Dor e febre
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7/25/2019 Dor e febre
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DOR
-Desagradvel experincia sensorial e emocional associada a uma leso
tecidual j existente ou potencial ou relatada como se uma leso existisse;
-Mecanismo de defesa e alerta atravs da sensibilidade;
-No necessariamente orgnica pode ser psicognica!
Dor aguda" papel de alerta; acompan#a-se de manifesta$%es
neurovegetativas e desaparece com a remo$o do fator causal e
resolu$o do processo patol&gico; Dor cr'nica" persiste por um per(odo superior )*uele necessrio para
a cura de um processo m&rbido ou associada a afec$%es cr'nicas ou
decorrente de leso no sistema nervoso; no tem fun$o de alerta edetermina sofrimento estresse e perda na *ualidade de vida!
ANATOMIA FUNCIONAL DA DOR
+ mecanismos bsicos ,sensitivo-discriminativos" transdu$o transmisso
e modula$o!
-Transduo:
- Mecanismo de ativa$o de nociceptores fen'meno *ue se d pela
transforma$o de um est(mulo n&xico -mecnico trmico ou *u(mico- empotencial de a$o;
-.sses est(mulos podem causar dano tecidual e vascular local com libera$o
de substncias *ue atuam nos nociceptores a elas sens(veis ,(ons / e 0
serotonina #istamina cininas leucotirenos prostaglandinas e substncia
1 ocorrendo a transdu$o;
-+ mecanismos distintos" ativa$o direta ,(ons 0 e / cininas serotonina
#istamina sensibili2a$o ,cininas prostaglandinas e substncia 1 e
produ$o de extravasamento do plasma ,subst 1 e cininas;
-.stimula$o isolada de 3bras 4 cutneas" dor em *ueima$o; de 3bras 5-
delta cutneas" dor em pontada; de 3bras 5-delta e 4 musculares"
dolorimento ou cibra;
-4omo a dor um sinal de alarme o est(mulo *ue a provoca usualmente
capa2 de lesar o tecido;
Nociceptores" termina$%es nervosas livres de 3bras miel(nicas 3nas
,5-delta ou 666 sens(veis aos est(mulos mecnicos e7ou trmicos
n&xicos ou amiel(nicas ,4 ou 68 sens(veis a esses mesmos est(mulos
e aos est(mulos *u(micos ,nociceptores polimodais;
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Nociceptores silenciosos" presentes nas termina$%es perifricas das
3bras 4 de nervos articulares cutneos e viscerais mas no dos
m9sculos! Normalmente encontram-se silenciosos insens(veis aos
est(mulos mecnicos! :uando sensibili2ados porm se tornam
espontaneamente ativos e altamente responsivos aos est(mulos
mecnicos!
-Transmisso:
-4onjunto de vias e mecanismos *ue permite *ue o impulso nervoso gerado
ao n(vel dos nociceptores seja condu2ido para estruturas do N4
comprometidas com o recon#ecimento da dor;
-5s 3bras nociceptivas ,5-delta e 4 constituem os prolongamentos
perifricos dos neur'nios pseudo-unipolares situados nos gnglios espin#aise de alguns nervos cranianos;
-Dos neur'nios do corno dorsal originam-se as vias nociceptivas"
5- 8ias do grupo lateral" aspecto sensitivo-discriminativo da dor;
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-Classi!"ao !sio#a$ol%&i"a da dor: no"i"'#$i(a) n'uro#*$i"a)mis$a ou #si"o&+ni"a
-Dor nociceptiva" deve-se ) ativa$o dos nociceptores e ) transmisso dos
impulsos pelas vias nociceptivas at as regi%es do N4; simultnea ao fator
causal sendo aliviada *uando ele removido; pode ser espontnea ouevocada ,reprodu2 a dor sentida pelo paciente; pode ser em pontada
facada agul#ada aguda rasgando latejante surda cont(nua profunda
vaga dolorimento ento sugere leso tissular!
-Dor neuroptica" decorre de leso no N4 ou N1; etiologia variada
,afec$%es traumticas inAamat&rias vasculares infecciosas neoplsicas
degenerativas dismielini2antes e iatrognicas; d3cit sensitivo; neur'nio
privado de suas aferncias; dor gerada dentro do pr&prio sistema nervoso
independente de est(mulos; .xemplos" dor das polineuropatias neuragia
p&s-#erptica dor do membro fantasma dor por avulso do plexo bra*uial
dor p&s-trauma ra*uimedular e dor por avc!
