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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DO MARKETING ESCOLAR NA ATUALIDADE
DENISE RODRIGUES GASPARINI
ORIENTADOR:
PROF. CARLOS AFONSO LEITE LEOCADIO
VITÓRIA 2008
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DO MARKETING ESCOLAR NA ATUALIDADE
Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista em Administração Escolar. Por Denise Rodrigues Gasparini
VITÓRIA 2008
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RESUMO
O objetivo deste estudo foi demonstrar a importância desempenhada pelo marketing escolar na atualidade. Para a realização da pesquisa utilizou-se o método descritivo, baseado em pesquisa bibliográfica. O marketing escolar através de sua estratégia básica, tem o objetivo de criar meios e incentivar projetos que possam gerar novas matrículas e os alunos que já se encontram no colégio matriculem-se para o ano seguinte. Tendo em visa que a escola, como uma organização que se relaciona com um determinado mercado, deve praticar e ter em conta a aplicação de uma filosofia e das técnicas de marketing com o fim de atingir um certo conjunto de objetivos. Para tanto, através da pesquisa realizada observa-se que para que haja um bom planejamento de marketing de relacionamento é preciso que a escola atue com: um atendimento Pró-ativo; com canais de comunicação; com agentes de relacionamento; com eventos; e através de convênios com escolas e empresas. concluiu-se que é importante destacar que é não é correto que as instituições de ensino se esqueçam de seu princípio que é educar. A educação não pode ser vendida como um produto qualquer. A instituição de ensino deve ser preservada em seus valores mais importantes que levam a formação do ser humano, à construção do futuro com mundo mais justo; e muitas escolas, ao elaborarem seus planos de marketing se esquecem de sua missão, da razão da sua existência.
Palavras-chave: Escola; Marketing Escolar; Marketing de Relacionamento;
Cliente/Aluno.
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METODOLOGIA
A metodologia desta pesquisa se caracteriza como descritiva, baseada em
pesquisa bibliográfica.
A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas e, de um modo geral,
assume a forma de um levantamento, sendo mais realizada por pesquisadores
das áreas de ciências humanas e sociais, preocupados com a atuação prática
(GIL, 2003). A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de
referências teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada
independentemente ou, também, como parte da pesquisa descritiva (GIL,
2003).
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................... 06
CAPÍTULO 1. O MARKETING: EVOLUÇÃO HISTÓRICA ...................... 08
1.1 Conceito de marketing ...................................................................... 12
CAPÍTULO 2. MARKETING ESCOLAR: ABORDAGEM GERAL ........... 16
2.1 Estratégia do marketing escolar ...................................................... 19
CAPÍTULO 3 A EDUCAÇÃO E O MARKETING ...................................... 21
3.1 A importância do marketing escolar na atualidade ....................... 25
CONCLUSÃO ........................................................................................... 30
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 32
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INTRODUÇÃO
As instituições escolares vêm sendo pressionadas a repensar o seu papel
diante das transformações que caracterizam o acelerado processo de
integração e reestruturação capitalista mundial (LIBÂNEO, 2001). De fato, o
novo paradigma econômico, os avanços científicos e tecnológicos, a
reestruturação do sistema de produção e as mudanças no mundo do
conhecimento, afetam a organização do trabalho e o perfil dos trabalhadores,
repercutindo na qualificação profissional e consequentemente, nos sistemas de
ensino e nas escolas.
Atualmente, o educador deve possuir uma visão empresarial, não podem mais
aguardar que o sucesso da sua escola ou empresa aconteça somente com o
reconhecimento da qualidade de seus produtos e serviços pelos seus
consumidores, mas entender o relacionamento com seus alunos, clientes,
mercados e concorrentes como um novo desafio a ser superado rumo a tão
desejada prosperidade (BARRETO, 2004).
Antes a escola oferecia apenas informações, conteúdos teóricos aos alunos,
com o propósito de prepará-los para o cumprimento dos deveres de cidadão e
para exercer uma profissão no futuro. Hoje, diante das mudanças decorrentes
do processo de globalização, a escola desperta para novos papéis. Os pais,
hoje, esperam que a criança esteja em um lugar seguro, de confiança, e que
tenha uma formação moral e ética, isentando os pais dessa responsabilidade.
Atualmente, as instituições de ensino, como quaisquer outras empresas em diferentes segmentos do mercado, cometem deslizes, tanto na condução quanto na escolha dos caminhos que seus negócios seguem, por não atenderem as necessidades especificas de seu próprio mercado. O dinamismo impera para garantir o sucesso dessas empresas (AGUILAR, 2005, p. 03).
O marketing na atualidade é imprescindível, seja qual for o ramo do mercado. E
não deve ser utilizado em uma empresa apenas quando tem um produto a ser
vendido. Observa-se que em um mercado saturado de propagandas,
utilizando-se dos mais sofisticados meios para divulgar as matrículas abertas
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no Colégio, atividades, método de ensino, espaço físico e outros atrativos, mas
será que está satisfazendo o seu público-alvo e com resultados satisfatórios.
Portanto, na busca de conhecer essas expectativas exigidas pelos pais, e
assumindo os novos papéis que lhe estão sendo impostas, a instituição escolar
poderá atender as necessidades e expectativas de seu público alvo. É para
isso que a escola tem que estar aberta a novas táticas de abordagem para
atrair e manter alunos. Diante deste contexto, questiona-se: qual a importância
do marketing escolar na atualidade?
Sob esse aspecto, o presente trabalho propõe, a demonstrar a importância
desempenhada pelo marketing escolar na atualidade. Os objetivos específicos
compreenderam: abordar a escola na atualidade; analisar a importância do
diferencial do marketing escolar e verificar a relevância do marketing escolar na
atualidade.
Através de literaturas pertinentes ao assunto, como de Philip Kotler, Wilson
Cerqueira, Ian Brooks, Peter Drucker e José Carlos Libâneo, têm-se o
propósito de discernir o tema, enfocando a importância da instituição escolar
hoje, em melhorar a satisfação do público da instituição. Tendo em vista que o
sucesso de qualquer uma instituição é agradar seus clientes, satisfazendo suas
necessidades. Na linguagem do Marketing aponta-se que uma empresa
vitoriosa é aquela surpreende as expectativas e consegue encantar os clientes.
Oferecer-lhes o novo, o inesperado, o que ele menos imagina que poderá lhe
ser útil.
