Dolce Morumbi 44

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Mulheres Conscientes O que passa pela cabeça (e pela bolsa) das mulheres que praticam o consumo consciente. EDIÇÃO 44 MARÇO 2008 ANO 8 EDIÇÃO 44 MARÇO 2008 Cristina Canto 100 ANOS DE IMIGRAÇÃO JAPONESA: UMA HISTÓRIA NO MORUMBI

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Mulheres Conscientes

Transcript of Dolce Morumbi 44

MulheresConscientes O que passa pela cabeça

(e pela bolsa) das mulheres que praticam o consumo consciente.

EDIÇ

ÃO 4

4

MAR

ÇO

2008

ANO 8 EDIÇÃO 44 MARÇO 2008

Cristina Canto

100 A N O S D E I M I G R AÇ ÃO J A P O N E S A : U M A H I S TÓ R I A N O M O R U M B I

camargo correa

camargo correa

camargo correa

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GENTE DE VERDADE

A revista Dolce tem uma forte essência feminina. Não foi nada premeditado, mas quando nos demos conta, percebemos que formamos um grupo com características muito particulares, já que aqui somos quase todas mulheres, a maior parte mães, ou seja, corremos muito para dar conta de tudo o que Deus nos deu para cuidar: nossa família, nossa casa, nosso trabalho, nossa vida, nossos amigos, nossos sonhos e ideais. A temática feminina não passaria despercebida no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. Nesta edição fazemos uma leitura da relação mulher x consumo, relação essa permeada pela ampla naturalidade com que as mulheres transitam pelo orçamento doméstico, determinando seu destino. Em um mundo em que os excessos de toda ordem começam a ser condenados, buscamos inspiração em três moradoras do Morumbi que já exploram o caminho de conciliar consumo e consciência.

Demos à luz, também, a primeira confraria feminina que temos conhecimento no bairro. A “Em Confraria” realizou dois encontros com absoluto sucesso, reunindo mais de 50 mulheres em um agradável encontro, pautado pelo compromisso único da descontração – que todas nós temos precisado, e muito. O registro dos nossos primeiros encontros também estão nas páginas desta edição.

E apesar de todas as homenagens que elas merecem, cabe também um caloroso e sincero agradecimento a todos os homens “de verdade” que encontramos em nosso caminho. Porque reforça nossa fé na vida quando lidamos com“seres de Marte” atenciosos, divertidos, justos e com habilidade pra dizer mais sim do que não. Em toda a minha vida tive a sorte de encontrar vários deles, e todos esses homens de verdade curiosamente sempre revelaram um mesmo “DNA emocional”. Podiam não falar tudo o que eu queria que dissessem, mas sempre diziam o que eu precisava ouvir. Às vezes fi cavam alterados, mas jamais foram “baixos”. Algumas vezes eram quietos (talvez até omissos), mas nunca covardes. Muitas vezes foram meus adversários, mas nunca meus inimigos. E, principalmente, me fi zeram ver que uma certa disputa entre homens e mulheres pode até existir na espécie, mas é o indivíduo quem faz a diferença.

Vocês, caros leitores, colunistas, equipe, colaboradores, anunciantes, parceiros, amigos, homens de verdade que habitam o universo Dolce, serão sempre muito bem-vindos.

Até porque nós, de Vênus, sempre vamos adorar tê-los por perto.

Que as diferenças sejam, simplesmente, o modo de se chegar à completude.

Denise Gonç[email protected]

DIRETORIA Denise Gonçalves e Vania Ferreira

PUBLISHER Denise Gonçalves – [email protected]

DIREÇÃO DE ARTE Vania Ferreira – [email protected]

REDAÇÃO Francilene Oliveira – Mtb [email protected]

PRODUÇÃO Roseli Gonç[email protected]

ARTE Alessandra Meira – [email protected]

CAPA JAF

ATENDIMENTO Paula [email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIALAlice Cristina Gonç[email protected]

DEPARTAMENTO FINANCEIROMárcia Maria Gonçalves – [email protected]

ASSESSORIA JURÍDICA João de Paulo Neto – [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVEL Jorge Fernando Jordão – Mtb 25.370

COLABORARAM NESTA EDIÇÃOClaudia Castellan, Floriano Serra, JAF (fotos, exceto as indicadas), Lívio Giosa, Paulo Roberto Amaral, Renato Corrêa, Rosa Richter, Roseli Gonçalves (revisão), Silvia Utsch e Thais Narkevitz

IMPRESSÃO CLY

DISTRIBUIÇÃO Gratuita via courier para maili ng VIP

TRÁFEGO Ronaldo Ferreira

REPRESENTANTES COMERCIAISAna Paula Freitas, Carla S. Araujo e Fátima Lopes

TIRAGEM: 15 mil exemplares

REVISTA DOLCE MORUMBI é uma publicação da Supernova Editora Ltda. A editora não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Ninguém pode retirar produtos nem quaisquer outros materiais em nome desta publicação sem autorização expressa, por escrito, em papel timbrado, da diretoria da Supernova.

D O LC E M O R U M B I E D 44 M A R ÇO 2008

CARTAS PARA A REDAÇÃOAv. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2309 BCEP 05640-004 – São Paulo – SP

[email protected]: (11) 3743-1556 / 3464-6600 - Fax: (11) 3464-6612

DOLCE APÓIA:

www.reciclamorumbi.com.br www.escoladopovo.org

editorial

12 CAPA Ser chique é ser consciente 22 AGENDA

24 DE 1 A 10 Mestre DeRose 26 TEST DRIVE Compacto Coreano, por Renato Corrêa

28 BEM-CASADO Lascas de parmesão com mel silvestre & Vinho pinot grigio 30 LAR DOLCE LAR A casa do futuro chegou, por Silvia Utsch

32 MODA Noivas na moda, o que é atual?, por Claudia Castellan

34 ESPECIAL Uma história japonesa em 100 anos

40 VIDA PROFISSIONAL Seja feliz no trabalho, por Lívio Giosa

42 O MELHOR DO MORUMBI

44 EM FOCO

48 CIDADANIA Cada povo tem o governo que merece, por Rosa Richter

50 PENSATA Uma subprefeitura para o Morumbi, por Paulo Amaral

52 COMUNIDADE Projeto Integração Real

53 ESPECIAL EDUCAÇÃO

55 DESTAQUES

66 FINAL FELIZ De bem com o bem-estar, por Floriano Serra

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sumário

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gente capa

A filosofia de vida estampada no hall de entrada do apartamento de Cristina Canto (foto ao lado) reflete suas ações no dia-a-dia. Há dois anos na casa nova, ainda não terminou de montá-la, pois procura fazê-lo da forma menos agressiva ao meio ambiente. Procura utilizar madeira certificada ou de demolição; não há produtos revestidos com couro natural. Também preferiu ficar sem ar-condicionado e não utiliza cortinas para aproveitar a luz natural.

Cristina é gerente de projetos na área de Tecnologia da Informação. Há al-guns anos sentiu necessidade de contribuir com o planeta, e com a ajuda de amigos, que se reúnem para discutir temas relacionados à filosofia e ao meio ambiente, deu um grande passo. A reciclagem foi tema de uma das reuniões, e a partir daí resolveu implantá-la em sua casa.

Antes mesmo de iniciar com a reciclagem, Cristina resolveu parar de co-mer carne vermelha, pois defende que o desmatamento provocado para a criação de pastos contribui para o aquecimento global, além da forma cruel com que os animais são tratados até chegarem à nossa mesa. Con-some pouca carne de frango e ovos, mas quando necessário só compra da marca Korin, que tem sua base na agricultura natural, sem a utilização de hormô-nios. Legumes e verduras orgânicos chegam à sua cozi-nha a cada 15 dias, adquiridos de uma distribuidora. Ela evita os supermercados por serem mais caros e para priorizar o trabalho do produtor rural evitando maior quantidade de intermediários, alem da fa-cilidade da entrega.

Cristina Canto preocupa-se com a influência do consumo

no futuro do planeta

No mês das mulheres e

do consumidor, Dolce foi

em busca daquelas que

pensam bem à frente,

nas gerações futuras,

e praticam o consumo

consciente. Elas, que

geralmente batem o

martelo na hora das

compras, fazem toda a

diferença num mundo que

necessita cada vez mais de

ações sustentáveis.

Ser chique é serconSciente

por Francilene Oliveira fotoS Jaf

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Parede do hall de entrada da casa de Cristina Canto

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gente capa

maria Júlia vai às compras usando sua ecobag

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No dia-a-dia, Cristina procura escolher receitas que utilizem os produtos da estação – melhores e mais baratos. O consumo consciente envolve plane-jamento. Com base nos produtos da cesta, decide o que vai fazer durante a semana para variar a alimentação e ela-borar combinações com os legumes. Para ajudar e agilizar esta seleção, utiliza os sites Cybercook e Panelinha. Ela en-tra com os ingredientes no site e – voilá – tem uma lista de opções. Além de va-riar o cardápio, a família ainda agrade-ce. Também acha importante não des-perdiçar. Sempre olha a geladeira para verificar os produtos que precisam ser consumidos mais rapidamente, separa as receitas e as prepara. Se sobrar, a co-mida vira mexido, risoto e bolinho.

Ainda no aspecto de planejamento, procura fazer as compras pela internet, pois, além de ser rápido e prático, ajuda a comprar apenas o necessário. Com uma lista de base em mãos, adiciona os produtos no carrinho, seleciona as ofertas, vai à despensa ver o que está faltando, só então faz uma revisão no carrinho e “deleta” tudo o que for consi-derado mais caro e supérfluo. Na com-pra pela internet, tem mais calma para selecionar o que realmente precisa e evita qualquer constrangimento de de-volução. Como trabalha muito, otimiza o seu tempo e garante equilíbrio com as outras atividades do dia.

Na escolha dos produtos, Cristina dá preferência aos que têm selo, como o Dolphin Safe, no caso do atum, que ga-rante que a pesca não envolveu riscos

“Quero envolver toda a minha família neste processo de conscientização através de minhas atitudes.” (Maria Júlia)

Pirataria custa caro

As atitudes para ser um consumidor consciente vão além quando se fala em pirataria, pois a compra destes produtos, que são desde CD, DVD, brinquedos, equipamentos de informática, bebidas, combustíveis, óculos de sol e até medicamentos, incentivam o contrabando, a violência, o crime organizado, a corrupção e o comércio ilegal. Segundo o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), se todos deixassem de comprar produtos piratas sobrariam para o país mais de r$ 100 bilhões em impostos por ano. Somente 10% desse valor seria suficiente para custear boa parte do programa de Erradicação do trabalho Infantil.

