço ainda deixa a desejar em

relação às expectativas dos consumidores;

• Lacuna da comunicação: A propaganda de uma empresa e outras formas

de comunicação deve corresponder ao serviço que a empresa realmente tem

condições de proporcionar;

• Lacuna entre o serviço esperado e o serviço percebido: Essa lacuna é con-

siderada como uma função das outras lacunas e só ocorre se nenhuma das

outras falharem.

As necessidades pessoais é outro fator importante para a criação das

expectativas, pois o fato de se prestar apenas um bom serviço, não garante que a

empresa estará atendendo a todas as necessidades de seus clientes. É

importante que a empresa tenha a sensibilidade de perceber as reais

necessidades de seus clientes e tentar, de forma cuidadosa, atender a cada uma

delas.

As experiências anteriores em relação ao serviço futuro farão diferença

no que diz respeito às expectativas do cliente. Uma vez que foi bem atendido, o

cliente esperará que das próximas vezes o serviço seja igual ou até mesmo

melhor.

Segundo Las Casas:

Hoje não basta agradar os consumidores, é necessário encantá-los,

superando suas expectativas. E este é o objetivo perseguido por

muitas empresas com a excelência em serviços. Superar as

expectativas na satisfação de necessidades, na resolução de

problemas ou no fornecimento de benefícios a alguém. (LAS CASAS, 1999, p.47)

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Assim, de forma extremamente sintética, pode-se afirmar que, sem

dúvida, a qualidade em serviços resulta da relação entre a percepção do

usuário/cliente e o serviço entregue. E nesse sentido os GAPs existentes entre os

dois pontos (percepção x serviço entregue) influenciam decisivamente na

avaliação final do consumidor.

Portanto parece-nos prudente recomendar aos profissionais que

atuam em áreas dessa natureza que invistam considerável esforço no sentido de

detectarem em suas atividades quais as lacunas existentes na sua forma de

atuação ou na forma de atuação de sua empresa, o que resultará no efetivo

“serviço entregue”, e as expectativas do contratante/adquirente. Após isso ter sido

determinado, os gestores devem agir de imediato no sentido de eliminar tais

lacunas (Gaps) ou, na pior das hipóteses, reduzi-las a ponto de tornar inofensivos

seus reflexos negativos, reflexos estes que poderão implicar na perda de seus

clientes.

3.9 Diferenças do produto através do serviço

Os mercados atualmente estão com as fronteiras abertas e a oferta de

produtos, com cada vez mais qualidade, tem sido bastante significativa. Neste

instante econômico pelo qual as empresas transitam, não concorrem apenas com

o vizinho da cerca ao lado e com algumas empresas de outras regiões, os

concorrentes estão em todos os cantos do Brasil e do mundo, cada vez mais

preparados e adentrando o cenário econômico com força total.

Diante deste cenário, nota-se que as empresas devem incorporar um

diferencial de serviços, que agreguem valor ao produto, trazendo um pacote de

benefícios superior ao do concorrente, que causarão um impacto positivo na

autoestima do comprador, que terá, a partir desse momento, uma nova visão

sobre o produto oferecido pela empresa. (MARTINS, 2006)

Com a prática de um serviço de qualidade, o produto será visto pelo

consumidor como algo que venha acompanhado de uma série de vantagens, que

no fim da negociação farão valer a pena o investimento.

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3.10 Cliente

Os clientes podem ser internos, são afetados pelo produto e também

são membros da empresa, ou externos, são afetados pelo produto, mas não são

membros da empresa que o produz.

O tratamento ao cliente, com qualidade, o fará retornar sempre, e

possivelmente também trazer outros clientes, já que não haverá reclamações por

defeitos de fabricação ou de atendimento ruim e suas expectativas serão

atingidas.

3.10.1 Satisfação dos clientes

Com o passar do tempo, as empresas cada vez mais tem direcionado

seu alvo para a satisfação do cliente, e essa busca incessante pela identificação

da forma mais eficaz de atingir os desejos deste consumidor se tornou uma

obsessão pela maioria das organizações presentes e ativas nestas últimas

décadas, e é nesse momento que se tornou necessário obter um “feedback”

rápido e eficiente sobre a qualidade compreendida pelo consumidor, para que a

empresa possa estruturar um planejamento estratégico com um elevado nível de

qualidade, possibilitando que as melhorias constantemente sejam percebidas por

esse consumidor.

Segundo Oliveira (2006) aumentar a satisfação de um cliente leva a

precisão de medi-la, e para tanto, a empresa deve saber a medida pela qualidade

percebida por ele. Essa situação equivale ao intervalo entre o serviço prestado e

a percepção do serviço realmente recebido.

3.10.2 Fidelizando os clientes

Segundo Griffin (1998) o conceito de fidelidade do cliente volta-se mais

para o comportamento do que para atitude, quando um cliente é fiel, ele apresen-

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ta um comportamento de compra definido como não aleatório, expresso ao longo

do tempo por alguma unidade de tomada de decisões. O termo não aleatório e

fundamental.

O consumidor fiel tem uma tendência especifica em relação aquilo que

compra e de quem compra. Suas compras não ocorrem aleatoriamente. Além

disso, o termo fidelidade denota uma condição relativamente duradoura e exige

que a ação de comprar ocorra no mínimo duas vezes.

3.10.3 Foco no cliente

Para Khalsase (2005) usa-se o termo cliente quando se quer falar de

qualquer pessoa que se esteja tentando ajudar a ter êxito. Não importando se

comprou ou não os serviços ou produtos oferecidos. É importante ter em mente

que, mesmo que se trate de um primeiro contato com essa pessoa, ela é um

cliente e por isso é necessário ajudá-la a obter o que é importante para ela.

Para Futrell (2003) para a organização estar voltada para clientes todos

seus colaboradores necessitam se conscientizar de que:

a) Os clientes são as pessoas mais importantes em qual quer atividade de

negócio;

b) Os clientes não dependem de nós. Nós é que dependemos deles;

c) Os clientes não são uma interrupção do nosso trabalho. Eles são a sua

finalidade;

d) Os clientes nos fazem um favor ao nos prestigiar. Não fazemos favor nenhum

ao atendê-los;

e) Os clientes são parte da nossa atividade – não são alheios a ela. Os clientes

são seres humanos com sentimentos, e merecem ser tratados com respeito;

f) Os clientes são pessoas que nos procuram com suas necessidades e desejos.

É nosso trabalho satisfazê-los;

g) Os clientes merecem a mais cortês atenção que nos for possível dar a eles;

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h) Os clientes são a vida de todas as atividades de negócios. Os clientes pagam o

nosso salário. Sem eles, a empresa teria que fechar as portas.

3.11 A importância do colaborador na qualidade do serviço

prestado

A empresa ZRQYW Segurança Ltda, possui aproximadamente cerca

de 1250 funcionários, que estão divididos em funções de liderança (minoria) e

operacionais (maioria).

O diretor geral da regional do RJ e seus lideres frente ao

operacional, acreditam que a empresa por ter seu foco principal na prestação de

serviços, visa muito à importância do funcionário para o seu crescimento, pelo

fato que nesse segmento, acontece com muita freqüência, a fidelização do

consumidor, o que fica claro que perder um profissional dessa área, pode

determinar uma queda considerável na receita da empresa, pois além de tudo é

notável acrescentar que o mercado da região carece, e muito, de profissionais

confiáveis e com experiência nessa área, fazendo com que a empresa, considere

a existência e a importância do capital intelectual, embora não sendo possível

mensurar seu real valor em moeda.