A escola, a partir do instante que é considerada uma organização que se
mantém contatos com um determinado mercado, estará se comprometendo
também com a aplicação do marketing para atingir os seus objetivos, que nada
mais é, do que satisfazer de forma rápida e eficiente seu cliente e
conseqüentemente obter lucros. Este lucro em âmbito escolar se resume no
recrutamento de alunos. E para isso, a escola tem que estar aberta a novas
táticas de abordagem para atrair e manter alunos.
E é este o papel do Marketing na escola, ou seja, criar meios e incentivar
projetos para que possam gerar novas matrículas e os alunos que já se
encontram no colégio matriculem-se para o ano seguinte.
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CAPÍTULO I
O MARKETING: EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O marketing constitui um campo do conhecimento intimamente associado ao
Capitalismo; sendo que se entende por sistema capitalista um processo
econômico no qual de um lado existe o produtor, que cria e disponibiliza
produtos, e de outro estão os consumidores que demandam por esses
produtos de valor. O capitalismo é conceituado como:
Sistema em que os meios de produção são de propriedade privada de uma pessoa (ou grupo de pessoas) que investe o capital; o proprietário dos meios de produção (capitalista) contrata o trabalho de terceiros que, portanto, vendem as suas forças de trabalho para a produção de bens (LAKATOS; MARCONI, 1999, p. 344).
Através do processo de troca, que envolve dinheiro por mercadoria,
compreende-se essa sutileza, que é fundamental para a compreensão do que
é capitalismo e também do que é marketing. “A essência do Marketing é a
relação de troca, esta relação foi transformada ao longo dos anos,
principalmente a partir da Revolução Industrial” (KOTLER; ARMSTRONG,
2003, p. 30).
Através da troca os consumidores podem obter produtos. Com a troca que o
marketing está baseado, pois este surge quando as pessoas decidem
satisfazer suas necessidades.
Explica Campos (2001, p. 26) que na época da Revolução Industrial a
preocupação central era a produção massiva de produtos não diferenciados e a
indústria que oferecesse o menor preço obtinha vantagem sobre as outras. A
maior importância era dada aos processos de produção e redução de custos. O
cliente não tinha nenhum poder de negociação, era uma troca onde prevalecia
o interesse das indústrias.
Ressalta Toledo; Caigawa (2003, p. 3):
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[...], o marketing se desenvolve entre as décadas de 20 e 50, [...]. Apesar de já existirem cursos de marketing em Universidades dos EUA desde 1910, ainda se tratava do marketing voltado para o produto e posteriormente para o preço.
O período entre 1925 e início dos anos 50, considerado a era da venda, onde
as técnicas de produção já estavam dominadas, e na maioria das nações
desenvolvidas, a preocupação era com o escoamento dos excedentes de
produção. Para Kotler e Armstrong (2003, p. 21) que o conceito de Marketing,
como filosofia empresarial, surgiu para desafiar antigos conceitos; mesmo
tendo uma longa história, seus pontos básicos só se tornaram sólidos nos
meados da década de 1950.
A empresa com orientação para vendas era aquela que assumia que os
consumidores iriam resistir em comprar bens e serviços que não julgassem
essenciais. Para subsidiar o trabalho dos vendedores, as empresas começam
a anunciar seus produtos, na expectativa de que os consumidores abririam
suas portas para receber os vendedores. Na era da venda, Peter Drucker,
citado por Kanitz (2005, p. 2) obtinha a seguinte visão para o marketing:
“Marketing é tudo aquilo que se faz numa empresa para tornar vendas
desnecessárias".
O conceito de Marketing é uma filosofia empresarial que surgiu para desafiar
antigos conceitos; mesmo tendo uma longa história, seus pontos básicos só se
tornaram sólidos nos meados da década de 1950.
De acordo com Campos (2001, p. 2):
[...], em 1958, já tinha identificado uma mudança na atitude em relação às atividades empresariais, mas só agora se verifica efetivamente, de forma mais ampla e num contexto mais propício. [...] a atitude da alta administração em relação às atividades de marketing tem mudado: ao invés de ser considerada como a fase final das atividades empresariais, o marketing tem sido reconhecido como o início das atividades empresariais.
Sendo assim, todas as organizações praticantes do marketing estão sempre
monitorando o mercado em busca de novas descobertas e nichos que
possibilitem sua expansão e crescimento. Estas atividades empresariais
acompanham a forte incidência de elementos ambientais, que englobam
análises demográficas, econômicas, político-legais e socioculturais, que
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fornecerão elementos de forte incidência no momento de decidir qual estratégia
adotar. A partir daí que se entende o conceito teórico de marketing.
A expressão anglo-saxônica Marketing, deriva do latim “mercare”, que definia o ato de comercializar produtos na antiga Roma. Enquanto tudo o que se produzia era vendido, ou melhor, era comprado, não havia a necessidade de um esforço adicional de vendas e, portanto, o Marketing era desnecessário (CAMPOS, 2001, p.28).
Após a segunda Guerra Mundial o marketing foi introduzido com o nome de
Mercadologia, passando, ao longo dos tempos, a ser substituído pelo termo
Marketing, que é reconhecido internacionalmente (RICHERS, 1981).
Ressalta Richers (1981) que neste período, houve a extensão do marketing
para setores não lucrativos, o que obriga à alteração da definição inicial. Ou
seja, o marketing, passa a ser definido como um conjunto dos métodos e dos
meios que uma organização dispõe para promover, nos públicos pelos quais se
interessa, os comportamentos favoráveis à realização dos seus próprios
objetivos (RICHERS, 1981).
Na década de 1960 Jerome McCarthy apresentou o conceito dos 4 Ps: Product
(Produto); Price (Preço); Place (Lugar ou Ponto de Venda); e Promotion
(Promoção), para caracterizar o "mix" de Marketing. Os 4 Ps foram introduzidos
como quatro variáveis básicas que comporiam a estratégia de mercado de uma
empresa (KOTLER; ARMSTRONG, 2003).
Nos 4 P’s para o mercado de calçados da empresa em estudo, caracteriza-se:
• O produto (product), que inclui a definição dos produtos a fabricar e/ou
vender e dos serviços a prestar, estão voltados para o público jovem,
arrojado e irreverente.
• A distribuição (placement), que define a política de distribuição dos
produtos, nomeadamente o tipo de canais a utilizar e o número e tipo de
intermediários (armazenistas, retalhistas, etc.), entre outros, enquadram-se
os varejistas, localizando em grandes metrópoles brasileiras.
• A comunicação (promotion), ou seja, a política de comunicação é uma das
variáveis mais importantes do marketing mix. É onde inclui as estratégias
de publicidade, relações públicas, promoções, entre outras, que visam
aumentar a notoriedade dos produtos e das marcas.
