DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · Segundo Freire (2002) as brincadeiras têm...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
DESENVOLVIMENTO INFANTIL, AÇÃO DE BRINCAR,
COLOCAR E TIRAR NOS ANOS INICIAIS
Por: Léa Maria Geraldo Coelho
Orientador
Prof. Solange Monteiro
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
DESENVOLVIMENTO INFANTIL, AÇÃO DE BRINCAR,
COLOCAR E TIRAR NOS ANOS INICIAIS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicopedagogia Institucional
Por: Léa Maria Geraldo Coelho
Rio de Janeiro
2013
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus!
Por mais esta oportunidade de
aprendizagem, conhecimento que
enriquecerá minha vida pessoal e
profissional. Ao meu marido Paulo, pelo
apoio e carinho que recebi durante este
percurso. Aos meus filhos Paulo Júnior
e Giseli Cristini pela torcida vibrante,
valeu! As minhas colegas de classe
pelo apoio e ajuda. E aos meus
queridos professores que diretamente
contribuíram para o meu sucesso.
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DEDICATÓRIA
Considerando esta monografia resultado
de uma caminhada com vontade e
dedicação agradecer pode não ser tarefa
fácil, nem justa. Para não correr o risco da
injustiça, agradeço de antemão a todos
que de alguma forma passaram pela
minha vida e contribuíram para a
construção de quem sou hoje.
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RESUMO
Este artigo reflete sobre a importância da atividade Lúdica como
instrumento de investigação Psicopedagógica, e busca compreender suas influências na educação infantil nos anos iniciais. O brincar e o jogar são atos indispensáveis á saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em todos os povos desde os mais remotos tempos. Através deles a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima. O brinquedo sempre fez parte da vida das crianças, Independentemente de classe social ou cultural em que estejam inseridas. Assim o ato de brincar, como atividade lúdica está constantemente gerando novas situações. O brinquedo satisfaz as necessidades básicas de aprendizagem das crianças. Embora o brincar sempre tenha feito parte do cotidiano infantil nem sempre foi dada a devida importância, brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia do ser humano. Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. Irá contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilíbrio do adulto.
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METODOLOGIA Este estudo de natureza qualitativa foi baseado em uma pesquisa
bibliográfica, apresentando uma pequena parte de tudo o que foi pesquisado.
Com as seguintes etapas: pré-análise, organização e leitura geral do material,
e separação dos mesmos buscando uma melhor compreensão. A importância
das atividades Lúdicas como instrumento de investigação Psicopedagógica é o
foco deste material monográfico realizado no decorrer do curso de Pós-
Graduação em Psicopedagogia Institucional na Universidade Candido Mendes.
Este trabalho foi realizado através de fontes oriundas da área da
Pedagogia, Psicomotricidade, Psicopedagogia, Psicologia, Educação Infantil e
etc. Foram também utilizados recursos da internet, livros, revistas e artigos.
Seguindo as ideias de Jean Piaget, Vygotsky, Negrine, Gabarine, Bomtempo,
Montessori, Decroli, dentre outros. Contribuíram para o embasamento teórico
nesta produção monográfica. Autores como: Nádia A. Bossa, Símaia Sampaio,
Auredite Cardoso Costa, Valéria Machado Canabarro, e outros, enriqueceram o
conteúdo deste trabalho.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I ATIVIDADE LÚDICA 12 CAPÍTULO II EDUCAÇÃO INFANTIL 22 CAPÍTULO III HISTÓRICO DA PSICOPEDAGOGIA 35 CONCLUSÃO 50 BIBLIOGRAFIA 52 ÍNDICE 55
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INTRODUÇÃO
O presente artigo aborda sobre a importância do lúdico na
aprendizagem dos anos iniciais. Sabemos que é na infância que se tem os
primeiros contatos e vivencias para desenvolver a aprendizagem, e acredita-se
que os jogos e brincadeiras são essenciais na vida da criança, faz com que
fique mais motivada e torna a aprendizagem mais prazerosa, auxilia no
desenvolvimento da personalidade e sua múltipla inteligência.
Atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do
pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado
cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma
relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. A
criança, por meio da brincadeira, reproduz o discurso externo e o internaliza,
construindo seu pensamento.
Iremos explanar algumas definições importantes acerca do Lúdico no
processo de aprendizagem, diferenciar o jogo, da brincadeira, mostrando sua
importância, e discorrer sobre a importância das atividades lúdicas como
instrumento de investigação psicopedagógica, no processo da não
aprendizagem nos anos iniciais. O trabalho psicopedagógico tem como objetivo
central abordar, investigar e intervir nas dificuldades encontradas no processo
de ensino aprendizagem. As atividades lúdicas, enquanto função educativa
funciona como estratégias úteis e necessárias à vida contribuindo para
inúmeras aprendizagens e tecendo uma experiência psicopedagógica viva para
o desenvolvimento infantil.
Segundo Freire (2002) as brincadeiras têm grande significado no
período da infância, onde de forma segura e bem estruturada pode estar
presente nas aulas de Educação Física dentro da sala de aula. Com uma
conduta mais alegre e prazerosa, poderemos ver traços marcantes do lúdico
como ferramenta de grande importância e com um imenso fundamento no
aprendizado da criança sem descaracterizar a linha desenvolvimentista do
âmbito escolar.
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Através do jogo a criança desenvolve a linguagem, a socialização, a
iniciativa e a auto-estima. Prepara a criança para se um cidadão capaz de
enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo, nas
suas diversas formas, auxilia no processo ensino aprendizagem, no
desenvolvimento de habilidades do pensamento, bem como a imaginação a
interpretação, a tomada de decisões, a criatividade, o levantamento de
hipóteses, a obtenção e organização de dados, a aplicação dos fatos e dos
princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos,
quando obedecemos a regras vivenciamos conflitos, etc.(Campos de Andrade).
Observou que a abordagem psicopedagógica dos jogos de regras
favorece o desenvolvimento das estruturas cognitivas, pois permite que o
sujeito realize desencadeamento das estruturas cognitivas, de regulações
ativas no processo de escolha de procedimentos adequados ao alcance dos
objetivos do jogo.
O psicopedagogo através de seu trabalho utiliza o lúdico como
metodologia para analisar a criança que apresenta dificuldades de
aprendizagem, tem o papel importante, observar as atitudes, os gestos e o
comportamento da criança a ser analisadas, após isso, realizará as
intervenções necessárias para só então chegar ao resultado esperado. Esse
tipo de investigação tem forte aliado ou mesmo uma ferramenta de grande
ajuda que é o lúdico, é uma metodologia utilizada através de brincadeiras e
jogos, é muito importante como instrumento de trabalho do Psicopedagogo, o
brincar relaciona-se com o prazer, se brincar é prazer, aprender brincando será
um prazer para a criança.
Segundo Vygotsky (1989) é no brinquedo que a criança aprende a
agir numa esfera cognitiva. Segundo o autor a criança comporta-se de forma
mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma
situação imaginária, quanto pela capacidade de subordinação às regras.
Segundo Vygotsky (1989,) o brinquedo cria uma zona de
desenvolvimento proximal na criança, aquilo que na vida real passa
despercebida por ser natural, torna-se regra quando trazido para a brincadeira.
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O trabalho da Psicopedagogia é evitar ou debelar o fracasso escolar
em uma visão do sujeito como um todo, objetivando facilitar o processo de
aprendizagem. O ser sob a ótica da Psicopedagogia é cognitivo, afetivo e
social. É comprometido com a construção de sua autonomia, que se
estabelece na relação com o seu "em torno", à medida que se compromete
com o seu social estabelecendo redes relacionais. Para o Psicopedagogo é
muito importante que a criança tenha, desde cedo, contato com jogos como
quebra-cabeça, jogo da memória, caça palavras, que também é um tipo de
jogo. São jogos importantes que estimulam a inteligência e a capacidade
mental da criança.
Segundo Piaget (1975):
Por meio do jogo a criança assimila o mundo para atender seus desejos e fantasias. O jogo segue uma evolução que se inicia com os exercícios funcionais, continua no desenvolvimento dos jogos simbólicos, evolui no sentido dos jogos de construção para se aproximar, gradativamente, dos jogos de regras, que dão origem à lógica operatória. (PIAGET, 1975, p.160).
Segundo o autor, nos jogos de regras existe algo mais que a simples
diversão e interação, pois, eles revelam uma lógica diferente da racional. Este
tipo de jogo revela uma lógica própria da subjetividade tão necessária para a
estruturação da personalidade humana quanto à lógica formal, advinda das
estruturas cognitivas.
“Os jogos não são apenas uma forma de divertimento, mas são meios
que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Para manter seu
equilíbrio com o mundo, a criança necessita brincar, criar, jogar e inventa”.
A criança desenvolve a criatividade, através dos jogos lúdicos, do
brinquedo e da brincadeira, também ajuda no desenvolvimento motor da
criança. Em sala de aula as atividades lúdicas podem favorecer a
aprendizagem, e tornam o ambiente mais agradável para as crianças que
apresentam ou não, dificuldade para aprender.
As crianças formam estruturas mentais pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações imaginárias surge da tensão do indivíduo e a sociedade. O
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lúdico liberta a criança das amarras da realidade. (VIGOTSKY 1989, p.84)
Sendo assim, a importância das atividades lúdicas, pode ser vista
na vida da criança, através de desenvolver habilidades, sentimentos, favorece
o respeito mútuo, compartilham desafios de regras e objetivos, que serão
expressos durantes as atividades de jogar e brincar.
Segundo Piaget (2002), o termo de "zona de desenvolvimento
proximal" é para se referir as relações entre desenvolvimento e aprendizagem.
Para esse autor o lúdico é desafiador, é surpreendente, significa que não é
possível controlar todo resultado. Incluindo a curiosidade de cada criança deve
ser simplesmente observada pelas hipóteses. Um fator importante de ressaltar
é que as atividades sejam possíveis de realização, não basta ser só necessária
por mais importante que seja. O lúdico também se torna simbólico e amplia as
possibilidades de assimilação do mundo proporcionando a maneira de pensar,
imaginar e questionar, é um instrumento de mediação entre o prazer e a
aprendizagem.
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CAPÍTULO I
ATIVIDADE LUDICA
1.1-Conceito
“Soubéssemos nós adultos preservar o brilho e o frescor da
brincadeira infantil, teríamos uma humanidade plena de amor e fraternidade.
