Dolce Morumbi 114

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“EU DANÇO COM A VIDA ANTES QUE ELA DANCE COMIGO” Falante e famoso por seus bordões, o apresentador Marcelo Rezende recebe nossa equipe para uma ‘exclusiva’ sobre carreira, política, criminalidade no Brasil, Copa do Mundo e violência no Morumbi. ACHADOS ESPECIAIS Não importa o modelo do seu jeans: com ele você roda o mundo. ACERTE O CL IMA Conforto térmico: drible o frio ou o calor intenso com as tecnologias certas. VALE A PENA PROVAR! Preparamos um roteiro com pratos exóticos da culinária japonesa que você encontra aqui na região. MAR 14 M O R U M B I ano 14 | 114 | MAR 14 dolcemorumbi.com ANO 14 / 114 a

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“Eu danço com a vida antes que ela dance comigo.” Falante e famoso por seus bordões, o apresentador Marcelo Rezende recebe nossa equipe para uma ‘exclusiva’ sobre carreira, política, criminalidade no Brasil, Copa do Mundo e violência no Morumbi.

Transcript of Dolce Morumbi 114

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“Eu danço com a vida

antEs quE Ela dancE comigo”

Falante e famoso por seus bordões, o apresentador Marcelo Rezende recebe

nossa equipe para uma ‘exclusiva’ sobre carreira, política, criminalidade no Brasil,

Copa do Mundo e violência no Morumbi.

ACHADOS ESPECIAISNão importa o modelo do seu jeans: com ele você roda o mundo.

ACERTE O CLIMAConforto térmico: drible o frio ou o calor intenso com as tecnologias certas.

VALE A PENA PROVAR!Preparamos um roteiro com pratos exóticos da culinária japonesa que você encontra aqui na região.

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sumáriosumário

» cidadania» gente que faz

» decoração» tecnologia

» educação» saúde

» gastronomia» lazer» viagens

» beleza» fitness» moda

vivA voz

coRtA pRA ele!

cliMAtizAção

bAcAlhAu do bendito

do beM

06 ....PaiNel do emPreeNdedor

14 ......aChados: jeaNs é tudo de bom16 ......Pele Protegida e hidratada

32 .....seu CãoziNho em boas mãos34 .....aulas de autossalvameNto36 .....CoNsulta meNsal

54 .....do meu jeito

62 .....roteiro gastroNômiCo66 .....lugar iNesqueCível

70.....Por um morumbi mais iNtegrado74 .....siNgular

» novidades no morumbi

ca

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eu AdoRo jeAns!

m o r u m b iMARço • 3

DIRETORA: Denise Gonçalves

PUBLISHER Denise Gonçalves • [email protected]

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO Vania Caparroz • [email protected]

EDITORIAL Fádua Capellari • [email protected]

Annally Lima • [email protected]

COORDENAÇÃO Agda Sarain • [email protected]

ARTE E E-PUB Marcos Müller • [email protected]

MíDIA ELETRôNICA Fábio Mesquita • [email protected]

Fabrício Santos • [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVEL Fádua Capellari / MTb 60.174

DEPARTAMENTO COMERCIAL Informações pelo telefone 3740-3500 ou pelo e-mail

[email protected]

ExECUTIVOS DE CONTASAndrea Mendes • [email protected] José Renato • [email protected]

DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO Carlos Gonçalves • [email protected]

Magda Senna • [email protected]

gERENTE DE LOgíSTICASergio Falsetta • [email protected]

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO:

Claudia Castellan, Eliane Queiroz,

Floriano Serra, JAF (capa), Paulo Amaral,

Surama Jurdi e Rosa Richter .

Tiragem 12 mil exemplares – IMPRESSÃO PROL

DISTRIBUIÇÃO Gratuita • via courier para mailing VIP e

estabelecimentos comerciais da região.

a REVISTA DOLCE é uma publicação da

Página 8 Editora Ltda.-ME.

Ninguém pode retirar produtos nem quaisquer outros

materiais em nome desta publicação sem autorização

expressa, por escrito, em papel timbrado, da diretoria

da Editora Página 8.

CONTATOS: COMERCIAL, PRODUÇÃO E REDAÇÃO

Rua Charles Spencer Chaplin, 315 - cj 02 – 05642-011 – SP [email protected]

Esta publicação pertence ao SENHOR.

Tel.: 11 3740-3500

Fádua [email protected]

o morumbi de ontem, hoje e amanhãFui apresentada ao Morumbi há quase 15 anos, mas só vim morar aqui há cinco. Des-se pouco tempo pra cá, meus olhos viram muitas mudanças. A região passa por um momento delicado, nunca vivido antes, e se eu que moro aqui há tão pouco tempo já sinto a diferença, imagina quem está há 20, 30 anos, ou uma vida inteira. E não falo só da questão da violência desenfreada e fora de controle que aterroriza nossos dias. Falo do trânsito e da falta de caminhos para sairmos e voltarmos seguros ao bairro. Da falta de iluminação em pontos que não eram, mas se tornaram perigosos. Dos bu-racos cada vez maiores e dos remendos cada vez mais mal feitos em praticamente todas as nossas ruas. Das calçadas estouradas e cheias de mato. Do nosso medo crescente. Tudo isso citado superficialmente, porque cada morador sabe onde o seu sapato aperta. A cada quatro anos, colocamos esses e outros problemas nas mãos de quem a gente acredita estar apto para solucioná-los; mas o que vemos é só desca-so, falta de cuidado e de comprometimento com o bairro e com quem vive por aqui. As coisas estão tão deturpadas que no fim das contas ainda nos perguntamos de quem é a culpa (nossa, que erramos na escolha do candidato, ou de quem foi eleito e deci-diu ficar omisso e alheio ao que acontece por aqui?). Me pergunto diariamente pra onde caminhamos, onde criarei meu filho (quando eu tiver um), como estará esse bairro, essa cidade e esse país daqui cinco, dez, 15 anos. O que precisamos fazer pra mudar essa situação? A Dolce está à disposição para ouvir propostas.

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tEcnologia dE ponta na saúde animal

O que é o Provet?O Provet é um Centro de Diagnósticos e Es-pecialidades Veterinárias. Tem como obje-tivo entender a linguagem de nossos fieis companheiros de estimação, tanto nas ho-ras de alegria e satisfação, quanto nos mo-mentos de dor e aflição, durante os quais o veterinário é ainda mais imprescindível. Em que ano a empresa foi criada?O Provet foi criado em 11 de maio de 1987, devido à oportunidade percebida de que no mercado veterinário não havia até então um centro de diagnósticos veterinários no Brasil. Por que escolheram o Morumbi para instalar o negócio?O Morumbi foi escolhido para atender os clien-tes que solicitavam esse tipo de serviço na

região. Literalmente não queriam enfrentar o tráfego pesado ao atravessar o Rio Pinheiros em direção à matriz, situada em Moema. Quais são os principais serviços e diferenciais oferecidos por vocês?Oferecemos mais de 600 tipos diferentes de exames, entre eles de laboratório e ima-gem. Possuímos sólida infraestrutura e con-tamos com o apoio de grandes centros de diagnósticos veterinários no exterior, que são referências mundiais na medicina ani-mal. Estamos preparados para a dissolu-ção de enfermidades complexas com mais rapidez, confiabilidade e a mais alta tecno-logia aplicada na área, gerando benefícios aos clientes e centros associados. Também oferecemos o apoio de uma grande equipe treinada e especializada de médicos veteri-

nários e demais colaboradores, para garan-tir assessoria, esclarecimento, orientação e atualizações de cada um de nossos seg-mentos. Tecnologia de ponta, aperfeiçoa-mento profissional contínuo e atendimento personalizado, competente, confiável, dedi-cado, responsável e carinhoso aos animais. O Provet é conhecido nacionalmente graças à qualidade de seu atendimento e ao rigor com que vem mantendo suas diretrizes de trabalho. Atuação nas diferentes áreas de diagnósticos, levando aos veterinários in-formações e recursos que possam ser apli-cados à prática propedêutica e terapêutica da medicina veterinária. Quem busca a Provet encontra...Atendimento personalizado e tecnologia de ponta.

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Nesta edição conversamos com os doutores edgar sommer e

rubem montoni jr., diretores do Provet – Centro de diagnósticos

e especialidades veterinárias.

O Morumbi é um bairro que não para de crescer e todos os dias vemos abrir

novos estabelecimentos pelas ruas da região ou descobrimos algum que

ainda não conhecíamos. Como muitas vezes nos perguntamos o que é e o

que faz aquela empresa, resolvemos abrir espaço para que você fique

sabendo de tudo, mas pelas palavras de quem melhor pode responder: o

dono do local, ou seja, nosso vizinho.

viva voz

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painel do EmprEEndEdor

corpo novo!Inaugurada em outubro, a Siluets Morumbi trouxe para a região tratamentos de beleza com preços acessíveis e resultados logo nas primeiras sessões (tudo que a gente mais quer!) pra você se sentir sempre bem e começar o ano feliz da vida! Entre os principais cuidados, estão os faciais (limpeza de pele, peeling de diamante, drenagem linfática facial, tratamento para manchas e de fotorrejuvenescimento), os corporais (drenagem linfática corporal, massagem relaxante, redutora, ativadora e manthus) e a fotodepilação.

Av. Giovanni Gronchi, 5.595 lj. 7 do posto BR Tels.: 3743-1270 / 97730-0101www.siluets.com.br/site/[email protected]

Com prefácio de Aleksandar Mandic, o executivo e morador do Morumbi Emerson Weslei Dias, lançou o livro ‘O Inédito Viável’, influenciado pelo educador Paulo Freire, que tem como filosofia ‘educar para transformar’. Em 128 páginas, Emerson mostra como as pessoas podem usar em suas vidas, carreiras e empresas, ferramentas simples para viabilizarem seus sonhos, numa abordagem fácil e objetiva sobre como ‘agir para realizar’. O livro está à venda na Livraria Cultura e na Livraria da Vila.

O livro ‘Festa da Rebeca’, da chef mirim e também moradora do Morumbi Rebecca Chamma, acabou de vencer o prêmio ‘Best Entertaining Cookbook’ no Gourmand World Cookbook Awards 2013. Com o títu-lo nas mãos, agora a pequena concorrerá no Beijin Cookbook Fair, que será realiza-do em maio em Pequim, onde serão esco-lhidos os melhores livros de gastronomia do mundo. Estamos na torcida, Rebecca!

moradordo morumbi lança livro

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Ano novo

A designer de interiores Vanessa Pummer está de escritório novo! Recém-instalada no Bon-naire Mall, a profissional cria móveis persona-lizados e aproveita todos os espaços da sua casa ou escritório, o que gera uma identidade única a cada um dos seus projetos (todos de-senvolvidos em software com apresentação em perspectiva eletrônica seja qual for a sua ideia).

