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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA PLANEJAMENTO FINANCEIRO NAS ETAPAS DA VIDA Por: Estela Estéfani da Silva Santos Orientador Profª. Ana Claudia Morissy Rio de Janeiro 2014 Created by Neevia Document Converter trial version http://www.neevia.com DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

    AVM FACULDADE INTEGRADA

    PLANEJAMENTO FINANCEIRO NAS ETAPAS DA VIDA

    Por: Estela Estéfani da Silva Santos

    Orientador

    Profª. Ana Claudia Morissy

    Rio de Janeiro

    2014

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    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

    AVM FACULDADE INTEGRADA

    PLANEJAMENTO FIANCEIRO NAS ETAPAS DA VIDA

    Apresentação de monografia à AVM Faculdade

    Integrada como requisito parcial para obtenção do

    grau de especialista em Gestão Corporativa e

    Finanças.

    Por: . Estela Estéfani da Silva Santos

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeço primeiramente a Deus por ter

    me proporcionado saúde, força e

    entendimento para suportar todas as

    dificuldades, a todas as pessoas que

    me ajudaram a completar mais uma

    etapa em minha vida e aos meus pais,

    pelo amor, incentivo е apoio

    incondicional.

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    DEDICATÓRIA

    Dedico esta pesquisa a minha mãe e ao

    meu pai que são a razão da minha

    persistência na busca constante de

    conhecimentos.

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  • 5

    RESUMO

    O fator consumismo aliado com a globalização surge promovendo a

    circulação de produtos, imagens e idéias interferindo assim no comportamento

    dos consumidores, levando-os a gastar sempre mais. A principal ferramenta

    sendo usada é a mídia que tem influenciado as crianças, adolescentes, jovens,

    adultos e idosos tornando-os consumistas. O objetivo deste estudo é

    apresentar os interesses de consumismo em cada fase da vida, como também

    o que é possível aprender como uso de instrumentos e estratégias para

    construir uma vida financeira equilibrada. E constatar que o planejamento

    financeiro gerado em uma educação financeira pode ser aplicada desde da

    infância.

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    METODOLOGIA

    O estudo foi organizado através de levantamento de dados secundários,

    experiências próprias e caracteriza-se como exploratório, relacionando cada

    fase da vida (criança, adolescentes, jovens, adultos e idosos) com um modo de

    planejar a vida financeira em suas respectivas fases.

    Para tratar especificamente das causas do consumo, os produtos mais

    consumidos em cada geração e do planejamento financeiro foi realizada

    pesquisa as obras dentre os quais, incluem Cerbasi (2006/ 2009), Frankenberg

    (1999) e Tolotti (2007) e também em materiais disponíveis na rede eletrônica,

    entrevistas, jornais e artigos científicos.

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  • 7

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO 08

    CAPÍTULO I - Consumo entre as gerações 10

    CAPÍTULO II - Planejamento Financeiro / Educação Financeira 18

    CAPÍTULO III – Em prática nas etapas da vida 25

    CONCLUSÃO 41

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

    ÍNDICE 44

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  • 8

    INTRODUÇÃO

    O atual crescimento consumismo no Brasil e no mundo vem

    ultrapassando gerações. Observando os exemplos da vida e a oportunidade

    de me especializar em finanças, percebi o quanto as pessoas têm se

    endividando por se tornarem consumidores excessivos. Mas de onde vem

    tanto estimulo a comprar? Isso é algo que tem afetado somente os

    adolescentes? Os adultos? Através deste venho mostrar que o consumismo

    se tornou a epidemia do momento, pois a partir da infância a criança começa

    compreende para que serve o dinheiro elas já influenciam na economia e

    lucros do seu país e vem percorrendo a sua vida na adolescência, na fase

    adulta até a chegada de sua aposentadoria com os mesmos hábitos e

    comportamentos constante. Se desde cedo não reconhecem a importância

    do dinheiro para a vida futura tornam-se a maioria maus sucedidos

    financeiramente entrando no rol dos endividados e não usam da melhor forma

    as suas finanças para realizar objetivos, sonhos que precisa de curto, médio ou

    longo prazo para se concretizarem.

    Quando não se tem uma organização com o dinheiro, não sabe

    planejar e lidar com ele, as pessoas vão sendo influenciadas e levadas ao

    consumismo.

    Para se ter uma vida financeira organizada e planejada é necessário

    tempo possui informações para alcançar a estabilidade financeira em curto,

    médio ou longo prazo, pois o planejamento financeiro exige objetivos

    determinados, perseverança e trabalho constante, há variáveis maneiras de

    se tornar próspero e em cada fase da vida é possível de acordo que

    amadurece, que com objetivo mostrar a proporção e motivos em que ocorrem

    o consumismo, o que tem influenciado a cada fase da vida e que

    produtos/serviços tem impulsionado a gastar (não se preocupando com um

    futuro de patrimônio financeiro);

    Orientações de como educar as crianças para se tornarem adultos

    independentes financeiramente, aos jovens da importância de atitudes e

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    decisões que levem a uma vida próspera; aos adultos o modo de planejar e

    agir na hora de comprar para utilizar seu dinheiro da mesma forma possível e

    assim adquirindo bens e estabilidade financeira e dos aposentados como

    usufluir da melhor forma a sua aposentadoria e até aumentar a sua renda.

    Não importa a idade para uma boa vida financeira é necessário

    mudança e não existe o depois, deve acontecer o quanto antes.

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  • 10

    CAPÍTULO I

    O CONSUMO ENTRE AS GERAÇÕES

    MOTIVOS E CAUSAS

    Atualmente é visto não só no Brasil, mas em todo o mundo

    (países desenvolvidos ou subdesenvolvidos) a prática entre as pessoas da

    ostentação, ou seja, um excesso no consumo. Nos dias de hoje a oferta de

    bens e consumos são bem mais acessíveis de modo que as pessoas estão

    com maior facilidade de suprir as suas necessidades. Conforme Cerbasi

    (2009) tudo que você compra ou consome decorre de sua vontade de

    consumo.

    Para ser ter a compra e consumir o desejado, na maioria das

    vezes, é preciso do dinheiro, como segundo Tolotti (2007, p.13): “O dinheiro, é

    um intermediário, é uma espécie de objeto que permite ao homem vivenciar

    diversas emoções e experiências. Poderá ser utilizado para criar, inventar,

    viver bem ou mal, depende da escolha que cada um fizer em relação a ele.”

    Com tantas vantagens que o dinheiro proporciona, homens e mulheres têm

    dedicado seu próprio tempo e esforço para gastar e acumular dinheiro.

    No ato de escolher algo a consumir e adquiri-lo para si, envolve vários

    aspectos internos e externos de uma pessoa: “ Somos demasiadamente

    dependentes de fatores fisiológicos e psicológicos.” Frankenberg (1999, p.34),

    ou seja, é envolvido as áreas cognitivas, financeiras e afetivas.

    Tolotti (2007) afirma que comprar é uma arte que pode ser apreciada.

    Mas pode se transformar em um veneno, se for tomado como remédio contra a

    insatisfação, depressão, baixa estima e angústia.

    O consumo não tem tido restrição de idade, tem atingido as crianças,

    adolescentes, jovens, adultos e idosos. Como sintetiza Tolotti (2007, p.27) diz:

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  • 11

    “ O problema não está no consumo que facilita a vida de

    muitas pessoas dando oportunidade aos mais variados

    ganhos. O problema está no excesso, e quando o limite

    do consumo é ultrapassado, as perdas são muitas, indo

    do endividamento ao sofrimento desmedido. ”

    Segundo Frankenberg (1999, p.235) O curioso é que muitas pessoas

    hoje que vivem um estilo de vida de compras e consumo podem ser chamadas

    de pródiga, ou seja, uma pessoa é chamada pródiga quando é extremamente

    esbanjadora ou consumidora.

    1.1 – O consumo e a influência da sociedade.

    A sociedade, através da maciça propaganda, tem levado a maioria das

    pessoas a se submeter em viver de aparência e consumo.

    Observa-se isso Frankenberg (1999), que afirmar que somos o produto

    do meio em que vivemos. Logo, a sociedade que nos cerca, a mídia (TV,

    Rádio, jornais e internet), a escola e a universidade também exercem uma

    fortíssima influência sobre o nosso comportamento financeiro. Esses são uns

    dos motivos que levam as pessoas a buscar suprir algo que falta gastando

    dinheiro realizando os seus desejos matérias, pois como diz a Tolotti (2007,

    p.24): “... muitas mensagens veiculadas pela mídia são transformadas em

    valores e princípios a serem seguidos.”