Para Da Silva (1994) o nível de comprometimento das pessoas para

com as organizações depende do nível de comprometimento das organizações

para com as pessoas. O respeito mútuo é à base desse comprometimento,

expresso por meio da filosofia orientadora das ações organizacionais.

3.12 Concorrência

Ter um diagnóstico conciso dos movimentos feitos pelos concorrentes

permite que a companhia esteja sempre um passo a frente no mercado. De

acordo com Martins (2006) alguns concorrentes podem tomar decisões

esperando resultados de curto prazo, outras de médio e longo prazo, logo, anali-

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sando os passos dados pela concorrência a empresa poderá prever novas

estratégias para conquistar o consumidor.

Robles Junior (2003) enfatiza que a empresa deve realizar um

acompanhamento periódico do custo da qualidade dos concorrentes, quer seja do

principal, quer do mercado e como base nessa avaliação, a empresa deve

desenvolver indicadores indiretos da qualidade própria e posteriormente, coletar

indicadores da qualidade dos concorrentes para em seguida haver um confronto

entre estes indicadores resultando em uma avaliação coerente.

Com base nisso, é notável que a empresa ZRQYW, procura sempre

obter conhecimento do seu segmento, para que dessa forma possa ter uma visão

mais ampla do que a concorrência está oferecendo para satisfazer os

consumidores, pois assim poderá estudar a oferta de diferenciais no atendimento

que possibilitarão a fidelização dos clientes.

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CAPÍTULO IV

QUALIDADE DOS SERVIÇOS COM A PERCEPÇÃO DO

CONSUMIDOR

4.1Gerência da qualidade no setor de serviços

A qualidade em serviços, segundo Las Casas (2002), está ligada à

satisfação, pois, um serviço bem feito gera satisfação aos consumidores que

perceberão um serviço como de qualidade e voltarão a comprar ou indicar outras

pessoas de seu relacionamento. Essa satisfação atendida pode ser a solução de

um problema, o atendimento de uma necessidade ou qualquer outra expectativa.

Aplicar a GQT no setor de serviços traz algumas dificuldades, pois,

segundo Gaither (2006), os serviços são intangíveis e, devido a sua natureza são

difíceis de determinar sua qualidade.

Os padrões para medir o desempenho não existem então os

consumidores criam seus próprios padrões comparando o serviço que recebem

com o que desejariam receber.

Um fator importante que complica ainda mais é a qualidade

percebida de alguns serviços que pode ser afetada por aquilo que a cerca. Uma

música suave, uma decoração agradável, estacionamento fácil, atendentes

cordiais, limpeza e outras características podem, segundo Gaither (2006),

determinar a qualidade percebida dos serviços mais do que a qualidade efetiva

dos mesmos.

A percepção da qualidade é um fator muito importante, pois, de

acordo com Las Casas (2002), não basta apenas que o profissional saiba que

presta um serviço com qualidade (pois se preparou para fazê-lo e adquiriu

experiência nesse ramo de atividade) se o cliente não consegue perceber assim.

É difícil para o consumidor avaliar a qualidade dos serviços que se recebe, dessa

forma, muitas vezes ele o avalia de forma errada, mas conforme sua percepção.

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Por isso, é necessário que a companhia monitore como o consumidor

está percebendo seus serviços, através de pesquisas, conversas diretas e, em al-

guns casos, com um treinamento de alguns compradores para que possam perce-

ber melhor a qualidade nos serviços prestados.

De acordo com Las Casas (2002), para gerar satisfação e tornar uma

prestação de serviços de qualidade, o gestor deve tomar algumas precauções

como:

• Administrar expectativas: Pois o cliente forma sua expectativa a partir de

promessas feitas por vendedores de serviços, por experiências anteriores na

empresa ou no concorrente e também com o que outros clientes comentam;

• Equilibrar a prestação de serviços com a expectativa: Se o resultado

da prestação de serviços se igualar a expectativa dos clientes então haverá

satisfação, se o resultado ficar aquém das expectativas, os clientes ficarão

insatisfeitos;

• Nivelar as promessas com a prestação de serviços: A organização não

poderá falar bem de seus serviços se eles não condizem com a realidade, pois irá

aumentar a expectativa dos clientes e esta não será atendida efetivamente;

• Superar as expectativas dos clientes: Causar encantamento nos clientes

superando suas expectativas, para isso é necessário entender profundamente o

que os clientes esperam da prestação de serviços.

De acordo com Gaither (2006) o desempenho dos funcionários do setor

de serviços determina a qualidade dos serviços.

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Para desenvolver serviços com qualidade é necessário que os

administradores tenham uma seqüência de procedimentos, como

pesquisar, estabelecer uma cultura, desenvolver treinamento, criar um

clima organizacional com o marketing interno, comunicar o plano e

estabelecer mecanismos de controle. Todas essas atividades devem

seguir o mercado e suas tendências. (LAS CASAS, 2002, p. 90).

O “endomarketing” ou marketing interno visa à satisfação das

necessidades dos seus clientes internos (colaboradores) para mantê-los

motivados que segundo Las Casas (1999) é o principal objetivo do ponto de vista

funcional. Já do ponto de vista normativo, o objetivo é traçar normas e

procedimentos onde, de um lado tem os clientes internos e, do outro, os vários

produtos a serem vendidos, como benefícios, programas de treinamento,

motivação, prevenção de acidentes, qualidade, entre outros.

A princípio as organizações eram centradas apenas no produto,

onde o que importava era a aceitação e adaptação de todos ao que era imposto.

Atualmente com a concorrência e com os novos valores da

sociedade essas atitudes mudaram, pois de acordo com Las Casas (1999), as

organizações mudaram o enfoque que tem forte orientação para o consumidor,

inclusive o consumidor interno.

O autor acima citado destaca também que deve haver uma limitação

na aplicação desse conceito, pois nem sempre os desejos e necessidades

coincidem com os objetivos da entidade. Nesse caso deve-se buscar um ponto de

equilíbrio para que haja satisfação das duas partes levando sempre em

consideração o respeito aos objetivos da organização.

De acordo com Las Casas (1999), além de conhecer as técnicas de

pesquisa e como aplicar os resultados na prática corrigindo os problemas identifi-

cados, é necessário definir uma cultura para facilitar a implantação de qualidade

na prestação de serviços.

Portanto, segundo Las Casas (1999), a cultura diferencia os grupos de

acordo com uma série de características diferenciados pela religião, região e ou-

tras. Estes aspectos são provenientes de uma herança cultura e são encontrados

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nos grupo empresariais.

De acordo com o autor acima citado, nas empresas há sistemas de

crenças e valores característicos e peculiares, regidos por uma estrutura de poder

e normas estabelecidas pelos componentes do grupo, também conhecida como

cultura organizacional.

Uma definição de cultura organizacional é, “o conjunto de

concepções, normas e valores submersos à vida de uma organização e que

devem ser comunicados a seus membros através de formas simbólicas

tangíveis”. (BEYER, 1991, p. 3-11, apud, LAS CASAS, 1999, p.97,98).

De acordo com esta definição, há um processo de socialização em

que os valores são passados aos demais membros ou aos novos membros e

estes a internalizam. Portanto, de acordo com Las Casas (1999), para melhorar a

qualidade na prestação de serviços, deve-se considerar a cultura organizacional e

entender que o principal é a administração e não a tecnologia.