Resta-nos então, “aprender com as crianças”. (DEHENZELIN, 2001.p.37
As atividades lúdicas não podem ser delimitadas em jogos ou
brincadeiras, pois elas incluem qualquer atividade que propicie um momento de
integração e de prazer. Sendo assim, as atividades lúdicas englobam muitos
outros conceitos, que vão além do lúdico e da ludicidade. Discutir o conceito de
ludicidade envolve entender a significação de jogos, do brincar, da brincadeira
e do brinquedo, e como estes métodos lúdicos se diferenciam de uma cultura
para outra.
O brincar e o jogar foram ganhando distintas significações e
interpretações ao longo dos tempos. Vivemos tempos de profundas mudanças
sociais e essas transformações vêm alterando as possibilidades das crianças
vivenciarem amplamente a diversidade que o jogo e a brincadeira encerram.
Segundo Brougère (1998), é na brincadeira que se extravasa a
realidade, que se demonstra a verdadeira personalidade e que se é proposta
uma aprendizagem, como afirma Gilles Brougère no artigo A criança e a cultura
lúdica, “brincar não é uma dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade
dotada de uma significação social precisa que, como outras, necessita de
aprendizagem”.
A ludicidade é assunto que tem conquistado espaço no plano
nacional, principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo a essência
da infância, seu uso constante, permite um trabalho pedagógico que possibilita
a produção do conhecimento. Sobre as atividades lúdicas existe hoje uma
vasta bibliografia, mas a realidade é que estes estudos pouco têm influenciado
na prática da educação infantil, devido existir ainda, resistência por parte de
alguns educadores. Pela análise da realidade educacional concluímos que nas
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instituições de educação infantil, as atividades lúdicas são pouco exploradas, e,
mesmo quando são realizadas, não lhes é dado o valor que elas merecem.
O termo lúdico, proveniente do latim “ludus”, está impregnado da
noção de jogo, de diversão, de iludir, de enganar, de zombar, de passar o
tempo. Devemos entender o jogo como um fenômeno antropológico, ou seja,
presente na cultura humana, atuando na geração desta e sendo por ela
transformada. O jogo é uma constante em todas as civilizações, nas quais
esteve ligado a diferentes manifestações: sagradas, festivas, de guerra, de
espetáculo, de lazer, educativas, terapêuticas etc. Neste sentido o jogo pode
ser entendido como um potente elemento transmissor e dinamizador de
costumes e condutas sociais.
O lúdico é carregado de sons, movimento e imaginação. E é neste
universo que a criança, pula, brinca, desenha,pinta,canta, dança, representa,
cria e recria o faz de conta. Há certa ambivalência no âmbito da língua
portuguesa em relação aos termos jogo, brincadeira, brinquedo e brincar. Ao
jogo podemos referir, quando nos remetemos a dois adultos jogando cartas,
ou, ainda, a uma criança se entretendo com um quebra cabeça. Que
similaridade e distinções existem entre ambas as citações? Citamos três
conotações do termo jogo:
Os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre
presente na humanidade desde seu início, também não tinham a conotação
que têm hoje, eram vistos como fúteis e tinham como objetivo a distração e o
recreio. O jogo e a brincadeira existem antes mesmo da própria civilização,
entretanto é difícil defini-lo, devido às constantes mudanças, ou seja, as
relações históricas, culturais e sociais nas quais ele pertence. O jogo da criança
não é uma recordação simples do vivido, mas sim a transformação criadora
das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às
exigências e inclinações dela mesma.
[...] cria na criança uma nova forma de desejos. Ensina-a desejar, relacionando seus desejos a um “eu” fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se ao seu nível básico de ação real e moralidade (VYGOTSKY, 1984 apud SILVA, 2001, p. 40).
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A idéia de jogo está aparentemente inserida em todas as culturas do
mundo. Isso inclui suas variações lingüísticas, os diferentes contextos em que
o termo jogo é usado e os diferentes sentidos que podem ser empregados a
ele. Dessa forma, a ludicidade está em todas as atividades que despertam
prazer, desenvolve a criatividade, os conhecimentos através de jogos, músicas
e danças. É possível ensinar divertido e interagir com o outro, é um mundo de
criatividade que favorece educador e educando.
O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer “jogo.” Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao “jogar”, ao brincar, ao movimento espontâneo. A atividade lúdica espontânea traz implícito um convite para a criança expressarem-se de muitas formas, como movimentos corporais, convivência social, músicas, danças, dramatizações, entre outras. (MICHAELIS, 2010, p.11)
1.2-Aspectos Históricos
As sociedades antigas revelam que, mesmo com diferentes formas
de organização da sociedade vigente, o lúdico mantinha-se presente no dia a
dia dos adultos e das famílias. Segundo a autora Alice Bemvenuti, a atividade
lúdica infantil desde a antigüidade possui passagens relevantes na história
social da humanidade, sobretudo, na trajetória do desenvolvimento humano. O
lúdico esteve presente na Antiga Roma, na Grécia, na era Medieval e
Contemporaneidade
1.2.1-Antiga Roma:
O jogo tinha um aspecto religioso, havia jogos em homenagens a
vários deuses, ou seja, atos e ritos oferecidos a eles como presentes. Outra
característica interessante refere-se ao caráter contemplativo: tratava-se de
jogos em que a exibição era mais importante que a participação, já que eram
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jogos competidos por escravos, para o deleite dos espectadores. Os jogos
romanos tiveram origem etrusca e contavam com duas formas de participação:
o atleta, que exibia seu desempenho de força física, e o espectador que
apenas observava, pois “o jogo é visto a partir do espectador e não do
participante”.
Os estabelecimentos que ofereciam tais espetáculos
proporcionavam relaxamento, diversão e alegria aos assistentes dos deuses.
Os jogos atléticos se enquadravam num grupo de atividades de espetáculos
chamado jogos de circo, que apresentavam as corridas de brigas e de
combate, além das encenações envolvendo animais e caças. Porém, para os
romanos, existiam também os jogos de cena, envolvendo o teatro, a mímica e
os concursos de poesias. O jogo era envolvido por um mundo imaginário e
duelos ilusórios, usado para representar, pelo lúdico, as realidades
diversificadas da sociedade romana.
1.2.2- Antiga Grécia:
Os jogos eram realizados em formas de lutas, concursos, atividades
ginásticas, além das manifestações teatrais, e dos conhecidos Jogos Olímpicos
(inaugurado em 776 a. C.), havia outros jogos. Os jogos na Grécia eram
realizados no estádio e os atletas tinham como objetivo competir e não
proporcionar prazer aos espectadores, como no Império Romano. O jogo na
Grécia era considerado como uma importante celebração e tributo aos deuses.
Os jogos Olímpicos:
Não há data precisa sobre o início dos jogos Olímpicos, mas os
indícios apontam para o século X a.C., se bem que tenham sido encontrados
registros e vestígios desde o século VIII. No ano de 776 a. C. Já se listava os
nomes dos jovens vencedores em tábuas especiais, tipo de catálogo olímpico.
Passaram a chamar de Olimpíada os jogos realizados em Olímpia, que
oferecia um espaço a setenta metros de altitudes, em um vale com altares e
templos. Embora o lugar tenha sido habitado desde 2800 a.C., foi transformado
em santuário no século XII a.C. Os gregos dizem que, nesse tempo, a deusa
Gea (Terra) foi tocada por Zeus, figura masculina, deus dos deuses e deus dos
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mortais. Aos jovens vencedores dos jogos Olímpicos era oferecida uma coroa
de folhas de oliveira. Em outros jogos eles davam suas vidas, transformando-
se, assim, em heróis.
Jogos Píticos:
Depois dos jogos Olímpicos, eram jogos mais importantes da Grécia.
Eram celebrados de quatro em quatro anos, nos intervalos das Olimpíadas.
Aconteciam sempre no inicio de Setembro. Os jogos Píticos de distinguiam dos
demais jogos pela importância que concediam aos concursos artísticos. A
primeira celebração dos jogos em seu formato definitivo, com provas atléticas e
provas musicais, ocorre no início do século VI a.C., mais precisamente em 582
a.C. Inicia-se, então, a era das Pitíadas, que durou até o final do século IV d.C.,
quando o imperador romano cristão Teodósio decretou seu fim.
Jogos Nemeus:
Os Jogos ocorriam a cada dois anos, no segundo e quarto ano de
cada Olímpiada, A existência histórica dos Jogos Nemeus data do século VI
a.C. mais precisamente a.C. A organização dos jogos ficou a cargo da
população de Neméia até o século III a.C., quando passou para as mãos de
Argos, cidade vizinha. Os 12 membros da comissão organizadora dos jogos
também se chamavam helanódices, como os dos Jogos Olímpicos, e vestiam
roupa escura, marcando o luto pela memória de Ofeltes.As provas
compreendiam as habituais competições atléticas (concursos gímnicos e
hípicos) e competições artísticas (teatro e música). Os prêmios eram uma
coroa de aipo, planta de caráter fúnebre, ou de carvalho, a árvore sagrada
de Zeus.
Jogos Ístmicos:
Eram realizados também em honra ás divindades. Não se sabe a
data em que os Jogos Ístmicos começaram a ser disputados. Embora não haja
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referência à organização, administração ou esportes praticados, desenhos da
época levam os historiadores a crer que nestes jogos eram disputadas provas
hípicas, atléticas, musicais, literárias e náuticas. A partir de 580 a.C. os
concursos de poesia e música passaram a ser acessíveis também às
mulheres. Em um destes, Píndaro, grande poeta lírico, foi derrotado cinco
vezes pela poetisa Corina. Os vencedores dos Jogos Ístmicos recebiam como
prêmio uma palma e uma coroa de folhas de pinheiro.
1.2.3-Era Medieval:
As atividades lúdicas não são uma novidade no processo
educacional. Carlos Magno (cerca de 742 - 814) criou um centro de ensino em
seu palácio, entregando sua direção ao filósofo e pedagogo Alcuíno, o homem
mais erudito de seu tempo. Em Alcuíno encontramos diálogos repletos de
enigmas, brincadeiras e piadas, pois sua norma pedagógica era: deve-se
ensinar divertindo.
O homem medieval brincava porque acreditava vivamente na
maravilhosa sentença que associa a Sabedoria divina à obra da Criação:
quando Deus criou o mundo e fez brotar as águas das fontes, assentou os
montes, fez a terra e os campos, traçou o horizonte, firmou as nuvens no alto,
impôs regras ao mar e assentou os fundamentos da terra "ali estava eu (a
sabedoria divina) com Ele como artífice, brincando (ludens) sobre o globo
terrestre, e minhas delícias são estar com os filhos dos homens
Entre os pensadores da época estava Santo Agostinho, importante
filósofo e teólogo, para ele a aprendizagem é como uma necessidade humana,
só pode ser totalmente satisfeita se relacionada a Deus, o mestre interior,
assim, recomendava a alegria, paz no coração e algumas brincadeiras.
