DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORALjogadores forçaram os clubes a remunerarem seus...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA VALOR DA MARCA DOS CLUBES DE MAIOR EXPRESSÃO DO RIO DE JANEIRO Por: Bruno César Pinto de Oliveira Orientador Prof. Mario Luiz Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

    AVM FACULDADE INTEGRADA

    VALOR DA MARCA DOS CLUBES DE MAIOR EXPRESSÃO DO RIO DE

    JANEIRO

    Por: Bruno César Pinto de Oliveira

    Orientador

    Prof. Mario Luiz

    Rio de Janeiro

    2014

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    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

    AVM FACULDADE INTEGRADA

    VALOR DA MARCA DOS CLUBES DE MAIOR EXPRESSÃO DO RIO DE

    JANEIRO

    Apresentação de monografia à AVM Faculdade

    Integrada como requisito parcial para obtenção do

    grau de especialista em Marketing.

    Por: Bruno Cesar Pinto de Oliveira

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    AGRADECIMENTOS

    À Deus por ter me concebido força e coragem para caminhar e

    conseguir chegar ao fim de uma das muitas jornadas em minha vida. À minha

    mãe Wanda e ao meu pai José Carlos por terem apoiado e acreditado e que eu

    pudesse chegar até aqui. À minha noiva Arlene, que me entende e ajuda em

    todos os momentos. Aos meus grandes amigos por sempre acreditarem em

    mim e estarem compartilhando momentos muito importantes comigo. Aos meus

    familiares, presentes durante todo o meu desenvolvimento pessoal e

    profissional.

  • 4

    DEDICATÓRIA

    À minha mãe Wanda e ao meu pai José

    Carlos por terem me ensinado a valorizar

    ao máximo cada momento em minha vida,

    À minha noiva Arlene que sempre está ao

    meu lado vivendo as alegrias que são

    muitas, e partilhando as angustias que por

    ventura se apresentam.

  • 5

    RESUMO

    A profissionalização do esporte tornou necessária a ampliação dos

    investimentos na área e é neste contexto que o marketing esportivo,

    caracterizado na relação entre as organizações e as entidades esportivas, se

    faz presente através da associação da marca da organização à identidade das

    equipes. O torcedor como consumidor é fiel por excelência em virtude de

    sentimentos e emoções muito peculiares que sentem por seu clube. Através da

    relação torcedores-consumidores os clubes obtêm os recursos que, ao longo

    dos anos, permitirão montar equipes mais ou menos competitivas. E tratando-

    se de esporte, o torcedor torna-se peça fundamental para a consolidação da

    marca. É o torcedor que atrai as empresas a apoiar o esporte. Este estudo

    pretende analisar as relações entre o torcedor-consumidor, o fornecedor e o

    futebol.

  • 6

    METODOLOGIA

    Para a realização do estudo são apresentados os modelos e métodos de

    pesquisa que foram utilizados para a identificação e análises de dados

    publicados em bibliografias e documentos que possibilitem um direcionamento

    de uma resposta para um questionamento que está diretamente ligado a forma

    com que o torcedor se relaciona com o clube de futebol de sua preferência.

  • 7

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO 08

    CAPÍTULO I - O Esporte Futebol 11

    CAPÍTULO II - A Marca 17

    CAPÍTULO III – Apresentação e Análise dos Dados 23

    CONCLUSÃO 50

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52

    ÍNDICE 56

  • 8

    INTRODUÇÃO

    Desde que o esporte futebol chegou ao Brasil, com Charles Miller

    trazendo duas bolas de couro, dois uniformes e um livro de regras da Inglaterra

    nos anos finais do século XIX, devido a sua popularidade e preferência entre os

    brasileiros das mais diversas classes sociais e raças, alcançou o patamar de

    “paixão nacional” sendo assim o esporte mais praticado no país.

    No entanto, o futebol até chegar ao formato que conhecemos hoje,

    passou por diversas transformações, como a sua faze amadora e elitista, na

    qual jogadores não brancos eram proibidos de praticá-lo, até o início da década

    de 1930, quando este quadro se modificaria com a sua profissionalização.

    A profissionalização do futebol e do esporte em geral, tem tornado cada

    vez mais necessária à ampliação dos investimentos na área para sua

    manutenção. Neste contexto o marketing esportivo, caracterizado na relação

    entre as organizações e as entidades esportivas, se faz presente através da

    associação da marca da organização à identidade das equipes, como, por

    exemplo, a Unilever e o SESI no vôlei, a marca dos patrocinadores “masters”

    tornou-se o nome das equipes.

    Segundo Mullin, Hardy & Sutton (1996), "marketing esportivo" consiste

    em todas as atividades designadas a atender às necessidades dos

    consumidores de esporte por meio de um processo de intercâmbio. A

    expressão "marketing esportivo" desenvolveu duas vertentes principais: o

    marketing de produtos esportivos e serviços direcionados ao consumidor de

    esporte e o marketing de outros produtos de consumo, industrial e de serviços,

    pelo uso de promoções esportivas (POZZI, 1998).

    Em relação ao marketing esportivo alguns fatores como o nível de

    exposição da marca das organizações com custos mais baixo em relação a

    outras atividades de marketing, o crescente interesse da mídia nos eventos

    esportivos e a própria globalização do marketing contribuem para o aumento de

    incentivos financeiros no esporte.

  • 9

    Neste cenário, o futebol se apresenta como o maior beneficiado. Em

    2011, a “indústria do futebol” atingiu receita recorde de R$ 5,38 bilhões,

    evolução de 196% em relação a 2004 (BDO RCS, 2012), e não obstante, é o

    esporte preferido pelos brasileiros tanto na prática esportiva quanto em

    acompanhamento através da mídia.

    Os clubes de futebol têm alavancado suas receitas ao longo dos anos,

    devido aos investimentos proporcionados por parceiras com grandes

    empresas, aos contratos de transmissão de jogos junto a TV, e maior

    participação do torcedor nos negócios gerados pelos clubes.

    A profissionalização do futebol tem feito com que as empresas voltem

    suas atenções para a criação de estratégias de marketing direcionadas ao

    público que acompanha o esporte, com o objetivo de alcançar um melhor

    posicionamento no mercado ou lançamento de produtos. As empresas formam

    alianças com os clubes de futebol se apoiando no valor da sua marca no

    mercado e na sua relação com o torcedor.

    Com a crescente evolução dos recursos empregados na indústria do

    futebol, e demais variáveis que envolvem o esporte como, hábito do torcedor,

    força da torcida e características do mercado local, é possível mensurar o valor

    da marca dos clubes no mercado atual. Ao se fazer uma análise das marcas

    dos clubes do Rio de Janeiro que são: Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense

    e Botafogo, o valor consolidado de suas marcas alcançou R$ 1,38 bilhão

    representando 25,6% do valor total nacional. E o crescimento do valor de suas

    receitas e de suas marcas estará relacionado com a forma como os clubes se

    relacionam com os seus torcedores, que segundo Leoncini (2001), é o

    consumidor final da indústria do futebol.

    O presente estudo tem por objetivo promover uma análise acerca do

    valor da marca dos maiores clubes de futebol do Rio de Janeiro e as variáveis

    que a compõem, como a relação desses clubes com os seus torcedores, assim

    como empresas patrocinadoras e a TV.

    O primeiro capítulo aborda a uma descrição de fatos que acompanham a

    trajetória do futebol no Brasil, com a chegada de Charles Miller que trouxe

  • 10

    consigo, da Inglaterra, as regras do esporte bem como alguns equipamentos

    para a sua prática. Aborda também a época em que o esporte era amador,

    transcorrendo pelas questões raciais e sociais que foram características

    marcantes do futebol naquele momento, bem como o inicio e consolidação do

    profissionalismo do esporte, quando se consolidou a relação dos clubes com as

    empresas patrocinadoras a TV e principalmente o torcedor.

    O segundo capítulo aborda o tema marca, transcorrendo pelo seu

    significado e os fatores que agregam valor para a sua posição no mercado

    consolidação em relação aos consumidores.

    O terceiro capítulo trata efetivamente do valor da marca dos clubes de

    futebol. Descreve sobre os 17 maiores clubes do Brasil, e de forma mais

    específica dos 4 maiores clubes do Rio de Janeiro, decorrendo sobre a sua

    posição no cenário nacional e sua relação com o mercado de patrocinadores,

    as redes de televisão e com os seu torcedores, que são os seus maiores

    consumidores.

  • 11

    CAPÍTULO I

    O ESPORTE FUTEBOL

    A profissionalização do esporte em escala global e o constante

    crescimento no volume de negócios envolvendo empresas, públicas e privadas,

    e o futebol é constante. Neste capítulo é feita uma revisão da literatura sobre a

    sua história no Brasil, objetivando um melhor entendimento sobre o esporte

    como um negócio. Do mesmo modo são apresentados pontos de como os

    agentes desse esporte se comportam à dinâmica do mercado e se relacionam

    com os seus clientes: o torcedor.