Cultura de qualidade é o total de aprendizagem sobre qualidade e

valores relacionados à qualidade na medida em que a organização

progride em sua capacidade de lidar com o ambiente externo e em

administrar internamente. (SARAPH; SEBASTIAN, 1993, p. 73,

apud, LAS CASAS, 1999, p.98).

Segundo Las Casas (1999), nem sempre a mudança cultural é

necessária, pois há organizações que possuem tendências à qualidade, sendo

necessárias apenas algumas adaptações, em todo caso, deve-se realizar uma

avaliação para medir o nível de orientação à qualidade que a entidade possui.

Entretanto, todo processo de mudança é difícil porque há uma

resistência natural ao novo, pois ainda de acordo com Las Casas (1999), o ser

humano tende a rejeitar tudo aquilo que desconhece, por isso deve-se ter cautela

ao implantar novas filosofias.

O autor acima citado sugere que se compare a mudança cultural a uma

venda de ideias, onde os responsáveis pela alteração devem convencer os dema-

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is membros da organização de que fazer diferente aquilo que eles já fazem trará

benefícios para eles mesmos. Esta venda será mais fácil se o sistema referencial

dos indivíduos estiver em harmonia com os novos valores, neste caso, a mudança

cultural será mais fácil, pois as novas idéias não estarão tão distantes das

crenças e valores do grupo. Entretanto, quanto mais distante fica, mas difícil será,

pois as novas idéias irão de encontro aos valores já estabelecidos favorecendo a

rejeição.

Algumas organizações falham neste aspecto, pois implantam novas

idéias através de uma ordem expressa, sem considerar o indivíduo e suas

necessidades. De acordo com Las Casas (1999), o que pode acontecer neste

caso é o boicote às novas instruções, se estes funcionários não estiverem

convencidos dos benefícios das mudanças poderá haver uma perca de

identidade.

Para evitar este tipo de conflito, o autor acima citado, aponta a

necessidade de estudar a cultura organizacional identificando quais são os

valores principais e entendendo a estrutura da organização, o clima

organizacional e a visão da empresa.

Sendo assim, ao entender a cultura organizacional e as diferenças

culturais entre os vários funcionários, podem-se estabelecer caminhos para a

implantação gradativa de uma nova cultura organizacional.

4.1.1 Qualidade e competitividade

A definição de competitividade é:

A competitividade é a característica ou capacidade de qualquer

instituição em lograr, cumprir a sua missão, com mais êxito que outras

organizações competidoras. Baseia-se na capacidade de satisfazer as

necessidades e expectativas dos clientes, aos quais serve no seu segmento, de

acordo com a sua missão, para a qual foi criada.

A competição adapta as atividades de uma empresa em relação ao seu

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ambiente de atuação, uma das estratégias competitivas mais usadas é a diferen-

ciação dos produtos ou serviços, e isso só se consegue quando há qualidade.

Segundo Coltro (1996), a GQT influencia a competitividade

empresarial em vários aspectos:

• Produtos confiáveis, sem defeitos, com entregas rápidas possibilitando a

diferenciação da empresa;

• Uso de critérios de desempenho com base em indicadores de qualidade,

confiabilidade, prazos, flexibilidade etc;

• Definição de um foco e a busca pela excelência;

• Atividades pensadas de maneira estratégica.

A GQT possibilita a sincronização das estratégias de competição com

os objetivos estratégicos da companhia. Ela influencia todos os departamentos

das organizações, que passam a focar o atendimento de novos produtos e

serviços diferenciados e de maior qualidade combinados com baixos custos

atendendo assim as necessidades dos consumidores.

Sendo assim, a GQT busca desenvolver nas empresas condições

que possibilitem atender as demandas, criando vantagens competitivas

duradouras.

A vantagem competitiva, segundo Chiavenato e Neto (2003), ocorre

quando uma entidade supera as demais em alguma das características de seus

bens ou serviços em um mercado. Este conceito depende da comparação com

outras organizações e do tempo.

A vantagem competitiva, de acordo com o autor citado, é dinâmica e

mutável, pois cada liderança estratégica das organizações está em constante

mudança e aprimoramento.

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Para alcançar desempenho superior e excelência as organizações

buscam uma vantagem competitiva comparativa e sustentável. Chiavenato e Neto

(2003) apontam três condições fundamentais para obter uma vantagem competiti-

va sustentável, são elas:

• Perceptibilidade: Os clientes percebem a diferença entre o produto de

Uma empresa em relação ao da concorrência, que deve ocorrer em um ou mais

critérios básicos de compra definindo a decisão de compra desses clientes;

• Favorabilidade: A diferença decorre das características que favorecem

uma empresa em relação aos concorrentes;

• Sustentabilidade: Essa diferença das características deve perdurar ao

longo do tempo.

Para ter valor estratégico, devem-se persuadir os consumidores a

comprarem novamente, de acordo com Chiavenato e Neto (2003), essa diferença

decorre dos atributos de entrega que influenciam as decisões de compra que são:

preço do produto e a maneira como o cliente percebe o produto ou tem acesso a

ele. Esses atributos podem incluir a qualidade, aparência, funcionalidade e

disponibilidade de serviços pós-venda.

4.1.2 Processo de entrega de valor do produto e/ou serviço

Segundo Kotler e Keller (2006) a visão tradicional do marketing

entende que uma organização faz algo para vender, pois ela sabe o que tem que

fazer e saber que alguém comprará seu produto, entretanto, empresas que

possuem esta visão só serão bem sucedidas em cenários econômicos de

escassez, onde consumidores não levam em consideração a qualidade.

A nova visão de negócios requer organizações que planejem bem

antes de iniciar suas atividades, ou seja, que tenha mercado-alvo bem definido.

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De acordo com Kotler e Keller (2006) o processo de entrega de valor

se divide em três partes, (ver figura 11):

• Selecionar o valor: Planejar antes de produzir algum produto e/ou serviço.

Deve-se segmentar o mercado para selecionar seu mercado alvo e ter um

posicionamento do valor da oferta;

• Fornecer o valor: Determinar quais serão as características específicas, o

preço e distribuição do produto;

• Comunicar o valor: É a promoção de vendas, propagandas, forças de

vendas etc.

Conforme figura 11: Processo de entrega de valor – (Extraída de: Administração

de Marketing, KOTLER;KELER,2006).

“O processo de marketing começa antes da existência de um produto e

continua enquanto ele é desenvolvido e depois que se torna disponível”.

(KOTLER; KELLER, 2006, p. 36).

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De acordo com o autor acima citado, uma das definições de valor é:

Benefícios e custos tangíveis e intangíveis que são percebidos pelo consumidor,

combinando qualidade, serviço e preço.

Enquanto que satisfação é: Julgamentos comparativos que uma

pessoa faz em relação ao desempenho percebido de um produto em relação a

suas expectativas.

As pessoas desenvolvem preferências por marcas que se tornam

conhecidas e criam uma expectativa, pois, as marcas representam mais que os

produtos, representam um conjunto de serviços, valores e promessas oferecido

pelo vendedor.

Ainda de acordo com o autor acima citado, nesse mercado

competitivo as empresas lutam para diferenciar seus produtos e não vendem

apenas produtos, mas pacotes de benefícios, não vendem apenas valor de

compra, mas valor de utilização.