Dizia ele: “o lúdico é eminentemente educativo no sentido em que
constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e da vida,
o princípio de toda descoberta e toda criação”.
Após uma breve exposição sobre a prática lúdica na Pedagogia
Medieval, examinaram-se alguns aspectos do pensamento de Tomás de
Aquino, (Século XIII) que explicita e articula os fundamentos Filosóficos e
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teológicos do brincar. Deus brinca, Deus cria,brincando. E o homem deve
brincar para levar uma vida humana, as mulheres eram proibidas de participar
dos jogos, ficavam restritos á educação dos cavaleiros a aos ritos relacionados
ao carnaval.
Pesquisas em enciclopédias medievais destacam o jogo tratando-o
como “uma atividade que supõe um desafio. Não há jogo a não ser que supõe
um vencedor. Os jogos são divididos em jogos de azar e jogos de destreza”
Assim o jogo é compreendido como prazer necessário para relaxar; nesse
caso, não deve ser considerada uma atividade essencial, e sim uma atividade
que rompe o período de trabalho para um descanso. Nesse período, foram
inventados os mais diversos jogos, principalmente envolvendo dinheiro e
competição.
1.2.4-Na Contemporaneidade:
O jogo habita no espaço contemporâneo, com brincadeiras
tradicionais, competições esportivas, jogos online, jogos de linguagem, jogos
lógicos matemáticos, jogos de azar, entre tanto outros, sempre com a noção de
não sério, de passatempo, ou melhor, uma ótima atividade para ocupar o
tempo a fim de que o sujeito não faça outra coisa que não seja de fato
produtivo. Essa noção de não seriedade e de futilidade delegada ao jogo que,
por sua vez, é bastante reproduzida na escola, dificulta compreender a relação
existente entre jogo e educação como impulso ao exercício entre as
alternativas de ampliar a compreensão de resolver problemas através da
criatividade.
Jogar e brincar são um exercício de ação natural do ser humano,
que envolve infinitas capacidades e habilidades, tanto na criança como no
adulto. O ato de brincar e jogar resulta na manifestação de sentimentos e
emoções, permitindo assim o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e
social. O jogo e a brincadeira estão presentes em todas as fases da vida dos
seres humanos, tornando especial a sua existência. De alguma forma o lúdico
se faz presente e acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento
entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore. Nesta perspectiva
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estes artifícios auxiliam a criança a interagir com o meio em que está inserida,
assimilando o mundo que está a sua volta, acomodando-se nele, organizando
informações, adquirindo experiências e cultura, além de conceituar valores,
construindo, assim, sua identidade.
Segundo Luckesi (2000) ”Ludicidade, a meu ver, é um fenômeno no
interno do sujeito, que possui manifestações no exterior.” Através do jogo e da
brincadeira a criança se internaliza com o mundo em que vivem e que atuam
participativamente, construindo suas estruturas e expressando externamente
sua construção,apresentando dessa forma o nível mental que a mesma se
encontra, possibilitando o professor reorganizar a brincadeira para que a
mesma seja convertida para a educação garantindo mais rendimentos no
processo educativo.
Neste sentindo ensina Rizzi; Haydt:
Brincando e jogando, a criança aplica seus esquemas mentais à realidade que a cerca, apreendendo-a e assimilando-a. Brincando e jogando a criança reproduz as suas vivências, transformando o real de acordo com seus desejos e interesses. Por isso, pode-se dizer que, através do brinquedo e do jogo, a criança expressa, assimila e constrói sua realidade. (RIZZI; HAYDT, 2001, pag.15)
A internet também tem atraído as crianças que estão cada vez mais
conectadas ao ciberespaço. As brincadeiras virtuais também se encontram na
ordem do dia pela gama de novas possibilidades oferecidas ao infante. No
entanto, nestas brincadeiras na web em que a criança está conectada, seu
corpo tende a permanecer desconectado porque para brincar basta clicar no
mouse.
Os brinquedos oferecidos ao público infantil costumam ser
descartáveis e rapidamente tornam-se obsoletos, sendo substituídos por outros
mais modernos. Há uma rápida troca por outros mais velozes, o que, segundo
Meira (2003) estaria relacionado com as formações do social, pois a memória
do brincar encontra-se apagada pela demasiada quantidade de estímulos
apresentados continuamente, em um ritmo veloz e instantâneo.
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Segundo Macedo (2003), afirma que: jogar é fundamental para o
desenvolvimento do raciocínio, e traz muitas contribuições para a
aprendizagem, principalmente se as crianças têm a oportunidade de exercer
essa atividade com freqüência. Os jogos auxiliam o sujeito aprendente durante
a construção de novas estruturas mentais, permitindo assim, que a criança
experimente vivências nas áreas cognitivas, afetivas e psicomotora.
Segundo Kishimoto (1998), a brincadeira é a atividade espiritual mais
pura do homem, neste estagio e ao mesmo tempo, típico da vida humana
enquanto um todo da vida natural interna no homem e de todas as coisas. Ela
dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, paz com o
mundo. A criança que brinca sempre, com determinação auto-ativa,
perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode certamente torna-se um
homem determinado, capaz de auto-sacrifício para a promoção do seu bem e
de outros. (Froebel, 1912c, p.55 apud) (p. 68).
[...] função lúdica: o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente; e função educativa: o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. (KISHIMOTO, 2000, p. 37).
Segundo Huizinga (1971) O lúdico tem um papel fundamental no
processo de desenvolvimento infantil, pois por meio dele, pode vivenciar
inúmeras formas de aprendizagem, é um ingrediente indispensável para o ser
humano. A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo
conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire
significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio.
Segundo Dallabona e Mendes (2004) o lúdico produz na vida da
criança, a afetividade, a concentração, a cooperação, o equilíbrio e outras
habilidades como: estimulo e ampliação do vocabulário, consciência corporal,
locomoção, velocidade, aprimoramento das capacidades físicas básicas, força,
resistência e outros. É um importante recurso pedagógico, uma ferramenta de
ensino-aprendizagem na vida da criança nos anos iniciais, sua atuação se dá
individual ou grupal de acordo com o ritmo e potencial de cada sujeito.
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Segundo Negrine (2002), O brincar é sério, uma vez que supõe
atenção e concentração. A brincadeira possibilita o desenvolvimento de
aptidões físicas, mentais e emocionais. Uma infância estimulante com
brincadeiras apropriadas a cada etapa de desenvolvimento, em um ambiente
adequado e motivador, estabelecerá a qualidade de experiências que serão
vividas pela criança e contribuirá para a formação de uma personalidade
íntegra e completa.
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CAPITULO II
EDUCAÇÃO INFANTIL
2.1- Anos iniciais
As crianças brasileiras devem ser matriculadas na educação básica
a partir dos quatro anos de idade. Para atender essa obrigatoriedade- A
matrícula cabe aos responsáveis-, as redes municipais e estaduais de ensino
têm até 2016 para se adequar a acolher alunos de 4 a 17 anos. O fornecimento
de transporte, alimentação e material didático também será estendido a todas
as etapas da educação.
Lei n°12.796, 4 de abril de 2013,sancionada pela presidenta Dilma
Rousseff, publicada no Diário Oficial , 5/4/2013, o novo documento ajusta a Lei
n°9.394, de 20 de Dezembro de 2013,( Lei Diretrizes e Bases da educação
Nacional) à Emenda Constitucional n°59, de 11 de Novembro de 2009, que
torna obrigatória a oferta gratuita de educação básica a partir dos 4 anos de
idade...
O ingresso dessas crianças no ensino fundamental não pode constituir-se numa medida meramente administrativa. É preciso atenção ao processo de desenvolvimento e aprendizagem delas, o que implica conhecimento e respeito às suas características etárias, sociais, psicológicas e cognitivas. (MEC/SEB, 2007, p. 6)
Segundo Maria Izabel Edelweis Bujes, durante muito tempo a
educação infantil foi considerada uma responsabilidade da família ou do grupo
social ao qual ela pertencia, era junto aos adultos e outras crianças com os
quais convivia que a criança aprendia a se tornar membro desse grupo, a
participar das tradições que eram importantes para ela e a dominar os
conhecimentos que eram necessários para a sua sobrevivência material e para
enfrentar as exigências da vida adulta.
Nos últimos anos, muito se tem discutido sobre a educação infantil e
cada vez mais concordou com a premissa de que os primeiros anos do
desenvolvimento infantil são importantíssimos e, com certeza, embasarão a
23
vida disse futuro adulto. Hoje, a educação infantil no Brasil já faz parte do
cotidiano e não deve ser vista como uma opção de cuidados, mas sim como
um direito de toda criança.
A educação brasileira hoje se encontra em condições nada
favorável ao nível de desenvolvimento com o qual desejamos. Todas as
pesquisas demonstram que as taxas de analfabetismo no país continuam
bastante expressivas, o que nos causa grande indagação. As dificuldades de
leitura e escrita, que se apresentavam nas turmas de primeiro ano, hoje se
arrastam por todas as turmas do ensino fundamental.
Um bom exemplo disso é a cidade do Rio de Janeiro, com toda sua
extensão geográfica, tem investido na melhoria da Rede Pública de Ensino,
com recursos financeiros bem expressivos, tem equipado as escolas com
materiais tecnológicos atuais, e vem mantendo um sistema de formação
continuada a profissionais envolvidos no processo de educação ensino
aprendizagem, no entanto, busca encontrar soluções para o que se chama
maior “problema”, levar seus alunos a apropriar-se da leitura e da escrita nos
primeiros anos de ensino fundamental.
A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a freqüentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação (BRASIL, 1998, p. 23).
Segundo Papirus (2009) Só podemos ensinar até onde conseguimos
aprender. Sendo o professor o agente e mediador desse processo necessita
levar seu aprendente a decodificar o código alfabético, assim como levá-lo a
apropriar-se do sistema de escrita formal da língua e ao mesmo tempo integrá-
lo em seu meio social de letramento. Esse processo se dá através das relações
sociais. Para que isso ocorra, é necessário que a criança esteja inserida num
meio que proporcione um desenvolvimento significativo, tendo em vista que, a
criança internaliza os conhecimentos dando sentidos a eles.
A Educação Infantil é um direito dos cidadãos exposto na
Constituição Federal (BRASIL, 1988), em seu artigo 227 diz:
24
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (BRASIL,1988, p.96)
Sendo assim, é assegurado por lei o direito a Educação. Não é
simplesmente uma “escolha qualquer”, mas um direito conquistado pelo povo
de manter seus filhos em escola de qualidade e gratuita, enquanto estão
trabalhando, contribuindo para a economia do país. A Educação Infantil é
reconhecida pelos educadores, pelos governantes e pela sociedade científica
como etapa de primordial importância para o desenvolvimento infantil, visto que
é nesta fase que a criança aprende como viver, como fazer, como brincar,
como jogar, e a se desenvolver. A educação com toda a dificuldade vem
oportunizando mudanças no pensar e agir da criança. Percebe-se pelo seu
olhar e vivencia no mundo que a cerca.