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• O preço (price) é que ajuda a posicionar os produtos. É aqui que a
empresa define as suas margens de lucro. O seu preço está posicionado
para públicos das classes A, B e C.
A década de 1970 caracterizou-se pelo estudo do inter-relacionamento entre
empresa e o ambiente em que ela está inserida, especialmente no que se
refere aos reflexos das ações de Marketing na sociedade, assim como pela
solidificação dos trabalhos sobre o comportamento do consumidor. Em meados
da década de 1970 a eletrônica entrou na arena do Marketing, onde a
tecnologia da eletrônica modificou a maneira de fazer negócios no Marketing
direto (CAMPOS, 2001).
Na década de 1980 o Marketing significava conquistar e manter clientes. No
início da década de 1990 (CAMPOS, 2001), afirma Kotler e Armstrong (2003, p.
29) que um maior equilíbrio entre a oferta e a demanda, e a forte concorrência
que havia entre os produtos de consumo modificou novamente a concepção do
Marketing.
[...] o marketing de forma história, verifica-se que seu desenvolvimento e sua importância como ferramenta de gestão, deram-se exatamente no momento em que os mercados, passaram a ser mais agressivos e mais disputados, e notadamente quando as fronteiras deixaram de ser barreiras para as práticas de oferta e aquisições de bens de todos os tipos (MIRANDA, citado por RAMPAZZO et al, 2005, p.61).
A atividade profissional de marketing consiste em entender e modificar as
atitudes e comportamentos de todos os tipos de consumidores, de forma a
torná-las favoráveis aos objetivos da organização. Os responsáveis pelo
marketing das organizações devem esforçar-se para ver os consumidores
como eles são, de fato, e não como gostariam que fossem.
Segundo Kotler e Armstrong (2003, p. 29) o marketing na atualidade consiste
nas seguintes práticas:
§ Equiparar marketing a vendas;
§ Enfatizar a conquista de clientes, e não a manutenção dos mesmos;
§ Tentar lucrar em cada transação em vez de lucrar gerenciando o valor do
tempo de vida de um cliente;
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§ Elevar preços com base em markup, que é a porcentagem do custo ou
preço de um produto acrescentada ao custo para obter o preço da venda,
em vez de determinar preços por metas;
§ Planejar cada ferramenta de comunicação separadamente em vez de
integrá-las; e
§ Vender o produto em vez de tentar compreender atender às reais
necessidades dos clientes.
A partir de então o foco do Marketing passou então a ser administrativo,
exigindo análise, planejamento, organização e controle de suas atividades. A
partir deste período a preocupação com as necessidades e desejos do
consumidor tornou-se necessária à sobrevivência das empresas.
1.1 Conceito de marketing
À medida que o marketing se difundiu, as trocas se revelaram em sua evolução
novas tendências, como a compreensão dos canais de distribuição, ou seja, do
número de intermediários entre produtor e consumidor.
Para a American Marketing Association citado por Kotler (2000, p. 4):
[...] marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais.
Afirma Kotler (2000, p. 3) que o marketing é a ciência aplicada mais
preocupada em administrar trocas de forma eficaz e eficiente visando lucro.
Sendo sua essência: “[...] o desenvolvimento de trocas em que as
organizacionais e clientes participam voluntariamente de transações destinadas
a trazer benefícios para ambos” (KOTLER, 2000, p. 4). Para Peter Drucker
(citado por Furini, 2002, p. 1) marketing é: “[...] o processo pelo qual a
economia é integrada à sociedade para servir as necessidades humanas”.
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A partir do conhecimento das necessidades humanas, o marketing passa para
a tendência para uniformização dos produtos, ou seja, aumentar seus esforços
quanto aos seus produtos no sentido de atender as preferências
individualizadas dos consumidores e confeccionar seus produtos com vistas a
um segmento específico do mercado.
O marketing terá de ser, cada vez mais, o elemento aglutinador neste ambiente
econômico; seja a organização voltada para fins lucrativos, ou não, o marketing
permeará, em todos os níveis, o seu processo decisório, possibilitando-lhe ser
mais interativa, flexível e, produtiva. Já Kotler (1999, p.11), define uma das
atribuições do marketing como: “[...] ajudar as empresas a perceber a
importância de mudar o foco de sua organização de produto para mercado e
clientes” (Kotler, 2000, p. 12). Por isso, que:
[...] o profissional de marketing necessita aceitar o fato de que os segmentos de mercado mudaram. Seja considerando os clientes demográfica, psicográfica ou comportamentalmente, ou até mesmo pelo estilo de vida, é cada vez mais difícil classificar os compradores (GORDON, 1998, p.27).
Muito entendem que marketing é ligado a promoção, e vendas, mas não é, a
venda é apenas uma faceta dele. Se um profissional de marketing fizer um bom
trabalho de identificação das necessidades do consumidor, desenvolver bons
produtos, e definir um preço ideal distribuí-los e promovê-los com eficácia, com
certeza esses bens de consumo serão bem vendidos. O que não significa que
vendas e promoção sejam atividades sem grande importância, mas são, pois
fazem parte do marketing, que integram um conjunto de instrumentos utilizados
para afetar o mercado.
Como explicita Kotler (2000, p.12-13) o marketing um processo social e
gerencial através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo de que necessitam
e desejam pôr meio da criação e troca de produtos e valores. Portanto, para
melhor compreender esses conceitos Kotler e Armstrong (2003) define alguns
pontos centrais do marketing; que são: necessidades, desejos, demanda,
produtos, trocas, transações e mercados.
§ A necessidade humana é um estado em que se percebe alguma
privação. O ser humano tem necessidades complexas, incluindo
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necessidades físicas básicas de alimento, vestuário, calor e segurança;
necessidades sociais de inclusão e afeição; e necessidades individuais
de conhecimento e auto-realização. Quando não é satisfeita, a pessoa
procurará um objeto que satisfaça ou tentará um objeto que a satisfaça
ou tentará reduzi-la (KOTLER, 1998).
Ou seja, quando os indivíduos que pertencem às sociedades industriais podem
tentar encontrar ou desenvolver objetos que satisfarão os seus desejos. As
pessoas da sociedade menos desenvolvidas possivelmente tentarão reduzir ou
satisfazer seus desejos com que estiver disponível.
§ Os desejos são as necessidades humanas moldadas pela cultura e
pelas características individuais. Muitos vendedores confundem desejos
com as necessidades, o cliente com a mesma necessidade irá desejar o
novo produto.
Neste parâmetro sabe-se que à medida que a sociedade evolui, os desejos de
seus membros aumentam. Uma empresa pode desejar vender o seu produto
ao invés de atender às necessidades de seus clientes.