    Obter o controle dos próprios ganhos é uma grande dificuldade para a

    maioria das pessoas. A sociedade tem pressionado de várias formas, de modo

    que as pessoas não têm conseguido resistir-las.

    Conforme Frankenberg (1999), nenhum desses meios de informação

    deve ser adotada como única fonte ou base para determinar a forma de pensar

    ou de aplicar suas reservas e fazer seus investimentos.

    Segundo Tolotti (2007, p.26) Inúmeras pessoas acreditam que o mais

    importante é ter e não ser, sendo influenciado pela sociedade. Em virtude

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  • 12

    disso muitas pessoas assumem uma posição que não pode sustentar,

    interpretam papéis para serem aceitas na sociedade e, como estão “parecendo

    ter” mas na realidade não têm, acabam entrando no circuito do endividamento.

    Elevar o status de uma pessoa, com a obtenção de bens e serviços, tem sido

    uma das principais causas do endividamento e tem se tornado uma doença

    moderna e coletiva. Ocorre isso por falta ou carência de bens materiais que

    tem demonstrado um auto desprezo e uma prova de inferioridade por si

    mesmo.

    Em Cerbasi (2009) tendemos a acreditar que os gastos burocráticos têm

    um grau de importância maior do que os demais gastos que seriam

    classificados como básicos. Em razão dessa crença, esforçamo-nos para ter

    os melhores gastos burocráticos que nosso orçamento pode comportar,

    deixando, involuntariamente, para segundo plano os itens que mais contribuem

    para o sentimento de realização e felicidade. Só passamos então a entender o

    porquê de muitas famílias terem dificuldades em honrar seus compromissos.

    1.2 – O consumo entre as crianças e adolescentes

    Desde o momento em que a criança sabe que através de uma espécie de papel/metal dá para se obter uma troca de algo que deseja, ela tem

    suas primeiras experiências com o dinheiro.

    As crianças estão sabendo escolher o que os pais devem

    comprar para eles, pois a cada dia os pequenos consumidores estão cada vez

    mais exigentes. A oferta nunca foi tão grande e as crianças e jovens nunca

    foram tão bem informados quanto aos novos lançamentos e tendências da

    indústria de brinquedos, roupas, tênis e afins.

    Segundo Cerbasi (2006, p.20):

    “ Na cabeça das crianças, o trabalho que afasta seus

    pais de seu convívio é o preço a pagar para ter muito

    dinheiro e poder comprar muitas coisas.”

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  • 13

    Isto tem ocorrido, devido à troca da ausência dos pais, que estão em

    busca de uma vida melhor, pela compra do que os filhos querem para diminuir

    a culpa de suas ausências.

    Conforme o Portal Equipe Akatu (2007), o mercado de produtos

    infanto-juvenis não pára de crescer, acompanhando e estimulando o aumento

    do poder dos filhos para influenciar os pais na hora da compra. Segundo o

    último censo do IBGE, 28% do total da população brasileira têm menos de 14

    anos. São 35 milhões de crianças até dez anos de idade (22% da população),

    alimentando um mercado que já movimenta cerca de 50 bilhões de reais,

    segundo informações do Instituto Alana, de São Paulo.

    De acordo com a pesquisa IBGE – InterScience, 2003, as crianças

    influenciam 80% das compras totais, em casa. E a quantidade de propaganda

    na TV parece ter tudo a ver com isso. A propaganda surte efeito também

    porque a presença da televisão no cotidiano das crianças brasileiras é muito

    grande. De acordo com os dados do Painel Nacional de Televisão do Ibope, as

    crianças brasileiras de 4 a 11 anos assistiram quase 5 horas de televisão

    (4h51min19s) por dia em 2005, número que colocou o Brasil em primeiro lugar

    na quantidade de tempo que as crianças ficam diante do aparelho no mundo,

    batendo até mesmo os Estados Unidos. Para se ter uma idéia da abrangência

    do tema no mundo, países como Suécia e Noruega e a província canadense

    do Quebec proíbem completamente a publicidade voltada à criança e a Grécia

    veta o anúncio de brinquedos, ainda que seja veiculado em programas adultos.

    Segundo o jornal Folha.com (2006) Ela é a que mais sofre os sintomas

    negativos da globalização, sente-se mais insegura e, principalmente,

    preocupa-se mais em participar do mundo globalizado e corresponder às

    expectativas dos pais. Esta pesquisa afirma, mais uma vez, que as nossas

    crianças são as que mais assistem televisão no mundo.

    A Souza (2012), em sua tese, relata que a escritora americana Juliet,

    Schor, em seu livro “Born to buy” (“Nascido para comprar”), no qual não tive a

    oportunidade de ler, obteve com conhecimento por outros autores, que:

    - As crianças passaram a gastar mais tempo com as compras e

    reduziram o tempo de atividades como brincar, ver televisão e conversar com

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    os pais. O tempo dedicado pelas crianças às compras era de 1 hora e 52

    minutos, em 1981, e elevou-se para 2 horas e 53 minutos, em 1997. (Apud

    Freitas);

    - Nunca se vendeu tanto para crianças de 4 a 12 anos, e elas

    passaram a ditar regras e a influenciar diretamente suas compras e até as da

    família. Transformaram-se num dos elos mais importantes estabelecidos entre

    o mercado e os lares: 40% das crianças urbanas identificam-se com marcas de

    carros e pelo menos 30% dos pais consultam os filhos antes de optar por um

    novo automóvel. Influenciam adultos na compra de eletrônicos e carros e na

    escolha de hotéis. (Apud Freitas);

    - A propensão das crianças ao consumo não tem limites. Para se ter

    uma idéia uma criança de 1 ano e 6 meses já identifica logotipos e antes de

    completar 2 anos sabe pedir presentes pela marca .(Apud Nicário);

    - Aos 10 anos, os pré-adolescentes têm de 300 a 400 marcas na

    memória e consome uma quantidade sem precedentes de produtos. Por este

    fato, os publicitários direcionam-se à crianças e jovens para chegar o bolso dos

    pais. (Apud Nicácio).

    Como sintetiza Tolotti (2007, p.60), é importante que a criança tenha

    desejos. O que ela não sabe é que o desejo não está sendo real e sim foi

    implantada nela. A propaganda tem transformado produtos supérfluos em

    necessidades e com isso, para a criança, aquilo se torna urgente em sua vida.

    Uma criança, por exemplo, ao ver seu colega de escola com o boneco

    inspirado no personagem do último desenho da moda, pede um igual aos pais.

    Caso ouça “não” como resposta, mostrará instantaneamente sua intolerância à

    frustração, sentir-se-á prejudicado e reivindicará tal objeto. Essa criança se

    coloca, ao mesmo tempo, em posição de desejo e de recusa: quer o objeto e

    não aceita sua ausência . É como se a satisfação não pudesse ser recusada

    e tivesse de ser prontamente atendida. Caso os pais sempre atendam a esse

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    tipo de pedido, como ficará a relação com a falta? Quer dizer, como a criança

    irá encarar situações mais adiante na vida, quando for frustrada ou privada de

    algo?

    1.3 – O consumo entre os jovens.

    Na juventude rumo a fase adulta, os jovens tem uma intensa

    necessidade de ser aceito em um grupo social do qual há desejo de fazer

    parte. Por esse motivo entre vários outros fatores, os jovens tem comprado

    cada vez mais em busca de se definir quem ele é dentro da sociedade.

    Conforme a revista virtual Veja (2003), o desejo e a vontade de ter

    aquilo que se quer, possui um fator agravante na vida dos “jovens

    consumidores”, que reparam mais no que os outros estão a usar. Segundo

    uma pesquisa realizada pela organização das Nações Unidas para a

    Educação, Ciência e Cultura (Unesco), 70% dos jovens da América Latina

    interessam-se por compras, enquanto nos Estados Unidos o percentual é de

    apenas 33%.( Site: Consumismo Weebly) .Isto demonstra que o consumo

    entre os jovens tem por finalidade a busca pela auto-afirmação.

