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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PLANEJAMENTO FINANCEIRO NAS ETAPAS DA VIDA
Por: Estela Estéfani da Silva Santos
Orientador
Profª. Ana Claudia Morissy
Rio de Janeiro
2014
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PLANEJAMENTO FIANCEIRO NAS ETAPAS DA VIDA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Corporativa e
Finanças.
Por: . Estela Estéfani da Silva Santos
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter
me proporcionado saúde, força e
entendimento para suportar todas as
dificuldades, a todas as pessoas que
me ajudaram a completar mais uma
etapa em minha vida e aos meus pais,
pelo amor, incentivo е apoio
incondicional.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta pesquisa a minha mãe e ao
meu pai que são a razão da minha
persistência na busca constante de
conhecimentos.
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RESUMO
O fator consumismo aliado com a globalização surge promovendo a
circulação de produtos, imagens e idéias interferindo assim no comportamento
dos consumidores, levando-os a gastar sempre mais. A principal ferramenta
sendo usada é a mídia que tem influenciado as crianças, adolescentes, jovens,
adultos e idosos tornando-os consumistas. O objetivo deste estudo é
apresentar os interesses de consumismo em cada fase da vida, como também
o que é possível aprender como uso de instrumentos e estratégias para
construir uma vida financeira equilibrada. E constatar que o planejamento
financeiro gerado em uma educação financeira pode ser aplicada desde da
infância.
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METODOLOGIA
O estudo foi organizado através de levantamento de dados secundários,
experiências próprias e caracteriza-se como exploratório, relacionando cada
fase da vida (criança, adolescentes, jovens, adultos e idosos) com um modo de
planejar a vida financeira em suas respectivas fases.
Para tratar especificamente das causas do consumo, os produtos mais
consumidos em cada geração e do planejamento financeiro foi realizada
pesquisa as obras dentre os quais, incluem Cerbasi (2006/ 2009), Frankenberg
(1999) e Tolotti (2007) e também em materiais disponíveis na rede eletrônica,
entrevistas, jornais e artigos científicos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Consumo entre as gerações 10
CAPÍTULO II - Planejamento Financeiro / Educação Financeira 18
CAPÍTULO III – Em prática nas etapas da vida 25
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
ÍNDICE 44
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INTRODUÇÃO
O atual crescimento consumismo no Brasil e no mundo vem
ultrapassando gerações. Observando os exemplos da vida e a oportunidade
de me especializar em finanças, percebi o quanto as pessoas têm se
endividando por se tornarem consumidores excessivos. Mas de onde vem
tanto estimulo a comprar? Isso é algo que tem afetado somente os
adolescentes? Os adultos? Através deste venho mostrar que o consumismo
se tornou a epidemia do momento, pois a partir da infância a criança começa
compreende para que serve o dinheiro elas já influenciam na economia e
lucros do seu país e vem percorrendo a sua vida na adolescência, na fase
adulta até a chegada de sua aposentadoria com os mesmos hábitos e
comportamentos constante. Se desde cedo não reconhecem a importância
do dinheiro para a vida futura tornam-se a maioria maus sucedidos
financeiramente entrando no rol dos endividados e não usam da melhor forma
as suas finanças para realizar objetivos, sonhos que precisa de curto, médio ou
longo prazo para se concretizarem.
Quando não se tem uma organização com o dinheiro, não sabe
planejar e lidar com ele, as pessoas vão sendo influenciadas e levadas ao
consumismo.
Para se ter uma vida financeira organizada e planejada é necessário
tempo possui informações para alcançar a estabilidade financeira em curto,
médio ou longo prazo, pois o planejamento financeiro exige objetivos
determinados, perseverança e trabalho constante, há variáveis maneiras de
se tornar próspero e em cada fase da vida é possível de acordo que
amadurece, que com objetivo mostrar a proporção e motivos em que ocorrem
o consumismo, o que tem influenciado a cada fase da vida e que
produtos/serviços tem impulsionado a gastar (não se preocupando com um
futuro de patrimônio financeiro);
Orientações de como educar as crianças para se tornarem adultos
independentes financeiramente, aos jovens da importância de atitudes e
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decisões que levem a uma vida próspera; aos adultos o modo de planejar e
agir na hora de comprar para utilizar seu dinheiro da mesma forma possível e
assim adquirindo bens e estabilidade financeira e dos aposentados como
usufluir da melhor forma a sua aposentadoria e até aumentar a sua renda.
Não importa a idade para uma boa vida financeira é necessário
mudança e não existe o depois, deve acontecer o quanto antes.
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CAPÍTULO I
O CONSUMO ENTRE AS GERAÇÕES
MOTIVOS E CAUSAS
Atualmente é visto não só no Brasil, mas em todo o mundo
(países desenvolvidos ou subdesenvolvidos) a prática entre as pessoas da
ostentação, ou seja, um excesso no consumo. Nos dias de hoje a oferta de
bens e consumos são bem mais acessíveis de modo que as pessoas estão
com maior facilidade de suprir as suas necessidades. Conforme Cerbasi
(2009) tudo que você compra ou consome decorre de sua vontade de
consumo.
Para ser ter a compra e consumir o desejado, na maioria das
vezes, é preciso do dinheiro, como segundo Tolotti (2007, p.13): “O dinheiro, é
um intermediário, é uma espécie de objeto que permite ao homem vivenciar
diversas emoções e experiências. Poderá ser utilizado para criar, inventar,
viver bem ou mal, depende da escolha que cada um fizer em relação a ele.”
Com tantas vantagens que o dinheiro proporciona, homens e mulheres têm
dedicado seu próprio tempo e esforço para gastar e acumular dinheiro.
No ato de escolher algo a consumir e adquiri-lo para si, envolve vários
aspectos internos e externos de uma pessoa: “ Somos demasiadamente
dependentes de fatores fisiológicos e psicológicos.” Frankenberg (1999, p.34),
ou seja, é envolvido as áreas cognitivas, financeiras e afetivas.
Tolotti (2007) afirma que comprar é uma arte que pode ser apreciada.
Mas pode se transformar em um veneno, se for tomado como remédio contra a
insatisfação, depressão, baixa estima e angústia.
O consumo não tem tido restrição de idade, tem atingido as crianças,
adolescentes, jovens, adultos e idosos. Como sintetiza Tolotti (2007, p.27) diz:
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“ O problema não está no consumo que facilita a vida de
muitas pessoas dando oportunidade aos mais variados
ganhos. O problema está no excesso, e quando o limite
do consumo é ultrapassado, as perdas são muitas, indo
do endividamento ao sofrimento desmedido. ”
Segundo Frankenberg (1999, p.235) O curioso é que muitas pessoas
hoje que vivem um estilo de vida de compras e consumo podem ser chamadas
de pródiga, ou seja, uma pessoa é chamada pródiga quando é extremamente
esbanjadora ou consumidora.
1.1 – O consumo e a influência da sociedade.
A sociedade, através da maciça propaganda, tem levado a maioria das
pessoas a se submeter em viver de aparência e consumo.
Observa-se isso Frankenberg (1999), que afirmar que somos o produto
do meio em que vivemos. Logo, a sociedade que nos cerca, a mídia (TV,
Rádio, jornais e internet), a escola e a universidade também exercem uma
fortíssima influência sobre o nosso comportamento financeiro. Esses são uns
dos motivos que levam as pessoas a buscar suprir algo que falta gastando
dinheiro realizando os seus desejos matérias, pois como diz a Tolotti (2007,
p.24): “... muitas mensagens veiculadas pela mídia são transformadas em
valores e princípios a serem seguidos.”
Obter o controle dos próprios ganhos é uma grande dificuldade para a
maioria das pessoas. A sociedade tem pressionado de várias formas, de modo
que as pessoas não têm conseguido resistir-las.
Conforme Frankenberg (1999), nenhum desses meios de informação
deve ser adotada como única fonte ou base para determinar a forma de pensar
ou de aplicar suas reservas e fazer seus investimentos.