O autor cita três maneiras de uma empresa fornecer mais valor que

seus concorrentes:

• Cobrando um preço menor;

• Ajudando o cliente a reduzir seus custos;

• Acrescentando benefícios que tornem o produto mais atraente.

De acordo com Michael Porter de Havard (apud. KOTLER, KELLER,

2006) o conjunto de valor é uma ferramenta que identifica maneiras de se criar

mais valor para o cliente.

Esse conjunto identifica nove atividades criadoras de valor divididas em

cinco atividades principais e quatro de apoio. As atividades principais são (ver

figura 12):

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• Logística interna: Suprimentos e compras;

• Operações: Fabricação;

• Logística externa: Expedição e distribuição;

• Marketing e vendas: Comercialização;

• Serviço: Assistência técnica.

Conforme figura 12: O conjunto de valores – (Extraída de: Administração de

Marketing, KOTLER;KELER,2006).

As atividades de apoio envolvem aquisição, desenvolvimento de

tecnologia, gerência de recursos humanos e infraestrutura da empresa e são

realizadas em outros departamentos.

De acordo com Kotler e Keller (2006) o sucesso da empresa não

depende apenas da excelência no desempenho de cada departamento, mas na

excelência com que as atividades são coordenadas para conduzir os processos

centrais de negócios.

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• Processo de compreensão do mercado: Coleta de informações sobre o

mercado;

• Processo de realização de uma nova oferta: Pesquisa, desenvolvimento

e lançamento de produtos de alta qualidade;

• Processo de aquisição de consumidores: Definição de mercados-alvo e

prospecção de novos clientes;

• Processo de gerência do processo do pedido: Recebimento e aprova-

ção de pedidos, expedição pontual e recebimento de pagamentos.

De acordo com Chiavenato e Neto (2003), as pessoas não compram

bens e serviços, o que elas compram são valores na forma de bens e serviços. O

que as organizações devem oferecer são produtos e serviços que atenda as

necessidades dos compradores, pois, se existem de fato estas necessidades, é

porque há espaços vazios que precisam ser preenchidos.

De acordo com os autores acima citados, o ser humano vive em um

estado de não satisfação para satisfação se suas necessidades são preenchidas,

muitas vezes a localização do estabelecimento e sua aparência, ou a qualidade

do processo produtivo não são determinantes na decisão de compra do

consumidor, a não ser que estes atributos ofereçam o valor que irá proporcionar

satisfação.

A decisão de insatisfação, de acordo com Chiavenato e Neto (2003), é

mais difícil, pois, provém de um desgaste e de controvérsias e, em alguns casos,

do estado emocional focalizado na perspectiva negativa da relação cliente x

fornecedor. Assim, o consumidor reluta em estar em estados de insatisfação

preferindo oscilar entre satisfação e não satisfação. Para isso, as organizações

devem planejar o nível de satisfação que desejam para seus clientes, levando em

consideração suas expectativas e seu estado emocional.

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4.1.3 Competência central

Segundo Kotler e Keller (2006), as competências centrais são a

essência do negócio, ou seja, são recursos necessários aos negócios de uma

empresa (mão-de-obra, materiais, equipamentos, informações, serviço de

limpeza, distribuição, gestão de pessoas etc). Dessa forma, a entidade tem duas

opções: ou controlar a maioria desses recursos ou terceirizar os recursos menos

essenciais que não fazem parte do seu principal foco.

A competência central possui três características: É fonte de

vantagem competitiva contribuindo para os benefícios dos clientes; tem

aplicações em vários mercados e é difícil de ser imitada pelos concorrentes.

O consumidor é considerado como “centro de lucro” de uma

empresa. A instituição que pensa dessa forma considera o consumidor no topo do

organograma, com elevado grau de importância, e todos os outros componentes

devem estar envolvidos e ter contato com o comprador para conhecê-lo e atendê-

lo.

Segundo Kotler e Keller (2006), o valor percebido pelo consumidor

(VPC) é a diferença entre a avaliação que o cliente faz de todos os custos e

benefícios relacionados a um produto e/ou serviço e as alternativas percebidas.

Já o Valor Total para o consumidor é o valor monetário de um

conjunto de benefícios que os clientes esperam de um produto ou serviço. Por

fim, o custo total para o cliente é o conjunto de custos que os consumidores

esperam incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar um produto ou serviço.

Uma empresa deve desenvolver uma proposta de valor que seja

competitivamente superior para gerar um grande nível de fidelidade.

A proposta de valor, segundo Kotler e Keller (2006), é um conjunto de

benefícios que a empresa promete entregar, ou seja, é a experiência resultante

que obterá com a oferta e com seu relacionamento com o fornecedor. O que

determina se essa promessa será ou não cumprida é a capacidade da empresa

em gerir seu sistema de entrega de valor, que inclui todas as experiências que o

consumidor terá ao longo do processo de obter e usar a oferta.

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Para obter a satisfação do consumidor deve-se obter desempenho da

oferta em relação às suas expectativas.

Entretanto, a companhia não deve focar apenas a satisfação, pois o

resultado desse investimento pode ter uma baixa lucratividade, acionistas

insatisfeitos e colaboradores desmotivados.

Para Kotler e Keller (2006), a organização deve buscar o equilíbrio e

uma filosofia que busque alto nível de satisfação do cliente e que assegure a

satisfação dos demais parceiros (colaboradores, revendedores, fornecedores).

Muitas empresas medem a satisfação do cliente e os fatores que a

influenciam. Dessa forma, conseguem manter o consumidor satisfeito e com isso

conquista sua fidelidade.

Se as avaliações da satisfação forem uma escala de um a cinco, os

clientes que atingirem o nível um estão propensos a abandonar a empresa e a

falar mal dela. Nos níveis de dois a quatro, os clientes estão apenas satisfeitos,

mas podem mudar de fornecedor caso recebam uma oferta melhor. Já no nível

cinco há mais chance de o cliente repetir a compra e elogiar a empresa. Porém,

kotler e Keller (2006) ressaltam que para avaliar a satisfação deve levar em conta

que cada cliente possui opiniões e percepções diferentes.

A satisfação também depende da qualidade dos produtos e serviços.

“Qualidade é a totalidade dos atributos e características de um produto ou serviço

que afetam sua capacidade de satisfazer necessidades declaradas ou implícitas”.

(American Society for Quality Control apud. KOTLER; KELLER, 2006. p. 145).

A empresa sempre fornece qualidade quando seu produto ou serviço

atende ou supera a expectativa do consumidor.

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CAPÍTULO V

PROPOSTA

Com a preocupação da empresa em buscar melhores resultados

através da qualidade nos processos, ela ainda poderia utilizar algumas formas

para a busca dessa melhoria. O nível de satisfação é bom, porém alguns pontos

devem ser vistos com um cuidado maior, para que, assim, a empresa chegue a

excelência. Através disso, proponho:

a) Utilizar com maior frequencia a ferramenta de fluxograma para padronizar o

fluxo do atendimento e da prestação de serviços permitindo que se possam fazer

análises mais detalhadas de possíveis falhas nesses atendimentos;

b) Investir mais em propaganda para alcançar um número maior de clientes;

c) Utilizar o Diagrama de Pareto para identificar falhas nos processos melho-

rando os prazos e a rapidez de entrega, contudo, devem-se realizar mais

pesquisas com os clientes para que a empresa conheça cada vez mais sua

clientela e veja com mais clareza suas necessidades podendo prestar um serviço

melhor a cada dia.