Vanessa Pummer – Tel.: 7779-3536Av. Dr. Luiz Migliano, 1986 cj. 1602www.vanessapummer.com.brwww.pummerdesign.com.br

do seu jeito

su

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Foi com as receitas da nona, passadas de geração a geração, que o italiano Giovanni Pedone e a esposa brasileira Cris Giarone, abriram a gelateria Delícia Delizia aqui no Morum-bi, no dia 1° de fevereiro. No cardápio, 58 sabores rotativos são feitos conforme as frutas das estações e você pode esco-lher saboreá-lo na casquinha ou no copinho. Entre os clássi-

cos, estão o de Pistacchio, Gianduia, Stracciatella, Nocciola, Bacio, Limone, Fragola, além das linhas diet e sem lactose.

Delícia Delizia Gelateria Artigianale Italiana e Caffe – Av. Gio-vanni Gronchi, 5162 – Tel.: 2158-0400 – www.deliciadelizia.com.br

livro...

gelateriaMoruMbI GAnhA

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painel do EmprEEndEdor

pra quEm gosta dE comEr bEmO Morumbi ganhou um ambiente descontraído, ideal para encon-trar os amigos, tomar uma cer-veja bem gelada e aproveitar de-liciosos petiscos ou espetinhos clássicos. Instalado no Panam-by, a MeatMe é uma boutique de carnes onde você encontra cor-tes especiais para churrasco ou tradicionais para o dia-a-dia, car-nes exóticas e pescados. Perio-dicamente também acontecem encontros que tratam de temas como vinhos e azeites. Durante a semana, o local serve almoço executivo e, aos sábados, domin-gos e feriados prepara carnes as-sadas pra você consumir no local ou levar pra casa.

MeatMe r. Dr. José Gustavo busch, 503 Tels.: 3774-1016 / 3774-1017 www.meatme.com.br

Os moradores do Morumbi ganharam mais uma opção quando o assunto é beleza, rela-xamento e bem-estar. A D’Arthi Estética inaugurou seu espaço no shopping Open Center com tratamentos estéticos para celulite, gordura localizada, flacidez e muitos outros, além de inúmeros procedimentos faciais. Entre eles está o ‘Efeito Cinderela’ que traz uma me-lhora significativa para a pele com apenas uma sessão. Agora, se for só para relaxar, o local conta com massagens orientais e terapia holística.

D’Arthi EstéticaAv. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1210 lj. 13 – Tel: 2364-4105 / 2364-4135 De segunda à sexta das 9h às 20h, aos sábados das 10h às 20h – [email protected]

A Inkasa Concept, especializada em decoração de interiores, está trocando seu showroom de móveis e objetos de decoração e os descontos vão até 50%. Perfeito para quem busca peças de design, qualidade e preço bom. Vale a visita!

Inkasa Concept Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 839Tel.: 3740-0940www.inkasa.com.br De segunda a sexta das 10h às 19h, aos sábados com hora marcada.

Cardápio de entradas e antepastos apetitosos, mais de 60 rótulos de cervejas entre alemãs, tchecas, holandesas, inglesas e americanas, e diversas ‘redondas’ em receitas tradicionais e algumas novidades, como a pizza estufada ao estilo de Chicago. Essas e outras delícias podem ser encontradas na Pizzaria Jardim Ô Fiô, que acaba de abrir suas portas no Jd. Guedala. Dividida em cinco ambientes com capacidade para 150 lugares, a novidade tem tudo para ser um sucesso!

rua José Jannarelli, 437 – Tel.: 2659-5944www.jardimofio.com.brN

ovid

ade

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Gued

ala

Pizzaria Jardim Ô FiôA TAM Viagens aqui do Morumbi está com diversas ofertas para destinos caribenhos e lançou a campanha ‘Caribe com a TAM Viagens’, com roteiros imperdíveis! Se o seu sonho é conhe-cer Aruba, por exemplo, a viagem sai a partir de 10 vezes de R$ 404,46. Já para Cancun, o roteiro custa a partir de 10 vezes de R$ 196,56 e Punta Cana sai a partir de 10 parcelas de R$ 143,64 (todas as opções são para sete dias, com hospedagem all inclusive, seguro viagem, bolsa de viagem, pontos Multiplus e transporte entre o aeroporto e o hotel). Consulte as opções e condições de pagamento, arrume as malas e boa viagem!

TAM Viagens Morumbi – Rua Dep. João Sussumu Hirata, 449Tels.: 4323-72-33 / 99354-6461 [email protected]

Caribeaí vou eu!

Promoção na Inkasa

dedicado a você!

Foto: Mariana Galdino

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estiloPor Claudia CastellanConsultora de moda e varejo para lojas, e de imagem pessoal e corporativa.

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Os brasileiros são grandes consumidores de jeans no mundo, ocupando o segundo lu-gar em produção e movimentando bilhões por ano no país. E, embora já tenha mais de 100 anos de existência, o jeans ainda é um queridinho, e diversos são os looks que dele pode-se tirar proveito. Até bebês de um ano já vestem uma calça ou jardineira! Simples, informal, básico e versátil, com ele é quase impossível errar já que quase sem-pre as peças ‘caem como uma luva’ em diversas, mas não todas, ocasiões. Sinônimo de sucesso e praticidade, a regra geral para homens e mulheres é saber qual modelo tem melhor caimento e estilo.Em 1918, as mulheres sentiram na pele a liberdade que ele proporcionava, e isso co-meçou através dos chamados ‘Freedom-Alls’. Este conjunto de túnica/calça foi conce-bido para dar a elas mais liberdade nos movimentos e para libertá-las do vestuário limi-tativo da época. E não parou mais...

Nos anos 1970, a calça jeans começou a fazer parte das coleções de moda de grandes estilistas e o caimento deve-ria ser perfeito. Estilistas americanos como Ralph Lauren, Oscar de La Renta, Geoffrey Beene e Calvin Klein a transfor-maram num ícone de status e faturaram bastante com suas peças. Klein, particu-larmente, entendeu o potencial sexual de um bumbum firme dentro de uma cal-ça jeans justa e, em 1976, ajustou o cor-te para acentuar as nádegas de quem as vestia. Três anos depois, Klein já domi-nava 20% do mercado da moda (as bra-sileiras em particular o agradecem até hoje, já que aqui o jeans virou sinônimo de sensualidade despojada).Quem não se lembra da propaganda po-

lêmica de 1980 que trazia a modelo Brooke Shields com 15 anos, emergindo de uma piscina de topless, dizendo ‘não existe nada entre minha Calvin e eu!’. Klein transformou rapidamente 25 mi-lhões de dólares em 180 milhões. Isso antes de o brim com stretch inundar o mercado, assim, essas calças não só ti-nham a cintura excepcionalmente alta e justa, como também eram grossas e in-flexíveis — tão apertadas e rígidas que as mulheres precisavam deitar e usar uma pinça para subir o zíper. E viva o elastano! O produto acompanhou, com todas as suas alterações de modelagem, o grito de liberdade de milhares de mulheres ao redor do mundo, grito de independência, de emancipação, de igualdade.

eu adoro

jEans!Mas, moda também envolve cultura e história, e a peça mais inovadora da história contemporânea é a

calça jeans, que surgiu em 1853 quando Levi Strauss teve ‘a ideia’ de criar um uniforme para os homens

que trabalhavam nas minas de ouro dos EUA, embora não seja exatamente esta a versão mais correta.

COM ELE VOCê RODA O MUNDO E SE INTEgRA A TODAS AS ‘TRIBOS’ DA MODA.

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estilo

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Mas... E na hora de ir às compras? Bem, cada modelo se adapta melhor a um tipo de corpo.

Flare – Esta calça é ideal para mulheres do ‘tipo pera’, pois as barras amplas do modelo ajudam a equilibrar os quadris. Quando usadas com saltos grossos (quanto mais fino, mais largo parece o quadril) elas valorizam as pernas e alongam a silhueta. Mas é preciso cuidado com a barra, que deve cobrir totalmente os sapatos. Sempre que tiver os quadris largos ou coxas grossas, combine com blusas compridas e soltas, como batas, túnicas e camisas fluídas que camuflam o volume da região.

Capri – A modelagem valoriza mulheres com pernas longas. Se estiver acima do peso, opte por uma barra na altura dos tornozelos e que enfatize essa parte. As baixinhas podem usar um salto alto ou coordenar a calça com um calçado que deixe o peito do pé à mostra e dê a sensação de pernas mais compridas.

Skinny – Por ser justa (não agarrada) do início ao fim, a peça marca bem o corpo e é mais indicada para quem tem as proporções bem equilibradas por que evidencia tudo – quer seja magrinha ou mais cheinha (estas parecem mais gordinhas por que a calça marca bem a coxa grossa e depois afina embaixo aumentando a grossura superior). Portanto, cuidado! Uma reta é a melhor opção.

Reta – A calça reta tem um corte clássico e o que muda com as tendências da moda são as lavagens e as texturas. É uma modelagem bem democrática, que valoriza todos os tipos físicos, porém é preciso ter cuidado com o caimento: não pode ser justa nem larga. Ela deve cair reta sem repuxar (e não, a skinny não é a reta). Ótima para quem tem pernas grossas, alonga e deixa o corpo como todo visualmente mais fino. Mulheres de perna grossa, esta é a sua skinny!

Pantalona – Este tipo de calça alonga o corpo e ainda disfarça bumbuns grandes. É uma boa opção para quem está acima do peso e é alta, pois não marca as gordurinhas. Para criar um look que dê a sensação de silhueta longilínea e mais magra, combine a calça com uma camisa de cores próximas e que tenha modelagem menos ampla e botões verticais.

Para todos, vale lembrar: *Quanto mais desgaste e tom claro, mais informal. Jeans até pode ser semiformal quando escuro, reto, longo e com blusa e acessórios poderosos, caso contrário esqueça! Essa história de combiná-lo com uma blusa de seda para parecer ‘formal’ e ir em casamento de dia não existe.

*Se tem marcas horizontais, quer dizer que está aperta-do, como para qualquer roupa com estas marcas.

*Quadril largo sempre pede cintura um pouco mais alta para qualquer tecido de calça. Nesse caso, a blusa vai por fora dela.

*E lembre-se, não é porque você gosta que fica bem. Se gostar de uma marca, mas o corte não te valorizar, encon-tre outro, existem inúmeros! Está apertada? Procure ta-manho maior. Não ficou bom? O modelo não é para você. E isso não vale só para o jeans, combinado?

O jeans fez uma revolução no guarda roupa das mulheres, use com bom senso e arrase!

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achados &descobertos

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Bermuda Masculina Polo UK 3742-2088R$ 113,40

Calça Masculina Polo UK 3742-2088R$ 137,40

Queridinho em qualquer guarda-roupa, o jeans nunca sai de moda e cai

bem em quase todas as ocasiões. Mais escuros ou ‘lavados’, rasgados,

justos ou largos, skinny, com a barra dobrada, cigarrete, de cintura

alta, sem bolsos, de corte tradicional... Qual o seu preferido?