Segundo Ariès (1981) a infância nem sempre mereceu o lugar de
destaque que tem hoje em sociedade, Ao longo dos tempos a concepção de
infância foi mudando, de acordo com o momento sócio- histórico e político. As
instituições educacionais que atendem a essa faixa etária também tiveram que
acompanhar essas transformações e organizar-se de forma a atender os
diversos percursos de vida das nossas crianças, percebendo que conhecer e
compreender essa diversidade torna-se fundamental para a construção e
efetivação de uma proposta pedagógica que visa à formação humana.
Segundo a escritora WAJSKOP (1995) afirma:
Brincar é a fase mais importante da infância – do desenvolvimento humano neste período – por ser a auto-ativa representação do interno – a representação de necessidades e impulsos internos. Com a brincadeira a criança aumenta sua sensibilidade visual e auditiva, desenvolve habilidades motoras e cognitivas. (WAJSKOP, 1995, p.68)
25
Segundo Oliveira (1988) “[...] o hábito de ler, como é comprovado,
deve começar nos primeiros anos de vida e antes mesmo da entrada da
criança na escola”. O trabalho do educador nos anos iniciais é oferecer a
criança a possibilidades de ampliar a sua capacidade de comunicar-se. Alem
da brincadeira e da linguagem oral, o autor afirma que um dos aspectos
relevantes na educação infantil é o processo de leitura e escrita, que deve ser
explorado sem ter o objetivo e o compromisso de apropriação formal por parte
da criança.
O importante é perceber a alfabetização como parte de um
processo maior, de construção de significações, que se dá de diferentes
maneiras em cada grupo. Durante o trabalho de construção serão confrontadas
as discrições teóricas e a prática educacional na referida faixa etária a que será
de grande importância na formação do nosso papel de educador, contribuidor e
mediador no processo de formação desse indivíduo.
Na Educação Infantil, as crianças recebem informações sobre a
escrita quando: brincam com a sonoridade das palavras, reconhecendo
semelhanças e diferenças entre os termos; manuseia todo tipo de material
escrito, como revistas, gibis, livros, fascículos etc.; e o professor lê para a
turma e serve de escriba na produção de textos coletivos.
Segundo Piaget (1975) e Winnicott (1975) o jogo e a brincadeira
são um mecanismo de registro, quando a criança a brinca aprende por si
própria e através dessa ação favorece seu relacionamento afetividade e
reciprocidade,aprende normas sociais de comportamento, ajuda na elaboração
e no desenvolvimento das estruturas mentais, memória, atenção, a distinção
entre fantasias e realidade, ajuda a melhorar a linguagem. É a forma como
cada um utiliza para nomear seu brincar.
Desenvolvimento Infantil
Segundo Piaget (1999) os jogos são atividades capazes de
proporcionar as crianças uma compreensão do mundo em sua volta, de forma
prazerosa e divertida, simplesmente pelo ato de agir. Piaget também
26
considerou o brinquedo importante para o desenvolvimento Infantil. Ele
classificou em fases o desenvolvimento do jogo na criança, Todo esse
processo passa por quatro estágios. São eles:
• Estágio sensório- motor de (de 0 a 6 anos)- O conhecimento é
adquirido de forma empírica , não verbal uma vez que a criança
vai apreendendo os abjetos à sua volta, experimentando-os de
varias formas para somar conhecimento, essa fase é puramente
reflexa,age conforme os instintos essenciais.
• Estágio pré-operatório-(dos 2 aos 7 anos)- A criança aprende o
signo lingüístico, ou seja nomeia os objetos do mundo , associa
um conhecimento experimental.As condutas adaptativas
continuam, mas começam com uma diferenciação: a dualidade,
como por exemplo,temos os jogos da voz, as primeiras lalações.
• Estágio operatório- concreto-(dos 7 aos 12 anos) A criança
agora já é capaz de pensar de forma lógica, agrupando os objetos
do mundo por semelhanças e diferenças.
• Estágio operatório formal (dos 12 até a idade adulta) O falante já
tem todas as capacidades para desenvolver e pensar de forma
empírica.
• O teórico afirma que a aprendizagem acontece por meio de três
processos:
• Adaptação: é o processo pelo qual a criança passa a conhecer e
interagir com meio em que vive.
• Assimilação: é o processo pelo qual a criança passa de
acomodação os conhecimentos adquiridos no meio para assimilar
os novos que foram construídos com a ajuda de conhecimentos
velhos.
• Acomodação: os conhecimentos se acomodam em níveis mentais
27
para que possamos experimentar o mundo através deles.
Objetivos das atividades lúdicas na Educação Infantil: visam o
desenvolvimento das áreas psicomotoras, perceptivas, de atenção, raciocínio e
estimulação para o contato com os objetos e etc.
E preciso que a criança supere, com sucesso, todos os níveis para
que possa adquirir o conhecimento na sua totalidade, e esse processo sejam
influenciados pelos seguintes fatores, Maturação, Exercitação, Aprendizagem
social, Equilibração, dentre ouros.
Vygotsky (1995) compreende o desenvolvimento infantil como:
(...) um processo dialético que se distingue por uma complicada periodicidade, a desproporção no desenvolvimento das diversas funções, as metamorfoses ou transformações qualitativas de umas formas em outras, o entrelaçamento complexo de processos evolutivos e involutivos, o complexo cruzamento de fatores externos e internos, um complexo processo de superação de dificuldades e de adaptação (VYGOTSKY, 1995, p.141).
Segundo PIAGET (1971) O desenvolvimento da criança acontece
através do lúdico. Brincar é crescer, é o mundo da criança, e através da
brincadeira ele se manifesta, a criança pequena usa da brincadeira para imitar,
jogar, e dessa forma experimenta suas relações com mundo.
Segundo Vygotsky (1984) “atribui relevante papel ao ato do brincar
na constituição do pensamento infantil". É brincando, jogando, que a criança
revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender
e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e
símbolos. O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo
mais real. Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode de
expressas, analisar, criticar e transformar a realidade.
Segundo Vygotsky (1989) A criança, por meio da brincadeira,
reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio
pensamento. A linguagem tem importante papel no desenvolvimento cognitivo
da criança á medida que sistematiza suas experiências e ainda colabora na
organização dos processos em andamento. Se bem aplicada e compreendida,
a educação lúdica poderá contribuir para a melhoria do ensino nos anos
28
iniciais.
É fundamental que se assegure à criança o tempo e os espaço para que o caráter lúdico do lazer seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida para a criatividade e a participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver, e viver, como diz a canção... Como se fora brincadeira de roda... ”MARCELLINO (1996, p.38).
Segundo com Vygotsky (1984), a brincadeira cria para as crianças
uma “zona de desenvolvimento proximal” que não é outra coisa senão a
distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pala capacidade
de resolver independentemente um problema, determinado através da
resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a
colaboração de um companheiro mais capaz.
Segundo Santos (1999) por meio das atividades lúdicas, a criança
reproduz muitas situações vividas em seu cotidiano, as quais, pela imaginação
e pelo faz- de- conta, são reelaboradas. Estas representações do cotidiano se
da por meio da combinação entre experiências de angústia e novas
possibilidades de interpretações e reproduções do real, de acordo com suas
afeições, necessidades, desejos e paixões, ou dar vazão à agressividade.
O jogo como promotor de aprendizagem e do desenvolvimento passa a ser considerado nas práticas escolares como aliado importante para o ensino, já que coloca o aluno diante de situações lúdicas. O jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem vinculados na escola. (KISHIMOTO, 2003, p.13):
Segundo Vygotsky (1984) e Piaget (1975) o desenvolvimento não é
linear, mas evolutivo e, nesse trajeto, a imaginação se desenvolve. Uma vez
que a criança brinca e desenvolve a capacidade para determinado tipo de
conhecimento, ela dificilmente perde esta capacidade. É com a formação de
conceitos que se dá a verdadeira aprendizagem e é no brincar que está um dos
maiores espaços para a formação de conceitos.
O desenvolvimento intelectual não consiste apenas em acumular
informações, mas, sim, em reestruturar as informações anteriores, quando
estas entram num novo sistema de relações. Segundo o estudo de Negrine
29
(1998), mostra que as atividades prazerosas atuam no organismo causando
sensação de liberdade e espontaneidade.
Segundo Chateau (1987), o brincar e o jogar são atos
indispensáveis á saúde física, emocional e intelectual infantil. Através deles a
criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a
auto- estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e
participar na construção de uma sociedade em constante desenvolvimento.
Para que as Instituições Escolares trabalhem o Lúdico para o processo ensino
aprendizagem sejam acelerados, e os alunos tenham um significativo aumento
na assimilação dos conteúdos.
...É através de seus brinquedos e brincadeiras que criança tem oportunidade de desenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo com o mundo dos adultos, onde ela restabelece seu controle interior, sua auto-estima e desenvolve relações de confiança consigo mesma e com os outros... (GABARINO & BOMTEMPO; 1999.p.69)
Segundo Vitor da Fonseca (2008), o jogo, nas suas diversas
formas, auxilia no processo de superação, tanto no desenvolvimento
psicomotor e aprendizagem. Isto é, no desenvolvimento de habilidades do
pensamento, bem como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a
criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados
e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez,
acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando
vivenciamos conflitos numa competição, etc.
Em relação aos Jogos, Brinquedos e Brincadeiras, verifica-se que
muitos educadores do passado reconheciam o seu valor formativo. Dentre eles
pode se destacar Montessori, Dewey, Haetinger, Pestalozzi, Comenius,
Decroly, Piaget, Freud e Vygotsky. Esses teóricos da educação defenderam o
Lúdico como sendo importante no processo de aprendizagem da criança.
Segundo Vygotsky (1994), também fez alusão ao brinquedo e ao
jogo em seu estudo. Para o referido teórico, o brinquedo é uma das atividades
que dá prazer e, ao mesmo tempo preenche as necessidades da criança. A
aprendizagem da criança vai sendo construída mediante processo de relação
30
do indivíduo com seu ambiente sócio-cultural e como suporte de outros
indivíduos mais experientes, sendo assim o lúdico favorece esse processo de
socialização
Na concepção piagetiana, os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num exercício das ações individuais já apreendidas. Geram ainda, sentimento de prazer, tanto pela ação Lúdica em si, quanto pelo domínio destas ações. (FARIA, 1989, P. 93).