Uma maneira eficiente de coibir o comércio ilegal é pedir nota fiscal ao efetuar compras ou contratar serviços. para combater a pirataria, o governo de São paulo criou em outubro do ano passado o projeto “Nota fiscal paulista” onde 30% do valor do ICMS recolhido pelo estabelecimento comercial serão devolvidos ao consumidor. Não é necessário se cadastrar no programa para gerar créditos. Basta informar o seu Cpf ou CNpJ no ato da compra. para consultar os seus créditos o consumidor deverá gerar uma senha na página www.nfp.fazenda.sp.gov.br.

aos golfinhos. Uma pesquisa feita pelo CEATS (Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Se-tor), ligada à FEA (Faculdade de Econo-mia e Administração da USP), revelou que os selos dos produtos ainda cau-sam pouco impacto nas compras dos consumidores brasileiros, e quem deci-de mesmo é o preço.

Sempre que pode, Cristina procura andar a pé, principalmente dentro do condomínio onde mora. Devido à topografia, o Morumbi é um bair-ro em que a locomoção sem carro é difícil, mas dá para tomar atitudes como priorizar os modelos do tipo flex fuel, abastecer com álcool, calibrar os pneus e verificar os filtros de óleo e de ar. Essas medidas ajudam a economi-

zar combustível e a despejar menos gás carbônico na atmosfera.

consumidoras conscientes

No começo da década de 1990, quando Maria Júlia d’Almeida morava em Per-dizes, uma vizinha de seu prédio, que acabara de chegar de Portugal, sempre levava uma cesta de palha ou uma bol-sa para o supermercado. Começou a perceber que ela nunca voltava cheia de sacolas de plástico e ficava evidente que tinha uma preocupação diferente, enxergando além do momento. Este fato a marcou profundamente. Hoje Maria Júlia tem várias ecobags, que sempre leva ao supermercado na hora das compras, deixando as sacolas plás-ticas de lado.

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Professora de Ciências, Maria Júlia tra-balha com seus alunos questões rela-cionadas ao meio ambiente, problemas com a água e com o consumo exage-rado. Como educadora acompanhou a

despoluição do rio Pinhei-ros e em 2000 pediu que seus alunos selecionassem todas as embalagens que tivessem em casa e que normalmente jogariam

fora. Assustaram-se com a quantidade de lixo gerado. Depois de sete anos morando no Morumbi, em 2003, seu prédio, o Forest Hills, passou a fazer co-leta seletiva do lixo, e ela foi uma gran-de defensora da idéia.

Nas compras nos supermercados sem-pre presta muita atenção na quantidade

de embalagens e se vigia para comprar apenas o necessário. “Eu preciso dis-so?”, pergunta-se, pois muitas vezes as pessoas acabam comprando produtos para a satisfação de um momento, mas ao chegar em casa não usam. É preciso haver critérios na hora da compra, pois os produtos ofertados, ao serem produ-zidos, gastam recursos da natureza.

Hoje Maria Júlia ajuda a coordenar o projeto Recicla Morumbi, que já envol-ve 32 condomínios e estabelecimentos comerciais da região com a reciclagem. Além disso, estão em processo de for-mação de uma cooperativa de catado-res de lixo em Paraisópolis. Ela se sente gratificada por estar fazendo algo pelo planeta, assim como Karin Ingrid Rettl.

Durante muito tempo, Karin trabalhou

“O consumidor tem uma imensa responsabilidade com o futuro das gerações.”(Karin)

Karin ingrid rettl na loja identidades, no shopping Jardim Sul. Todos os produtos comercializados são feitos com responsabilidade social

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gente capa

Atitudes recomendAdAs pArA o consumo consciente• Compre eletrodomésticos mais eficientes; com o selo do Procel (nas marcas nacionais) ou Energy Star (nos importados)

• Feche a torneira ao escovar os dentes e o chuveiro quando for se ensaboar

• Não use o vaso sanitário como lixo; procure as caixas com descargas que gerem consumo de água abaixo de seis litros

• Elimine vazamentos em sua casa

• Recuse embalagens desnecessárias

• Use a frente e o verso do papel

• Leve as baterias e pilhas usadas aos postos de coleta

• Não desperdice alimentos

• Separe o lixo para reciclagem

• Reduza o tempo do banho

• Deixe o carro em casa uma vez por semana

• Prefira comprar produtos de empresas amigas da criança

• Prefira consumir produtos locais da estação

• Troque as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, elas economizam até um terço de energia elétrica

sites de produtos orgânicos:

www.korin.com.br

www.caminhosdaroca.com.br

www.aboaterra.com.br

pArA mAis informAções sobre consumo conscientewww.akatu.net

novidAdes sobre consumo consciente: moda • A Levi’s está trabalhando com o jeans orgânico em suas peças. O algodão uti-lizado na confecção do tecido é 100% natural, e o plantio acontece em solo sem conta-minação por uso de agrotóxicos.

• A Góoc é a primeira empresa brasileira a fabricar calçados com sola de borracha reciclada de pneus e confeccionar roupas, acessó-rios e sapatos com materiais reciclados. Nos últimos três anos já reciclaram mais de um milhão e duzentos mil pneus, que demorariam mais de 700 anos no processo de decomposi-ção. (www.gooc.com.br)

• A loja Identidades, vinculada à ONG ICE (Instituto de Cidadania Empresarial), no Shop-ping Jardim Sul, trabalha com artesanato, bijuterias de sementes, colares de crochê em fio de arame e feitos com caixas de ovos, peças de sucata, esculturas etc. Todas as peças são provenientes de projetos sociais e produção de artesãos. Um lugar superlindo! Tel.: 3501-6196. (www.ice.org.br)

• A ecobag do Pão de Açucar, usada para evitar o uso das sacolas de plástico, tem um belo design e custa apenas R$ 3.

beleza • A Fundação O Boticário trabalha com projetos de proteção à nature-za. As ações são efetivas em áreas prioritárias para a conservação a começar pela Floresta Atlântica, com a Reserva Natural Salto Morato, localizada em Guaraque-çaba (PR), considerada Patrimônio Natural da Humanidade em 1999, pela Unesco. Tels.: O Boticário Shopping Jardim Sul 3742-0975 * Carrefour Giovanni 3742-1127 * Extra João Dias 5851-7908 * Centro Empresarial 3741-4526.(www.fbpn.org.br)

• Pensando no desenvolvimento sustentável, a Natura, desde 2007, está com uma campa-nha para neutralizar todas as emissões de gases de efeito estufa ocorridas em seus proces-

sos de atividades. (www.natura.net ou procure uma consultora.)

Alimentação • Todos os produtos que possuem substâncias transgênicas em sua composição agora têm que vir com o selo, um triângulo amarelo tendo

ao centro a letra “T”, indicativa da palavra “transgênico”.

em empresas e há cinco anos, quan-do tinha 42, resolveu mudar comple-tamente de vida e trabalhar em uma ONG orientada para as causas socio-ambientais. Ela acredita que a escolha dos produtos pode incentivar ou não processos de desenvolvimento susten-tado. Por exemplo, se você compra um produto de uma empresa que está en-volvida com trabalho infantil, você esta-rá incentivando esta prática e torna-se responsável por ela, por isso os consu-midores têm papel importante quando decidem o que levar para casa e pre-cisam estar organizados para garantir não apenas seus direitos mas também os das futuras gerações.

Atualmente fazendo MBA na USP sobre Gestão e Empreendedorismo Social, Karin trabalha em comunidades qui-

lombolas visando o desenvolvimento sustentável. Fã de produtos da terra, valoriza tudo o que é produzido utili-zando nossos próprios recursos sem prejudicar o meio ambiente.

Os exemplos ilustram uma preocu-pação atual que vem sendo reforça-da desde a Eco 92 e, mais recente-mente, com o documentário de Al Gore “Uma verdade inconveniente”. Em maior ou menor grau, as pessoas começaram a se preocupar e a tomar atitudes mais conscientes. É como diz a velha história do menino que jogava as estrelas de volta ao mar. Quando alguém chegou e falou que ele nunca conseguiria jogar todas as estrelas de volta ele pegou uma, apontou e disse: “Pelo menos para esta estou fazendo a diferença”.

Sempre em busca da excelência em seus projetos, a Queiroz Galvão oferece dois grandes empreendi-mentos no Panamby, o Wish e o Notabile, que vão ao encontro das suas necessidades e desejos. Atuando sempre nas melhores loca-lizações, a construtora atinge os pú-blicos mais diversificados oferecendo apartamentos que variam de 129 m² até 685 m², além de oferecer um ser-viço personalizado, o Personal Touch, em que uma equipe capacitada au-xilia os clientes a darem seu toque pessoal nos apartamentos escolhen-do o material de acabamento, a me-lhor localização dos pontos elétricos, além da opção de planta que atenda às necessidades do futuro morador.

Wish, satisfação em todos os sentidosO Wish é um empreendimento à altura de todos os desejos. Em estilo moderno, foi projetado por Candusso & Associados, que apro-veitou as características do terre-no para criar ambientes com uma vista permanente e privilegiada da região. Bem localizado, fica a pou-cos minutos do Parque Burle Marx, dos colégios Porto Seguro e Pio XII, hipermercado Extra, shoppings Morumbi, Market Place e D&D e sofisticados restaurantes, uma completa rede de infra-estrutura de comércio e serviços.O Wish oferece segurança moni-torada 24h e sensor de presença

Do clássico ao moderno,

a sofisticação e beleza

dos empreendimentos da

Queiroz Galvão causam

admiração. A preocupação

constante com os detalhes

faz toda a diferença nos

ambientes espaçosos e

confortáveis.

publieditorial

Transformando sonhos em realidade

iluStraÇÃo artÍStiCa da FaCHada do

Notabile

iluStraÇÃo artÍStiCa da Sala de JaNtar do Notabile

iluStraÇÃo artÍStiCa da Sala de eStar do Notabile iluStraÇÃo artÍStiCa do terraÇo GourMet do Notabile

para acendimento automático de lâmpadas. O projeto do empreen-dimento possibilita posterior ins-talação de sistema de reutilização de águas pluviais e coleta seletiva de lixo, gerando mais economia e qualidade de vida.No interior do apartamento, o con-forto é destaque nos espaços bem dimensionados com uma distri-buição prática e funcional. O Open Living, um conceito inovador, pos-sibilita a adequação dos ambien-tes aos desejos dos moradores. O living e o terraço são integrados. O terraço gourmet convida o “grand chef” que existe em você a testar seus conhecimentos gastronômi-cos. Para as horas de lazer, o Wish não poupou as opções:• Wish Club • Piscina com borda in-finita • Piscina coberta climatizada com raia de 20 m • Fitness com pé-direito duplo e sala de spinning no mezanino • Quadra de tênis • Loun-ge e salão de festas com terraço e pé-direito duplo • Salão de festas infantil • Kid’s place • Playground.