Short Jeans Bobô 3742-9327R$ 398

Short Feminino M. Officer 3739-4609R$ 174,90

Camisa JeansMr. Kitch 3507-0465R$ 289,90

É tudo de bom!jEans

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m o r u m b iMARço • 15

Camisa Jeans Feminina Levi’s 3742-9327R$ 289,90

Saia Jeans M. Officer 3739-4609R$ 174,90

Short Feminino M. Officer 3739-4609R$ 174,90

Calça Jeans Bobô 3742-9327R$ 498

Short jeans manchado John John 3741-0479R$ 358

Calça Masculina Polo UK 3742-2088R$ 137,40

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16 • MARço

da

redaç

ão

Em todas as estações do ano e, princi-palmente nos dias de sol intenso, sabe-mos que todo cuidado com a exposição ao sol, principal fator de envelhecimen-to da pele, é pouco. Usar um protetor solar UVA e UVB e abusar da hidratação são os principais cuidados para mantê--la sempre bonita, porém essa combi-nação nem sempre agrada a todos.Pela regra, devemos lavar o rosto com um sabonete antisséptico, hidratar e, em seguida, passar o protetor (lembrando sempre de reaplicá-lo a cada três horas). Mas usar os dois produtos seguidos em dias mais quentes faz com que a gente fique com aquela sensação de pele es-correndo. Difícil resolver essa equação?

Nem tanto. No mercado existem opções que ajudam a minimizar o incômodo, como os hidratantes em sérum, que por serem mais finos e aquosos são absorvi-dos rapidamente pela pele e, claro, os protetores específicos para as peles mais oleosas. “A vitamina C é uma ótima opção porque ela faz o papel do hidratante e pode ser encontrada como sérum. Além de hidratar, ela renova as células, estimula a produção de co-lágeno e ainda dá uma clareada na pele”, reco-menda a dra. Fernanda Daniela Campos, dermatologista da Onodera Morumbi.

protEgida E hidratada

o ano todo

Pele

Escolha o cErto

Cuidados Para todas as estações» Protetores em formato gel-creme

são mais levinhos e, usados em combinação com o sérum, não deixam a sensação de rosto melado.

» Tomou banho e sentiu a pele esticada? Isso é sinal de que o manto lipídico foi afetado, ou seja, a camada de gordura foi tirada em excesso.

» Além do aspecto ‘craquelado’, outra característica da pele ressecada é a coceira, então, hidratante nela!

» Para amenizar o calor nos dias mais quentes recorre-mos a banhos, piscina ou mar, mas o excesso de lavagem é o que mais resseca a cútis.

Nem ressecada, nem oleosa demais. Saiba como combinar o hidratante e o protetor solar, fuja da sensação de pele escorrendo e

garanta uma pele linda o ano inteiro.

Além dos cuidados com o rosto, escolher o hidratante ideal para o corpo nem sempre é tarefa fácil, já que em lojas de cosméticos, farmácias e mercados existem inúmeras opções. Outro ponto a se considerar é que os hidratantes que encontramos facilmente nas prateleiras nem sempre hidratam como deveriam (ou como prometem). “Às vezes a composição é boa, mas ainda assim eles não têm a capacidade de atravessar a pele, chegar à célula e deixá-la realmente hidratada.” Quem busca uma pele mais macia pode optar por cremes à base de ureia ou que contenham lactato de amônia, um derivado dela. “Geralmente o cheiro não é muito agradável, mas se for manipulado, o hidratante pode receber uma fragrância.”

» A gente entende que alguns são bem geladinhos e refrescantes, mas passar o dia todo limpando a pele com lencinhos umedecidos

não pode!

» Peles muito oleosas podem ser lavadas até três vezes ao dia.

» A esfoliação para o corpo e para o rosto está liberada, desde que seja a cada dez dias.

» Por fim, crie metas fáceis: não é legal se forçar a algo, mas ingerir no mínimo dois litros de água por dia é fundamental para hidratar a pele de dentro pra fora. Já para o uso do hidratante, comece passando uma vez ao dia após o banho, quando a pele está limpa e fresquinha. Com os resultados, isso virará hábito.

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www.dolcemorumbi.com

massagEm com bEnEFíciosA planta dos nossos pés possui pontos que, estimulados, podem trazer melhora a problemas específicos do corpo. Além de amenizar dores de cabeça, insônia e ansiedade, por exemplo, a reflexologia também ameniza o estresse.

acesse o QR Code e assista um vídeo sobre o assunto feito no Espaço Prana.

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CONHEçA NOSSO PORTAL

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capapor Fádua capellari

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Fotos: Assessoria de Imprensa (Record) / JAF

Cortapra ElE!“Põe que é exclusivo, minha filha. Dá trabalho pra fazer”. Carioca da gema e dono de alguns dos bordões mais famosos da tv brasileira, o apresentador marcelo Rezende nos recebe na Record horas antes de entrar com seu ‘Cidade Alerta’ no ar, para uma ‘exclusiva’ sobre carreira, política e violência no Morumbi.

Nascido na Praça da Bandeira, perto do Estádio do Maracanã, Marcelo Rezende mo-rou num cortiço no Leblon, depois na Tijuca e, mais tarde, na Ilha do Governador, on-de passou toda a infância. Com o pai desempregado, sem grana ou casa pra mo-rar, e passando por todos os perrengues que essas condições causam, o menino amargou um período que não esquece: foi morar dentro da escola do Serviço de As-sistência ao Menor (SAM), uma espécie de Fundação Casa. Foi ali, bem cedo, que ele aprendeu o que era um crime. “Meu pai conseguiu um emprego que dava direi-to a uma casinha dentro da escola. Vivi dos seis aos 13 anos ali dentro. Minha vida social era toda lá, junto com bandidos, assassinos. Por isso eu digo que crime eu aprendi de berço, não precisa ninguém me ensinar”.

A profissão que exerce até hoje veio mais tarde, por acaso, aos 17. Numa visita ao jornal onde um primo trabalhava, Marce-lo ofereceu ajuda ao diretor geral (sem saber quem era a pessoa) e acabou ga-nhando um emprego como repórter no outro dia. Ficou lá por mais ou menos um ano até ser demitido. “Foi a sorte da minha vida”, sorri ao lembrar. “Nesse dia o chefe de redação me disse ‘você nun-ca vai ser jornalista porque você não tem responsabilidade’. Aquilo bateu na mi-nha cabeça como uma marreta e eu pen-sei ‘como é que um sujeito pode dizer pra um garoto de 18 anos o que ele vai ser na vida?’. Naquele dia eu botei na minha ca-beça que ia me dedicar ao jornalismo.”O que veio depois todos nós sabemos. Marcelo virou um dos maiores jornalis-tas investigativos do país e ficou conhe-cido por enfiar o dedo nas mais diversas feridas sociais. Ao longo das mais de três

horas em pé apresentando seu progra-ma, o Cidade Alerta, ele mostra um Brasil que muitos fecham os olhos e viram a ca-ra para não ver, e escancara as mazelas do país de um jeito bem particular que in-clui a fala pausada e as brincadeiras com os companheiros de equipe.Numa tarde quente de quinta-feira, o en-contramos num dos estúdios da Record para esta entrevista. Típico contador de histórias, Marcelo fala muito e tem um jeitão tranquilo e sossegado. Com uma garrafinha de água numa das mãos, che-gou vestindo calça jeans e camisa xa-drez, e ali, entre um gole e outro, falou por quase duas horas. Contou coisas pessoais, relembrou as profissionais, e só subiu o tom de voz e ficou com o rosto vermelho quando começamos a falar so-bre política, violência, Copa do Mundo e, claro, sobre o Morumbi, porque, de con-traste social ele entende.

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Desde o extinto ‘Linha Direta’, na TV globo, você seguiu apresentando programas voltados ao jornalismo investigativo. Esse foi um caminho natural?Eu acho que foi. No meio dele eu tive uma experiência que serviu pra eu descobrir o que gostava ou não, que foi apresentar o ‘Rede TV News’, um jornal clássico na Rede TV. Lá eu me senti uma jaguatirica na gaiola, amarrado na cadeira, lendo o que escreviam pra mim. Eu estava curioso pra saber como era fazer um jornal naquele formato e a curiosi-dade mata, né? Então eu ‘morri’ naquele período.

As brincadeiras feitas durante o ‘Cidade Alerta’’ são um jeito de amenizar a gravidade dos temas que você aborda?Eu não queria fazer o ‘Cidade’ agora, foi um custo pra me convencer. São três horas e 20 minutos no ar! Esse deve ser o programa mais longo do mundo em que um sujeito fica em pé pra falar de jornalismo, e aquilo ali é a vida como ela é. Eu não ia ficar todo esse tempo mostrando que a torre caiu, que um morreu e o outro matou, acho um pouco de exagero, então disse que ia fazer do meu jeito. Na primeira semana ninguém entendeu nada (risos). Nessa de brincar, o primeiro que eu tinha na mão era o Percival de Souza, que eu chamo de ‘morto’. Depois apareceu o Luiz Bacci, o ‘menino de ouro’, e a Fabíola Gadelha, a ‘rabo de arraia’. O segredo do sucesso do programa é saber ir da leveza da brincadeira à coisa séria. É difícil? É, tem que ter um timing lascado e, se você me per-guntar como é que eu faço, eu não faço nem ideia pra te responder.

Você se prepara de alguma forma antes de entrar no ar, faz alguma oração, por exemplo? Não. (Fica pensativo) Você está querendo saber se isso me impregna ou me deixa pesado?

É, você fala de assuntos pesados por três horas! Alguma coisa ainda te abala?Sim, pra mim três questões são difíceis de lidar: qualquer coisa que envolva criança, mulher e idoso. Com isso eu não me abstraio. Pô, eu tenho cinco filhos! Se você ima-gina que um cara que tem um distúrbio desse, seja um maníaco ou um pedófilo, vai se recuperar, esqueça! Nesses casos eu sou a favor de duas linhas: ou você deixa o cara o resto da vida na cadeia ou você o elimina, não há outra solução. Então se eu disser que saio do programa e vou dançar no baile, eu estou mentindo. Minhas terapias pra esque-cer esses assuntos são as seguintes: eu leio muito, cozinho e trato de vinhos – estudo, compro, coleciono e bebo, aliás acho que bebo mais do que o resto (risos).