Segundo Lopes (2005), através do lúdico, a criança desenvolve a
capacidades e suas potencialidades, expressa o seu mundo imaginário elabora
assim seus sentimentos e experiências, brincar e jogar se constituem como
atividades vitais para a criança e adentram as instituições infantis, permite que
a criança construa habilidades necessárias para o pensamento crítico e
liderança, bem como aprimorar a capacidade de resolver problemas e conflitos,
tornando a crianças mai confiante sobre a sua capacidade de aprender, ao
brincar a criança usa a imaginação, e ao mesmo tempo se projeta ao futuro.
2.3-Ações de Brincar, Colocar e Tirar
As “ações de brincar” reúnem trabalhos da seguinte forma:
Cada brinquedo, jogos e atividades desenvolvem uma série de
habilidades, sabemos que o brincar desenvolve a criança holisticamente.
Dentro de cada brinquedo ou jogo há uma série de “ações de brincar”.
“Acriança deve ter todas as possibilidades de entregar- se aos
jogos e as atividades recreativas, que devem ser orientadas para os fins
visados pela educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se
por favorecer o gozo do direito humano”. (Declaração Universal dos direitos da
criança, 1959)
Existe um rico e vasto mundo de cultura infantil repleto de movimentos, de jogos, da fantasia, quase sempre ignorado pelas instituições de ensino. Pelo menos até os quatros primeiros anos do ensino fundamental, a escola conta com alunos cuja maior especialidade é brincar. (FREIRE 1997, p.13)
Segundo Chateau (1987), a criança brinca porque brincar é uma
31
necessidade básica, assim como a nutrição,a saúde, a habitação e a educação
são vitais para o desenvolvimento do potencial infantil. Para manter o equilíbrio
com o mundo, a criança necessita brincar, jogar, criar, e inventar. Estas
atividades lúdicas tornam-se mais significativas á medida que se desenvolve,
inventando e construindo. “Uma criança que não sabe brincar, uma miniatura
de velho, será um adulto que não saberá pensa”.
Segundo Wajskop (1995), por meio da psicologia, temos
conhecimento que, além de ser genético, o brincar é fundamental para o
desenvolvimento psicossocial equilibrado do ser humano. Por Intermédio da
relação com brinquedo, a criança desenvolve a afetividade, a criatividade, a
capacidade de raciocínio, a estruturação de situações, o entendimento do
mundo. Logo, brincar faz parte do mundo da criança.
As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que constitui a energia necessária para a progressão psíquica, moral intelectual e motriz da criança. (NEGRINE 1994, p.19)
Segundo Santos (1999), para a criança, brincar é viver. Esta é uma
afirmativa bastante usada e aceita, pois a própria história da humanidade nos
mostra que as crianças sempre brincaram, brincam hoje e, certamente,
continuarão brincando. Sabemos que ela brinca porque gosta de brincar e que,
quando isso não acontece, alguma coisa pode não estar bem. Enquanto
algumas crianças brincam por prazer, outras brincam para dominar angústias,
dar vazão á agressividade.
É fundamental que se assegure á criança o tempo e os espaços para que o caráter lúdico do lazer seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida para a criatividade e a participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver, como diz a canção... como se fora roda... (MARCELINO, NELSON, 1996, p.38)
2.4-O lúdico na Escola
32
“Segundo O Dicionário Eletrônico Houaiss, entre outros significados,
em sua versão latina, escola quer dizer “divertimento, recreio” e, em sua versão
grega,” descanso, repouso, lazer, tempo livre, hora de estudo, ocupação de um
homem com ócio, livre do trabalho servil. A criança desenvolve brincadeiras e
aprende jogos. Pode também aprender brincadeiras com seus pares ou cultura
e, com isso, desenvolver habilidades, sentimentos ou pensamentos. O mesmo
ocorre através dos jogos: ao aprendê-los, desenvolvemos o respeito mútuo,
modos de se relacionar com os iguais.
Segundo Sandra Costa (2007), percebemos hoje nas escolas, a
ausência de uma proposta pedagógica que incorpore o lúdico com eixo de
trabalho. Essa realidade do “Brincar” nas escolas leva-nos a perceber a
inexistência de espaço por um bom desenvolvimento dos alunos. Esse
resultado, apesar de apontar na direção das ações do professor, não deveu
atribuir-lhe a culpa. Ao contrário, trata-se de evidenciar o tipo de formação
profissional do professor que não contempla in formações nem vivências a
respeito do brincar e do desenvolvimento infantil em uma perspectiva social,
afetiva, cultural, histórica e criativa.
Segundo Toledo (2008): ao considerar as brincadeiras das crianças
como algo que atrapalha a aprendizagem, a escola começa a separar os
momentos que são para “aprender” dos que são para “brincar”. Porque esses
momentos precisam ser separados? Porque as crianças precisam deixar de
brincar para serem transformados no adulto? Porque o adulto não pode brincar
São poucas escolas que investem nesse aprendizado. A escola
simplesmente esqueceu a brincadeira, na sala de aula ou ela é utilizada com
um papel didático, ou é considerada uma perda de tempo. E até no recreio a
criança precisa conviver com um monte de proibições
O brincar é a mais bela forma de linguagem inocente de uma criança, Esta é uma atividade que quando realizada espontaneamente, é vivida no presente, com total integra, cuja atenção é voltada para ela própria e não para seus resultados. (MATURANA, 2004, p.231).
Segundo o psicanalista e médico inglês Winnicott, brincar é um sinal
33
de saúde, pois quando uma criança esta bem, sempre ira buscar uma atividade
lúdica. Durante o ato de brincar a criança resolve situações- problema e
elabora estratégias de ação frente às mesmas. É através da atividade lúdica
que a criança interage consigo e com o outro, e pelo brinquedo a criança vai se
construído como sujeito e organizando-se, e através do jogo e brincadeira
refletem o desenvolvimento da personalidade infantil.
Segundo Kishimoto (1997), acredita que “uma educação centrada na criança,
baseada no brincar, deveria significar que a conversa é iniciada pela criança e
levada adiante pelo professor”. Dessa forma, na escola de educação infantil é
sim lugar de brincar, a criança aprende brincando, é importante ela se sentir
livre e sossegada, emocional, social e afetivamente. A criança precisa ter
tempo e espaço para brincar, dessa forma, valores morais e culturais são
incorporados, já que a atividade lúdica conduz à imaginação, a fantasia, a
criatividade, clareza em expressar o pensamento, os desejos,
autoconhecimento, o exercício do diálogo, respeito ao outro e as suas idéias...
A criança deve ser encorajada a explorar o ambiente escolar, e
expressar-se através de todas as suas linguagens, através de: dramatizações,
pintura desenhos, palavras, desenvolvimentos de habilidades de acordo com a
idade de cada criança e etc. As escolas tradicionais ainda são a maioria nesse
país, onde o questionamento não existe, nem busca pela informação, tudo é
condicionado à sala de aula.
Segundo Brasil (1998), principal indicador da brincadeira, entre as
crianças, é o papel que assumem enquanto brincam, auxiliam sua autonomia e
ensino aprendizagem, e dessa forma, o lúdico se torna um forte aliado a todo
educador que respeita a criança em todo o seu esplendor. É por meio do jogo
que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e
autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, pensamento,
interação e da concentração.
Segundo Antunes (2004), “é através das brincadeiras que se
estimula a memória, exalta sensações emocionais, desenvolve a linguagem, a
atenção, a criatividade e a socialização”. Para compreender a importância das
atividades lúdicas no processo de alfabetização é necessário antes
34
compreender os conceitos de jogo, brincadeira, atividade lúdica e brinquedo.
As atividades lúdicas mobilizam esquemas mentais, estimulando o pensamento
e o senso crítico.
Segundo Negrini (1994) As contribuições das atividades lúdicas no
desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no
desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão
intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a
sociabilidade são inseparáveis, etc. O educador que utilizar o lúdico nas séries
iniciais para trabalhar atividades educativas terá um grande retorno em
criatividade e aprendizagem na vida da criança de forma significativa. É
importante que a escola valorize o lúdico e que ao se sentir incluída em seu
mundo a criança sente prazer em descobrir novos conhecimentos que serão
indispensáveis para sua formação como ser humano e futuro profissional. À
brincadeira, jogos e a questão simbólica envolvida nesse processo fazem parte
das atividades essenciais no desenvolvimento infantil.
35
CAPITULO III
HISTORICO DA PSICOPEDAGOGIA
3.1-Introdução a Psicopedagogia
Enquanto objeto de estudo da Psicopedagogia as “dificuldades” de
aprendizagem vêm sendo foco de atenção desde o século XIX. É possível
afirmar que os precursores da abordagem psicopedagógica foram estudiosos
que, de alguma maneira, voltaram-se para as limitações do processo de
aprendizagem, buscando resposta para as indagações que estas suscitavam.
Sendo a França, o berço da Psicologia, os estudiosos começam a
perceber que a maioria das crianças que apresentavam problema de
aprendizagem, nem sempre era de origem patológica. Essas dificuldades
estavam ligadas a interferências de fatores que estavam interferindo no
processo educativo. Que poderiam ser de ordens diversas como: fatores
psicológicos ou ambientais.
Segundo a psicóloga Maria Helena Souza Patto, citada por Bossa,
Cabia à Psicologia, por meio dos testes de inteligência, buscar a comprovação
de que a capacidade intelectual do sujeito era resultante de aptidões naturais e
humanas, herdadas geneticamente. E no que concerne á escola, os testes
psicológicos procuravam explicar as diferenças de rendimento dos alunos,
justificando o acesso diferenciando aos diversos graus de escolarização.
Os primeiros teóricos que se detiveram em estudar os problemas de
aprendizagem são originários da Europa, no séc, XIX. Os primeiros há obter
dos estudos desses problemas foram Filósofos, Médicos e Pedagogos,
interessados em compreender o fenômeno da “não” aprendizagem, ofereceram
contribuições importantes para a composição do que mais tarde passou a ser
conhecido como psicopedagogia.
Os primeiros, dominados por teorias organicistas, centravam suas explicações nas noções de congenitabilidade e de hereditariedade, atribuindo todas as perturbações, que não fossem causadas por lesão
36
nervosa, a disfunções neurológicas ou a retardos de maturação imputados a um equipamento genético defeituoso (VIAL apud BAETA, 1989, p.19)
Segundo Mara Rúbia Rodrigues Martins, no final do século XIX,
educadores, psiquiatras e neuro-psiquiatras começaram a se preocupar com os
aspectos que interferiam na aprendizagem e a organizar métodos para a
educação infantil, marco da época, temos a colaboração de Seguin, Esquirol,
Montessori e Decroly, entre outros.