notabile, clássicoEm estilo neoclássico, o Notabile traduz toda a beleza e equilíbrio de uma época. As características simé-tricas e sofisticadas, elaboradas pelo escritório de arquitetura de Marcio Curi e Azevedo Antunes, causam admiração e deslumbre diante da imponência de sua fachada.Localizado dentro do Villa Monte-verde, um verdadeiro bairro dentro do Panamby, o Notabile conta com infra-estrutura e cerca de 9.300 m² de área livre e de lazer. A segurança e tranqüilidade vêm em dobro por-que além da portaria do Villa Mon-teverde, o Notabile possui o próprio sistema de segurança.A decoração de Sandra Pini Arqui-tetura & Interiores trabalha com conforto e uma boa dose de re-quinte, com soluções elegantes, como móveis em madeira escura, aço e vidro, estofados em tecidos claros e com toque macio.Um dos diferenciais do empreendi-mento é o living balcony, integração perfeita entre a sala e a varanda, um

espaço living com três ambientes unidos a um amplo terraço com la-reira. A planta traz dois terraços, um gourmet com ligação direta com a cozinha e outro social.O completo lazer do Notabile e o acesso direto à belíssima área comum do Villa Monteverde ga-rantem diversão e descanso para todas as idades. Enfim, um empre-endimento exclusivo para apenas 64 famílias, tudo em volta de muito verde e natureza.Lazer no Notabile:• Lan house • Biblioteca • Sala de brin-quedos • Fitness • Cinema • Espelho d’água • Salão de festas • Salão de jogos • Piscina • Playground • Praça • Salão de beleza

seRViçoWish: Rua Dr. José Gustavo Bush x Rua Chibata Miyiakoshi – Panambywww.wishpanamby.com.brNotabile: Rua Professor Benedito Montenegro, 1290 – Panambywww.notabilevm.com.brInformações.: 3066-1000

iluStraÇÃo artÍStiCa da piSCiNa CoM borda iNFiNita do WiSH

iluStraÇÃo artÍStiCa da FaCHada do WiSH

iluStraÇÃo artÍStiCa do liViNG da torre ViSioN – WiSHiluStraÇÃo artÍStiCa do terraÇo da torre ViSioN – WiSH

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agenda morumbi

Março até 6 de abrilexposição “arte da terra”, de Bia Dória Esculturas com madeira descartada ou mortaLocaL: Centro Cultural Apsen – Casa da Fazenda do Morumbi – Av. Morumbi, 5594 Estac. com manobrista na Casa (R$ 10)Horário: Terça a sábado das 12h às 20h, e aos domingos das 12h às 18hnformações: 3739-5100Visitação gratuita

Março até 8 de junhoMostra “teMplos e palácios japoneses”, maquetes de templos e palácios japoneses pertencentes ao acervo do Consulado do Japão em São Paulo. LocaL: Palácio dos Bandeirantes, Av. Morum-bi, 4500agendamento: www.acervo.sp.gov.brHorário: Segunda a sexta das 10h às 17h sempre em horas cheias. Sábados, domin-gos e feriados, das 11h às 16h, sempre em horas cheias.Todas as visitas são acompanhadas por monitores.informações: 2193-8282 gratuita

Março até 25 de junhoexposição corpos Marcados, refletindo nos corpos tatuados até onde a busca pela perfeição vale a pena.Curador fotógrafo Marco de Bari. LocaL: Auditório HM, sede da Helpmed R. José Ramon Urtiza, 206Horário: 9h às 18h sábados abertos: 12/04, 24/05 Horário aos sábados: 14h às 18h dias com Horário especiaL: 27/03, 23/04, 22/05 Horário especiaL: Das 9h às 21h

informaçôes: 2167-4090 Recomendado a partir dos 14 anos

de 9 de Março a 27 de julhoespetáculo West side storyAmbientada em Manhattan nos anos 1960, West Side Story conta a história de amor de Tony e Maria, que nascem em meio à rivali-dade de duas gangues de rua. O espetáculo retrata os conflitos de uma juventude que crescia embalada ao som do mambo, do rock e inspirada na rebeldia de James Dean.LocaL: Teatro Alfa – R. Bento de Andrade Filho, 722Horário: Quinta e sexta 21h, domingo 18h e sábado 17h e 21hVaLor: No site www.teatroalfa.com.br ou pelo telefone 5693-4000

24 a 26 de Marçopalestras e aplicações de produtos na helpMed:24 – 16H – Cuidados na construção da imagem pessoal.26 – 19H30 – Olhos: uma região que merece cuidados especiais.abriL1 – 16H – Cirurgia Plástica: 10 passos para conhecer um bom cirurgião.2 – 19H30 – A solução definitiva para queda de cabelos.7 – 16H – Próteses de silicone: quais as dife-rentes formas e volumes.9 – 16H – Aprenda a tratar os pés ressecados.14 – 16H – Mãos: seu cartão de visita a todo tempo.16 – 19H30 – Efeito Cinderela, saiba como utilizar esse artifício.17 – 16H – Pés diabéticos: cuidados para a manutenção da saúde.23– 19H30 – Cirurgia Plástica: cuidados com

Apoio cultural

CAlENDáRiO DO MORUMBi

a estética sem prejudicar a saúde.24 – 16H – Hiperidrose: como lidar com a transpiração excessiva e quais os tratamen-tos existentes.28– 19H30 – Técnicas antiidade de massa-gem facial.30 – 16H – Cabelos saudáveis e bonitos: escolha o produto certo.LocaL: Helpmed – R. José Ramon Urtiza, 206informações: 2167-4090gratuitos, é só reserVar

28 de MarçolançaMento do cd e dVd “canções paulistas – ao ViVo ” troVadores urbanos Os Trovadores Urbanos, tradicional grupo vocal formado por Maída, Juca, Eduardo e Valéria, farão uma apresentação especial na Fnac Morumbi. Os Trovadores apre-sentarão um repertório especial do CD e DVD Canções Paulistas – Ao vivo (Dabliu), um passeio pelas várias épocas da música paulista, homenageando 40 compositores antigos e contemporâneos.LocaL: Fnac Morumbi – MorumbiShopping, Piso Térreo e Piso lazer – Av. Roque Petroni Júnior, 1.089Horário: 19hinformações: 3206-2000gratuitowww.fnac.com.br

1 de abrilcurso básico de VinhoLocaL: Portal dos Vinhos, Rua Dr. luiz Mi-gliano, 1.141 – lj 11, Portal do MorumbiHorário: Terça das 19h45 às 21h45informações: 3498-5799duração: 4 aulas. Durante a aula são servi-dos e analisados os vinhos em degustação.VaLor: R$ 210

apsenagenda

logo apsen

24 dolce morumbi

Na noite de 18 de fevereiro o Mestre DeRose, reconhecido educador e mestre

de Swásthya Yôga – o método mais tradicional –, recebeu o título de cidadão paulistano na Câmara Municipal de São

Paulo, concedido pelo vereador José Rolim. Sócio do Rotary Club Morumbi, DeRose

introduziu o Yôga nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas em

praticamente todo o Brasil e em universidades da Europa. Por lei estadual a data de seu aniversário, 18 de fevereiro, foi instituída como o Dia do Yôga em dez estados. Aos 64 anos, ele se considera um

homem feliz e realizado nas suas escolhas, pois comemora mais de um milhão de livros vendidos, é reconhecido por uma

legião de amigos sinceros e tem a Fée, sua amada companheira de todas as horas.

gente entrevista

de 1 a 10 Mestre derose

1 Como é o “jeito DeRose De seR”?Não posso me restringir a um rótulo asfixiante, pois transito sobre vários temas. Procuro reeducar os que

me lêem e assistem às minhas aulas para que se tornem pessoas melhores, mais viajadas e polidas. sugiro uma re-volução comportamental propondo um relacionamento mais amoroso com a família, amigos e até desconhecidos e recomendo que os conflitos sejam solucionados sem confrontos. de quebra, ensino a respirar melhor, a relaxar, a concentrar e a cultivar a qualidade de vida.

2 o que te DesConCentRa? Poucas coisas! Mas não sou multitask. Preciso fazer uma coisa de cada vez.

3 o que te Relaxa? debussy, definitivamente.

4 qual foi o movimento De maioR peRfeição Realiza-Do na sua viDa? Creio que foi o meu 25º livro, intitulado Quando é

Preciso ser Forte. os leitores me escrevem emocionados, comentando que durante a leitura deram boas risadas e que o livro passou a ser um companheiro para o dia-a-dia.

5 quanDo voCê apRenDeu a seR foRte?Quando compreendi que amigo e inimigo são como o yin e yang: precisamos dos dois. Uma árvo-

re cresce para baixo e para cima. Para baixo, cria raízes, que se desenvolvem nas trevas, mas sem as quais a árvore não teria força nem estrutura para manter-se de pé. os inimigos são as raízes, e os amigos, os ramos que a fazem florescer.

6 paRa onDe vai a sua mente nas meDitações?Na meditação a mente não deve ir a parte algu-ma, deve parar. Fernando Pessoa parece conhecer

bem o tema, pois é ele quem nos diz em forma de poesia:

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Mestre derose“Há metafísica bastante em não pensar em nada. Que tenho eu meditado sobre deus e a almae sobre a criação do Mundo? Não sei. Para mim, pensar nisso é fechar os olhos e não pensar.”

7 voCê se ConsiDeRa uma pessoa vaiDosa? Muito menos que a maioria, muito mais do que eu gostaria.

8 qual o maioR exeRCíCio De humilDaDe que já Realizou?inquestionavelmente, foi a introdução do meu

livro Quando é Preciso ser Forte, no qual reavaliei minha atitude nestes últimos 48 anos de profissão, assumi meus eventuais erros e declarei que mesmo nesta idade ainda estou disposto a aprender e melhorar. Mas valeu a pena, pois até alguns concorrentes e supostos não-simpatizan-tes me concederam carinhosos feedbacks.