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CONCLUSÃO

Hoje a competição esta cada vez mais acirrada. Existe a necessidade

de inovar e alcançar vantagem competitiva, por isso, precisa-se entender que a

Gestão da Qualidade Total é extremamente importante para a formulação das

estratégias empresarias cujo foco principal deve ser o consumidor.

Investir em qualidade, treinamento e modelos de gestão mais

adequados a prática de serviços, não é uma decisão puramente financeira. É uma

decisão que deve ser pesada fundamentalmente pelo valor do consumidor no

tempo. O enfoque na gestão da qualidade voltada aos serviços se tornou uma das

contas mais importantes para uma instituição.

De acordo com as respostas da entrevista, que veio de encontro com

o que foi proposto nesta monografia, podemos perceber que o foco da entidade é

o consumidor, e que esta se utiliza de vários métodos para entregar aquilo que

seu cliente deseja, através de estudos, pesquisas de satisfação, treinamento das

equipes e um trabalho árduo no que diz respeito à implantação de mudanças,

principalmente na cultura organizacional.

Conclui-se que a busca pela qualidade passa pela busca da

excelência, a inovação constante da tecnologia e que a entidade esteja sempre se

antecipando a seus concorrentes e a maneira de alcançar essa diretriz é através

de uma consciência global de que todos na organização fazem parte do

desenvolvimento do processo de aplicação da qualidade.

O uso dos conceitos e técnicas da qualidade, conforme proposto

neste trabalho, mostra-se capaz para auxiliar no gerenciamento dos processos,

haja vista a eficiência da aplicação das ferramentas nos resultados esperados.

Uma das técnicas da qualidade é o treinamento que é imprescindível,

mas também poder ser aplicado através de manuais, que transmite o

conhecimento necessário aos colaboradores e os prepara para as mudanças

tanto da cultura organizacional quanto dos novos procedimentos que serão

adotados, tudo isso visando a excelência no atendimento aos clientes, mas sem

esquecer que os colaboradores também são consumidores da entidade, por isso

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que é importante mantê-los motivados, seja através de, reconhecimento do

desempenho ou de oportunidades de carreira.

Percebemos também que a Gestão da Qualidade Total é fundamental

para a instituição, pois através de suas ferramentas estratégicas, a empresa

alcança a excelência superior que lhe proporciona vantagem competitiva em

relação à sua concorrência, pois consegue entender o que seus consumidores

desejam, e com seus colaboradores devidamente preparados, conquista a

satisfação dos clientes que percebem a qualidade que agrega valor aos seus

produtos e serviços.

Também é importante ressaltar, que no setor de serviços é difícil

mensurar a qualidade, pois esta é percebida pelo consumidor de acordo com sua

cultura, suas expectativas e seu estilo de vida. O comprador só diz se um serviço

é de qualidade se este atender o que ele deseja ou se tiver o mesmo padrão de

uma prestação de serviços anterior que tenha atendido suas necessidades.

Sendo assim, as empresas devem se organizar de forma estratégica

na maneira como executarão seus processos produzindo produtos e/ou serviços

de alta qualidade, inovadores, com custos reduzidos, em um ambiente adequado

e motivador atendendo de maneira satisfatória a crescente demanda dos

consumidores e entregando o valor desejado.

O presente trabalho não esgota o assunto abordado, mas sim poderá

servir de referência para o desenvolvimento de pesquisas futuras.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ............................................................................................. 02 DEDICATÓRIA .................................................................................................... 03 AGRADECIMENTOS ........................................................................................... 04 RESUMO ............................................................................................................. 05 METODOLOGIA .................................................................................................. 06 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ............................................................. 09 SUMÁRIO ............................................................................................................ 10 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 14 CAPÍTULO I-INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. 16

1.1 – Surgimeto e importância da gestão da qualidade total na prestação de serviços ................................................................................................................ 18 CAPÍTULO II – HISTÓRIA DA EMPRESA: ZRQYW SEGURANÇA LTDA ....... 20 2.1 – Missão ........................................................................................................ 20 2.2 – Visão ........................................................................................................... 20 2.3 – Valores ........................................................................................................ 20 2.4 – Produtos e serviços oferecidos .................................................................. 21 2.5 – Marketing .................................................................................................... 21 2.6 – Fornecedores .............................................................................................. 22 2.7 – Funcionários ................................................................................................ 22 CAPÍTULO III – A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ........................................................................................................... 24 3.1 – Conceito ...................................................................................................... 24 3.1.1 – A história e evolução da gestão da qualidade total ................................. 24 3.1.2 – Qualidade ................................................................................................. 28 3.1.3 – Planejamento e controle da qualidade ..................................................... 30 3.1.4 – Definição da gestão da qualidade total .................................................... 31

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3.2 – Dimensões da qualidade dos serviços prestados ....................................... 37 3.3 – Caracterísitcas da qualidade dos serviços .................................................. 37 3.4 – Gestão da qualidade no processo .............................................................. 38 3.5 – Programas de gestão da qualidade ............................................................ 40 3.6 – Ferramentas da qualidade .......................................................................... 44 3.6.1 – Ciclo PDCA .............................................................................................. 44 3.6.2 – Fluxograma .............................................................................................. 46 3.6.3 – Folha de Verificação ................................................................................ 47 3.6.4 – Estratificação ............................................................................................ 47 3.6.5 – Diagrama de Pareto ................................................................................. 48 3.6.6 – Diagrama de Causa e Efeito .................................................................... 49 3.6.7 – Histograma ............................................................................................... 50 3.7 – Qualidade do produto .................................................................................. 51 3.8 – Qualidade do serviço .................................................................................. 51 3.9 – Diferenças do produto através do serviço ................................................... 54 3.10 – Cliente ....................................................................................................... 55 3.10.1 – Satisfação dos clientes .......................................................................... 55 3.10.2 – Fidelizando os clientes ........................................................................... 55 3.10.3 – Foco no cliente ....................................................................................... 56 3.11 – A importância do colaborador na qualidade do serviço prestado ............. 57 3.12 – Concorrência ............................................................................................. 57

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CAPÍTULO IV – QUALIDADE DOS SERVIÇOS COM A PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR .................................................................................................... 59 4.1 – Gerência da qualidade no setor de serviços ............................................... 59 4.1.1 – Qualidade e competitividade .................................................................... 63 4.1.2 – Processo de entrega de valor do produto e/ou serviço ............................ 65 4.1.3 – Competência central ................................................................................ 70 CAPÍTULO V – PROPOSTA .............................................................................. 72 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 73 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 75 ÍNDICES ............................................................................................................... 80 LISTA DE FIGURAS ............................................................................................ 83 APÊNDICES ........................................................................................................ 84

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Etapas da evolução da qualidade total ................................................. 26

Figura 2: Eras da qualidade ................................................................................. 27

Figura 3: Ciclo PDCA ........................................................................................... 45

Figura 4: Fluxograma ........................................................................................... 46

Figura 5: Folha de Verificação ............................................................................. 47

Figura 6: Estratificação ........................................................................................ 48

Figura 7: Diagrama de Pareto .............................................................................. 49

Figura 8: Diagrama de Causa e Efeito ................................................................. 50

Figura 9: Histograma ............................................................................................ 51

Figura 10: Modelo Conceitual da Qualidade de Serviço ...................................... 52

Figura 11: Processo de valor ............................................................................... 66

Figura 12: Conjunto de valores ............................................................................ 68

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APÊNDICES

Apêndice A >> Roteiro de estudo de caso (Entrevista) Apêndice B >> Roteiro de observação sistêmica Apêndice C >> Roteiro de histórico Apêndice D >> Roteiro de pesquisa estatística com funcionários

(Gráficos) Apêndice E >> Roteiro de pesquisa estatística com o cliente (Gráficos)

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APÊNDICES

APÊNDICE A – Roteiro de estudo de caso

1 Introdução

Será realizado o levantamento histórico em uma empresa fictícia,

baseada em um caso real, cuja identidade não pode ser revelada. A ZRQYW

Segurança Ltda, com o objetivo de verificar a possibilidade da inserção de

ferramentas de gestão da qualidade que possibilitem um aumento da qualidade

na prestação de serviços gerando um diferencial para o cliente.