    1.1 – O futebol no Brasil

    Existem referências de que o futebol chegou ao Brasil em meados do

    século dezenove, pois já era praticado algo semelhante por marinheiros em

    parque e praças do país. No entanto, o início oficial do futebol no Brasil ocorreu

    em 1895 quando Charles William Miller, ao retornar de uma viagem à

    Inglaterra. Com duas bolas de couro, dois uniformes e um livro de regras,

    promove uma partida, disputada mais ou menos dentro das regras oficiais,

    entre os funcionários da Companhia de Gás, do Banco de Londres e da

    Ferrovia São Paulo Railway (GUTTERMAN, 2010).

    Naquele momento o café era o principal brasileiro, o que proporcionava

    a geração de grandes lucros para a elite paulista e modificava o perfil da cidade

    de São Paulo e do próprio país: “Foi o ciclo da riqueza gerado pelo café que

    alavancava não só a economia, por meio da industrialização e da entrada de

    capital externo, como também a vida social, com a entrada de imigrantes e a

    conseqüente introdução de hábitos e cultura estrangeiros, no meio dos quais

    estava o ‘esporte bretão.’” (GUTERMAN, 2010). O futebol, já difundido na

    Europa, foi recebido pelos brasileiros como mais uma das modernidades a

    serem incorporadas (MAGALHÃES, 2010).

    1.2 – O futebol amador

  • 12

    Em seu início no Brasil o futebol não despertava a paixão que

    despertaria tempos depois, tampouco gerava disputas e capital, como viria a

    acontecer décadas depois. Até então ele era, em primeiro lugar, uma atividade

    de lazer, um ambiente de confraternização para as elites. E enquanto estivesse

    nas mãos das classes mais altas, o caráter amador do esporte seria mantido, a

    fim de manter, assim, sua restrição a poucos (MAGALHÃES, 2010).

    Segundo Caldas (1990), o primeiro grande jogo, aquele que empolgou

    a platéia, foi realizado em São Paulo, em 1899, na presença de sessenta

    torcedores (...). de um lado, estava o time formado pelos funcionários da

    empresa Nobling; do outro, os ingleses que trabalhavam na Companhia de

    Gás, da Estrada de Ferro e do Banco (inglês). No final, um resultado sem

    novidades: vitória dos ingleses por 1 x 0.

    O esporte era proibitivo, elitista e racista. Era praticado apenas nos

    clubes de elite. As várzeas devolveram ao povo o que era seu por direito, pois

    o futebol - como o conhecemos hoje - é originário das manifestações culturais

    das camadas populares da Inglaterra do final do século XIX. Nesta fase, as

    entidades de prática eram compostas por clubes da elite e jogadores amadores

    (AIDAR, 2000).

    As Entidades de administração e as Instituições evoluíram da seguinte

    maneira: em 1886 foi fundada a International Football Association Board -

    guardiã das regras e da organização desse esporte até hoje. Em 1894, as

    regras são trazidas da Inglaterra ao Brasil, por Charles Miller; Em 1904 é criada

    a FIFA (Fédération Internationale de Football Association), cujas funções

    principais são organizar e fiscalizar o futebol mundial; a CBD (Confederação

    Brasileira de Desportos) foi fundada em 1916 (AIDAR, 2000), com objetivo de

    regularizar o esporte no Brasil.

    Segundo Aidar (2000), a cobrança de ingresso e pensada pela primeira

    vez na primeira década do século no estado de São Paulo.

    1.3 – Início e consolidação do profissionalismo

    Nesta fase, as Entidades de prática (Clubes) de origem amadora resistem

    à ideia de profissionalização, porém, a popularidade do esporte (os

  • 13

    campeonatos estaduais ganham força e passam a atrair grande público) e dos

    jogadores forçaram os clubes a remunerarem seus atletas.

    Por muito tempo, marginalizados, os craques surgidos nas várzeas

    começavam a ser “contratados” pelos Clubes que queriam melhorar seu

    desempenho dentro do campo. A partir daí, o profissionalismo surge para

    conter o êxodo de craques para o exterior e tornar os times mais competitivos

    (AIDAR, 2000).

    Mesmo assim, os dirigentes dos clubes tratavam seus atletas de forma

    bastante paternalista, mas impunham sua vontade nos contratos. Em 1976,

    após a fase de romantismo do futebol brasileiro (de 1950 até 1970), quando foi

    praticamente impossível reivindicar mudanças, os jogadores tiveram a

    profissão regulamentada na CLT.

    Com o fortalecimento do profissionalismo, médicos, preparadores físicos,

    fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, e até a informática, além de outros

    departamentos de apoio se uniram ao treinador visando melhorar o

    “atendimento” dos profissionais da bola. São os chamados produtores e

    vendedores de serviços diretos (AIDAR, 2000).

    As Entidades de administração e as Instituições evoluíram da seguinte

    maneira: A Federação Paulista de Futebol (FPF) foi fundada em 1941, mesmo

    ano da fundação do Conselho Nacional de Desportos (CND) e em 1980 foi

    criada a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é criada em 1980 (AIDAR,

    2000).

    Para Caldas (1994) a profissionalização do futebol começou o seu

    processo efetivo em 1931, com a inclusão do futebol no rol das profissões que

    deveriam ser regulamentadas na Legislação Social e Trabalhista e teve a

    participação do Estado nos principais momentos de sua reestruturação

    profissional.

    No entanto, para Proni (2000), o marco da profissionalização foi em 1933

    com a criação da Federação Brasileira de Futebol (FBF), ganhando status em

  • 14

    1937, quando a Confederação Brasileira de Desporto (CBD) reconheceu este

    processo de profissionalização.

    1.4 – O esporte como negócio

    O desempenho que o esporte tem realizado ao longo do tempo faz dele,

    atualmente, um agente de grande relevância no comportamento de diversos

    segmentos do mercado. Por conseguinte, este setor vem se notabilizando por

    promover fortes ligações com empresas públicas e privadas.

    Assim sendo, com a modernidade e profissionalização do esporte, faz-se

    necessária uma análise do futebol como um esporte moderno. E para tal, é

    necessário conforme Bordieu (1983 apud Aidar, 2000) três premissas básicas e

    complementares:

    a) A primeira considera o esporte moderno como um sistema composto por

    instituições e agentes diretamente ou indiretamente ligados à existência

    de práticas e de consumos esportivos:

    � Agrupamentos esportivos (clubes, ligas privadas, CBF – Confederação

    Brasileira de Futebol –, FPF – Federação Paulista de Futebol –, etc.);

    � Produtores e vendedores de bens necessários à prática do esporte

    (chuteiras e equipamentos esportivos – Nike, Adidas, etc.);

    � Produtores e vendedores de serviços diretos (necessários à prática do

    esporte – professores, treinadores, médicos especialistas, etc.);

    � Produtores e vendedores de espetáculos esportivos e bens associados

    (fotos dos campeões, loteria esportiva, transmissões pela TV, etc.).

    b) A segunda assume que esse sistema esportivo responsável pela oferta de

    produtos esportivos tende a funcionar como um campo autônomo. Logo,

    podemos dizer que, mesmo estando articulada às grandes

    acontecimentos da história econômica e política num dado momento e

    num dado ambiente social, a história do esporte tem seu próprio tempo,

    suas próprias leis de evolução, suas próprias crises, em suma, sua

    cronologia específica.

  • 15

    c) A terceira premissa assume que, para entendermos a constituição do

    sistema esportivo atual, o princípio das transformações das práticas e

    consumos esportivos deve ser buscado na relação entre as

    transformações da oferta (invenção ou importação de esportes) e as

    transformações da demanda (transformações dos estilos de vida).

    1.5 – O futebol como negócio no Brasil

    O futebol, normalmente associado no Brasil a um contexto de

    entretenimento e lazer, vem se configurando cada vez mais como um negócio,

    submetendo-se à dinâmica do mercado, a partir da exploração empresarial dos

    jogadores (negociação com outras equipes e direitos de imagem), dos times e

    dos jogos em si, tendo os torcedores como clientes finais (POZZI, 1998).

    Ainda segundo Pozzi (1998) “o futebol constituiu uma das maiores

    paixões do povo brasileiro, representando um veículo de cultura e comunicação

    dinâmico e expressivo, e que tem apresentado um crescimento e interesses

    crescentes por grande parte da sociedade”.

    Ao se sugerir uma análise acerca da transformação do futebol, até então

    amador para um esporte profissional, e assim se transformando em um agente

    que proporciona um grande volume de negócios no mercado brasileiro, deve-

    se destacar o fato de que este é uma conseqüência do processo evolutivo que

    incide tanto no futebol nacional como em todo o mundo.