Segundo Tolotti (2007, p.26) Inúmeras pessoas acreditam que o mais
importante é ter e não ser, sendo influenciado pela sociedade. Em virtude
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disso muitas pessoas assumem uma posição que não pode sustentar,
interpretam papéis para serem aceitas na sociedade e, como estão “parecendo
ter” mas na realidade não têm, acabam entrando no circuito do endividamento.
Elevar o status de uma pessoa, com a obtenção de bens e serviços, tem sido
uma das principais causas do endividamento e tem se tornado uma doença
moderna e coletiva. Ocorre isso por falta ou carência de bens materiais que
tem demonstrado um auto desprezo e uma prova de inferioridade por si
mesmo.
Em Cerbasi (2009) tendemos a acreditar que os gastos burocráticos têm
um grau de importância maior do que os demais gastos que seriam
classificados como básicos. Em razão dessa crença, esforçamo-nos para ter
os melhores gastos burocráticos que nosso orçamento pode comportar,
deixando, involuntariamente, para segundo plano os itens que mais contribuem
para o sentimento de realização e felicidade. Só passamos então a entender o
porquê de muitas famílias terem dificuldades em honrar seus compromissos.
1.2 – O consumo entre as crianças e adolescentes
Desde o momento em que a criança sabe que através de uma espécie de papel/metal dá para se obter uma troca de algo que deseja, ela tem
suas primeiras experiências com o dinheiro.
As crianças estão sabendo escolher o que os pais devem
comprar para eles, pois a cada dia os pequenos consumidores estão cada vez
mais exigentes. A oferta nunca foi tão grande e as crianças e jovens nunca
foram tão bem informados quanto aos novos lançamentos e tendências da
indústria de brinquedos, roupas, tênis e afins.
Segundo Cerbasi (2006, p.20):
“ Na cabeça das crianças, o trabalho que afasta seus
pais de seu convívio é o preço a pagar para ter muito
dinheiro e poder comprar muitas coisas.”
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Isto tem ocorrido, devido à troca da ausência dos pais, que estão em
busca de uma vida melhor, pela compra do que os filhos querem para diminuir
a culpa de suas ausências.
Conforme o Portal Equipe Akatu (2007), o mercado de produtos
infanto-juvenis não pára de crescer, acompanhando e estimulando o aumento
do poder dos filhos para influenciar os pais na hora da compra. Segundo o
último censo do IBGE, 28% do total da população brasileira têm menos de 14
anos. São 35 milhões de crianças até dez anos de idade (22% da população),
alimentando um mercado que já movimenta cerca de 50 bilhões de reais,
segundo informações do Instituto Alana, de São Paulo.
De acordo com a pesquisa IBGE – InterScience, 2003, as crianças
influenciam 80% das compras totais, em casa. E a quantidade de propaganda
na TV parece ter tudo a ver com isso. A propaganda surte efeito também
porque a presença da televisão no cotidiano das crianças brasileiras é muito
grande. De acordo com os dados do Painel Nacional de Televisão do Ibope, as
crianças brasileiras de 4 a 11 anos assistiram quase 5 horas de televisão
(4h51min19s) por dia em 2005, número que colocou o Brasil em primeiro lugar
na quantidade de tempo que as crianças ficam diante do aparelho no mundo,
batendo até mesmo os Estados Unidos. Para se ter uma idéia da abrangência
do tema no mundo, países como Suécia e Noruega e a província canadense
do Quebec proíbem completamente a publicidade voltada à criança e a Grécia
veta o anúncio de brinquedos, ainda que seja veiculado em programas adultos.
Segundo o jornal Folha.com (2006) Ela é a que mais sofre os sintomas
negativos da globalização, sente-se mais insegura e, principalmente,
preocupa-se mais em participar do mundo globalizado e corresponder às
expectativas dos pais. Esta pesquisa afirma, mais uma vez, que as nossas
crianças são as que mais assistem televisão no mundo.
A Souza (2012), em sua tese, relata que a escritora americana Juliet,
Schor, em seu livro “Born to buy” (“Nascido para comprar”), no qual não tive a
oportunidade de ler, obteve com conhecimento por outros autores, que:
- As crianças passaram a gastar mais tempo com as compras e
reduziram o tempo de atividades como brincar, ver televisão e conversar com
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os pais. O tempo dedicado pelas crianças às compras era de 1 hora e 52
minutos, em 1981, e elevou-se para 2 horas e 53 minutos, em 1997. (Apud
Freitas);
- Nunca se vendeu tanto para crianças de 4 a 12 anos, e elas
passaram a ditar regras e a influenciar diretamente suas compras e até as da
família. Transformaram-se num dos elos mais importantes estabelecidos entre
o mercado e os lares: 40% das crianças urbanas identificam-se com marcas de
carros e pelo menos 30% dos pais consultam os filhos antes de optar por um
novo automóvel. Influenciam adultos na compra de eletrônicos e carros e na
escolha de hotéis. (Apud Freitas);
- A propensão das crianças ao consumo não tem limites. Para se ter
uma idéia uma criança de 1 ano e 6 meses já identifica logotipos e antes de
completar 2 anos sabe pedir presentes pela marca .(Apud Nicário);
- Aos 10 anos, os pré-adolescentes têm de 300 a 400 marcas na
memória e consome uma quantidade sem precedentes de produtos. Por este
fato, os publicitários direcionam-se à crianças e jovens para chegar o bolso dos
pais. (Apud Nicácio).
Como sintetiza Tolotti (2007, p.60), é importante que a criança tenha
desejos. O que ela não sabe é que o desejo não está sendo real e sim foi
implantada nela. A propaganda tem transformado produtos supérfluos em
necessidades e com isso, para a criança, aquilo se torna urgente em sua vida.
Uma criança, por exemplo, ao ver seu colega de escola com o boneco
inspirado no personagem do último desenho da moda, pede um igual aos pais.
Caso ouça “não” como resposta, mostrará instantaneamente sua intolerância à
frustração, sentir-se-á prejudicado e reivindicará tal objeto. Essa criança se
coloca, ao mesmo tempo, em posição de desejo e de recusa: quer o objeto e
não aceita sua ausência . É como se a satisfação não pudesse ser recusada
e tivesse de ser prontamente atendida. Caso os pais sempre atendam a esse
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tipo de pedido, como ficará a relação com a falta? Quer dizer, como a criança
irá encarar situações mais adiante na vida, quando for frustrada ou privada de
algo?
1.3 – O consumo entre os jovens.
Na juventude rumo a fase adulta, os jovens tem uma intensa
necessidade de ser aceito em um grupo social do qual há desejo de fazer
parte. Por esse motivo entre vários outros fatores, os jovens tem comprado
cada vez mais em busca de se definir quem ele é dentro da sociedade.
Conforme a revista virtual Veja (2003), o desejo e a vontade de ter
aquilo que se quer, possui um fator agravante na vida dos “jovens
consumidores”, que reparam mais no que os outros estão a usar. Segundo
uma pesquisa realizada pela organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (Unesco), 70% dos jovens da América Latina
interessam-se por compras, enquanto nos Estados Unidos o percentual é de
apenas 33%.( Site: Consumismo Weebly) .Isto demonstra que o consumo
entre os jovens tem por finalidade a busca pela auto-afirmação.
Outra pesquisa, feita pelo Instituto Ipsos-Marplan, constatou que 37%
dos jovens fazem compras em shoppings, contra 33% dos adultos. Nem
sempre os mais novos adquirem produtos mais caros, mas,
proporcionalmente, têm maior afinidade com as vitrines. A lista de vantagens
dos adolescentes sobre outros públicos é de tirar o fôlego: eles vão mais vezes
ao cinema, viajam com maior freqüência, compram mais tênis, gostam mais de
roupas de grife – mais caras que as similares sem marca famosa –, consomem
mais produtos diet, têm mais computadores, assistem a mais DVDs e vídeos e,
só para terminar, são mais vorazes na hora de abocanhar balas, chicletes e
lanches. Não é à toa que a falência antes do fim do mês é maior entre os
jovens: invariavelmente atinge quase a metade deles, que estoura a mesada
ou o salário.