§ As demandas são as necessidades humanas acessíveis ao poder de
compra. Quando viabilizamos o desejo de uma pessoa, este se torna
uma demanda, uma procura. O mercado demanda muita coisa, porém
existem desejos infinitos para recursos limitados. As pessoas escolhem
os produtos cujos benefícios proporcionam satisfação de acordo com os
seus desejos e seus recursos financeiros. Isto quer dizer, que o produto
deve oferecer o máximo de vantagem que o recurso financeiro pode
pagar.
§ Os produtos representam qualquer coisa que possa ser oferecida ao
mercado para satisfazer um desejo, necessidade ou demanda. O
produto está diretamente relacionado com a satisfação do consumidor.
Entende-seque os produtos que se aproximarem dos desejos dos
consumidores serão mais bem-sucedidos; pois, o produto representa algo de
valor para alguém.
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§ A troca é o conceito central do marketing, e representa apenas uma, das
muitas maneiras, pelas quais as pessoas podem obter o objeto
desejado.
Através da troca que se cria muitas possibilidades de consumo, porém para
que ela ocorra, cada uma das partes precisa estar de acordo e livre para
aceitar ou rejeitar a negociação.
§ A transação é uma especificação da troca. A única diferença é que ela é
composta de valores e pode vir a ocorrer através de dinheiro ou apenas
por produtos.
As transações constituem a unidade do marketing através das ações para
obtenção de respostas do público-alvo, acerca de um produto, serviço ou outro
objeto qualquer.
§ Os mercados consistem no grupo de compradores reais e potenciais de
um produto ou serviços. Pode ser constituído de várias formas. A mais
primitiva é aquela forma em que as pessoas se agrupam com o objetivo
de fazer uma transação. O mercado sempre existiu.
Nesses aspectos, através da estratégia de mercado, o papel do marketing é
chegar onde o mercado está, ao invés de fazer com que ele chegue até nós. O
importante é levar os produtos até onde as pessoas estão. O mercado é em
sua essência, o que ele é, não existe mágica.
[...], o marketing vem preconizando o desenvolvimento de técnicas e ferramentas que têm por objetivo, se não diminuir, ao menos saber lidar com a incerteza e permitir uma melhor eficácia nos negócios, em prol dos clientes, dos acionistas e da sociedade como um todo (SENNA, citado por RAMPAZZO, et al, 2005, p. 26).
Em âmbito geral, o marketing é um fator-chave de sucesso nos negócios. O
seu termo não deve ser compreendido na sua antiga concepção de se fazer
uma venda. As empresas de hoje tornaram a concorrência acirrada, e as
recompensas irão para as que melhor entenderem os desejos e melhor
atenderem seus consumidores-alvo. Afirma Kotler e Armstrong (2003) que
mesmo com a intensidade das mudanças no pensamento do marketing, as
transformações futuras serão ainda maiores no pensamento e na prática do
marketing.
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CAPÍTULO 2
MARKETING ESCOLAR: ABORDAGEM GERAL
A escola, como uma organização que se relaciona com um determinado
mercado, deve praticar e ter em conta a aplicação de uma filosofia e das
técnicas de marketing com o fim de atingir um certo conjunto de objetivos.
Segundo Persona (2006, p. 02): “Não acredito que uma escola consiga
sobreviver por muito tempo ou com a qualidade que o mercado exige se não
planejar, desenvolver estratégias e até mesmo expor sua capacidade para o
mercado”. Isto porque está relacionada à com diferentes tipos de públicos com
os quais tem de lidar no seu dia a dia.
Segundo Claro (2004) a definição de marketing, mesmo sendo bem discutido
nos últimos anos, ainda é objeto de desconhecimento por parte dos diversos
gestores de empresas, dos mais variados ramos, acentuando-se essa situação
ainda mais no ramo educacional.
Essa dificuldade se baseia até nas próprias características desses dirigentes,
oriundos muito mais da área de educação e da pedagogia do que propriamente
da área de administração. A preocupação com a profissionalização dessas
Instituições somente agora foi colocada na pauta das mantenedoras. Apenas
nos últimos anos que houve um aumento do interesse da profissionalização
dessas equipes, em virtude do acirramento da concorrência e também da
possibilidade da abertura desse mercado a empresas estrangeiras, que virão
com uma estrutura altamente profissionalizada e aguçada para tratar com a
gestão de ensino (CLARO, 2004).
Marketing Educacional é o esforço de posicionamento/comunicação desenvolvido por instituições de ensino (colégios, universidades, faculdades, entidades representativas destas instituições etc) junto aos usuários de seus produtos e serviços (estudantes, professores ou profissionais) ou a grupos sociais determinados ou ainda à própria comunidade (BUENO, 2005, p. 02).
Ainda segundo Chiavenato (2004, p. 112):
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[...], as organizações propiciam um ambiente de relações diversas. Dessa forma, as pessoas se inter-relacionam e se comportam em busca da satisfação de uma ou mais necessidades. Afirmação esta que tem como base as aclamadas Teorias Motivacionais de Maslow e Herzberg. Em uma escola as necessidades variam desde a busca do conhecimento, de novas experiências, de interação social, e, ainda, da satisfação das necessidades fisiológicas.
Segundo Bueno (2005) o marketing educacional não pode, como percebem
algumas instituições, ficar à mercê dos desejos e idiossincracias dos reitores e
empresários da educação e exige planejamento e ações continuadas, não
podendo restringir-se a determinadas situações, como o recrutamento de
alunos ás vésperas dos vestibulares. A escola na atualidade, deve, em primeiro
lugar, referir-se à alguns dos públicos que atua, como o conjunto de alunos
cujo interesse principal é adquirir uma determinada formação específica. E por
outro lado, deve assinalar-se o conjunto das organizações, na sua maior parte
empresas, que pretendem recrutar esses alunos e usufruir das experiências de
investigação científica desenvolvidas na escola, pelos seus docentes, no
âmbito dos respectivos projetos de caráter científico.
Segundo Abrantes (2005) algumas Escolas têm sobrevivido até agora sem
pressões por parte do mercado. Mas, existe um conjunto de fatores que tem
passado para segundo plano, como sejam o número de alunos com emprego
entre os que terminaram o curso, níveis de remuneração esperados pelos
diplomados, potencialidades de desenvolvimento de carreiras ou
desenvolvimento de investigação científica com possibilidades de aplicação no
tecido das organizações que são o seu público alvo. Muitas vezes parece que
único fator importante é começar e terminar um determinado ano letivo.