Na França no séc XX, houve uma inquietude sobre como tratar de
alunos com dificuldades para aprender, eles eram vistos como possuidor de
patologias, até então, as crianças diagnosticadas com dificuldades eram
denominados como tendo problemas de anormalidade, portanto essa era a
explicação dada aos alunos que estavam com “problemas” de não
aprendizagem, esse foi um momento de grande desenvolvimento das ciências
médicas e biológicas.
Segundo Maria das Graças Sobral Griz, por volta de 1994. Já a
literatura francesa nos mostra autores como Jaques Lacan, Maud Manoni,
Françoise Dotto, Julian de Ajuriaguerra, Pierre Vayer, Pichon Rivière, Janine
Mery, dentre outros, cujas idéias influenciaram a Psicopedagogia na Argentina,
que se destacava como forte, na práxis da Psicopedagogia brasileira.
Os estudiosos franceses influenciaram a iniciação psicopedagógica
na Argentina. Segundo Bossa, Fernandez afirma que faz mais de 30 anos que
o curso de graduação em psicopedagogia surgiu na Argentina, tendo sido
Bueno Aires a primeira cidade a oferecer uma faculdade deste curso. A autora
observa, ainda, que a formação em Psicopedagogia na Argentina é quase tão
antiga quanto à carreira da psicologia, criada na Universidade de Buenos Aires.
Assim a Psicopedagogia surgiu no âmbito da reeducação, com o
objetivo de resolver o fracasso escolar. Para tanto, os profissionais mediavam
os déficits e elaboravam planos de tratamento que visavam a trabalhar as
funções egóicas como:percepção,atenção,motricidade e pensamento, a fim de
superar as faltas constantes. Durante os 30 anos que passaram desde o
estabelecimento da Psicopedagogia na Argentina, essa ciência vem ocupando
um espaço significativo no âmbito da educação e da saúde.
37
Na década de 70 que surgiram, em Buenos Aires, os Centros de
Saúde Mental, onde equipes de psicopedagogos atuavam fazendo diagnóstico
e tratamento. Estes psicopedagogos perceberem um ano após o tratamento
que os pacientes resolveram seus problemas de aprendizagem, mas,
desenvolveram distúrbios de personalidade como deslocamento de sintoma.
Resolveram então incluir o olhar e a escuta clínica psicanalítica, perfil atual do
psicopedagogo argentino.
Os primeiros teóricos que se detiveram em estudar os problemas de
aprendizagem são originários da Europa, no séc XIX. Os primeiros há obter
dos estudos desses problemas foram os Filósofos, os Médicos e os
educadores, por volta de 1994. Já a literatura francesa nos mostra autores
como Jaques Lacan, Maud Manoni, Françoise Dotto, Julian de Ajuriaguerra,
Pierre Vayer, Pichon Rivière, Janine Mery, dentre outros, cujas idéias
influenciaram a Psicopedagogia na Argentina, que se destacava como forte, na
práxis da Psicopedagogia brasileira.
[...] Devido á complexidade do seu objeto de estudo, são importantes á Psicopedagogia conhecimento específicos de diversas outras teorias, as quais incidem sobre os seus objetos de estudos, por exemplo: a psicanálise, a psicologia social, a epistemologia e a psicologia genética, a lingüística, a pedagogia e os fundamentos da neuropsicologia. (BOSSA, 2000, p.26)
3.2- Psicopedagogia no Brasil: uma análise importante para a
compreensão do processo ensino-aprendizagem
Segundo Bossa (2000), a partir de influências européias, estudiosos
argentinos destacaram-se por investir na proposta da abordagem
psicopesagógica, dedicando-se a pesquisar e divulgar a atuação do
psicopedagogo, como fizeram Alícia Fernández, Sara Paín e Joge Visca. Entre
eles, Visca (1997) é conhecido por elaborar a chamada Epistemologia
Convergente, articulando as contribuições da Psicogenética de Jean Piaget,
Psicanálise de Sigmund Freud e da escola de Psicologia Social de Enrique
Pichon Rivière. Os autores argentinos por sua vez, exerceram forte influência
38
no surgimento da Psicopedagogia no Brasil, especialmente no Estado do Rio
Grande do Sul. O modelo então adotado reflete a opção clínica, pautada no
modelo de atendimento do Centro Médico de Pesquisas, de Buenos Aires.
A complexidade do seu objeto de estudo e as demandas da vida
atual vem representando um verdadeiro desafio para os estudiosos da
Psicopedagogia. Os cursos na área de Psicopedagogia começam a surgir nos
anos 70, e foi amplamente difundido, ainda não apresenta uma nova profissão
no campo de vista legal. O psicopedagogo atua a partir de uma formação como
especialista, em programas Lato Sensu que estão regulamentados pela
Resolução n°12/83, de 16/10/83 que forma os denominados “especialistas em
Psicopedagogia”.
[...] penso que a Psicopedagogia, como área de aplicação antecede status de estudos, a qual tem procurado se sistematizar um corpo teórico próprio, definir o seu objeto de estudo, delimitar o seu corpo de atuação e para isso recorre á psicologia, psicanálise, lingüística, fonoaudiologia, medicina, pedagogia. Podemos citar alguns profissionais brasileiros que objetivam dar sua contribuição na formação desse corpo teórico, começando por tentar definir a Psicopedagogia. (BOSSA, 2000, p.18)
Segundo Bossa (2007) a Psicopedagogia é um campo de atuação
em Educação e Saúde que se ocupa do processo de aprendizagem
considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade e o contexto sócio-
histórico, utilizando procedimentos próprios, fundamentados em diferentes
referenciais teóricos. É a área que estuda a aprendizagem humana,
objetivando facilitar o processo de aprendizagem não apenas no ambiente
escolar, mas em todos os âmbitos: cognitivo, afetivo, social e durante toda vida.
Segundo Bossa, (1994) o caminho da Psicopedagogia no Brasil é
árduo. O Psicopedagogo, profissional pós-graduado, precisa ser um multi-
especialista em aprendizagem humana, congregando conhecimentos de
diversas áreas técnicas e científicas, com o objetivo de intervir nesse processo,
tanto com o intuito de potencializá-lo, quanto de tratar dificuldades, utilizando
instrumentos próprios para este fim. Ainda no campo da formação e atuação
frente aos desafios do ensino-aprendizagem ao pedagógico, contribuindo de
39
forma decisiva na articulação de alternativas de intervenção dentro do
ambiente educativo, especialmente no que se refere aos distúrbios de
aprendizagem.
Os cursos na área de Psicopedagogia começam a surgir a partir dos
anos1970, mas em de 1990 se multiplica. Aproximadamente há 30 anos,
surgiram os primeiros grupos de estudos. A prática da Psicopedagogia no
Brasil sofreu grande influencia da idéias desenvolvidas na Argentina; em 1979
começa a ser oferecido regularmente o primeiro curso de especialização em
Psicopedagogia, no Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo. A princípio, o
enfoque do curso era da reeducação, tendo sido reformulado depois para uma
abordagem mais terapêutica, sendo que atualmente contempla a atuação
institucional e clínica.
Em 1996 foi aprovado em assembléia Geral III Congresso Brasileiro
de Psicopedagogia, o código de ética que assinala dentre outras coisas, a
Psicopedagogia é um campo de atuação em saúde e educação que lida com o
processo de aprendizagem humana, é de natureza interdisciplinar e o trabalho
pode de dar na clínica ou instituição, de caráter preventivo e/ou remediativo e
cabe ao psicopedagogo por direito e não por obrigação seguir esse código:
O psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de
diminuir a freqüência dos problemas de aprendizagem, tendo como trabalho as
questões didático-metodológicas, bem como na formação e orientação dos
profissionais da educação, além do aconselhamento dos pais.
Em meio à deste processo do surgimento dos cursos, há que se destacar o papel da Associação Brasileira do Psicopedagogia, constituída em 1980 sob a denominação de associação dos psicopedagogos de São Paulo, graças à iniciativa de um grupo profissionais formados pelo curso da sedes [....] O pioneirismo destas pessoas estava fundamentado um discurso daqueles que ao se apropriarem de um função teórica, embasavam sua pratica em referencial (a partir de então) denominado psicopedagogo.(MENDES,1998,p.44)
Tem como função identificar a estrutura do sujeito, suas
transformações no tempo, influências do seu meio nestas transformações e
seus relacionamentos com o aprender. Este saber exige o conhecimento do
40
processo de aprendizagem e suas inter-relações com outros fatores que
podem influenciá-lo, como influências emocionais, sociais, pedagógicas e
orgânicas. A atuação de caráter preventivo e curativo
É habilitado a lidar com os processos de aprendizagem e suas
dificuldades junto à criança, adolescente, ao adulto ou a instituição,
estimulando aprendizagens significativas, de acordo com suas possibilidades e
interesses. Tem como objetivo: promover aprendizagem, elevar a auto- estima
das pessoas em atendimento profissional, valendo dos recursos disponíveis,
onde inclui a relações inter-profissional e pesquisas cientificas no campo da
Psicopedagogia. (Centro Universitário de Araraquara Uniara)
• Institucional
Segundo Maciel (2008), o trabalho do psicopedagógico na
instituição, seja ela uma escola, empresa, hospital, refere-se ao diagnóstico da
dinâmica de aprendizagem da instituição. Considerando-se que o objeto de
estudo é a pessoa em desenvolvimento e as alterações de tais processos,
buscar-se-á desenvolver competências e habilidades no aprendente para que
este seja capaz de focalizar as possibilidades do aprender, num sentido amplo,
não se restringindo a uma só agência, isto é, a educação formal, mas
possibilitando a atuação preventiva do psicopedagogo na instituição.
• Familiar:
Segundo Polity (2000) a família desempenha um papel importante
na formação do indivíduo, pois permite e possibilita a constituição de sua
essencialidade. É nela que o homem concebe suas raízes e torna-se um ser
capaz de elaboração alargador de competências próprias. A família é, portanto,
a primeira instituição social formadora da criança. Dela depende em grande
parte a personalidade do adulto que a criança virá a ser.
• Hospitalar:
41
Segundo Gallar (1998) possibilita a aprendizagem, através das
atividades lúdicas nas oficinas psicopedagógicas com os internos, evitando o
afastamento total da aprendizagem de pessoas que estão impossibilitadas do
convívio escolar por período longo de tempo. Incentivos no leito, possibilidade
de aprender, alto estima do sujeito impossibilitado, estimular a alegria e o
sorriso, já que o ser humano é movido por emoções como: ansiedade,
depressão, etc. Seu objetivo e prevenir e remediar.