Há pouco você escreveu um livro que conta algumas das suas histórias ainda como repórter. Como foi esse processo?O livro foi ideia de um rapaz que trabalha comigo, o Clóvis, porque eu não queria fazer. Foi ele que deu a ideia pra eu escrever sobre os bastidores de algumas reportagens fa-mosas que fiz, como o caso do maníaco do parque. E eu senti prazer em fazer aquilo. Depois do livro pronto, algumas pessoas comentaram comigo ‘pô cara, não sei como você não morreu’, porque um dos casos era meio complicado. Aí eu lembrei que eu me desliguei tanto escrevendo o tal episódio que uma hora eu também falei ‘caramba, es-se cara vai acabar morrendo’, e aí que fui me tocar que o cara era eu (risos).

Você fez o livro em quanto tempo?Uns seis meses, mas ele foi muito maltratado pela Editora Planeta.

Por que?Porque eles lançaram o livro e não tiveram convicção de quanto o livro venderia, e aí o li-vro explodiu. Quando chegou na época do Natal, eles tinham tirado pouco livro pra de-manda que tinha e as gráficas já estavam com seus prazos de fim de ano e não tinham como fazer mais livros. Enfim, a Planeta estragou muito a venda do livro, foram muito primários no meu modo de ver, tanto no marketing quanto na comercialização.

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Mas, a experiência em si foi bacana... A experiência foi, mas você sabe que, mais do que o prazer de fazer o livro foi o prazer de ir lançá-lo. Você não tem ideia do número de pessoas que estavam lá. Eu acho que eu tenho aqui, vou te mostrar... (diz, pegando o celular e procurando os vídeos e as fo-tos dos lançamentos feitos em algumas cidades). Você viu a quantidade de gente? Ninguém conseguia acreditar, nem eu (risos).

E vem outro?Sim, eu já estou escrevendo um de ficção policial. Já estou no segundo capítulo, mas agora ando meio hibernado, com preguiça. Eu estava escrevendo, mas resolvi parar, não estou com pressa para lançá-lo. Eu estou com uma ideia de relançar o ‘Corta pra Mim’ no meio do ano com fotografias, encartes com arquivos meus, do ‘morto’ do Percival, do Bacci, da Fabíola... Mas, o formato ainda não está muito claro na minha cabeça.

Você morou no Morumbi por quanto tempo?Toda a minha vida desde que vim pra São Paulo até me separar, há três anos.

E do Morumbi que você conheceu até hoje, o que mudou?Quando eu fui morar no bairro ele não tinha tanto prédio, nem violência. Não era nem de longe esse Morumbi que você não consegue ir à esquina. Ali houve uma ocupação de-sordenada do solo, porque hoje se tem dois palmos de terra o cara vai lá e constrói um prédio. Fico só imaginando o quanto deve rolar de dinheiro pra isso acontecer... Hoje, se todo mundo resolver sair do Morumbi ao mesmo tempo, nunca mais a pessoa vai sair de dentro do carro, vai travar tudo. O bairro cresceu, mas sem um olhar urbano.

É isso que dizemos, não adianta você construir 60 prédios se não criar uma rua. Pois é, e quando foram construir aquela Av. Hebe Camargo, deixaram um poste no meio, quer dizer, bem coisa de administrador brasileiro, tudo porcalhão. E aí você tem a segunda maior favela de São Paulo, que ao invés de tentarem tratar, urbanizar e criar projetos pra que ela vá sendo substituída por áreas mais urbanizadas, com postos de saúde, laborte-rapia, quadras de esportes e colégios para as crianças da comunidade, não... Cada vez mais você vê Paraisópolis se expandindo e com uma população acuada entre a violência dos criminosos e a violência da polícia. Então, dos 100% que moram ali, você tem 96% de pessoas querendo viver e 4% de criminosos que fazem do Morumbi o inferno que é hoje.

no ‘Rede tv neWs’

eu Me senti uma

jaguatirica na

gaiola. eu estava

curioso Pra saber

como era fazer um

jornal naquele

formato e a

curiosidade mata,

nÉ? então eu ‘morri’

naquele Período.”

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Você acha que aquele perfil de bairro bucólico está desaparecendo?O bairro tinha paz de espírito. Mas os governantes brasileiros só tem um objetivo: se per-petuarem no poder. Uns por vaidade e a maioria por corrupção. A política no Brasil é uma profissão, não é um gesto de cidadania. E você vê o reflexo disso no Morumbi. Ali está ins-talada a sede do Governo do estado mais rico do país, num dos bairros mais importantes e ricos da cidade; e tem esse índice de criminalidade. A pergunta é: será que quem está na sede do governo, como secretários e comandantes de polícia, não está vendo o que acon-tece? É lógico que vê. O bairro está assolado pela violência, com uma coisa que é o traço mais perverso que eu conheço desse momento no Brasil: as pessoas não precisam mais ser sequestradas efetivamente. Elas já estão sequestradas nos seus medos, nas suas casas cheias de trancas, nos seus receios de suas crianças irem à rua.

Soube da conversão para mão única no ladeirão?Aquilo ali é uma coisa inacreditável! Eu subia e descia o ladeirão a pé e hoje ele virou sinô-nimo de assalto e morte. Aí o governo encontrou ‘a melhor solução’: fazê-lo ser mão única pra baixo. É mais ou menos igual quando o cara encontra a mulher na sala com outro, aí ele vai lá e troca o sofá de lugar. É exatamente isso.

Mas agora a postura é outra, temos visto casos em que se faz justiça com as próprias mãos. Tá todo mundo esgotado.De quando essa onda começou até hoje, nesta entrevista, foram cinco casos. Isso já é uma tendência e eu te digo uma coisa: a maior responsabilidade não é da polícia, é da jus-tiça. Porque os senhores juízes e desembargadores não se revoltam contra as leis que existem e eles deveriam assumir essa luta. Nós estamos saindo do caminho da legalida-de para o atalho da barbárie e isso é a pior coisa que pode acontecer, porque vai virar um faroeste. Todo mundo precisa se conscientizar que precisamos viver em paz, mas como nós, cidadãos normais e comuns, podemos viver em paz num país que nos explora co-mo poucos no mundo? Como é que você pode imaginar, citando o bairro do Morumbi com uma Paraisópolis no meio, um país que quer fazer Copa do Mundo? Você não tem escola, saúde, transporte, pré-maternal, creche e absolutamente nada normal de um país que se diz o 7° PIB do mundo, você não tem nenhum retorno disso. O dia que abrirem a caixa pre-ta do BNDES explode o país.

Falar em Copa do Mundo, você tem acompanhado a construção dos estádios?Ah, o do Amazonas, por exemplo. Estão fazendo um lindo estádio por lá, bilhão de reais, e sabe qual é a média de público do campeonato do Amazonas? Quinhentas pessoas. Vai fazer uma matéria em torno do Itaquerão. Já meteram dois bilhões naquele monstro. An-da por cima de helicóptero, eu já andei. Ali onde as crianças estão andando e brincando descalças, vai com um técnico e colhe aquela lama pra ver o que tem de bicho destruin-do a vida daquela criança. Recolhe a água do córrego e manda analisar. Acompanha a vida dentro daquela comunidade uma semana, ela está do lado do Itaquerão, que vai parecer lindo na Copa do Mundo. Sabe o que me lembra? Esses tais de Cingapura, que o Maluf in-ventou. Você tem um prédio fininho e colorido na frente e atrás uma favela, o prédio é só pra esconder o resto. Essa é a questão central do problema. E eu ainda abro o jornal e leio que o governo vai colocar as forças armadas nas ruas pra conter as manifestações.

O que você acha que ficou de positivo delas?Absolutamente tudo! Nós já estamos numa guerra civil, 45 a 50 mil mortos todos os anos. Temos mais de 20 mil soldados sendo treinados à exaustão pra conter a manifestação do

os goveRnAntes

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um objetivo: se

PerPetuarem no Poder.

uns Por vaidade e a

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a Política no brasil É

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gesto de cidadania.”

“o segRedo do sucesso

do Programa É

saber ir da leveza da

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sÉria. É difícil?

É, tem que ter um

timing lascado!”

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povo brasileiro. Nós vamos voltar pra ditadura? Eu não posso ir à rua? Disseram que não podia ir pra rua mascarado, mas o cara vai pra rua do jeito que ele quiser! Esse não é o problema. O problema é aplicar a lei que já existe em cima daqueles que querem quebrar tudo, são quantos? Duzentos no meio de uma população de 100 mil que quer se mani-festar. Ok, vai lá e prende os 200. As leis já estão aí, só precisam ser aplicadas com rigor, coisa que não é.

Naquela semana de junho você acompanhou as manifestações passo a passo.Aquilo mexeu com a consciência de todos nós, classe média. Nós mostramos para os governantes que ninguém aguenta mais. Ninguém vai poder desestabilizar um descon-tentamento que já está na alma do cidadão, é uma ferida sangrando. Eu quero fazer uma manifestação, vou lá e reúno 30 pessoas na rede social. Eu tenho que dizer pro governo aonde eu vou fazer manifestação? Eu não tenho que falar nada, oras! Eu sou livre pra fa-zer o que eu quero. Aqui no Brasil tudo é casuístico, feito sem reflexão. Querem fazer lei que não pode usar máscara, que não pode levar vinagre, que tem que avisar 48h antes que eu vou do norte pro sul... Isso é um absurdo!

Com a Copa batendo à nossa porta, as eleições no final do ano, promessas de novas manifestações... Como você imagina 2014?Eu acho que vai ser um ano de emoções misturadas. Você vai ter uma sé-rie de governantes com os joelhos roxos de tanto clamarem aos céus pe-dindo a Deus que o Brasil ganhe a Copa pra eles sobreviverem. Você vai ver uma população, que somos nós, cansada. Evidentemente que o fute-bol emociona a todos nós, se o Brasil vencer vai ser uma alegria pra todo mundo. Mas eu, pela primeira vez, estou com uma desconfiança. Mesmo com essa alegria, as pessoas vão protestar. Ninguém aguenta mais sair de casa sem saber se volta. Ninguém aguenta mais ver o cara ir assaltar e ain-da dar um tiro na cabeça de quem já entregou o que tinha. Ninguém aguenta mais abrir o jornal e todo dia ver um político envolvido com roubalheira. E isso se exacerba e aumenta o potencial de revolta porque a internet chegou de forma avassaladora e mostra tudo isso. Não vejo 2014 como um ano muito pacífico.

E por que você acha que a população continua errando na escolha de seus candidatos?Porque temos a questão da distribuição de renda. Quando estão chegando as eleições, os políticos começam a inaugurar um mon-te de coisa. Em ano de eleição eles preci-sam do dinheiro do povo pra fazer creche, comprar carro, fazer escola. Aí as pesso-as que moram em lugares completamen-te desassistidos, veem um posto de saú-de, acreditam que aquilo vai ser permanente, porque solucionou um problema pontual. O Brasil é uma ques-tão de educação, né? Nós ainda va-mos levar um bom tempo pra formar essa massa crítica. Isso só se aprende indo pra escola.

“As MAniFestAções

MexeRAM com a

consciÊncia de todos.

nós mostramos que

ninguÉm aguenta mais.

o descontentamento

já está na alma do

cidadão, É uma

ferida sangrando.!”