Para relacionar a prática do marketing numa organização não lucrativa e num
estabelecimento de ensino deve-se partir de alguns indicadores, conforme
enumera Abrantes (2005):
• Considerar que se está a oferecer algo que é desejável para as
empresas e organizações sem ter indicadores que o comprovem
minimamente;
• Imputar a falta de interesse destas organizações à sua ignorância ou
falta de motivação;
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• Confiar demasiado na publicidade (ou na propaganda) e nas relações
públicas;
• Limitar o papel da investigação;
• Não reconhecer segmentos distintos de mercado e aplicar uma
estratégia única para todo o mercado;
• Ignorar que existem outras Escolas concorrentes no mercado que têm
públicos alvo idênticos e que pretendem satisfazer o mesmo tipo de
necessidades;
• Ignorar que os recursos humanos da instituição deverão conhecer tanto
as características do mercado como as áreas de conhecimento em que
se integram.
Para a aplicação do marketing, segundo Kotler (2000), existem alguns pontos
de partida, tais como:
• Análise do mercado, ou seja, os segmentos de mercado e o meio
envolvente;
• Análise dos recursos, o que implica determinar os pontos fortes e fracos
próprios e das organizações concorrentes, bem como as ameaças do
meio envolvente;
• Análise da missão, o que supõe definir os campos de atividade
concretos que se desenvolvem e os clientes para quem se direcionam.
Segundo Kotler (2000) as escolas também devem ter em conta a utilização dos
quatro instrumentos básicos do Marketing. Embora a comunicação através da
publicidade seja o mais visível, devem igualmente empregar-se os restantes
(produto, preço e distribuição) para conseguir uma maior efetividade nos
programas que se propõe desenvolver, como a seguir se exemplifica:
• Produto - a adaptação dos cursos ao tecido empresarial existente, bem
como a criação de outros, de acordo com as necessidades emergentes;
• Preço - levar a que o tempo e os esforços por parte das organizações
que acolhem os alunos dos cursos seja mínimo, quer para efetuarem o
seu recrutamento quer para os incluírem em programas de estágio. E
ainda, por exemplo, a realização de contratos programa com aquelas
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organizações para o desenvolvimento de um compromisso de longo
prazo entre estas e as escolas;
• Distribuição - colocar à disposição das organizações que fazem parte do
público alvo da instituição de ensino instrumentos que lhe permitam
aceder de imediato e sem esforço à Escola, no sentido de obterem o
que ela oferece. Por exemplo, bases de dados, linhas de atendimento
telefônico de acordo com os serviços a prestar, páginas da Internet,
publicações periódicas, etc.
• Comunicação - utilizar canais de comunicação, o mais personalizados
possível, e adaptados às características dos segmentos de mercado que
a escola serve, tendo sempre em conta que as informações a prestar
deverão ser feitas de forma a que os benefícios a obter por parte dessas
organizações sejam claramente postos em evidência.
O princípio é, pois, não fazer nada que não seja pretendido pelo mercado e
procurar sempre a fidelidade das organizações àquilo que a escola lhes
oferece. O importante é reconhecer que o marketing hoje é imprescindível em
qualquer ramo do mercado e não deve ser utilizado dentro de uma empresa
somente quando tem um produto a ser vendido.
2.1 Estratégia do marketing escolar
A palavra estratégia vem do grego strategos e está intimamente relacionada
com a questão militar. Strategos significa um general em comando de um
exército, ou seja, “a arte do general” (FILGUEIRAS, 2002, p. 3).
Segundo Roxo e Gonçalves (2001, p. 1) a formulação e implementação de
estratégias empresariais é um processo de gestão visando à tomada de
decisão, a médio e longo prazos, envolvendo decisões relativas à definição de
negócios (produtos, serviços, clientes alvo, posicionamento, etc.), objetivos de
desenvolvimento e, muito em especial, a fatores chave de sucesso.
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Toda empresa é uma reunião de atividades que são executadas para projetar,
produzir, comercializar, entregar e sustentar seu produto, identificando
maneiras específicas de diferenciar1 seus produtos para obter vantagem
competitiva (KOTLER, 1998). Como aborda Porter (1989, p. 87): “A cadeia de
valores de uma empresa e o modo como ela executa atividades individuais são
um reflexo de sua história, de sua estratégia, de seu método de implementação
de sua estratégia, e da economia básica das próprias atividades”.
Em um mercado de mudança contínua, as empresas bem-sucedidas devem
criar e manter consumidores satisfeitos; ou seja, adaptando-se a esse perfil
estará orientando-se para o mercado através de um Planejamento Estratégico
(através dos níveis corporativo, divisional, unidade de negócio e produto) -
onde, poderá desenvolver-se e manter-se num ajuste viável entre os objetivos,
experiências e recursos organizacionais e suas oportunidades de mercados
mutantes, moldando e remoldando os negócios e produtos empresariais com o
objetivo de crescimento e lucro.
A escola a partir do instante que é considerado uma organização que mantém
contatos com um determinado mercado, estará se comprometendo também
com a aplicação do marketing para atingir os seus objetivos que nada mais são
do que satisfazer de forma rápida e eficiente seu cliente e conseqüentemente
obter lucros. Este lucro se resume no recrutamento de alunos, e para isso, a
escola tem que estar aberta a novas táticas de abordagem para atrair e manter
alunos.
Portanto, a estratégia do marketing na escola, consiste em criar meios, e
incentivar projetos que possam gerar novas matrículas e os alunos que já se
encontram no colégio matriculem-se para o ano seguinte.
1 Diferenciação é o ato de desenvolver um conjunto de diferenças significativas para distinguir a oferta da empresa das ofertas concorrentes de seus concorrentes (Kotler, 2003, p. 254).
21
CAPÍTULO 3
A EDUCAÇÃO E O MARKETING
O marketing na atualidade não pode restringir-se apenas a um setor da
empresa que cria situações para propiciar a venda de determinados produtos
através da propaganda voltada apenas para um fim, a sua função está muito
mais abrangente. Como destaca Gordon (1998, p. 27):
[...], o profissional de marketing necessita aceitar o fato de que os segmentos de mercado mudaram. Seja considerando os clientes demográfica, psicográfica ou comportamentalmente, ou até mesmo pelo estilo de vida, é cada vez mais difícil classificar os compradores. Eles parecem estar agindo de modo incomum.
O mercado moderno conta com bases fundamentais, que é a criação de um
relacionamento duradouro com os clientes. A escola é vista como prestadora
de serviços. O setor de serviços, segundo Silva (2002), tem passado por um
crescimento considerável dentro da economia brasileira, seja através da
geração de novos empregos, elaboração e aperfeiçoamento de produtos.