2 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

a) Descrição dos processos e métodos para a gestão da qualidade dentro da

empresa.

b) Entrevistado: Coordenador do QSSMA.

3 Discussão

Através da pesquisa será realizado um confronto entre a teoria da

Gestão da Qualidade e a prática utilizada na empresa.

4 Opinião

Sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou modificações e

procedimentos.

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Foi realizada a entrevista contendo dez perguntas fechadas, que foram

entregues ao Sr. Anderson Fontes Nogueira Antunes Pessoa e Cabral,

responsável pela área do QSSMA da empresa ZRQYW Segurança Ltda. As

perguntas foram as seguintes:

ENTREVISTA REALIZADA COM O COORDENADOR DO QSSMA – Sr. ANDERSON FONTES NOGUEIRA ANTUNES PESSOA E CABRAL

Anderson Cabral é casado e tem dois filhos. É formado em Técnico de

Segurança do Trabalho por uma faculdade particular. Começou sua carreira

trabalhando na área de TST em uma indústria no Rio de Janeiro.

“Eu era estagiário, saía na rua para fazer pesquisas de campo”,

lembra. Saiu da indústria para trabalhar em uma gráfica. Da gráfica foi para um

posto de gasolina, onde ficou quase 10 anos. “Esta franquia do posto de gasolina

tinha um cargo que era um cara local, que fazia tudo quanto era ação para poder

aumentar o fluxo de gente no posto.” Depois foi para uma empresa de ônibus,

onde fez de tudo. No final de 2011, foi para a ZRQYW Segurança, empresa na

qual ocupa o cargo de Coordenador de QSSMA.

PS - Um dos diferenciais da ZRQYW, foi a obtenção do certificado da

norma ISO 9001:2008. O que motivou a empresa a obter essa certificação?

AC - Obtivemos esta certificação com o objetivo de tornar nossos processos mais

claros e bem definidos, agregando valor aos nossos serviços e gerando maior

competitividade com relação às demais empresas de segurança através do

aumento da confiabilidade de nossos produtos e serviços.

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PS - Qual a importância da gestão da qualidade total para este

segmento de mercado?

AC - A gestão da qualidade total, nos possibilita saber exatamente onde estamos,

onde queremos chegar e como fazer para chegar. Este estilo de gestão nos

possibilita manter o foco no consumidor, avaliar nossos processos de forma mais

criteriosa e aumentar nosso aprendizado.

PS - Em sua opinião, qual deve ser o nível de envolvimento dos

colaboradores com a qualidade, integral ou parcial? Todos estão de fato

envolvidos, ou apenas uma parte deles participam desse processo?

AC - Todos devem envolver-se em todas as fases do processo de implantação e

manutenção do SGQ, porém, o envolvimento dos gestores e diretores é

primordial, sem eles, não há envolvimento dos demais colaboradores.

PS - Como os colaboradores são preparados para estas mudanças?

Qual a importância do treinamento para a empresa?

AC - Os colaboradores são informados previamente de todas as mudanças

através do canal de comunicação da gestão de pessoas “Fique Ligado” e são

preparadas para elas através de manuais e outros informativos. O treinamento é

muito importante para nós, usamos estrategicamente o envio de manuais como

forma de preparação para as mudanças que porventura irão acontecer.

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PS - Como sabemos, para que haja qualidade na prestação de

serviços é necessário que os colaboradores estejam motivados para obterem

melhor desempenho de suas atividades. Como a ZRQYW investe em programas

motivacionais? De que maneira mantém seus colaboradores motivados e

compromissados com a empresa e suas metas?

AC - Não temos hoje um programa explícito de motivação para os colaboradores

da entidade, o que existem hoje são ações tácitas, baseadas na avaliação do

desempenho do colaborador que quando positiva torna-se ponto de partida para

novas e melhores oportunidades.

PS - Durante o processo de mudança para a padronização dos

processos, como a empresa lidou com a implantação de uma nova cultura

organizacional?

AC - Foi muito difícil e até hoje é. A grande maioria de nossos colaboradores vem

de outras empresas de vigilância, que não tem nenhum programa de gestão de

qualidade e a rotatividade, apesar de ser baixa, dificulta o processo de

amadurecimento do sistema. Mas é algo que estamos melhorando com

investimento diário em disseminação da cultura de qualidade através dos

representantes.

PS - Como monitoram os níveis de satisfação de seus clientes? O que

fazem para atender suas expectativas?

AC - Através de pesquisas de satisfação, da Ferramenta SM – Solicitação de

melhoria, implantamos os mais diversos planos de ação para que com ações

preventivas, corretivas e de melhoria possamos alcançar a satisfação e superar a

expectativa de nossos clientes.

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PS - Além de ser pioneira na certificação da norma ISO 9001 dentro do

grupo da regional do RJ, qual seu diferencial em relação à concorrência?

AC - O respeito, a clareza e a proximidade de relacionamento que temos com o

nosso consumidor são nosso diferencial.

PS - Qual o empenho da empresa para reduzir o retrabalho nas

atividades desempenhadas?

AC - Estamos totalmente empenhados na redução do retrabalho através de

processos bem definidos e do tratamento de ações corretivas, preventivas e de

melhoria.

PS - Muitas vezes no processo de implantação da qualidade a empresa

começa a ficar burocrática, podendo em alguns casos gerar insatisfação em seus

consumidores pela demora no atendimento e se tornar uma empresa engessada.

Quais as estratégias que a empresa utiliza para equilibrar processos burocráticos

com agilidade na prestação de serviços?

AC - A norma ISO 9001 em sua mais nova versão (2008) facilita a elaboração de

procedimentos e processos flexíveis. Ela possibilitou que muitas empresas que

não desejavam fazer o investimento para aquisição deste selo por achá-lo

burocrático mudassem de opinião e hoje sejam adeptas às praticas de gestão

indicadas nessa norma. Não há motivos para engessar os processos e os

colaboradores são sempre ouvidos, buscando não cometer este engano.

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APÊNDICE B – Roteiro de observação sistemática

I Dados de Identificação

Empresa: ________________________________________________________.

Localização: _____________________________________________________.

Atividade econômica: ______________________________________________.

Porte: ___________________________________________________________.

II Aspectos a serem observados

1 História da empresa;

2 Procedimentos de Gestão da Qualidade.

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APÊNDICE C – Roteiro de Histórico

I Dados de Identificação

Empresa: ______________________________________________________.

Localização: ___________________________________________________.

Atividade econômica: ____________________________________________.