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Como diz Cerbani (2006), “ Eles agem apenas por intuição. Isso faz
com que a maioria dos jovens sintam-se desorientados quanto ao uso de
mesadas, poupanças e presentes.”
1.4 – O consumo entre os adultos.
Baseado no que Frankenberg (1999) diz, na vida adulta, mudamos
conscientemente nosso ponto de vista. Situações novas, colegas de trabalho,
certas encruzilhadas da vida profissional, podem alterar nossa maneira de ver
o mundo das finanças em geral e dos nossos conceitos em particular.
Normalmente entre os adultos, os conhecimentos financeiros são
sempre escassos na hora de fazer escolhas simples sobre a forma de
pagamento, sobre os juros embutidos nas compras a prazo ou sobre como e
quando utilizar o cheque especial.
Em entrevista ao Jornal Estado de São Paulo (2014), a economista
Luiza Rodrigues diz: "O consumidor adulto se mostra muito pouco preparado
em relação às finanças pessoais", afirma Luiza. A economista ressalta que há
uma relação direta entre saldo negativo na conta corrente e o baixo
conhecimento financeiro. Quase 70% daqueles que têm baixo ou nenhum
conhecimento sobre as finanças pessoais terminam o mês no vermelho ou no
zero a zero na sua conta corrente. Esse resultado recua para 29% para
aqueles que acompanham as suas receitas e despesas.
Segundo a Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil)
relata que com o estudo realizado pelo Instituto Data Popular, em 2008, na
ocasião do desenvolvimento da Estratégia Nacional de Educação Financeira,
apontou alguns números que chamaram a atenção: o aumento da participação
do consumo nos gastos dos brasileiros passou de 74,59% para 82,41%,
entre 1974/1975 e 2002/2003, enquanto seguia na direção oposta o total
destinado a investimentos, de 16,50% para 4,76%. Quanto à organização
financeira doméstica das famílias brasileiras, os números revelaram que 36%
dos pesquisados declararam ter perfil de tipo “gastador”; 54% não conseguiram
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honrar suas dívidas pelo menos uma vez na vida; e apenas 31% poupam
regularmente para a aposentadoria. Os fatos e os números revelam, por fim,
que se faz necessário oferecer ao público adulto um conjunto amplo de
orientações sobre atitudes e comportamentos adequados ao planejamento e
ao uso dos recursos financeiros, com o objetivo de levá-lo a planejar melhor
sua vida e seu futuro, proporcionando-lhe melhores condições para o alcance
de suas metas e sonhos e informando-o do direito que tem de conhecer o que
vai comprar.
1.5 – O consumo entre os idosos (aposentados).
Em entrevista para o jornal virtual UOL (2012) a professora de
Geografia Iná Elias de Castro, afirma que “ Geralmente as pessoas após a
aposentadoria tem a tendência a mudar os seus gastos. Pesquisas mostram
que "existe no Brasil uma melhoria da qualidade de vida, há mais assistência
médica e remédios, a alimentação está melhor e as pessoas fazem mais
atividades físicas. Isso contribui para uma população mais idosa. Ao mesmo
tempo, há uma redução da natalidade. "
Isso indica que os idosos têm consumido, fazendo gastos, em prol ao
seu bem estar e no objetivo de ter mais durabilidade de vida.
Segundo AEF-Brasil os dados do IBGE de 2000 e 2010 apontam que a
população de idosos duplicará nos próximos 25 anos, alcançando cerca de 32
milhões de brasileiros. Dados da Previdência Social de 2012 apontam o
pagamento de 16,407 milhões de aposentadorias previdenciárias no valor
médio de R$ 843,11. A maior parte, (69,8%) – incluídos os assistenciais – tinha
valor de até um salário mínimo, contingente de 20,6 milhões de benefícios.
Com base nos dados de 2010 do INSS (Instituto Nacional de
Seguridade Social), essa população é uma grande tomadora de crédito,
levando-a em alguns casos ao superendividamento, o que agrava sua situação
por ser nesta fase o momento em que esta população tende a precisar de
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remédios e atendimentos especiais de saúde cada vez mais ao longo dos
anos. (AEF – Brasil)
CAPÍTULO II
PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL /
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
Segundo Frankenberg (1999, p.31) “Planejamento financeiro pessoal
significa estabelecer e seguir uma estratégia precisa, deliberada e dirigida para
a acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa e
de sua família. Essa estratégia pode estar voltada para curto, médio ou longo
prazos, e não é fácil atingi-la.”
No site da Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF (2010)
o Plano Diretor diz que “A educação financeira sempre foi importante para
auxiliar as pessoas a planejar e gerir sua renda, poupar, investir e garantir uma
vida financeira tranqüila. Nos últimos anos, sua relevância cresce em
decorrência do desenvolvimento dos mercados financeiro e da inclusão
bancária, bem como das mudanças demográficas, econômicas e políticas.”
Conforme Tolotti (2007), educação financeira é uma necessidade,
e por não e tratar apenas de formalidade teórica, o modo como cada um utiliza
o próprio conhecimento financeiro pode ser comparado a um método.
Inúmeras pessoas não sabem que possuem um sistema que organiza suas
finanças. Quanto mais puderem reconhecer o método que aplicam, ou seja,
quanto mais consciente for para cada um, maior será chance de modificar ou
aprimorar o procedimento utilizado. Todos possuem um método, ou seja, um
conjunto de regras e princípios que regulam suas atitudes. Em relação às
finanças, o método utilizado pode ser eficaz ou não.
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2.1 – Objetivo de Planejar
Cerbasi (2009) diz que a essência do planejar envolve desejar algo,
estudar os caminhos para viabilizar seu desejo, escolher o melhor caminho e
agir, ou seja, percorrer um caminho parecido com o que foi planejado. A ação
sem planejamento pode levá-lo a dar mais voltas do que você gostaria.
Contudo, desejo, mais planejamento e mais ação inevitavelmente o
aproximação de seus objetivos. Querer, portanto, é o primeiro passo para
poder. Pois, tudo que você compra ou consome decorre de sua vontade de
consumo. Definir exatamente essas metas de consumo, o prazo em que irá
realizá-las e o custo, em consenso com sua família, é fundamental para
consegui-las em menos tempo e com menos dinheiro. Através da criação do
hábito de pesquisar favorece escolher a loja que lhe ofereça a melhor relação
custo-benefício em suas compras.
Para Frankenberg (1999), o objetivo supremo é a completa
tranqüilidade econômico-financeira. “ Tranqüilidade econômico-financeira” é a
expressão bastante subjetiva, que traduz o estado de satisfação de uma
pessoa ao alcançar um objetivo por ela mesma definido como o montante
suficiente para manter um determinado padrão de vida.”
Ainda conforme Frankenberg (1999) em relação às finanças, isso
significa dar mais valor ao dinheiro ganho com tanto esforço, jamais aceitar
preços exorbitantes, pechinchar, reclamar de erros cometidos, contestar, etc.
A escolha do estilo de vida que pretende manter será fundamental
para determinar se você será bem sucedido financeiramente ou não.
A probabilidade de alcançar a tranqüilidade financeira será maior para
as pessoas que pensam no assunto de maneira consciente e contínua e,
simultaneamente, dirigem sua vida para o objetivo de ficar ricas.
Como sintetiza Cerbasi (2009) a maior necessidade reside em escolher
um padrão de vida compatível com o equilíbrio e em encontrar formas de
satisfazer-se nesse padrão de vida. Muitos, entretanto, preferem ver sua
felicidade naquilo que ainda não possuem, e fazem de sua vida uma eterna
busca que resulta em problemas.