    Outra pesquisa, feita pelo Instituto Ipsos-Marplan, constatou que 37%

    dos jovens fazem compras em shoppings, contra 33% dos adultos. Nem

    sempre os mais novos adquirem produtos mais caros, mas,

    proporcionalmente, têm maior afinidade com as vitrines. A lista de vantagens

    dos adolescentes sobre outros públicos é de tirar o fôlego: eles vão mais vezes

    ao cinema, viajam com maior freqüência, compram mais tênis, gostam mais de

    roupas de grife – mais caras que as similares sem marca famosa –, consomem

    mais produtos diet, têm mais computadores, assistem a mais DVDs e vídeos e,

    só para terminar, são mais vorazes na hora de abocanhar balas, chicletes e

    lanches. Não é à toa que a falência antes do fim do mês é maior entre os

    jovens: invariavelmente atinge quase a metade deles, que estoura a mesada

    ou o salário.

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  • 16

    Como diz Cerbani (2006), “ Eles agem apenas por intuição. Isso faz

    com que a maioria dos jovens sintam-se desorientados quanto ao uso de

    mesadas, poupanças e presentes.”

    1.4 – O consumo entre os adultos.

    Baseado no que Frankenberg (1999) diz, na vida adulta, mudamos

    conscientemente nosso ponto de vista. Situações novas, colegas de trabalho,

    certas encruzilhadas da vida profissional, podem alterar nossa maneira de ver

    o mundo das finanças em geral e dos nossos conceitos em particular.

    Normalmente entre os adultos, os conhecimentos financeiros são

    sempre escassos na hora de fazer escolhas simples sobre a forma de

    pagamento, sobre os juros embutidos nas compras a prazo ou sobre como e

    quando utilizar o cheque especial.

    Em entrevista ao Jornal Estado de São Paulo (2014), a economista

    Luiza Rodrigues diz: "O consumidor adulto se mostra muito pouco preparado

    em relação às finanças pessoais", afirma Luiza. A economista ressalta que há

    uma relação direta entre saldo negativo na conta corrente e o baixo

    conhecimento financeiro. Quase 70% daqueles que têm baixo ou nenhum

    conhecimento sobre as finanças pessoais terminam o mês no vermelho ou no

    zero a zero na sua conta corrente. Esse resultado recua para 29% para

    aqueles que acompanham as suas receitas e despesas.

    Segundo a Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil)

    relata que com o estudo realizado pelo Instituto Data Popular, em 2008, na

    ocasião do desenvolvimento da Estratégia Nacional de Educação Financeira,

    apontou alguns números que chamaram a atenção: o aumento da participação

    do consumo nos gastos dos brasileiros passou de 74,59% para 82,41%,

    entre 1974/1975 e 2002/2003, enquanto seguia na direção oposta o total

    destinado a investimentos, de 16,50% para 4,76%. Quanto à organização

    financeira doméstica das famílias brasileiras, os números revelaram que 36%

    dos pesquisados declararam ter perfil de tipo “gastador”; 54% não conseguiram

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  • 17

    honrar suas dívidas pelo menos uma vez na vida; e apenas 31% poupam

    regularmente para a aposentadoria. Os fatos e os números revelam, por fim,

    que se faz necessário oferecer ao público adulto um conjunto amplo de

    orientações sobre atitudes e comportamentos adequados ao planejamento e

    ao uso dos recursos financeiros, com o objetivo de levá-lo a planejar melhor

    sua vida e seu futuro, proporcionando-lhe melhores condições para o alcance

    de suas metas e sonhos e informando-o do direito que tem de conhecer o que

    vai comprar.

    1.5 – O consumo entre os idosos (aposentados).

    Em entrevista para o jornal virtual UOL (2012) a professora de

    Geografia Iná Elias de Castro, afirma que “ Geralmente as pessoas após a

    aposentadoria tem a tendência a mudar os seus gastos. Pesquisas mostram

    que "existe no Brasil uma melhoria da qualidade de vida, há mais assistência

    médica e remédios, a alimentação está melhor e as pessoas fazem mais

    atividades físicas. Isso contribui para uma população mais idosa. Ao mesmo

    tempo, há uma redução da natalidade. "

    Isso indica que os idosos têm consumido, fazendo gastos, em prol ao

    seu bem estar e no objetivo de ter mais durabilidade de vida.

    Segundo AEF-Brasil os dados do IBGE de 2000 e 2010 apontam que a

    população de idosos duplicará nos próximos 25 anos, alcançando cerca de 32

    milhões de brasileiros. Dados da Previdência Social de 2012 apontam o

    pagamento de 16,407 milhões de aposentadorias previdenciárias no valor

    médio de R$ 843,11. A maior parte, (69,8%) – incluídos os assistenciais – tinha

    valor de até um salário mínimo, contingente de 20,6 milhões de benefícios.

    Com base nos dados de 2010 do INSS (Instituto Nacional de

    Seguridade Social), essa população é uma grande tomadora de crédito,

    levando-a em alguns casos ao superendividamento, o que agrava sua situação

    por ser nesta fase o momento em que esta população tende a precisar de

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  • 18

    remédios e atendimentos especiais de saúde cada vez mais ao longo dos

    anos. (AEF – Brasil)

    CAPÍTULO II

    PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL /

    EDUCAÇÃO FINANCEIRA

    Segundo Frankenberg (1999, p.31) “Planejamento financeiro pessoal

    significa estabelecer e seguir uma estratégia precisa, deliberada e dirigida para

    a acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa e

    de sua família. Essa estratégia pode estar voltada para curto, médio ou longo

    prazos, e não é fácil atingi-la.”

    No site da Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF (2010)

    o Plano Diretor diz que “A educação financeira sempre foi importante para

    auxiliar as pessoas a planejar e gerir sua renda, poupar, investir e garantir uma

    vida financeira tranqüila. Nos últimos anos, sua relevância cresce em

    decorrência do desenvolvimento dos mercados financeiro e da inclusão

    bancária, bem como das mudanças demográficas, econômicas e políticas.”

    Conforme Tolotti (2007), educação financeira é uma necessidade,

    e por não e tratar apenas de formalidade teórica, o modo como cada um utiliza

    o próprio conhecimento financeiro pode ser comparado a um método.

    Inúmeras pessoas não sabem que possuem um sistema que organiza suas

    finanças. Quanto mais puderem reconhecer o método que aplicam, ou seja,

    quanto mais consciente for para cada um, maior será chance de modificar ou

    aprimorar o procedimento utilizado. Todos possuem um método, ou seja, um

    conjunto de regras e princípios que regulam suas atitudes. Em relação às

    finanças, o método utilizado pode ser eficaz ou não.

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  • 19

    2.1 – Objetivo de Planejar

    Cerbasi (2009) diz que a essência do planejar envolve desejar algo,

    estudar os caminhos para viabilizar seu desejo, escolher o melhor caminho e

    agir, ou seja, percorrer um caminho parecido com o que foi planejado. A ação

    sem planejamento pode levá-lo a dar mais voltas do que você gostaria.

    Contudo, desejo, mais planejamento e mais ação inevitavelmente o

    aproximação de seus objetivos. Querer, portanto, é o primeiro passo para

    poder. Pois, tudo que você compra ou consome decorre de sua vontade de

    consumo. Definir exatamente essas metas de consumo, o prazo em que irá

    realizá-las e o custo, em consenso com sua família, é fundamental para

    consegui-las em menos tempo e com menos dinheiro. Através da criação do

    hábito de pesquisar favorece escolher a loja que lhe ofereça a melhor relação

    custo-benefício em suas compras.

    Para Frankenberg (1999), o objetivo supremo é a completa

    tranqüilidade econômico-financeira. “ Tranqüilidade econômico-financeira” é a

    expressão bastante subjetiva, que traduz o estado de satisfação de uma

    pessoa ao alcançar um objetivo por ela mesma definido como o montante

    suficiente para manter um determinado padrão de vida.”

    Ainda conforme Frankenberg (1999) em relação às finanças, isso

    significa dar mais valor ao dinheiro ganho com tanto esforço, jamais aceitar

    preços exorbitantes, pechinchar, reclamar de erros cometidos, contestar, etc.

    A escolha do estilo de vida que pretende manter será fundamental

    para determinar se você será bem sucedido financeiramente ou não.

    A probabilidade de alcançar a tranqüilidade financeira será maior para

    as pessoas que pensam no assunto de maneira consciente e contínua e,

    simultaneamente, dirigem sua vida para o objetivo de ficar ricas.