9 além Da sua CultuRa (ensinamentos), o que absoR-ve o seu tempo?Passei muitas décadas recluso, só estudando, es-

crevendo livros e me enfurnando em mosteiros do Hima-laia. Nesse meio tempo fui agraciado com o sucesso como escritor e como educador. Hoje, quero retribuir à sociedade pelo apoio que recebi das universidades, da igreja, da im-prensa, do Governo. Meu tempo tem sido dividido entre o rotary são Paulo Morumbi, a ordem dos Parlamentares do brasil, a academia brasileira de arte, Cultura e História e outras entidades humanitárias que me permitem a opor-tunidade de servir.

10 qual a Coisa mais impoRtante Da sua viDa? a Fernanda – a Fée –, com quem tenho o privi- légio de compartilhar a minha vida nestes últi-

mos 12 anos. Mulher realizadora, engenheira e empresá-ria, Fernanda soube conquistar meu respeito e admiração – que, segundo entendo, são excelentes alicerces para o amor verdadeiro, bem como para um relacionamento du-radouro. em 12 anos, jamais brigamos, o que serve como exemplo de que nossas propostas comportamentais são bem orientadas.

26 dolce morumbi

DE BEM COM A VIDA test drive Por Renato Corrêa

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O nome Picanto surgiu com a junção da palavra francesa “piquant”, que significa picante, apimentado, e “canto” expressando canção. Em alguns mercados o modelo é conhecido como “morning”, manhã em inglês. Nos dois conceitos a intenção da Kia Motors foi criar um nome que expressasse a imagem do veículo como “atraente e encantador”.

Pequenos notáveis São os veículos compactos premium, com tendências econômicas, facilidade de condução e de estacionar – alguns vão mais longe chamando-os de city car. Existem no mercado várias opções desses automó-veis de diferentes marcas e procedên-cias. Mas é da Coréia, da Kia, que vem o Picanto, comercializado no Brasil desde 2006 e no mundo desde 2004.O novo Picanto, agora reestilizado, está entre nós desde fevereiro para brigar num mercado competitivo e sedento de novidades. Cada produto tem seu dife-rencial, e a Kia, com imagem concretiza-da após vender no Brasil mais de 100 mil veículos desde sua instalação nos anos 1990, pode oferecer garantia de cinco anos, sem limite de quilometragem, aos compradores do Picanto.o carro – O Picanto é comercializado em duas versões – câmbio automático e câmbio mecânico – e ambas trazem os se-guintes equipamentos: ar-condicionado, trio elétrico, rodas de liga-leve, CD e MP3 player, farol de neblina, limpador e desem-baçador traseiros, aerofólio traseiro e saias laterais. Além disso, o Picanto tem direção com assistência elétrica, é possível regular a altura do volante de direção, e a mano-pla da alavanca de câmbio e o volante de direção são revestidos em couro.Motor/transMissão/susPensão/Freios O novo Picanto tem motores a ga-solina 1.0 e 1.1 litro, com quatro cilindros.

São compactos, utilizam peças leves, fabri-cadas em alumínio, e apresentam 12 vál-vulas, representando uma excelente mis-tura de desempenho esportivo, economia de combustível e nível baixo de emissões. Os dois equipamentos possuem conver-sores catalíticos e atendem aos padrões de emissões do Euro3.A versão com câmbio mecânico possui uma alavanca operada por cabo, para uma troca suave e precisa na mudança das mar-chas nas mais variadas condições de tráfe-go. O câmbio automático “semi-adaptativo” apresenta um sistema de válvula solenóide (VFS) o que diminui o impacto das mudan-ças de marcha e reduz o ruído do motor.O sistema de suspensão independente foi projetado para oferecer uma dirigibilidade ágil e segura com enorme conforto.Os freios são a disco nas rodas dianteiras e a tambor nas traseiras.segurança Para a empresa coreana, se-gurança é prioridade. Nos testes de colisão realizados pelo EuroNCAP, o Picanto con-quistou uma avaliação de quatro estrelas no quesito Proteção Infantil – fator impor-tante para as famílias jovens, preocupadas com os ocupantes nos assentos traseiros – e uma pontuação de três estrelas para impactos frontais e laterais, demonstrando

um bom nível básico de segurança passi-va para adultos. esPaço interno Espaço em um veícu-lo compacto sempre é um grande desa-fio aos projetistas. Com quatro portas e capacidade de acomodação para cinco passageiros, o Picanto possui um porta-malas com até 882 litros de espaço para bagagem com o banco traseiro rebatido, fornecendo, por exemplo, espaço para acomodação de uma bicicleta. Para maior conveniência, 19 porta-objetos estão dis-tribuídos no interior do veículo.Preços(*) – A versão com motorização 1.0 litro e câmbio mecânico é comercia-lizada por R$ 35 mil e a versão com mo-tor 1.1 litro e câmbio automático tem o preço de R$ 41 mil.

(*) confirmação de preços no revendedor Kia.

Compacto Coreano

“Com o novo Picanto cresce nossa expectativa de sucesso do modelo no mercado brasileiro. Apostamos nele porque nosso compacto, que já possuía qualidade e atributos suficientes para encantar os consumidores, agora, remodelado e com novos benefícios, ficou ainda mais atrativo em seu segmento”, diz José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil.

renato Corrêa – [email protected]

test drive

28 DOLCE MORUMBI

DE BEM COM A VIDA GASTRONOMIA

BEM-CASADO

de mel silvestre, deguste e em segui-da harmonize tomando o vinho.

SERVIÇO:

Restaurante Vittoria Avenida Eliseu de Almeida, 1077 Tel.: 3721-1124A porção de parmesão com mel custa R$ 20. A taça de Pinot Bianco custa R$ 12.

Para fazer em casa: Portal Pão de Açúcar DeliveryVinho Italiano Branco Pinot GRIGIO Garrafa 750 ml – R$ 51,99.Queijo parmesão pedaço TEIXEIRA 500 g – R$ 21,15Mel de Abelha Silvestre SUPERBOM vidro 330 g – R$ 15,80

Esta dica de bem-casado é ainda mais deliciosa por-que chegou através de uma leitora, Verônica Coto, que a chama de “receita de sedução”. A primeira vez que ela experimentou a combinação foi na pequena e char-mosa Enoteca Alle Ore di Zanotto, datada de 700 a.C., em Asolo, a 60 km de Veneza. Um lugar úmido, à luz de velas, com chão inclinado de terra batida. Em uma dessas noites mágicas sentou-se a uma mesa rústica, ao som de Emma Shapplin, e experi-mentou o sabor salgado e marcante das lascas de parmesão se contrapondo ao sabor doce e suave do mel silvestre, logo harmonizado com o vinho Pi-not Grigio formando uma combinação de aromas e sabores perfeita. No Brasil, essa receita pode ser provada no restauran-te Vittoria onde é uma “velha dica de entrada”, ofereci-da por Eduardo Arruda. Mas, de tão simples, também pode ser preparada em casa: corte o parmesão em lascas médias e derrame por cima um � o generoso

de mel silvestre, deguste e em segui-da harmonize tomando o vinho.

SERVIÇO:

Restaurante Vittoria Avenida Eliseu de Almeida, 1077

LASCAS DE PARMESÃO COM MEL SILVESTRE VINHO PINOT GRIGIO

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bem casado

30 dolce morumbi

de bem com a vida lar, dolce lar

sua música predileta estará tocando no volume ideal, en-quanto a banheira se enche até o nível exato com água na temperatura desejada. Durante o banho, você pode falar ao telefone no viva-voz e escolher entre hidromassagem ou cromoterapia, antes de apanhar as toalhas quentinhas no toalheiro que já está aquecido.

Para acender ou apagar as luzes, basta bater uma ou duas palmas, e para eliminar as

tensões, relaxar, elevar a essência da personalidade e entrar em estado

de felicidade, nada melhor que a cama magnética com col-

chão massageador.O que todos nós buscamos onde vivemos é, essencial-mente, qualidade de vida. Com este fim investimos em decoração, cores e harmonia. Agora é a vez

de pensar em tecnologia, já tão presente nas empresas e

escritórios.Em nossas casas desejamos so-

luções que proporcionem mais conforto, praticidade, segurança e

economia. Com essas facilidades, os padrões de automação diversificam-se para

atender às preferências mais exclusivas. Dos progra-mas que simulam o comportamento do morador durante a sua ausência à eliminação da umidade dos armários e limpe-za a vácuo, nada é impossível.O preço para deixar a vida plugada nesse cenário recém-saí-do da ficção científica e dos quadrinhos varia de acordo com o tamanho do imóvel, da complexidade dos itens desejados na residência e do bolso do proprietário. Afinal, luxo moder-no é luxo tecnológico, eleva a auto-estima e restaura a auto-confiança. No outro prato da balança, no entanto, mantém sempre as características do luxo tradicional: é um item raro, escasso e exclusivo, nada que seja comum ou usual.

SILVIA UTSCH é arquiteta e urbanista e moradora do Morumbi. e-mail: [email protected]. cartas para esta seção: [email protected]

Por Silvia Utsch

A cAsA do futuro chegou

Os Jetsons, cartoon lançado pelos estúdios Hanna Barbera em 1962, vislumbrava um futuro high-tech com foco na casa que se encarregava de fazer tudo sozinha: abrir e fechar por-tas, vai-e-vem de empregados robôs e uma cozinha que pre-parava maravilhas sozinha. Uma realidade distante para um mundo até então muito pouco tecnológico.Mais de 40 anos se passaram e a casa inteli-gente não só já existe como está muito próxima de se popularizar, dada a expansão da indústria tecno-lógica. Tudo em nome da praticidade preconizada pelos novos tempos e os novos homens.Embora a criada-robô ainda seja fantasia de desenho animado, a boa notícia é que as surpresas, para facili-tar a rotina doméstica, se multiplicaram mui-to rapidamente. É bom conhecer algumas delas antes de iniciar seu projeto de construção ou reforma, ou mesmo atualizar seus equipamen-tos domésticos.Você pode desfrutar da sensação de conforto e felicidade com o sofisticado assoalho que se esquenta le-vemente nos dias frios e, naqueles mais quentes, para o seu bem-estar, o climatizador garante o frescor da residência.

O forno pode apitar quando o assado estiver pronto, e a geladeira computadorizada en-

comenda mais cerveja no supermerca-do, antes de o estoque acabar.Com uma ligação do celular e uma senha você prepara a casa para lhe receber de forma aconchegante e acolhedora. Ao chegar à garagem

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32 dolce morumbi

DE BEM COM A viDA moda

Noivas na moda, o que é atual?