    Assim sendo de acordo com os conceitos propostos por Bordieu (1983,

    apud Aidar, 2000) este ambiente pode ser dividido em duas categorias básicas:

    a) Prática: representa os agentes e instituições ligados direta ou

    indiretamente à produção de espetáculos futebolísticos –

    agrupamentos esportivos (clubes federações e confederações) e

    produtores e vendedores de serviços diretos (médicos,

    treinadores, psicólogos, etc.); esta categoria representa o

    ambiente interno às organizações de futebol profissional, ambiente

  • 16

    este responsável pelas suas ofertas aos seus vários tipos de

    consumidores enquanto consumidores do futebol como

    espetáculo;

    b) Consumo: representa os consumidores de bens ou serviços

    ligados ao futebol, que não participam da produção do espetáculo

    em si, mas podem ser divididos em consumidores diretos -

    torcedores – e indiretos – produtores e vendedores de bens

    (necessários à prática – Nike, adidas, etc. – e em geral –

    patrocinadores) e produtores e vendedores de espetáculos

    esportivos e bens associados (TV, loteria, empresas licenciadas,

    etc.); esta categoria representa os principais relacionamentos

    comerciais dos consumidores que fazem parte do ambiente

    operacional das organizações de futebol, ambiente este que ainda

    inclui outros públicos relevantes para tais organizações.

  • 17

    CAPÍTULO II

    A MARCA

    2.1 – Marca

    Segundo Kotler (2007, p.206) “a marca é um nome, termo, sinal, símbolo

    ou desenho – ou uma combinação desses elementos – que identifica o

    fabricante ou vendedor de um produto ou serviço”. Os consumidores vêem uma

    marca como parte importante de um produto, o branding pode agregar valor a

    um produto. As marcas são mais que meros nomes e símbolos.

    A American Marketing Association (AMA) define marca como um nome,

    símbolo, desenho ou uma combinação desses elementos que deve identificar

    os bens ou serviços de um fornecedor ou grupo de fornecedores e diferencia-lo

    da concorrência.

    De acordo com Martins (2006, p.8) “marca é a união de atributos

    tangíveis e intangíveis, simbolizado num logotipo, gerenciados de forma

    adequada e que criam influência e geram valor. Trata-se de um sistema

    integrado que promete e entrega soluções desejadas pelas pessoas”. Ainda

    conforme Martins (2006, p.8) branding é o conjunto de ações ligadas à

    administração das marcas. Ações que, tomadas com conhecimento e

    competência, levam as marcas além de sua natureza econômica, inserindo-as

    na cultura e influenciando a vida das pessoas.

    Segundo Aaker (1998 p.7) “uma marca é um nome e/ou símbolo (tal

    como um logotipo, marca registrada, ou desenho de embalagem) destinado a

    identificar os bens ou serviços de um vendedor ou de um grupo de vendedores

    e a diferenciar esses bens e serviços daqueles dos concorrentes. Assim uma

    marca sinaliza ao consumidor a origem do produto protegendo, tanto o

    consumidor quanto fabricante, dos concorrentes que oferecem produtos que

    pareçam idênticos”. Como exemplo, podemos citar as camisas dos clubes de

    futebol, que caracterizam um produto de diferenciação entre os diversos clubes

    e transmitem ao torcedor a idéia de identificação e atribuição de valor a marca.

  • 18

    A marca pode ser analisada com um fator de diferenciação dos produtos

    e serviços de determinada empresa em relação aos seus concorrentes,

    objetivando transmitir aos seus clientes valores intrínsecos.

    2.1 – Valor da marca

    A marca é um ativo intangível de uma empresa, e a sua estimação

    financeira e de fundamental importância para a estratégia de marketing,

    objetivando assim a consolidação de uma marca forte no mercado e ter um alto

    valor agregado de sua imagem junto ao consumidor.

    Segundo Aaker (2002) “o valor da marca é a medida da força da marca.

    Está relacionado com o valor de mercado, com quanto as pessoas pagam por

    seus ativos. Assim, o valor de uma marca é o valor de seus ativos. No entanto,

    antes disso, vem o valor na mente dos consumidores – valor este que leva a

    uma recompensa para a marca, traduzida em lucros, vendas e dividendos na

    Bolsa”.

    De acordo com a conceituada empresa de avaliação de marcas

    Interbrand, a avaliação de marca baseia-se numa estimativa de valor dos

    ganhos de hoje ou no fluxo de caixa que se espera ser gerado pela marca no

    futuro. Para calcular o valor de uma marca, é preciso identificar os ganhos reais

    que podem ser atribuídos estritamente à marca e capitalizar os ganhos

    aplicando um múltiplo aos ganhos acumulados em seu histórico como uma

    taxa de desconto ao fluxo de caixa futuro.

    Com contribuição dessas afirmações o presente trabalho objetivará uma

    análise acerca do valor das marcas dos clubes de futebol do Rio de Janeiro no

    cenário mercadológico atual, e em que esta situação pode interferir no

    processo de decisão de valorização junto aos torcedores como mercado

    consumidor.

    2.3 – Marketing de Serviços

    Segundo Kotler e Keller (2006), serviços são ações ou desempenhos

    intangíveis, que não resultam na propriedade de algo, como, por exemplo,

  • 19

    segurança, educação, beleza ou saúde. Um serviço prestado pode estar

    vinculado a um produto ou não.

    COBRA (1986, p.3) conceitua o marketing de serviços como “um campo

    de investigação recente e ainda em fase de estruturação”. Os serviços de

    Marketing podem ser entendidos como os fatores que auxiliam a empresa a

    atender a demanda do mercado para os seus produtos, através dos serviços

    de pesquisa de mercado, e têm por função identificar as necessidades não

    satisfeitas pelos produtos ou serviços ofertados quanto a novos produtos ou

    serviços existentes no mercado e novos mercados.

    De acordo com KOTLER e KELLER (2006), existe uma série de

    características que distinguem os serviços dos bens:

    • A Inseparabilidade é uma delas e define que o serviço não pode estar

    separado de quem o forneceu. Isto quer dizer que o prestador do serviço

    também faz parte do serviço.

    • A Intangibilidade, que representa a ausência de substância física de

    um produto. Ao contrário do que acontece com os bens físicos, os

    serviços não podem ser vistos, provados, sentidos, ouvidos ou cheirados

    antes de serem adquiridos, ou seja, não é possível apreendê-los através

    dos nossos sentidos.

    • A Perecibilidade expressa que o serviço não pode ser estocado, ou

    seja, a produção e o consumo acontecem de forma simultânea. Em uma

    viagem de avião, por exemplo, consumimos o serviço durante o tempo

    que durar o voo.

    • A Variabilidade, que caracteriza a variação do padrão de serviço

    prestado por fornecedores diferentes. Neste caso, a qualidade do

    serviço depende não apenas do prestador, mas de elementos como:

    quando, onde e como eles são proporcionados.

    O Composto de Marketing, também conhecido como Mix de Marketing, é

    um conjunto de conceitos de marketing que a empresa utiliza para perseguir

  • 20

    seus objetivos mercadológicos frente ao mercado-alvo (KOTLER, 2000). Os

    4P’s são: Produto, Preço, Praça e Promoção.

    O composto de marketing de serviços envolve os 4P’s, assim definidos por

    KOTLER e KELLER (2006):

    • Produto: Kotler e Keller (2006) salientam que o produto pode ser

    definido como tudo o que pode ser oferecido a um mercado para

    satisfazer uma necessidade ou um desejo, ou seja, bens físicos,

    serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades,

    organizações, informações e ideias.

    • Preço: Kotler e Keller (2006) afirmam que o preço é o único

    elemento do composto de marketing que produz receita, os

    demais produzem custo, os autores avaliam ainda que por meio

    da determinação do preço uma empresa pode perseguir

    objetivos que definem estratégias como de sobrevivência,

    maximização do lucro atual, maximização da participação de

    mercado ou liderança de qualidade de produto.

    • Praça: Para Kotler e Keller (2006), a distribuição pode referir-se

    ao canal de marketing que corresponde a um sistema de

    organização pelo qual o produto, recursos ou informações

    passam de produtores a consumidores, ou pode estar

    relacionada à distribuição física, que é a movimentação de

    produtos ou serviços, com local, quantidade e prazos

    determinados, e que se feita corretamente prioriza a manutenção

    e a otimização de custos.

    • Promoção: Para KOTLER EKELLER (2006), o marketing

    moderno é muito mais do que apenas criar bons produtos e

    disponibilizá-los ao mercado consumidor, é indispensável neste

    processo a comunicação com os clientes. Segundo os autores,

    as principais ferramentas do Composto Promoção são:

    propaganda, promoção de vendas, venda pessoal e relações

    públicas.

  • 21

    2.4 – O torcedor como consumidor

    O torcedor é, em palavra chave, o consumidor do esporte. É o torcedor

    quem sustenta a marca, para que ela continue a existir. Os patrocínios que um

    clube possui também são fundamentais para sua existência, mas é o seu

    torcedor que atrai as empresas a apoiar o esporte.

    No Brasil, a visão do torcedor como consumidor do esporte tornou-se

    explicita com a confecção do Estatuto do Torcedor (Lei Nº 10.671, de 15 de

    maio de 2003). O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 11 de

    setembro de 1990), em seu Art. 2º 1, já apresentava uma definição de torcedor,

    como meio de protegê-lo de qualquer eventualidade. Entretanto, só a partir da

    criação do Estatuto do Torcedor houve a promoção da moralidade, da justiça,

    da transparência e da segurança na prática de esportes profissionais.