O aumento da participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que
comprova esta tendência. Como ressalta Denton (1989) citado por Silva (2002,
p. 2): “[...], qualquer novo crescimento no futuro ocorrerá ainda mais no setor
de serviços”.
O aumento do setor, segundo Cannie e Caplin (1994) ocorreu porque os
clientes dessa nova era se concentram na qualidade dos serviços muito mais
do que em qualquer outro fator – tanto que satisfazer os clientes através da
qualidade dos serviços tornou-se a nova “via expressa” da economia norte-
americana.
O setor de serviços vem ganhando importância cada vez maior em muitos países que tiveram sua economia fortemente baseada nas atividades industriais. A preocupação, antes voltada unicamente para o aumento da produtividade, já não atende os requisitos do atual panorama de alta competitividade, que vem em busca da satisfação total dos clientes. A entrega de serviços de qualidade ao consumidor tem aparecido como uma importante estratégia de posicionamento de
22
mercado (BERRY; PARASURAMAN, 1992 citado por SILVA, 2002, p. 01).
Nas escolas na atualidade, o cliente (pais, professores, funcionários, etc)
preocupa-se com o serviço em âmbito geral, seja no atendimento, seja no
produto, seja o ambiente. Tendo em vista que serviços: “[...] um ato ou
desempenho que cria benefícios para clientes por meio de uma mudança
desejada no – ou em nome do destinatário do serviço” (SENNA citado por
RAMPAZZO, et al, 2005, p. 27); acrescenta Kotler (2000, p. 9) que no serviço:
“[...] uma parte pode oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e
não resulta na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar
vinculada a um produto físico”. Explica Kotler (2002, p. 15) que:
Embora guarde certa semelhança com o marketing de produtos, o marketing de serviços apresenta algumas diferenças inerentes. As características que diferenciam os serviços dos produtos são a intangibilidade, a indivisibilidade, a variabilidade e a perecibilidade. Além disso, o critério de satisfação é diferente, e o cliente participa desse processo.
A intangibilidade dos serviços refere-se àqueles que não podem ser
observados, provados, apalpados, ouvidos ou cheirados antes de serem
adquiridos. A indivisibilidade é aquele serviço que não pode ser separados do
prestador dos serviços, como sua aparência e sua conduta. A variabilidade
consiste em serviços inseparáveis das pessoas, como a qualidade dos serviços
prestados aos clientes que podem variar. A perecibilidade é aquele serviço que
não pode ser armazenado para venda ou utilização posterior. De acordo com
Churchill e Peter (2003, p. 291):
O setor de serviços tem crescido por duas grandes razões: Primeiro pela crescente demanda dos consumidores e compradores organizacionais, e em segundo lugar, pelo avanço nas tecnologias tornando os serviços mais acessíveis e disponíveis.
A medida que as economias nacionais desenvolvem-se, as pessoas ficam mais
inclinadas a consumir um maior número de serviços, pois dispõem de mais
recursos além do necessário para despesas básicas de alimentação, roupa e
moradia. As mudanças nas estruturas familiares também levaram a uma maior
demanda de serviços. Para que uma empresa possa operar em um mercado,
ela precisa reconhecer que não alcançará todos os consumidores com a
23
mesma intensidade, e sim deverá reconhecer sua fatia de mercado e tentar
atendê-la da melhor forma possível, identificando seu consumidor potencial,
escolha de um ou mais segmentos e posicionando-se nesse mercado.
[...] o marketing no campo de serviços, emerge de forma natural, a qual focaliza explicitamente aquilo que se entende como o cerne de marketing: facilitar a realização de trocas, entendidas no contexto amplo do exposto até o presente. Ressalte-se, todavia, que a tendência de associação das atividades de compra e venda de serviços à troca, embora correta, é limitativa, pois outras funções e atividades facilitam o processo de troca, mas apenas se encontram implícitas no conceito de marketing (TOLEDO, 1998, p. 15-16).
O marketing educacional assemelha-se em vários aspectos ao marketing de
produtos tangíveis ou bens. Porque, do ponto de vista do marketing, bens e
serviços não são drasticamente diferentes. Ambos destinam-se a oferecer valor
aos clientes em uma troca, bem como devem ser oferecidos em locais e preços
apropriados.
Segundo Braga (2005) grande parte das escolas investe seus exíguos recursos
nas rotineiras “campanhas de matrículas” ou campanhas para captação de
alunos na época da matrícula. É relevante considerar que isso não é o
suficiente para um bom marketing educacional. Tendo em vista que as
instituições escolares estão atuando em um cenário de inúmeras
possibilidades.
Um cenário absolutamente imprevisível, que ao mesmo tempo se mostra maravilhoso e terrível. Maravilhoso porque impulsiona a um terreno de buscas e descobertas permanentes. Terrível porque divide o homem, despedaça suas heranças. Cria uma sociedade baseada no imediatismos e nas vantagens. A escola inserida neste contexto sócio- econômico e cultural também não fica de fora. Corre contra o tempo para encontrar benefícios sendo um vencedor no mercado e assim garantir o sucesso (BRAGA, 2005, p.03).
Para Kotler (2003) existem quatro contribuições do Marketing na educação:
§ Maior sucesso no atendimento da missão da instituição, o marketing vai
servir de ferramenta para a escola saber como lidar com a sua missão e
metas estabelecidas.
A missão determinada pela escola pode ser um forte atrativo para os clientes,
mas, se ela não é bem definida, o Marketing servirá para descobrir caminhos,
24
criar programas atuais e atraentes que tragam respostas para a mesma
cumprir eficazmente sua missão educacional.
§ Melhorar a satisfação do público da instituição. O sucesso de uma
instituição seja ela qual for, é agradar seus clientes, satisfazendo suas
necessidades.
Na linguagem do Marketing ma empresa vitoriosa é aquela surpreende as
expectativas e consegue encantar os clientes. Oferecer-lhes o novo, o
inesperado, o que ele menos imagina que poderá lhe ser útil. Em uma escola o
que poderá ser oferecido aos alunos diretamente e aos seus pais
indiretamente? Se houver o perfil de uma família moderna, onde o pai e a mãe
trabalham o dia todo, porque não a escola oferecer atividades esportivas e
recreativas que possam atender estas necessidades? Se o primordial neste
país tem sido a segurança porque não a escola oferecer um sistema de
transporte escolar que vá buscar e levar os alunos com maior segurança?
Estas e outras idéias podem fazer parte de um plano estratégico de marketing.