    Como sintetiza Cerbasi (2009) a maior necessidade reside em escolher

    um padrão de vida compatível com o equilíbrio e em encontrar formas de

    satisfazer-se nesse padrão de vida. Muitos, entretanto, preferem ver sua

    felicidade naquilo que ainda não possuem, e fazem de sua vida uma eterna

    busca que resulta em problemas.

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  • 20

    Frankenberg (1999) diz que cada pessoa pode se desenvolver

    aprender e mudar suas idéias ao longo dos anos.

    2.2 – Conscientização

    Frankenberg (1999) afirma que a conscientização do que se deseja

    implica determinação. Determinação é a ante-sala do sucesso.

    E ainda conforme o autor:

    “ O sucesso financeiro está diretamente ligado ao prazer

    com que se executa o trabalho. Quanto mais cedo uma

    pessoa começar a planejar sua vida e a colocar de lado,

    periodicamente, um certo valor, aplicando-se de forma

    inteligente, menos esforço terá que fazer para alcançar

    um futuro financeiro tranqüilo.” (Frankenberg ,1999, p. 84)

    Pode-se constatar em Tolotti (2007) que toda escolha financeira possui

    uma vontade consciente e uma motivação inconsciente. Quanto menores

    forem os problemas financeiros, mais tempo e energia restará para que

    possam resolver as dificuldades afetivas. Uma boa gestão financeira

    proporciona uma base sólida e um rumo certo. A realidade atual tem convivido

    com uma geração de adolescentes e jovens com sérias dificuldades de

    planejamento. Muitas dívidas são frutos de incertezas e inquietações.

    Portanto, o consumo, quando controlado, é benéfico para todos.

    Cerbasi (2009, p. 25) acrescenta que alcançar e manter o equilíbrio

    orçamentário mês a mês é fundamental para viabilizar a realização de seus

    sonhos, já que os sonhos têm custo.

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  • 21

    2.3 – Instruções/ Métodos

    Tolloti (2007) afirma que ninguém conseguira ter equilíbrio financeiro

    se não souber algumas técnicas de economia.

    De acordo com Frankenberg (1999, p.40), são quatro os princípios

    fundamentais que tentamos difundir a respeito de um planejamento financeiro

    sadio:

    - Quem guarda tem É imprescindível reservar sistematicamente uma

    parcela de suas receitas para formar os investimentos que irão representar sua

    segurança e trazer a tranqüilidade financeira almejada em momentos de

    dificuldade.

    - Comece ontem: Se começar a se ocupar da diversificação de suas

    fontes de renda imediatamente, enquanto estiver em plena posse de sua

    capacidade de trabalho e de seu vigor físico e intelectual, chegará à velhice

    sem depender de filhos, amigo, familiares ou de Previdência Social

    insuficiente.

    - Olhe para depois de amanhã: Uma linha planificada de investimentos,

    contemplando o médio e o longo prazos, estimula e favorece o crescimento

    patrimonial para a vida toda.

    - Dê sentido a sua poupança: Faça o planejamento de suas aplicações

    e investimentos em função desses ideais. Não busque as soluções

    simplesmente imitando o estilo de vida de outras pessoas.

    Conforme Cerbasi (2009), o estado das finanças pessoais e familiares

    deveria ser periodicamente analisado com muito cuidado por meio de

    levantamentos nos quais os totais das receitas e despesas fossem incluídos

    para ver se não está exagerando em seus gastos ou endividamento.

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  • 22

    2.4 – Critérios

    Há critérios que pode servir como base, caso não tenha uma noção do

    quanto poupar para alcançar uma tranquilidade financeira.

    Observa-se isso em Frankenberg (1999) havendo alguns critérios

    puramente teóricos que pode se levar em consideração:

    - Para pessoas solteiras, no começo de suas vidas profissionais: 5% a

    10% do rendimento líquido.

    - Para pessoas casadas e sem filhos, no começo de suas carreiras: 5%

    a 15% do rendimento líquido.

    - Para pessoas casadas com filhos menores, mas financeiramente

    estáveis: 10% do rendimento líquido.

    - Para pessoas casadas com filhos em fase da vida com elevados

    custos: 5% do rendimento líquido.

    - Para lares em que duas pessoas têm ganhos, com ou sem filhos:

    10% a 15% do rendimento líquido de ambos.

    - Para pessoas maduras, com filhos já encaminhados na vida: 15% a

    20% do rendimento líquido.

    Cerbasi (2009, p.17) acrescenta que existem várias teorias para

    estimar o Patrimônio Ideal (PI) para cada momento de nossa vida. Uma das

    teorias mais simples e utilizadas entre consultores financeiros mundo afora é a

    que sugere que, para estarmos no caminho certo de formação patrimonial,

    devemos ter acumulados 10% de nosso gasto familiar anual para cada ano de

    vida. Menos de 5% das pessoas conseguem manter sua situação financeira

    dentro das recomendações de equilíbrio.

    2.5 – Desestruturação Financeira

    Tolloti (2007) diz que muitos adultos, jovens, idosos e até crianças têm

    entrado nesse ciclo, sem encontrar dispositivos suficientes para romper com o

    encarceramento do reino das dívidas.

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  • 23

    De acordo com Frankenberg (1999) as causas que levam as pessoas a

    terem uma vida financeira completamente desestruturada são muitas e

    certamente diversas delas caberiam melhor num compêndio de psicologia.

    Enumero apenas algumas, deixando para os profissionais da área (psicólogos

    e psiquiatras) as análises e interpretações mais técnicas:

    - Pais ou responsáveis criaram fortes influências em nossa infância,

    que num determinado momento se manifestam.

    - Maneira de enxergar a vida em que o imediatismo predomina sobre

    médio e longo prazos.

    - Conceitos errados adquiridos durante o longo período de inflação,

    que podiam ser corretos naquele período, mas agora devem ser descartados.

    - Personalidade em que domina o próprio conforto e interesse

    egoístas.

    - Pressão exercida pelo mundo mercadológico em favor do

    consumismo.

    - Ter grande dificuldade em dizer “não” às pessoas que desejam nos

    vender ou impor alguma mercadoria ou serviço.

    - A vontade própria e as aspirações são dominadas por terceiros

    (familiares e estranhos).

    Uma pessoa que não possui objetivos definidos e não os mantém

    constantemente em mente, mas, ao contrário, sempre altera a direção, acaba

    não chegando a parte alguma. É como ficar rodando em círculos.

    (Frankenberg 1999)

    Já Cerbasi (2009) No caso, os problemas são dividas intermináveis e, muitas vezes, impagáveis.

    - Ter dívidas não planejadas significa que você gasta mais do que

    ganha, e também que você está dando um passo atrás na construção de sua riqueza, gastando sua renda com juros, e não com consumo ou investimentos.

    - Uma vida financeira repleta de dividas faz com que você conquiste

    muito menos sonhos do que conquistaria com planejamento e disciplina. - É importante perceber que os ganhos que você tem hoje devem ser

    suficientes para mantê-lo tanto durante o mês atual quanto durante sua vida

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  • 24

    após a aposentadoria. Por isso, é essencial, para sua sobrevivência, que ao menos pequena parte de seus ganhos mensais seja poupada para o futuro.

    2.6 – Os Investimentos dos Brasileiros

    Conforme a Revista UOL (2012), a poupança e a conta corrente são,

    disparados, os investimentos preferidos pelos brasileiros. A Bolsa, no entanto,

    ainda assusta: apenas 1% da população investe em ações. Os principais

    motivos: desconhecimento, a falta de dinheiro, baixa renda, medo do risco.

    Segundo a pesquisa, 43,5% dos entrevistados disseram não investir

    em ações por não ter conhecimento suficiente. Para 21,3% das pessoas, o fato

    de não sobrar dinheiro no fim do mês é o principal motivo. E quase 12% dos

    entrevistados vêem a Bolsa como investimento "para ricos", respondendo que

    não investem porque têm "renda muito baixa".

    "A maioria das pessoas nem considera investir em ações porque tem

    preocupações financeiras mais urgentes, de sobrevivência", afirmou

    Rosenfield.

    Mais da metade não tem 'sobra' no fim do mês

    O tamanho da renda é fundamental para determinar as decisões sobre

    investimento.