    Segundo Martins (1999, p. 27), "As motivações de compra estão

    relacionadas às necessidades, crenças e aos desejos individuais. A preferência

    é despertada por imagens que estão no inconsciente coletivo das pessoas." As

    motivações de consumo, portanto têm em grande parte valores sentimentais,

    em que a natureza humana atrela seus desejos a produtos ou serviços que os

    traz prazer e bem estar.

    Morgan e Summers (2008, p. 5) apontam que “O esporte está diretamente

    ligado com o momento de lazer de seus torcedores, independente de qual

    modalidade seja, proporciona ao telespectador uma infinidade de emoções que

    vão desde o amor intenso até o ódio. Essa ligação emocional entre o torcedor e

    o time, abre caminho para uma grande oportunidade quando se analisa a

    promoção de um produto, pois durante esse momento de lazer o torcedor se

    torna mais receptivo as mensagens transmitidas durante a partida ou

    competição, levando com que o torcedor até mesmo de forma inconsciente

    1 Código de Defesa do Consumidor - Art. 2º Torcedor é toda pessoa que aprecie, apoie ou se associe a qualquer entidade de prática desportiva do País e acompanhe a prática de determinada modalidade esportiva.

    Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se a apreciação, o apoio ou o acompanhamento de que trata o caput deste artigo.

  • 22

    faça ligação entre as emoções prazerosas do jogo, as marcas e produtos

    apresentados durante o mesmo”.

    Segundo Morgan e Summers (2008, p. 7), o marketing esportivo busca

    satisfazer as necessidades dos clientes esportivos sejam eles consumidores

    individuais, participantes de esporte, jogadores ou investidores corporativos,

    aplicando-se assim aos quatro P’s (preço, produto, promoção e praça).

    Morgan e Summers (2008, p.48) ainda deixam claro que o esporte é um

    produto complexo e com público diversificado, o que requer um planejamento

    cuidadoso no que se refere a sua utilização como ferramenta de marketing.

    Assim sendo, evidenciam que as funções do mix do marketing e as decisões

    estratégicas precisam abranger os impactos e as exigências de diferentes

    consumidores e públicos esportivos.

  • 23

    CAPÍTULO III

    APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

    3.1 - O valor das marcas dos 17 clubes mais valiosos do Brasil

    A apresentação dos dados do valor das marcas dos clubes de futebol do

    Brasil é baseada em um estudo realizado pela empresa de auditoria BDO RCS

    (2012), que pelo terceiro ano consecutivo publica em estudo voltado para a

    mensuração do valor da marca de entidades futebolísticas. A metodologia de

    escolha e análise dos clubes de futebol foi a mesma das edições anteriores,

    com a utilização de elementos financeiros, investigação com o torcedor,

    informações de marketing de cada entidade e dados econômicos e sociais dos

    brasileiros. Deste modo foram identificados quais são os clubes possuidores

    das marcas mais valiosas do futebol nacional, abaixo estão as 17 marcas

    avaliadas no estudo:

    • 4 Clubes SP – Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos.

    • 4 Clubes RJ – Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense e Botafogo.

    • 2 Clubes RS – Grêmio e Internacional.

    • 2 Clubes MG – Cruzeiro e Atlético-MG.

    • 2 Clubes PA – Atlético-PR e Coritiba

    • 2 Clubes BA – Bahia e Vitória

    • 1 Clube PE - Sport

    Segundo estudos publicados pela empresa BDO RCS (2012) as receitas

    do mercado brasileiro de clubes de futebol alcançou em 2011 um volume de

    receitas geradas de R$ 2,7bilhões. Esse resultado representa um crescimento

    de 235% em comparação a 2003 e apresentará evolução para os anos

    seguinte.

    Os dados apresentados se referem às 17 entidades que são consideradas

    os grandes times do Brasil. Essa consideração se deve ao fato de nesse grupo

  • 24

    estarem os clubes que mais conquistaram títulos no campeonato brasileiro da

    primeira divisão. No período entre 1971 (ano da realização do primeiro

    campeonato brasileiro) e 2011, foram 37 títulos conquistados, representando

    96% do total de campeonatos disputados. Do mesmo modo, são os clubes de

    maior torcida no Brasil, representando cerca de 90% do total de torcedores

    brasileiros, de acordo com os dados da BDO RCS (2012).

    Os 17 clubes analisados geraram, incluindo todas as fontes de receitas

    em 2011, R$ 5,38 bilhão, evolução de 196% em relação a 2004, quando os

    clubes geraram R$ 1,82 bilhões em receitas totais, incluindo os recursos com

    transferências de atletas. Em 2009 as receitas geradas pelos clubes foram de

    R$ 3,43 bilhão e em 2010 R$ 3,94 bilhão, conforme informações da empresa

    de auditoria BDO RCS (2012).

    De acordo com a análise da BDO RCS (2011) o valor das marcas dos 12

    maiores clubes de futebol do Brasil continua em evolução com o passar dos

    anos. Esta evolução está diretamente relacionada a diferentes fatores, que ao

    longo dos anos se potencializaram:

    • A continuidade da ampliação das receitas de cada entidade com

    marketing, estádio, sócios e mídia.

    • Aumento dos valores recebidos dos patrocinadores e ampliação do

    interesse de empresas.

    • Ampliação das receitas de TV.

    • Maior participação do torcedor nos negócios gerados pelas

    entidades.

    • Melhora constante da renda dos consumidores brasileiros.

    • Aquecimento da economia brasileira, com índices superiores à

    economia mundial.

    Segundo a BDO RCS (2012) a metodologia apresentada pelo estudo não

    permitiu que uma variável sozinha elevasse substancialmente as marcas dos

  • 25

    clubes. Desta forma, além da força da torcida, o valor da marca considera

    outras variáveis como as receitas derivadas da sua marca, hábitos do torcedor

    e características do mercado local, fazendo com que o crescimento ou queda

    do valor da marca não seja atribuído a um aspecto isolado.

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    Fonte: Análise BDO RCS

    O valor consolidado em 2012 das marcas dos 17 clubes apresentou

    evolução de 24% em relação ao ranking de 2011 e 196% de crescimento

    desde 2004.

    Segundo o estudo da BDR RCS (2012) os clubes que mais cresceram em

    valor gerado para as suas marcas entre 2004 e 2012 foram: Corinthians com

    evolução de R$ 720 milhões, Flamengo R$ 469 milhões, São Paulo R$ 431

    milhões, Internacional R$ 311 milhões, Palmeiras R$ 273 milhões, , Grêmio R$

    249 milhões, Vasco da Gama R$ 238 milhões e Santos R$ 236 milhões. Esses

    oito clubes foram responsáveis por 82% dos R$ 3,56 bilhões de evolução do

    valor de marca registrado pelos maiores clubes brasileiros entre 2004 e2012.

  • 26

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    Fonte: Análise BDO RCS�

    A análise do valor das marcas dos clubes de futebol realizada pela BDO

    RCS (2012) foi desenvolvida com base nos números apresentados em um

    cenário nacional. No entanto o presente estudo observará somente os quatro

    clubes de futebol do Rio de Janeiro. Assim sendo pode ser observado que

    existe uma diferença muito grande entre eles. O Flamengo, que lidera o quadro

    ao se fazer uma observação entre os clubes do Rio de Janeiro, teve a sua

    marca avaliada em 792,0 milhões, o Vasco da Gama com 316,7 milhões fica

    em segundo lugar, e em terceiro e quarto lugares respectivamente estão

    Fluminense com valor de 157,4 milhões e Botafogo com valor de 112,6

    milhões.

  • 27

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    Fonte: Análise BDO RCS

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    �Fonte: Análise BDO RCS

  • 28

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    Fonte: Análise BDO RCS

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    Fonte: Análise BDO RCS

  • 29

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    Fonte: Análise BDO RCS

    Abaixo é apresentado um dado sobre o crescimento em valor absoluto

    das marcas dos clubes, em âmbito nacional. Segundo BDO RCS (2012) o

    aumento de mais de R$ 3,5 bilhões entre 2004 e 2012 no valor total das

    marcas dos 17 clubes está diretamente ligado ao aumento no ambiente de

    negócios do futebol no nacional, melhora dos projetos de marketing dos clubes

    e crescimento social e econômico do país.

    O crescimento confirma aumento significativo dos projetos voltados para a

    área de marketing dos clubes nos últimos anos, que tendem a se intensificar,

    fato que se deve ao aumento gradual de executivos remunerados nos clubes.

  • 30

    �������%���������������������������&����������&��

    Fonte: Análise BDO RCS

    Ao se fazer uma observação com os clubes do Rio de Janeiro nota-se que

    houve oscilação em relação ao valor de suas marcas, no valor total gerado

    pelos 17 clubes. Flamengo e Botafogo elevaram a sua participação, o

    Fluminense se manteve na mesma posição, e o Vasco foi o único clube que

    viu a sua participação reduzida ao se fazer um comparação entre os anos de

    2004 e 2012.

    O Flamengo que no período de 2004 representava 14,7% do total, no ano

    de 2012 evoluiu, viu a sua participação em 17,8%. O mesmo ocorreu com o

    Botafogo que passou de 2,1% em 2004 para 2,3% em2012. O Fluminense

    oscilou durante o período, mas permaneceu em 2012 com a mesma

    participação de 2004, que foi de 2,9%. No entanto o Vasco da Gama registrou

    decrescimento no valor de sua marca, uma vez que representava 5,9% em

    2004 e em 2012 a representatividade foi de 4,3%.