• Empresarial:
Segundo Neide de Aquino Noffs (1995) o psicopedagogo empresarial,
administra ansiedades e conflitos, trabalha com grupos, identifica sintomas do
processo ensino aprendizagem, etc. Amplia as formas de treinamento,
resgatando a visão de todas as múltiplas inteligências, trabalha a criatividade e
os diferentes caminhos para buscar saídas, desenvolvendo o imaginário, a
função humanística e dos sentimentos na empresa, ao construir projetos e
dialogar sobre os mesmos a possibilidade de aprender o exercício da
cidadania.
• Escolar:
Segundo Bossa (1994), na sua prática escolar tem o papel de
mediador, cabe a ele perceber eventuais perturbações no processo
aprendizagem. O Psicopedagogo na instituição assumirá o compromisso com a
transformação da realidade escolar, à medida que se propõe a fazer uma
reorientação do processo de ensinagem refletindo os métodos educativos e
numa atitude investigativa descobrir as causas dos problemas de
aprendizagem que se apresenta na instituição e que se depara em sala de aula
ou dentre outros.
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• Clínica
Segundo Maciel (2008), o Psicopedagogia Clínica procura
compreender e integrar os processos cognitivos, emocionais, sociais orgânicos
e pedagógicos que interferem na aprendizagem. Seu trabalho é interdisciplinar.
Através de testes,desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa
da dificuldade do aprendente. É através dos jogos que a criança adquire
maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder desenvolve o
raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior concentração.
3.3-Atividades Lúdicas como Instrumento de Investigação
Segundo Negrine (1994), as atividades lúdicas possibilitam
fomentar à “(resiliência), pois permitem à formação do autoconceito positivo, as
atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que
através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive
socialmente e opera mentalmente.
Com a brincadeira há possibilidade também de viver os medos e as tensões do outro, de intervir papéis e, portanto, de compreender melhor as relações vividas (OLIVEIRA, 2000, p.33/34).
Segundo Bossa (2007), “nesse trabalho de ensinar a aprender, o
psicopedagogo recorre a critérios diagnósticos no sentido de compreender a
falha na aprendizagem [...]” este sendo um trabalho clínico com o seu objetivo
de prevenção dos problemas de aprendizagem, assim no diagnóstico, a
atividade lúdica é um rico instrumento de investigação clínica, pois permite ao
sujeito expressar-se livremente, através da ação do ato de brincar, a criança
constrói um espaço entre a realidade e a imaginação. Sendo assim é nas
atividades lúdicas, que aprende a lidar com o mundo real, desenvolvendo suas
potencialidades, incorporando valores, conceitos e conteúdos.
Segundo Vygotsky (1998) brincar é coisa séria, a criança brinca em
todas as nações, brincando ela representa o mundo dos adultos, ela aprende a
43
conviver com regras, ela expressa seus sentimentos, seus medos, angustia e
traumas. Brincando ela é capaz de superar os desafios propostos, que é, o de
aprender com mais facilidade e querer assim continuar aprendendo,é através
dos jogos que o psicopedagogo realiza parte do diagnóstico de uma criança
com transtornos ou dificuldades de aprendizagem, realiza o processo
terapêutico nas crianças encaminhadas a ele.
Segundo Kishimoto (1994) O jogo como promotor da aprendizagem e
do desenvolvimento passa a ser considerado nas práticas escolares como
importante aliado para o ensino... A formação lúdica deve possibilitar ao futuro
educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades e limitações,
desbloquear suas resistências e ter uma visão clara sobre a importância do
jogo e do brinquedo para a vida da criança nas séries iniciais.Segundo Santos
(1997), o psicopedagogo deve entender, e ter isso como meta, a ludicidade é
uma necessidade do ser humano em qualquer idade, cada novo desafio, o jogo
e a brincadeira, encaminhará os participantes para reorganização de seus
referenciais, além de oportunizar a construção individual de novas idéias.
Desta forma, a busca de alternativas para a formação dos educadores de creches/pré-escolas e uma das tarefas mais importantes do psicopedagogo preocupado com o caráter preventivo de sua prática nessas instituições. Investigar, analisar e pôr em prática novas propostas para uma formação de educadores que os habilite a estabelecer relações mais maduras e conscientes com as crianças e com a equipe escolar apresenta-se então, como um dos mais fortes desafios ao psicopedagogo comprometido com a educação infantil em instituições (CAVICCHIA, 1996, p. 210).
Segundo Freitas (2009), a atividade lúdica é um rico instrumento de
investigação, pois permite ao sujeito expressar-se livremente de forma
espontânea. Constitui uma importante ferramenta de observação sobre a
simbolização e as relações que ele estabelece com o jogo. Possibilitando
assim, um melhor entendimento do momento que a criança esta vivenciando.
Jogar e aprender caminha paralelamente, podemos através da hora lúdica
observar prazeres, frustrações, desejos, enfim, medos, anseios, dentre outros.
Podemos trabalhar com o erro e articular a construção do conhecimento.
44
Segundo Santos (2000), a brincadeira é algo que promove o
desenvolvimento, tanto corporal como imaginativo e ajuda a desenvolver ainda
mais as capacidades humanas. O educador que utilizar o lúdico nas séries
iniciais para trabalhar atividades educativas terá um grande retorno em
aprendizagem. A brincadeira é uma atividade privilegiada na infância. Brincar
proporciona o desenvolvimento da criança, aumentando assim o seu lado
afetivo.
Segundo Rubinstein (1987) investigação é um termo que definem a
psicopedagogia. O profissional desta área deve vasculhar cada “canto” da
pessoa, analisar o modo de como ela se expressa, seus gestos, a entonação
da voz, enfim, tudo. O psicopedagogo deve também enxergar não só o que
essa criança mostra, mas saber perceber que ela pode ter algum problema
imperceptível que está dificultando sua aprendizagem e saber conduzí-la para
outro profissional se necessário como: pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos,
neurologistas, etc., isso significa saber investigar os múltiplos fatores que
levam está criança a não conseguir aprender.
O psicopedagogo é como um detetive que busca pistas, procurando solucioná-las, pois algumas podem ser falsas, outras irrelevantes, mas a sua meta fundamentalmente é investigar todo o processo de aprendizagem levando em consideração a totalidade dos fatores nele envolvidos, para valendo-se desta investigação, entender a constituição da dificuldade de aprendizagem (RUBINSTEIN, 1987, p. 51).
“Segundo Neves apud Bossa (2000), a Psicopedagogia estuda o
ato de aprender e ensinar, levando em conta as realidades interna e externa” e
mais “a estudar a construção do conhecimento em toda a sua complexidade.”
Fica claro que esse não é a única forma de se fazer uma investigação
psicopedagógica, para solucionar o problema do fracasso escolar. Esses e
outros recursos se constituem em um importante instrumento de linguagem e
revelam dados sobre a vida do sujeito, que muitas vezes são segredos para ele
mesmos. Como base nestes dados é elaborado o plano de intervenção.
É um processo que permite ao profissional investigar, levantar hipóteses provisórias que serão ou não confirmadas ao longo do processo recorrendo, para isso, a conhecimentos práticos e
45
teóricos. Esta investigação permanece durante todo o trabalho diagnóstico através de intervenções e da “escuta psicopedagógica...” para que “se possa decifrar os processos que dão sentido ao observado e norteiam a intervenção” (BOSSA, 2000, p. 24)
Segundo BOSSA (1994), a Psicopedagogia nasce com o objetivo
de atender a demanda - dificuldades de aprendizagem. Na realização do
diagnóstico utilizamos recursos como: Testes, Desenhos, Histórias, Atividades
Pedagógicas, Jogos de quebra cabeça, e outros. Cabe a ele, avaliar o aluno e
identificar os problemas de aprendizagem, buscando conhecê-lo em seus
potenciais construtivos e em suas dificuldades, encaminhando-o, por meio de
um relatório, quando necessário, para outros profissionais – pediatras,
psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, e etc. Que realizam diagnóstico
especializado e exames complementares com o intuito de favorecer o
desenvolvimento da potencialização humana no processo de aquisição do
saber.
Segundo Pereira (2005) as atividades lúdicas é muito mais que um
momento de divertidos ou simples passatempo, proporciona a criança , prazer,
convívio profícuo, estímulo intelectivo, desenvolvimento harmonioso,
autocontrole, e auto-realização. Diante da dificuldade de diagnosticar um
distúrbio de aprendizagem, se torna indispensável à participação de toda a
equipe envolvida nesse trabalho, através da interdisciplinaridade, onde é
utilizado diversos instrumentos de avaliação com o intuito de favorecer o sujeito
não aprendente.O psicopedagogo é considerado um detetive que vasculha
cada parte do sujeito, sua a forma de falar,seu jeito de olhar,de se expressar,
tentar enxergar até o que o sujeito não mostra, enfim,tudo que pode esta
impedindo o sujeito de aprender.
Com crianças, é indicado um diagnóstico de forma lúdica, onde são utilizados, principalmente, jogos, brinquedo e objetos diversos para auxiliar na representação. É interessante proporcionar espaços lúdicos nas diferentes sessões, alterando com situações formalizadas de testagem e de avaliação pedagógica (WEISS, 2004, p.73)
Segundo Santin (1994) considera a atividade lúdica como uma
ação vivida e sentida. O Psicopedagogo utiliza-se desse recurso tanto
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para o diagnóstico como para o tratamento do sujeito com dificuldade de
aprendizagem. A utilização de situações lúdicas possibilita a
compreensão do funcionamento do processo cognitivo, afetivo e social e
suas interferências na aprendizagem da criança nos anos iniciais. No
diagnóstico psicopedagógico a atividade lúdica é um rico instrumento de
investigação, pois permite ao sujeito expressar-se livre e
prazerosamente, para o psicopedagogo é uma ferramenta de
observação importantíssima, serve para indicar como aquele sujeito se
relaciona com o aprender. O que ocorre na sessão lúdica é interpretado
como expressão dos conteúdos do mundo interno e externo do sujeito.
No primeiro contato com a criança, Winnicot13(1997) nos mostra que o essencial é o uso da brincadeira, do jogo para criar uma relação amigável, um “espaço de confiança”. No brincar, a criança constrói um espaço de experimentação, de transição entre o mundo interno e externo, É no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu (sel) (WINNICOTT, 1975, p.80)
Segundo Fernandéz (1991) O lúdico é uma necessidade humana
que proporciona a interação da criança no seu meio de convívio, as
oportunidades que são oferecidas a criança são enormes, aumenta a
criatividade, o prazer, a socialização, o respeito, a obediência a regras, a
individualidade, a fantasia, aprende a superar barreiras, busca saciar a
curiosidade, é capaz de aumentar a independência, estimula sua sensibilidade
visual e auditiva, valoriza sua cultura popular, desenvolve habilidades motoras,
exercita e revela sua imaginação, recicla suas emoções, suas necessidades de
conhecer e inventar e, assim, constrói seus conhecimentos.“A hora do jogo
permite observar a dinâmica da aprendizagem”. É através do jogo que a
criança representa o mundo em que vive e a forma como se relaciona com ele.