    INVESTIMENTOS PREFERIDOS*

    44,4% Poupança 37% Conta corrente 3,7% Imóveis 3,3% Títulos de capitalização 1% Ações 0,8% CDBs 0,6% Fundos de renda fixa 0,6% Fundos DI 0,6% Ouro 40,8% Não faz investimentos

    A pesquisa permitia escolher mais de uma opção para esta pergunta Fonte: UOL - 2012

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  • 25

    Questionados sobre o destino dado ao dinheiro que sobra no fim do

    mês, mais da metade dos entrevistados (53,4%) afirmaram que não há

    excedentes.

    Pode se constatar na reportagem da UOL (2012) que entre os jovens

    ouvidos, no entanto, a perspectiva é mais animadora: 36,9% já guardam

    dinheiro com algum objetivo definido.

    CAPÍTULO III

    EM PRÁTICA NAS ETAPAS DA VIDA

    Frankenberg (1999) diz que passamos por seis estágios de tempo para

    efeitos de acumulação de patrimônio e recursos financeiros:

    - Período de crescimento e formação intelectual e profissional

    Este período vai do nascimento até o fim da formação escolar ou

    universidade, ou seja, o momento em que a pessoa entra no mercado de

    trabalho. Esta fase vai até por volta dos 23 ou 25 anos. É um período que a

    pessoa deveria – idealmente ao menos – passar se grandes preocupações

    com as necessidades básicas de sobrevivência, de modo a poder canalizar

    toda a energia ao seu desenvolvimento físico, intelectual e moral para a vida e

    para o aprimoramento profissional.

    - Período de iniciação e experimentação profissional

    Este fase, que vai do fim da formação educacional/ profissional até por

    volta dos 30 anos, é caracterizada pela experimentação do jovem no mercado.

    Ainda cheio de dúvidas e incertezas, ele pode trocar muitas vezes de emprego,

    até se encontrar.

    - Primeiro subperíodo de capacitação profissional plena

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  • 26

    Por volta dos 30 anos, o jovem adulto já tenha se especializado de

    alguma forma e saiba perfeitamente o que quer da vida. Começa a contagem

    regressiva: a partir desse momento, a expectativa média de 32 a 38 anos para

    a acumulação do patrimônio financeiro e imobiliário.

    - Segundo subperíodo de capacitação profissional plena

    Esta fase vai doa 48 / 43 até 50 / 55 anos, sendo bastante semelhante

    ao primeiro subperíodo. Com a diferença de que, agora, a pessoa tem muito

    maior experiência profissional e de vida. Caso ela não tenha dado início ao

    processo de acumulação de um patrimônio, disporá de menos tempo para

    alcançar esse objetivo. Isso significa que o indivíduo terá que esforça-se muito

    mais do que se tivesse começado no primeiro subperíodo.

    - Subperíodo de estabilização profissional plena

    Este terceiro subperíodo provavelmente é o último estágio da vida

    profissional do indivíduo, cobrindo dos 50 / 55 aos 60 / 65 anos, idade em

    que,em geral, ele está plenamente estabilizado e talvez já comece a pensar na

    aposentadoria. Caso queira acumular patrimônio, restará pouco tempo e é

    certo que seus objetivos terão de ser adaptados ao tempo que falta para a

    aposentadoria. Por isso mesmo, torna-se de suma importância, e até

    premente, dedicar este período à preparação para a vida depois da

    aposentadoria, para não ser surpreendido tardiamente por seus efeitos

    negativos.

    - Período de usufruto

    Esta fase caracteriza-se pela possibilidade de poder aposentar-se – um

    processo em que geral se inicia a partir dos 60 anos. Cada pessoa encara

    diferentemente este período de vida. Uns não pensam em parar de trabalhar,

    quanto outros querem usufruir da aposentadoria. Na atualidade, pode-se

    ultrapassar facilmente os 75 anos e chegar aos 80 ou até aos 90 anos de

    idade. Ou seja, o período de inatividade, hoje, pode ser mais longo do que o de

    formação. Portanto, é preciso dispor de patrimônio e recursos financeiros para

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  • 27

    se sustentar com qualidade de vida por um período tão longo. Assim, cabe a

    cada um preparar o complemento financeiro indispensável, usando os recursos

    da previdência complementar privada fechada ou aberta e ainda formando

    recursos próprios voluntários. No meu entender, esse é um dever do indivíduo

    para consigo mesmo.

    3.1 – DESDE JÁ! A PARTIR DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

    Para se tratar de questão financeira, desde cedo as crianças e

    adolescentes já podem adquirir exemplos, referências e aprendizagem a como

    lidar com o dinheiro para que sejam bem sucedidos financeiramente na sua

    vida no futuro.

    Frankenberg (1999) afirma de que a criança que recebe essas e outras

    lições desde cedo dos pais, com muito maior probabilidade se tornará um

    cidadão de sucesso, garantindo para si um porvir financeiro melhor.

    Conforme Cerbasi (2006) A idéia que se tem de dinheiro na vida adulta

    tem a ver com o modelo de dinheiro que tivemos quando criança por isso,

    educar uma criança é essencial.

    Mesmo que pai e mãe trabalham fora, para o sustento da família, e a

    criação dos filhos vão sendo terceirizadas por babás, creches e escolas, os

    maiores exemplos e responsáveis pela educação das crianças são os seus

    pais.

    Segundo Frankenberg (1999, p.317):

    “ Um dos desejos dos pais é que seus filhos sejam bem

    sucedidos financeiramente alcançando uma

    independência financeira quando adulto e nada melhor é

    existir pais que estão preocupados e dispostos a educar

    seus filhos de modo a reconhecer e respeitar o dinheiro

    que é gasto para o sustento familiar e saber fazer o uso

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  • 28

    correto do dinheiro não se tornando um consumidor que

    só trabalhe para pagar dívidas.”

    Conforme Frankenberg (1999) a relação que os pais possuem com o

    dinheiro, tem grande influência nas escolhas dos filhos. Se os pais relacionam

    com o dinheiro sem controle, não podem cobrar que seus filhos sejam

    diferentes.

    As crianças são facilmente influenciadas pelo comportamento dos

    adultos e uma facilidade de aprender a conviver com regras, desde que estas

    sejam praticadas por todos. Já os adolescentes tendem a se opor aos

    exemplos dos adultos, querendo romper com qualquer referência ao mundo

    infantil.

    Como sintetiza Frankenberg (1999, p.317), importante mesmo é que os

    pais estejam imbuídos de vontade de dar aos filhos o máximo que seu dinheiro

    permita. Incentivar filhos a serem curiosos e desejarem aprender é a metade

    do caminho para que eles se tornam cidadãos bem-sucedidos.

    Idade da criança Principais características

    comportamentais

    Papel dos pais

    De 0 a 2 anos de idade Os desejos não estão associados ao dinheiro, mas o interesse pelas atitudes dos pais é intenso e crescente.

    Dar o exemplo através de suas atitudes que serão certamente copiadas pelos filhos.

    De 3 a 4 anos de idade A realização de desejos é associada ao ato de comprar, que depende essencialmente da vontade e do dinheiro dos pais.

    Evitar banalizar o consumo e estabelecer regras para o dinheiro como limites orçamentários e datas para celebrações e presentes.

    De 5 a 6 anos de idade Percepção de que é possível interagir com estranhos sem a intervenção de adultos.

    Cultivar a independência, permitir aos filhos que interajam com vendedores, manipulem dinheiro em compras pequenas.

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  • 29

    De 7 a 10 anos de idade Percepção de papéis sociais e quantificação de valores, com o aprendizado da matemática.

    Conversar sobre dinheiro, trabalho, sustento da família, objetivos dos estudos e escolha da profissão.

    De 11 a 14 anos de idade Percepção das responsabilidades e primeiros conflitos típicos da adolescência

    Cultivar a liberdade, com a prática da mesada ou da oferta de recursos de uso livre pelos filhos. Incluir os filhos nas tarefas de organização financeira familiar.

    Acima de 15 anos de idade

    Necessidade de assumir papéis típicos dos adultos.

    Conversar sobre temas relacionados a administração pessoal, uso de bancos, incentivos maiores à formação de poupança e desejos versus investimentos necessários.

    Quadro 1 - Característica de cada fase Fonte: Cerbasi, 2009, p.41

    A tabela acima, Cerbasi (2006) mostra que a cada fase da vida da

    criança há mudanças em suas reações, emoções e desejos e cabe aos pais

    ensinar os seus filhos a trabalhar com o dinheiro de acordo com a sua idade e

    respectivos comportamentos.