  • 31

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    Fonte: Análise BDO RCS

    O estudo referente à avaliação da marca dos entidades futebolística do

    Brasil mostra que cada entidade possui atributos peculiares, que variam de

    acordo com o perfil de seus torcedores, ampliação das receitas decorridas de

    sua marca e características do mercado local em que se localizam. Segundo a

    metodologia da BDO RCS esse é o melhor mecanismo para mensurar o valor

    da marca dos clubes brasileiros.

  • 32

    Segundo a avaliação da BDO RCS, em 2012 o valor consolidado das 17

    marcas mais valiosas entre os clubes de futebol do Brasil foi de R$ 5,38

    bilhões. Segundo a metodologia empregada no estudo as variáveis mais

    representativas para os clubes analisados foram as características e perfil de

    suas torcidas, com valor consolidado de R$ 2,42 bilhão, seguido das receitas

    derivadas das marcas com valor de R$ 1,66 bilhão e das características do

    mercado local, com valor de R$ 1,30 bilhão.

    Ao se fazer uma observação somente do mercado do Rio de Janeiro, o

    valor consolidado das marcas dos 4 clubes alcançou R$ 1,38 bilhão

    representando 25,6% do valor total nacional.

    Observa-se que a principal fonte de valor para os clubes de futebol está

    na forma como essas entidades se relacionam com os seus torcedores. Em

    virtude dessa realidade os clubes procuram cada vez mais, com o passar dos

    anos, aprimorar os seus projetos de marketing e desenvolver campanhas com

    a finalidade de atrair sócios torcedores.

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    Fonte: Análise BDO RCS

  • 33

    A forma com que serão geradas as receitas de cada marca estará

    relacionada com a maneira como os departamentos de marketing dos clubes

    conseguirão maximizar o relacionamento com seus milhões de torcedores,

    elevar suas receitas e explorar as particularidades sociais e econômicas de

    onde estão localizados.

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    Fonte: Análise BDO RCS

    3.2 – Valor das marcas dos 4 (quatro) clubes do Rio de Janeiro

    A apresentação dos dados do valor das marcas dos clubes de futebol do

    Rio de Janeiro também é baseada em um estudo realizado pela empresa de

    auditoria BDO RCS e segue:

    a) Flamengo

    O Clube de Regatas do Flamengo, popularmente conhecido como

    Flamengo, é uma agremiação poliesportiva brasileira com sede na cidade do

  • 34

    Rio de Janeiro. O clube, fundado para disputas de remo em 17 de novembro de

    1895, é – atualmente - um dos clubes mais bem-sucedidos no futebol brasileiro

    e o clube mais conhecido e popular em todo Brasil, tendo a maior torcida de

    futebol do mundo, com cerca de 39,1 milhões de torcedores (LANCENET

    2012). Foi fundado no bairro de mesmo nome, mudando-se para o bairro da

    Lagoa na primeira metade do século XX.

    Apesar de ter sido fundado como clube de regatas, seu esporte mais

    tradicional é o futebol. Único clube carioca campeão da Copa Intercontinental

    (torneio precursor do Mundial Interclubes). Também é o único clube carioca a

    ostentar seis títulos do Campeonato Brasileiro, sendo um de seus títulos, o de

    1987, contestado. É a equipe mais vitoriosa do Campeonato Estadual do Rio

    de Janeiro, com 32 títulos.

    Sua atuação no futebol iniciou-se em 1912. Seus principais títulos neste

    esporte são a Copa Intercontinental e a Copa Libertadores de 1981, uma

    equipe que contava com nomes como Júnior, Adílio, Nunes, Leandro, liderada

    por Zico - o maior ídolo da história do clube - e comandada por Paulo César

    Carpeggiani. O clube conquistou em cinco oportunidades o tricampeonato

    estadual (42/43/44, 53/54/55, 78/79/79 - Especial, 99/00/01 e 07/08/09). Em 26

    de julho de 2009, tornou-se o primeiro clube a atingir a marca de mil jogos na

    Primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Junto ao Botafogo de Futebol e

    Regatas, detém a maior sequência invicta do futebol brasileiro com 52 partidas

    em 1979. O Botafogo, o Fluminense e o Vasco da Gama são os grandes rivais

    esportivos do Flamengo ao longo da história.

    É o clube com o maior número de torcedores do Brasil, como indicam

    pesquisas do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, e Datafolha.

    Estima-se ter uma torcida entre 28 e 33 milhões de torcedores só no Brasil. O

    Flamengo foi eleito, ainda, numa pesquisa feita pela FIFA, o nono maior clube

    do século XX, segundo maior do Brasil e quarto maior das Américas. Já o

    ranking da Confederação Brasileira de Futebol coloca o Flamengo atualmente

    em quinto lugar, com 2 207 pontos. Em 9 de março de 2007, foi sancionada,

    pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, a Lei Estadual 4

    998/2007, instituindo o "Dia do Flamengo", festejado no estado em 17 de

  • 35

    novembro, data da fundação do clube. Também em 2007, o prefeito da cidade

    do Rio de Janeiro, César Maia, tombou a Torcida do Flamengo como

    Patrimônio Cultural da Cidade, por promover espetáculos de alegria no

    Maracanã e em diversos estádios, instituindo, também, em 17 de outubro de

    2007, o Dia do Flamenguista, comemorado em 28 de outubro, mesmo dia do

    padroeiro do Flamengo, São Judas Tadeu.

    De acordo com a empresa BDO RCS Auditores Independentes, a marca

    do clube é a segunda de maior valor no Brasil no ranking de marcas mais

    valiosas do ano de 2012, com a marca avaliada em R$ 792,0 milhões,

    evolução de 13% em relação ao ranking de 2011 e 145% em comparação com

    2004 (BDO RCS,2012). O rubro negro da Gávea, em comparação aos clubes

    do Rio de Janeiro, ocupa a primeira posição. O clube, no mercado brasileiro,

    possui uma marca diferenciada em virtude do tamanho de sua torcida, tanto no

    estado do Rio de Janeiro, como espalhada pelo Brasil. Segundo a Pluri

    Consultoria (2011), o número de torcedores do Flamengo está estimado em

    29,2 milhões.

    Ainda que o clube tenha apresentado crescimento nos últimos anos, não

    há dúvida que tem admirável potencial para os próximos anos especialmente

    pela potencialização de suas receitas diretamente com sua base de torcedores

    e com empresas envolvidas com o patrocínio.

    O Flamengo lidera o ranking com o maior número entre todos os

    torcedores do Brasil de diferentes classes sociais, embora diminua sua

    participação entre os mais ricos e aumente entre os mais pobres. Entre os

    jovens sua marca também é líder (BDO RCS, 2012). Ao se fazer uma análise

    da preferência dos torcedores do Rio de Janeiro sua liderança é incontestável,

    sua torcida chega ao número estimado de 7,5 milhões, de acordo com a Pluri

    Consultores (2012). Outro ponto forte da sua marca é o grande número de

    torcedores em todos os estados do Brasil, que de acordo com os dados

    publicados pela Pluri Consultores (2012) está estimada em 21,7 milhões. Pelo

    fato de mais de 50% do total de sua torcida localizar-se difuso pelo território

    brasileiro, os seus jogos são transmitidos para diferentes regiões do país. Fato

  • 36

    que gera um importante benefício para a sua marca, transmitindo grande

    visibilidade da instituição em todo o país.

    Ao analisar as receitas do rubro negro, pode-se observar que as receitas

    que mais contribuíram para o crescimento do valor da marca do clube se

    destaca a receita com provenientes do marketing, que atingiu R$ 43,8 milhões

    em 2011, Ainda segundo estudo realizado pela BDO RCS (2012) outras

    importantes receitas que implicaram no valor da marca do clube foram os R$

    94,4 milhões em cotas de TV de 2011, evolução de 112% em relação a 2010 e

    as receitas com clube social e esporte amador, que produziram outros R$ 19,5

    milhões, 6,55% superior ao registrado em 2011.

    Vale ressaltar que o clube de maior torcida do país, apesar de possuir

    recordes de público e arrecadação de bilheteria, não possui estádio próprio e

    tem uma grave deficiência em seu setor de marketing, que ainda não

    conseguiu formular um programa de sócios-torcedores que atenda as

    especificidades de sua imensa torcida. Contudo, em dados informais

    (levantamentos de blogs especializados em futebol), o Flamengo é apontado

    como o líder em vendas de camisas oficiais no Brasil e conta com lojas

    exclusivas espalhadas pelo país (Espaço Rubro Negro, LojaFla, FlaShop e

    FlaBoutique) e uma loja em sua sede, a maior loja de um clube na América

    Latina (Fla Concept).