§ Melhorar a atração de recursos de marketing. Ao pensar em satisfazer
os clientes, as instituições devem atrair novos recursos, através de uma
pesquisa, coleta de dados junto ao público-alvo, para melhorar a atração
destes recursos necessários;
§ Melhorar a eficiência das atividades de marketing. O marketing é
sinônimo de organização, desenvolver trabalhos com embasamento.
São muitas as instituições que confundem Marketing com Publicidade e, sem
um plano estratégico, vão para o mercado para apenas colocar alguns
anúncios no jornal, outdoor e rádio, achando que estão fazendo muito
marketing. Estão, na realidade, praticando um marketing desordenado e podem
aparecer falhas no seu resultado. Por isso, é necessário um conhecimento
básico das atividades do marketing e de como ele pode ser bem empregado
em uma instituição.
É importante ressaltar que a empresa terá condições de atender ao mercado-
alvo, se estiver comprometida com o planejamento de programas e serviços
adequados e desenvolver programas viáveis, com preços e comunicação
viáveis para informar, motivar e atender ao mercado.
25
3.1 A importância do marketing escolar na atualidade
A terminologia marketing educacional é bastante novo no Brasil; para Kotler
(2003) talvez devido a falta de cultura, experiência ou orientação para o
mercado, tenha deixado as instituições escolares abaladas com a nova
realidade mundial; ou seja, excesso de oferta educacional e escassez e
diluição da demanda. Atualmente, sem mercados-alvo satisfeitos, não existe
Instituição que consiga prosperar.
Acrescenta Kotler (2003, p. 26) que: “[...] o marketing ensina que marketing vai
além de atrair matrículas”, é importante estar atento para satisfazer as
necessidades dos seus públicos e o primeiro passo é ouvi-los. O marketing
educacional é hoje um segmento em constante crescimento, e afirma Kotler
(2003) que o marketing de relacionamento representa uma nova postura na
interação entre uma empresa ou entidade e seus clientes; é relativamente
recente, surgido nos anos 90. Como todos os conceitos da área de
administração, este também surgiu de uma necessidade, imposta pelo
mercado. Uma necessidade de reformulação da relação empresa/consumidor
(McKENNA, 1993).
Recentemente, o marketing de relacionamento tornou-se prático e possível,
como destaca Mckenna citado por Guerra (2000, p. 17): “[...], esse é o grande
desafio do marketing moderno, voltado para o relacionamento, sua tarefa é
servir às verdadeiras necessidades do cliente e comunicar a substância da
empresa, não lançar todos os tipos de maquiagem ou artifícios”.
A terminologia ‘relacionamento’ significa desenvolver ferramentas e meios que
permitam um contacto direto com o cliente, procurando desenvolver-lhe uma
psicologia de fidelidade com o fornecedor. O grau de relacionamento da
empresa com seus clientes é a razão do sucesso das empresas, independente
do ramo em que esteja atuando.
Através da fidelização do cliente que o marketing de relacionamento investe,
prioritariamente, na manutenção do cliente já conquistado, embora, é óbvio,
não descarte a conquista do cliente potencial, pois está cada vez mais difícil
26
conquistar clientes novos e cada vez mais fácil perder os que já se possui
(McKENNA, 1993).
É através do marketing de relacionamento, que as organizações podem
projetar e lançar ações voltadas aos clientes, na busca constante que estes
tornem-se cada vez mais próximos de seus produtos e/ou serviços, de forma a
utilizá-los e recomendá-los a inúmeras pessoas, pois indiretamente e
imperceptivelmente, reconhecem o valor e o esforço a eles disponibilizado por
aquela empresa, que a todo momento se preocupa com seu bem estar e
atende prontamente suas solicitações.
O relacionamento é uma forma presente no sistema de comercialização, pois faz parte do processo existente na venda, em suas três fases: pré-venda, venda e pós-venda, sendo nestes estágios que o trabalho começa. Com o conhecimento sobre os hábitos e costumes de seu cliente é, que você pode antever-se a qualquer ação, surpreendendo e fazendo-se presente em seu cotidiano (CABRINO, 2002, p. 2).
Com os dados em mãos, o profissional de marketing poderá oferecer ou até
mesmo realizar a manutenção de compra de seu cliente, pois assim terá as
informações, históricos de grande valia que tornam a comercialização mais
personalizada, mais próxima e informal.
Por isso que o: “Marketing de relacionamento é o processo de identificar,
interagir, diferenciar, atender e ampliar as relações como os melhores clientes,
de forma individualizada e personalizada” (BRESCIANI, 2005, p. 99).
A cada dia, observa-se que os consumidores detêm uma maior quantidade de
informações e se dirigem a uma posição mais privilegiada na relação com as
escolas. Ressalta Braga (2005, p. 06) que: “É o consumidor quem já está
ditando as regras em diversos segmentos de mercado, devido ao fato de estar
mais bem informado sobre os produtos e também à grande concorrência entre
as empresas”.
É por isso que as escolas devem estudar muito bem o mercado, e
principalmente seu público alvo, para poder atender da melhor forma suas
necessidades. O marketing de relacionamento apresenta o conceito de
intangibilidade de um produto ou serviço e trabalha bastante com a área
27
subjetiva da mente do consumidor, lutando para que ele realmente se torne leal
à sua marca.
Segundo Kotler (2003) com o intuito de implementar estratégias de
relacionamento em uma instituição de ensino é preciso seguir o seguinte
roteiro:
• Definir o cliente pretendido (segmentação);
• Localizar o cliente (prospect);
• Conhecer o cliente (prospect);
• Estabelecer um relacionamento com o cliente (prospect);
• Criar vínculos com o prospect (familiaridade e confiabilidade);
• Matricular o prospect (transformá-lo em cliente ativo);
• Fidelizar o cliente;
• Manter o cliente para o resto da vida (educação contínua);
• Contar com o cliente para a captação de novos clientes.
Ressalta Braga (2005) uma escola que visa a realização de um trabalho de
marketing bem feito deve iniciar através do entendimento de sua real
abrangência. Para se ter uma idéia inicial, o marketing educacional deve
envolver:
• Planejamento Estratégico;
• Pesquisas de Marketing;
• Sistemas de Informação (concorrência, mercado, ambiente, cenários,
etc);.
• Publicidade e Propaganda;
• Relações Públicas;
• Assessoria de Imprensa;
• Eventos Culturais e Esportivos;
• Promoções e Merchandising;
• Endomarketing ou Marketing Interno;
• Webmarketing;
• Marketing de Relacionamento;
28
• Sistema de Atendimento ao Aluno.