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cuidadoscom os pEts

Andar pelo Morumbi e encontrar com os chamados ‘dog walkers’ já virou roti-na para os moradores do bairro. A falta de tempo ou de espaço em casa tem feito com que os chamados ‘passeadores de cães’ sejam bastante procura-dos aqui na região. “Nós evitamos que os cães se sintam solitários, tristes e estressados”, diz Marcelo Massaneia, dog walker há nove anos.Além de ser responsável pela diversão do animal, o profissional precisa mon-tar grupos que facilitem o passeio. “Pode ter seis cachorros de uma vez, is-so vai do equilíbrio que você vai conseguir com o grupo”, revela Kellin Rojas, educadora canina do Pata na Rua. Estar atento aos cuidados com os bichos é outro ponto fundamental. Em dias muito quentes, por exemplo, é importante que as caminhadas sejam feitas pela sombra, durante a manhã ou no final da tarde, horários em que a intensidade do calor é menor. “Do contrário, o cão pode queimar as patinhas ou ter uma insolação, principalmente os mais branquinhos, com o nariz rosi-nha”, explica Brunna Viana, veterinária da Crazy For Pet.Quer tirar suas dúvidas sobre o número de cãezinhos por passeio, misturas de raças ou os principais pré-requisitos para contratar um profissional ade-quado? Essas e outras dúvidas foram respondidas no nosso portal. Acesse o vídeo pelo QR Code ao lado!

Seu caozinho sEM BOAS MãOS

Marcelo Massaneia – dog walker Kellin Rojas – educadora canina

Brunna Viana – veterinária

Foto

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Você sabia que o afogamento é a segun-da causa de morte em crianças de até 14 anos aqui no Brasil? O dado serve de alerta para todos os pais, que precisam ficar atentos ao contato das crianças com a água nesses dias mais quentes, e reforça a importância da prevenção.Pensando nisso, a Academia Gustavo Borges Morumbi está com atividades de autossalvamento infantil, que utili-zam o método norte-americano Infant Swimming Resource (ISR), inédito no

país e adaptado à cultura brasileira. Com o objetivo de garantir subsídios de sobrevivência na água em caso de acidentes, a metodologia é direciona-da para bebês a partir de seis meses e crianças de até seis anos. As aulas tem duração de seis a sete semanas, com dez minutos diários, de segunda a sexta-feira.Segundo a instrutora Kátia Ruschel, as técnicas desenvolvidas são assimila-das rapidamente pelo aluno. “Se uma

criança ou um bebê cair na água, vai ter condições de buscar o posicionamento dorsal para respirar e permanecer em uma posição de sobrevivência. No caso de crianças acima de 13 meses, ainda poderão aprender a se deslocar em di-reção a uma superfície segura”, explica. “É importante ressaltar que nenhuma técnica de autossalvamento substitui a supervisão dos pais, mas num momen-to de descuido, mesmo breve, o método pode salvar uma vida”, completa.

acadEmiagustavo borgEs

oferece aulas de

autossalvamento

Fruto de mais de 40 anos de pesquisa e desenvolvimento, hoje há cerca de 350 instrutores certificados com ISR no mundo, sendo apenas três deles no Brasil (duas profissionais são da Academia Gustavo Borges). Oficialmente, estão documentados 790 casos de crianças que usaram as técnicas da ISR para se salvarem de afogamento.

Serviço Aulas de autossalvamento na Academia gustavo Borges Morumbi

Rua José Ramon Urtiza, 901 – Tels.: 3744-1476 / 96055-0010 Instrutora: Valentina Ferreira Dias e horários: de segunda a sexta-feira, de acordo com a disponibilidade do aluno.

SAIBA MAIS SOBRE O

MÉTODO ISR

Fotos: Divulgação

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consulta mEnsal

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vErdadE ou mito:Alimentos como o morAngo e o frAngo

clAReiAM os dentes?

Isso é mito, não existem alimentos que clareiam os dentes. O que existem são alimentos que pigmentam ou não pig-mentam nossos dentes. A diferença é que os que não pigmentam e possuem fibras funcionam como ‘adstringentes naturais’ porque eles têm a ação me-cânica de ‘higienizar’ os dentes como se fosse uma pré-limpeza. A maçã e a cenoura crua, por exemplo, limpam as superfícies lisas e isso acontece por-que, ao mastigar, a fibra raspa no den-te. Cor de dente é como cor de olho ou de pele. O dente já tem uma determi-nada cor e o que o clareamento a laser faz não é mudar essa cor. Nosso dente tem microporosidades que são pig-

mentadas ao longo do tempo pela in-gestão de café, chocolate, açaí, suco de uva, beterraba, corantes naturais ou artificiais e outras coisas. Nesse ti-po de clareamento, que é o mais bus-cado, o laser se infiltra nessas porosi-dades, ou seja, onde a escova não chega, e remove essas manchas. Pa-ra evitar o amarelamento, o ideal é que se tome água após a ingestão de alimentos pigmentados, pois ela ‘la-va’ a boca. Fazer um bochecho ou dei-xar a água em contato com os dentes por alguns segundos já ajuda. E, lem-bre-se sempre: alimento nenhum substitui o uso da escova e do fio den-tal a cada refeição.

Clínica Dr. Comparotto e Equiperua dos três irmãos, 201 – Cj. 83

tel.: 3721-2037www.comparotto.com.br

Foto: Agda Sarain

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PubliEditorial

Novidade Na Hevi odoNtoA clínica odontológica Hevi Odonto, comandada pela dra. Flavia Lima e já tradicional no Morumbi, agora lançou um site pra você ficar por dentro das novidades, acompanhar notícias, entrevistas e eventos sobre o mundo odontológico. O endereço, que nasceu para facilitar a vida dos atuais e futuros pacientes, será atualizado com informações sobre os tratamentos disponíveis, artigos, dicas, depoimentos, galerias, vídeos e informações sobre a formação de cada membro da equipe, que é constantemente treinada. Sempre de olho nas tendências de mercado, a Hevi Odonto conta com a experiência de seus dentistas e toda a tecnologia para garantir rapidez, eficácia no atendimento, personalização nos serviços executados e, principalmente, o conforto e a satisfação de cada paciente que sonha em ter um sorriso maravilhoso.

Hevi Odonto – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1230 – 10º andar – Tel.: 3507-4303 www.dentistanomorumbi.com.br – Estacionamento próprio

Dra. Flavia Lima CRO – 73290 Acesse o novo site e veja o que a Hevi Odonto pode te oferecer.

publieditorial

A impulsividade é um traço marcante na perso-nalidade de muitas pessoas, as quais freqüen-temente manifestam essa característica em mais de um aspecto do seu comportamento.Há pessoas que são impulsivas para brigar, discutir, desentender-se. Explodem por pe-quenas coisas e passados alguns minutos de sua ira, percebem que sua reação é des-proporcional ao motivo gerador de estresse. Muitas vezes essas pessoas por si próprias pensam: “era motivo pra uma reação tão ex-trema?’ Outras são impulsivas para comer. Chamam essa impulsividade de “ansiedade”. Em poucas horas ingerem grandes quantida-des de alimentos. Tudo é motivo para o impul-so: alegria extrema, tristeza, decepção, desafio, rejeição... Há também os que são impulsivos para comprar. Não conseguem perder uma “oferta”. No momento em que algo suposta-

mente vantajoso lhe é oferecido pensa que po-de se arrepender depois por ter perdido aquela oportunidade. Ou ainda aqueles que, sem críti-ca sobre seu transtorno, saem de casa com o objetivo preestabelecido de comprar por im-pulso. Vão a centros de compras munidos de cartão de crédito sem saber exatamente o que procuram comprar; à espera de “oportuni-dades” que disparem o gatilho que libera o im-pulso. Pessoas impulsivas levam sofrimento não a si somente, mas também as pessoas que estão ao seu redor, que convivem e se sentem impotentes diante da falta de contro-le dos que são vitimados pela impulsividade.Existem muitos outros tipos de impulso que abordaremos futuramente. O mais im-portante é trazer para tratamento especia-lizado os chamados “impulsivos” para con-trole dos sintomas.

Psiquiatra Dr. Walker CRM 128720 www.drwalker.com.br

[email protected]

CoMo ConvivER CoM pEssoas impulsivas

• Unid. Portal do Morumbi: Av. Dr Guilherme Dumont Villares, 588 – Tel.: 3743-3814 / 3743-3822 / 99977-3714• Unid. Brooklin: Rua Carlo Prina, 52 – Tel.: 5531-6724• Unid. Paulista: Rua Frei Caneca, 558 - Sala 107– Consolação – Tel.: 3150-4040

Foto: JAF

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Surama Jurdi renomada consultora e palestrante empresarial, proprietária da Agape do Brasil. Ministra treinamentos nas maiores empresas do Brasil e é moradora do Morumbi.

Por surama jurdi

A vida é feita de escolhas e tomar as deci-sões que irão definir a nossa felicidade é um ato complexo para todo ser humano, mas para as mulheres escolher represen-ta um dasafio ainda maior, pois significa organizar-se, conciliar o tempo e decidir o que é melhor em cada momento.Momento mãe, filha, irmã, amiga, esposa, atleta, profissional, seja qual for, toda mu-lher quer ser reconhecida, respeitada e fe-liz nas mais diversas áreas da vida.No entanto, aprendemos desde criança que não podemos ter tudo, um dia preci-samos fazer escolhas desafiadoras. E es-se dia aconteceu para mim também. Comecei a minha carreira como palestran-te com o objetivo de ajudar o maior nú-mero de pessoas a acreditar em sua ca-pacidade de realizar e obter Resultados Sustentáveis, e aos poucos vi esse sonho se transformar em realidade. O conteúdo das palestras estava fazendo a diferença na vida de empresários, diretores e fun-cionários, todos ficavam impactados e re-comendavam o meu trabalho uns aos ou-tros, e quando me dei conta estava com a agenda lotada de eventos, completamen-te envolvida e encantada pela minha mis-são profissional.Com isso o meu tempo com minha fa-mília diminuiu, eram muitas viagens. Na

época os meus filhos eram pequenos e então vieram as cobranças por parte de-les, até que um dia o meu marido conver-sou comigo e me colocou “contra a pare-de”. Eu precisava fazer uma escolha: era o meu trabalho ou a minha família, por-que do jeito que estavam, as coisas não poderiam continuar. E agora? Pensei. Estava num grande con-flito interno, pois como eu vou abandonar o meu sonho? Como posso abrir mão de algo que é tão importante para mim e que me sinto tão realizada?Avaliando a minha meta, percebi que não tracei uma estratégia orientada para re-sultado sustentável, eu queria alcançar o meu sonho e cumprir a minha missão, mas estava violando o princípio mais im-portante da minha vida: a minha família. Foi quando mudei a qualidade dos meus questionamentos internos e comecei a pensar em soluções diferentes, em uma meta que fosse boa, não apenas para mim, mas para todos que faziam parte da mi-nha história. Eu não estava confortável em abrir mão de nada. Parei de me perguntar porque aquilo estava acontecendo e fiz a pergunta-chave: ‘como eu poderia fazer para conciliar essas áreas da minha vida?’ Descobri que talvez eu não precisasse es-colher entre uma coisa ou outra, eu pode-

ria ter as duas, mas de formas diferentes. Redefini minhas estratégias e decidi criar um banco de palestrantes e convidar os melhores do Brasil para serem meus par-ceiros e contribuir com minha missão. O que antes representava uma ameaça, passou a ser a melhor solução para mi-nha carreira como empresária. Em par-ceria com esses conferencistas, percebi que o resultado pode ser ainda maior. Os meus filhos cresceram, com isso minha agenda ficou menos limitada e agora jun-to com minha família eu decido quais são os eventos fora de São Paulo ou interna-cionais que posso ou não realizar, respei-tando o meu maior princípio e valor que é a estrutura familiar. Às vezes é realmente necessário escolher entre uma coisa ou outra, mas às vezes precisamos pensar que a nossa escolha possa ser simplesmente encontrar solu-ções para termos as duas coisas.Tudo é uma questão de princípios e valo-res. O que é realmente importante? Se o nosso maior desafio como mulheres está em realizar escolhas que nos façam verdadeiramente felizes, precisamos defi-nir quais são os princípios que regem es-sas escolhas e, uma vez definidos, esses princípios não admitem emoções, eles são invioláveis!