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    Fonte: Análise BDO RCS

  • 37

    Abaixo segue um quadro com as receitas advindas do futebol do clube de

    acordo com os dados dos Balanços Patrimoniais dos últimos três anos

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    Fonte: Resultado da Pesquisa dos Balanços Patrimoniais

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    Fonte: Análise BDO RCS

    2012 2011 2010 2009

    Transmissão dos Jogos 104.616.494,00R$ 94.352.750,00R$ 44.429.791,00R$ 44.251.731,00R$

    Bilheteria dos Campeonatos 9.451.558,00R$ 14.481.973,00R$ 17.316.236,00R$ 20.000.841,00R$

    Patrocínio - Material Esportivo - 1.212.218,00R$ 2.390.638,00R$ 542.525,000R$

    Marketing 34.435.770,00R$ 25.383.732,00R$ 32.415.000,00R$ 1.490.098,00R$

    Repasse de direitos federativo 11.478.690,00R$ 5.322.765,00R$ 4.356.459,00R$ 4.884.076,00R$

    Premiações - 1.160.000,00R$ 1.400.000,00R$ 6.270.000,00R$

    Outras entradas 17.895.877,00R$ 13.341.130,00R$ 7.965.960,00R$ 350.117,00R$

    Total dos Recebimentos do Futebol 177.878.389,00R$ 159.188.470,00R$ 110.274.084,00R$ 88.664.388,00R$

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  • 38

    b) Vasco da Gama

    O Club de Regatas Vasco da Gama é uma agremiação sócio poliesportiva

    brasileira com sede na cidade do Rio de Janeiro, fundado em 21 de Agosto de

    1898 por um grupo de remadores que, inspirados nas celebrações do quarto

    centenário da descoberta do caminho marítimo para as Índias, ocorrida em

    1498, batizaram a nova agremiação com o nome do heroico português que

    alcançara tal feito, o navegador Vasco da Gama.

    Apesar de ter sido fundado como um "Clube de Regatas", consagrando-se

    no remo um dos maiores campeões do país, o Vasco da Gama ainda abrange

    outros esportes nas modalidades feminina e masculina, como atletismo, vôlei

    de praia, basquete, futebol de areia, jiu-jitsu, bodyboard, dentre outros, tendo

    como esporte mais tradicional atualmente, o futebol.

    Em 1998, ano de seu centenário, conquistou a Copa Libertadores da

    América. Possui ainda quatro Campeonatos Brasileiros (1974, 1989, 1997 e

    2000 – Copa João Havelange), vinte e dois Campeonatos Estaduais e diversos

    torneios nacionais/internacionais.

    Em 1904, época em que o racismo era prática comum no esporte, os

    vascaínos elevaram Cândido José de Araújo ao degrau mais alto do clube,

    tornando-se o primeiro na história dos clubes esportivos do Brasil a ter elegido

    um presidente "não-branco".

    O Vasco da Gama detém dentre os seus ídolos, os maiores artilheiros do

    Campeonato Brasileiro de futebol de todos os tempos, tendo Roberto Dinamite

    (atual presidente do Vasco) como o maior, com a marca de 190 gols, seguido

    de Romário e Edmundo, com 154 e 153 gols respectivamente.

    Em 2 de Julho de 2007, o projeto de lei nº 5.052, que criou o Dia do

    Vasco, foi sancionado pelo governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho.

  • 39

    O Clube de Regatas Vasco da Gama com valor de sua marca avaliado em

    R$ -316,7 milhões ocupa a segunda colocação entre os clubes do Rio de

    Janeiro. O valor de sua marca obteve uma evolução de 95,2 em relação a 2011

    (BDO RSC, 2012). O clube de São Januário, que apresentou a segunda maior

    evolução de sua marca no ranking em 2012, acabou apresentando um

    crescimento menor esse ano, em função de um pequeno decréscimo de suas

    receitas.

    O clube, em várias pesquisas, aparece como a quinta maior torcida do

    futebol brasileiro, alcançando um número de 8,8 milhões de torcedores (Pluri

    Consultoria, 2012). O Vasco tem a maioria esmagadora de sua torcida fora do

    seu estado de origem, são 71%, e assim possui boa distribuição geográfica de

    sua torcida nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste e sua torcida se

    mantém constante em diferentes faixas etárias e níveis de renda (Pluri

    Consultoria, 2012). O diferencial do clube é ter uma dimensão nacional, muita

    força nas capitais e boa participação tanto entre os torcedores de menor renda

    como de renda mais elevada.

    Segundo balanço patrimonial do clube no ano de 2009 o futebol

    profissional obteve um receita de 78,2 milhões, no entanto não apresentados

    de forma clara nesse balanço as demais receitas oriundas do departamento de

    futebol como a arrecadação com a bilheteria dos jogos, os recursos

    provenientes do departamento de marketing e dos recursos disponibilizados

    pela cota de TV. No entanto o crescimento do valor da marca do clube se deve

    a alguns fatores, de acordo com o balanço patrimonial do clube; os 65,5

    milhões da receita dos valores de transmissão, refletindo um aumento de 101%

    em relação a 2010, a bilheteria com arrecadação de 13,1 milhões, o marketing

    que angariou R$ 23,3 milhões, aumentando em 28,7% em relação ao ano

    anterior, que foi de 18,1 milhões.

    Os torcedores do clube, através de campanhas que arrecadaram dinheiro,

    construíram seu estádio, em 1927, a construção demorou 11 meses e é o

    orgulho dos torcedores por ter sido realizada através do esforço e da paixão da

    torcida. O Vasco desenvolveu o programa sócio torcedor, intitulado “O Vasco é

    meu”, entretanto em 2011 o clube afirmou à imprensa que apesar dos 57.028

  • 40

    torcedores cadastrados, pouco mais de 11.000 são adimplentes. O programa

    tem como vantagens ao torcedor preferência e desconto de 50% na compra de

    ingressos, promoções exclusivas, acesso a área exclusiva no site e acesso ao

    clube e demais sedes, no pacote sócio proprietário o torcedor recebe direito a

    voto.

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    Fonte: Análise BDO RCS

    Abaixo segue um quadro com as receitas advindas do futebol do clube de

    acordo com os dados dos Balanços Patrimoniais dos últimos dois anos.

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    Fonte: Resultado da Pesquisa dos Balanços Patrimoniais�

    2012 2011 2010

    Direitos de Transmissão de TV 57.155.198,00R$ 65.627.546R$ 33.555.902,00R$

    Bilheteria 9.957.307,00R$ 13.120.860R$ 10.184.006,00R$

    Marketing 26.939.185,00R$ 23.341.854R$ 18.154.089,00R$

    Repasse de Direitos Federativos 30.881.008,00R$ 5.375.404R$ 9.848.033,00R$

    Receitas Diversas 506.251,00R$ 4.695.493R$ 620.020,00R$

    Receita do Futebol 125.438.949,00R$ 112.161.158,00R$ 72.362.049,00R$

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  • 41

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    Fonte: Análise BDO RCS�

    c) Fluminense

    O Fluminense Football Club é uma agremiação sócia poliesportiva e

    cultural sediada na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.

    Oscar Cox fundou o Fluminense Football Club em 21 de julho de 1902,

    numa casa localizada no número 51 da Rua Marquês de Abrantes, no bairro do

    Flamengo. Desde sua fundação, o "Tricolor" – como foi apelidado, por suas

    cores - teve, entre seus sócios e frequentadores, representantes das famílias

    mais tradicionais do Rio de Janeiro. Há várias décadas, o clube se mantém

    entre as 12 maiores torcidas do País. Sua sede está situada no bairro de

    Laranjeiras.

    O Fluminense foi a primeira associação fluminense que prosperou

    fundada para a prática do futebol, sendo também o decano dos grandes clubes

    brasileiros, inspirando a criação de vários clubes de futebol com o seu nome no

    Brasil e no exterior tendo, em sua camisa, atualmente, as cores grená, verde e

    branco. As cores originais do time eram o branco e o cinza. Esse padrão inicial

    de cores durou apenas alguns anos, como será explicado a seguir.

  • 42

    Em 15 de julho de 1904, após leitura de carta de Oscar Cox e Mário

    Rocha, enviada da Inglaterra, na Assembleia Geral Extraordinária, o

    Fluminense trocou a camisa anterior, de cor cinza e branco, pela tricolor.

    Devido à impossibilidade de conseguir tecido na cor cinza, porque não existia

    no mercado, eles sugeriram as cores grená, branco e verde. A indicação foi

    posta em votação e aceita de imediato.

    As conquistas nos gramados alçaram o Fluminense à lista de um dos

    clubes mais populares do Brasil. o clube consolidou sua condição de elite

    esportiva com o tetracampeonato estadual 1906-1909, alcançando o

    tricampeonato em 1917-1919, época em que o futebol do eixo Rio de Janeiro –

    São Paulo começava a levar públicos relevantes aos estádios.

    Por ter sido o clube que mais conquistou títulos estaduais no estado do

    Rio de Janeiro no século XX, o Fluminense ostenta o título honorífico de

    Campeão Carioca do século XX.

    Em 2005, o tricolor se tornou o primeiro clube do eixo Rio – São Paulo a

    conquistar 30 títulos estaduais, sem levar em consideração o título carioca

    extra de 1941.