II Aspectos a serem observados

1 Início das atividades;

2 Número de funcionários;

3 Ramo de atividade;

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APÊNDICE D – Roteiro de pesquisa estatística com

funcionários

PESQUISA REALIZADA COM OS FUNCIONÁRIOS (QUESTIONÁRIOS / GRÁFICOS)

Este questionário faz parte de uma pesquisa realizada dentro da

empresa: ZRQYW Segurança Ltda, sobre a qualidade no seu local de trabalho.

Esta pesquisa foi realizada com 10 (dez) vigilantes, na sede

administrativa/operacional da empresa, todos entrevistados são do sexo

masculino com idades entre 25 e 45 anos de idade, e cada um respondeu 2

(duas) perguntas.

Para responder, leiam as características descritas nas frases a seguir

e anote junto a cada frase o número que melhor representa sua opinião

(vigilante), de acordo com a seguinte escala:

1

Discordo totalmente

2 Discordo

3 Nem

concordo, nem discordo

4 Concordo

5 Concordo totalmente

1 - Sinto orgulho da minha atividade nesta empresa 5 2 - O ambiente de trabalho favorece a execução das minhas atividades 3 3 - Esta empresa se preocupa com a saúde de seus funcionários 4 4 - Esta empresa demonstra preocupação com a segurança no trabalho 5 5 - O espaço físico no setor de trabalho é suficiente 4 6 - A postura física dos empregados é adequada para evitar danos à saúde 3 7 - O ambiente de trabalho facilita o desempenho das tarefas 5 8 - Os colegas auxiliam um novo funcionário em suas dificuldades 5 9 - Existe integração entre colegas nesta empresa 3 10 - Os líderes mandam as pessoas executarem tarefas sem o treinamento adequado

1

11 - O diálogo é utilizado para resolver os problemas de relacionamento 4 12 - Confio nos meus gerentes diretos ou indiretos 3 13 - O meu gestor imediato é um líder 4 14 - O líder ajuda os funcionários com problemas 4 15 - O líder elogia quando o funcionário faz um bom trabalho 5 16 - O funcionário recebe orientação do gestor para executar suas tarefas 4 17 - O líder colabora com a produtividade dos funcionários 3 18 - A quantidade/carga de trabalho sua ou da sua equipe é adequada 4 19 - O gestor aceita novas formas de o funcionário realizar suas tarefas 3 20 - As mudanças são informadas aos funcionários 5

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A pesquisa foi

de 10 funcionários de form

2002, p.124), onde pod

comentários.

A pesquisa foi

que os resultados fossem

Gênero dos funcionários

Entre o total d

ainda é a maioria, já com

pesquisa, pois as mesma

empresa em horário diurno

a foi realizada de forma simples, foi escolhid

e forma aleatória, com uma margem de erro

e pode se observar os resultados nos

isa foi feita de forma que os vigilantes se iden

ssem mais transparentes na obtenção do resu

nários entrevistados – (Elaborado pelo autor,

otal dos entrevistados, percebe-se que o pú

já com o público feminino nota-se que não

esmas se encontram espalhadas nos divers

diurno.

0%

100%

93

colhida uma amostra

e erro de ±10% (GIL,

nos gráficos e em

e identificassem para

o resultado.

autor, 2015).

o público masculino

não participaram da

diversos contratos da

Feminino

Masculino

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Faixa etária dos funcioná

Observando a

mas a faixa etária predom

como uma maturidade no

Opinião sobre a satisfaç

ZRQYW em sua sede

(vinte) questões abordad

50%

20%

30%

30%

cionários – (Elaborado pelo autor, 2015).

do a faixa etária, nota-se que os funcionário

redominante é de 30 a 39 anos, isso pode

de no serviço que é prestado pelos mesmos.

tisfação com a qualidade no local de trabal

ede administrativa/operacional, de acord

ordadas no questionário – (Elaborado pelo a

30%

50%

20%

0%

18 à

30 à

40 à

Acim

10%

0%

30%

Discord

Discord

Nem codiscord

Conco

Conco

94

onários são variados,

pode ser interpretado

trabalho na empresa

acordo com as 20

pelo autor, 2015).

18 à 29 anos

30 à 39 anos

40 à 49 anos

Acima de 50 anos

iscordo totalmente

iscordo

em concordo, nem iscordo

oncordo

oncordo totalmente

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A pesquisa com os funcionários demonstrou que neste segmento os

funcionários são a peça chave para a realização de serviços de qualidade, pois

muitas vezes o consumidor se adapta ao serviço de determinado e acaba sendo

fiel a empresa pelo bom serviço prestado por este funcionário.

Portanto, a empresa deve estar atenta para poder manter os

funcionários que nesse segmento tem um valor significativo, embora intangível,

na empresa.

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APÊNDICE E - Roteiro da pesquisa estatística com o cliente

1 Sexo

( )M ( )F

2 Idade

( ) 18 à 29 anos;

( ) 30 à 39 anos;

( ) 36 à 45 anos;

( ) 40 à 49 anos;

( ) Acima de 50 anos.

3 Há quanto tempo você é cliente da empresa ZRQYW ?

( ) 1 mês;

( ) 6 meses;

( ) 1 ano;

( ) 2 anos;

( ) Acima de 3 anos.

4 Sua opinião sobre sua satisfação com a qualidade da prestação de serviço pela

empresa ZRQYW Segurança Ltda.

( ) Ruim;

( ) Regular;

( ) Bom;

( ) Ótimo;

( ) Excelente.

5 Os funcionários da empresa ZRQYW, em relação ao atendimento são:

( ) Prestativos ( ) Indiferentes

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6 O que os clientes acham mais importante para um bom atendimento.

( ) Conhecimento;

( ) Simpatia;

( ) Outros: _____________________________________________.

( ) Rapidez.

7 Você indicaria a ZRQYW Segurança para outra pessoa?

( ) sim ( ) não

8 Utilização dos serviços de outras empresas de vigilância.

( ) sim ( ) não

9 Qual motivo levou a ser cliente da empresa ZRQYW Segurança?

( ) Indicação;

( ) Outros: _______________________________________________________.

( ) Amizade;

( ) Localização;

( ) Preço;

( ) Atendimento;

( ) Qualidade do produto/serviço.

10 Atribua uma nota de 5 a 10 para: Preço – Relação custo x benefício

( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10

11 Confiança nos profissionais da empresa ZRQYW Segurança?

( )Confio ( )Não confio

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PESQUISA R

A pesquisa foi

de 20 clientes de um total

erro de ±10% (GIL, 200

gráficos e seus comentário

A pesquisa fo

para que os resultados fos

Gênero dos clientes entr

Entre o total d

ainda é a maioria, já com

de interesse por esse seg

uma abordagem mais suti

diante dos concorrentes.

80%

ISA REALIZADA COM CLIENTES (GRÁFICO

isa foi realizada de forma simples, foi escolhid

total de 29 clientes, de forma aleatória, com u

, 2002, p.124), onde pode se observar os

entários.

isa foi feita de forma que os clientes não se

os fossem mais transparentes na obtenção do

s entrevistados – (Elaborado pelo autor, 2015

otal dos entrevistados, percebe-se que o pú

com o público feminino nota-se que é perce

se segmento, o que nos faz perceber que se

is sutil a esse tipo de público, o que poderia se

tes.

20%

98

ÁFICOS)

colhida uma amostra

com uma margem de

r os resultados nos

ão se identificassem

ão do resultado.