4omponente constante ,em praticamente BCC dos casos" dor em
*ueima$o ou dormente ou em formigamento; disestesia ,sensa$o
anormal desagradvel; 4omponente intermitente" dor em c#o*ue7aguda; decorre da ativa$o
das vias nociceptivas pela cicatri2 formada no foco lesional ou por
efpase ,impulsos motores descendentes cru2am paras as vias
nociceptivas no s(tio de leso do sistema nervoso; 4omponente evocada" se deve aos rearranjos sinpticos decorrentes
da desaferenta$o ,neur'nio privado de suas aferncias; podemanifestar-se como alod(nia ,reinerva$o de clulas nociceptivas
desaferentadas produ2 dor *uando #ouver est(mulo ttil ou
#iperpatia ,clulas tornam-se #iper-responsicas aos est(mulos
dolorosos!
-Dor mista" a dor se deve tanto ao excessivo est(mulo dos nociceptores
*uanto ) destrui$o das 3bras nociceptivas!
-Dor psicognica" gerada por mecanismos ps(*uicos no # nen#um
processo orgnico; difusa generali2ada imprecisa e pode ser locali2ada!
-Ti#o d' dor:
-Dor somtica super3cial" estimula$o de nociceptores do tegumento; tende
a ser bem locali2ada; picada pontada rasgando *ueimor!
-Dor somtica profunda" ativa$o de nociceptores de m9sculos tend%es
fscias ligamentos e articula$%es; principais causas so estiramento
muscular contra$o muscular is*umica contuso ruptura tendinosa e
ligamentar s(ndrome miofascial artrite e artrose; dor mais difusa *ue a
somtica super3cial; locali2a$o imprecisa; dolorimento; dor surda; dor
profunda; cibra; pode manifestar-se como dor referida!
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-Dor visceral" estimula$o dos nociceptores viscerais; dor profunda; difusa;
dif(cil locali2a$o; dolorimento; dor surda vagacont(nua profunda; tende a
se agravar com a solicita$o do &rgo afetado; pode ser relacionada com
comprometimento da pr&pria v(scera ,dor visceral verdadeira
comprometimento secundrio do perit'nio ou pleura parietal ,dor somtica
profunda irrita$o do diafragma ou do nervo frnico reAexoviscerocutneo ,dor referida!
Dor visceral verdadeira" tende a se locali2ar pr&xima ao &rgo
afetado; Dor referida" sensa$o dolorosa locali2ada a distncia da estrutura
profunda ,visceral ou somtica cuja estimula$o n&xica
responsvel pela dor; convergncia de impulsos dolorosos viscerais e
somticos profundos para neur'nios nociceptivos comuns locali2ados
no corno dorsal da medula espin#al!
-Dor irradiada" sentida a distncia de sua origem porm em estruturas
inervadas pela rai2 nervosa ou nervo cuja estimula$o n&xica responsvel
pela dor!
CARACTER,STICAS SEMIOLICAS DA DOR
Eocali2a$o" de3nir regio da dor;
6rradia$o" de3nir se a dor irradiada ou locali2ada;
:ualidade ou carter" pontada c&lica latejante em aperto em
*ueima$o em formigamento em cibra;
6ntensidade" utili2ar escala numrica ou simb&lica de dor; Dura$o" aguda ou cr'nica;
.volu$o" #ist&rico e comportamento da dor;
>ela$o com fun$%es orgnicas" altera$%es 3siol&gicas *ue a dor
pode fa2er; Fatores atenuantes" ameni2am a dor ,analgsicos comportamento
posi$o antlgica; Fatores agravantes ou desencadeantes" aumentam ou provocam a
dor; Manifesta$%es concomitantes" sintomas associados!