    3.1.1 – Instrumentos que ajuda a na educação financeira

    Para ajudar na prática da criança, existem instrumentos que contribui a

    conscientização do dinheiro, controle ao consumo e planejando é possível

    atingir a comprar de algo que almeja.

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  • 30

    3.1.1.1 Cofrinho

    O uso do cofrinho é um interessante instrumento de educação

    financeira. Faz com que crie o hábito de poupar de forma mais divertida e

    torna-se algo descontraído entre pais e filhos.

    Enquanto muitos adultos ignoram as moedas, para crianças e

    adolescentes qualquer moeda é válida para encher o cofre. Conseguir encher

    o cofrinho significa para a criança a oportunidade de sonhar com a realização

    de conquistas financeiras e de colher os frutos da disciplina cultivada durante

    um período de tempo. Que a criança ao valorizar o seu esforço de poupar, veja

    que a um benefício em torno disso.

    Minha infância foi tão marcada pela prática do uso do cofrinho que faço

    questão de mantê-la até hoje. Para poder viajar, minha mãe tinha condições de

    pagar a viajem, mas já me comunicava que gastos com lembrancinhas e

    coisas do local para uso pessoal eu que deveria juntar dinheiro. Guardava

    dinheiro de merenda e o que ganhava, as vezes, do meu pai. Ao abrir o

    cofrinho, ver o valor e melhor, comprar sem problemas na viajem tudo que eu

    gostaria de comprar, não tinha satisfação melhor! E dependendo de onde,

    ainda voltava pra casa com dinheiro. Sensação melhor não tinha, por isso todo

    ano: novas metas e conquista financeira a realizar!

    3.1.1.2 – Mesada

    Mesada é mais um instrumento de educação financeira para que os

    filhos aprendam a lidar com dinheiro, passando por um “estágio” em

    independência financeira. O valor a ser dado aos filhos deve estar

    propriamente relacionado ao padrão de vida da família, portanto tem que haver

    uma conversa dos pais com os filhos para a tomada decisão do valor a

    receber.

    Segundo Cerbasi (2006, p.103):

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  • 31

    “A criança deve entender que o direito de decidir sobre o

    dinheiro é um ato de responsabilidade importante e

    merecido, ao qual ela fará jus se demonstrar um grau de

    amadurecimento compatível com tal responsabilidade.

    Qualquer outra interpretação é equivocada, devendo ser

    destacada pelos pais para não desviar a ferramenta.”

    Ainda conforme o autor, os pais têm que ter em mente que:

    - A mesada não deve ser interpretada como recompensa por serviços

    prestados;

    - A mesada não deve ser usada como instrumento de chantagem por

    parte dos pais;

    - A mesada não deve ser interpretada como prêmio por boa educação;

    - A mesada não deve ser imposta aos filhos;

    - O valor da mesada deve ser negociado, e não definido pelos pais.

    Frankenberg (1999) acrescenta que uma maneira simples de treinar os

    filhos a sempre ter alguma reserva e dar valor ao dinheiro é dar-lhes uma

    semanada ou mesada e dizer-lhes que os pais dobrarão o valor no fim do mês

    se eles tiverem colocado algo na poupança.

    3.2 – JOVENS

    Nesta etapa da vida é considerado que com o trabalho e estudo

    adquira renda pouco significativa sendo necessário a ajuda dos pais para

    pagar as despesas. Mas não se pode deixar de planejar seu futuro financeiro.

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  • 32

    Mesmo havendo muitos gastos com livros, bens pessoas é importante guardar

    parte do que se ganha para que seja investido.

    Algo importante que o jovem deve ter em mente é objetivos claros a

    respeito do dinheiro, se esforçando a guardar o dinheiro, com médio ou longo

    prazo, na finalidade de consumir em maior quantidade e melhor qualidade.

    Como afirma Frankenberg (1999, p.37):

    “É muito melhor refletir sobre o assunto enquanto

    você é jovem, sadio e ainda puder escolher se deseja um

    futuro de extrema pobreza ou um que lhe assegure

    razoáveis recursos financeiros para garantir conforto para

    si e seus familiares. Essa decisão terá que ser tomada

    hoje, e não quando não houver mais nenhuma

    possibilidade de alterar o rumo.”

    Enquanto se é jovem é possível criar, desenvolver investimentos que

    venha a complementar a sua renda para sua aposentadoria. Por isso é

    necessário que se alertem para isto, porque muitos agem pensando no hoje,

    aproveitando a vida intensamente e não enxergando a realidade, não levando

    a sério o seu futuro financeiro, não buscando a independência financeira.

    Sendo uma fase tão essencial para a vida financeira, onde tem que

    buscar fazer as melhores escolhas da vida, determinar prioridades, refletir do

    que é melhor para si, atualmente a maioria dos jovens não tem a noção do que

    querem e ainda não possuem orientação, visando isso o Frankenberg (1999,

    p.62) com sua vasta experiência deixa seu conselho que pode ser seguido até

    hoje e assim ele diz:

    “Dirijo essa mensagem de esperança especialmente aos jovens, que

    vejo tão desorientados e que, de tão desesperados diante do desemprego, não

    conseguem se quer vislumbrar o próprio futuro. Para aqueles que deram

    importância ao estudo, ao conhecimento, ao aperfeiçoamento, estão surgindo

    muitíssimas oportunidades. Talvez os mais velhos não consigam perceber as

    alternativas, porque lhes falta entusiasmo para se reciclar, mas as novas

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  • 33

    gerações só precisam olhar ao redor e se informar para se informar para

    perceber as novas profissões que se estão estabelecendo ou até o

    redirecionamento que ocorre em algumas das mais antigas, como o direito,

    para ficar em um só exemplo. Com perspicácia e persistência, é mais do que

    certo que os jovens irão encontrar seu lugar ao sol na informática, nas ciências

    ou na enorme quantidade de funções que a indústria e o comércio estão

    terceirizando. (Frankenberg 1999, p.62)

    3.3 – ADULTOS

    Enquanto adulto, a vida financeira estabilizada e organizada tem que

    ser mantida constantemente para não chegar a consumos que levem a dívidas

    que pode chegar a prejudicar ao tão sonhada aposentadoria merecida.

    O grande risco da renda segura está na possibilidade de

    nos acomodarmos e afrouxarmos nossa disciplina,

    deixando de zelar pelo orçamento. (Cerbasi, 2009, p.48)

    Conforme Frankenberg (1999), independente do que possa acontecer

    ao longo da nossa experiência, é bom ter idéias precisas sobre aquilo que

    queremos, formuladas como objetivos bem definidos. Estabelecer as metas e

    segui-las com firmeza, como já disse, é um princípio que deve nos guiar

    sempre; mudar constantemente de direção nos transformará em barcos sem

    rumo e, portanto, sem porto de chegada. Os objetivos finais – ou seja, nossas

    prioridades existenciais – devem prevalecer e estar sempre acima de

    contingências momentâneas.

    3.3.1 Na hora das compras

    Definir exatamente as metas de consumo, determinar o prazo em que

    irá realizá-las, o quanto vai custear, são critérios fundamentais para conseguir

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  • 34

    em menos tempo e com menos dinheiro a compra do que se almeja sem

    prejudicar a estabilidade financeira. Cerbasi (2009) diz que nessa decisão é

    muito importante que os objetivos sejam acordados com a família, assim os

    familiares poderão contribuir e incluir objetivos importantes para a realização

    Para economizar tempo e dinheiro basta se organizar para ir às

    compras, mas esta atitude deve ser tomada antes de detectar a falta de algo e

    precisar comprar com uma certa urgência tomando decisões precipitadas.

    Cerbase (2009) afirma que para ajudar melhor nas escolhas, comprar

    mais e gastar menos, montar um roteiro de orientação é ideal para manter os

    objetivos que quer alcançar, não assumindo gastos que tire do foco. Portanto

    para as compras é necessário, conforme o autor:

    A lista. Adote o habito de fazer uma relação dos itens que deseja

    comprar antes de sair às compras. Seja para compras de supermercado, idas

    ao shopping ou para as lembranças da viagem de férias, ter uma referencia do

    que quer ajuda-o a focar na pesquisa de preços e lhe permite economizar

    tempo para outras atividades. Além disso, você estará menos propenso a cair

    na armadilha do tipo “deixa eu ver o que tem nessa seção”.