Noivas querem o vestido mais bonito e que seja lembrado por todas as amigas e de dar inveja nas que já casaram! Hoje em dia as noivas têm mais liberdade, podem usar um decote (com bom senso) tomara-que-caia, mais transpa-rência, cores, babados, longos, longuíssimos, curtos etc., não existe mais a ditadura do tradicional.É preciso lembrar que alguns detalhes farão toda a dife-rença, como: cerimônia simples pede vestido mais sim-ples, nada de cauda, véu, longo, brilhos e excessos, aliás, excessos estão fora de moda, em tudo!Qual é sua idade, seu tipo físico, seu estilo, como será sua cerimônia, terá festa, é ao ar livre, dia, noite, íntima ou 500 convidados? Tudo isso deve ser levado em consideração. Então siga as dicas abaixo e aproveite a que melhor se encaixa com seu perfil.Mas vamos falar hoje sobre o vestido. Noivas mais baixi-nhas devem procurar modelos que alonguem, sem corte na cintura, com detalhes em vertical, ou seja, decote V, bordados mais compridos que largos, tecidos com cai-mento, cetim se for magra, jersey de seda, rendas sobre malhas finas ou tules sem armar.

Se você tem sobrepeso ou barriga, evite brilhos e tecidos que armam, como zibeline, tafetás e organdi, escolha modelos que afinem e alonguem, como o corte império, evasé, e o rodado sem franzir que disfarçam quadris largos; aproveite dos deco-tes em V que tenham alça mais larguinha, provavelmente você irá precisar de um sutiã para dar sustentação caso tenha seios maiores, e o tomara-que-caia não é o mais indicado. Esqueça modelos justos e rebuscados.Outro fator importante é O SEU ESTILO, não o do estilista, ou da mamãe ou o que o noivo gosta. Se fizer uma opção errada, vai se sentir desconfortável o tempo todo, e sua personalidade não deve ser alterada justamente nesse dia.

CLáSSICa: Opte por cabelos presos – um coque é atual – pérolas ou brilhante nos brincos, e um modelo que valorize braços bem torneados ou o colo, use decote V ou tomara-que-caia, que são mais atuais, tecidos como cetim, zibeline, ou crepe madame, dependendo do seu tipo físico. O véu fica a seu critério, mas o volume e comprimento têm de es-tar de acordo com o local e horário. Uma bonita sandália de salto médio completa o visual.

Qual o primeiro pensamento de uma noiva? O vestido. Não importa sua idade, tipo de cerimônia, se é verão ou inverno...

dolce morumbi 33

claudia castellan é consultora de imagem, consultora de private label, especialista em marketing de moda, professora universitária e do Senac , palestrante e autora de cursos na área de moda. Site www.claudiacastellan.com.br. e-mail: [email protected]. cartas para esta seção: [email protected].

dolce morumbi 33

Para o bouquet aproveite as flores desta estação:Março: angélica, crisântemo, gérbera, margarida, orquídeas Abril: angélica, crisântemo,gérbera, strelitzia Maio: crisântemo, rosa, tulipa

MOdErna: Gosta de ousar, não se prendem a modismos e regras, usa tecidos com diferencial seja na textura ou composição. Então, crie modelos inusitados, pode ser um bordado com desenho diferente, fru-frus em pontos estra-tégicos, como na barra ou em volta do decote. Complete com um sapato moderno, mas que dê leveza no resultado final. Que tal um buquê de folhagens diferentes?SExy: Magnetismo e exuberância são palavras de ordem para esta noiva. Vestidos ajustados (se puder) em cetim de seda, renda, bordados com brilho sofisticado, deixam a noi-va sensual, mas na medida.Um belo decote nas costas pode surpreender depois de um mais fechado na frente, causam impacto e são modernos. Modelos como os da década de 1920, tipo camisolas, são uma boa opção.rOMânTICa: Menina-mulher princesa. As românticas dese-jam, acima de tudo, passar uma idéia angelical, delicada, mas que mostre que estão de acordo com o seu tempo, o atual.

Vestidos vaporosos, com rendas suaves, florais, bordados de-licados, saias com volume, e não armadas como na década de 1980, tules rebordados, corpetes com nervuras, buquês de flores miúdas, rosas, astromélias e dálias são perfeitos, véu com coroa ou mantilhas de renda chantilly.Para todas vale lembrar que a maquiagem preferida ainda é a em tons claros que valorizem a coloração de sua pele. Olhos ligeiramente mais marcados, apenas se o casamento for à noi-te e combinar com seu estilo. Se você gosta de perfumar-se opte por fragrâncias suaves. Aproveite seu momento, curta sua festa, prove todos os docinhos, dance, demonstre sua felicidade e compartilhe este momento com seus convidados, eles agradecerão!

Decote em V Tomara-que-caia Decote Império Decote nas costas

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POR Francilene Oliveira

ESPECIAL

Imigração JaponesaUma história em 100 anosA lenda do judô brasileiro Sensei Massao Shinohara mora

numa tranqüila casa na Vila Sônia, segundo bairro com maior

número de descendentes japoneses depois da Liberdade.

Sua esposa, Yokiko Shinohara, batizada Inês, gosta de servir

café e bolinhos aos visitantes e preparar sushis e sashimis

para a família. No tranqüilo espaço, tartarugas se refrescam

numa pequena manilha, peixes nadam na água límpida,

os pássaros cantam, quimonos branquíssimos secam ao

sol. Ao fundo da casa, dois armários na Academia Vila Sônia

guardam centenas e centenas de prêmios ganhos pelos

alunos da academia. Esse é um momento da história de

Sensei Massao que começou há exatos 100 anos.

Imigração JaponesaUma história em 100 anos

O navio Kasato Maru transportou os primeiros japoneses ao Brasil

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Tradução: Comemoração dos 100 anos da Imigração

Japonesa no Brasil

No dia 18 de junho de 1908, em Kobe, no Japão, fa-miliares acenavam do cais os lenços brancos aos 781 japoneses que imigraram com destino a “Burajiru” (Brasil) no navio japonês Kasato Maru. Eram os pionei-ros de um acordo � rmado entre os dois países no ano anterior. O Brasil precisava de mão-de-obra na zona rural, e o Japão passava por grave crise econômica.

Nos anos posteriores a imigração continuou. Em 1914, Nobuiti Shinohara e Matsu Shinohara, pais de Sensei Massao, chegaram ao porto de Santos depois de uma viagem que durou quase dois meses, du-rante a qual assistiram a aulas de português e passa-ram mal com o balanço do navio. Muitos japoneses trajavam roupas sociais ocidentais para causar boa impressão e estavam cheios de esperança. Como a maioria, a família Shinohara queria juntar dinheiro e voltar para a terra natal em três anos.

Depois da viagem de trem de Santos a São Paulo, foram para a Hospedaria dos Imigrantes, na Moo-ca, onde assinaram contrato de trabalho e foram encaminhados a uma fazenda de café no interior de São Paulo.

O desalento tomou conta da família ao verem os case-bres mal-cheirosos, com chão de terra batida e sem banhei-

ro, onde iriam morar. Na lavoura de café, suas mãos � cavam muito machucadas, as condições de trabalho eram horríveis. O

enriquecimento rápido, bem se via, era um sonho quase impossível. Além dos baixos salários, o valor da passagem era descontado do pagamento, e os imigrantes precisavam comprar tudo o que consumiam do fazendeiro para quem trabalhavam, por isso a família Shinohara fugiu.

As fazendas que receberam imigrantes japoneses – Dumont, Gua-tapará, Sobrado, Canaã, Floresta e São Martinho – foram gradativa-mente abandonadas pelos trabalhadores de costumes diferentes. A geração nascida no Japão teve muitas dificuldades com idioma, clima e culinária. Acostumados a uma comida leve, não se deram bem com o feijão com toucinho e arroz daqui.

Graças a um sistema de parceria com o fazendeiro, muitos japoneses con-seguiram comprar seus primeiros pedaços de terra. Após algum tempo de plantação, o imigrante tinha o direito de receber uma parcela do terreno, o que resultou na permanência de� nitiva de muitos deles.

Após dez anos de chegada ao Brasil, Matsu deu à luz Sensei Massao, se-gundo � lho dentre oito irmãos, em Presidente Prudente. Em busca de uma vida melhor, logo depois a família se mudou para São Paulo a � m de trabalhar como pequenos agricultores plantando legumes e verduras.

dos baixos salários, o valor da passagem era descontado do pagamento, e os imigrantes precisavam comprar tudo o que consumiam do fazendeiro para quem trabalhavam, por isso a família Shinohara fugiu.

As fazendas que receberam imigrantes japoneses – Dumont, Gua-tapará, Sobrado, Canaã, Floresta e São Martinho – foram gradativa-mente abandonadas pelos trabalhadores de costumes diferentes. A geração nascida no Japão teve muitas dificuldades com idioma, clima e culinária. Acostumados a uma comida leve, não se deram bem com o feijão com toucinho e arroz daqui.

Graças a um sistema de parceria com o fazendeiro, muitos japoneses con-seguiram comprar seus primeiros pedaços de terra. Após algum tempo de plantação, o imigrante tinha o direito de receber uma parcela do terreno, o

Nobuiti e Matsu Shinohara, pais de

Sensei, com parentes

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O desalento tomou conta da família ao verem os case-bres mal-cheirosos, com chão de terra batida e sem banhei-

ro, onde iriam morar. Na lavoura de café, suas mãos � cavam

ESPECIAL

Em 1913, muitos imigrantes japoneses trabalhavam na região do Morumbi. Boa parte deles morava em casas de palha com banheiro externo e iluminação a lamparina, mas devido ao a� nco ao trabalho, já representavam 5% dos agricultores pau-listas na década de 1930.

A família de Massao adquiriu um terreno em Embu. Desde pequeno Sensei Massao conciliava o trabalho na lavoura com a prática do Kendô, que utiliza técnica dos samurais. Depois aprendeu o judô com seu vizinho e mestre Joji Kozakai. As aulas, infelizmente, só duraram três dias, pois o mestre voltou ao Japão para lutar na guerra. Desorientado, Massao resolveu ser autodidata juntamente com os praticantes de judô da es-cola de língua japonesa que freqüentava em Itapecerica da Serra. Ainda dominados pelo desejo de regresso ao Japão, os imigrantes educavam seus � lhos dentro da cultura japonesa e 90% falavam japonês em casa.