EmoçõEs!OS PRINCíPIOS NãO ADMITEM

Como as mulheres podem definir metas sustentáveis e realizar escolhas inteligentes.

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Paulo Amaral é morador do Morumbi e jornalista da Rede Globo de Televisão, onde edita o Jornal Hoje.

Por Paulo amaral

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basta dE violência!

Acesse o QR acima e veja o depoimento do Paulo sobre a sua coluna mensal na Dolce.

“teMos siM, diReito A pAz

e deveMos siM exigiR pRoteção.

devemos isso aos nossos

antePassados que lutaram Pela

imPlantação do estado de direito.”

Num dos verões mais quentes da his-tória de São Paulo eu não saí de casa. Fui mais um refugiado procurando abri-go por trás das grades do meu condo-mínio. Fiquei trancado, me esconden-do da violência que insistia em bater na minha porta. As histórias de assaltos contadas por amigos próximos trou-xeram angústia e medo. Fui egoísta e agradeci a Deus por não ter sido comi-go ou com a minha família. Mas podia ter sido comigo, com você ou com qual-quer outro morador do nosso bairro, em qualquer lugar e a qualquer hora do dia, da noite ou da madrugada. Ouvi relatos de assaltos em casa, na rua, no estacionamento do shopping e do supermercado. Vi amigos sendo es-pancados, correndo de bandido na rua e humilhados dentro do carro. Sofri com cada um deles e sonhei com soluções mágicas para a segurança pública. Não sou afeito a ações como as dos justicei-ros que espancam e amarram bandidos em postes, não podemos nos render à barbárie e temos que acreditar sempre nas intervenções efetivas. Se as Uni-dades de Polícia Pacificadora que tan-to sucesso fazem no Rio de Janeiro da-riam certo em São Paulo eu não sei, não sou especialista no assunto, mas para a realidade das favelas cariocas os re-sultados foram animadores e mostra-ram que existem caminhos inteligentes e criativos para tratar a questão.Enquanto, as autoridades não encaram

o problema da segurança pública como prioridade temos que mudar as nossas rotinas e tomar cuidados especiais pa-ra a nossa proteção e de nossas famí-lias. Quis comprar um carro blindado e mudar de bairro para fugir de tanta violência. O medo nos cega e nos torna reféns dos nossos fantasmas. Nos ti-ra a capacidade de racionalizar e ofus-ca nossa visão de dignidade. Esque-cemos do nosso papel na sociedade e das armas que temos para exigir os nossos direitos.As manifestações dos moradores nas redes sociais mostram que todos so-fremos juntos e que só unidos podere-mos encontrar os caminhos da paz. Te-mos sim, direito a paz e devemos sim exigir proteção. Devemos isso aos nos-sos antepassados que lutaram pela im-plantação do estado de direito. Que não sucumbiram à tentação da justiça pe-las próprias mãos nem defenderam a violência como remédio para comba-ter a violência. Que sobreviveram à ex-ceção para deixar como legado uma so-ciedade civilizada.Não podemos perder de vista o nosso conceito de civilidade sob o risco de nos tornarmos tão selvagens quanto aque-les que nos atacam com suas armas nas noites escuras do Morumbi. Acredi-to que temos que, também, fazer a nos-sa parte e contribuir como cidadãos pa-ra reverter esse quadro e poder voltar a viver com mais segurança.

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Rosa Richter é moradora do Morumbi, Presidente da Associação Cultural e de Cidadania do Panamby, e atua como consultora na área de segurança.

Por rosa richter

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Sempre que chega o Dia Internacio-nal da Mulher procuro fugir do discur-so de vitimização que a data invoca. Não que estejamos com a vida ganha, mas creio que as mulheres já mostra-ram a que vieram e as dificuldades pe-las quais passamos não são privilégio nosso: injustiça e violência são para todos. Temos, ainda, o grande desa-fio de conciliar as atividades domés-ticas com a realização profissional, e precisamos, naturalmente, da parce-ria do Estado e da parceria dos amigos e parceiros: ser feliz é um trabalho de equipe. Mas não vou utilizar o 8 de Mar-ço para colocar tristezas ou lamúrias.Prefiro aproveitar a data, este ano, pa-ra fazer um brinde à nossa importân-cia, não para a sociedade e nem para a família, mas umas para as outras.Aprendemos a compartilhar nossas virtudes e pecados e temos uma ca-pacidade infinita para o perdão. So-mos meigas e enérgicas ao mesmo tempo, o que perturba e fascina os que nos rodeiam. Brigamos muito, é verdade: temos unhas compridas não por acaso. Em compensação, nasce-mos com o dom de detectar o sagrado das pequenas coisas, e é por isso que uma amizade iniciada na escola pode completar bodas de ouro e uma em-patia inesperada pode estimular con-fidências nunca feitas. Amamos os ho-mens, mas casadas, mesmo, somos umas com as outras.Para aquelas que não sabem como surgiu o Dia Internacional da Mulher, aí vai: as mulheres do Século XVIII eram submetidas a um sistema de-sumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e

ameaças sexuais. O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, está intima-mente ligado aos movimentos femi-nistas que buscavam mais dignidade para as mulheres e sociedades mais justas e igualitárias. Foi a partir da Revolução Industrial, em 1789, que estas reivindicações tomaram maior vulto com a exigência de melhores condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade entre os sexos. Dentro deste contexto, 129 te-celãs da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, decidiram paralisar seus trabalhos, reivindicando o direito à jornada de 10 horas. Era 8 de março de 1857, data da primeira greve nor-te-americana conduzida somente por mulheres. A polícia reprimiu violenta-mente a manifestação fazendo com que as operárias refugiassem-se den-tro da fábrica. Os donos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas no local e atearam fogo, matando car-bonizadas todas as tecelãs.Em 1910, durante a II Conferência In-ternacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacio-nal da Mulher em homenagem às ope-rárias de Nova Iorque. A partir de então esta data começou a ser comemorada no mundo inteiro como homenagem às mulheres.Em nome dessa força que ganhamos ao longo de todos esses anos, temos a obrigação de nos manter unidas e lu-tando por Qualidade de Vida!Lutando por um Mundo Melhor! Lutando por um País, Estado e Cidade melhor!Lutando por um Morumbi Melhor e Me-nos Violento!

8 de março

É da mulhEr

“pReFiRo ApRoveitAR A

dAtA, este Ano, pARA FAzeR uM

bRinde à nossA iMpoRtânciA

não Para a

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Para a família,

mas umas Para

as outras.”

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Rosa Richter é moradora do Morumbi, Presidente da Associação Cultural e de Cidadania do Panamby, e atua como consultora na área de segurança.

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Floriano Serra é psicólogo, palestrante e autor de vários livros e inúmeros artigos sobre o comportamento humano. Acaba de lançar seu segundo romance “O Mistério do Reencontro”.

Por floriano serra

Fin

al

FE

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“É iMpoRtAnte pARA A MulheR

decidiR se desejA teR uMA longA e

iMpoRtAnte cARReiRA nuMA eMpResA Por

vocação, ou se É

aPenas Para entrar

numa desnecessária

comPetição com

os homens.”

A mulher tem conquistado espaços im-portantes e merecidos na nossa so-ciedade, mas, para muitas, ainda falta vencer alguns obstáculos.O primeiro deles está na própria mu-lher, que precisa resolver este con-flito: é melhor crescer e enfrentar os desafios e dificuldades da vida autô-noma, com liberdade e opinião própria ou é preferível continuar dependente do companheiro, que lhe provê as ne-cessidades materiais que julga impor-tantes? Para muitas, é uma tentação muito grande ficar na zona de conforto. Para outras, é incômoda essa posição porque, se por um lado proporciona re-lativa segurança, por outro tolhe suas iniciativas e a impede de ter um papel mais relevante na sociedade.Outro obstáculo é saber e conseguir harmonizar qualquer das opções aci-ma com o papel de parceira e, se for o caso, de mãe.Assumir a cidadania, incluindo-se aqui a atuação profissional, não implica ne-cessariamente abdicar da maternida-de e dos prazeres da vida a dois. Po-dem torná-las mais trabalhosas, mas não são papéis excludentes.É muito importante para a mulher deci-dir se deseja ter uma longa e importan-te carreira numa empresa – hoje, mui-tas são diretoras e presidentes – por real vocação ou se é apenas para en-trar numa desnecessária competição com os homens. O primeiro caso carac-

teriza um legítimo direito, para o qual tem toda competência. O segundo ca-so estará mais próximo de uma imatu-ridade proveniente de ressentimentos e rebeldias pessoais.A decisão de não ter filhos segue o mesmo raciocínio. Se for uma opção consciente, é também um direito. Mas se for motivada apenas pela crença de que um filho vai atrapalhar sua carrei-ra, estará abrindo mão de uma privi-legiada e transcendente capacidade concedida somente às mulheres. Ser mãe ou ser executiva são maneiras al-ternativas da mulher dignificar igual-mente sua condição. Mas sempre que a maturidade for colocada naqueles termos, deixando que escolhas sejam feitas exclusivamente por razões emo-cionais, a mulher estará se distancian-do da realização plena que tanto busca – tanto quanto os homens. Certamente que a postura e as atitudes do parceiro poderão influir fortemen-te nesses processos. Quando egoísta e preconceituoso, o homem atua como um negativo estimulador da rebeldia e inconformismo da mulher, estabelecen-do, assim, um confronto de radicais.O parceiro, de quem também se espera maturidade, precisa não só conhecer a sensibilidade da alma feminina e intera-gir adequadamente com ela, mas sobre-tudo respeitar as escolhas e os direitos da sua companheira. Ou não se poderá falar de amor nessa relação.

a mulhEr e suas escolhas

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decoraçãoArquiteta, trabalha com iluminação desde 2004. Entre seus projetos de iluminação está o show room da Pial Legrand. por Eliane Queiroz

CONFORTO TÉRMICO: quais os recursos de que dispomos para driblar o frio ou o calor intenso?