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Frankenberg (1999) diz que cada pessoa pode se desenvolver
aprender e mudar suas idéias ao longo dos anos.
2.2 – Conscientização
Frankenberg (1999) afirma que a conscientização do que se deseja
implica determinação. Determinação é a ante-sala do sucesso.
E ainda conforme o autor:
“ O sucesso financeiro está diretamente ligado ao prazer
com que se executa o trabalho. Quanto mais cedo uma
pessoa começar a planejar sua vida e a colocar de lado,
periodicamente, um certo valor, aplicando-se de forma
inteligente, menos esforço terá que fazer para alcançar
um futuro financeiro tranqüilo.” (Frankenberg ,1999, p. 84)
Pode-se constatar em Tolotti (2007) que toda escolha financeira possui
uma vontade consciente e uma motivação inconsciente. Quanto menores
forem os problemas financeiros, mais tempo e energia restará para que
possam resolver as dificuldades afetivas. Uma boa gestão financeira
proporciona uma base sólida e um rumo certo. A realidade atual tem convivido
com uma geração de adolescentes e jovens com sérias dificuldades de
planejamento. Muitas dívidas são frutos de incertezas e inquietações.
Portanto, o consumo, quando controlado, é benéfico para todos.
Cerbasi (2009, p. 25) acrescenta que alcançar e manter o equilíbrio
orçamentário mês a mês é fundamental para viabilizar a realização de seus
sonhos, já que os sonhos têm custo.
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2.3 – Instruções/ Métodos
Tolloti (2007) afirma que ninguém conseguira ter equilíbrio financeiro
se não souber algumas técnicas de economia.
De acordo com Frankenberg (1999, p.40), são quatro os princípios
fundamentais que tentamos difundir a respeito de um planejamento financeiro
sadio:
- Quem guarda tem É imprescindível reservar sistematicamente uma
parcela de suas receitas para formar os investimentos que irão representar sua
segurança e trazer a tranqüilidade financeira almejada em momentos de
dificuldade.
- Comece ontem: Se começar a se ocupar da diversificação de suas
fontes de renda imediatamente, enquanto estiver em plena posse de sua
capacidade de trabalho e de seu vigor físico e intelectual, chegará à velhice
sem depender de filhos, amigo, familiares ou de Previdência Social
insuficiente.
- Olhe para depois de amanhã: Uma linha planificada de investimentos,
contemplando o médio e o longo prazos, estimula e favorece o crescimento
patrimonial para a vida toda.
- Dê sentido a sua poupança: Faça o planejamento de suas aplicações
e investimentos em função desses ideais. Não busque as soluções
simplesmente imitando o estilo de vida de outras pessoas.
Conforme Cerbasi (2009), o estado das finanças pessoais e familiares
deveria ser periodicamente analisado com muito cuidado por meio de
levantamentos nos quais os totais das receitas e despesas fossem incluídos
para ver se não está exagerando em seus gastos ou endividamento.
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2.4 – Critérios
Há critérios que pode servir como base, caso não tenha uma noção do
quanto poupar para alcançar uma tranquilidade financeira.
Observa-se isso em Frankenberg (1999) havendo alguns critérios
puramente teóricos que pode se levar em consideração:
- Para pessoas solteiras, no começo de suas vidas profissionais: 5% a
10% do rendimento líquido.
- Para pessoas casadas e sem filhos, no começo de suas carreiras: 5%
a 15% do rendimento líquido.
- Para pessoas casadas com filhos menores, mas financeiramente
estáveis: 10% do rendimento líquido.
- Para pessoas casadas com filhos em fase da vida com elevados
custos: 5% do rendimento líquido.
- Para lares em que duas pessoas têm ganhos, com ou sem filhos:
10% a 15% do rendimento líquido de ambos.
- Para pessoas maduras, com filhos já encaminhados na vida: 15% a
20% do rendimento líquido.
Cerbasi (2009, p.17) acrescenta que existem várias teorias para
estimar o Patrimônio Ideal (PI) para cada momento de nossa vida. Uma das
teorias mais simples e utilizadas entre consultores financeiros mundo afora é a
que sugere que, para estarmos no caminho certo de formação patrimonial,
devemos ter acumulados 10% de nosso gasto familiar anual para cada ano de
vida. Menos de 5% das pessoas conseguem manter sua situação financeira
dentro das recomendações de equilíbrio.
2.5 – Desestruturação Financeira
Tolloti (2007) diz que muitos adultos, jovens, idosos e até crianças têm
entrado nesse ciclo, sem encontrar dispositivos suficientes para romper com o
encarceramento do reino das dívidas.
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De acordo com Frankenberg (1999) as causas que levam as pessoas a
terem uma vida financeira completamente desestruturada são muitas e
certamente diversas delas caberiam melhor num compêndio de psicologia.
Enumero apenas algumas, deixando para os profissionais da área (psicólogos
e psiquiatras) as análises e interpretações mais técnicas:
- Pais ou responsáveis criaram fortes influências em nossa infância,
que num determinado momento se manifestam.
- Maneira de enxergar a vida em que o imediatismo predomina sobre
médio e longo prazos.
- Conceitos errados adquiridos durante o longo período de inflação,
que podiam ser corretos naquele período, mas agora devem ser descartados.
- Personalidade em que domina o próprio conforto e interesse
egoístas.
- Pressão exercida pelo mundo mercadológico em favor do
consumismo.
- Ter grande dificuldade em dizer “não” às pessoas que desejam nos
vender ou impor alguma mercadoria ou serviço.
- A vontade própria e as aspirações são dominadas por terceiros
(familiares e estranhos).
Uma pessoa que não possui objetivos definidos e não os mantém
constantemente em mente, mas, ao contrário, sempre altera a direção, acaba
não chegando a parte alguma. É como ficar rodando em círculos.
(Frankenberg 1999)
Já Cerbasi (2009) No caso, os problemas são dividas intermináveis e, muitas vezes, impagáveis.
- Ter dívidas não planejadas significa que você gasta mais do que
ganha, e também que você está dando um passo atrás na construção de sua riqueza, gastando sua renda com juros, e não com consumo ou investimentos.
- Uma vida financeira repleta de dividas faz com que você conquiste
muito menos sonhos do que conquistaria com planejamento e disciplina. - É importante perceber que os ganhos que você tem hoje devem ser
suficientes para mantê-lo tanto durante o mês atual quanto durante sua vida
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após a aposentadoria. Por isso, é essencial, para sua sobrevivência, que ao menos pequena parte de seus ganhos mensais seja poupada para o futuro.
2.6 – Os Investimentos dos Brasileiros
Conforme a Revista UOL (2012), a poupança e a conta corrente são,
disparados, os investimentos preferidos pelos brasileiros. A Bolsa, no entanto,
ainda assusta: apenas 1% da população investe em ações. Os principais
motivos: desconhecimento, a falta de dinheiro, baixa renda, medo do risco.
Segundo a pesquisa, 43,5% dos entrevistados disseram não investir
em ações por não ter conhecimento suficiente. Para 21,3% das pessoas, o fato
de não sobrar dinheiro no fim do mês é o principal motivo. E quase 12% dos
entrevistados vêem a Bolsa como investimento "para ricos", respondendo que
não investem porque têm "renda muito baixa".
"A maioria das pessoas nem considera investir em ações porque tem
preocupações financeiras mais urgentes, de sobrevivência", afirmou
Rosenfield.
Mais da metade não tem 'sobra' no fim do mês
O tamanho da renda é fundamental para determinar as decisões sobre
investimento.
INVESTIMENTOS PREFERIDOS*
44,4% Poupança 37% Conta corrente 3,7% Imóveis 3,3% Títulos de capitalização 1% Ações 0,8% CDBs 0,6% Fundos de renda fixa 0,6% Fundos DI 0,6% Ouro 40,8% Não faz investimentos
A pesquisa permitia escolher mais de uma opção para esta pergunta Fonte: UOL - 2012
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Questionados sobre o destino dado ao dinheiro que sobra no fim do
mês, mais da metade dos entrevistados (53,4%) afirmaram que não há
excedentes.