Com 23 anos, Massao conheceu o mestre Kyuzô Ogawa e se tornou seu discípulo. Nessa época trabalhava na lavoura du-rante o dia e, três vezes por semana, ia para o treino na acade-mia de Ogawa, na Liberdade. Às vezes, pernoitava e pegava o ônibus de volta às cinco horas da manhã para não prejudicar a lavoura. Os treinos continuaram mesmo após o casamento com Yokiko, que era sua vizinha. Logo depois se mudaram para o Valo Velho, mas ele continuou ensinando judô aos morado-res dos arredores de seu sítio.

Na década de 1950, Massao mudou-se para a Vila Sônia. Com pouco dinheiro, deu uma pequena entrada para comprar um

terreno e parcelou a outra par-te em pequenas mensalida-des. Lá, fundou a Academia de Judô Vila Sônia. Nessa época já era pai de cinco � lhos – um homem, Luiz Juniti Shinohara, e quatro mulheres. Ele colo-cou, um por um, todos os tijolos da construção e re-cebeu a ajuda de Inês e dos pais dos alunos. No come-ço, o espaço era modesto e freqüentado por apenas dez praticantes. Porém, o número de alunos cres-ceu, e a academia passou a obter ótimas classi� ca-ções nos torneios.

Uma pessoa em quem Sensei Massao pensa com grande carinho é Juntaro Tatsumi, um amigo que

sempre o ajudou nos momentos de di� culdade e o incentivou a continuar praticando judô. Lá pelos meados dos

Em Embu, no começo – Início dos treinamentos do judô; abaixo Academia de Judô Vila Sônia, na década de 1950

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Os imigrantes japoneses já plantavam hortaliças no Morumbi em 1913

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• A residência o� cial do Cônsul Geral do Japão � ca no Morumbi, próximo ao Palácio dos Bandeirantes, uma das poucas casas que podem ter o símbolo da família imperial japonesa – um

BRASÃO DE CRISÂNTEMO (ilustração acima). O cônsul-geral, Masuo Nishibayashi, nasceu em 1952, em Tokyo.

• No final da década de 1980, vários brasileiros descendentes de japoneses viajaram ao Japão em busca de trabalho.

Esses trabalhadores são denominados DEKASSEGUIS. Atualmente, cerca de 320 MIL NIPO-BRASILEIROS

vivem em território japonês.

• O BUDISMO foi introduzido no Brasil pelos primeiros imigrantes japoneses. Em 1932, em Cafelândia (SP), Sukeichi Ito fundou o primeiro templo budista do Brasil, o Templo Komyôji.

• Atualmente, existem cerca de 1,5 MILHÃO de descendentes de japoneses no Brasil, a maior população de

origem nipônica fora do Japão.

• Em 2005, os paulistas residentes no Japão enviaram 1,25 BILHÃO de dólares para o Estado de São Paulo. Esse valor

supera grandes investimentos externos anunciados por diversas multinacionais e equivale à receita que o Brasil obtém com a

exportação de várias commodities agrícolas.

HOJE, A COLÔNIA JAPONESA NO BRASIL ESTÁ DIVIDIDA EM:

ISSEIS (japoneses de primeira geração, nascidos no Japão)

NISSEIS (� lhos de japoneses)

SANSEIS (netos de japoneses)

YONSEIS (bisnetos de japoneses)

100 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA

CURIOSIDADES

Fontes: • Revista Made in Japan. 100 anos de imigração: os episódios mais marcantes e inesquecíveis da história dos imigrantes japoneses no Brasil. N 117/ Ano 10 • Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa. Uma epopéia moderna: 80 anos da Imigração Japonesa no Brasil, Editora Hucitec, São Paulo, 1992 • www.saopaulo.sp.gov.br/imigracaojaponesa • Entrevista com Sensei Massao no dia 4 de março de 2008 • Jornal Nippo-Brasil

anos 1970, quando Juntaro caiu doente, Massao foi visitá-lo. Antes de falecer, Juntaro o fez prometer que nunca deixa-ria o judô. Massao se emociona sempre que lembra do amigo. Depois dessa época passou a formar atletas de renome inter-nacional, como Aurélio Miguel e Luis Onmura.

No começo da década de 1980, Sen-sei Massao foi internado no Hospital Albert Einstein, com problemas no coração. A família Shinohara não quis que o atleta continuasse praticando o esporte, na aca-demia que mantinha em casa, por isso Massao, por amor ao judô, procurou a Federação Paulista de Judô para dar aulas e formou uma turma. O reconhecimento maior de seu trabalho veio quando, no início de 1984, recebeu o convite para ser o técnico da seleção brasileira de judô nas Olimpíadas de Los Angeles. Massao declinou, pois não pretendia deixar a família sozinha, mas diante de insistência fervorosa aceitou. E não se arrependeu, pois das oito medalhas que o Brasil ganhou, três foram do judô, conquistadas por Luis Onmura, Walter Carmo-na e Douglas Vieira. Sensei foi convidado para continuar como técnico, mas estava irredutível. “Missão cumprida, né?”

Quatro anos depois, em 1988, Sensei Massao inaugurou uma nova sede, também com a ajuda dos pais dos alunos, já em tor-no de 300. Juntamente com o � lho Luiz Juniti Shinohara – atual técnico da seleção masculina de judô e considerado o melhor técnico do ano em 2007 – dedica-se à formação de futuros atletas e à sustentação da academia. Com 83 anos e se recu-perando de um derrame sofrido em agosto do ano passado, Sensei Massao se sente realizado, feliz e tem muito orgulho por ter dedicado sua vida ao judô. Até hoje ele mantém a promessa feita ao amigo Juntaro Tatsumi.

100 anos depois do início da imigração há muitas histórias a se-rem contadas, algumas aqui no Morumbi. A família Shinohara, assim que chegou ao Brasil, pensava em juntar dinheiro e voltar para o Japão. Eles � caram. Que bom para o Brasil e que orgulho para os brasileiros!

Moedas comemorativas do Centenário da Imigração Japonesa serão lançadas pelo Banco Central do Brasil em 18 de junho

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O que passa no seu dia-a-dia profissional? Faça a lista.Quando analisamos esta relação alguns pontos são comuns: pressão por resultados, dificuldade de relacionamento com determinados colegas, mau humor e irritação freqüente com o chefe, falta de oportunidades de cres-cimento e motivação.Se você vem identifi-cando esses itens fique atento. Eles precisam ser dominados para lhe dar mais tranqüilidade e qualidade na sua ro-tina na empresa.Vivemos tempos de permanente instabili-dade. Isto já é um dado do problema, seja do ponto de vista pessoal, seja na convivência no ambiente corporativo.No entanto, entendê-los e colocar a inteligên-cia emocional à prova é o grande desafio dos profissionais neste pro-cesso freqüente de competitividade por que passam as empresas e os seus colaboradores.Algumas saídas se evidenciam para se tentar minimizar es-tes problemas e pressões.Assim, preparar-se para ser o exemplo de competência é uma das ações. Habilitar-se, montar seu “plano de vôo”

cotidiano vida profissional Por Lívio Giosa

Lívio Giosa é vice-presidente da advB associação dos dirigentes de vendas e Marketing do Brasil; coordenador Geral do ires – instituto advB de responsabilidade social; coordenador Geral do pnBe – pensamento nacional das Bases empresariais e sócio-diretor da G,lM – assessoria empresarial

profissional, capacitando-se permanentemente, pode ser uma das chaves mestras para se ter sucesso e reconheci-mento. Isto evita pressões diretas e lhe dá sustentação.Quanto ao relacionamento, talvez este seja um dos mais difíceis

processos na empresa.Lidar com pessoas tem sido uma das princi-pais preocupações das equipes no ambiente de trabalho.Fazer isto virar tendência de harmonia exige da organização e dos pro-fissionais talvez a causa e referência do sucesso.Oito horas por dia, cin-co dias por semana no mesmo espaço, convi-vendo com as mesmas pessoas. Está aí um palco de relações cujo resultado vai depen-der basicamente de você profissional e do seu jeito de lidar com as situações.Use, portanto, a sua ló-gica do bem, tente en-

tender como cada pessoa “funciona” e estabeleça um canal de sintonia com ela.Aprenda, assim, a se libertar das armadilhas emocionais no trabalho, pois, tenha certeza que saber se relacionar é uma das competências mais valorizadas neste ambiente.

Seja feliz no trabalho

fort house

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42 dolce morumbi

dicas

“Como sou arquiteta, sempre utilizo produtos de iluminação da loja Cenário Três Arquitetura e Interiores. Lá, o

atendimento é superprofissional, encontro variedade de produtos e a entrega é rápida”. Selma Perdigão BarBugian, 45 anoS, arquiteta

Cenário 3 Av. Dr. Guilherme Dumont villAres, 2309-A – tel: 3743-3484

“Há dois meses comecei a ter aulas de Jiu-Jitsu com o mestre Alê na Gracie Morumbi, uma academia de lutas e artes

marciais mundialmente reconhecida. A partir daí, meu humor melhorou, meus dias são mais produtivos e tudo o que faço se tornou mais agradável. Indico como uma maneira de gastar as energias, fazer amigos e manter a forma física”. adriana overgoor, 21 anoS, eStudante de turiSmo

GraCie MoruMbi AveniDA GiovAnni Gronchi, 5174 – tel: 3772-6806

O MELHOR DO MORUMBI

CaRtas paRa Esta sEçãORevista Dolce – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2309-B – Morumbi São Paulo/SP – 05640-004 ou envie um e-mail para: [email protected]

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EM FOCO

UMA CONFRARIA PARA ELASUm grupo de mulheres acostumadas a fazer muitas tarefas ao mesmo tempo: cuidar dos filhos, casa, trabalho e investir no futuro resolveu se unir num momento de descontração. A revista Dolce, em parceria com o Clube Chalezinho, criou a “Em Confraria”, um encontro só para “elas”. O evento é destinado às mulheres que fazem o Morumbi acontecer através de seu trabalho, de sua participação, de seu apoio às ações construtivas da região e que expressam uma grande alegria de viver. As reuniões são quinzenais às quintas-feiras. O primeiro encontro, no dia 28 de fevereiro, versou sobre a beleza dos cabelos e degustação de vinhos e o segundo comemorou o Dia Internacional da Mulher. Os cantores e compositores Gilbert Stein e Dick Danello prestigiaram o encontro com suas presenças e palavras carinhosas. Elas adoraram!Clube ChalezinhoRua Itapimirum, 8 –Tel.: 3501-932 www.chalezinho.com