FE.RE
=emperatura corporal acima do normal;
1ode ser causada por dist9rbios no pr&prio crebro ou por
substncias t&xicas *ue inAuenciam os centros termorreguladores
,pir&genos" provocam altera$o do termostato #ipotalmico; 1ir&genos podem ser secretados por bactrias ou liberados dos
tecidos em degenera$o; =ermostato #ipotalmico com ajuste elevado a um n(vel mais alto
*ue o normal" mecanismos de eleva$o da temperatura em a$o;
1ara regula$o da temperatura corporal" e*uil(brio entre produ$oe perda de calor;
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Na febre a produ$o de calor no inibida mas a dissipa$o do
calor est ampliada pelo Auxo sangu(neo aumentado na pele e
pela sudorese; 1ode ser resultado de infec$%es les%es teciduais processos
inAamat&rios e neoplasias malignas; 1ir&genos ex&genos agem sobre os leuc&citos promovendo a
s(ntese e a libera$o de pir&genos end&genos ,citocinas
pirognicas" interleucina-B fator de necrose tumoral alfa B
interferon interleucina-G e interleucina-H; 1ir&genos end&genos no N4 estimulam a s(ntese de
prostaglandinas *ue atuam no #ipotlamo desencadeando a
febre; Medicamentos *ue blo*ueiam a s(ntese de prostaglandinas
abolem ou redu2em a febre e no abaixam a temperatura *uando
no # febre" aspirina paracetamol dipirona;
.m algumas doen$as a #ipertermia pode ser ben3ca"neuross(3lis infec$%es gonoc&cicas brucelose cr'nica artrite
reumatoide uve(te; Nas infec$%es a febre pode ter pouco a ver com a evolu$o;
5 febre sem infec$o parece no ter 3m 9til e pode ser nociva;
Nas neoplasias malignas a temperatura elevada apenas acelera a
perda de peso e causa mal-estar; 5 febre no 65M aumenta a velocidade do metabolismo e leva o
miocrdio lesado a uma sobrecarga; 5 #ipertermia da interma$o pode causar dano irrevers(vel do
crebro; 5 febre acentua a perda de peso ,aumenta velocidade o
metabolismo aumenta o trabal#o e a fre*uencia card(acos
,espolia$o do nitrognio agrava a perda de l(*uidos e sais
,sudorese cefaleia fotofobia indisposi$o geral sensa$o
desagradvel de calor calafrios e suores profusos nas febres
spticas! 1oderia ter efeitos ben3cos desde *ue sua a$o antimicrobiana e
de imunoestimula$o no determinasse consumo substancial de
energia; 5 febre caracteri2a-se pela eleva$o regulada da temperatura
corporal ,#ipotlamo e responde aos antipirticos comuns!
/ipertemia o aumento da temperatura corporal no regulada e
no responde aos antipirticos comuns! .xemplo" interma$o
,resultado de temperaturas ambientes extremamente altas e de
uma resposta de resfriamento defeituoso no sistema
termorregulador;
Sin$omas su/0'$i(os da 1'/r': varia de pessoa para pessoa asensa$o do estado febril; calafrios *uando a temperatura se
eleva subitamente; S2ndrom' 1'/ril: a febre no apenas um sinal parte de uma
s(ndrome na *ual alm da eleva$o da temperatura ocorrem
outros sinais e sintomas como astenia inapetncia cefaleia
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sudorese nuseas v'mitos del(rio confuso mental e at
convuls%es! Cara"$'r2s$i"as s'miol%&i"as da 1'/r': in(cio intensidade
dura$o modo de evolu$o trmino;6n(cio" s9bito ,sinais e sintomas da s(ndrome febril calafrios nos
primeiros momentos ou gradual ,predomina um ou outro sintomada s(ndrome febril prevalecendo cefaleia sudorese e
inapetncia;
6ntensidade" leve ou febr(cula ,at +IJK moderada ,+IJ-+LJK
alta ou elevada ,acima de +LJK; Dura$o" febres curtas e prolongadas ,mais de B semana7mais de
B dias re*uerem posturas diferentes
Modo de evolu$o" anlise de um *uadro trmico e anamnese
pode servir de base! r*!"o ou 3uadro $4rmi"o:
Febre cont(nua" com varia$%es de at BK4; febre tif&idetuberculose e pneumonia;
Febre 6rregular ou sptica" picos muito altos intercalados por
temperaturas baixas ou per(odos de apirexia; no # carter
c(clico; imprevis(veis; septicemia abcessos pulmonares empiema
vesicular tuberculose e in(cio da malria; Febre remitente" #ipertermia diria com varia$%es de mais de BK4
e sem per(odos de apirexia; septicemia pneumonia tuberculose;
Febre intermitente" ciclicamente interrompida por um per(odo de
temperatura normal; cotidiana ,febre de man# mas no a tarde
ter$ ,febre em um dia e em outro no e *uart ,dois dias semfebre; malria infec$%es urinrias linfomas e septicemias; Febre recorrente ou ondulante" temperatura normal por dias ou
semanas interrompida por eleva$o da temperatura; sem grandes
oscila$%es nas fases de febre; brucelose doen$a de /odgin e
outros linfomas! T4rmino: em crise ,febre desaparece subitamente sudorese
profusa e prostra$o t(pico de acesso malrico ou em lise
,#ipertermia desaparece gradualmente temperatura diminuindo a
cada dia; 4uidado com antibi&ticos;
Causas d' 1'/r':56 1or aumento da produ$o de calor" #ipertireoidismo;76 1or blo*ueio na perda de calor" 644 ausncia congnita de
glndulas sudor(paras doen$as de pele;86 1or leso dos tecidos" todas as infec$%es por bactrias ricettsias
v(rus e outros parasitos; les%es mecnicas; neoplasias malignas;
doen$as #emolinfopoieticas afec$%es vasculares dist9rbios dos
mecanismos imunitrios ou doen$as imunol&gicas; colagenoses;
doen$a do soro; origem medicamentosa; doen$as do N4!
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