Pode se constatar na reportagem da UOL (2012) que entre os jovens
ouvidos, no entanto, a perspectiva é mais animadora: 36,9% já guardam
dinheiro com algum objetivo definido.
CAPÍTULO III
EM PRÁTICA NAS ETAPAS DA VIDA
Frankenberg (1999) diz que passamos por seis estágios de tempo para
efeitos de acumulação de patrimônio e recursos financeiros:
- Período de crescimento e formação intelectual e profissional
Este período vai do nascimento até o fim da formação escolar ou
universidade, ou seja, o momento em que a pessoa entra no mercado de
trabalho. Esta fase vai até por volta dos 23 ou 25 anos. É um período que a
pessoa deveria – idealmente ao menos – passar se grandes preocupações
com as necessidades básicas de sobrevivência, de modo a poder canalizar
toda a energia ao seu desenvolvimento físico, intelectual e moral para a vida e
para o aprimoramento profissional.
- Período de iniciação e experimentação profissional
Este fase, que vai do fim da formação educacional/ profissional até por
volta dos 30 anos, é caracterizada pela experimentação do jovem no mercado.
Ainda cheio de dúvidas e incertezas, ele pode trocar muitas vezes de emprego,
até se encontrar.
- Primeiro subperíodo de capacitação profissional plena
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Por volta dos 30 anos, o jovem adulto já tenha se especializado de
alguma forma e saiba perfeitamente o que quer da vida. Começa a contagem
regressiva: a partir desse momento, a expectativa média de 32 a 38 anos para
a acumulação do patrimônio financeiro e imobiliário.
- Segundo subperíodo de capacitação profissional plena
Esta fase vai doa 48 / 43 até 50 / 55 anos, sendo bastante semelhante
ao primeiro subperíodo. Com a diferença de que, agora, a pessoa tem muito
maior experiência profissional e de vida. Caso ela não tenha dado início ao
processo de acumulação de um patrimônio, disporá de menos tempo para
alcançar esse objetivo. Isso significa que o indivíduo terá que esforça-se muito
mais do que se tivesse começado no primeiro subperíodo.
- Subperíodo de estabilização profissional plena
Este terceiro subperíodo provavelmente é o último estágio da vida
profissional do indivíduo, cobrindo dos 50 / 55 aos 60 / 65 anos, idade em
que,em geral, ele está plenamente estabilizado e talvez já comece a pensar na
aposentadoria. Caso queira acumular patrimônio, restará pouco tempo e é
certo que seus objetivos terão de ser adaptados ao tempo que falta para a
aposentadoria. Por isso mesmo, torna-se de suma importância, e até
premente, dedicar este período à preparação para a vida depois da
aposentadoria, para não ser surpreendido tardiamente por seus efeitos
negativos.
- Período de usufruto
Esta fase caracteriza-se pela possibilidade de poder aposentar-se – um
processo em que geral se inicia a partir dos 60 anos. Cada pessoa encara
diferentemente este período de vida. Uns não pensam em parar de trabalhar,
quanto outros querem usufruir da aposentadoria. Na atualidade, pode-se
ultrapassar facilmente os 75 anos e chegar aos 80 ou até aos 90 anos de
idade. Ou seja, o período de inatividade, hoje, pode ser mais longo do que o de
formação. Portanto, é preciso dispor de patrimônio e recursos financeiros para
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se sustentar com qualidade de vida por um período tão longo. Assim, cabe a
cada um preparar o complemento financeiro indispensável, usando os recursos
da previdência complementar privada fechada ou aberta e ainda formando
recursos próprios voluntários. No meu entender, esse é um dever do indivíduo
para consigo mesmo.
3.1 – DESDE JÁ! A PARTIR DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Para se tratar de questão financeira, desde cedo as crianças e
adolescentes já podem adquirir exemplos, referências e aprendizagem a como
lidar com o dinheiro para que sejam bem sucedidos financeiramente na sua
vida no futuro.
Frankenberg (1999) afirma de que a criança que recebe essas e outras
lições desde cedo dos pais, com muito maior probabilidade se tornará um
cidadão de sucesso, garantindo para si um porvir financeiro melhor.
Conforme Cerbasi (2006) A idéia que se tem de dinheiro na vida adulta
tem a ver com o modelo de dinheiro que tivemos quando criança por isso,
educar uma criança é essencial.
Mesmo que pai e mãe trabalham fora, para o sustento da família, e a
criação dos filhos vão sendo terceirizadas por babás, creches e escolas, os
maiores exemplos e responsáveis pela educação das crianças são os seus
pais.
Segundo Frankenberg (1999, p.317):
“ Um dos desejos dos pais é que seus filhos sejam bem
sucedidos financeiramente alcançando uma
independência financeira quando adulto e nada melhor é
existir pais que estão preocupados e dispostos a educar
seus filhos de modo a reconhecer e respeitar o dinheiro
que é gasto para o sustento familiar e saber fazer o uso
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correto do dinheiro não se tornando um consumidor que
só trabalhe para pagar dívidas.”
Conforme Frankenberg (1999) a relação que os pais possuem com o
dinheiro, tem grande influência nas escolhas dos filhos. Se os pais relacionam
com o dinheiro sem controle, não podem cobrar que seus filhos sejam
diferentes.
As crianças são facilmente influenciadas pelo comportamento dos
adultos e uma facilidade de aprender a conviver com regras, desde que estas
sejam praticadas por todos. Já os adolescentes tendem a se opor aos
exemplos dos adultos, querendo romper com qualquer referência ao mundo
infantil.
Como sintetiza Frankenberg (1999, p.317), importante mesmo é que os
pais estejam imbuídos de vontade de dar aos filhos o máximo que seu dinheiro
permita. Incentivar filhos a serem curiosos e desejarem aprender é a metade
do caminho para que eles se tornam cidadãos bem-sucedidos.
Idade da criança Principais características
comportamentais
Papel dos pais
De 0 a 2 anos de idade Os desejos não estão associados ao dinheiro, mas o interesse pelas atitudes dos pais é intenso e crescente.
Dar o exemplo através de suas atitudes que serão certamente copiadas pelos filhos.
De 3 a 4 anos de idade A realização de desejos é associada ao ato de comprar, que depende essencialmente da vontade e do dinheiro dos pais.
Evitar banalizar o consumo e estabelecer regras para o dinheiro como limites orçamentários e datas para celebrações e presentes.
De 5 a 6 anos de idade Percepção de que é possível interagir com estranhos sem a intervenção de adultos.
Cultivar a independência, permitir aos filhos que interajam com vendedores, manipulem dinheiro em compras pequenas.
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De 7 a 10 anos de idade Percepção de papéis sociais e quantificação de valores, com o aprendizado da matemática.
Conversar sobre dinheiro, trabalho, sustento da família, objetivos dos estudos e escolha da profissão.
De 11 a 14 anos de idade Percepção das responsabilidades e primeiros conflitos típicos da adolescência
Cultivar a liberdade, com a prática da mesada ou da oferta de recursos de uso livre pelos filhos. Incluir os filhos nas tarefas de organização financeira familiar.
Acima de 15 anos de idade
Necessidade de assumir papéis típicos dos adultos.
Conversar sobre temas relacionados a administração pessoal, uso de bancos, incentivos maiores à formação de poupança e desejos versus investimentos necessários.
Quadro 1 - Característica de cada fase Fonte: Cerbasi, 2009, p.41
A tabela acima, Cerbasi (2006) mostra que a cada fase da vida da
criança há mudanças em suas reações, emoções e desejos e cabe aos pais
ensinar os seus filhos a trabalhar com o dinheiro de acordo com a sua idade e
respectivos comportamentos.