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“Um momento de descontração e aprendizado.” Fernanda Lencastre“Novas amigas, encontros... A oportunidade criada para um momento especial.” Luciane Pinto“Um momento em que não se pensa em coisas práticas do dia-a-dia. Muito bom.” Lia Possidonio“As mulheres são cultas e amáveis.” Gislene Alves“Aleluia!!! Dolce como sempre ‘sacando’ e saindo na frente.” Lu Karaptsias“Meninas, obrigada por pensarem em nós e por todas nós”. Cláudia Castellan“Adorei a idéia de fazer essa reunião só para mulheres. Foi uma idéia sensacional, a noite foi muito agradável e divertida!” Martha W. Farias

1 Ana Paula Freitas 2 Alessandra meira 3 Fátima Lopes 4 Carolina orantes 5 Vania Ferreria 6 Carla Araujo 7 Dick Danello, Denise Gonçalves, ricky marcelini e Gilbert Stein 8 mariana Jamikian 9 Claudia Aguiar 10 Luciana Lara 11 renata battaglia 12 rosa Soares 13 Carol Teixeira 14 Luciana Karaptsias 15 Eleine bélaváry 16 Carla Almeida 17 Karin rettl e Cristina Canto 18 Gislene Alves 19 Fabiola belfort mattos 20 Valéria Cavalheri e Andréa Pascale 21 Claudia Castellan 22 Claudia Eloy 23 Gisleine Valério e Áurea bordini 24 Cris muratori e renata Cotrim 25 Lia Possidonio e Solange rocco 26 Equipe Dolce 27 margareth Palermo e Alcione Cobra 28 Denise Gonçalves, marina Santana Souza, robson Trindade, Juliana Santana Souza e Emílio Santoro 29 Ligia Lyra 30 Fernanda Lencastre 31 martha W. Farias

Dolce Vita non é soltanto vivere, Dolce Vita non é soltanto ricordare il grande film di Fellini.Dolce Vita é vivere sfoglianti questa bellissima rivista.Di vero cuore

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Dick Danello

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ARt DéCOInspirações múltiplas, que percorrem importantes correntes do design da primeira metade do século XX, Art déco, uniformes de exércitos e linhas retas do modernismo, foram referências que a estilista Cris Muratori, da Tess, utilizou para desenhar a coleção outono-inverno da marca. A moda Tess surge, então, na forma de casaquetos com mangas 7/8, camisaria e sobreposição de peças. A modelagem superior é ampla, descolada do corpo. A parte de baixo é mais seca, inclusive apostando em calças skinny. Os blazers e manteaux traduzem referências militares para o universo feminino. Os looks foram planejados para que a mulher atue com desenvoltura nos mais diversos ambientes e compromissos que compõem sua movimentada agenda.Tess Maglieria R. Dep. João Sussumo Hirata, 479 – Tel.: 3742 9231 – www.tessmaglieria.com.br

CONtAS NA MESAA subprefeitura do Campo Limpo apresentou sua prestação de contas no dia 27 de fevereiro. Nos últimos três anos foram investidos mais de

R$ 450 milhões na região. Com a presença do prefeito Gilberto Kassab, o subprefeito Cássio Loschiavo destacou projetos de urbanização em Paraisópolis, obras no córrego Pirajussara e a construção do piscinão Sharp, em andamento. Segundo Loschiavo, a subprefeitura deve encerrar 2008 com mais de R$ 250 milhões em investimentos, num total de R$ 700 milhões.

NOvIDADE NO bAIRROAcaba de chegar ao Morumbi um salão de cabeleireiro voltado para crianças, o “Cuts & Fun”. O espaço é todo colorido e moderno onde os baixinhos cortam o cabelo assistindo ao DVD preferido, jogam videogame e brincam no canto dos brinquedos. As meninas ainda podem comemorar o aniversário com tudo a que têm direito: convite, bolo e salgados, penteado e unhas decoradas para as convidadas, jogos interativos, discoteca e muito mais. Cortar o cabelo nunca foi tão divertido! CuTs & Fun – R. Dep. João Sussumo Hirata, 739 – Tel: 3746-5941 – www.cutsandfun.com.br

EM FOCO

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EM FOCO

UM bRINDE!Aberta em dezembro do ano passado, a loja Portal dos Vinhos é a mais nova revendedora da Enoteca Fasano, que conta com mais de 300 rótulos de vinhos selecionados pelos sommeliers Manoel Beato e Gianni Tartari. A Portal dos Vinhos acaba de receber uma seleção especial da importadora com um portfólio que tem entre os destaques os vinhos argentinos Joffré Blend Seletion e Passion 4 e os chilenos Tres Palacios Family Vintage.PorTal dos Vinhos – R. Dr. Luiz Migliano, 1.141 – Tel: 3498-5799 www.portaldosvinhos.com

COM gOStO DE qUERO MAISA Chocolates Ariane traz deliciosas novidades para a Páscoa. Os sabores são de dar água na boca: ao leite, branco, crocante, recheado na casca com musse, trufas, prestígio, maracujá, damasco, Nutella (avelã), crocantino (amendoim com waffer), nozes, bicho-de-pé e pão de mel, campeão de vendas. Hummmm...ChoColaTes arianeRua José Jannarelli, 171Tel: 3721-8489 / 3721-3059www.chocolatesariane.com.br

SAbOR DE vERãOPara aproveitar o final dos dias quentes do verão, o restaurante Skapino criou um Festival de Saladas neste mês de março. Dentre as delícias: carpaccio com alcachofras, tomate seco, tomate cereja, rúcula, parmesão, palmito, azeitonas e shiitake. Acompanha molho de mostarda e alcaparras ao preço de R$ 21,60.skaPino – resTauranTe bar Rua Guihei Vatanabe, 289 Tel: 3722-5277 www.skapino.com.br

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Caros Leitores,Com tantos acontecimentos nos âmbitos político, social, eco-nômico, é preciso ter muito claro que CIDADANIA está ligada diretamente em todas as ações, sejam elas passivas ou ativas. Nossa obrigação como Brasileiros e Cidadãos é nos tornarmos politizados para que tenhamos condições de realmente esco-lhermos nossos políticos e que direção queremos e daremos ao nosso País. Temos que tornar nossos jovens pensantes, críti-cos e ativos, e, para isso precisamos formar nossa opinião.Transcrevo a seguir dois textos que considero bastante abrangen-tes ao tratar de questões fundamentais, como o entendimento do conceito de democracia e das responsabilidades do cidadão:

“O que é a DemOcracia?Democracia vem da palavra grega ‘demos’, que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre os poderes legislativo e executivo. Embora existam pequenas diferenças nas várias democracias, certos princípios e práticas distinguem o governo democráti-co de outras formas de governo. Democracia é o regime no qual o poder e a responsabilidade cívica são exercidos por todos os cidadãos, diretamente ou através dos seus representantes livremente eleitos. Democracia é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade humana; é a institucionalização da li-berdade e baseia-se nos princípios do governo da maioria associados aos direitos individuais e das minorias. Todas as democracias, embora respeitem a vontade da maioria, prote-gem escrupulosamente os direitos fundamentais dos indiví-duos e das minorias. As democracias protegem de governos centrais muito po-derosos e fazem a descentralização do governo em nível regional e local, entendendo que o governo local deve ser tão acessível e receptivo às pessoas quanto possível. As de-mocracias entendem que uma das suas principais funções é proteger direitos humanos fundamentais como a liberdade de expressão e de religião; o direito a proteção legal igual; e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida política, econômica e cultural da sociedade.As democracias conduzem regularmente eleições livres e justas, abertas a todos os cidadãos. As eleições numa demo-

cotidiano cidadania Por Rosa Richter

cracia não podem ser fachadas atrás das quais se escondem ditadores ou um partido único, mas verdadeiras competições pelo apoio do povo. A democracia sujeita os governos ao Estado de Direito e asse-gura que todos os cidadãos recebam a mesma proteção legal, e que os seus direitos sejam protegidos pelo sistema judiciário. As democracias são diversificadas, refletindo a vida política, social e cultural de cada país. As democracias baseiam-se em princípios fundamentais e não em práticas uniformes. Os cidadãos numa democracia não têm apenas direitos, têm o dever de participar no sistema político que, por seu lado, protege os seus direitos e as suas liberdades. As sociedades democráticas estão empenhadas nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso. As demo-cracias reconhecem que chegar a um consenso requer com-promisso e que isto nem sempre é realizável. Nas palavras de Mahatma Gandhi, ‘a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático’.”.

respOnsabiliDaDes DO ciDaDãO“Ao contrário da ditadura, um governo democrático existe para servir o povo, mas os cidadãos nas democracias também devem concordar em seguir as regras e os deveres pelos quais se regem. As democracias garantem muitas liberdades aos seus cidadãos incluindo a liberdade de discordar e de criticar o governo.A cidadania numa democracia exige participação, civismo e mesmo paciência.Os cidadãos democráticos reconhecem que não têm apenas direitos, têm também deveres. Reconhecem que a democracia requer investimento de tempo e muito trabalho — um gover-no do povo exige vigilância constante e apoio do povo.Em alguns governos democráticos, a participação cívica sig-nifica que os cidadãos devem ser membros do júri, ou cum-prir o serviço militar ou cívico obrigatório durante um certo tempo. Outros deveres aplicam-se a todas as democracias e são da responsabilidade exclusiva do cidadão — o principal dos quais é o respeito pela lei. Pagar os seus impostos, aceitar a autoridade do governo eleito e respeitar os direitos dos que têm pontos de vista diferentes são também exemplos dos deveres do cidadão.

Cada povo tem o governo que merece (ditado popular)

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rosa richter é pedagoga; presidente do conseg Portal do morumbi; presidente da associação cultural e de cidadania do Panamby; presidente da amo Jardim Sul; vice-presidente do instituto São Paulo contra a Violência; conselheira e diretora de várias entidades na área de desenvolvimento social. e-mail: [email protected]. cartas para esta seção: [email protected]

Os cidadãos democráticos sabem que devem ser responsá-veis por sua sociedade para poderem se beneficiar da prote-ção dos seus direitos.Há um ditado nas sociedades livres: ‘Cada povo tem o gover-no que merece’. Para que a democracia seja bem-sucedida os cidadãos têm que ser ativos, não passivos, porque sabem que o sucesso ou o fracasso do governo é responsabilidade sua e de mais ninguém. Por seu lado, o governo entende que todos os cidadãos devem ser tratados de modo igual e que não há lugar para a corrupção num governo democrático.Num sistema democrático as pessoas que não estão satis-feitas com os seus líderes são livres para se organizarem e apoiarem pacificamente a mudança — ou tentar votar con-tra esses líderes em novas eleições no período próprio.As democracias precisam de mais do que o voto ocasional dos seus cidadãos para permanecerem saudáveis. Precisam de atenção contínua, tempo e dedicação de muitos dos seus cidadãos que, por seu lado, olham para o governo para pro-teger os seus direitos e liberdades. Os cidadãos numa democracia podem aderir a partidos polí-ticos e fazer campanha pelos candidatos que preferirem; acei-

tam o fato de que o seu partido pode não estar sempre no poder; são livres para se candidatarem ou servirem como di-rigentes públicos nomeados durante algum tempo; utilizam uma imprensa livre para falar com franqueza sobre questões locais e nacionais; aderem a sindicatos, grupos comunitários e associações empresariais; e fazem parte de organizações voluntárias privadas — que se dedicam a religião, cultura étnica, estudos, desportos, artes, literatura, melhoramento do bairro, intercâmbio internacional de estudantes ou centenas de outras atividades. Todos estes grupos — independente-mente da sua proximidade com o governo — contribuem para a riqueza e a saúde da democracia”. Nunca deixe de exercer sua CIDADANIA conscientemente!!!Seu voto pode mudar o rumo do nosso País, ACREDITE!