    Entre suas maiores glórias no futebol estão a Copa Rio de 1952, as 4

    conquistas nacionais, 1970, 1984, 2010, 2012 e a Copa do Brasil de 2007,

    além dos Torneios Rio –São Paulo de 1957 e de 1960. O Fluminense é o

    quinto clube que mais jogadores cedeu a Seleção Brasileira em Copas do

    Mundo, com trinta convocações, tendo tido um total de 92 jogadores

    convocados apenas considerando-se os que atuaram em jogos oficiais da

    Seleção Brasileira principal, ou 98 considerando os que atuaram em jogos

    contra clubes, combinados ou seleções regionais.

    Foi o seu Estádio das Laranjeiras a primeira sede desta seleção, onde ela

    permaneceu invicta em 18 jogos disputados entre 1914 e 1932, e onde o Brasil

    conquistou os seus dois primeiros títulos relevantes no futebol, as edições da

    Copa América de 1919 e 1922.

  • 43

    A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou em 12 de maio de

    2007 o Decreto Oficial que cria o Dia do Fluminense e dos Tricolores, que é

    comemorado no dia 21 de julho, data de aniversário do clube. No âmbito do

    estadual, no dia 12 de novembro é comemorado o Dia do Fluminense, pela Lei

    nº 5094 de 27 de setembro de 2007, sancionada pelo governador Sergio

    Cabral Filho.

    O lema do Clube é “Retumbante de Glórias” e desde 2011 é bordado na

    camisa e em toda a coleção da fornecedora de material esportivo.

    Em comparação aos clubes do Rio de Janeiro, o Fluminense ocupa a

    terceira posição do ranking com o valor da sua marca avaliada em R$ 157,4

    milhões, ampliação de 16% em relação a 2011 (BDO RCS, 2012). Ao se fazer

    uma análise com pesquisas anteriores o Tricolor das Laranjeiras, em

    comparação aos demais clubes do Rio de Janeiro, foi o clube que menos

    cresceu, com 16%. O clube tem uma torcida menor em comparação aos dois

    clubes anteriores, mais ainda sim conseguiu ampliar o valor de sua marca nos

    últimos anos não apenas pelas características de seus torcedores, mas

    também pela evolução de suas receitas.

    O clube conta, diferentemente dos demais clubes do Rio de Janeiro, tem a

    maior parte de sua torcida no próprio estado de origem, são 60% do total (Pluri

    Consultoria, 2012) e mesmo ocorre quando se faz uma comparação entre a

    renda média de seus torcedores, pois segundo a segundo a Pluri Consultoria

    (2012) os torcedores do Fluminense possui uma renda média mensal estimada

    em R$ 776, sendo assim a maior entre os quatro grandes clubes do Rio de

    Janeiro. Ainda em relação ao nível de renda é um dos clubes que mais cresce

    sua participação entre os mais ricos, com evolução acentuada entre as faixas

    de renda entre 5 e 10 salários mínimos e acima de 10 salários mínimos (BDO

    RCS, 2012).

    Ainda segundo a BDO RCS (2012) as receitas que mais contribuíram para

    o crescimento do valor da marca do clube foram as cotas de TV que em 2011

    atingiram R$ 29,4 milhões, e patrocínio e publicidade que atingiu R$ 15,8

    milhões, crescimento de 194,2% nos últimos cinco anos. Outra receita

  • 44

    importante para o clube foi a bilheteria, que em 2011 2011 atingiu R$ 3,4

    milhões, . Outras receitas importantes para o clube em 2011 foram as receitas

    geradas com licenciamento que ultrapassaram R$ 1,07 milhão e o clube social

    e esporte amador que superou R$ 8,6 milhões.

    Em 2011, o clube elaborou um programa para venda de ingressos, com

    intuito de extinguir as enormes filas e o cambismo, nomeado “Guerreiro

    Tricolor”. O programa foi utilizado apenas nas campanhas da Taça

    Libertadores da América e do Campeonato Estadual. O programa obteve

    aprovação imediata da torcida e a diretoria promoveu inclusão do pacote de

    ingressos no projeto do programa sócio torcedor. Assim como o Flamengo, o

    clube não possui estádio próprio. Possui lojas exclusivas no estado do Rio de

    Janeiro (FluBoutique).

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    Fonte: Análise BDO RCS

    Abaixo segue um quadro com as receitas advindas do futebol do clube de

    acordo com os dados dos Balanços Patrimoniais dos últimos três anos.

  • 45

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    Fonte: Resultado da Pesquisa dos Balanços Patrimoniais

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    Fonte: Análise BDO RCS

    2012 2011 2010 2009

    Receitas com Bilheteria 5.821,00R$ 3.433,00R$ 7.120,00R$ 4.565,00R$

    Receitas com Repasse de Direitos Federativos 51.192,00R$ 18.204,00R$ 13.144,00R$ 11.395,00R$

    Receitas de Transmissões Televisivas 52.992,00R$ 29.428,00R$ 27.111,00R$ 27.499,00R$

    Receitas com Publicidade e Patrocínio 11.515,00R$ 15.814,00R$ 7.582,00R$ 5.077,00R$

    Receitas com Licenciamentos e Franquias 1.619,00R$ 1.070,000R$ 986,000R$ 697,000R$

    Receitas com Premiações e Loterias 11.700,00R$ 1.551,00R$ 9.444,00R$ 1.296,00R$

    Receitas com Esportes Amadores 1.571,00R$ 1.018,00R$ 1.027,00R$ 1.188,00R$

    Receitas com Associados 11.713,00R$ 7.606,00R$ 7.345,00R$ 6.360,00R$

    Receitas com Aluguéis 1.291,00R$ 1.105,00R$ 933,00R$ 944,00R$

    Outras Receitas 1.763,00R$ 945,00R$ 2.130,00R$ 2.240,00R$

    Total das Receitas 151.177,00R$ 80.174,00R$ 76.822,00R$ 61.261,00R$

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  • 46

    d) Botafogo

    Botafogo de Futebol e Regatas é um clube sócio esportivo com sede no

    bairro homônimo ao clube, na cidade do Rio de Janeiro. Seus principais títulos

    esportivos advêm do futebol. Fundado para o remo em 1º de julho de 1894 sob

    o nome de Club de Regatas Botafogo, fundiu-se com o Botafogo Football Club,

    outro clube, fundado oficialmente em 12 de agosto de 1904, do mesmo bairro,

    em 8 de dezembro de 1942. O Botafogo tem como cores o preto e o branco. É

    conhecido como o clube da Estrela Solitária pela estrela de cinco pontas em

    seus distintivos.

    Foi apelidado de “O Glorioso” pelas diversas goleadas aplicadas no início

    do século XX. O clube alvinegro foi por diversas vezes base da Seleção

    Brasileira e é o recordista de convocações, tendo 97 jogadores chamados no

    geral e também 47 convocações para Copas do Mundo. Viveu seu auge nas

    décadas de 1950 e 1960, quando se consagrou Tricampeão do Torneio

    Roberto Gomes Pedrosa em 1962, 1964 e 1966, torneio o qual definia o melhor

    time do Brasil na época e Campeão da Taça Brasil de 1968. É do Botafogo o

    recorde de maior sequência invicta do futebol nacional: 52 partidas sem

    derrotas, além de 48 partidas invicto em Campeonatos Brasileiros no ano de

    1978. Após ter vencido o Torneio Intercontinental de clubes Torneio

    Internacional de Paris em 1963, 3 edições da Copa do Mundo de Clubes em

    1967, 1968 e 1970, Copa Conmebol (antecessora da atual Copa Sul-

    Americana) de 1993 e o Campeonato Brasileiro de 1995, foi eleito pela FIFA o

    12° maior clube de futebol do século XX. Em 2003, disputou a Série B do

    Campeonato Brasileiro tendo retornado à Série A no ano seguinte. O Botafogo

    tornou-se a única entidade esportiva brasileira campeã em três séculos

    distintos, XIX, XX e XXI ao vencer o Campeonato Carioca de Futebol em 2006.

    O Dia do Botafogo, comemorado no dia 16 de maio, foi sancionado pelo

    governo de estado do Rio de Janeiro. A data foi escolhida em homenagem ao

    ex-jogador Nilton Santos, nascido em 16 de maio de 1925.

    O Botafogo ocupa a 12ª posição entre os clubes mais valiosos do Brasil.

    Ao se observar somente os clubes do Rio de Janeiro o clube ocupa a 4ª e

  • 47

    última posição. O alvinegro carioca possui a sua marca avaliada em R$ 112,6

    milhões, evolução de 24,14 em relação ao levantamento de 2011 (BDO RCS,

    2011). O clube da estrela solitária apresentou evolução em suas receitas nos

    últimos três anos, ainda que tenha apresentado uma queda nos recursos

    gerados em 2009. O Botafogo conta com maior parte de seus torcedores no

    estado do Rio de Janeiro, são 60% (Pluri Consultoria, 2012), e também em

    estados das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, com mais força nas

    capitais que no interior. A torcida possui um perfil bastante particular, pois a

    maior parte está nos torcedores acima de 45 anos, e é diminuída em relação

    aos torcedores mais jovens (BDO RCS, 2012). Ao se observar a renda, tem

    maior participação entre aqueles torcedores com poder aquisitivo maior,

    segundo a Pluri Consultoria (2010) a sua renda média mensal é de R$ 768, em

    relação aos clubes do Rio de Janeiro, é inferior somente ao Fluminense.