3.1.1 – Instrumentos que ajuda a na educação financeira
Para ajudar na prática da criança, existem instrumentos que contribui a
conscientização do dinheiro, controle ao consumo e planejando é possível
atingir a comprar de algo que almeja.
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3.1.1.1 Cofrinho
O uso do cofrinho é um interessante instrumento de educação
financeira. Faz com que crie o hábito de poupar de forma mais divertida e
torna-se algo descontraído entre pais e filhos.
Enquanto muitos adultos ignoram as moedas, para crianças e
adolescentes qualquer moeda é válida para encher o cofre. Conseguir encher
o cofrinho significa para a criança a oportunidade de sonhar com a realização
de conquistas financeiras e de colher os frutos da disciplina cultivada durante
um período de tempo. Que a criança ao valorizar o seu esforço de poupar, veja
que a um benefício em torno disso.
Minha infância foi tão marcada pela prática do uso do cofrinho que faço
questão de mantê-la até hoje. Para poder viajar, minha mãe tinha condições de
pagar a viajem, mas já me comunicava que gastos com lembrancinhas e
coisas do local para uso pessoal eu que deveria juntar dinheiro. Guardava
dinheiro de merenda e o que ganhava, as vezes, do meu pai. Ao abrir o
cofrinho, ver o valor e melhor, comprar sem problemas na viajem tudo que eu
gostaria de comprar, não tinha satisfação melhor! E dependendo de onde,
ainda voltava pra casa com dinheiro. Sensação melhor não tinha, por isso todo
ano: novas metas e conquista financeira a realizar!
3.1.1.2 – Mesada
Mesada é mais um instrumento de educação financeira para que os
filhos aprendam a lidar com dinheiro, passando por um “estágio” em
independência financeira. O valor a ser dado aos filhos deve estar
propriamente relacionado ao padrão de vida da família, portanto tem que haver
uma conversa dos pais com os filhos para a tomada decisão do valor a
receber.
Segundo Cerbasi (2006, p.103):
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“A criança deve entender que o direito de decidir sobre o
dinheiro é um ato de responsabilidade importante e
merecido, ao qual ela fará jus se demonstrar um grau de
amadurecimento compatível com tal responsabilidade.
Qualquer outra interpretação é equivocada, devendo ser
destacada pelos pais para não desviar a ferramenta.”
Ainda conforme o autor, os pais têm que ter em mente que:
- A mesada não deve ser interpretada como recompensa por serviços
prestados;
- A mesada não deve ser usada como instrumento de chantagem por
parte dos pais;
- A mesada não deve ser interpretada como prêmio por boa educação;
- A mesada não deve ser imposta aos filhos;
- O valor da mesada deve ser negociado, e não definido pelos pais.
Frankenberg (1999) acrescenta que uma maneira simples de treinar os
filhos a sempre ter alguma reserva e dar valor ao dinheiro é dar-lhes uma
semanada ou mesada e dizer-lhes que os pais dobrarão o valor no fim do mês
se eles tiverem colocado algo na poupança.
3.2 – JOVENS
Nesta etapa da vida é considerado que com o trabalho e estudo
adquira renda pouco significativa sendo necessário a ajuda dos pais para
pagar as despesas. Mas não se pode deixar de planejar seu futuro financeiro.
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Mesmo havendo muitos gastos com livros, bens pessoas é importante guardar
parte do que se ganha para que seja investido.
Algo importante que o jovem deve ter em mente é objetivos claros a
respeito do dinheiro, se esforçando a guardar o dinheiro, com médio ou longo
prazo, na finalidade de consumir em maior quantidade e melhor qualidade.
Como afirma Frankenberg (1999, p.37):
“É muito melhor refletir sobre o assunto enquanto
você é jovem, sadio e ainda puder escolher se deseja um
futuro de extrema pobreza ou um que lhe assegure
razoáveis recursos financeiros para garantir conforto para
si e seus familiares. Essa decisão terá que ser tomada
hoje, e não quando não houver mais nenhuma
possibilidade de alterar o rumo.”
Enquanto se é jovem é possível criar, desenvolver investimentos que
venha a complementar a sua renda para sua aposentadoria. Por isso é
necessário que se alertem para isto, porque muitos agem pensando no hoje,
aproveitando a vida intensamente e não enxergando a realidade, não levando
a sério o seu futuro financeiro, não buscando a independência financeira.
Sendo uma fase tão essencial para a vida financeira, onde tem que
buscar fazer as melhores escolhas da vida, determinar prioridades, refletir do
que é melhor para si, atualmente a maioria dos jovens não tem a noção do que
querem e ainda não possuem orientação, visando isso o Frankenberg (1999,
p.62) com sua vasta experiência deixa seu conselho que pode ser seguido até
hoje e assim ele diz:
“Dirijo essa mensagem de esperança especialmente aos jovens, que
vejo tão desorientados e que, de tão desesperados diante do desemprego, não
conseguem se quer vislumbrar o próprio futuro. Para aqueles que deram
importância ao estudo, ao conhecimento, ao aperfeiçoamento, estão surgindo
muitíssimas oportunidades. Talvez os mais velhos não consigam perceber as
alternativas, porque lhes falta entusiasmo para se reciclar, mas as novas
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gerações só precisam olhar ao redor e se informar para se informar para
perceber as novas profissões que se estão estabelecendo ou até o
redirecionamento que ocorre em algumas das mais antigas, como o direito,
para ficar em um só exemplo. Com perspicácia e persistência, é mais do que
certo que os jovens irão encontrar seu lugar ao sol na informática, nas ciências
ou na enorme quantidade de funções que a indústria e o comércio estão
terceirizando. (Frankenberg 1999, p.62)
3.3 – ADULTOS
Enquanto adulto, a vida financeira estabilizada e organizada tem que
ser mantida constantemente para não chegar a consumos que levem a dívidas
que pode chegar a prejudicar ao tão sonhada aposentadoria merecida.
O grande risco da renda segura está na possibilidade de
nos acomodarmos e afrouxarmos nossa disciplina,
deixando de zelar pelo orçamento. (Cerbasi, 2009, p.48)
Conforme Frankenberg (1999), independente do que possa acontecer
ao longo da nossa experiência, é bom ter idéias precisas sobre aquilo que
queremos, formuladas como objetivos bem definidos. Estabelecer as metas e
segui-las com firmeza, como já disse, é um princípio que deve nos guiar
sempre; mudar constantemente de direção nos transformará em barcos sem
rumo e, portanto, sem porto de chegada. Os objetivos finais – ou seja, nossas
prioridades existenciais – devem prevalecer e estar sempre acima de
contingências momentâneas.
3.3.1 Na hora das compras
Definir exatamente as metas de consumo, determinar o prazo em que
irá realizá-las, o quanto vai custear, são critérios fundamentais para conseguir
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em menos tempo e com menos dinheiro a compra do que se almeja sem
prejudicar a estabilidade financeira. Cerbasi (2009) diz que nessa decisão é
muito importante que os objetivos sejam acordados com a família, assim os
familiares poderão contribuir e incluir objetivos importantes para a realização
Para economizar tempo e dinheiro basta se organizar para ir às
compras, mas esta atitude deve ser tomada antes de detectar a falta de algo e
precisar comprar com uma certa urgência tomando decisões precipitadas.
Cerbase (2009) afirma que para ajudar melhor nas escolhas, comprar
mais e gastar menos, montar um roteiro de orientação é ideal para manter os
objetivos que quer alcançar, não assumindo gastos que tire do foco. Portanto
para as compras é necessário, conforme o autor:
A lista. Adote o habito de fazer uma relação dos itens que deseja
comprar antes de sair às compras. Seja para compras de supermercado, idas
ao shopping ou para as lembranças da viagem de férias, ter uma referencia do
que quer ajuda-o a focar na pesquisa de preços e lhe permite economizar
tempo para outras atividades. Além disso, você estará menos propenso a cair
na armadilha do tipo “deixa eu ver o que tem nessa seção”.
