Dor história, aspectos e importância

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DR. TULIO M. C. OSTERNE DOR - HISTÓRIA, ASPECTOS E IMPORTÂNCIA

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D R. T U L I O M . C . O S T E R N E

DOR - HISTÓRIA, ASPECTOS E IMPORTÂNCIA

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DOR: TRATAMENTO E OPÇÕES TERAPÊUTICASHistória da Dor

• A dor é universal e tem inserção cultural e social• Os povos primitivos distinguiam a dor ocasionada por fatores externos (queimaduras, feridas, fraturas, abscessos) e as de causa interna (dores abdominais, torácicas ou de cabeça), cuja razão lhes era impossível compreender. • Os povos atuais usam argumentos lógicos para justificar ambas as condições.• Pré-colombianos: Dor era atribuída aos maus espíritos e às punições por faltas cometidas, a Medicina era exercida por sacerdotes (trepanações para “fuga dos maus espíritos”)

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HISTÓRIA DA DOR: TREPANAÇÕES

• 7000 AC (aprox.): Em diversas civilizações antigas observam-se trepanações em crânios que indicam uma possível tentativa de aliviar a dor

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HISTORIA DA DOR: FITOTERAPIA

• 2800 AC (aprox.): Na corte do Imperador chinês Shen Nung utilizam-se extensivamente plantas medicinais. Há conhecimento específico sobre o efeito analgésico e anti-espasmódico de certas plantas em que se encontram princípios activos tais como a efedrina e o ácido salisílico(folha e casca do salgueiro).

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HISTÓRIA DA DOR: ACUPUNTURA

• 2600 AC (aprox.): Referência na China à acupuntura como forma de tratar a dor.

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HISTÓRIA DA DOR: ÓPIO

• 300 AC (aprox.) Os Egípcios iniciam a produção de ópio, que comercializam no Mediterrâneo.

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HISTÓRIA DA DOR: GRÉCIA• 400 AC (aprox.): Hipócrates utiliza água fria e fisioterapia

para alívio da dor, introduz o ópio e o ácido salisílico (folha e casca do salgueiro), e usa a compressão das carótidas como forma de anestesia cirúrgica.

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HISTÓRIA DA DOR: GALENO (ROMA)• 175 (aprox.): Galeno estabelece diferenças entre tipos de

nervos e classifica diferentes formas de dor.

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IDADE MÉDIA: RETROCESSOCONCEITO DA DOR NA IDADE MÉDIA ESTEVE MARCADO POR DOIS FATORES

ESSENCIAIS: A EXACERBAÇÃO DA VIRILIDADE E A INFLUÊNCIA DO CRISTIANISMO. DOIS ELEMENTOS QUE MOTIVARAM UM VERDADEIRO MENOSPREZO DA DOR FÍSICA.

• Adormecimento cultural• Religiosidade, magia e

misticismo• Purificação da alma

exigia o sofrimento físico• Estudos de anatomia

eram considerados heresia

• Conhecimentos limitados, antissepsia inexistente, usavam frequentes sangrias para a “cura”

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HISTÓRIA DA DOR: HUMORES E SENSAÇÕES

• 1500 (aprox.) Paracelso defende o uso de agentes químicos no controle da dor. Descreve a acção do éter em galinhas. Descobre que os alcalóides do ópio são mais solúveis em álcool do que em água, criando o láudano.

• 1662 René Descartes sugere que a dor se transmite da pele ao cérebro através de “fios delicados”.

• 1784 James Moore desenvolve a "técnica de pressão sobre os nervos", a partir dos trabalhos de Ambrose Paré.

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HISTORIA DA DOR: MORFINA E ANESTESIA

• 1803: Friedrich Wilhelm Serturner cria um derivado do ópio, a morfina que será da maior importância.

• 1828: Johann Buchner extrai da casca do salgueiro a salicina, da qual se fará o ácido acetil-salicílico, base da Aspirina.

• 1842: Primeira anestesia cirúrgica, por Crawford Long.• 1846: William Morton faz demonstração pública da eficácia

do éter como anestésico.• 1874: O obstetra James Simpson utiliza o clorofórmio como

substituto para o éter.• 1884: Carl Koller desenvolve a anestesia local, ao

aperceber-se da diminuição de sensibilidade provocada pela cocaína na língua.

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FILOSOFIA DA DOR

• Antiguidade: definição DOR ≠ PRAZER• Punição Divina?• Forma de Purificação da Alma?• Até 1970: suportar dores excruciantes era virtude

admirada, significando força, dignidade e orgulho!!• Queixar-se da dor mostrava inferioridade,

fraqueza, aproximava-se dos animais!!• Promoção da Dor como aspecto de punição

contra malfeitos: açoites, castigos, morte

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MAPA DA DOR

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AVALIAÇÃO DO DOR

ProblemasNatureza multidimensionalComplexidade Fatores psico-afetivos são determinantesDificuldades na mensuraçãoCapacidade de promover intenso

sofrimento físico

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O que é dor?A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável

IASP, 1994

associada à lesão

tecidual real ou potencial.

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TRANSDUÇÃO

PERCEPÇÃO

TRANSMISSÃO

MODULAÇÃO

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DOR COMO SINAL DE ALERTA? OU DOR COMO DOENÇA?

• Dor é sempre um sintoma de algo errado. FALSO!!!• Dor não é sintoma, é a própria doença

• Pacientes buscam freneticamente a causa da dor: exames desnecessários, cirurgias desnecessárias

• Lembrar que toda dor sempre tem características físicas e emocionais

• Dor crônica, depressão e ansiedade caminham juntas

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CLASSIFICAÇÃO DA DOR

• Quanto ao tempo : AGUDA ou CRÔNICA• Quanto a intensidade:

• Quanto a etiologia: NOCICEPTIVA ou NEUROPÁTICA

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EXEMPLOS DE DOR AGUDA E CRÔNICA

• AGUDADor Pós OperatóriaTrabalho de PartoLasão aguda nociceptiva periférica

• CRÔNICADor oncológicaHerpes zosterDor neuropática (central e periférica)Síndromes musculares fasciaisLombociatalgiaLER/DORT

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TIPOS DE DOR

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LESÃO NOCICEPTIVA E LESÃO NEUROPÁTICA

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DOR

Ansiedade

Medo Depressão

Irritação

RESPOSTAS AFETIVAS: EMOÇÕES NEGATIVAS

A AVALIAÇÃO DO DOENTE COM DOR

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POR QUE TRATAR A DOR?

• Aspecto humanitáro (70% de todas as queixas)• Controlar os fatores complicadores: obesidade,

sedentarismo, ansiedade, fobias, irritabilidade, isolamento social, pânico, frustrações• Melhorar a qualidade do sono• Melhorar o padrão alimentar• Qualidade de vida

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CONTROLE DA DORQUALIDADE DE VIDA

Obrigado