    Ao observar as receitas que mais contribuíram para a elevação do valor

    da marca do Botafogo foram as cotas de TV que em 2011 atingiram R$ 22,1

    milhões, e patrocínio que atingiu R$ 6,7 milhões, segundo a BDO RCS (2012).

    Ainda segundo estudo da BDO RCS (2012) as outras receitas com aumento

    para o clube foram os licenciamentos e aluguéis, que atingiram R$ 4,5 milhões,

    evolução de 1.211% nos últimos sete anos. Esses números estão refletidos

    apor ocasião de o clube ter arrendado o estádio olímpico João Havelange, o

    Engenhão, pois com a interdição do Maracanã para obras com vistas para a

    Copa do Mundo 2014, o estádio se tornou o único local para grandes jogos no

    Rio de Janeiro. O clube social e esporte amador que atingiu R$ 3,7 milhões,

    evolução de 99% no período de sete anos (BDO RCS, 2012).

    Dos clubes cariocas, o Botafogo é considerado o menor entre os grandes

    e ainda assim possui o programa de sócio torcedor mais bem consolidado.

    Com pouco mais de 11.500 torcedores, o clube oferece prioridade na compra e

    descontos em ingressos, promoções exclusivas e acesso às dependências. O

    Botafogo passou a ter seu próprio estádio em agosto de 2007, quando venceu

    a licitação realizada pela prefeitura do Rio, para gerenciar o Stadium Rio.

    Construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007, o Estádio Olímpico

    Municipal João Havelange foi erguido pela prefeitura no antigo terreno da Rede

    Ferroviária Federal, na Rua José dos Reis, no bairro do Engenho de Dentro,

  • 48

    Zona Norte do Rio de Janeiro. O estádio é considerado o mais moderno da

    América Latina e o quinto mais moderno do mundo.

    .

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    Fonte: Análise BDO RCS

    Abaixo segue um quadro com as receitas advindas do futebol do clube de

    acordo com os dados dos Balanços Patrimoniais dos últimos três anos.

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    Fonte: Resultado da Pesquisa dos Balanços Patrimoniais�

    2012 2011 2010 2009

    Receita de transmissão televisivas 46.752.845,00R$ 22.088.509,00R$ 24.761.487,00R$ 5.079.573,00R$

    Receita de direitos economicos e de formação 35.356.680,00R$ 15.381.041,00R$ 6.547.764,00R$ 2.793.733,00R$

    Receita com bilheteria e cotas de participação 8.964.291,00R$ 4.402.304,00R$ 5.025.199,00R$ 24.269.480,00R$

    Receita com manutenção e mensalidade de socios 1.979.774,00R$ 1.880.898,00R$ 1.294.518,00R$ 646.865,00R$

    Receita com mensalidades das escolas de esport 1.148.947,00R$ 766.375,00R$ 921.903,00R$ 991.673,00R$

    Receita com mensalidades sócio torcedor 1.420.301,00R$ 1.094.120,00R$ 957.534,00R$ -

    Receita com premiações 2.400.000,00R$ 100.000,00R$ 2.120.000,00R$ 1.340.000,00R$

    Receita com contribuições e doações - - 69.150,00R$ -

    Receita com publicidade e patrocínio 15.138.306,00R$ 6.747.529,00R$ 4.930.784,00R$ 2.884.525,00R$

    Receita com aluguéis e licenciamentos 7.411.669,00R$ 4.548.439,00R$ 5.116.715,00R$ 4.962.269,00R$

    Loteria esportiva - TIMEMANIA 1.991.371,00R$ 1.466.547,00R$ 891.023,00R$ 853.925,00R$

    Outras receitas 281.399,00R$ 425.546,00R$ 132.493,00R$ 245.322,00R$

    Total das Receitas 122.845.583,00R$ 58.901.308,00R$ 52.699.420,00R$ 44.136.515,00R$

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  • 49

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    Fonte: Análise BDO RCS

  • 50

    CONCLUSÃO

    A conclusão do trabalho permite estabelecer três relações básicas: 1) A

    identificação entre torcedor e clube como forma de atração de investimentos, 2)

    O torcedor-consumidor e a construção de valor e 3) Ações bem sucedidas

    permitem melhor aproveitamento do potencial de mercado.

    Com base na análise realizada no decorrer do trabalho, foi possível

    identificar o quanto o torcedor-consumidor é importante para a evolução do

    valor da marca no futebol. A paixão e a identificação do torcedor com o clube

    atraem e propiciam a inserção de novos patrocinadores e a aquisição de novas

    receitas. A arrecadação é transformada em investimentos na equipe, na

    estrutura do clube, com objetivo de satisfazer sócios e torcedores.

    Como Pozzi (1998) destacou “o futebol constituiu uma das maiores

    paixões do povo brasileiro, representando um veículo de cultura e comunicação

    dinâmico e expressivo, e que tem apresentado um crescimento e interesses

    crescentes por grande parte da sociedade”.

    A identificação entre o torcedor-consumidor e o clube é fundamental

    para a construção do valor da marca. O torcedor-consumidor espera que a

    marca de um patrocinador, quando atrelada à imagem de seu clube, agregue

    valor e seja compatível com a sua identidade e com a ideia que projeta para

    seu clube. Como Aaker (2002) aponta “o valor da marca é a

    medida da força da marca. Está relacionado com o valor de mercado, com

    quanto as pessoas pagam por seus ativos. Assim, o valor de

    uma marca é o valor de seus ativos. No entanto, antes disso, vem o valor na

    mente dos consumidores – valor este que leva a uma

    recompensa para a marca, traduzida em lucros, vendas e dividendos na Bolsa”.

    Morgan e Summers (2008) atentam que essa ligação emocional entre o

    torcedor e o time, abre caminho para uma grande oportunidade quando se

  • 51

    analisa a promoção de um produto, pois durante esse momento de lazer o

    torcedor se torna mais receptivo as mensagens transmitidas durante a partida

    ou competição, levando com que o torcedor até mesmo de forma inconsciente

    faça ligação entre as emoções prazerosas do jogo, as marcas e produtos

    apresentados durante o mesmo.

    Morgan e Summers (2008, p.48) ainda deixam claro que o esporte é um

    produto complexo e com público diversificado, o que requer um planejamento

    cuidadoso no que se refere a sua utilização como ferramenta de marketing.

    Assim sendo, evidenciam que as funções do mix do marketing e as decisões

    estratégicas precisam abranger os impactos e as exigências de diferentes

    consumidores e públicos esportivos.

    Apesar de o Futebol ser o esporte que melhor exemplifica a relação

    entre marketing e esporte no Brasil, ele ainda possui a capacidade de ser mais

    bem aproveitado. Analisando-se os dados dos clubes cariocas é possível

    perceber que as ações realizadas pelos mesmos, ainda não conseguiram

    converter a identificação de seus torcedores em receitas expressivas, o

    patrocínio e a venda de imagem ainda são as principais fontes de arrecadação

    dos clubes. Nesse contexto, cabe ao departamento de marketing de cada clube

    ampliar e qualificar ações para alcançar seu torcedor.

    Durante o desenvolvimento deste trabalho foi constatado, que a área

    estudada ainda é pouco explorada no meio acadêmico - cientifico, muitas

    vezes as organizações não investem no marketing esportivo por não

    calcularem o impacto que o mesmo pode causar na valorização de suas

    marcas.

  • 52

    BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS

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    fevereiro de 2014.

    . Acessado em 01 de

    fevereiro de 2014.

    . Acessado em 01 de fevereiro de 2014.

    . Acessado em 25 março de 2014.

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    ÍNDICE

    FOLHA DE ROSTO 2

    AGRADECIMENTO 3

    DEDICATÓRIA 4

    RESUMO 5

    METODOLOGIA 6

    SUMÁRIO 7

    INTRODUÇÃO 8

    CAPÍTULO I

    O ESPORTE FUTEBOL 11

    1.1 – O futebol no Brasil 11

    1.2 – O futebol amador 11

    1.3 – Início e consolidação do profissionalismo 12

    1.4 – O esporte como negócio 14

    1.5 – O futebol como negócio no Brasil 15

    CAPÍTULO II

    MARCA 17

    2.1 – Marca 17

    2.2 – Valor da Marca 18

    2.3 – Marketing de Serviços 18

    2.4 – O torcedor como consumidor 21

    CAPÍTULO III

    APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 23

    3.1 – O valor das marcas dos 17 clubes mais valiosos do Brasil 23

    3.2 – Valor das marcas dos 4 (quatro) clubes do Rio de Janeiro 33

    a) Flamengo 33

    b) Vasco da Gama 38

    c) Fluminense 41

    d) Botafogo 46

    CONCLUSÃO 50

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52

    WEBGRAFIA 54

    ÍNDICE 56