O teto. Não saia de casa se saber a verba disponível para o consumo
pretendido. Se for viável consultar no orçamento averba já gasta no mês,
melhor. Na pior das hipóteses, consulte ao menos seu estrato bancário e do
cartão de crédito, caso pense em pagar as compras com o conveniente
dinheiro de plástico.
Quando o teto é baixo. Se você planeja comprar algo para o qual
sabidamente não tenha recursos para pagar, faça as contas em casa e tenha
em mente os limites para um possível financiamento: prestação máxima a
pagar, limites para a taxa de juros que quer assumir, prazo máximo para o
contrato de financiamento.
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Barriga cheia. Provavelmente você já ouviu dizer que, se formos ao
supermercado com fome, nosso cérebro nos fará comprar mais alimentos do
que realmente precisamos. Isso vale também para compra de roupas. Antes
de ir ao shopping aproveitar as oportunidades, faça uma varredura em seu
guarda-roupa e, seguindo a recomendação anterior, anote o que você sente
que está em falta. Ao rever nosso estoque pessoal, muitas vezes encontramos
peças de roupas que estávamos usando pouco ou que havíamos esquecido de
colocar em uso. Isso ajuda a evitar a compra de itens que já temos.
Pesquise sempre. Desenvolva o habito de conhecer o preço daquilo
que você compra regularmente ou que gostaria de comprar. Se tiver
dificuldades para isso, faça uma lista de compras genérica, relacionando os
itens que você sempre compra, e anote os preços a cada compra. Os
supermercados também costumam distribuir,pelas casas e prédios do bairro,
folhetos com as promoções da semana. Tais folhetos poupam-nos de uma
pesquisa, pois os produtos anunciados costumam ter preços equivalentes ou
abaixo da concorrência. Bens duráveis, como livros, eletrônicos,equipamentos
esportivos,material escolar e brinquedos, podem ter seus preços pesquisados
na internet.
Frankenberg (1999) afirma que antes de adquirir qualquer bem, de
maior ou menor preço, pesquise. Pesquise sempre e tenha uma idéia razoável
do quanto deve lhe custar a mercadoria em que você está interessado. Veja a
mesma mercadoria em diversos lugares. Veja a mesma mercadoria em vários
bairros, em diversas lojas, para então estabelecer qual é o preço mais correto.
Além disso deve-se agir na compra ao seu favor, já que o objetivo é de
economizar e comprar o que tanto deseja. Pode-se constatar em Cerbasi
(2009) que munir-se de ferramentas e estratégias de consumo podem lhe
render bons descontos e compras mais eficientes:
Atenção à comunicação. Pessoas educadas procuram se relacionar
com outras pessoas de maneira civilizada e gentil. Esse é nosso ponto fraco.
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Ao respondermos educadamente a perguntas de um vendedor, estamos
indiretamente transmitindo a ele nossa freqüência de conversa. Se somos
monossilábicos, ele estabelecerá esse padrão de comunicação. Se queremos
conversa, o vendedor passa a ser um discursador. Essa comunicação
correspondida cria uma sinfonia interpessoal que nos torna mais abertos a
propostas e ofertas feitas pelo vendedor, e dificulta as recusas. Esse é o
primeiro ponto a trabalhar: você é uma pessoa fantástica, mas provar isso a
um vendedor não mudará sua vida.
Evite se socializar. Não confunda loja com clube. Se você entrar no
jogo e simpaticamente corresponder ao bate-papo aparentemente
despretensioso do vendedor, cairá em uma das mais óbvias armadilhas. Uma
vez envolvido pelo sentimento de afinidade ou amizade, você jamais assumirá
postura agressiva nas negociações. É como negociar com um amigo (de
verdade) ou um parente: tendemos a abrir mão de nossa margem, valorizando
o lucro no relacionamento. Seja, portanto, duro e desvie de conversa fiada
antes de fechar negócio.
Não demonstre sentimentos. Se você demonstrar que gostou muito
do produto que lhe está sendo apresentado, seja por um sorriso estampado no
rosto, por uma celebração entre você e seu(sua) companheiro(a) ou por
lágrimas de emoção, já estará dado o código de que o vendedor precisa.
Neste momento, ele saberá que, se depender de seu lado emoção, a compra
está fechada. Basta apenas converter seu lado razão, o que também não é
difícil com algum treinamento. A indiferença é sua arma. Mantenha-se frio,
mesmo que seja diante de seu sonho de consumo.
Pagamento à vista = desconto. Esse é um ponto polêmico, pois o
comércio tenta nos convencer de que essa idéia é falsa. Definitivamente, não
é. Se uma loja parcela seus recebimentos, possui custo financeiro ao
repassar suas duplicatas e pré-datados e, por isso, tem condições de dar um
desconto para um único pagamento. Se não o faz porque não quer. Também
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não é obrigada a fazer. Há financeiras e operadoras de cartão de crédito que
oferecem comissões aos lojistas que fecham negociações por meio dos
produtos dessas empresas (financiamentos e cartões de crédito), o que
realmente acaba fazendo da compra a prazo uma opção mais vantajosa para o
lojista. Isso o desestimularia a promover descontos na venda à vista.
Entretanto, se o produto que você quer é encontrado em várias lojas do varejo,
pesquise. Provavelmente você encontrará algumas com negociações
diferenciadas com os fabricantes ou, então, lojas sem vínculo com financeiras
e operadoras de cartão, que provavelmente oferecerão condições
interessantes para quem barganhar.
- Negocie sempre. Não perca uma oportunidade sequer de negociar.
Se há um vendedor auxiliando na escolha do produto, esprema-o para
conseguir preços e condições melhores. Apele para a sensibilidade, para sua
fidelidade à marca, para sua “intenção” de voltar futuramente e comprar mais.
Quando conseguir o que acredita ser o melhor que o vendedor pode fazer,
parta para o gerente da loja e use a mesma tática. Não tenha pressa de
finalizar a compra. Faça teatrinho, dizendo que abandonará o que separou.
Quando conseguir o que acredita ser o melhor que p gerente pode fazer por
você, peça licença para ir ao banheiro ou tomar uma água e leia a
recomendação seguinte.
Como sintetiza Frankenberg (1999, p.395) “Pensar que pedir desconto
demonstra que você é pobre ou não tem dinheiro suficiente já é coisa do
passado. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, são aquelas de
mais posses que mais desconto pedem.”
- Controle seus impulsos. Jamais tome a decisão de compra na
frente do vendedor ou dentro da loja. Nos centros de estudo do varejo,lojas
recebem a denominação de “ambientes de sedução”, com cores, aromas,
música e decoração arquitetados especificamente para nos induzir à compra
por impulso. Experimente negociar,pedir para separar o item negociado e,
então, sair da loja para dar uma voltinha. Você perceberá nitidamente que
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seus impulsos para a compra se refrearão e seus argumentos pessoais
voltarão a ser mais racionais. Mais da metade das compras que seriam feitas
são abandonadas quando o comprador deixa para decidir fora da loja. Se lhe
faltarem argumentos para sair da loja, apele para a fisiologia: diga que está
apertado para ir ao banheiro. Ninguém recusa esse argumento.
- Tenha o negociador a seu lado. Ter coração mole dificulta qualquer
negociação. Se você está entre os 50% da população que sabem que não
negociam bem, não tente inventar a roda; leve um negociador com você,
sempre.
Portanto nada melhor do que escolher em comprar à vista, negociar
preços em busca de condições melhores e pechinchar.
Segundo Frankenberg (1999, p.39) “Poupar com sabedoria nem
sempre significa obter o rendimento máximo. A escolha cuidadosa da
instituição financeira que vai cuidar de seu dinheiro é importante, mesmo que
seja preciso perder rendimento para garantir a segurança. Estar atento à
atuação da instituição financeira, aos seus relatórios periódicos e a mudança
na legislação é parte essencial do controle de suas poupanças. Verificar se os
juros são corretamente creditados e constam dos extratos é exercer uma sábia
supervisão. Falar com o gerente para ver se existe alguma forma de aumentar
o rendimento sem incorrer em maior risco é um dever de cada poupador.”