Textos extraídos de “Política – História por Voltaire Schilling”.

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cotidiano pensata

As subprefeituras do Butantã e do Campo Limpo divulga-ram balanço de realizações em cada uma das regiões. As in-formações estão no portal da Prefeitura de São Paulo, e o que chama a atenção nos dados divulgados pelas subprefeituras é a falta de ações mais efetivas nas principais regiões que compõem o bairro do Morumbi. O subprefei-to do Butantã relatou a reforma de escolas, de unidades de saú-de, obras no córrego Pirajussara, além da construção de uma ciclovia na Avenida Eliseu de Almeida. O subprefeito do Campo Limpo também des-tacou obras em outro trecho do córrego Pirajussara, a constru-ção de um piscinão, reformas de escolas e unidades de saúde. Na região do Morumbi, o único destaque é o projeto de reurbani-zação da favela de Pa-raisópolis. É lógico que obras de infra-estrutu-ra em qualquer ponto da cidade têm como objetivo maior beneficiar a população como um todo; é óbvio também que a divisão administrativa da cidade não se prende a questões territoriais de cada bairro, e o custo de uma subprefeitura é elevado DEMAIS para os cofres públicos. Uma coisa que qual-quer cidadão deseja é a eficiência na gestão dos recursos. O problema é que num bairro complexo como o Morumbi as

necessidades são tão diferentes que no fim das contas fica sempre a sensação de que muita coisa deixou de ser feita. É uma equação que o administrador público precisa entender e saber como resolver. Acabar com os buracos numa rua de trânsito de grande movimento tem interesse específico do

motorista que passa todos os dias pelo local. Interesse esse que não é o mes-mo do cidadão que só viaja de trem, por exemplo. Aprofun-dando a análise, fica claro que as neces-sidades do Butantã e do Campo Limpo não são, necessaria-mente, as mesmas do Morumbi. Como resolver o problema? A solução é criar uma subprefeitura para o Morumbi? Em tempo: As obras de urbanização da ponte João Dias es-tão em andamento. É uma reclamação anti-ga dos motoristas que

passam por ali e se acostumaram a ver a região tomada por sem-tetos e ciganos, além do excesso de entulho acumula-do desde as obras do Metrô. O projeto está em andamen-to. A ponte João Dias é muito utilizada pelos moradores do Morumbi, Campo Limpo e Santo Amaro nos deslocamentos pela região. Só que a subprefeitura responsável pela obra é a de M´Boi Mirim.

Por Paulo Roberto Amaral

Paulo roberto Amaral é morador do Morumbi e jornalista da Rede Globo de televisão, onde edita o Jornal sptV 2ª edição. e-mail [email protected]

UMA SUPrEfEItUrA PArA O MOrUMBI

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Em 2005, motivadas por um curso de multiplicadores edu-cacionais realizado pela rede mundial “Aliança pela Infância” e pelo desejo de trabalharem em sua região, no Real Parque, a psicóloga Simone de Castro Andrade e a professora Lourdes Maria Sangirardi criaram o embrião do projeto Integração Real, que presta atendimen-to psico-sócio-educacional às crianças da comunidade. A primeira ação foi arrecadar brinquedos e montar oficinas de reconstrução dos mesmos com os moradores do bairro, com a finalidade de distribuí-los em duas instituições da região.No ano seguinte, trabalharam mais focadas, com os educado-res e funcionários do Núcleo Sócio Educativo Nossa Senhora da Providência – mantido pela Cáritas –, itens como valores, identidade e autoconhecimento a fim de se integrarem me-lhor com as crianças. Numa segunda etapa, o foco do trabalho passou a ser as próprias crianças e seus pais. Os encontros são realizados quinzenalmente em dois grupos de 20 crianças, de 8 a 12 anos, e mensalmente com seus pais, onde são desenvolvidos o afloramento das potencialidades e da auto-estima e autonomia. Dentre as atividades, há oficinas, vivências em grupo utilizando recursos da orientação psicoe-ducacional, arte-terapia, filmes e jogos cooperativos para pais,

que incluam temas de educação. As orientadoras perceberam que as crianças melhoraram a auto-estima e as relações familiares, na própria instituição e com os edu-cadores, além de contribuir na construção de sua identidade.No que se refere às famílias, o Inte-gração Real trabalha para mobilizar e despertar aspectos importantes relacionados à cidadania e à famí-lia, tais como a conscientização, reflexão de deveres e direitos nos seus papéis sociais.

O projeto Integração Real proporcionou uma ampla mobi-lização e participação da comunidade, o que garante a sua continuidade neste ano. Vinculado à Aliança pela Infância, em parceria com o SARP (SOCIEDADE DOS AMIGOS DO REAL PARQUE) e com apoio da Mitra Diocesana do Campo Limpo e do Pão de Açúcar do Real Parque, o projeto, para ser mantido ou mesmo atender a novas necessidades da co-munidade, tais como aumentar o número de atendimentos, precisa, nesse momento, se profissionalizar, o que demanda apoio financeiro e novos parceiros.A coordenadora do projeto, Simone Andrade, apesar de to-das as dificuldades encontradas no percurso, sente-se feliz com os resultados alcançados em sua comunidade, pois acredita que só se pode fazer a diferença na construção de um mundo melhor quando se exercita a cidadania.

Contato: Espaço dE IntEgração rEalRua Adalívia de Toledo, 189 – Real Parque – Tel.: 3758-9744E-mail: [email protected]

cotidiano comunidade

Uma integração Real

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final feliz

Todo parceiro, em maior ou menor escala, intensidade e freqüên­cia, tem seus problemas, sejam familiares, afetivos, financeiros ou quaisquer outros. Nessas ocasiões, sempre existe a tendência de esse parceiro contaminar o outro com seu estado de ânimo, com o seu humor, independente da natureza do problema – e isso certamente provocará no outro reações indesejáveis. Claro que esses desencontros fazem parte da vida a dois, desde que ocorram eventualmente, e não habitualmente. Quando são freqüentes o pessimismo e o mau humor num dos parceiros, prin­cipalmente sem uma razão justa ou aceitável, algo está errado. Isso nos leva a recomendar que, além de ter um domínio sobre a pró­pria postura positiva de vida, o outro parceiro esteja atento a possí­veis provocações, mesmo inconscientes (chamadas de “iscas”) – e não se deixe ‘‘fisgar’’. Será altamente benéfico para a relação se cada parceiro aprender a identificar o estado de “baixo­as­tral” do outro e, voluntariamente, se dispuser a trazê­lo para o lado ensolarado da vida. Talvez con­siga, talvez não – dependerá da receptividade que encontrar. Mas se não conseguir, deverá evitar entrar no clima de mau humor do outro. Isso é perfeitamente possí­vel se o parceiro acreditar que nin­guém tem o poder de criar uma emoção dentro da gente, mas apenas acioná­la ou desencadeá­la se nós o permitirmos ou se ela já estiver latente, esperando só uma oportunidade para sair.Emoções não são elementos externos que podem ser introduzi­dos em você. Não! Elas estão dentro de você, em estado latente, e cabe a você decidir se elas devem ou não ser manifestadas. O amor é um claro exemplo disso: nenhum parceiro tem o poder de simplesmente ordenar­lhe que sinta amor ou desejo por ele. Você é que, mesmo sem ninguém pedir, deixará que nasça, cres­ça e se manifeste um amor ou paixão por alguém. Poderá ou não ser a mesma pessoa que espera isso de você, mas a decisão terá sido sua. Da mesma forma, considerando que o estado natural do ser humano é de alegria e prazer, seu parceiro também não poderá ordenar que você se irrite, fique triste ou com medo. A aceitação dessas “ordens” será decisão sua.

É preciso entender o seguinte: a menos que seu parceiro mude sua posição, você não poderá fazer absolutamente nada além de deixá­lo curtir sozinho seu pessimismo ou seu mau humor. Você estará impotente, até que ele permita que você entre nele, se aproxime dele. Ninguém pode receber ajuda se não quiser ser ajudado.Essas palavras acima podem parecer duras, mas são verdadeiras. Insistir em ajudar quem não quer ser ajudado é adotar uma postu­ra invasiva e até assumir um papel de “salvador”, pressupondo que o outro seja uma “vítima” – o que é uma grande desqualificação.Amar é compartilhar; compartilhar é dividir com o outro os bons e maus momentos. Seu parceiro é seu aliado, e não seu adversá­rio: juntos, vocês podem ajudar­se a sair de crises e voltar a estar

bem. Tudo o que é necessário é manter­se receptivo, de um lado, e positivista, de outro. O resultado será a recuperação do bem­estar afetivo. Mostrar­se forte às vezes implica assumir fragilidades, por mais paradoxal que pareça. É preciso coragem para dizer: “Estou com medo! ’’ Mostre­se ao seu parceiro como você é, com todas as suas contradições. Estar mal muitas vezes resulta da compulsão ou da mania de querer ser perfeito. Isso, além de ser irreal, não é requisito para o amor.Nada é mais potente para superar o negativismo do que um sorriso, um carinho e um bom diálogo. Realce o que a vida a dois tem de mais positivo e gratificante a oferecer e curta isso com seu parceiro. Deixe para pensar no lado menos gratificante quando ele surgir – se surgir – ou quando for necessário.

Por Floriano Serra

FLORIANO SERRA é psicólogo, autor do livro “Não Basta Amar Bastante” (ed. Gente, esgotado). e-mail: [email protected]. cartas para esta seção: [email protected].

De bem com o bem-estar

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