Segundo Bettelheim (1988), afirma que o homem só é homem de fato
quando brinca. Ou seja, a brincadeira está presente em todas as fases da vida
dos seres humanos, pois de alguma forma ela se faz presente e torna-se um
ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, dando-lhes a
possibilidade de fazer com que a criatividade aflore. Sendo assim, brincando e
47
jogando a criança terá a oportunidade de desenvolver a capacidades
indispensáveis a sua futura atuação profissional, tais como: atenção,
afetividade, o hábito de permanecer concentrado e outras habilidades
perceptuais psicomotoras.
Segundo Azevedo apud Bomtempo (1998), o brinquedo faz parceria com a brincadeira. Ao se observar a criança brincar, pode-se a obter uma série de informações sobre ela. No comportamento diário das crianças o brincar é algo que se destaca como essencial para o desenvolvimento e aprendizagem.Dessa forma, se quisermos conhecer bem as crianças, devemos conhecer seus brinquedos e brincadeiras.(AZEVEDO apud BOMTEMPO,2000,p.129)
Segundo Paín (1985), o brinquedo é um instrumento de significados
que tem em sua particularidade o prazer da descoberta e o desvelar de novos
sonhos; à hora do jogo é um instrumento de grande valor em um atendimento
psicopedagógico, pois propicia suporte, tanto a nível diagnóstico como
terapêutico. A atividade lúdica fornece ao psicopedagogo subsídios sobre os
esquemas que organizam e integram o conhecimento num nível representativo.
Por isso, “no diagnóstico do problema de aprendizagem na infância, a
observação do jogo do paciente é considerada de grande interesse”. Por meio
da hora do jogo pode-se analisar a modalidade de aprendizagem do sujeito, de
onde também estarão envolvidos aspectos conscientes e inconscientes da
relação de aprendizagem.
Segundo Freitas (2009), afirma que: “No diagnóstico psicopedagógico a atividade lúdica é um rico instrumento de investigação clínica, pois permite ao sujeito expressar-se livre e prazerosamente” (FREITAS, 2009, p.1)
Quando a criança brinca, é possível observar o processo de sua
forma de brincar, como se aproxima do material, do que escolhe e do que evita,
seu estilo geral, as dificuldade de ultrapassar etapas, sua organização, modo
como brinca e como fala durante as brincadeiras, seu humor, como brinca com
outras crianças, de que forma interage entre si, se tem facilidade em trocar
brinquedos, se brincam juntas ou isoladas, através das brincadeiras é possível
detectar problemas diversos, alem de facilitar o processo de intervenção
psicopedagógica.
48
Segundo Brasil (1998), o papel do mediador é muito importante, pois
possibilita organizar este espaço respeitando o desempenho das crianças
participando junto com elas. Essa intervenção deve funcionar não como
invasão, mas como parceria, compartilhando o momento através de perguntas,
ações que forneçam a solução de problemas vividos, a consciência de si e do
ambiente.
Segundo Piaget (1976), ressalta a importância do brincar como fator
necessário nos estágios do desenvolvimento de uma criança:
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil. (PIAGET, 1976, p.160).
. Segundo Matushita e Mendes (2010) Os jogos e as atividades lúdicas
tornaram-se mais significativas à medida que a criança se desenvolve; com a
livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstituir reinventar as
coisas, o que já existe uma adaptação mais completa. Essa adaptação só é
possível a partir do momento em que ela própria evolui internamente,
transformando essas atividades lúdicas, que é o concreto da vida dela, em
linguagem escrita, que é o abstrato. Através do brincar, valores, crenças,
normas, leis, regras, hábitos, costumes, historia, princípios éticos,
conhecimentos são construídos, transmitidos e assimilados pela criança. Segundo Piaget (1976), a atividade lúdica é o berço obrigatório das
atividades intelectuais da criança. Ela não é apenas uma forma de desafogo ou
algum entretenimento para gastar energia das crianças; constitui um meio que
enriquece e contribui para o desenvolvimento intelectual. . Um primeiro passo é
adequar o tipo de atividade ao conteúdo, tempo de aula e características da
turma. Segundo Juliana Tavares Maurício o lúdico não é a única alternativa
49
para a melhoria no intercâmbio ensino aprendizagem, mas uma ponta que
auxilia na melhoria dos resultados por parte dos educadores interessados em
promover mudanças.
Segundo apud Fortuna (2000), os professores precisam ter cuidado
para não “ficar preso” demais aos objetivos pedagógicos. Isso pode resultar
numa condução excessiva da brincadeira, na inibição da criatividade e da
liberdade da criança e, por fim, na descaracterização o elemento lúdico
empregado. Professores e Psicopedagogos possuem conhecimento sobre o
tema, é preciso que tanto escolas Públicas quanto as Particulares tenham uma
maior conscientização no sentido de desmitificar o papel do “brincar”, ele não é
apenas um mero passatempo, mas objeto de grande valia na aprendizagem e
no desenvolvimento da criança nos anos iniciais.
Segundo a Teoria de Pichon Rivière(1998)
A investigação deveria se dá em três dimensões: Individual, grupal,
Institucional ou social, que nos permitiria três tipos de análise.
• Psicossocial- que parte do indivíduo para fora;
• Sociodinâmica- que analisa o grupo como estrutura;
• Institucional- que toma todo um grupo, toda uma instituição ou
todo um país como objeto de investigação.
Segundo Rubinstein (1996) destaca que o psicopedagogo: pode usar
como recurso a entrevista com a família; investigar o motivo da consulta;
procurar a história da vida de criança realizando a anamnese; entrevistar o
cliente; fazer contato com a escola e outros profissionais que atendam a
criança; manter os pais informados do estado da criança e da intervenção que
esta sendo realizada; realizar encaminhamento para outros profissionais
quando necessário. Nessa investigação pretende-se obter uma compreensão
global do indivíduo que apresenta dificuldades de aprendizagem.
50
CONCLUSÃO
No discorrer desta monografia foram elencados alguns resultados de
pesquisas e estudos que evidenciam o lúdico como uma ferramenta suporte
para estimular o desenvolvimento infantil e à aprendizagem no contexto
escolar. Tem por objetivo oportunizar ao Psicopedagogo a compreensão do
significado e da importância do lúdico na educação infantil nos anos iniciais.
Jogos e brincadeiras se utilizados corretamente são excelentes instrumentos
de motivação na questão das dificuldades de aprendizagem.
Segundo Bettelheim (1988) O brincar e o jogar são atos
indispensáveis nos anos iniciais, caracterizada por uma liberdade total de
regras. Brincar é uma questão de hábito, é uma necessidade na vida da
criança. Tudo isso, por meio de jogos, brinquedos e brincadeiras, foi
identificado, que a ludicidade serve de instrumento para a promoção de uma
prática investigativa psicopedagógica esclarecedora e enriquecedora. Todo
diagnóstico psicopedagógico é, em si, uma investigação, é uma pesquisa do
que não vai bem com o sujeito em relação a uma conduta esperada. Será,
portanto, o esclarecimento de uma queixa, do próprio sujeito, da família e, na
maioria das vezes, da escola. Para alguns autores, o lúdico é uma forma de
pensamento e de linguagem própria das crianças nos anos iniciais.
Segundo Serra (2004) O Psicopedagogo não busca culpados para o
fracasso escolar, nem culpar professores, através de buscas alternativas,
utiliza materiais de fácil acesso como os jogos e as brincadeiras. Muitas vezes
não dependem de muitos recursos, pois, através destes permite perceber os
caracteres individuais do aprendente, podendo assim observá-lo como ser
único e social o que, por sua vez, facilita ao professor o ensino individualizado,
de acordo com as necessidades específicas de seus alunos e permite que se
crie um ambiente prazeroso a produção do conhecimento. .Segundo Bettelheim
(1988), as crianças brincam porque esta é uma atividade agradável e ao
brincar a criança exercita também a mente, além do corpo, pois ambos estão
envolvidos. Na educação infantil, as atividades lúdicas favorecem o
desenvolvimento e o aprendizado, brincando elas interagem umas com as
51
outras, desempenham papeis sociais como: papai e mamãe, professor e aluno,
etc. Desenvolve a imaginação, criatividade, capacidade motora e de raciocínio.
Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), é "divertir-se, recrear-
se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos
infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo
menos deveria ser. Dessa forma, o lúdico é um instrumento de grande valor
psicopedagógico, pois propicia suporte, tanto a nível diagnóstico como
terapêutico. Colabora de modo significativo para a compreensão dos processos
cognitivos, emocionais, sociais e sua relação do sujeito com a aprendizagem. A
configuração da educação infantil contempla as seguintes abordagens: a
brincadeira livre, objetivando a socialização e a brincadeira dirigida,
principalmente por meio dos jogos educativos, visando à escolarização. A
criança deve aprender de forma lúdica para possibilitar uma aprendizagem
prazerosa a significativa. Isso ocorrera quando a mesma interagir com meio, e
fizer descobertas do mundo. OLIVEIRA (1995) “No brinquedo a criança
comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real e
também aprende; objeto e significado”. A brincadeira é de origem social, não
nasce com ela, por isso, a criança só aprende brincando. Brincando a criança
conhece,manuseia,experimenta o mundo a sua volta.
52
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educaçãoinfantil.Disponívelem:http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo
.asp? entrID=802.
55
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 12
1.1- Atividade lúdica 12
1.2.-Aspectos Históricos 14
1.2.1-Antiga Roma 14
1.2.2- Antiga Grécia 15
1.2.3- Era Medieval 17
1.2.4- Na Contemporaneidade: 18
CAPÍTULO II 22
2.1- Anos iniciais 21
2.2- Desenvolvimento Infantil 25
2.3-Ações de Brincar, Colocar e Tirar 30
2.4- O lúdico na Escola 32
CAPÍTULO III 35
3.1- Introdução a Psicopedagogia 35
3.2- Psicopedagogia no Brasil: uma análise importante para 37
a compreensão do processo ensino-aprendizagem
3.3-Atividades Lúdicas como Instrumento de Investigação 42
CONCLUSÃO 50
BIBLIOGRAFIA 52
ÍNDICE 55