E ainda conforme o autor: Gastar com prudência significa saber
diferenciar o que é essencial do que é supérfluo. Melhor é pensar duas vezes
antes de adquirir um produto ou serviço e nos perguntar se de fato precisamos
daquilo o se estamos nos deixando levar por um simples capricho, pela
pressão do vendedor ou por desejarmos exibir a outrem nossa riqueza.
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3.4 – APOSENTADORIA
Muitas pessoas define aposentadoria o fim de uma vida de trabalho, de
compromissos com horário, o uso de uniforme, fazer coisas que muito tempo
não faz ou nem teve oportunidade de fazer como viagens, cursos.
É o início de uma fase em que a única obrigação é manter a vida
financeira organizada para não ter problemas até o fim da vida. Calixto (2007)
retrata que, a melhor alternativa é um planejamento da aposentadoria,
segundo Luquet (2001, p. 10)
“ Programar-se para a aposentadoria é o que fará a
diferença entre você e os muitos aposentados que
precisam continuar trabalhando para complementar a
renda. Esperar que o governo mantenha seu padrão de
vida quando você tiver arado de trabalhar é uma ilusão.
Este é assunto só seu. ”
Buscando aproveitar a liberdade que a aposentadoria proporciona é
necessário economizar, juntar dinheiro e fazer escolhas inteligentes de
investimentos para aumentar a renda mensal e assim obter uma aposentadoria
tranqüila.
Frankenberg (1999, p. 259) mostra possíveis formas de o cidadão criar
renda complementar para ter uma vida mais confortável na época da
aposentadoria, são:
Adquirir determinadas apólices de seguro de vida (anuidades), que
vencem aos 60 / 65 anos e cuja renda ou capital funcionam como fonte
suplementar de renda mensal.
Obter renda de aluguéis de imóveis residenciais ou comerciais.
- Promover dividendos e lucros através de carteira ou fundo de ações.
- Trabalhar e obter pró-labore e lucros em participações societárias.
- Obter juros em títulos de renda fixa, obrigações, debêntures, fundos
etc.
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40
- Obter benefícios (aposentadoria ou pensão) da aposentadoria oficial
do INSS.
- Obter benefícios da aposentadoria de entidades de previdência
complementar fechada.
- Obter benefícios da aposentadoria de entidades de previdência
complementar aberta.
- Manter atividade autônoma de comércio, indústria ou prestação de
serviços pós-aposentadoria.
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CONCLUSÃO
O dinheiro tornou-se uma das principais obsessões da humanidade.
De acordo com as necessidades e desejos, pode torna-se uma prisão quando
o dinheiro é mal administrado implicando aos sintomas do consumismo
compulsivo, porque tem a ideologia de melhor é ter do que ser e assim
sacrificando a vida para se tornar possível este mito.
Infelizmente, na atualidade para ser visto bem na sociedade moderna
tem que possuir as melhores coisas, os melhores produtos, mas não se
importando se tem condições financeiras ou não.
Como o indivíduo possui a necessidade de aceitação em um grupo
social não mede esforços para se viver bem o hoje sem se importar com sua
vida no futuro. Para possuir algo hoje é necessário ter o dinheiro.
Para adquirirmos um hábito é necessário tempo para que seja
introduzido integralmente na rotina da vida. Em relação à vida financeira, não
deve ser diferente. Precisamos nos educar na área financeira para se tornar
um cidadão que possui uma vida organizada e equilibrada financeiramente.
Os exemplos e referências de pessoas na nossa vida é essencial
sendo positivamente ou negativamente. Portanto quando criança, temos o
costume de imitar a quem temos na nossa vida social. Logo, quando a uma
pessoal de suma importância na construção do saber que vivi financeiramente
mal, a probabilidade do futuro desta criança é de ser mal sucedida. Daí a
importância de um planejamento financeiro. Para uma pessoa educada
financeiramente se subestime em uma pessoa resolvida e organizada.
Para toda fase da vida a uma solução em forma de conscientização,
instrumento, comportamentos que chegam a influenciar positivamente na
organização financeira.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CALIXTO, Marisley. Finanças Pessoais: Estudo de Caso de um Planejamento
Financeiro para a Aposentadoria, Florianópolis (SC), 2007. 73 páginas.
Monografia do Curso de Ciências Contábeis, Universidade Federal de Santa
Catarina.
CERBASI, Gustavo. Filhos inteligentes enriquecem sozinhos – como prepara
seus filhos para lidar como dinheiro. São Paulo: Editora Gente, 2006.
CERBASI, Gustavo. Como organizar sua vida financeira: inteligência financeira
pessoal na prática. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2009.
EQUIPE AKATU. Crianças e consumo, uma relação delicada 15 de outubro de 2007
FRANKENBERG, Louis. Seu futuro financeiro, você é o maior responsável:
como planejar suas finanças pessoais para toda a vida. Rio de Janeiro: Editora
Campus, 1999.
GÜNTHER, Mariléia. Planejamento das Finanças Pessoais: Benefícios e
influências na qualidade de vida, Rio do Sul (SC), 2008. 54 páginas. Trabalho
de Conclusão do Curso de Ciências Econômicas e Desenvolvimento Regional,
Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí.
NICACIO, Adriana. Educação Financeira para crianças e adolescentes< http
+CRIANCAS+E+ADOLESCENTES > 02 de setembro de 2011
SCARAZZATTO,Gabriel. Jovens Consumistas
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43
SOUZA, Débora Patrícia. A importância da Educação Financeira Infantil, Belo
Horizonte (MG), 2012. 76 páginas. Monografia do Curso de Ciências
Contábeis, Centro Universitário Newton Paiva.
SUNDFELD, João. Educação financeira para adultos < http://www.sundfeld.
com.br/educacao-financeira-para-adultos.html > Outubro - 2011
TOLOTTI, Márcia. As armadilhas do consumo: acabe com o endividamento. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2007
VEJA, Eles gastam muito < http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_
080.html > junho2012
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O Consumo entre as gerações 10
1.1 – O consumo e a influência da sociedade 11
1.2 – O consumo entre as crianças e adolescentes 12
1.3 – O consumo entre os jovens 15
1.4 – O consumo entre os adultos 16
1.5 – O consumo entre os idosos (aposentados) 17
CAPÍTULO II
Planejamento Financeiro Pessoal / Educação Financeira 18
2.1 – Objetivo de Planejar 19
2.2 – Conscientização 20
2.3 – Instrução / Métodos 21
2.4 – Critérios 22
2.5 – Desestruturação Financeira 22
2.6 – Os Investimentos dos Brasileiros 24
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CAPÍTULO III
Em prática nas etapas da vida 25
3.1 – Desde já! A partir das crianças e adolescentes 29
3.1.1 - Instrumentos que ajuda a na educação financeira 30
3.1.1.1 – Cofrinho 30
3.1.1.2 – Mesada 30
3.2 – Jovens 31
3.3 – Adultos 33
3.3.1 – Na hora das compras 33
3.4 – Aposentadoria 39
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
ÍNDICE 44
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AGRADECIMENTOSSUMÁRIOCAPÍTULO I- Consumo entre as gerações10CAPÍTULO II - Planejamento Financeiro / Educação Financeira 18CAPÍTULO III – Em prática nas etapas da vida25
CONCLUSÃO41BIBLIOGRAFIA CONSULTADA42ÍNDICE44Mais da metade não tem 'sobra' no fim do mêsINVESTIMENTOS PREFERIDOS*
SUNDFELD, João. Educação financeira para adultos < http://www.sundfeld. com.br/educacao-financeira-para-adultos.html > OutubroFOLHA DE ROSTO 2AGRADECIMENTO 3