O marketing de relacionamento possui um conceito essencial, que é o da
criação de um vínculo relacional com o cliente, de forma a desenvolver nestes
sentimentos de familiaridade, confiança e credibilidade quanto a uma marca
e/ou instituição.
Durante as ações de relacionamento, o cliente e a escola passam a se
conhecerem melhor, desenvolvendo vínculos de confiança e familiaridade.
Para que isso ocorra efetivamente, é necessário que, em cada contato, a
instituição realize algo que agregue valor ao cliente e ao relacionamento.
Portanto, a essência do marketing de relacionamento consiste em você
aprender a ser útil para seus clientes e construir com eles relacionamentos
duradouros. Dessa forma, cada interação com o cliente não deve ser vista
apenas como uma oportunidade de venda, mas também como uma
oportunidade de aprendizagem.
Para o alcance de objetivos concretizados e com eficiência é preciso estar com
coerência do foco principal ou do negócio de uma instituição de ensino, que é a
educação, ou seja, a disseminação do conhecimento por meio de atividades,
pesquisa e extensão. Desse modo, não se pode desfocar disso, dando mais
importância a fatores que possam fazer parecer que a instituição educacional é
somente um espaço para obtenções de emprego.
Explica Dias (2006) que esse posicionamento ficará voltado para as “tentações
de mercado”, com o objetivo de satisfazer apenas os desejos do cliente/aluno.
Mesmo que essa afirmação não seja errada, é importante ressaltar que poderá,
ao longo do tempo, comprometer a imagem da instituição se esta mantiver uma
perspectiva simplória e até mesmo podendo perder a essência do negócio: a
formação do aluno para o mercado em conseqüência de uma boa formação
para ciência.
É necessário recuperar o mercado educacional, pois é um segmento bastante
específico e diferente de mercados industriais. Quando se fala em marketing
educacional é necessário explicar as diferenças do marketing empregado nas
instituições de ensino, começando pelo “mix de marketing” ou composto
mercadológico para instituições de ensino.
29
Para tanto é relevante adequar o entendimento em relação aos P’s – Produto,
Preço, Ponto e Promoção – do mix, pois eles permearão as diferenciações
estratégicas. Os mesmos farão parte de um composto dentro do planejamento
e servirão de indicadores para a gestão da instituição, com relação ao seu
posicionamento e aos objetivos para cada etapa do ciclo de vida do serviço
educacional.
O P de produto transforma-se em P de projeto pedagógico, o qual deve ter coerência com segmentos de escolha e a função de reforçar o posicionamento da instituição. Neste P deve-se mostrar claramente os propósitos do negócio educacional e as diferenças de serviços agregados, como a preocupação na inserção do aluno no mercado de trabalho (programa de estágio) (DIAS, 2006, p. 05).
O “P” de preços refere-se ao “P” de preço de mensalidades, que é também um
dos pontos com mais forte influência no posicionamento da instituição (como
desejamos ser vistos no mercado).
O “P”de ponto ou praça trata da preocupação com a distribuição, a qual deve
permear os aspectos de estrutura física do local (se o curso for presencial).
Já o “P” de promoção passa a ser processo de comunicação, cuja preocupação
maior é com a divulgação institucional, pois está diretamente relacionada à
marca da instituição e não com a propaganda de cada serviço. Esses,
naturalmente, recebem a chancela, o status e a confirmação de sua marca.
Após essa adequação e do direcionamento com relação ao plano estratégico,
pode-se se considerar que um fator de sucesso e sobrevivência de uma
instituição de ensino é a qualidade percebida pelos alunos e sociedade,
validada pelo Ministério de Educação e, o que julgo de maior importância,
enraizada nos colaboradores, os quais serão mais comprometidos com o
mercado educacional.
Diante desse contexto, se confirma um desafio, que é a aproximação, ou quase
um alinhamento, de critérios de qualidade para o grupo, formado pela
instituição, alunos, sociedade e MEC. Apenas desta forma pode-se ter as
relações transparentes, processos melhor desenhados, decisões mais
assertivas de trocas e, com isso, teremos um negócio em que todos ganham.
30
CONCLUSÃO
O marketing é entendido tanto uma filosofia como uma técnica; como base
filosófica consiste em uma postura mental, uma atitude, uma forma de
conceber uma determinada relação de troca por parte de uma organização que
mantém uma oferta no mercado. Como técnica, o marketing consiste em um
modo específico de executar e desenvolver uma relação de mudança, que
consiste em identificar, criar, desenvolver e servir a procura.
O principal objetivo do marketing em uma instituição de ensino é determinar as
necessidades, as despesas e interesses de seu público-alvo e transformar
essas ansiedades em serviços oferecidos, preservando, dessa maneira, seus
alunos, captando novos, começando tudo com um planejamento.
A gestão escolar deixou de ser atribuída apenas aos aspectos financeiros e
pedagógicos, passando assim, a acompanhar as evoluções da sociedade;
através da ampliação de estratégias, competitividade, tecnologia, ativos
intangíveis, tornou-se pré-requisito para muitas escolas, as quais passaram a
traçar planos de ação mais concisos.
É por isso, que ao se tratar de administração escolar, incluem-se todos as
áreas relativas à ciência administrativa.
Através da pesquisa realizada observa-se que para que haja um bom
planejamento de marketing de relacionamento é preciso que a escola atue
com:
• Um atendimento Pró-ativo;
• Com canais de comunicação;
• Com agentes de relacionamento;
• Com eventos; e
• Através de convênios com escolas e empresas.
31
A grande maioria das escolas acreditam que fazer marketing é fazer a
propaganda da instituição, e ainda acham que ao desenvolverem a suas
campanhas de matrículas, estão desenvolvendo uma estratégia de marketing.
Mas, essa é uma pequena parte. A propaganda é apenas uma das muitas
ferramentas que o marketing se utiliza para atingir os seus objetivos e buscar
os resultados positivos.
A comunicação, a propaganda para lidar com a imagem da escola, deve ser
uma complementação do processo que apenas inicia no ato da matrícula. A
propaganda da escola é a expressão da realidade do serviço educacional que
ela oferece e isso poucas instituições educacionais sabem fazer.
É importante destacar que é não é correto que as instituições de ensino se
esqueçam de seu princípio que é educar. A educação não pode ser vendida
como um produto qualquer.
A instituição de ensino deve ser preservada em seus valores mais importantes
que levam a formação do ser humano, à construção do futuro com mundo mais
justo; e muitas escolas, ao elaborarem seus planos de marketing se esquecem
de sua missão, da razão da sua existência.
32
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