O mais básico é o conhecido ventilador. Se ele estiver no piso ou na parede, deve ter grade para evitar acidentes. Se estiver no teto, a distância mínima entre o apa-relho e o forro deve ser de 25 cm para que a captação do ar não fique prejudica-da. Uma boa alternativa, principalmente tratando-se de crianças e outros usuários para quem o ar-condicionado é contraindicado é o ventilador associado a um va-porizador de água. Além de aumentar a sensação de frescor, ele ajuda a hidratar as vias respiratórias. Mas, atenção: não use em bibliotecas!

Os aparelhos de ar-condicionado, ultima-mente objeto de desejo, estão bem mais sofisticados. Os de “janela”, aquelas cai-xas que ficam num buraco no vidro ou mesmo na alvenaria, estão mais silen-ciosos e econômicos. Mas a bola da vez são os que usam um sistema chamado “Split”, que separa o equipamento que esfria o ar (condensador) da parte que distribui o ar (evaporador ou difusor). As vantagens principais são ruído mínimo e

a possibilidade de ter um único conden-sador para diversos evaporadores (bi--split, tri-split, multi-split). Com ele existe a opção de resfriar e aquecer, bem como controle individual de temperatura. Na categoria Split, a última pedida são os In-verters: uma tecnologia que economiza quantidade significativa de energia elé-trica. Deixo aqui uma dica: na hora da compra, lembre-se de considerar a quali-dade da assistência técnica!

DEPOIS DA RODA, ACHO QUE A

MELHOR INVENÇÃO DO HOMEM

É O AR CONDICIONADO!

climatizaçÃo

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decoração

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Agora, existem recursos para não judiar tanto dos pobres aparelhos de ar-con-dicionado. Todo material que demora para mudar de temperatura, ou seja, que não é bom condutor térmico, pode ser usado como isolante em coberturas e paredes: isopor, lã de rocha, cerâmi-ca e até ar. Quanto maior a distância en-tre a laje e o telhado por exemplo, mais fresca será a construção. Se houver ventilação embaixo da construção (pa-

lafitas) e/ou entre a laje e o telhado, o sistema fica ainda mais eficiente. Muitas subcoberturas (mantas alu-minizadas) prometem alterações sig-nificativas de temperatura, mas, em minha experiência, acredito ser uma solução paleativa.Os revestimentos de piso, como carpe-te, porcelanato e madeira fazem bas-tante diferença na busca do frescor ou do aquecimento.

Falando em aquecer, um sistema ultrassofisticado é o aquecimento de piso. Pode ser usado sob vários materiais, como madeira e porcelanato. No banheiro, em lo-calidades muito frias, faz toda a diferença na hora de entrar e sair do chuveiro. Sua instalação deve ser feita por empresa especializada, não é para curiosos.

E o mais antigo de todos os sistemas de controle de temperatura: o fogo! Existem as lareiras à lenha, a gás e elétricas. Cada uma tem especificidades de construção e instalação e também criam sensações diferentes: aconchego, praticidade, sofis-ticação, modernidade... Na arquitetura, o subjetivo é tão importante quanto o obje-tivo, e deve ser considerado nas escolhas.

O ar quente sobe; assim o caminho da exaustão das lareiras pode ser usado para aquecer outros locais distintos do cômodo onde ela se encontra.Considerando este início de ano, se nada disso resolver, faça como alguns ho-téis que, mesmo sem ter trocador de calor na piscina, estão sendo obrigados a jogar gelo na água!

“nA ARquitetuRA,

o subjetivo É tão

iMpoRtAnte quanto

o objetivo, e deve ser

considerado

nas escolhas.”

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do mEu

jeito

da

redaç

ão

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“há dois Anos tive A ideiA de AcoMpAnhAR

uMA AMigA num curso

de bolos decorados com Pasta

americana. eu adorei e

Pensei ‘É isso que gosto!’ ”

Foto

: Agd

a Sar

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nunca É tarde pra FazEr o quE sE gostaSou formada em Psicologia. Exerci minha profissão por alguns anos num consultório aqui no Morumbi, mas por vários motivos não me sentia motivada, muito menos feliz. Aí desisti, fechei o espaço e fiquei um tempo perdida sem saber o que fazer. Queria muito trabalhar em casa, algo pequeno que eu pudesse tocar sozinha e que fosse criativo! Com esse foco busquei alguns cursos artesanais. Sempre gostei de cozinhar, as minhas melhores lembranças da infância possuem cheiros e sabores das coisas gostosas que minha mãe fazia e da sua risada solta, sempre de bom humor. Então há dois anos tive a ideia de acompanhar uma amiga num curso de bolos decorados com pasta americana. Eu adorei e pensei ‘é isso que gosto!’ A princípio meus primeiros clientes foram meus amigos, e aos poucos isso foi crescendo. Como não tinha formação, fui buscar mais conhecimentos sobre as diversas técnicas e receitas e, com o pas-sar do tempo criei até um blog, o Cake & Sugar, onde posso mostrar meu trabalho! Com estudo e muito treino evolui no meu trabalho, sei que ainda tenho muito que aprender, mas que agora estou no caminho certo. O conhecimento deve fazer parte de toda a profissão. Escolhi mostrar a copa da minha casa, porque é aqui que faço as decorações dos bolos e cupcakes, gosto da lu-minosidade do lugar, o contato com a natureza me traz tranquilidade para trabalhar e quebra a rotina pesada da cozinha; às vezes tenho a sensação que estou fora de São Paulo. Pra mim, hoje é um privilegio trabalhar num ambiente calmo e tranquilo assim.

Nívea Barreto é psicóloga por formação, cake designer por paixão, e moradora do Morumbi.

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Faça você mesmo

Em lascas ou postas generosas, o bacalhau reina absoluto nos pratos que vão do fogão à mesa

no tradicional almoço de Páscoa. Bacalhoadas, bolinhos, suflês, saladas, risotos e tortas são

algumas das versões mais consumidas na data, mas para aumentar suas opções, nesta

edição Dolce apresenta com exclusividade o ‘Bacalhau do Bendito’, aquele servido aos

domingos no Bendito Bar, aqui no Morumbi. Criado pelo Chef Gree, ele faz o maior

sucesso entre os frequentadores do local e agora fará também aí, na sua casa.

bacalhau do bendito

Ingredientes 250 gr de bacalhau 3 batatas médias 100 gr de brócolis brasileiro 3 ovos cozidos 50 gr de azeitonas pretas 1 cebola média 100 ml de azeite

150 gr de tomate picado e sem sementes 100 ml de leite 2 dentes de alho 100 ml de vinho branco Folhas de louro Salsa

Dessalgue o bacalhau em água fria, um pouco de leite e uma folha de louro de um dia para o outro, de preferência na geladeira. Troque a água três vezes até o preparo. Coloque o bacalhau para cozinhar com 100 ml de leite até que ele fique branquinho. Numa frigideira, aqueça o azeite, coloque os dois dentes de alho e o bacalhau até que doure. Acrescente os tomates picados, as azeitonas pretas, um pouco de salsa e folhas de louro a gosto. Quando o azeite soltar um leve perfume, coloque o vinho branco. Num refratário, acomode uniformemente os brócolis, as batatas e os ovos (já cozidos e cortados em rodelas), e o bacalhau. Regue tudo com o molho que ficou na frigideira.

Sugestão do chefe: sirva com um bom vinho branco.

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Serviço:BENDITO BARRua Dr. Fonseca Brasil, 289Tel.: 3749-1066

Foto: Agda Sarain

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da

redaç

ão

Preparados com ovas e enguias, por exemplo, os pratos que levam esses e outros ingredientes fazem sucesso no Japão e conquistam cada vez mais adeptos no Brasil.

Neste roteiro especial de pratos exóticos da culinária japonesa, selecionamos algumas das iguarias servidas em restaurantes aqui do Morumbi. Vale a pena provar!

alÉm do

O restaurante Sushi Naoto nos apresentou o Nabeaki Udon, que leva no preparo udon (massa de peixe agitaki), legumes, ovos e frango forrado com repolho.Sushi Naoto – Rua germano Ulbrich, 17 – Tel.: 3742-2513

roteirogastronÔmico

sashimi

sushi na

oto

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No Aoyama o destaque fica por conta do Djô de enguia (foto acima), preparado com salmão e enguia, espécie de peixe-cobra decorado com cebolinha.Aoyama – Rua Dr. Fonseca Brasil, 108 – Tel.: 2364-2087

aoya

ma

O By Koji sugeriu os pratos lagostin Gratan (foto abaixo), uma lagosta gratinada; e o on sen tamagô (foto ao lado), que é feito com ovo cozido em

temperatura amena com ikura (ovas de salmão) e molho ponzo.By Koji – Estádio do Morumbi – Portão 4 – Tel.: 3624-7710

by koji

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O Hideo apresenta um prato que se compara ao caviar. O nagui é uma espécie de sushi com arroz, alga e a exótica enguia.