    O teto. Não saia de casa se saber a verba disponível para o consumo

    pretendido. Se for viável consultar no orçamento averba já gasta no mês,

    melhor. Na pior das hipóteses, consulte ao menos seu estrato bancário e do

    cartão de crédito, caso pense em pagar as compras com o conveniente

    dinheiro de plástico.

    Quando o teto é baixo. Se você planeja comprar algo para o qual

    sabidamente não tenha recursos para pagar, faça as contas em casa e tenha

    em mente os limites para um possível financiamento: prestação máxima a

    pagar, limites para a taxa de juros que quer assumir, prazo máximo para o

    contrato de financiamento.

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  • 35

    Barriga cheia. Provavelmente você já ouviu dizer que, se formos ao

    supermercado com fome, nosso cérebro nos fará comprar mais alimentos do

    que realmente precisamos. Isso vale também para compra de roupas. Antes

    de ir ao shopping aproveitar as oportunidades, faça uma varredura em seu

    guarda-roupa e, seguindo a recomendação anterior, anote o que você sente

    que está em falta. Ao rever nosso estoque pessoal, muitas vezes encontramos

    peças de roupas que estávamos usando pouco ou que havíamos esquecido de

    colocar em uso. Isso ajuda a evitar a compra de itens que já temos.

    Pesquise sempre. Desenvolva o habito de conhecer o preço daquilo

    que você compra regularmente ou que gostaria de comprar. Se tiver

    dificuldades para isso, faça uma lista de compras genérica, relacionando os

    itens que você sempre compra, e anote os preços a cada compra. Os

    supermercados também costumam distribuir,pelas casas e prédios do bairro,

    folhetos com as promoções da semana. Tais folhetos poupam-nos de uma

    pesquisa, pois os produtos anunciados costumam ter preços equivalentes ou

    abaixo da concorrência. Bens duráveis, como livros, eletrônicos,equipamentos

    esportivos,material escolar e brinquedos, podem ter seus preços pesquisados

    na internet.

    Frankenberg (1999) afirma que antes de adquirir qualquer bem, de

    maior ou menor preço, pesquise. Pesquise sempre e tenha uma idéia razoável

    do quanto deve lhe custar a mercadoria em que você está interessado. Veja a

    mesma mercadoria em diversos lugares. Veja a mesma mercadoria em vários

    bairros, em diversas lojas, para então estabelecer qual é o preço mais correto.

    Além disso deve-se agir na compra ao seu favor, já que o objetivo é de

    economizar e comprar o que tanto deseja. Pode-se constatar em Cerbasi

    (2009) que munir-se de ferramentas e estratégias de consumo podem lhe

    render bons descontos e compras mais eficientes:

    Atenção à comunicação. Pessoas educadas procuram se relacionar

    com outras pessoas de maneira civilizada e gentil. Esse é nosso ponto fraco.

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  • 36

    Ao respondermos educadamente a perguntas de um vendedor, estamos

    indiretamente transmitindo a ele nossa freqüência de conversa. Se somos

    monossilábicos, ele estabelecerá esse padrão de comunicação. Se queremos

    conversa, o vendedor passa a ser um discursador. Essa comunicação

    correspondida cria uma sinfonia interpessoal que nos torna mais abertos a

    propostas e ofertas feitas pelo vendedor, e dificulta as recusas. Esse é o

    primeiro ponto a trabalhar: você é uma pessoa fantástica, mas provar isso a

    um vendedor não mudará sua vida.

    Evite se socializar. Não confunda loja com clube. Se você entrar no

    jogo e simpaticamente corresponder ao bate-papo aparentemente

    despretensioso do vendedor, cairá em uma das mais óbvias armadilhas. Uma

    vez envolvido pelo sentimento de afinidade ou amizade, você jamais assumirá

    postura agressiva nas negociações. É como negociar com um amigo (de

    verdade) ou um parente: tendemos a abrir mão de nossa margem, valorizando

    o lucro no relacionamento. Seja, portanto, duro e desvie de conversa fiada

    antes de fechar negócio.

    Não demonstre sentimentos. Se você demonstrar que gostou muito

    do produto que lhe está sendo apresentado, seja por um sorriso estampado no

    rosto, por uma celebração entre você e seu(sua) companheiro(a) ou por

    lágrimas de emoção, já estará dado o código de que o vendedor precisa.

    Neste momento, ele saberá que, se depender de seu lado emoção, a compra

    está fechada. Basta apenas converter seu lado razão, o que também não é

    difícil com algum treinamento. A indiferença é sua arma. Mantenha-se frio,

    mesmo que seja diante de seu sonho de consumo.

    Pagamento à vista = desconto. Esse é um ponto polêmico, pois o

    comércio tenta nos convencer de que essa idéia é falsa. Definitivamente, não

    é. Se uma loja parcela seus recebimentos, possui custo financeiro ao

    repassar suas duplicatas e pré-datados e, por isso, tem condições de dar um

    desconto para um único pagamento. Se não o faz porque não quer. Também

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  • 37

    não é obrigada a fazer. Há financeiras e operadoras de cartão de crédito que

    oferecem comissões aos lojistas que fecham negociações por meio dos

    produtos dessas empresas (financiamentos e cartões de crédito), o que

    realmente acaba fazendo da compra a prazo uma opção mais vantajosa para o

    lojista. Isso o desestimularia a promover descontos na venda à vista.

    Entretanto, se o produto que você quer é encontrado em várias lojas do varejo,

    pesquise. Provavelmente você encontrará algumas com negociações

    diferenciadas com os fabricantes ou, então, lojas sem vínculo com financeiras

    e operadoras de cartão, que provavelmente oferecerão condições

    interessantes para quem barganhar.

    - Negocie sempre. Não perca uma oportunidade sequer de negociar.

    Se há um vendedor auxiliando na escolha do produto, esprema-o para

    conseguir preços e condições melhores. Apele para a sensibilidade, para sua

    fidelidade à marca, para sua “intenção” de voltar futuramente e comprar mais.

    Quando conseguir o que acredita ser o melhor que o vendedor pode fazer,

    parta para o gerente da loja e use a mesma tática. Não tenha pressa de

    finalizar a compra. Faça teatrinho, dizendo que abandonará o que separou.

    Quando conseguir o que acredita ser o melhor que p gerente pode fazer por

    você, peça licença para ir ao banheiro ou tomar uma água e leia a

    recomendação seguinte.

    Como sintetiza Frankenberg (1999, p.395) “Pensar que pedir desconto

    demonstra que você é pobre ou não tem dinheiro suficiente já é coisa do

    passado. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, são aquelas de

    mais posses que mais desconto pedem.”

    - Controle seus impulsos. Jamais tome a decisão de compra na

    frente do vendedor ou dentro da loja. Nos centros de estudo do varejo,lojas

    recebem a denominação de “ambientes de sedução”, com cores, aromas,

    música e decoração arquitetados especificamente para nos induzir à compra

    por impulso. Experimente negociar,pedir para separar o item negociado e,

    então, sair da loja para dar uma voltinha. Você perceberá nitidamente que

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  • 38

    seus impulsos para a compra se refrearão e seus argumentos pessoais

    voltarão a ser mais racionais. Mais da metade das compras que seriam feitas

    são abandonadas quando o comprador deixa para decidir fora da loja. Se lhe

    faltarem argumentos para sair da loja, apele para a fisiologia: diga que está

    apertado para ir ao banheiro. Ninguém recusa esse argumento.

    - Tenha o negociador a seu lado. Ter coração mole dificulta qualquer

    negociação. Se você está entre os 50% da população que sabem que não

    negociam bem, não tente inventar a roda; leve um negociador com você,

    sempre.

    Portanto nada melhor do que escolher em comprar à vista, negociar

    preços em busca de condições melhores e pechinchar.

    Segundo Frankenberg (1999, p.39) “Poupar com sabedoria nem

    sempre significa obter o rendimento máximo. A escolha cuidadosa da

    instituição financeira que vai cuidar de seu dinheiro é importante, mesmo que

    seja preciso perder rendimento para garantir a segurança. Estar atento à

    atuação da instituição financeira, aos seus relatórios periódicos e a mudança

    na legislação é parte essencial do controle de suas poupanças. Verificar se os

    juros são corretamente creditados e constam dos extratos é exercer uma sábia

    supervisão. Falar com o gerente para ver se existe alguma forma de aumentar

    o rendimento sem incorrer em maior risco é um dever de cada poupador.”