, 2015).

o público masculino

perceptível uma falta

ue seria interessante

ser um diferencial

Feminino

Masculino

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Faixa etária dos clientes

Observando a

faixa etária predominante

sinal de confiabilidade ma

Há quanto tempo é clie

2015).

15%

15%

35%

entes – (Elaborado pelo autor, 2015).

do a faixa etária, nota-se que a clientela é

nante é de 30 a 39 anos, isso pode ser interpr

e maior.

é cliente da empresa ZRQYW ? – (Elabor

20%

50%

15%

18 à

30 à

40 à

Acim

10%10%

20%

25%

1 m

6 m

1 a

2 a

Aci

99

ela é variada, mas a

interpretado como um

laborado pelo autor,

18 à 29 anos

30 à 39 anos

40 à 49 anos

Acima de 50 anos

1 mês

6 meses

1 ano

2 anos

Acima de 3 anos

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Nota-se que a

boa porcentagem da clien

são clientes no mínimo há

serviços e produtos.

Opinião sobre a sua sa

pela empresa ZRQYW Se

O fato de não te

prestação de serviço, dev

grande número de cliente

a busca pelas melhorias n

crescimento na qualidade.

60%

ue a empresa tem bastante tempo de existên

a clientela que é fiel. A maioria dos entrevist

mo há 2 anos, demonstrando à empresa que

ua satisfação com a qualidade da prestaç

W Segurança Ltda – (Elaborado pelo autor,

não ter aparecido nenhuma informação que c

o, deve ser levado em consideração pela em

lientes, 60%, considera o atendimento excele

rias nunca deve parar, para que dessa forma

idade.

0%

5%15%

20%

100

xistência possui uma

trevistados com 60%,

que gostam de seus

restação de serviço

utor, 2015).

que considere ruim a

la empresa, pois um

excelente, entretanto,

orma haja sempre um

Ruim

Regular

Bom

Ótimo

Page 101: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO … · de certificação) que os ... minado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido ... 3.6.1 – Ciclo PDCA ...

Os funcionários da emp

pelo autor, 2015).

A tabela acim

atendimento, pois 90% do

o que é bom para o cresci

O que os clientes ach

(Elaborado pelo autor, 201

10%

30%

empresa, em relação ao atendimento sã

acima mostra que a empresa preocupa

0% dos entrevistados consideram os funcioná

crescimento da empresa no mercado.

acham mais importante para um bom

r, 2015).

10%

90%

55%

5%

101

to são: – (Elaborado

upa-se com o bom

cionários prestativos,

bom atendimento –

Indiferentes

Prestativos

Conhecimento

Simpatia

Rapidez

Outros

Page 102: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO … · de certificação) que os ... minado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido ... 3.6.1 – Ciclo PDCA ...

De acordo com

conhecimento com 55% c

que neste segmento de

empresa.

Indicaria a ZRQYW Seg

2015).

Com base ness

as expectativas dos clie

empresa a terceiros, o que

o com a tabela acima, a maioria dos clie

5% como fator decisivo para uma negociação

to demonstrará a confiabilidade do cliente

Segurança para outra pessoa? – (Elabor

e nessas informações nota-se que a empresa

s clientes, pois a totalidade dos entrevista

, o que demonstra um sinal de satisfação dos c

5%

95%

102

s clientes prefere o

ciação de sucesso, o

liente em relação à

laborado pelo autor,

presa está atingindo

evistados indicaria a

dos clientes.

Não

Sim

Page 103: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO … · de certificação) que os ... minado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido ... 3.6.1 – Ciclo PDCA ...

Utilização dos serviços

autor, 2015).

A tabela acima

produtos/serviços de vigilâ

fidelidade, o que mostra q

atingidas.

Entretanto, é

parcela de clientes que ut

minoria, representam um

corretamente atingida.

Utilização dos

iços de outras empresas de vigilância –

acima mostra que a maioria dos clientes

vigilância de outras empresas, revelando um

stra que as expectativas da maioria dos clien

to, é importante verificar o motivo pelo qu

que utilizam outros serviços de vigilância, que

m uma fatia importante do mercado que

10%

90%

o dos serviços de outras empresas de vigilânc

103

– (Elaborado pelo

entes não utiliza os

do um bom nível de

clientes estão sendo

elo qual existe uma

a, que embora sejam

que ainda não foi

gilância

Sim

Não

Page 104: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO … · de certificação) que os ... minado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido ... 3.6.1 – Ciclo PDCA ...

Qual motivo levou a ser

2015).

Analisando a t

amostragem, que o item q

serviço com 30%, o qu

prestação de serviços em

encontram fatores como o

no item da prestação de

sendo praticado de forma

Outro item votado que

decisivo no momento em

empresa de vigilância,

concorrentes e em algum

benefícios para um desem

25%

30%

a ser cliente da empresa ZRQYW? – (Elabo

o a tabela acima, é possível observar de

item que recebe maior classificação é a qualid

o que é considerado um fator positivo, p

os em si é a atividade principal da empresa,

omo o atendimento, que é um fator que intera

o de serviços, mostrando que o atendimento

orma eficaz.

que merece atenção é o preço com 15%,

to em que o cliente vai levar um produto/s

a, pois é notável que a qualidade ex

algumas ocasiões é preciso algum fator qu

esempate.

15%

10%0%

15%

25%

5%

Indicação

Amizade

Localizaçã

Preço

Atendime

Qualidadserviço

Outros

104

Elaborado pelo autor,

r de acordo com a

qualidade no produto/

vo, pelo fato que a

resa, logo abaixo se

interage diretamente

mento ao cliente vem

15%, que também é

duto/serviço em uma

e exista em vários

tor que possa trazer

icação

izade

calização

ndimento

alidade do produto / viço

Page 105: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO … · de certificação) que os ... minado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido ... 3.6.1 – Ciclo PDCA ...

O item não vo

pois a falta de votação po

mostrando que um trabalh

crítico para o sucesso da e

Preço: Atribua uma no

(Elaborado pelo autor, 201

No item preço,

máxima para esse eleme

preço baixo, significa ter

oferecidos, o que não é po

55%

Preço: Atribu

ão votado, também merece atenção por par

ão pode ser interpretada como um déficit nes

trabalho focado na melhoria dos mesmos, po

o da empresa.

a nota de 5 a 10, para a relação custo

r, 2015).

preço, as notas foram boas, a maioria ofer

elemento, mas é notável que muitas vezes

a ter que baixar também o nível de qualidad

o é positivo para a empresa e menos ainda pa

0%

5% 5%

15%

20%

tribua uma nota de 5 a 10, para a relação custobenefício

105

r parte da empresa,

cit nesses elementos,

s, pode ser um fator

custo x benefício –

ofereceu uma nota

ezes em manter um

alidade dos produtos

da para o cliente.

custo x

5 - Horrível

6 - Ruim

7 - Regular

8 - Bom

9 - Ótimo

10 - Excelente

Page 106: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO … · de certificação) que os ... minado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido ... 3.6.1 – Ciclo PDCA ...

Confiança nos profission

Conforme os

inspiram confiança nos cli

profissionais, que por su

clientes.

Conf

issionais da empresa – (Elaborado pelo auto

os entrevistados, a empresa possui pr

os clientes, que depositam sua segurança na

por sua vez executam serviços de qualida

95%

5%

Confiança nos profissionais da empresa

106

o autor, 2015).

ui profissionais que

nça nas mãos destes

ualidade para estes

Confio

Não confio