Hideo Robata Bar e Temakeria – Rua Dep. João Sussumu Hirata, 455 – Tel.: 4508-3257

No Kemp Sushi a sugestão do chef é o Djô com lichia (foto abaixo). Como o nome diz, ele leva a fruta, salmão, cream cheese, raspas de limão, calda de maracujá e gergelim.Kemp Sushi – Rua Prof. José Horácio Meireles Teixeira, 1.090 – Tel.: 3501-2720

hideo

kemp

sushi

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lugarinEsquEcívEl

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Foto

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áfrica do sul Escrevo este artigo com o coração palpi-tando, ainda sob o efeito de fortes emo-ções e deslumbramento por um país que, não faz muito tempo, estava sob os holofotes da segregação, de prisões in-justas e muita desigualdade social e econômica. A África do Sul foi abençoa-da por belezas naturais estonteantes, cidades e vilarejos de uma organização impressionante e um banho de gentile-za e preparo para receber os turistas. Confesso que 20 dias de viagem não fo-ram suficientes e pela primeira vez na vida, meu marido, nossos filhos e eu não queríamos voltar para casa!São Paulo/Johannesburg/Hoedspruit foi nosso primeiro trecho. Do pequeno ae-roporto são mais 40 minutos de carro até a reserva do Thornybush Game Lod-ge. No dia em que chegamos decidi des-cansar e, quando acordei, meu lodge, quase totalmente envidraçado, estava cercado de inúmeros baboons fazendo uma farra completa bem na minha fren-te! Dias depois, vimos de perto os ‘big five’ e mais uma série de outros ani-mais, incluindo um raríssimo rinoceron-te preto. Cape Town também não faz feio. Cidade incrível com praias e monta-nhas por todos os lados, vinícolas de ex-celente qualidade no coração da cidade e uma praia só para pinguins.Depois de cinco dias de passeios, janta-res em restaurantes deliciosos e pores--do-sol de cair o queixo, partimos para a nossa próxima parada: Hermanus. De-bruçada sobre o Oceano índico, a cidade é famosa por ser um excelente ponto para a observação de baleias. Também foi lá que meu marido e meus filhos co-rajosos mergulharam numa gaiola junto com tubarões brancos. Nesta aventura “miei” e preferi explorar melhor o vilare-

jo, que por sinal era um charme! Dia se-guinte, malas no carro e partiu Knysna. O balneário exclusivo e cheio de casas e restaurantes bacanas, também é ponto estratégico para várias aventuras. Um dia conhecemos uma floresta de cima pra baixo, fazendo arborismo no parque natural de Tsitkama, alimentamos e an-damos no lombo dos elefantes, entra-mos na água morninha e tranquila do ín-dico, na praia de Plettenberg Bay, mais uma vez comemos bem e só não nos jo-gamos do maior bungee jumping do mundo porque faltou coragem.Próxima parada: Oudtshoorn. Em um dia conhecemos toda a história da cidade que gira em torno da criação de aves-truz, mas que também é famosa pela “Cango Caves”, caverna descoberta no século 18 e preparada de forma sublime para receber turistas sem danificar o seu patrimônio. Última parada: Stellen-bosch. Dois dias livres para os filhos e muita degustação de vinhos para os pais. Cidadezinha linda e charmosa a apenas 30 minutos de Cape Town. Stel-le, como é conhecida, foi a cidade predi-leta da minha filha, não à toa, pois a vili-nha é bastante jovem e fervilhante. Para meu marido e eu, entretanto, o que mais impressionou foi a qualidade e a beleza das vinícolas, preparadíssimas para re-ceber turistas, muitas com restauran-tes renomados e vistas de tirar o fôlego! Nos despedimos deste país com o cora-ção apertado e a bagagem repleta de imagens e aprendizado incríveis. Os sul--africanos aprenderam a valorizar e a vender o que eles têm de melhor: natu-reza, simpatia e paixão pelo país. Obri-gada África do Sul por ter nos proporcio-nado grandes momentos e a melhor viagem de nossas vidas!

dEstino:

Denize Costa Pinto é moradora do Morumbi.

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descobri no morumbi

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No finalzinho de 2013 o Morumbi ga-nhou uma mercearia especializada em produtos asiáticos e, como bons aman-tes dos sabores orientais, lá fomos nós conhecer a novidade. Com opções bem diversificadas de alimentos nacionais e importados, a ‘Must Be...’ fica dentro do posto Shell da Dr. Guilherme Dumont Villares e traz grande variedade de pro-dutos chineses, coreanos, japoneses e tailandeses. Nos corredores, encontra-mos macarrões instantâneos com tem-peros diversos, chás, bebidas, cerve-jas, massas, farinhas, molhos, temperos específicos, conservas, al-

gas marinhas, pães, sembeis (biscoiti-nhos), doces, balas, sorvetes, salgadi-nhos, congelados, carnes, obentôs (marmitas japonesas), sushis, utilida-des para a casa e presentes. Ou seja, foi impossível entrar e sair de mão aba-nando. A cada dois meses eles também oferecem degustações e cursos gratui-tos, e é possível encomendar sushis, yakisobas e guiozas para almoços e festas. É só ligar e falar com a simpática dona Glória, que sempre dá aquela mãozinha na tradução das embalagens e todas as orientações na hora de esco-lher o que levar pra casa.

Um pedacinho da libErdadE no morumbi

Must Be... – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 431 (dentro do Posto Shell) – Tel.: 3892-8380

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do bem

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Por um morumbi

mais intEgrado

Fundada em 1982, a AMIS – Associação Morumbi de Integração Social – foi criada pela Igreja Batista do Morumbi como um braço de atuação social para atender duas comunidades carentes: Favela do Puma e Morro da Lua. Localizada na região da Vila Andrade e na confluência de enorme diversidade socioeconômica, a associação trabalha pela construção de uma sociedade mais justa através de serviço colaborativo, e está engajada em ações que vão desde a luta pela qualidade de vida à transformação dos desfavorecidos. Em entrevista à Dolce, a gestora do local, Ester Leão, contou um pouco mais sobre o bonito trabalho.

Quantas crianças/adolescentes são atendidos pelos projetos?Atualmente são atendidas 748 crianças de quatro a 16 anos.

Quais atividades são desenvolvidas no local?Temos muitas! Pra você ter ideia, só em 2013, atendemos 3.026 pessoas. Entre eles estão:

• Projeto Semear: Socioeducativo com alimentação que atende 250 crianças de quatro a 16 anos;

• Projeto Vida em Movimento (balé clássico): atende 226 crianças de quatro a 16 anos;

• Projeto Defesa do Bem (judô): atende 150 crianças de sete a 16 anos;

• Projeto Aliança: acompanhamento de meninas adolescentes;

• Projeto Coletivo Coca-Cola: parceria que capacita jovens para o primeiro emprego;

• Geração de Renda: cabeleireiro, manicure e artesanato;

• Inclusão Digital e Projeto Vida nas Letras: alfabetização;

• NUPS: Núcleo de Psicologia Social que atende, crianças, adolescentes e famílias.

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Pontos de distribuiçÃoChocolates ArianeRua José Jannarelli, 171

Hortifruti do Campo – Shopping PortalAv. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1269

Lo Studio Rua José Ramon Urtiza, 1220

Neo Studio Rua José Ramon Urtiza, 522

Padaria CasablancaAv. Giovanni Gronchi, 5120Padaria Letícia Arte e TalentoAv. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1200

Padaria Maria do CéuRua Dr. Luiz Migliano, 315

Padaria Sabor das Massas – PanambyRua Dep. João Sussumu Hirata, 495

Padaria Sabor das Massas – PortalRua Prof. José Horácio M. Teixeira, 893

Premiere Vídeo – Jd. guedalaRua Regente Leon Kaniefsky, 501Premiere Vídeo – PortalRua Marechal H. de Moura, 233

Shopping Open Center PortalAv. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1210Shopping Panamby Open MallRua José Ramon Urtiza, 975

Papelaria HM MorumbiAv. Giovanni Gronchi, 5190

M O R U M B I

Como as pessoas podem ajudar?Todo e qualquer apoio é bem-vindo, inclusive doações de roupas novas e seminovas, acessórios e sapatos para os nossos bazares. No início nossos bazares eram discretos, mas hoje já fazem parte do nosso calendário e muitos lojistas ajudam. Dois que são mais disputados pela população são o Bazar do Dia das Mães, feito na primeira semana de maio, e o Bazar de Natal AMIS, realizado na primeira semana de dezembro nas salas da Igreja Batista do Morumbi. Temos também dois jantares beneficentes por ano que são doados pelo restaurante “Era uma vez um Chalezinho”. Então é de toda essa renda que compomos nosso cai-xa, que é totalmente voltado para o sustento dos nossos projetos.

Ajude també[email protected] / www.aamis.com.br Facebook: amis.morumbi

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A unidade Morumbi do Colégio Pentágono comemora os excelentes resultados al-cançados por seus alunos no vestibu-lar 2014! No total, o colégio atingiu 91% de aprovação total, sendo 94% de apro-vação em universidades particulares e 36% de aprovação em universidades pú-blicas. “O bom desempenho nas provas foi alcançado devido ao grande compro-misso de cada um na dedicação aos es-tudos e na participação das atividades promovidas pela escola, como o apoio

direcionado ao vestibular, que conta com módulos de aprofundamento e re-visão em todas as disciplinas, simula-dos, oficinas de redação e de análise literária”, explica Ana Sigaud, responsá-vel pela comunicação do colégio. E para o ano de 2014, o Pentágono traz novi-dades: Bridges para o 6° e 7° ano – in-glês como o Learn & Play para o Ensino Fundamental II; e aulas de robótica para alunos do 6° ano em diante. Parabéns aos professores e alunos!

pEntágono

Errata

em festa!

O endereço correto da Clínica Inspirato é Rua Jandiatuba, 630 Bloco B Cj 233/234 e não Jandaiatuba conforme foi publicado no Anuário Dolce Morumbi 2014.

destaque

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singular

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Vânia Valdo é uma cidadã do mundo Morumbi.

Foto

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uivo

pes

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Do Morumbi para o mundoA arte entrou na vida da dentista Vânia Valdo de um jeito muito particular. Formada há mais de 30 anos, foi o amor que sentia pelo pai que a fez descobrir um forte sentimento pelo tema. Para estar ao lado dele, todas as sextas-feiras pela manhã ela o acompanha-va em suas aulas de pintura. “Comecei a pintar por brincadeira, mas os quadros me leva-vam a descobrir um novo universo. Cada um era um pedaço de mim”. A ideia de procurar uma curadora veio dos elogios e do incentivo de uma amiga pintora que numa visita in-formal lhe entregou um telefone. ‘Fiquei uns dois meses com o número, mas sem ligar’, relembra. O empurrãozinho deu certo! Depois de enviar algumas imagens por e-mail para a curadora Carmem Pousada, veio a surpresa. “Ela disse que queria ver os quadros pessoalmente e logo no nosso primeiro encontro me ofereceu uma oportunidade única: uma exposição no Carrousel do Louvre, na França”. A aprovação das obras chegou uma semana depois, assinada pelo presidente do país e pela Société Nationale des Beaux Arts, e a exposição foi em dezembro. Soma-se a ela, uma exposição feita em outubro no Leste Europeu e uma vernissage no Café Journal, aqui em São Paulo, com o tema “Folia no Pé e Bola na Rede”, sobre Carnaval e futebol. Sobre seu futuro na arte, Vânia está po-sitiva. “Tenho outras duas exposições agendadas, uma em San Benetto Del Tronto, na Itália; e outra em maio e junho, que rodará o mundo e passará por São Paulo (capital e interior) e Rio de Janeiro durante a Copa. Depois, irá para NY e Miami. Meus próximos pla-nos são aprimorar meus quadros e pintar muito, mas sem deixar a ortodontia e meus pacientes, que eu amo tanto.” Que venha ainda mais sucesso, Vânia!

“coMecei A pintAR poR bRincAdeiRA,

mas os quadros me levavam a descobrir

um novo universo. cada um era um Pedaço de mim”.

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