    E ainda conforme o autor: Gastar com prudência significa saber

    diferenciar o que é essencial do que é supérfluo. Melhor é pensar duas vezes

    antes de adquirir um produto ou serviço e nos perguntar se de fato precisamos

    daquilo o se estamos nos deixando levar por um simples capricho, pela

    pressão do vendedor ou por desejarmos exibir a outrem nossa riqueza.

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  • 39

    3.4 – APOSENTADORIA

    Muitas pessoas define aposentadoria o fim de uma vida de trabalho, de

    compromissos com horário, o uso de uniforme, fazer coisas que muito tempo

    não faz ou nem teve oportunidade de fazer como viagens, cursos.

    É o início de uma fase em que a única obrigação é manter a vida

    financeira organizada para não ter problemas até o fim da vida. Calixto (2007)

    retrata que, a melhor alternativa é um planejamento da aposentadoria,

    segundo Luquet (2001, p. 10)

    “ Programar-se para a aposentadoria é o que fará a

    diferença entre você e os muitos aposentados que

    precisam continuar trabalhando para complementar a

    renda. Esperar que o governo mantenha seu padrão de

    vida quando você tiver arado de trabalhar é uma ilusão.

    Este é assunto só seu. ”

    Buscando aproveitar a liberdade que a aposentadoria proporciona é

    necessário economizar, juntar dinheiro e fazer escolhas inteligentes de

    investimentos para aumentar a renda mensal e assim obter uma aposentadoria

    tranqüila.

    Frankenberg (1999, p. 259) mostra possíveis formas de o cidadão criar

    renda complementar para ter uma vida mais confortável na época da

    aposentadoria, são:

    Adquirir determinadas apólices de seguro de vida (anuidades), que

    vencem aos 60 / 65 anos e cuja renda ou capital funcionam como fonte

    suplementar de renda mensal.

    Obter renda de aluguéis de imóveis residenciais ou comerciais.

    - Promover dividendos e lucros através de carteira ou fundo de ações.

    - Trabalhar e obter pró-labore e lucros em participações societárias.

    - Obter juros em títulos de renda fixa, obrigações, debêntures, fundos

    etc.

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  • 40

    - Obter benefícios (aposentadoria ou pensão) da aposentadoria oficial

    do INSS.

    - Obter benefícios da aposentadoria de entidades de previdência

    complementar fechada.

    - Obter benefícios da aposentadoria de entidades de previdência

    complementar aberta.

    - Manter atividade autônoma de comércio, indústria ou prestação de

    serviços pós-aposentadoria.

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  • 41

    CONCLUSÃO

    O dinheiro tornou-se uma das principais obsessões da humanidade.

    De acordo com as necessidades e desejos, pode torna-se uma prisão quando

    o dinheiro é mal administrado implicando aos sintomas do consumismo

    compulsivo, porque tem a ideologia de melhor é ter do que ser e assim

    sacrificando a vida para se tornar possível este mito.

    Infelizmente, na atualidade para ser visto bem na sociedade moderna

    tem que possuir as melhores coisas, os melhores produtos, mas não se

    importando se tem condições financeiras ou não.

    Como o indivíduo possui a necessidade de aceitação em um grupo

    social não mede esforços para se viver bem o hoje sem se importar com sua

    vida no futuro. Para possuir algo hoje é necessário ter o dinheiro.

    Para adquirirmos um hábito é necessário tempo para que seja

    introduzido integralmente na rotina da vida. Em relação à vida financeira, não

    deve ser diferente. Precisamos nos educar na área financeira para se tornar

    um cidadão que possui uma vida organizada e equilibrada financeiramente.

    Os exemplos e referências de pessoas na nossa vida é essencial

    sendo positivamente ou negativamente. Portanto quando criança, temos o

    costume de imitar a quem temos na nossa vida social. Logo, quando a uma

    pessoal de suma importância na construção do saber que vivi financeiramente

    mal, a probabilidade do futuro desta criança é de ser mal sucedida. Daí a

    importância de um planejamento financeiro. Para uma pessoa educada

    financeiramente se subestime em uma pessoa resolvida e organizada.

    Para toda fase da vida a uma solução em forma de conscientização,

    instrumento, comportamentos que chegam a influenciar positivamente na

    organização financeira.

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  • 42

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    CALIXTO, Marisley. Finanças Pessoais: Estudo de Caso de um Planejamento

    Financeiro para a Aposentadoria, Florianópolis (SC), 2007. 73 páginas.

    Monografia do Curso de Ciências Contábeis, Universidade Federal de Santa

    Catarina.

    CERBASI, Gustavo. Filhos inteligentes enriquecem sozinhos – como prepara

    seus filhos para lidar como dinheiro. São Paulo: Editora Gente, 2006.

    CERBASI, Gustavo. Como organizar sua vida financeira: inteligência financeira

    pessoal na prática. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2009.

    EQUIPE AKATU. Crianças e consumo, uma relação delicada 15 de outubro de 2007

    FRANKENBERG, Louis. Seu futuro financeiro, você é o maior responsável:

    como planejar suas finanças pessoais para toda a vida. Rio de Janeiro: Editora

    Campus, 1999.

    GÜNTHER, Mariléia. Planejamento das Finanças Pessoais: Benefícios e

    influências na qualidade de vida, Rio do Sul (SC), 2008. 54 páginas. Trabalho

    de Conclusão do Curso de Ciências Econômicas e Desenvolvimento Regional,

    Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí.

    NICACIO, Adriana. Educação Financeira para crianças e adolescentes< http

    +CRIANCAS+E+ADOLESCENTES > 02 de setembro de 2011

    SCARAZZATTO,Gabriel. Jovens Consumistas

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  • 43

    SOUZA, Débora Patrícia. A importância da Educação Financeira Infantil, Belo

    Horizonte (MG), 2012. 76 páginas. Monografia do Curso de Ciências

    Contábeis, Centro Universitário Newton Paiva.

    SUNDFELD, João. Educação financeira para adultos < http://www.sundfeld.

    com.br/educacao-financeira-para-adultos.html > Outubro - 2011

    TOLOTTI, Márcia. As armadilhas do consumo: acabe com o endividamento. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2007

    VEJA, Eles gastam muito < http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_

    080.html > junho2012

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  • 44

    ÍNDICE

    FOLHA DE ROSTO 2

    AGRADECIMENTO 3

    DEDICATÓRIA 4

    RESUMO 5

    METODOLOGIA 6

    SUMÁRIO 7

    INTRODUÇÃO 8

    CAPÍTULO I

    O Consumo entre as gerações 10

    1.1 – O consumo e a influência da sociedade 11

    1.2 – O consumo entre as crianças e adolescentes 12

    1.3 – O consumo entre os jovens 15

    1.4 – O consumo entre os adultos 16

    1.5 – O consumo entre os idosos (aposentados) 17

    CAPÍTULO II

    Planejamento Financeiro Pessoal / Educação Financeira 18

    2.1 – Objetivo de Planejar 19

    2.2 – Conscientização 20

    2.3 – Instrução / Métodos 21

    2.4 – Critérios 22

    2.5 – Desestruturação Financeira 22

    2.6 – Os Investimentos dos Brasileiros 24

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  • 45

    CAPÍTULO III

    Em prática nas etapas da vida 25

    3.1 – Desde já! A partir das crianças e adolescentes 29

    3.1.1 - Instrumentos que ajuda a na educação financeira 30

    3.1.1.1 – Cofrinho 30

    3.1.1.2 – Mesada 30

    3.2 – Jovens 31

    3.3 – Adultos 33

    3.3.1 – Na hora das compras 33

    3.4 – Aposentadoria 39

    CONCLUSÃO 41

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

    ÍNDICE 44

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    AGRADECIMENTOSSUMÁRIOCAPÍTULO I- Consumo entre as gerações10CAPÍTULO II - Planejamento Financeiro / Educação Financeira 18CAPÍTULO III – Em prática nas etapas da vida25

    CONCLUSÃO41BIBLIOGRAFIA CONSULTADA42ÍNDICE44Mais da metade não tem 'sobra' no fim do mêsINVESTIMENTOS PREFERIDOS*

    SUNDFELD, João. Educação financeira para adultos < http://www.sundfeld. com.br/educacao-financeira-para-adultos.html > OutubroFOLHA DE ROSTO 2AGRADECIMENTO 3