Doenças de chagas

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Doença de Chagas Por Bianca A. de Araújo Maria Ivone Bussons

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Doença de Chagas

Por

Bianca A. de AraújoMaria Ivone Bussons

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A doença de Chagas é uma parasitose transmitida pelo inseto chamado “barbeiro”, que deposita suas fezes no sangue da pessoa. O “barbeiro” é também conhecido como potó, chupança ou bicudo. Somente

o “barbeiro” contaminado transmite a doença.

Tem esse nome porque foi descoberta pelo médico brasileiro Carlos Chagas em 1909.

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O “barbeiro” se esconde em casas de taipa, capim ou palha, e em galinheiros perto das casas. Como

não gosta de luz, ele vive em lugares onde a temperatura é sempre mais baixa.

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O barbeiro (inseto) se infecta ao sugar o sangue de um organismo infectado (os reservatórios naturais: gatos, cachorros, roedores e diversos

animais silvestres).

O homem por sua vez, é infectado pelas fezes contaminadas do percevejo pois enquanto suga o sangue defeca nesse mesmo local.

A infestação também pode ser por transfusão de sangue, transplante de órgãos, ou por via placentária.

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O tripanossomo apresenta certa seletividade pela musculatura cardíaca, causando hipertrofia do coração e determinando

disfunção cardíaca. Pode causar também aumento e disfunção em outros órgãos, como esôfago, baço e fígado.

O barbeiro pode ser encontrado em ninhos de pássaros, tocas de animais, cascas de troncos de árvores, montes de lenha e embaixo

de pedras. Ocorre também em galinheiros, chiqueiros, paióis, currais e depósitos. Nas casas esconde-se em frestas, buracos nas

paredes (especialmente nas casas de pau-a-pique), camas, colchões e baús.

O barbeiro tem hábito noturno, sai à procura de alimento (sangue) e geralmente pica as pessoas no rosto e lugares descobertos.

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Nem sempre a pessoa apresenta sintomas. Os sintomas só aparecem quando a doença ataca o coração, o esôfago ou os

intestinos.

Quando a doença ataca o coração, a pessoa pode apresentar dor no peito, tonturas, desmaios e palpitações.

Quando a doença ataca o esôfago, a pessoa tem dificuldade de engolir, sobretudo comidas pesadas, e precisa tomar água

para ajudar.

E quando ataca os intestinos, a pessoa pode apresentar prisão de ventre prolongada (muitos dias sem ir ao

banheiro).

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Sintomas

A doença apresenta duas fases: Aguda e Crônica.

Fase Aguda

É geralmente assintomática;

Incubação de uma semana a um mês após a picada;

No local da picada pode-se desenvolver uma lesão

volumosa, o chagoma;

Se a picada for perto do olho é frequente a

conjuntivite com edema da pálpebra, também

conhecido por sinal de Romaña;

Outros sintomas possíveis são febre, anorexia, miocardite brandas e mais raramente também meningoencefalite

SINAIS E SINTOMAS

Sinal de Romaña em uma menina procedente de área endêmica no Brasil. Fonte: Rey (2001).

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Fase Crônica

permanece assintomático durante dez a vinte anos;

Neste período de bem-estar geral, o parasita está a reproduzir-se continuamente em baixos números, causando danos irreversíveis em órgãos como o sistema nervoso e o coração;

O fígado também é afetado mas como é capaz de regeneração, os problemas são raros. O resultado é apenas aparente após uma ou duas décadas de progressão;

No cérebro há frequentemente formação de granulomas. Neste estágio a doença é frequentemente fatal, mesmo com tratamento, geralmente devido à cardiomiopatia (insuficiência cardíaca);

Há ainda infrequentemente casos de morte súbita, quer em doentes agudos quer em crónicos, devido à destruição pelo parasita do sistema condutor dos batimentos no coração ou danos cerebrais em áreas críticas.

SINAIS E SINTOMAS

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Formas do Trypanosoma

SINAIS E SINTOMAS

As duas principais formas do Trypanosoma cruzi em hospedeiros vertebrados: A, tripomastigota (formas sanguíneas aderidas a células musculares cardíacas); B, amastigota (formas intracelulares presentes no citoplasma de células musculares cardíacas, onde se multiplicam). Fotos: (A) Helene Barbosa, IOC/Fiocruz; (B) Mirian Claudia Pereira, IOC/Fiocruz.

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CICLO

Ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi (simplificado). Infográfico: Venício Ribeiro, ICICT/Fiocruz.

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Prevenção

Ainda não há vacina para prevenção da doença. A

prevenção está centrada no combate ao vetor, o

barbeiro, principalmente através da melhoria das moradias rurais a fim de

impedir que lhe sirvam de abrigo. A melhoria das condições de higiene, o

afastamento dos animais das casas e a limpeza frequente das palhas e roupas são eficazes.

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Prevenção

Deixar borrifar as paredes da casa, o teto, principalmente se a casa for de taipa (barro), e os galinheiros pelos agentes da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA.

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Bibliografia

Argolo,M.A.;Felix,M.;Pacheco,R.;Costa,J.Doenças de Chagas e seus Principais Vetores no Brasil. Fundação Oswaldo Cruz.Programa Integrado de Doença de Chagas (PIDC). Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, 2008.VINHAES, M.C.; DIAS, J.C.P. Doença de Chagas no Brasil. Cadernos de Saúde Pública16. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2000. p. 7-12.